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ARTIGO
ORIGINAL
Health
promoting
behaviors
in
adolescence:
validation
of
the
Portuguese
version
of
the
Adolescent
Lifestyle
Profile
夽
Pedro
Sousa
a,b,∗,
Pedro
Gaspar
a,b,
Helena
Fonseca
c,d,
Constance
Hendricks
ee
Carolyn
Murdaugh
faEscoladeCiênciasdaSaúde,InstitutoPolitécnicodeLeiria,Leiria,Portugal bUnidadedePesquisaemSaúde(UIS),InstitutoPolitécnicodeLeiria,Leiria,Portugal cFaculdadedeMedicina,UniversidadedeLisboa,Lisboa,Portugal
dClínicadeObesidadeInfantil,DepartamentodePediatria,HospitaldeSantaMaria(HSM),Lisboa,Portugal eFaculdadedeEnfermagem,AuburnUniversity,Auburn,EstadosUnidos
fFaculdadedeEnfermagem,UniversityofArizona,Tucson,EstadosUnidos
Recebidoem14deabrilde2014;aceitoem10desetembrode2014
KEYWORDS
Lifestyle; Adolescents; Instrument validation; Portuguese; Health-promoting; Psychometrics
Abstract
Objective: Reliableand valid instruments areessential for understandinghealth-promoting
behaviorsinadolescents.Thisstudyanalyzedthepsychometricproperties ofthePortuguese
versionoftheAdolescentLifestyleProfile(ALP).
Methods: AlinguisticandculturaltranslationoftheALPwasconductedwith236adolescents
fromtwodifferentsettings:acommunity(n=141)andaclinicalsetting(n=95).Internal
con-sistencyreliabilityandconfirmatoryfactoranalysiswereperformed.
Results: Results showed an adequate fit to data, yielding a 36-item, seven-factor
struc-ture (CMIN/DF=1.667, CFI=0.807, GFI=0.822, RMR=0.051, RMSEA=0.053, PNFI=0.575,
PCFI=0.731).The ALPpresented ahighinternal consistency (␣=0.866),with thesubscales
presentingmoderatereliabilityvalues(from0.492to0.747).Thehighestvalueswerein
Inter-personalRelations(3.059±0.523)andPositiveLifePerspective(2.985±0.588).Somegender
differences werefound. Findings showedthatadolescents fromtheclinic reportedan
ove-rallhealthierlifestylethanthosefromthecommunitysetting(2.598±0.379vs.2.504±0.346;
t=1.976,p=0.049).
DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.09.005
夽 Comocitaresteartigo:SousaP,GasparP,FonsecaH,HendricksC,MurdaughC.Healthpromotingbehaviorsinadolescence:validation
ofthePortugueseversionoftheAdolescentLifestyleProfile.JPediatr(RioJ).2015;91:358---65. ∗Autorparacorrespondência.
E-mail:pedro.sousa@ipleiria.pt(P.Sousa).
Conclusion: TheALPPortugueseversionisapsychometricallyreliable,valid,anduseful
mea-surement instrument for assessing health-promoting lifestyles in adolescence. The ALP is
cross-culturallyvalidatedandcandecisivelycontributetoabetterunderstandingofadolescent
healthpromotionneeds.Additionalresearchisneededtoevaluatetheinstrument’spredictive
validity,aswellasitsclinicalrelevanceforpracticeandresearch
©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.
PALAVRAS-CHAVE
Estilodevida; Adolescentes; Validac¸ão instrumental; Português;
Promoc¸ãodasaúde; Psicometria
Comportamentosdepromoc¸ãodasaúdenaadolescência:validac¸ãodaversão
emportuguêsdoPerfildoEstilodeVidaAdolescente
Resumo
Objetivo: Osinstrumentosconfiáveiseválidossãofundamentaisparaentenderosestilosde
vidadepromoc¸ãodasaúdedeadolescentes.Esteestudoanalisaaspropriedadespsicométricas
daversãoemportuguêsdoPerfildoEstilodeVidaAdolescente(ALP).
Métodos: Foifeitaumatraduc¸ãolinguísticaeculturaldoALPcom236adolescentesdeduas
configurac¸õesdiferentes:umadecomunidade(n=141)eumaclínica(n=95).Foramfeitasuma
análisedaconfiabilidadedacoerênciainternaeumaanálisefatorialconfirmatória.
Resultados: Osresultadosmostraram-seadequadosaosdadosegeraramumaestruturadesete
fatores com 36 itens (CMIN/DF=1,667,IAC=0,807, GFI=0,822, RMR=0,051, RMSEA=0,053,
PNFI=0,575,PCFI=0,731).OALPapresentougrandecoerênciainterna(␣=0,866).As
subes-calasapresentaramvaloresdeconfiabilidademoderados(de0,492a0,747).Osmaioresvalores
foramdeRelac¸õesInterpessoais(3,059±0,523)ePerspectivadeVidaPositiva(2,985±0,588).
Foramencontradasalgumasdiferenc¸asentreossexos.Osachadosmostraramqueos
adoles-centesdaclínicarelataramumestilodevidamaissaudávelemgeraldoqueosdaconfigurac¸ão
dacomunidade(2,598±0,379emcomparac¸ãocom2,504±0,346;t=1,976,p=0,049).
Conclusão: AversãoemportuguêsdoALPéuminstrumentodemensurac¸ãopsicometricamente
confiável,válidoeútilparaavaliarosestilosdevidadepromoc¸ãodasaúdenaadolescência.
OALPévalidadoemdiferentesculturasepodecontribuirdeformadecisivaparaummelhor
entendimentodasnecessidadesdepromoc¸ãodasaúdenaadolescência.Énecessáriauma
pes-quisa adicional para avaliar avalidadepreditiva do instrumento,bemcomo suarelevância
clínicaparaapráticaepesquisa.
©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos
reservados.
Introduc
¸ão
Um componente vital para atingir os objetivos do plano Healthy People2020é apromoc¸ão deestilosdevida sau-dáveis.A Promoc¸ãoda Saúdecontinua sendoconsiderada aabordagemcommelhor custo-benefícioparamelhoraro bem-estareaqualidadedevida.1 Estimou-sequeaté60%
daqualidadedesaúdeevidadeumindivíduodependemde seucomportamentoeestilodevida.1
ResultadosdapesquisasobreoComportamentodeSaúde em Crianc¸as na Idade Escolar de 2009/20102 indicam
variac¸õesnospadrõesdesaúdeeseusdeterminantes soci-aisentrepaíses.Desigualdadessignificativasnosindicadores sociaise desaúde de acordo com idade, sexoe situac¸ão socioeconômicatambémsãoevidentes.Muitosefeitosdos fatoresderiscoàsaúdeentreosadultospodemserevitados se esses comportamentos forem identificados e alterados em um estágio inicial.3 Portanto, é essencial entender e
avaliaroscomportamentosdepromoc¸ãodasaúdeentreos adolescentesafimdepromoverseucrescimentosaudável.
Comportamentosdepromoc¸ãodasaúde(CPS)são defi-nidoscomo umaabordagempositivaàvidae aumentamo
bem-estareaautorrealizac¸ão.4Asatividadesdepromoc¸ão
da saúde são definidas como aquelas que contribuem para a saúde, ao passo que comportamentos preventi-vos são ac¸ões para evitar ou impedir o desenvolvimento de alguma doenc¸a. Pender descreveu um estilo de vida saudávelcomoaquelequeincorporaoscomponentes com-plementares tanto de promoc¸ão da saúde quanto de prevenc¸ão. Os CPSs desenvolvem a energia necessária paraaumentar o potencial humano.4 Ouso de
comporta-mentosde promoc¸ão dasaúde complementa a tendência deestabilizac¸ão da prevenc¸ão de doenc¸as, direcionada à detecc¸ão antecipada.Em vez daestabilizac¸ão e evitac¸ão de doenc¸as, os comportamentos de promoc¸ão da saúde desenvolvematensãonecessáriaparaaumentaropotencial humano.4
Os comportamentos de promoc¸ão da saúde na ado-lescência foram relacionados a atributos psicológicos de autoestima,autoeficáciaeesperanc¸a.5Entretanto,há
daSaúdeAdolescente7ePerfildoEstilodeVidaAdolescente
(ALP).8
O Perfildo EstilodeVida Adolescente (ALP) temcomo baseconceitualoModelodePromoc¸ãodaSaúdedePender,4
umavisãomultidimensionaldeCPSquedestacaopapelativo dosindivíduosnagestãodeseuprópriocomportamentode saúde,amplamenteusadopara entenderospreditoresde comportamentosdesaúdeeestilosdevida,especialmente deadolescentesdosEUA.9OALPfoiprojetadopara
mensu-rarafrequênciadoscomportamentosdepromoc¸ãodasaúde emadolescentes(precoces,médiosetardios)emsete domí-nios:responsabilidadepelasaúde,atividadefísica,nutric¸ão, perspectivadevidapositiva,relac¸õesinterpessoais,gestão deestresseesaúdeespiritual.EssaversãoatualdoALPfoi testada em várias amostras de adolescentes (11-20 anos) comconfiabilidadeevalidadecomprovadas(coeficientealfa de0,929).8
ApesardeoALPnãotersidousadoemestudosque envol-veram outros adolescentes que não americanos, a versão para adultos da qual o ALP foi obtido (o Perfil do Estilo deVidadePromoc¸ãodaSaúde)foitraduzidoparapersa,10
japonês,11 espanhol,12 turco,13 português14 e chinês15 e é
aplicadotantoempessoassaudáveiscomoempessoascom distúrbiosclínicos,comocânceresíndromesneurológicase metabólicas.12
Um instrumento válido e confiável para a mensurac¸ão deestilos devida saudáveisé essencial paraentender as necessidadesdepromoc¸ãodasaúdeentreadolescentes.16,17
Obter uma avaliac¸ão transcultural precisa e equivalente deumconstrutopsicológico foi consideradoumelemento fundamental dapesquisa, poiso mesmo construtopoderá diferiremtodosospaísesecontextos.18 Ademais,nenhum
estudoatéagoraaplicouuminstrumentopadronizadopara examinaressescomportamentosemumapopulac¸ãode ado-lescentesportugueses.Umavezqueoportuguêséaquinta língua maisfalada no mundoe a terceira maisfalada no hemisférioocidental,comcercade272,9milhõesde falan-tes,oobjetivodesteestudofoiexaminaraconfiabilidadee avalidadedoconstrutodaversãoemportuguêsdoALP.
Métodos
Participantes
Conduzimos umestudo transversal descritivo com adoles-centesportugueses. Oscritérios deelegibilidadeforamos seguintes:I)terentre12-18anos;II)sercapazdese comu-nicarporescrito;III)ternacionalidadeportuguesa;IV)ter fornecidoumconsentimentoinformadoparaparticipar do estudo.Oscritériosdeexclusãoforamapresenc¸adeuma psicopatologiagraveeaincapacidadedepreencheros ques-tionáriosdevidoaobstáculosdeidioma.
Uma ampla gama de recomendac¸ões com relac¸ão ao tamanho da amostra na análise foi elaborada. Alguns autores19sugeremque100entrevistadoséonúmeromínimo
absolutoparafazeraanálisefatorial.Outrossugeririamque umtamanhodeamostra adequado paraa análise fatorial confirmatória(AFC)eraconsideradon≥200.20 Existe
tam-bémumaregrapráticadecincoentrevistadospor item.21
Portanto,foinecessáriorecrutarpelomenos220 adolescen-tes(5*44itens).
Umaamostra deconveniência (n=236) foi selecionada com base na resposta da populac¸ão elegível ao questi-onário on-line. Foram recrutados adolescentes de duas configurac¸õesdiferentes:A)estudantesdeumacomunidade (escolapúblicadoensinomédio);B)adolescentesdeuma clínicadeobesidadeinfantil.Tratardapromoc¸ãodeestilos devidasaudáveisexigeumaabordagemamplaqueincluia promoc¸ãodasaúdeeaprevenc¸ão.4 Aopc¸ãodeselecionar
umagrandevariedadedeparticipantespretendeuaumentar avalidadeexternadoinstrumentoeabordaressademanda. Osparticipantesdaconfigurac¸ãoA(n=141)foram recru-tados com o apoio dos professores, de acordo com o protocolo de pesquisa entregue anteriormente. Os parti-cipantes daconfigurac¸ão B (n=95) foramrecrutados com o apoio daequipe da clínica, deacordo com o protocolo depesquisaentregueanteriormente.Acoletadedadosnas duasamostrasocorreuem2012.Acomparac¸ãobásica indi-couqueambasasconfigurac¸õeseramequivalentesquanto àscaracterísticassociodemográficasdosadolescentes.
Instrumento
O Perfil do Estilo de Vida Adolescente (ALP)8 foi
proje-tado para mensurar a frequência de comportamentos de promoc¸ão da saúdeem adolescentes (precoces, médios e tardios). O PerfildoEstilo deVida dePromoc¸ãodaSaúde II revisadoserviucomoprotótipo paraagerac¸ãoinicialdo ALP.Ficou aparente que ositens usados para adultosnão seaplicavamaadolescentes.Aconfiabilidadedacoerência internaeavalidadedoconstrutoindicavamqueoALPera confiáveleválido.8
OALPpassouporalgumaspequenasrevisões desdeseu desenvolvimento. A versãoatual doALP (ALP-R2©)é uma
escala resumida de classificac¸ão do comportamento de 44itens,queusaaescaladeLikertde4pontoscomo for-matoderespostae variade1=‘‘Nunca’’a 4=‘‘Sempre’’, ‘‘compossibilidadedepontuac¸ãoentre44e176.
Hendricksetal.8relataramosalfasdeCronbachparaas
setesubescalas:RS---ResponsabilidadepelaSaúde(0,825); AF--- AtividadeFísica(0,773);N---Nutric¸ão(0,648);PVP ---PerspectivadeVidaPositiva(0,810);RI---Relac¸ões Interpes-soais(0,769);GE---GestãodeEstresse(0,656);eSE---Saúde Espiritual (0,824).A pontuac¸ão deconfiabilidadetotal do ALPfoide0,929.Umaanálisefatorialdoseixosprincipais sustentouapresenc¸adesetefatoresusadoscomo subesca-las.Quantomaiorapontuac¸ãoemumasubescala,melhoro comportamentodesaúdenessedomínio.Apontuac¸ãopode serobtidatantodassubescalasquantodeumaescalatotal. Fortescorrelac¸õesentreoALPeaEscaladeEsperanc¸apara AdolescenteseentreoALPeaEscaladeAutoeficáciaforam identificadasem umestudoanteriorcomumaamostrade 168estudantesatletas.9
Procedimentos
(independentes dos primeiros), também especialistas em ciências dasaúde,traduziram novamentea escalaparao inglêseobtiveramumaversãodefinitivaporconsensoapós duasiterac¸ões.22 Oprocedimentodetraduc¸ãofoiavaliado
por equivalências conceituais, semânticas, de conteúdo, técnicasedecritérioporumpaineldecincoinvestigadores comamplaexperiênciaemmodificac¸ãocomportamentalda pesquisadeintervenc¸ão àsaúdee promoc¸ãodasaúde.As duasversõesforamenviadasaosautoresdoALP,que consi-deraramasversõesequivalentes.
Umestudopilotofoi,então,feitocomoitoadolescentes, entre12-18 anos,quenãoforamincluídosnoestudo prin-cipal.Os adolescentesavaliaram asinstruc¸ões, oformato de respostae ositens instrumentais para finsde esclare-cimento. Cada participante classificou as instruc¸ões e os itens de escalacomo claros ou nãoclaros. Não foi iden-tificada dificuldade no entendimento e preenchimento do instrumento.
Oprotocolodapesquisafoiformalmenteaprovadopelo Comitê de Ética e pela Administrac¸ão do Hospital e peloDepartamento Portuguêsde Educac¸ão [Direc¸ão Geral deInovac¸ãoedeDesenvolvimentoCurricular].Todosos pro-cedimentos respeitarama Declarac¸ão deHelsinque23 e os
princípios éticosdaAssociac¸ão AmericanadePsicologia.24
Todososparticipantestiveramacessoàdescric¸ãodoestudo e seusobjetivose foraminformadosde todososaspectos éticosinerentesàconfidencialidadeeàformavoluntáriade suaparticipac¸ão.
Análisededados
Osdados do questionário on-line foramanalisados com o Pacote Estatístico para asCiências Sociais(SPSS Inc. Sta-tistics for Windows, Versão 17.0, Chicago, EUA) e com o
softwareAMOS(SPSSInc.ComputerProgram,versão20.0, Chicago,EUA).Asestatísticasdescritivasforamcalculadas paracada item.Apontuac¸ãototal doALPfoi obtida pela médiadasrespostasparatodosositens.Omesmo procedi-mentofoiadotadoparatodasaspontuac¸õesdassubescalas. A coerência interna foi calculada com o uso do alfa de Cronbach para a escala total, bem como para cada subescala. Os índices de homogeneidade também foram analisadosafimdedeterminarquaisitensdeveriamser con-sideradosparaaeliminac¸ão.SegundoHairetal.,25umitem
com correlac¸ão item-total corrigido inferior a 0,20 deve serexcluído.Umcoeficientealfadeconfiabilidadede0,80 oumaisparaumaescalatestadaéconsideradoaceitável.26
UmaAnáliseFatorialConfirmatória(AFC)foiusadapara testaraadequac¸ãodomodelosubjacenteàestrutura origi-naldoALPpropostapelosautores.Umavezqueomodelo foidefinido,anormalidademultivariadafoianalisada com o coeficiente de Mardia (99,974). Portanto, pressupuse-mosaexistênciadenormalidademultivariadaeestimamos os parâmetrosdo modelo com o uso do procedimentoda máximaverossimilhanc¸a.OscritériosconsideradosdaAFC paraummodeloaceitávelforam:
- Qui-quadradosobre graus de liberdade (CMIN/DF)<3,0;
Índice de Ajuste Comparativo (IAC) e Índice de
Qualidade de Ajuste (GFI)>0,80; Resíduo Quadrático
Médio (RMR) e Erro Quadrático Médio de Aproximac¸ão (RMSEA)<0,05;25,27
- ÍndicedeAjusteNormalizadoParcimonioso(PNFI)eÍndice deAjusteComparativoParcimonioso(PCFI)>0,50.28
Seguindoasrecomendac¸õesdeMarshetal.,29oscritérios
aplicados na selec¸ão de itens para desenvolver umbreve formuláriodeALPforam:cargasfatoriais,correlac¸ão item--totalcorrigido, alfadeCronbach,valoresdeassimetriae curtose(sk/ku)eaimportânciateóricaemsidosdiferentes itens.
Resultados
Característicassociodemográficas ecomportamentais
A amostra do estudo incluiu 236 adolescentes, 45,8% do sexo masculino e 54,2% do sexo feminino. A idade médiadosparticipanteserade15,15±1,583.Apontuac¸ão geralmédia deestilode vidarelatadopelos adolescentes foi de 2,542±0,362. Nos domínios do ALP, os adoles-centes obtiveram as maiores pontuac¸ões em Relac¸ões Interpessoais(3,059±0,523)ePerspectivadeVidaPositiva (2,985±0,588)e a menor pontuac¸ão em SaúdeEspiritual (1,860±0,640).
Atabela1apresentaasestatísticasdescritivasdaescala totaledassubescalas.Aspontuac¸õestotaledassubescalas diferiram entre homens e mulheres. As mulheres relata-ram umestilo de vida mais saudável em geral doque os homens(2,591±0,350emcomparac¸ãocom2,483±0,369; t=−2,288,p=0,023).Osadolescentesdaclínicarelataram um estilo de vida mais saudável em geral do que os da configurac¸ãodacomunidade(2,598±0,379emcomparac¸ão com 2,504±0,346; t=1,976, p=0,049). Também relata-ramvaloresmaisaltosnasubescaladeNutric¸ão(t=4,000, p=0,000)evaloresmaisbaixosnasubescaladeGestãode Estresse(t=2,559,p=0,011).
Validadedoconstruto(análisefatorial confirmatória)
Fizemos uma AFC para testar como as correlac¸ões entre ositens corresponderam àestruturaoriginal daescalade ALP.OsresultadosdaAFCnãoforneceramíndicesdeajuste satisfatóriosparaomodeloinicial(IAC=0,781,GFI=0,781, RMR=0,055,RMSEA=0,054)(tabela2).
Portanto,foi desenvolvidaumaversão maiscurta,que levouemconsiderac¸ãooscritériospredefinidos.Oitoitens foram eliminados: três itens com baixa carga fatorial ou baixascorrelac¸ões item-total corrigido e cinco itens com valoresdesk/kuabaixode-1ouacimade1.Doisitensforam mantidosdevidoàsuaimportânciateórica(ALP4eALP13). AssubescalasdeResponsabilidadepelaSaúde,Saúde Espi-ritual,Gestão deEstresseeAtividadeFísicaperderam um itemcada easdePerspectiva deVidaPositivae Relac¸ões Interpessoaisperderamdoisitenscada.
Tabela1 EstatísticadescritivadaversãoemportuguêsdoALP(36itens)deacordocomosexoeaconfigurac¸ãoclínica/da comunidade
Variável Masculino(n=108) Feminino(n=128) p
RS 2,100±0,587 2,309±0,524 0,004(t=-2,887)
AF 2,558±0,645 2,273±0,569 0,000(t=3,613)
N 2,628±0,496 2,667±0,462 0,530(t=-0,629)
PVP 2,905±0,602 3,052±0,570 0,056(t=-1,917)
RI 2,831±0,463 3,250±0,495 0,000(t=-6,678)
GE 2,789±0,543 2,876±0,483 0,194(t=-1,302)
SE 1,745±0,603 1,957±0,657 0,011(t=-2,570)
TOTAL 2,483±0,369 2,591±0,350 0,023(t=-2,288)
Escola(n=141) COI/HSM(n=95)
RS 2,178±0,558 2,266±0,567 0,243(t=1,170)
AF 2,399±0,588 2,410±0,668 0,887(t=0,143)
N 2,550±0,456 2,796±0,474 0,000(t=4,000)
PVP 2,936±0,564 3,056±0,618 0,124(t=1,544)
RI 3,039±0,509 3,087±0,545 0,487(t=0,697)
GE 2,767±0,483 2,939±0,538 0,011(t=2,559)
SE 1,895±0,651 1,807±0,624 0,303(t=-1,032)
TOTAL 2,504±0,346 2,598±0,379 0,049(t=1,976)
RS,responsabilidadepelasaúde;AF,atividadefísica;N,nutric¸ão;PVP,perspectivadevidapositiva;RI,relac¸õesinterpessoais;GE,gestão
deestresse;SE,saúdeespiritual;COI/HSM,ClínicadeObesidadeInfantil/HospitaldeSantaMaria.
dascorrelac¸õesforampermitidasentreostermosdeerrode e4-e6ee19-e20.
Os valores da qualidade de ajuste foram adequados para atestar a validade fatorial da versão em português doALP(tabela2):CMIN/DF=1,667,IAC=0,807,GFI=0,822, RMR=0,051, RMSEA=0,053, PNFI=0,575, PCFI=0,731. Ao analisarasmedidascomparativasdaadequac¸ãocomo Cri-tériodeInformac¸ãodeAkaike(CIA)eoÍndiceEsperadode Validac¸ãoCruzada(ECVI),osdoismodelosestimadosforam comparados.Aspontuac¸õesdoModelo1(44itens) foram: CIA=1713,719 e ECVI=7,292. As pontuac¸ões do Modelo 2 (36itens)foram:CIA=1141,946eECVI=4,859.Comovalores menoresindicammelhoradequac¸ão,oModelo2foi consi-deradoomodelomaisadequado.
Confiabilidade
OalfadeCronbachfoiusadocomoumaestimativada con-fiabilidadedacoerênciainterna.Oalfatotalera0,866eos valores deconfiabilidadedas sete subescalas variaram de 0,492 (GestãodoEstresse)a0,747 (Responsabilidadepela Saúde e Atividade Física). Os valores de r do item-total corrigido variaram entre 0,145 (ALP19) e 0,646 (ALP27); as cargas fatoriais variaram entre 0,218 (ALP13) e 0,771 (ALP27)(tabela3).
Todasassubescalas apresentaramcorrelac¸ões significa-tivas moderadas a fortescom a escalatotale atenderam aos critérios mínimos (tabela 4). As correlac¸ões variaram de0,506(SaúdeEspiritual)a0,727(Responsabilidadepela
Tabela2 ResumodosíndicesdeajustedaversãoemportuguêsdoALP
Medida Níveldeajuste
recomendado25,27,28
Modelo1(44itens) Modelo2(36itens)
CMIN/DF <3 1,696 1,667
IAC >0,8 0,781 0,807
GFI >0,8 0,781 0,822
RMR <0,05 0,055 0,051
RMSEA <0,05
PCLOSE>0,05
0,054
PCLOSE=0,063
0,053
PCLOSE=0,18
PNFI >0,5 0,557 0,575
PCFI >0,5 0,724 0,731
CIA - 1713,719 1141,946
ECVI - 7,292 4,859
CMIN/DF,qui-quadradosobregrausdeliberdade;IAC,índicedeajustecomparativo;GFI,índicedequalidadedeajuste;RMR,resíduo
quadráticomédio;RMSEA,erroquadráticomédiodeaproximac¸ão;PNFI,índicedeajustenormalizadoparcimonioso;PCFI,índicede
ajustecomparativoparcimonioso;CIA,critériodeinformac¸ãodeAkaike;ECVI,índiceesperadodevalidac¸ãocruzada;PCLOSE,valorde
Tabela3 Estatísticadescritiva,rdoitem-totalcorrigido,cargasfatoriaisealfadeCronbachdaversãoemportuguêsdoALP
(36itens)
RS AF N PVP RI GE SE TOTAL
Alfa 0,747 0,747 0,623 0,672 0,559 0,492 0,730 0,866
M 2,214 2,403 2,649 2,985 3,059 2,837 1,860 2,542
DP 0,562 0,620 0,478 0,588 0,523 0,512 0,640 0,362
rdoitem-totalcorrigido Cargafatorial(Modelo2)
ALP3 0,400 0,485
ALP8 0,413 0,400
ALP14 0,581 0,747
ALP22 0,468 0,445
ALP33 0,439 0,548
ALP34 0,626 0,755
ALP2 0,230 0,303
ALP4 0,574 0,694
ALP16 0,638 0,724
ALP27 0,646 0,771
ALP40 0,476 0,558
ALP7 0,302 0,348
ALP10 0,402 0,424
ALP13 0,182 0,218
ALP21 0,462 0,664
ALP24 0,482 0,656
ALP30 0,199 0,308
ALP42 0,326 0,427
ALP18 0,447 0,481
ALP28 0,490 0,591
ALP38 0,462 0,666
ALP39 0,437 0,587
ALP1 0,358 0,483
ALP12 0,466 0,668
ALP19 0,145 0,250
ALP31 0,422 0,624
ALP5 0,263 0,307
ALP11 0,169 0,234
ALP17 0,294 0,446
ALP36 0,336 0,513
ALP43 0,278 0,501
ALP9 0,432 0,526
ALP15 0,409 0,508
ALP20 0,480 0,600
ALP29 0,532 0,657
ALP41 0,629 0,720
RS,responsabilidadepelasaúde;AF,atividadefísica;N,nutric¸ão;PVP,perspectivadevidapositiva;RI,relac¸õesinterpessoais;GE,gestão
deestresse;SE,saúdeespiritual.
Saúde).Ascorrelac¸õesentresubescalastambémforam esta-tisticamentesignificativas (p<0,05),variaram entre0,131 (Saúde Espiritual-Gestão do Estresse) e 0,524 (Gestão do Estresse-Relac¸õesInterpessoais).
Discussão
Afimdeavaliaroscomportamentosdoestilodevida adoles-centeeajudarnoplanejamentodeintervenc¸õesadequadas, é necessário um instrumento abrangente, fácil de admi-nistrar, psicometricamentecoerente e clinicamente útil.8
A finalidade deste trabalho era relatar as propriedades
psicométricasdaversãoemportuguêsdoPerfildeEstilode VidaAdolescente.
A validade do construto foi testada por meioda AFC. AAFC revisada resultou em um melhor ajuste do modelo daversãoem português(36itens), emcomparac¸ãocoma estruturaoriginal. Aexclusãodeoitoitens poderefletir o fatodequealgunsitenstêmsignificadosquesesobrepõem amaisdeumconceito.Valeressaltarqueforamsentidas difi-culdadesnatraduc¸ãodealgunsdositensparaoportuguês, oquepodeexplicarasdiferenc¸asencontradas.
Tabela4 Correlac¸õesdePearsonentreosfatoresdaversãoemportuguêsdoALPeapontuac¸ãototal
RS AF N PVP RI GE SE
RS 1
AF 0,321a 1
N 0,384a 0,423a 1
PVP 0,376a 0,319a 0,322a 1
RI 0,433a 0,221a 0,336a 0,486a 1
GE 0,444a 0,279a 0,429a 0,491a 0,524a 1
SE 0,281a 0,216a 0,149b 0,174a 0,254a 0,131b 1
TOTAL 0,727a 0,631a 0,690a 0,654a 0,664a 0,693a 0,506a
RS,responsabilidadepelasaúde;AF,atividadefísica;N,nutric¸ão;PVP,perspectivadevidapositiva;RI,relac¸õesinterpessoais;GE,gestão
deestresse;SE,saúdeespiritual.
ap<0,001.
b p<0,05.
deVidaPositivatambémperdeudoisitens(ALP23---‘‘Estou felizcomquemeusou’’eALP26---‘‘Trabalharemdirec¸ãoa objetivosimportantes...’’).AsubescalaGestãodeEstresse perdeuumitem(ALP25---‘‘Tirarumtempoparavocê...’’) bemcomoasubescalaSaúdeEspiritual(ALP35---‘‘Gastarum tempocomorac¸ãooumeditac¸ão’’).Aexclusãodessesitens tevecomobaseasbaixascorrelac¸õesitem-totalcorrigidoe osvaloresirregularesdesk/kuepoderefletiradificuldade deadolescentesportuguesesemaceitá-loscomo comporta-mentosquepromovemasaúde.OconceitodePerspectiva deVidaPositivaeasestratégiasdeSaúdeEspirituale Ges-tãodeEstressepodemnãoser suficientementeusados ou entendidospelosadolescentesportuguesesainda.
Entretanto,anecessidadedeeliminac¸ãodositensALP44 (Evitar comportamentos que prejudiquem minha saúde ---fumo,bebida,usodedrogas,atividadesexual)eALP32 (Pra-ticar jogosativos com meus amigos --- basquete, softball, vôlei,tênisetc.)podeserexplicadademaneiradiferente. Acomplexidade dositens, como contêm comportamentos múltiplos,podeter contribuído paraa dificuldade encon-tradanaresposta.
Apesar de apresentarem carga fatorial baixa (ALP13: Tomar café da manhã) e altos valores de sk/ku (ALP4: Envolver-seem atividadefísicavigorosapor20minutosou mais em três dias por semana), decidimos manter esses dois itens devido à sua importância teórica. Na verdade, elesforneceminformac¸õesvaliosassobreestratégias com-portamentaisdenutric¸ãoeatividadefísicaessenciaispara aprendermossobreasescolhasdeestilodevida.8
AvalidadedoconstrutodoALPoriginalfoianalisadacom ousodaanálisefatorialexploratória(AFE).Portanto,não háíndicedeadequac¸ãodomodelodeAFCdisponívelpara ser usado para comparac¸ão. Entretanto, se levarmos em considerac¸ãoasúltimasrecomendac¸õesparaousoda Mode-lagem de Equac¸ão Estrutural,25,27,28 o modelo emergente
(36itens)apresentouumajusteadequadoaosdadosegerou umaestruturadesetefatores.Estudosanteriores destaca-ramquesedevetermuitocuidadoaoassumirumúnicovalor de‘‘pontodecorteprincipal’’,principalmente comouso doGFI,doíndicedeTucker-Lewis(TLI),doíndicedeajuste incremental(IFI)edoIACeselevarmosemconsiderac¸ãoos índicesdesusceptibilidadeparaacomplexidadedomodelo eadistribuic¸ãodedados.
OalfadeCronbachobtidoéadequado(␣=0,866),porém
inferioraodoestudo original(0,929),8oquepoderefletir
adiferenc¸aculturalcomrelac¸ãoaositensoriginalmenteno ALP.Ademais,algunsautoresconsideramqueovalormáximo esperadoé0,90. Acimadesse valorexisteredundânciaou duplicac¸ãoouváriositensmedemomesmoelementodeum construto.30
Nossos resultados sugerem uma forte relac¸ão entre os conceitosrepresentadosporcadasubescala,principalmente entreRelac¸õesInterpessoaiseGestãodeEstresse,oqueé compatívelcomofatodequeambasassubescalastratam de aspectos cognitivos e emocionais. O conceito de ges-tãode estresseenvolve a identificac¸ão e mobilizac¸ão dos recursospsicológicos efísicos para areduc¸ão e gestãodo estresse de maneira efetiva. A subescala Relac¸ões Inter-pessoais menciona o uso dacomunicac¸ão para atingir um sentido de intimidadee proximidade em relacionamentos significativoseenvolve ocompartilhamentode pensamen-tose sentimentos,pormeiodemensagensverbaisounão verbais.4
Achados tambémsugeremque esses adolescentes ten-dem a se envolver em relacionamentos significativos e saudáveis,emaximizamseupotencialhumanodebem-estar aoencontrarumsensodepropósitoetrabalharemdirec¸ão a um objetivo na vida. Entretanto, eles podem apresen-tardificuldade ao considerarosaspectos espirituais como comportamentosprotetoresedepromoc¸ãodasaúde.
Curiosamente, foram encontradas algumas diferenc¸as entre os sexos. Adolescentes do sexo feminino relataram pontuac¸õesmédiasmaiselevadasnaResponsabilidadepela Saúde, nas Relac¸ões Interpessoais e na Saúde Espiritual, ao passo que adolescentes do sexo masculino relataram pontuac¸õesmédiasmaiselevadasnaAtividadeFísica.
Nossosachadostambémmostraramqueadolescentesda clínicarelatarampontuac¸õesmaisaltasnos comportamen-tosdepromoc¸ãodasaúde.Issoprovavelmenterefleteofato dequesãoregularmenteexpostosaoapoiomultidisciplinar médico,psicológico,nutricionaledeatividadefísica.
Entreaslimitac¸õesdesteestudoestáatécnicade amos-tragem, ouseja, o uso de uma amostranão aleatória de duasconfigurac¸ões,oqueimpedeageneralidadedos resul-tados de outras amostras de adolescentes portugueses e poderácausaralgum viés.Outra limitac¸ãodizrespeito ao pequenotamanhodaamostra(n=236),oquepoderálimitar ainterpretac¸ãodosresultadosdeIAC.
deconfiabilidade. Oatual estudo apoiaa utilidade trans-cultural do ALP como ferramenta para avaliar estilos de vidadepromoc¸ãodasaúdeentreadolescentes.Éum instru-mentocrucialparaentendereatenderàsnecessidadesde promoc¸ãodasaúdedeadolescentes.Énecessáriauma pes-quisafutura paraexaminaravalidadepreditiva daversão emportuguêsdaescala.
Financiamento
Este trabalho foi parcialmente financiado pela Fundac¸ão para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/DTP-PIC/0769/2012) e apoiado pelo InstitutoPolitécnico deLeiria, Portugal,e peloDepartamentodePediatriadoHospitaldeSantaMaria, Lisboa,Portugal.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Agradecimentos
AgradecemosàequipedaClínicadeObesidadeInfantilpor sua dedicac¸ão. Agradecemos também aos adolescentes e paisporsuaparticipac¸ãoecolaborac¸ão.
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