• Nenhum resultado encontrado

Educação e mobilidade ocupacional: o caso dos trabalhadores da construção civil no Estado do Rio de Janeiro

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Educação e mobilidade ocupacional: o caso dos trabalhadores da construção civil no Estado do Rio de Janeiro"

Copied!
254
0
0

Texto

(1)

EDUCAÇAO E MOBILIDADE OCUPACIONAL - O CASO,

DOS TRABAl.HADORES DA CONSTRUÇAO CIVIL

NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

. .

MARINA TEIXEIRA BARROSO REBELLO

~

..

(2)

EDUCAÇAO E MOBILIDADE OCUPACIONAL - O CASO

DOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL

NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(3)
(4)

Como de praxe, mas nao por praxe, devo agradecimentos a

uma série de pessoas que, com seu incentivoou sua ajuda efetiva, de a.!.

guma forma colaboraram para que eu concluísse este trabalho, apesar de

ser ele de minha inteira responsabi 1 idade, nos possíveis acertos e,

principalmente, nas suas falhas.

Gostaria de nomear algumas dessas pessoas e fazê-las re

presentantes daquelas que omiti.

Em primeiro lugar agradeço a AuJt"é-tio MeJule.6 BaI'.1W.60 Re.

b~o nao so pela paciente revisão formal do texto como pelo seu com

panheirismo, que muito influiu no meu ânimo para o trabalho.

A Inu L-i..6boa do Na.6cime.nto cuja colaboração dedicada

permitiu-me a tranquil idade necessária para estudar.

A

ücJ..a.

do P.tt.ado Va..U.adaJt.e.6 pela orientação segura e

amiga.

Aos meus colegas do OEISO, em especial a Jane. Souto de.

O~v~a pelo entusiasmo com que acolheu a escolha do tema, a FJt.anci.6

~a La1de. de. O~v~a pela eficiente assessoria com relação aos dados

da PNAO, a R~ca.tt.do Luiz Ca.tt.do.6o e Tomo I.6~~~yama pela preciosa aj~

da na elaboração das tabelas,_ a Lúw Ete.na GaAW de. OüvU/t.a, RO.6a

M~ Po.tt.ca.tt.o e Te.ne.za ~-i..6~tna CO.6ta pela assessoria com relação aos

estudos de mobil idade e a She...Ua GLe. do.6 Santo-!> pelo magnífico traba

lho datilográfico.

Finalmente, agradeço ao IBGE pelo fornecimento dos dados

originais e pelo apoio financeiro, indispensáveis ã real ização do tra

(5)

CAPfTULO I

INTRODUÇ~O

CARACTERIZAÇAO DO PESSOAL OCUPADO NO SETOR

DA CONSTRUÇ~O CIVIL. NO ESTADO DO RIO DE JA

NEIROs n1 1973

I. L A DISTRIBUiÇÃO POR OCUPAÇÃO

._

..

_---I. 2. A DI STRI BUI çÃO POR POSIÇÃO NA OCUPA

çÃO

.---I . 3. A DISTRIBUiÇÃO POR IDADE

----_

..

_

..

_-PÁGINA

01

32

33

36

39

1.4. A DISTRIBUiÇÃO SEGUNDO A NATURAL I DA DE ._______________________________ 41

1.5. A DISTRIBUiÇÃO SEGUNDO A DURAÇÃO DA

JORNADA DE TRABALHO • _____ .• __ ...• __ .• _ 43

. I. 6. A DISTRIBUiÇÃO SEGUNDO O GRAU DE INS

TRUÇÃO • ___ ... __ •• ________ •. __ .... ____ -.:: 47

I. 7. A DISTRIBUiÇÃO SEGUNDO O RENDIMENTO

MENSAL • __ •• _________________ •• ______ 52

1.8. AS CONDI~OES HABITACIONAIS

1.8~1. Quanto à condição de ocupa

ção do domicílio • _______ -.::

1.8.2. Quanto à posse e ao tipo

dos serviços de infra-estr.!!

tura • ___________________ _

1.8.3. Quanto à natureza da habita

ção e ao núme ro de hab i ta

ções no p réd i o • __ .... _ •• ___ -::

1.8.4. Quanto ao número de cômodos

e ã condi ção de ocupação

v

55

60

62

63

(6)

tAPfTULO II

tAP fTULO I I I

MOBILIDADE INTERGERACIONAL 67

11. 1. OCUPAÇÃO DO PAI NA CONSTRUÇÃO CIVIL

E PR I ME I RA OCUPAÇÃO DO F I LHO (EM

QUALQUER SETOR) ... __ ... __ .. ___ .. _ 72

11.2. OCUPAÇÃO DO PAI NA CONSTRUÇÃO CIVIL

E OCUPAÇÃO ATUAL DO FI LHO (EM QUAL

QUER SETOR)' ... -_ .. ___ •• _ .. __ .... _... 83 .

11. 3. OCUPAÇÃO DO FI LHO NA CONSTRUÇÃO C I VIL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EM

1973 E OCUPAÇÃO DO PAI (EM QUALQUER

SETOR) ._ ... ___ •• _ ... _ ... __ ... _ 91

MOBILIDADE INTRAGERACIONAL

111. 1. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PR I ME I

RA OCUPAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E. QUE EM 1973 PERMANECIAM NO

102

SETOR • ____ •• ___ ... _ ... _ ... _ •• _.... 105

111.1.1. I dade com que começaram a trabalhar • _________ .. ____ _

111.1.2. Primeira ocupação/Ocupação em 1973 • __ .... _ ... _ .• __ .. _

111.1.3. Posição na primeira ocupa ção/Posição na ocupação em 1973 .--.... --.. ---..

---111.1.4. Educação quando da primei ra ocupação/Educação em 1973 ..

106

106

111

I,

112

111.1.5. Srntese • _______ .. _________ 115

111. 2. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PRIMEI

RA OCUPAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E QUE EM 1973 TINHAM ABANDONA

DO O SETOR • ____ .. _____ .. _____ .. _____ ~ 115

111.2.1. Idade com que começaram a

t raba 1 ha r • ____ ... _ ... _ .• _ 116

(7)

CAPTTULO IV

..

111.2.2. em Primeira ocupação/Ocupação 1973 ._________________ 117

111.2.3. Posição na primeira ocupa

ção/Posição na ocupação em

1973 ._ •• ______ .• _ ....

_.H._ .. __ ..

124

111.2.4. Educação quando da primei ra

ocupação/Educação em 1973 _ 125

111.2.5. Síntese 128

111. 3. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PRIMEI

RA OCUPAÇÃO FORA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

E QUE EM 1973 ESTAVAM NO SETOR ._ •• _ 128

111.3.1. Idade com que começaram a

trabalhar ._______________ 129

111.3.2. Primei ra ocupação/Ocupação.

em 1973 • _______ .•.. _____ .... _ 131

111.3.3. Posição na primeira ocupa

ção/Posição na ocupação em

1973 ._ .... ____ .... _ •. __ .. ______ 137

111.3.4. Educação quando da primei ra

ocupação/Educação em 1973 _ 138

I11 .3.5. Síntese • ______ ... ___ ... __ 141

CONCLUSOES 144

BIBLIOGRAFIA 162

ANEXOS·

1. TABELAS .168

2. A HIERARQUIA OCUPACIONAL ADOTADA NOTRA

BALHO • __ •• _ ... _ .... __ ... _ ... _ ... -:: 220

(8)

CAPTTULO I

ÍNDICE .~ TABELAS

CARACTERIZAçAO DO PESSOAL OCUPADO NO SETOR

DA CONSTRUÇAO CIVIL~ NO ESTADO DO RIO DE JA

NEIRO, E1-1 1973

1. HOMENS OCUPADOS Nb SETOR DA CONSTRUÇÃO C IV I L, SEGUNDO A POS I çÃO NA OCUPAÇÃO E

A OCUPAÇÃO - ESTADO DO RIO DE JANEIRO

-pAGINA

197 3 .. __ •. __ ....•... ___ ..•..• _ .. _ .•.•...•... _... 168

la. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRU çÃO C IV I L, SEGUNDO A POS I çÃO NA OCU

PAçAO E A OCUPAÇÃO - (Percentage;n

Horizontal) - ESTADO DO RIO DE JA

NEIRO - 1973 •• _ •••• __ •• _____ .• _ ... __ -=- 169

1 b. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRU

çÃO C I V I L, SEGUNDO A POS I çÃO NA OCU

PAÇÃO E A OCUPAÇÃO - (Percentager.1

Verticil) - ESTADO DO RIO DE JANEI

RO - 1973 ... _ ... ___ .... _ .. _ ... _. 169

2. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL, SEGUNDO GRUPOS DE IDADE E A OCU

PAÇÃO - ESTADO DO R I O DE JANE I RO - 1973 _-: 170

2a. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRU

çÃO CIVIL, SEGUNDO GRUPOS DE IDADE E A OCUPAÇÃO - (Percentagem Hor i zon

tal) - ESTADO DO RIO DE JANEIRO-=

.1973 ... __ ...•••.... _... 171

2b. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRU

çÃO CIVIL, SEGUNDO GRUPOS DE IDADE

E A OCUPAÇÃO - (Percentagem Vert i

ca 1) - ESTADO DO R 10 DE JANE I RO -=

1973 .... _ ...• _ ..•..• __ .. __ .. __ ... _ .. _... 171

3. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUçAo

. CIVIL, SEGUNDO·O ESTADO OU TERRITORIO DE

NASC IMENTO E OCUPAÇÃO - ESTADO DO R 10 DE

\.

JAN E I RO - 1973 ___ •• _ ... _ ... ___ •• ______ • 172

3a. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRU

çÃO CIVIL, SEGUNDO O ESTADO OU TER RITORIO DE NASCIMENTO E A OCUPAÇÃÕ

(Percentagem Hor i zonta I) - ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - 1973 __ ... _... 173

(9)

RITORIO DE NASCIMENTO E A OCUPAÇÃIÕ

(Percentagem Vertical) - ESTADO DO

R 10 DE JANE I RO - 1973 ... __ ... __ • 174

4. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUçAO

CIVIL, SEGUNDO GRUPOS DE HORAS SEMANAIS TRABALHADAS E A. OCUPAÇAO - (Números abso lutos e percentagens horizontal e verti

cal) - ESTADO DO RIODEJANEIRO-1973 .. : : 175

5. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

CIVIL, SEGUNDO A POSIÇAO NA OCUPAÇAO E

GRUPOS DE' HORAS SEMANA I S TRABALHADAS E

A OCUPAÇÃO - ESTADO 00 RIO DE JANEIRO

-1 973 ___ .. _ ... __ ... ____ .... ___ .... ________ 176

. 6. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUçAO

CIVIL, SEGUNDO O GRAU DE INSTRUÇÃO E A

OCUPAçAO - (Números absolutos e percen

tagens horizontal e vertical) - ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - 1973 ... _... 177

7. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUÇAO

CIVIL, SEGUNDO A POSIÇtiO NA OCUPAÇAO ~

GRAU DE INSTRUÇtiO E A OCUPAÇÃO - ESTADO

DO R J O DE JANE I RO - 1973 _ .. __ ... _ .... _... 178

'8. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

CIVIL, SEGUNDO A RENDA MENSAL E A OCUPA

çÃO - (Números absolutos e percentagens

horizontal e vertical) - ESTADO DO RIO

DE JANE J RO - 1973 ___ .... _ ... _ ... .

9. HOMENS OCUPADOS NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

CIVIL (QUE RECEBIAM SOMENTE EM DINHEIRO)

SEGUNDO A POSiÇÃO NA OCUPAÇtio E RENDA

MENSAL E A OCUPAÇÃO - ESTADO DO R I O DE

JANE J RO - 1973 ... _ •• ___ •• _ •• _______ •• ____ •

179

t'

180

10. CHEFES DE DOM I c;:TLI O OCUPADOS NO SETOR DA

CONSTRUÇÃO CIVIL, SEGUNDO A CONDiÇÃO DE

OCUPAÇÃO 00 DOM I C T LI O E A O CUPAÇÃO DO

CHEFE - (Números absolutos e percenta

gens horizontal e vertical) - ESTADO DO

RIO DE JANEIRO - 1973 ... _ ... _... 181

(10)

CAPTTULO II

CAS DO DOM I C TLI O E A OCUPAÇÃO DO CHEFE

::-ESTADO DO R I O DE JANE I RO - 1973 ... .

lIa. CHEFES DE DOMICTLIO OCUPADOS NO SE

182-3

TOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL, SEGUNDO OS

TIPOS DE SERViÇOS B~SICOS DE INFRA

ESTRUTURA DOS DOMICTLIOS E A OCUPA

çÃO - (Percentagem Vertical) - ES

TADO DO RIO DE JANEIRO - 1973 .... _-: 184

Ilb. CHEFES DE DOHICTLIO OCUPADOS NO SE TOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL, SEGUNDO A NATUREZA DA HAB I TAÇÃO E NOHERO DE HABITAÇOES NO PRI:DIO E A OCUPAÇÃO

(Percentagens Horizontal e Verti

cal) - ESTADO DO RIO DE JANEIRO

::-I 97 3 ... ~. 185

llc. CHEFES DE DOMICTLIO OCUPADOS NO SE TOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL, SEGUNDO A CONDiÇÃO DE OCUPAÇÃO E O NOMERO DE COMODOS DO DOM I C TLI O E A OCUPAÇÃO

DO .CHEFE - (Percentagem Verti ca 1)

-ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 1973 ... 186

MOBILIDADE INTERGERACIOt~L

12. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL

(Pai na Construção Civil/Primeira Ocupa

ção do F i lho) ••••••••••••• : ... -: 187

13. MATR I Z DE MOB I LI DADE I NTERGERAC I ONAL ..

(Pai na Construção Civil/Primeira Ocupa

ção do Filho) .. (N=533=IOO%) •••••••••••••••• .-:: 187

14. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL ..

(Pai na Construção Civil/Primeira Ocupa

ção_do Filho) - Fluxos de Saída das Ocu

paçoes ••••••••••• _ ... _ ... _ •••••••• _ 187

15. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL

-(Pai na Construção Civil/Primeira Ocupa

ção do Fi 1 ho) .. FI uxos de Entrada das

Ocupações •••••••••••••••••••••••• _ ... _ ... _ •••••• ~ 188

16. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL

-(Pa i na Cons t rução C i v i J /Ocupação dos F i

1 hos em 1973) •. : ... _.:- 188

(11)

CAPTTuLO I I I

17. MATR I Z DE MOB I LI DADE I NTERGERAC I ONAL -(Pai na Constr~ção Civi l/Ocupação dos Fi lhos em 1973) - (N=533=10Q;) _ ... -:

18. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL -(Pai na Construção Civil/Ocupação dos Fi lhos em

-

1973) - Fluxos de Saída das Ocu

-paçoes ___ •..• _ ... ______ .... __ •. ___ ... _

19. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL -(Pa i na Construção C i v i l/Ocupação dos F i lhos em 1973) - FI uxos de Entrada das

188

189

Ocupações ... __ ._ •••. _ ... _ ... _. 189

20. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL -(Ocupação do Pa i/Ocupação do Fi 1 ho em

1973 na Construção C iv i 1) ... 190

21. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL -(Ocupação do Pai/Ocupação do Filho em

1973 na Construção Civi 1) - (N = 1 024 =

_ 1 00%) .. _ ... _ •••••••• ___ ... _ •••••• _ •• __ • 190

22. MATR IZ DE MOBI LI DADE I NTERGERAC I ONAL -(Ocupação do Pai/Ocupação do Filho em

1973 na Construção Civil) - Fluxos de

$a í da da s Ocupa ções ... 191

23. MATRIZ DE MOBILIDADE INTERGERACIONAL -(Ocupação do Pa i/Ocupação do F i 1 ho em

1973 na Construção C i v i 1) - F1 uxos de En

trada das Ocupações .• _ •. _ .••. _ .••• __ ...

=

191

MOBILIDADE INTRAGERACIONAL I'

24. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PRI ME I RA OCUPAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E QUE EM 1973 PERMANECIAM NO SETOR, SEGUN DO A IDADE COM QUE COMECARAM A TRABALHAR E A PRIMEIRA OCUPAÇÃO: (Números Absolu tos e Percentagens Horizontal e Verti

ca 1) •••••• ~ ••••...•.• _ ...•.. _ •• _ .• _ ...•.•..••.. __ ... __ •

=-

192

25. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PRIMEIRA OCUPAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E QUE EM 1973 PERMANECIAM NO SETOR, SEGUN DO O PERToDO DE I NGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO E IDADE COH QUE COMEÇARAM A TRA

BALHAR E A PR lHE I RA OCUPAÇÃO _ ... _ •••• :: 193

(12)

26. MATR I Z DE MOB I LI DADE I NTRAGERAC I ONAL -(Primeira Ocupação na Construção Civil/ Ocupação em 1973 na Construção C iv i I) _

27. MATRIZ DE MOBILIDADE INTRAGERACIONAL -(Primeira Ocupação na Construção Civil/ Ocupação em 1973 na Construção Civil)

-194

(N = 312 = 100%) ... _... 194

28. MATRIZ DE MOBILIDADE INTRAGERACIONAL -(Primeira Ocupação na Construção Civil/ Ocupação em 1973 na Construção Civil)

-Fluxos de Saída das Ocupações .. _... 195

29. MATRIZ DE MOBILIDADE INTRAGERACIONAL

-FI uxos de Entrada das Ocupações ... 195

.30. MATRIZ DE MOBILIDADE OCUPACIONAL, SEGUN

DO PER TODOS DE I NGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO - (Pr ime i ra Ocupação na Constru ção Civil/Ocupação em 1973 na ConstruçãO

C i v i 1) .... __ ..••• __ ..•.•..• __ .... _ •. _____ •• ___ ... 196

31. MATRIZ DE POSIÇ~O NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação na Construção Civi l/Ocupa

ção em 1973 na Construção Civil) ... .:: 197

32. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO (Primei ra Ocupação na Construção C ivi l/Ocupa ção em 1973 na Construção Civi I) - (U

=-312 = 100%) __ •• _ •• __ ..•• __ •• ______ .. __ •••• ___ ••• 197

33. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação na Construção Civi l/Ocupa ção em 1973 na Construção Civil) -

Flu

xos de Sa í da __ •• __ .• __ •• __ .• __ •• __ • __ •• __ •• : . 1971

34. MATRIZ DE POSIÇ~O NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação na Construção C iv i l/Ocupa ção em 1973 na Construção Civil) -

Flu

xos de Entrada _ ••• _ ... _ .•..•.• __ •••. _ .••• ____ • 198

35. MATRIZ DE POSIÇ~O NA OCUPAÇÃO, SEGUNDO PERToDOS DE I NGRESSO NO MERCADO DE TRA BALHO - (Pr ime i ra Ocupação na ConstruçãO Civil/Ocupação em 1973 na Construção Ci

v j 1) ... · ... _ ... __ •••• ____ ...• _ ... __ .. __ .... 7 198

(13)

Construção C i v i 1) __ .• _ ... _ ... __ ... __ ... 199

37. MATRIZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação na Construção Civil/Ocupação em 1973 na

Construção Civil) - Fluxos de Sarda _... 199

38. MATRIZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação

na Construção Civil/Ocupação em 1973 na

Cons trução C i v i l) - Fluxos de Ent rada 199

39. MATRIZ EDUCACIONAL, SEGUNDO PERfODOS DE

I NGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO - (Pr i

meira Ocupação na Construção Civil/Ocupa

ção em 1973 na Construção Civil) _ ... .:: 200

r-' 40. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PRIMEIRA

OCUPAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E QUE EM 1973 TI NHAM ABANDONADO O SETOR, SEGUNDO A IDADE COM QUE COMEÇARAM A TRA BALHAR E A PRIMEIRA OCUPAÇÃO - (Números

absolutos e percentagens horizontal e

vert i ca 1) ___ •..•..•• _ •• _ •..•.• _ .•... _ ... _. ___ .• __ • 201

41. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PRIMEIRA OCUPAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E QUE EM 1973 TINHAM ABANDONADO O SETOR,

SEGUNDO O PER f 000 DE I NG RESSO NO MERCADO

DE TRABALHO E IDADE COM QUE COMEÇARAM

A TRABALMR E A PRIMEIRA OCUPAÇÃO __ ... 202

42. MATRIZ DE MOBILIDADE INTRAGERACIONAL -(Primeira Ocupação na Construção Civil/ Ocupação em 1973 fora da Construção C i

v i 1) _ ... ____ •• __ •• ___ •••••• __ •• ___ •• _______ ~ 203

MATRIZ DE MOBILIDADE (Primeira Ocupação na Ocupação em 1973 fora

v i I) - (N = 288 = 100%)

INTRAGERACIONAL -Construção Civil/

da Construção Ci.

..

-

....

-

...

-_

..

__

..

203

44. MATRIZ DE MOBILIDADE INTRAGERACIONAL

-(Pr imei ra Ocupação na Construção C iv i l/

Ocupação em 1973 fora da Construção C i

vil) - Fluxos de Sarda das Ocupações .. -: 204

(14)

Ocupação em 1973 fora da Constru<i,ão C i

vil) - Fluxos de Entrada das Ocupaçoes ... 204

46. MATRIZ DE MOBILIDADE OCUPACIONAL, SEGUN DO PERToDOS DE INGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO - (Primeira Ocupação na Constru ção Civil/Ocupação em 1973 fora da Cons

trução C i v i 1) ... _ ... _ •• __ ••.• __ .• _... 205

47. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Pri~ei

ra Ocupação na Construção C i v i l/OcupaçãO

em 1973 fora da Construção Civil) ... 206

48. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação na Construção C i v i l/OcupaçãO

em 1973 fora da Construção Civil) - (N = .

288 = 100%) __ .••. _ .. __ •. _ ... __ ... __ ..•. _. 206

49. MATRIZ. DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Pri~ei

ra Ocupação na Construção Civi l/OcupaçãO

em 1973 fora da Construção Civil) - Flu

xos de $a í da ... 206

50. HATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação na Construção C i v i l/OcupaçãO

em 1973 fora da Construção Civil) - Flu

xos de Entrada •... ____ •• _______ •• __ .• ___ ••.•. 207

51. MATRI Z DE POS I çÃO NA OCUPAÇÃO, SEGUNDO PERToDOS DE I NGRESSO NO MERCADO DE TRA BALHO - (Pr ime i ra Ocupação na Construçãõ Civil/Ocupação em 1973 fora da Constru

ção C j v i 1) _ .. _~ •.• - .• ___ - •• - •••• __ ---.• __ .• _... 207

52. MATR·IZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação na Construção Civil/Ocupação em 1973 fo

ra da Construção Civil) ... 208

51. MATRIZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação

na Construção Civil/Ocupação em 1973 fo ra da Construção Civil) - Fluxos de SaT

da .. _ .. __ ... _ ... _ .... _ ... _ .... _____ ... 208

54. MATRIZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação

na Construção Civil/Ocupação em 1973 fo ra ·da Construção Civi I) - Fluxos de En

trada __ ... _ .• __ ... ______ 7 208

(15)

mei ra Ocupação na Construção C iv il/Ocu

pação em 1973 na Construção Civil) ... _-: 209

56. TRABALHADORES QUE TIVERAM SUA PRIMEI RA

OCUPAÇ~O FORA DO SETOR DA CONSTRUÇ~O CI

VIL E QUE EM 1973 ESTAVAM NO SETOR, SE GUNDO A IDADE COM QUE COHEÇARAM A TRABA LHAR E O GRUPO OCUPACIONAL DA PRIMEIRA

OCUPAÇ~O - (Números abso 1 utos e percen

tagens horizontal e vertical) _ ... _-: 210

57. TRABALHADORES QUE TI VERAM SUA PR I ME I RA

OCUPAÇ~O FORA DO SETOR DA CONSTRUÇ~O CI

V I L E QUE EM 1973 ESTAVAM NO SETOR, SE GUNDO O PERToDO DE INGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO E IDADE COH QUE COMEÇARAMi 'A TRABALHAR E O GRUPO OCUPAC 10NAL DA PR I

ME I RA OCUPAÇ~O ... _-: 211

58. MATRIZ DE MOBILIDADE INTRAGERACIONAL -. (Prime i ra Ocupação fora da Constru~ão C i vil/Ocupação em 1973 na Construçao ci

v i 1) ... _. ••• ___ •• _______ .• ____ ... ___ •• __ -:- 212

59. MATR I Z DE MOB I LI DADE I NTRAGE RAC I ONAL -(Primeira Ocupação fora da Construção Ci vi l/Ocupação em 1973 na Construção

ci-v i 1) ... _____ •• ____ •• __ .. __ .•• _________ --:- 21 2

60. MATRIZ DE M081L1OADE INTRAGERACIONAL -(Pr i me i ra Ocupação fora da Cons trução C i vil/Ocupação em 1973 na Construção Ci

vi I) - Fl uxos de $aí da das Ocupações .. -: - 213

61. MATRIZ DE MOBILIDADE INTRAGERACIONAL -(Primeira Ocupação fora da Construção Ci vil/Ocupação em 1973 na Construçãõ Ci

vil) - Fluxos de Entrada das Ocupações .. -: 213

62. MATRIZ DE MOBILIDADE OCUPACIONAL, SEGUN DO PERToDOS DE I NGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO - (Primeira Ocupação fora da Construção Civil/Ocupação em 1973 na

Construção C iv i 1) .... _ .. _ ... _____ ... 214

(16)

63. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação fora da Construção C iv i l/Ocu

pação em 1973 na Construção Civil) ___ ~ 215

64. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação fora da Construção C iv i l/Ocu pação em 1973 na Construção C iv i 1) - (N-;;

786 = 100%) _ ... ___ ... _ ... _... 215

65. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação fora da Construção C i v i 1 /O~u

pação em 1973 na Construção Civil). - Flu

xos de Sa í da .... __ ... _ .••••. __ .. _._. ____ ._ •••. .::-

.

215

66. MATRIZ DE POSiÇÃO NA OCUPAÇÃO - (Primei ra Ocupação fora da Construção Civil/Ocu pação em 1973 na Construção Civi 1) - Flu

xos de Ent rada ___ .... _ ... ___ •• __ ... __ .::.. r.216

67. MATR I Z DE POS I ÇÃO NA OCUPAÇÃO, SEGUNDO PERToDOS DE I NGRESSO NO MERCADO DE TRABA LHO - "(Pr ime i ra Ocupação fora da Constru ção Civil/Ocupação em 1973 na Construçãõ

C i v i 1) ___ ... ____ .• ____ ... __ .... __ ... 216

68. MATRIZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação fora da Construção Civi l/Ocupação em 1973

na Construção Civi 1) ... _... 217

69. MATRIZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação fora da Construção C iv i 1 /Ocupaç.ão em 1973

na Construção Civil) - Fluxos de Saída.. 217

70. MATRIZ EDUCACIONAL - (Primeira Ocupação fora da Constru~ão C iv i l/Ocupação em 1973

na Construção C iv i 1) - Fl uxos de Entr2-.

da __ ... _... 2 18

71. MATRIZ EDUCACIONAL, SEGUNDO PERToDOS DE INGRESSO tW MERCADO DE TRABALHO - (Pri meira Ocupação fora da Construção Civil7

Ocupação em 1973 na Construção C ivi 1) •• 218

(17)

RESUMO

Este trabalho

e

€entrado na anãlise da mobilidade ocup~

cional dos trabalhadores diretamente ligados ã' produção no setor da

Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro: detecta os deslocamentos

ocupacionais ocorridos inter e intrageracionalmente, procurando dime~

sionar seu significado, sua extensão e o papel neles ~sempenhadopela

instrução.

A pesquisa se fundamenta em dados.secundãrios colhidos

pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios, do IBGE, questionã

rios central é suplementar, que levantaram informações acerca da mobi

lidade ocupacional.

o

estudo principia com tmla caracterização do pessoal ocu

pado na construção ci vi 1 no Estado do Ri o de Janei ro, em geral e por

ocupaçao, no que se refere a distribuição por nivel de escolaridade,

·rendimentos, naturalidade, posição na ocupaçao, duração da jornada de

trabalho e tipo de moradia.

Os demais capitulos são dedicados ã anãlise dos desloca

mentos ocupacionais propriamente ditos. Inicialmente são analisados

os daélos relativos ã mobilidade intergeracional sob dois ângulos': o"do

destino ocupacional dos filhos de trabalhadores da construção civil e

o da origem ocupacional paterna dos atuais trabalhadores da construção

civil.

Em seguida procede-se ao estudo da mobilidade intragera

cional verificando os deslocamentos ocupacionais ocorridos emperiodos

distintos da economia brasileira, a qual limita e condiciona em ulti

ma instância as possibilidades de mudança. Procedeu-se separadamente

ao estudo do destino ocupacional daqueles trabalhadores que ingress~

(18)

ram no mercado de trabalho em ocupaçoes na construção civil e perman~

ci am em 1973 no setor~ dos trabalhadores que tendo ingressado no mer

cado de trabalho atraves de ocupações da construção civil em 1973 ti

nham-nas abandonado e daqueles que~ tendo ingressado no mercado de tra

.

balho em diversos setores ,em 19!3 trabalhavam na construção civil. Pa

ra cada um desses grupos foram feitas as matrizes de mobilidade, de po

sição na ocupação e de instrução com o intuito de verificar a existên

cia ou não de simultaneidade entre tipo de movimento ocupacional reali

zado e mudanças no tipo de inserção no mercado de trabalho e/ou melho

rias no nivel de escolaridade.

Finalmente~ procedendo ao confronto das hipóteses

iniciais de trabalho com os resultados~ concluiu-se fundamentalmente

que os trabalhadores analisados realizaram predominantemente movimen

tos ocupacionais ascendentes de curta' extensão~ basicamente no interi

or dos grupos de ocupações manuais não ou semi-qualificadas, e que,

mesmo estes movimentos~ estão sendo mais. dificeis de rea1izarporaque

les que ingressaram mais recentemente no mercado de trabalho.

Considerando que paralelamente a esta redução nas possi

bilidades de ascensão houve, ao longo do telJ1)o', ligeira e1evaçãononl

t'

.vel ed~cacional dos trabalhadores~ concluiu-se que existe LID Certo

grau de independência entre estas duas variáveis e que a relação exi~

tente entre elas ficaria bem expressa da seguinte forma:

e

mais fácil

para quem tem mais escolaridade ascender na .hierarquia interna da con~

trução civil, mas não e necessário ter mais escolaridade para ascender

nesta mesma hierarquia - entendendo-se o nlvel elementar como "sufici

ente" para o exercicio das ocupações do setor tal como está estrutura

do no Bras il .

(19)

Le prêsent travail est consacreeã 1'analyse de la

mobilite occupationelle des travaiTleurs directeme'nt' attaches ã la

productioh dans le secteur de la Construction Civi le ã 1 'E:tat de Rio

de Janeiro: i1 detecte les deplacements occupation'~ls verifies inter

et intra-generationel1ement, en cherch,ant ã evaluer sa significatiollç

son extension et le rôle que 1 'lns,truction y joue. '

La recherche est fondamentee en des donnes secondai res,

dont Ja source est 1 'Enquête Natjonale p~rE:chantillonage de',

Domiciles -'1973, de l'Institut Brêsi1ien deGeographieet'Statistique

(I. B .G.E.), questionai re,s central et complementai re, qui 'ont obtenu·

des donnees sur 1 a mobil i te'occupati one 11 e.

L 'etude cormnence par une caracterisation du personnel

occupe dans la Construction Civile

ã

.1 'E:tat de Rio de Janeiro, en

tO,tal et par occupation, en ce qui conceme la distribution parniveau

de scolarite, revenu, naturàlite, position dans 1 'occupation, duree

de la joumee de trava;l ettype de logement.

Les'autres chapitrés presentent une analyse des

deplacements occupatione1s proprement dits. Initialement, les'donnees

"

relatives ã la mobilite intergenerationelle sont analysees sous deux

aspects: celui de la destinee occupat·ionelle des, enfants,' des

travailleors de la Construction Civile et celui de l'origine

,occupationelle paterne, des travailleurs de la Construction.Civile em'

1973.

Ensuite, on a procedê.ã ltetude de la mobilite '

.

.

,

intrageneratio'nelle, en ve'rifiant leso deplacements occupationels Qui . . . .

,_

..

" .

xix

'-" '. ,

'.

. . ", . '':': ' 9 ' "~. ... .

'-:.

"

. . " oi ~

',,"

(20)

0-:';,.

ont eu. lieu·en de differente~ periodes del'economie bresilienne,

laquelle limite et conditione les pos-sibilites de changement.

On

a

etudie ,separement, la destineeoccupationelle des travailleurs q~i

ont debute dans la 'vie active avec une occupation de la Construction

Civile ~t qui y restaient en 1973; des travailleurs qui, ayant debute

da~s le marché du·travail

ã

travers les occupations de la Construction

Civile, 'e'n 1973 les avaientabandonnees, et de ceux qui, ayant debute

dansle marche de travail en d'autres mêtiers, en 1973 travaillaient

dans 1 a Cons truct-ion Civi 1 e. Pour chacun des ces groupes on a fait

preparer des·matr1ces de mobilite, déposition dans' "occupatiott et

d'in.struction,. dans '-e but de vetifier l'existence ou non de

simultanei te entre le type de mouvement occupationel real iséet le

changement.Cians le type d'insertion occupationelle et/ou

... . "

d'amélioratións du niveau de scolarite.

Finalement, en procedaot

ã

laconfrontati'On entre les

hip9theses inltiales de ce travai1 avec 1es resultats, on a conelu

fondainentalement que les travailleurs etudiés, ont realisé

'prinCipalement des mouvements occupationels de courte extension,

ã

. .

'l'interieur des group~s d'occupatio,ns manuelles non ou demi-qualifiees,

. et que ces mêmes mouvements deviennent plus difficiles

ã

rea1iser pour

ce,:!x qui ont debute plus recenrnent dans 1e'marché de travai1 .

. En considérant que parallelement

ã

cette reduction des

póssi,bi1ites d'ascension il y a eu au 10ng du temps une legere

. , , '

elevation du niveau d'eduçation des travailleurs, on peut conelure'

. qu ';l y a un certain degre d'independance entre ces deux variables,

, " et· que, la relation entres elle~ seraft bien exprimee de la façon

suivante:·l'àscen.sion dans la hierãrc:hie·,inteme de la Construct10n

xx

..

'

~ . '

" " , ' : ' , ' .~. ~ ... "'010 . . .

.... ; ' : ' ' 4 .

-.

! . • I ~ ,'_ .... , :

.

•. . ~.

. "

(21)

.. ~

".~

scolarite, mais qu'il n'est pas necessairedJavoir un haut degrê de··

: sc,olarite pour monter cette même hi~rarchie - le: niveau elementaire

etant compris COl'1lJ1e "suffisant" pour 1 'exercite des occupations de ·la

Construction Civile, telle qu'elle est· structurêe au Bresil.

'.

. xxi

r to, .... \ ' . ' ; . -.)

. "

.

,

: • ,., .'; .•.• ,.: • • , ) ' : ' : . . . , •. ~ • • . ,"IÕi1 . ' '.

: .. ~ .

. . ~ • I

..

(22)

No momento em que vãtios estudos discutem as oportunid~

des de mobilidade ocupacional existentes na estrututa social brasilel

ra, pareceu-nos conveniente tentar captã-las no caso especlfico de um

setor onde predominam as ocupaçoes manllai s que exi gem pouca ou nenhu

ma qualificação como e o caso da construção civil. E o que este estu

do pretende avaliar, alem da importância do grau de escolaridade dos

indivTduos nos deslocamentos ocupacionais que venham a realizar.

_A defi ni ção_ des te tema para o trabalho bem como a esco

lha da forma atraves da qual ele viria a ser desenvolvido devetam-se

ã

conjugação de uma serie de fatores:

Inicialmente ao fato de termos part"jcipado, nos dois li}

mos quadrimestres do Curso de ~1estrado em Educação, da pesquisa "QU~

1 i fi cação da Mão-de-Obra do Setor da Cons trução Ci vi 1 ", sob a gerênci a

da professora uc.ia. Vailadcuuv.,. Tendo nos cnvo 1 vi do 'muito com o assun

to atraves de leituras, trabalho de campo, IBlestr"ils e reuniões, sur

giu a ideia de, sob a orientação da mesma professora, enfocar na dis

sertação de conclusão do curso algum aspecto relat'ivo ao setor da cons

trução civil, uma vez que os poucos estudos existentes estavam sempre

a apontar para o descompasso entre sua importância e a pouca extensão

dos conhecimentos sobre ele acumulados.

Em segui da ao fato de que se di spunha no Departamento

de Estudos e Indicadores Sociais da Funda.ção IBGE, onde trabalhamos,

de i nfol~mações referentes ã" mobil idade ocupaci ona 1 (i nter e i ntrager~

cional) colhidas em questionãrio suplementar ã Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicllios (PNAD) de 1973. Esses dados vinham de ser ana

(23)

anãlise de mobilidade ocupacional" e uma das recomendações de suas au

toras foi a de que se procedesse cada vez mais "ao estudo de grupos ou

categori as ocupaci onai s especl fi cas a ni vei s mai ores de desagregação

estatisticall

•1 Alem disso, havia a possibilidade de utilizarmos o ma

terial colhido durante nosso estãgio no IESAE em entrevistas diretas

com trabalhadores autônomos da construção ci vil, de obtermos 1 i s tagens

que permitissem reconstituit- as informações constantes dos question~

rios (principal e suplementai') da PNAD-73 e de obtermos tabulações e~

peciais construidas a partir de detel~minadasnecessidadesespecifícas.

Ci rcunstânci as essas que conj untamente favoreci am a real i zação de um

trabalho que aprofundasse alguns aspectos relativos

ã

mob-ilidade ocu

pacional no setor da construção civil. Visto tradicionalmente como

grande absorvedor de mão-de-obra pouco ou nada qualificada, um estudo

mai s detalhado das poss i bi·l i dades de promoção que oferece aos traba 1 ha

dores nele engajados não fora ainda realizado.

Havi a ai nda o fato de nossa formação ser na area de So

ciologia, o que torna especialmente estimulante o trabalho em um tema

como o da Mobilidade Ocupacional, sem duvida uma dimensão importante

da Mobilidade Social. Como diz NeJ!...6ol1 do VaLte. em seu trabalho "Posi

ção Social das Ocupaçõesll

, lia utilização da variãvel ocupação como i~

dicador da posição social dos individuas tem longa tradição sociolôgl

ca, amparada não sã em especulações ao nivel teôrico, como em resulta

dos empiricamente estãveis. A construçãodeescalas ocupacionais foi,

possivelmente, um dos itens que mais tempo absorveu do trabalho dos so

1 OLI VEIRA, Lucia H.e.l1a e. PORCARO, Ro,5a Ma.!Úa - Fo~ de Traba 1 ho no

(24)

ciõlogos e demõgrafos, resultando desse esforço uma variedade de sis

temas de mensuração que contribuiram decisivamente para a evolução da

- sociologia como ciência empirica".2 Contudo,

e

preciso deixar claro

que o trabalho se restringe

ã

1110bil idade Ocupacional por estarmos conE..

cientes de que a t~obil idade Social "não v;de ser vista de forma unid..:!..

mensional ~ do mesmo modo que seus indicadores não podem ser tratados

como se tivessem uma unica dimensãoll

•3

Finalmente, a escolha do tema decorreu tambem da exis

tência do debate em torno do papel da educação como elemento importa~

te da mobilidade ou estagnaç~o ocupacional.

Com o uso crescente de criterios espec; fi cos pa ra o aceE..

so de indiv;duo~ a determinadas ocupações, "as exigências formais p~

ra o recrutamento nos empregos e as expectativas de ascensão tendem a

ser definidas em ter'mos de graus educacionais (escolares) atingidos"o4

Isto conduz

ã

discussão sobre que fatores seriam condicionantes do grau

de escolaridade que uma pessoa logra alcançar e qual a efetiva influê~

cia desta sobl'e a ocupaçao que 1 he serã possivel exercer. JO.6~ CaJm1e.

lo BtLaz de. CaJLVCLlho em recente trabalho denominado "Escolaridade e ~10

bil idade Intra e Intergerações: dados gerais sobre as pessoas ocup~

das" diz: "na literatura contemporânea sobre equalização de oportun.i.

2VALLE Silva, NetMn do -

Posix~o

Social das Ocupações. Rio de Ja

neiro, IBGE, mimeo, 1971l, p. 1.

3/vULLER, S.M. - The Concept and Measurement of Mobil ity. In Coxon,

A.P.M. e JONES, C.L. (editores). Social Mo~l.!:1. Penguin Books

Ltd., Harmondsworth, 1975, p. 28.

4MILLS , Wltigh.t - Educação e Classe Social. In

PEREIR~,

LLÚZ e. FO

RACCHI, MCU1~atic-e. (org.).· Educação e Sociedade. Sao Paulo, Com

(25)

dades educacionais, seja na Europa ou nos Estados Unidos, seja nos paI

ses em desenvolvimento, o status sEcio-econ6mico familiar vem sendo a

pontado como reconhecidamente o fato mais determinante das chances de

escolaridade das crianças. Neste contexto, a ocupação paterna desemp~

nha uma função bãsica sobre os diferenciais de escoladdade de seus de

pendentesll

• E mais adiante: "a escolaridade alcançada pelos membros

ocupados da força de trabalho se de um lado estã condicionada pelos

grupos ocupacionais de seus progenitores, por outro lado esta mesma es

colaridade estã condicionando os padrões de mobilidade positiva ou ne

gativa que po~~a o~orrer -intet·geracionalmente". 5

Uma vez que

e

muito frequente a pressuposição de que o

potencial de Il10bil idade ocupacional inter e intrageracional está fort~

mente assoc iadc ao grau de esco 1 ari zação das pessoas, pa receu-nos i ntere~

sante verificar qual a sua aplicabilidade no casodos trabalhador'es

di

retamente ligados

ã

produção no setor da Construção Civil. A peculi~

ridade deste setor (e de out.ros com predominância de ocupações manuais

nao ou semi-qualificadas) e que neles hã "inexistência decriterios p~

ra a seleção de mão-de-obra do tipo anos de escolaridade ou certifica

dos de treinamento especlfico ou mesmo caracterlsticas pessoais como

aparência, flsico, idade, etc,,6 e a avaliação do desempenho - assim

como o aprendizado - sao feitos basicamente no próprio contexto da

obra.' Apesar disso, como consta do projeto de pesquisa "Qualif'icação

5CARVALHO, JOJ.>e CaJunuo 191.az de - Escolaridade e Mobilidade Intra

~ Inter-Gc~ações: dados gerais sobre ~...:~ pessoas ocupadas. IBGE,

1978, versao prel iminar, mimeo, pp. 3 elO.

6WERNECK, OOJLothea -Emprego e Salários na Indústria de Construção.

Rio de Janeiro, IPEA/INPES,-Rclatôrió de Pesquisa-n'?40, 1978, p.

(26)

da mão-de-obra no setor da Construção Ci vil 11 , hã um "ca rã ter a ltamen

te seletivo no setor da construção civil: se a entrada

e

fãcil e aber

ta para todos, o percurso ascendente, de servente a ajudante a meio-o

ficial a profissional a mestre de obras,

ê

longo e fechado. Parecem

ser poucos os que passam da categoria de desqualificados a semi-quali

ficados, menos ainda os que chegam a qualificados, e exceções ~ regra

os que completam o percurso a tê mes tre-de-obras. Não consegui ndo ul

trapassar o patamar inicial de servente, muitos desistem de trabalhar

na construção ci vil, abandonando o setor em busca de outros ti pos de

. ativid~des"J

OBJETIVOS DA PESQUISA

- Definido o tema, pretendemos desenvolvê-lo perseguindo

os seguintes objetivos:

19) caracterizar a mão-de-obra vinculada ao setor da construção ci

vil no que se refere ~ distribuição por ocupação, escolaridade, rendi

mento, naturalidade, posição na ocupaçao, duração da jornada de traba

lho e tipo de moradia;

29) verificar que ocupaçoes exercem os filhos de trabalhadores da

construção civil e que ocupações exerceram os pais dos atuais trabalha

dores da construção civil - mobil idade intergel~acional;

39) verificar qual a trajetória ocupacional dos individuos que in

gressaram no mercado de trabalho via ocupações do setor da construção

civil - mobilidade intrageracional;

7VALLADARES, Llc.ia do PlLMO -- Qual ificLH;ão da Mão-de-Obra do Setor

da Construção Civil - Prokt()(fepcsc]L'íTS-a-.- Rio de Janeiro,

(27)

imeo;-1977~5~-49) verificar em que ocupaçoes ingressaram no mercado de trabalho

as pessoas que em 1973 exerciam ocupações do setor da construção ci

vil - mobil idade intrageracional;

59) verificar se os deslocamentos ocupacionais ocorridos estavam

associados a mudanças no nível educacional dos trabalhadores, e qual a

relação entre grau de escolaridade atingido e ocupação do pai.

CONSTRUÇAO CIVIL

I

MOBILIDADE

Não sendo este um traba 1 ho teõri co, o que procuramos a

seguir

e

dar, a partir da bibliografia existente, uma visão geral (ai~

da que sumária) do setor da construção civil, bem como dos principais

problemas teõricos e metodológicos que envolvem os estudos relativos

ã

r"obilidade- Social e

ã

Ocupacional enquanto uma de suas dimensões

mais relevantes.

A. CONSTRUÇAO CIVIL

A 1 iteratura brasileira dedicada

ã

construção civil, ~

pesar de não ser abundante, já abordou algumas questões relevantes r~

lativas ao setor. Alguns estudos mais gerais como o de Vono.thê.a. WeA

nec.lz,8 o da FGV/CETHRU 9 e o de Medwo-ó 1 O descrevem o setor e sua

mao-de-obra, salientando sua importância econômica e social. Outros estu

8WERNECK, Vono:thê.a, op. cito

9FGV/CETHRU - Mão-de-Obra na Construção de Edifícios no Estado da Guanabara. Rio de Janeiro, 1972 • . > L _ -

-10MEVEIROS, Cel.laJL' Mano e.! - Construção C iv i I, Absorção de M~()-de-Obra

e Aspectos Gerais. Gelo Horizo;;-te,CEDÊPLAR, MOfl0grâfia n? 11,

(28)

dos como os de VatLga.6 11 e FVVLO 12 ocupam-se pri mordi a 1 men te da anãl i

se da forma de produção domi nante no setor, evi denci ando a sepa raçao

ai exi stente entre concepção e execução do IIprodutoll

~ a subordi nação

do trabalho ao capital e defendendo a tese de que a construção civil

~ basicamente manufatureira.

Jã os trabalhos de Cou.'u.Ylho 13 e de Vct.U.a.daJ1.e/614

ram compreender a partir do dia-a-dia do canteiro de obras, o "lado o

perãrioll

do setor, suas condições de trabalho, suas representações e

possibilidades concretas de vida.

Nesta ~C'ção tentamos, a parti r da lei tura destes princi

pais estudos,1 5 sistematizar alguns pontos neles recorrentess objeti.

11VARGAS, ULUOVl - Organização do Trabalho e Célpital: um Estudo da

Construção Hab i tac i on~15rSsertaçao de--t{es trado apresentada

na

COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 1979, mimeo.

12 F ERR , O Se..JLg,{.o - . In: Almanaque,

41.

A Forma da Arquitetura e o Desenho da Mercadoria. Caderno de Literatura e Ensaio, 2, 1976, pp. 17 a

13COUTINHO, Ronaldo - Operário ~ Construção Civil; urbanização, mL

gração e classe operâria no Brasil. Rio de Janeiro, Achiame,

1980.

14 A A A V LL V RES, Uua ... . d o PJta. d o - Formaçao da Mao-de-Obra no Setor da

-Construção Civil -

i

guisa deTiltroduÇão. Trabalho apresentado

na 32a. Reuniao Anual da SBPC, no Rio de Janeiro, real izada de 6

a 12 de julho de 1980. Neste trabalho, a autora redefineosobje

tivos da pesquisa apresentados em trabalho anterior, dizendo que

"0 cantei ro de obras, enquanto espaço de produção, passou a ser

o cerne mesmo do nosso interesse, na medida em que corporifica a dimensão espacial e temporal do processo de trabalho na constru

ção c i v i 1", p. 4. .

15Depois de termos concluído a redação deste trabalho, tivemos conhe

cimento dê) conclusão da pesquisa de VaUadatLe..ó, uv_a. do PJr..a.do

e:t a1.Li, O Processo de Trabalho e a Formação Profissional na Cons

(29)

--vando descrever sinteticamente o setor da construção civil e sua im

portância na economia do pais, para que sirva de pano de fundo ao estu

do de seus trabalhadores do ponto de vista que pretendemos desenvol

ver: sua caracterização no caso especifico do Estado do Rio de Janei

ro e um pouco de sua história ocupacional.

A i ndustl~i a da cons tl~ução compõe-se de um conjunto de

firmas dedicadas ~ produção de bens bastante diferenciados. Ai estão

reunidas todas as atividades ligadas ~ manutenção, reparos e edific~

ção de imóveis, tanto residenciais como industr-iais e comerciais, ro

dovias, pontes, viadutos, POI'tos e aeropol~tos, ferl'ovias e outros ti

pos similares. Se por um lado estes bens têm em comum o fato de se

rem imóveis, são diferentes as

t~cnicasl

6 e as combinaçEes de fatores

(inclusive as proporções de mão-de-obra de diversos niveis de qualifi

cação) utilizadas na produção de cada um deles.

"Em qualquer economia, a construção civil ~ considel'o.da

um dos setores mais importantes dentro da atividade industrial, não só

por suprir a infra-estrutura necess2ria a outras formas de atividade

trução Civil. Rio de Janeiro, FGV/IESAE, 1981, versão em xerox,

a cujo projeto já nos referimos anteriormente, bem como da pcsqui

sa de GnC};ndJ., SOI1J.aLem0.6 - B..:-lações de Trabalho e Rotatividade na

Construçao Ç...!.ylL. Dissertaçao apresentada ao Programa de Estudos

P6s-Graduados em Ci~ncias Sociais da

pue/sp.

Assim, não foi pos

sível incorporar ao nosso trabalho as contribuições dessas pesqul sas.

16l1Nota-se na construção pesada a presença de grandes empresas, util i zando uma tecnologia comparável em muitos aspectos àquela utilI

zada nos países industrial izados; a máquina tem uma presença mar

cante e orientadora do processo de trabalho. li construção de edl

ficaç~es, por sua vez, constitui-se de empresas de m~dio e pequ; no porte com uma tecnologi.:l de prodL!ção 'atrasada' e ondeo braçõ

operário sobrep~e-5e à máquina". (VARGAS, NU.tol'l, op. cit., pp.

(30)

produt i va, mas, e sobretudo, pela função bãs i ca de atender às neces

sidades habitacionais da comunidade.

r

um setor que desempenha papel

altamente es tra teg i co no conj unto da Economi a, em razão das i nterre 1 a

ções com todas as atividades produtivas e com as atividades de objet~

vos sociais".H

A importância da Construção Civil no Brasil se faz sen

tir sob vãrios aspectos:

19) Do ponto de vista ~1ais estdtamente do Poder Publico, face a

sua possibilidade de intervenção enquanto formulador de pollticas, en

quanto principal agente no sub-setor das obras de infra-estrutura e en

quanto financiador, via Sistema Financeiro de Habitação.

29) Do ponto de vista mais estritamente do Setor Privado, a con~

trução civil, principalmente o sub-setor da construção habitacional,

possibilita altos lucros sobre relativamente pouco capital investido,

perdurando no setor a hegemonia do capital nacional, o qual se reprs:.

duz sem maiores dificuldades urna vez que a produção na construção c~

vil estã centrada no fator traba 1 ho, num contexto de mão-de-obra abun

dante e barata e que a comercia 1 i zação de imóvei s tem se constitul do

em atividade das mais lucrativas.

39) Do ponto de vista mais estritamen.te ec~nômico, dada a ca.pac~

dade de criação de novos empregos,18 dada a sensibilidade a influenci

17FGV/CETHRU, op. c i t., p. 1.

1811 - ~ • I · ~

A construçao e o setor ocupaclona que cria o maior numero de em pregos em relação ao capital investido, muis ou .menos 300 para cada milhão de cruzeiros investidos, enquanto o segundo lugar ca, be à indústria de mobil iário, onde a relação fica em torno de empregos para a mesma unidade de capital". (STEINBERG, C.€.aJza

-Assistência Social e Absorção de Mão-de-Obra na IndústriadeCons

(31)

--as ori gi nãri --as de outros setores, e dada a atuação multi p 1 i cadora da

construção civil sobre outros setores como os de madeira, mobiliãrio,

metalúrgico, materiais eletr'icos, etc.

49) Do ponto de vista mais estritamente social, a construção civil

constituise em mercado de trabalho para mãodeobra desqualificada

-receptor urbano de trabalhadores rurai s 19 - que oferece, ao menos em

tese, oportunidades de profissionalização no próprio exercício do

trabalho.20 Por outro lado, o setor e responsãvel pela criaç~o de in

fra-estrutura e de habitações, num pals onde e enorme o deficit habl

tacional, aliado ~ inadequação de grande parte das habitaçõ2s existen

tes.21

trução. Trabalho apresentado no V Encontro Nacional da Constru

çao, real izado de 5 a 11 de outubro de 1980 em Salvador, Bahia-;

m i meo, p. 3).

1911Como suas atividades repousam na mão-de-obra, essa indústria tem posição relevante na solução do problema de emprego, especialmen te nas economias subdesenvolvidas, onde o crescimento da popula

ção é explosivo e o contingente de mão-de-obra não qual ificada

e

superabundante. Caberá à indústria da construção civil absorver

grande parte desse contingente e parcela substancial da população

que aflui das zonas rurais para as cidades". (FGV/CETRHU - op.

cit., p. 2)

20 A pesquisa do CETRHU concluiu que o treinamento informal em servi

~, embora usua I mente rea I i zado a revel i a das empresas,

e

respon

.savel pela formação profissional de quase toda a mão-de-obra da

construção de edifÍcios. (FGV/CETRHU, op. cit., p. 65)

21 11No começo da década passada, estimava-se que o deficit habitacio

nal era da ordem de 8 milhões de habitações, significando isso

que metade da população brasileira ainda não conhecia o conforto da habitação.

Do total dosabrigos existentes em 1960, apenas preenchiam condi ções minimas de habitacional idade 25% das casas do Norte, 12% no Nordeste, 44% no Leste, 48% no Sul e 17% no Centro-Oeste.

(32)

"O desemprego, a marginalidade urbana e a instabilidade

econBmica nos palses em vias de desenvolvimento deram lugar ~ reabili

taçio da construção como setor fundamental da estrat~gia para o desen

volvimento econômico, em meados da decada de 1960".22 Assime que nos

filtimos 20 anos a evolução da ind~stria da construção civil no Brasil

foi marcada pela influência do setor p~blico, pelo fato de

constituir-se em motivação para investimentos, pela cl~iação do S"istema Financeiro

da Habitação e do Banco Nacional de Habitação e pela instituição da

correção monetãria nos contratos imobiliãdos que veio revitalizar o

interesse do setor privado pelo problema habitacional,

No Estado do Rio de Janeiro, em particular, onde o prQ

cesso de urbanização ocorreu de forma superlativa, a ind~stria da con~

trução civir revestiu-se de importância fundamental, principalmente no

auge da constr"ução do Metrô, ~poca em que apenas este IIpro jeto

ll

ocup~

va 115 000 operãrios em 1976, 11 300 em 1977, "14 000 em inlcios de 1978

e 19 000 previstos at~ o final desse anoll

•23 Contudo, uma avaliação

das condições reais de trabalho e vida que o setol'daconstrução civil

proporciona para este grande nfimero de pessoas nele ocupada, não pode

desconsi derar a forma de organi zação do trabalho exi stente no setor.

A esse respeito, em poucas palavras, pode-se di zer que ao 10n90 do tem

po, o processo de produção na construção civil deixou de comportar um

22

440 000 novas habitações, criada pelo crescimento da população".

(FGV/CETRHU, op. cit., p. 12)

MEDEIROS, CeUVt Manoel, op. cit., p. 8.

23VALLAVARES, LZc..{a dá Phado - Quebra-Quebras na Construção Civi 1:

o caso dos operãrios do ~letrô do Rio de Janeiro, In: Revista Da

(33)

trabalho mais artistico e artesana124 para se basear no trabalho

parc~

lado com trabalhadores crescentemente mais desqualificados e domina~

. do partes menores da obra como um todo. 25 Atualmente o setor se carac

. - 26

terl za por uma forma predomi nantemente manufaturei ra de produçao, com

tecno 1 ogi a "atl~asada 11 e bai xa produti vi dade de sua mão-de-ob ra abundante,

rotativa e explorada,27 o que permite manter baixos os custos de prod~

241~

atividade construtiva surge desde a Antiguidade aparentando cer

ta complexidade. A necessidade de abrigar a nobreza, aconstruçao

de templos e outras obras para fins públ icos ou bél icos, eXigiu

-uma grandeconcentraç-ão de pessoas na tarefadeedificar, e alguns

poucos na atividade projetual. Prematuramente aparece, portanto,

a separação entre a atividade de concepção e execução. Entretanto era normal combinar o trabalho escravo (para o serviço bruto) com

o artesanato. A este úl timo cabia a execução das pi.1rtes mais deli.

cadas e daquelas de cunho decorativo". (VARGAS, Nil.:tof1, op. cit.,

p. 81)

25 Da anal ise efetuada por - SV1.g.w - . F vvw "depreende-se que o operar 10

de construção estaria passando por um processo de desqual ificação crescente, se comparado com os artesãos e mestres de outrora, or

ganizados em corporações de ofÍcios. ·Cada vez mais, sal ienta seJi

g.{o Fvuw, o trabalho na construção civil é parcelado, dividido~

escapando ao operário o conhecimento e o controle do processo glo

ba 1. Sua pa rt ic i pação no processo produt i vo quase se res t r i nge

ao

emprego de sua força e destreza física, sendo o produto coletivo

dos trabalhadores parcelados o que se torna mercadoria". (VALLAVA

RES, Llúa do PILado, "Formação da ~lão-de-Obra no Setor da ConstrQ

ção Civil - ~ guisa delnTroduçao" , op. cit.,

pp.

6 e 7 ,

2611A forte presença de operar lOS que conformam o produto com a ut i 1 i

zação de ferramentas manuais, a aus~ncia (ou presença marginal) d~

máquina no processo produtivo, e a precária organização do traba

lho em moldes especificamente capital istas, conferem à construçãO

habitacional um caráter de manufatura " . (VARGAS, Nil.:tOH, op.cit.,

p. 88)

27 110 capital calcado sobre um processo de trabalho que não tememvistao aumento da produtividade e nem a intensificação do trabalho, seja

pela util ização de maquinaria, seja pela 'racional ização ' dos mét~

dos de produção, tem que procurar outras formas para aumentar o ex

cedente econômico. Resta-lhe, deste modo, lançar mão de métodos

de organ i zação do t raba I ho que podem ter um ca rá ter depreda tór i o

da força de trabalho. As suas armas são: o estabelecimento de sa

lários não condizentes com a subsistência operária; o aumento da

(34)

çao e altos os lucros, que se agigantam na fase de comercialização do

Iproduto".28

B. MOBILIDADE

"0S estudos que tradicionalmente v~m tratando da mobili

dade da força de trabalho como aqueles de SOJLO!z,Ül (1927)," U.p.óe:t e. Z~

te.JLbe.JLg (1956), Rog066 (1953), GlM.ó (1954) e VUI1C.a.11 e. BR.au. (1967), t~m

pensado a mobilidade social no sentido mais amplo, sendomanados pela

preocupação bãsica de conhecer o grau de abertura dos sistemas saci

ais do mundo ocidental. Neles transparece, geralmente) a concepção de

uma sociedade caracterizada por uma est)~atificação continua com vários

esca 1 ões a serem ultrapassados e tambem uma certa noção de ascensão i.!!

dividual atraves de canais de mobilidade social existentes, os quais

se procura detectar". 29

"predominantemente, mobilidade 'social tem sido entendi

da como mobilidade vertical e, na maioria dos casos, foi operacionali

zada em termos de movimentos entre grandes grupos ocupaci ona i s. A hi e

condições laboriais bastante precárias". (VARGAS, Nil.:tol1, op.cit.,

p. 102)

28"fJILTOf>J VARGAS, referindo-se à Construção Habitacional, diz: "Nes tes últimos anos a lucratividade de promoções tem favorecidoosca

pitais invertidos no sub-setor. Basta ver que de janeiro de 1973

a setembro de 1977 o preço de comercialização de residências vem

crescendo a. taxas superiores ao custo da mão-de-obra e de materi

ais". E mais adiante: "0S capitais invertidos no sub-setor encon

tram fora da esfera produtiva a melhor maneira de apropriar-se do

excedente econômico. E por isto não há necessidade de imobil izar

em máqurnas e equipamentos para aumentar a produtividade. Por ou

tro lado, o contingente de reserva e a desmobil ização e desorganT zação operária dão condições para que a estruturarnanuf<ltureira dã produção subsista, ,e seja mantid<l a alta taxa de exploração da for

ça de trabalho". (VARGAS, N..i.LtoVl., op. cit., pp. 122 e 127)

(35)

rarquia ocupacional foi usualmente ordenado segundo a dimensão do pre~

tTgio pressupondo altas correlações com outros fatores tais como edu

cação, renda, respeito e autonomia. Mobilidade social tem sido medi

da como mobilidade -intergeracional". 30

Estes estudos têm sido alvo de crTticas de carãter teõ

rico e metodolõgico31 que se prendem basicamente a quatro pontos:

19) pressupoem uma concepçao gradual ista da estrutura de cl asses

sociais;

--29) procedem a uma redução da estrutura social a um sistema unidi

mensional de status ocupacional e, consequentemente, procedem a uma re

dução da posição social do indivTduo

ã

sua posição ocupacional;

39) pressupoem a existência de congl~uência entl~e os diversos sta

tus que uma mesma pessoa pode auferir segundo criterios classif-icatõ

rios possiveis: ocupação, renda, educação, poder, etc.

49) estão baseados na falsa suposição da existência de valores con

sensuais na sociedade, sobre os quais pudesse se pautar uma escala de

30MAYER, "K. V. e. MULLER, W. - Progress in Social Mobil ity Research? In: COXON, A. P. M. e. JONES, C. L. (editores). Social Mobil ity Penguin Books Ltd., HarmondsvJorth, 1975, p. 169.

31Exemplos destas criticas são o trabalho de Pi.hou que resume o que

terll sido feito e aponta as principais deficiências apresentadas,

(PitlLou, Agn~ - Social Stratificationand Carcer Mobility: Le Con

cept de Mobilité Sociale en Question. In: Sociologie du

Travail--:-n<; 3, 1975), bem como o artigo de Cunha. que discute os-problemas

relativos a escala de Hutc.hút.óol1 - que é estritamente uma escala

de prestígio. O autor aponta como uma das providênciasa serem to

madas em estudos de mobil iJade, o uso da IImedida da renda monetã ria não como um indicador de classe social, mas como uma das suas consequências, a qual assume importância crescente na medida do de

senvolvimento da sociedade capitalista em nosso paisll.!CUNHA,LLÚZ

AntovUo -O Registro da Classe Social em Estudos de Conjuntura.

In: Forum Educacional. ano 1, n<;l, abril/junho de 1977, FGV/RJ,

(36)

prestigio das ocupaçoes.

Contudo, sem negligenciar essa argumentação critica, f~

ce as pretensões 1 imitadas deste trabal ho e ao tipo das informações

disponiveis, acreditamos na sua validade a partir dos seguintes pre~

supostos:

19) Foram incorporadas algumas das mOdificações32 que se tem pr~

posto a partir da constatação dos problemas envolvidos nos estudos da

mobilidade, como por exemplo: anãlise da mobilidade intrageracional ~

lem da intergeracional, consideração da dimensão temporal nos desloc~

mentos ocupacionais bem como sua vinculação com mudanças na estrutura

produtiva, alem do estudo se ater a categor-ias profiss·ionais espec1'f

l

cas e utilizar uma escala ocupacional não baseada no prestigio mas em

variãvei s sõcio-econômi cas rel evantes (como serã descrito ma i s adi an

te) .

3211Algumas modificações têm sido introduzidas nos estudos de mobili

dade como consequência dos problemas levantados pelos pesquisad~

res nesta área, tais como:

1. A mobil idade feminina passa a ser objeto de estudo;

2. O conhecimento do· momento a que se referem, respectivamente, as

ocupações do pai e do filho, no estudo da .mobil idade intergera

cional;

-3. Uma maior ênfase na mobil idade intrageracional com apelo mais frequente a estudos longitudinais;

4. A necessidade de uma definição mais explícita do que se está

entendendo por mobil idade e sua contrapartida, a estabil idade;

5. A continuação do esforço de construção de escalas, porém, rec~

mendando-se cada vez mais o estudo de grupos ou categorias ocu pacionais específicas a níveis maiores de desagregação estatíI ti ca;

6. O~ estudos a níveis regionais e locais para efeito de compar~

çao com os nacionais;

7. A maior importância da dimensão temporal". (OLIVEIRA, Luua

Referências

Documentos relacionados

Ao considerar a notável melhoria nos resultados do Idepe alcançados pelas escolas de Ensino Médio após a implementação do Programa de Educação Integral,

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

O presente capítulo apresenta o Plano de Ação Educacional, que propõe o desenvolvimento de um espaço de reflexão que permita que a Secretaria de Estado de Educação do

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

O capítulo I apresenta a política implantada pelo Choque de Gestão em Minas Gerais para a gestão do desempenho na Administração Pública estadual, descreve os tipos de

O caso de gestão estudado discutiu as dificuldades de implementação do Projeto Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMT) nas escolas jurisdicionadas à Coordenadoria

Em suma, ainda que seja uma forma de trabalho vista como degradante pela sociedade, os “ catadores de materiais recicláveis ” fazem do lixo uma forma de obter renda para o