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Custos da hospitalização de recém-nascidos pré-termo: impacto da corticoterapia antenatal.

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ARTIGO

ORIGINAL

Costs

of

hospitalization

in

preterm

infants:

impact

of

antenatal

steroid

therapy

,

夽夽

Joice

Fabiola

Meneguel

Ogata

a,∗

,

Marcelo

Cunio

Machado

Fonseca

b

,

Milton

Harumi

Miyoshi

a

,

Maria

Fernanda

Branco

de

Almeida

a

e

Ruth

Guinsburg

a

aDisciplinadePediatriaNeonatal,EscolaPaulistadeMedicina(EPM),UniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),SãoPaulo,SP,

Brasil

bDisciplinadeGinecologia,EscolaPaulistadeMedicina(EPM),UniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),SãoPaulo,SP,Brasil

Recebidoem28dejaneirode2015;aceitoem13demarçode2015

KEYWORDS

Preterminfant;

Costsandcost

analysis; Hospitalization; Glucocorticoids

Abstract

Objective: Toestimate thecosts ofhospitalizationin prematureinfants exposed or notto

antenatalcorticosteroids(ACS).

Method: Retrospective cohort analysis ofpremature infants with gestational age of 26 to

32weekswithoutcongenitalmalformations,bornbetweenJanuaryof2006andDecemberof

2009inatertiary,publicuniversityhospital.Maternalandneonataldemographicdata,

neona-talmorbidities,andhospitalinpatientservicesduringthehospitalizationwerecollected.The

costswereanalyzedusingthemicrocostingtechnique.

Results: Of 220 patients that met the inclusion criteria, 211 (96%) charts were reviewed:

170newbornsreceivedatleastonedose ofantenatalcorticosteroidand41didnotreceive

theantenatalmedication.Therewasa14%to37%reductionofthedifferentcostcomponents

ininfantsexposed toACSwhen theentire populationwasanalyzed, withoutstatistical

sig-nificance.Regardingpremature infantswho were dischargedalive,there wasa24% to47%

reductionofthecomponentsofthehospitalservicescostsfortheACSgroup,withasignificant

decreaseinthelengthofstayintheneonatalintensivecareunit(NICU).Invery-lowbirthweight

infants,consideringonlythesurvivors,ACSpromoteda30%to50%reductionofallelements

ofthecosts,witha36%decreaseinthetotalcost(p=0.008).Thesurvivorswithgestational

age<30weeksshowedadecreaseinthetotalcostof38%(p=0.008)anda49%reductionof

NICUlengthofstay(p=0.011).

Conclusion: ACSreducesthecostsofhospitalizationofprematureinfantswhoaredischarged

alive,especiallythosewithverylowbirthweightand<30weeksofgestationalage.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2015.03.004

Comocitaresteartigo:OgataJF,FonsecaMC,MiyoshiMH,AlmeidaMF,GuinsburgR.Costsofhospitalizationinpreterminfants:impact

ofantenatalsteroidtherapy.JPediatr(RioJ).2016;92:24---31.

夽夽DisciplinadePediatriaNeonatal,EscolaPaulistadeMedicina(EPM),UniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),SãoPaulo,SP,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:joicemeneguel@uol.com.br(J.F.M.Ogata).

(2)

PALAVRAS-CHAVE Prematuro;

Custoseanálise

decustos;

Hospitalizac¸ão; Glucocorticoides

Custosdahospitalizac¸ãoderecém-nascidospré-termo:impactodacorticoterapia antenatal

Resumo

Objetivo: Estimaroscustosdainternac¸ãohospitalardeprematuroscujasmãesreceberamou

nãocorticoideantenatal(CEA).

Método: Coorteretrospectivadeprematurossemmalformac¸õescongênitascomidade

gestaci-onalde26a32semanas,nascidosentrejaneiro/2006edezembro/2009,emhospitalpúblico,

terciárioeuniversitário brasileiro.Coletaram-sedadosdemográficosmaternosedos

recém--nascidos (RN), amorbidade neonatal e o uso de recursos de saúde durante a internac¸ão

hospitalar.Oscustosforamanalisadospelatécnicademicrocosting.

Resultados: Dos220nascidos queobedeciam acritérios de inclusão,211 (96%)prontuários

foramrevisados:170receberamCEAe41nãoreceberamamedicac¸ão.Analisando-setodaa

populac¸ão,houvereduc¸ãode14-37%entreosdiferentescomponentesdocustonospacientes

expostosaoCEA,semsignificânciaestatística.Naanálisedeprematurosquereceberamalta

hospitalarvivos,ogrupocomCEAtevereduc¸ãode24-47%nosvárioscomponentesdoscustos

hospitalares,comdiminuic¸ãosignificativadosdiasdeinternac¸ãoemterapiaintensiva.Os

nas-cidoscompeso<1.500g,considerando-sesomenteossobreviventes,sãoaquelesquemaisse

beneficiaramdaadministrac¸ãodoCEA,comreduc¸ãosignificativadetodososcomponentesdos

custosem30-50%,diminuic¸ãode36%nocustototal(p=0,008).Paraogrupocomidade

gesta-cional<30semanas,tambémsobreviventes,houvediminuic¸ãodocustototalde38%(p=0,008)

ereduc¸ãode49%dosdiasdeinternac¸ãoemUTIneonatal(p=0,011).

Conclusões: OCEAreduzocustohospitalardeprematurosquesobrevivemàinternac¸ãoapós

oparto,principalmentenaquelesabaixode1.500ge30semanasdeidadegestacional.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos

reservados.

Introduc

¸ão

Um grande progresso na reduc¸ão da mortalidade infantil

ocorreu nas duas últimas décadas.1,2 Desde 1990, a taxa

demortalidadeneonatalglobalfoireduzidaem37%,de33 para 21 óbitospara cada 1.000 nascidos-vivos,3 e, agora,

a Organizac¸ão Mundial de Saúde (OMS), com o Programa

Every Newborn, propõe sua reduc¸ão para 10 óbitos por 1.000 nascidos vivos até 2035. Para que essa meta seja alcanc¸adaseránecessárioaumentarousodeintervenc¸ões efetivasparadiminuirasprincipaiscausasdeóbitos neona-tais,destacando-seaprematuridade.4

O corticoide antenatal (CEA) participa desse contexto comoumadasintervenc¸õescomprovadamenteefetivaspara reduzir as complicac¸ões da prematuridade. Sua ac¸ão é caracterizadapelainduc¸ãodamaturidadefetal.5Em2010,

foifeitaumarevisãosistemática6de18estudos

randomiza-dosecontroladosqueenvolveramousodoCEA,14depaíses dealtarendaqueparticiparamdametanálisedaBiblioteca Cochrane5 equatrodepaísesdemédiarenda,incluindoo

Brasil. Enquanto a metanálise da Cochrane sugeria que oCEAreduziaamortalidadeneonatalem31%,anova revi-sãodemonstrouqueoCEAdiminuiuamortalidadeneonatal em 53% (RR 0,47; IC95%: 0,35-0,64) e a morbidade neo-natalem37%(RR:0,63;IC95%:0,49-0,81).Acredita-seque em países de baixa renda, com poucos recursos de tera-pia intensiva neonatal,os efeitos benéficos do corticoide na reduc¸ão da morbimortalidade neonatal poderiam ser aindamaiores.6

Osdados sobre o uso do CEA em nosso meio mostram queaindahámuitoaserfeitoparaampliaraprescric¸ãoda medicac¸ãoparaasgestantesbrasileiras.Orelatórioanualda RedeBrasileiradePesquisasNeonataisde2012,que envol-veu20hospitaisuniversitáriosbrasileiros,mostrabaixouso do CEA: 67% das gestantes que deram à luz prematuros compeso inferiora 1.500greceberam amedicac¸ão ante-natal(variac¸ãode62 a 75%entreos centros).7 Dentreos

prematuroscom pesodenascimentoinferiora1000g,um estudo recente na nossa populac¸ão demonstrou que dois terc¸os delesreceberam o CEA.8 Vale ressaltar que a OMS

listaoCEAcomoumaintervenc¸ãoprioritárianaprevenc¸ão dascomplicac¸ões daprematuridade.9,10 É inaceitável que

ospaísescomaltas taxasdeprematuridade como oBrasil aindanãousemdemaneirauniversaloCEAparagestantes derisco,oqueindicaoportunidadesperdidasparaaumentar achancedesobrevidadosprematuros.

Se o emprego do CEA fosse amplamente disseminado em nosso meio poderia haver reduc¸ão na morbimortali-dadeassociadaàprematuridadee,consequentemente,nos custos hospitalares.Em 1991, Mugfordet al.11 estimaram

queaadministrac¸ãodecorticosteroidesparagestantescom menosde 35 semanas de idade gestacional (IG)reduziria a média de custos por bebê em 10%, com diminuic¸ão de 14%namédiadocustoporsobrevivente.Em outroestudo queenvolveuCEAecustos,publicadoem1995,Simpson& Lynch12 usaram ummodelo dedecisão analíticae

(3)

Emnossomeio,hápoucosestudosqueenvolvemos cus-tos de prematuros cujas mães receberam ou não o CEA. Assim,opresenteestudoobjetivaanalisar,emprematuros nascidosemhospitalpúblicouniversitáriobrasileiro,ocusto hospitalardainternac¸ãodaquelesexpostosàcorticoterapia antenatal,comparadosaosnãoexpostos.

Método

Fez-se uma análise retrospectiva de uma coorte de

pre-maturosnascidosdejaneiro/2006a dezembro/2009,após

aprovac¸ão do Comitê de Ética e Pesquisa da instituic¸ão.

Foram incluídos prematuros entre 26 a 32 semanas de

IG, essa determinada pela melhor estimativa obstétrica.

Excluíram-seosRNcommalformac¸õescongênitas.13

Os dados foram coletados na Unidade Neonatal do Hospital Universitário da Escola Paulista de Medicina da UniversidadeFederaldeSãoPaulo,umhospitalpúblico uni-versitário terciário, cuja unidade neonatal é classificada como Nível III pelo Cadastro Nacional de Estabelecimen-tos de Saúde (CNES).14 A unidade, na época do estudo,

dispunha de oito leitos de terapia intensiva, oito de cui-dadosintermediáriosneonataisconvencionais equatrode cuidadosintermediárioscanguru.Amaternidadeatendiaa cerca de 1.000 RN por ano e é direcionada para gestan-tes portadoras de intercorrências clínicas ou obstétricas graves e/ou com fetos portadores de doenc¸as clínicas ou malformac¸ões.Dosnascimentos,30-40%eramadmitidosna unidadeneonatalanualmente.

Dadosdemográficosmaternos,intercorrências gestacio-nais,informac¸ões sobre o parto e os dados demográficos neonatais foram coletados dos prontuários dos RNs. Analisou-se o uso do CEA, considerando-se como perten-cente ao grupo exposto ao corticoide quando a gestante recebeuqualquer dose damedicac¸ão coma finalidadede maturac¸ãofetal.Coletaram-sedadosrelativosàmorbidade neonatalediasdeinternac¸ão,divididosemterapiaintensiva neonataleunidadedecuidadosintermediários.

Para a análise dos custos, usou-se o processo de

microcosting,15 queidentificae medecadarecurso usado,

atribuindo-lhe valores e integrando essas informac¸ões. Dessa forma, os custos foram divididos em: respiratório, laboratorial,medicamentoso,exames,diáriashospitalares ecustototal,definidosdaseguinteforma:

• Custo respiratório: avaliac¸ão do tempo de uso de ventilac¸ão mecânica, CPAP (continuous positive airway pressure) e oxigenoterapia inalatória, além da neces-sidade e númerode doses de surfactante empregadas. Aestimativadocustorespiratóriofoibaseadanoscustos demanutenc¸ão dosventiladores mecânicos,docircuito doCPAP,consumodosgases(oxigênio)pelos equipamen-tos de ventilac¸ão e metro cúbico do oxigênio. Sendo assim,calculou-seumadiáriadeventilac¸ãomecânica,de CPAP e de oxigenoterapia inalatória, além do custo da dose do surfactante (lista de prec¸o de medicamentos daAgênciaNacionaldeVigilânciaSanitária[Anvisa].16 • Custolaboratorial:anotaram-setodososexames

labora-toriaisfeitosduranteainternac¸ãoeosseuscustosforam fornecidos pelo laboratório central do hospital. Foram estimados tambémcustos dos exames feitos na própria

unidadecomoglicemiaehematócritocapilar elevou-se em conta apenas o custo dos materiais fornecido pelo setordecomprasdohospital.

• Custos de exames de imagem e outros: anotaram-se todos os exames de imagem (raios-X, ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética e exames contras-tados), ecocardiograma e eletrocardiograma, fundo de olho,emissõesotoacústicasetriagemneonatalparaerros inatosdometabolismo.Oscustosforamestimados basea-dosnosistemadepagamentodoSistemaÚnicodeSaúde (SUS).

• Custonutricional:levou-seemcontaadiáriadenutric¸ão parenteral neonatal, cujo valor foi fornecido pela far-máciadohospital,e dadieta enteral,calculada com o auxíliodanutricionistadaunidadepormeiodamédiade consumodefórmuladeprematuroetermoeoprec¸ode mercadodafórmula.

• Custo de medicamentos: calculou-se o custo do mate-rialusadoparaadministrac¸ãodosmedicamentos, seem bomba de infusão ou administrac¸ão direta. Verificou--setambém, juntoà enfermagem,o tempode durac¸ão dosantibióticosedasdrogasreusadas apósaberturado frasco.Amédiadocustodosmedicamentosfoiestimada combasenatabeladaAnvisa16(listadeconformidade), consultadaem marc¸ode2013, considerando-seo prec¸o máximodevendaaogoverno.

• Diáriahospitalar:tomandoporbasetabelafornecidapela contabilidade do hospital, foram verificados os custos diretos(salários)docentro decustodaunidade neona-taleoscustosindiretos(energiaelétrica,águaeesgoto), assimcomoosgastoscommaterialdelimpezae escritó-rioerateiosdedemaissetoresdohospital.Naépocado estudo,aequipecontava com54profissionaisde enfer-magem,doisfisioterapeutasecincomédicosplantonistas contratados que faziam parte da planilha de custos do hospital.Quantoaosdemaismembrosdaequipemédica (assistentes, docentes e residentes) e outros profissio-nais(fonoaudiólogas,nutricionistas,assistentessociaise farmacêuticos),esses nãoentraramna planilha de cus-tosda unidadepor seremcontratados da universidade. Assim,foifeitaamédiadoscustosnoperíododoestudo edividiu-sepelonúmerodepacientesinternadosna uni-dadenomesmoperíodo.Chegou-seaovalordeumadiária porpaciente,estimadaemUS$142.Paraocálculodesse componentedocusto,multiplicou-seonúmerodediasde internac¸ãodopacientepeladiáriahospitalarestimada.

• Custo total: levou em conta oscustos respiratórios, de medicamentos, nutricional, laboratorial e de exames, além de outros custos com hemoterapia, fototerapia, custo de cateteres, cirurgias e outros procedimentos eventuais,somando-seaindaocustodadiáriahospitalar.

Comofimdecomparac¸ãocomestudosinternacionais,os resultadosdoestudoforamconvertidosdamoedabrasileira (real) para dólaresamericanos a umataxa de câmbio de 2,249(taxamédiaanualem2013).17

(4)

Tabela1 Característicasdemográficasmaternasedosrecém-nascidosexpostosounãoaocorticoideantenatal,expressasem

número(%)ouemmédia±desviopadrão

ComCEA

n=170

SemCEA

n=41

p

Idadematernaemanos 29±6 29±8 0,870

N◦consultaspré-natal 6±3 5±2 0,019

Partocesáreo 138(81%) 20(48%) <0,001

Etniabranca 104(61%) 19(46%) 0,084

Primigesta 64(37%) 12(29%) 0,315

Síndromeshipertensivas 50(29%) 11(26%) 0,743

Sexomasculino 83(48%) 20(48%) 0,996

Peso(gramas) 1.302±360 1.278±473 0,766

Idadegestacional(semanas) 30±2 29±2 0,231

Pequenoparaaidade 36(21%) 9(22%) 0,916

CEA,corticoideantenatal.

comparadaspelo testet deStudentoude Mann-Whitney,

deacordocomanormalidadedosdados.Paracompararos

desfechosclínicosentreosgruposcomesemCEAfoifeito

ocálculodoriscorelativoedeseuintervalodeconfianc¸a.

OssoftwaresusadosforamSPSS(SPSSInc.Released2008.

SPSSStatisticsforWindows,versão17.0,IL,EUA)eEPIINFO

(CentersforDiseaseControlandPrevention,versão7,GA,

EUA).Emtodosostestes,fixou-seoníveldesignificânciaem

0,05.

Resultados

Noperíododoestudo,220neonatosentre26e32semanas

completasdeIGatingiramoscritériosdeinclusão.Desses,

noveprontuáriosforamperdidose211(96%)foram

revisa-dose170(80%)receberampelomenosumadosedeCEAe

41(20%) nãoreceberama medicac¸ão.Osdados

demográ-ficosdosgrupos encontram-sena tabela1e osrelativos à

morbidadeneonatalnatabela2.

Atabela 3mostraa médiadoscustos hospitalares

sub-divididosentreosseuscomponentesprincipaise,ainda,a médiadosdiasdeinternac¸ãoemterapiaintensivae cuida-dosintermediáriosparatodaapopulac¸ãodoestudoepara ossobreviventes,essessubdivididosentreaquelescompeso inferiora1.000gea1.500ge emdiferentesfaixasdeIG. Pôde-seobservarqueoscustos (emtodosseus componen-tes) sãomaiores àmedida que há diminuic¸ãodo peso ao nasceredaIG.Omaiorcomponentedocustofoiaqueleque envolveuossaláriosdaequipe,aquienglobadosna‘‘diária hospitalar’’.

Nacomparac¸ãodoscustoshospitalaresentreosRN

expos-tos ounãoao CEA, atabela 4 indica oscustos de acordo

com várias categorias da amostra analisada. Para toda a populac¸ão do estudo, observa-se não haver reduc¸ão dos custoscomsignificânciaestatísticaentreosgrupos,apesar dese notarreduc¸ão absoluta de14-37% entreos diferen-tescomponentesdocusto nospacientesquereceberamo CEA. Na análise de prematuros que receberam alta hos-pitalar vivos, o grupo exposto ao CEA teve uma reduc¸ão de 24-47% nos vários componentes dos custos, com signi-ficânciaestatísticaparao respiratórioe omedicamentoso e com diminuic¸ão significativa dos dias de internac¸ão.

O grupo de RN com menos de 1.500g, considerando-se tambémsomente os sobreviventes, é aquele que maisse beneficiou daadministrac¸ão doCEA, com reduc¸ão signifi-cativadetodoscomponentesdos custos,comvariac¸ãode 30-50%etaldiminuic¸ãofoide36%nocustototal(p=0,008). Para o grupo de neonatos com IG inferior a 30 semanas e sobreviventes, notou-se reduc¸ão significativa de alguns componentesdocusto ediminuic¸ãodocustototalde38% (p=0,008), acompanhada de reduc¸ão de 49% dos dias de internac¸ãoemterapiaintensiva(p=0,011).

Discussão

Osresultadosdopresenteestudomostraramumareduc¸ão

importantedevárioscomponentes doscustoshospitalares

de prematuros submetidos à terapia com CEA em nosso

meio,reduc¸ãomaisevidentenaquelesquetiveramalta

hos-pitalarvivoscompeso aonascerinferiora1.500ge/ouIG

inferiora30semanas.Valeressaltarque,dopontodevista

clínico, osprematuros expostos ao CEA, comparados com

osnãoexpostos,tiverammenornecessidadedereanimac¸ão

emsaladeparto,menorSNAPPEII18emenornecessidadede

ventilac¸ãomecânica,similaraosresultadosjáapresentados paraneonatosbrasileiros.19Assim,esteestudo,pioneiroem

umpaísemdesenvolvimentocomooBrasil,vemreforc¸aras diretrizesdaOMSnopactoparareduziramortalidade neo-natalemostraasvantagensdauniversalizac¸ãodoCEApara gestantes com risco departo prematuro, considerando-se agoraosaspectosfinanceirosedeeconomiadosgastosem saúde.

AterapiacomCEAparamulheresemriscodeparto pre-maturovem sendoindicada há quatrodécadascomo uma dasintervenc¸õesmaisefetivasparareduziramortalidadee amorbidadeneonatal.5,10 Diantedosbenefícios

demons-trados,afaltadoseuusoéconsideradamápráticaempaíses desenvolvidos. Assim, o desenho do presente estudo não poderiaseroutroquenãoretrospectivo,masagoracomo foconousodosrecursosdesaúdeecustoshospitalares.

(5)

Tabela2 Morbidadedosrecém-nascidosexpostosounãoaocorticoideantenatal,expressasemnúmero(%)eriscorelativo,

comintervalodeconfianc¸ade95%

ComCEA

n=170

SemCEA

n=41

Riscorelativo

(IC95%)

p

Reanimac¸ãoavanc¸adaa 27(16%) 14(34%) 0,46(0,26-0,80) 0,007

SNAPPEII>40 14(8%) 8(19%) 0,42(0,18-0,93) 0,033

SDR 90(53%) 27(66%) 0,80(0,61-1,04) 0,135

Usodesurfactante 72(42%) 24(58%) 0,72(0,52-0,98) 0,062

Usodeventilac¸ãomecânica 90(53%) 29(70%) 0,74(0,58-0,95) 0,039

Apneia 60(35%) 16(39%) 0,40(0,58-1,39) 0,655

O2com36semanas 24(14%) 9(22%) 0,64(0,32-1,27) 0,215

PCA 48(28%) 13(32%) 0,89(0,52-1,48) 0,660

PCAcirúrgico 13(8%) 4(10%) 0,78(0,26-2,27) 0,656

Transfusãosanguínea 52(30%) 19(46%) 0,66(0,44-0,98) 0,055

Sepsetardiaclínica 38(22%) 8(19%) 1,14(0,57-2,26) 0,693

HPIVqualquergrau 84(49%) 25(60%) 0,81(0,60-1,08) 0,183

HPIVIIIeIV 13(8%) 7(22%) 0,34(0,16-0,75) 0,007

Leucomaláciaperiventricular 3(1,8%) 2(4,9%) 0,36(0,06-2,09) 0,250

ROP 35(20%) 12(29%) 0,70(0,40-1,23) 0,230

ROPcomnecessidadedeLaser 5(2,9%) 1(2,4%) 1,20(0,14-10) 0,670

Óbito 14(8%) 5(12%) 0,67(0,25-1,76) 0,298

CEA,corticoideantenatal;SNAPPEII,ScoreforNeonatalAcutePhysiologyPerinatalExtensionII;SDR,Síndromedodesconforto respira-tório;PCA,Persistênciadocanalarterial;HPIV,Hemorragiaperi-intraventricular;ROP,Retinopatiadaprematuridade.

aReanimac¸ãoavanc¸ada:necessidadedeintubac¸ãoe/oumassagemcardíacae/oumedicac¸õesemsaladeparto.

custos iniciais da hospitalizac¸ão de prematuros e

obser-varamenormediferenc¸a na estimativade custos entreos

estudos,o que tornando difícila comparac¸ão.Osautores

fornecem uma série de explicac¸ões para essa

variabili-dade e ressaltam a diferenc¸a entre as épocas em que

os estudos foram conduzidos e a diversidade geográfica,

que pode refletir variac¸ões nas práticas médicas e de

organizac¸ão em saúde. De qualquer modo, há uma

con-sistente relac¸ão inversa entre custos de hospitalizac¸ão e

IG ou peso ao nascer, similar aos resultados obtidos na

presenteinvestigac¸ão. Nestarevisão,oscustos iniciais da

hospitalizac¸ão mostraram-se relacionados à mortalidade

dos prematuros e são maiores para os sobreviventes.

Dessaforma,optou-se,notrabalhoaquiapresentado, por

fazer análises separadaspara toda apopulac¸ão e paraos

sobreviventes, levando-seem conta a morbidade e o uso

dosrecursosduranteapermanênciahospitalar.

Noqueserefereàdiferenc¸aentreosvárioscomponentes

docustohospitalar,observou-sequeoscustoscomsalários

e os custos indiretosrepresentaram 76%e oscustos

dire-tos24%dototal,osúltimosdivididosem25%respiratório,

12% farmácia, 5% radiologia, 9% laboratório e 49% outros

(nutric¸ão,procedimentos,hemoterapia etc.).Tais

resulta-dossãosemelhantesaosobtidosemanálisede25unidades

Tabela3 Médiadecustos,emdólaresamericanos,subdivididosentreosseuscincocomponentes,diasdepermanênciaem

terapiaintensivaeemmédiorisco,comcustodiárioparatodaapopulac¸ãoanalisada,paraosquetiveramaltahospitalarvivos

edeacordocomdiferentesfaixasdepesoedeidadegestacional

Pacientes N Custo(US$) Dias Custodiário

Resp. Med. Lab. Exames Diária Total UTI MR

Todaapopulac¸ão 211 520 244 188 90 6,618 8,698 21 25 188

Sobreviventes 192 494 226 183 92 7,036 9,065 21 17 238

Pesoaonascer

<1.000g 33 1237 409 328 169 12,960 17,076 42 48 189

<1.500g 128 670 282 224 109 8,618 11,189 27 33 186

IG

26-27semanas 22 1609 612 427 196 14.855 20.150 59 45 193

28-29semanas 48 735 362 236 117 9,479 12,369 28 38 187

30-31semanas 69 292 149 145 72 5,596 7,075 17 22 181

32semanas 53 142 115 101 55 3,819 4,739 10 17 175

(6)

corticosteroids

and

cost

of

prematurity

29

Tabela4 Médiadecustosemdólaresamericanos,subdivididosentreosseuscincocomponentes,diasdepermanênciaemterapiaintensivaeemmédioriscoparatodosos

pacientes,paraosquetiveramaltahospitalarvivosedeacordocomdiferentesfaixasdepesoedeidadegestacional,classificadossegundoaexposic¸ãoounãoaocorticoide

antenatal

Pacientes N Custo Dias

Resp. Med. Lab Exames Diária Total UTI MR

Todaapopulac¸ão ComCEA 170 464 225 182 85 6.258 8.206 19 24

SemCEA 41 748 321 231 111 8.110 10.736 27 29

Reduc¸ãocustos 37% 30% 14% 23% 23% 23% 30% 17%

P 0,087 0,047 0,190 0,427 0,512 0,638 0,07 0,148

Sobreviventes ComCEA 156 423 199 173 84 6.549 8.383 19 26

SemCEA 36 801 346 227 123 9.149 12.023 31 33

Reduc¸ãocustos 47% 42% 24% 45% 28% 30% 38% 21%

p 0,043 0,019 0,082 0,098 0,131 0,150 0,015 0,05

<1.500g ComCEA 104 562 240 207 98 7.871 10.121 24 31

SemCEA 24 1.136 464 297 159 11.851 15.820 41 42

Reduc¸ãocustos 50% 48% 30% 38% 33% 36% 41% 26%

p 0,005 0,004 0,005 0,006 0,009 0,008 0,122 0,021

<30semanas ComCEA 55 792 328 261 120 9.859 12.748 29 40

SemCEA 14 1.629 637 374 213 15.224 20.688 57 49

Reduc¸ãocustos 51% 48% 30% 43% 35% 38% 49% 18%

p 0,011 0,182 0,071 0,002 0,007 0,008 0,011 0,105

>30semanas ComCEA 100 217 128 96 64 4.723 5.962 14 19

SemCEA 22 273 162 133 65 5.283 6.508 13 23

Reduc¸ãocustos 20% 20% 7% 2% 10% 8% 7% 17%

p 0,317 0,044 0,349 0,675 0,714 0,775 0,899 0,317

(7)

daRedeVermontOxford, quecompila dadosde

prematu-ros com peso ao nascer inferior a 1.500g: os custos de

acomodac¸ão,queincluemsaláriosegastoscom

equipamen-tosehotelaria,representaram72%docustototal,enquanto

oscustosdiretosperfizeram28%(22%respiratório;24%

labo-ratório;7%radiologia;16%farmáciae31%outros).21

Algumas publicac¸ões brasileiras analisaram o custo do tratamentodeprematuros.Em2011Desgualdoetal.22

ava-liaram os custos hospitalares de RN com 22-36 semanas de IG que nasceram em hospital de referência em São Paulo. Os autores demonstraram que o custo médio por dia para prematuros abaixo de 1.000g foi de US$ 115. Mais recentemente, Mwamakamba et al.23 estimaram os

custoshospitalaresdiretosde84prematurosde22-36 sema-nas,filhosdemãesadolescentes,nascidosemumhospital públicoterciáriodeSãoPaulo.Nessapesquisa,omaior com-ponente do custo foramos servic¸os hospitalares(72%). O customédioparaaquelescompesoinferiora1.000gfoide US$8.930,comcustomédio diáriodeUS$ 157.Apesar da metodologiadiferente,ovalordocustodiáriopara prema-turoscompesoinferiora1.000gencontradononossoestudo foiestimadoemUS$189,valorcomparávelaodescritopor Mwamakambaetal.,23aindamaisselevarmosemcontaque

essesautoresnãocompilaramoscustoshospitalares indire-tos,oquepodecorrespondera16%docustototal.

Há algumas publicac¸ões na literatura que mostram o impactodo CEA na reduc¸ão dos custos. A primeira meta-nálisefeitaporCrowleyetal.24em1990citaumaeconomia

deUS$17.300namédiadecustoshospitalaresassociadosà corticoterapiaantenatal,baseadanosachadosdeumúnico estudo.Em1991,Mugfordestimouaeconomiadecustos hos-pitalaresdospacientescomCEAetomoucomoreferênciao custodoscuidadosdospacientescomesemSDR.Ousode CEAparagestantescommenosde35semanasdeIG reduzi-riaem10%ocustomédioporbebêeem14%ocustomédio porsobrevivente.10OestudodeCarlanetal.25estimouuma

reduc¸ãoderecursosassociadosaoCEA,comdiminuic¸ãode setediasdeinternac¸ãohospitalaredeUS$5.000noscustos. CombasenoestudodeSimpson&Lynch,12 aestimativade

reduc¸ãodoscustospromovidapeloCEAfoide19%.Os resul-tadosdonossoestudo mostraramumareduc¸ãodos custos hospitalaresassociadaàcorticoterapiaantenatalquevariou de23-38%,adependerdopesoeIG,valoresconsideráveise quedevemserlevadosemcontanatentativadeampliara prescric¸ãodeCEAparaasgestantesbrasileirascomriscode partoprematuro. Numaprojec¸ão nacional, levando-seem contaque,noBrasil, nascemcerca de40.000prematuros aoanocom peso ao nascerinferior a1.500g26 etomando

porbaseumadiferenc¸adecustosdeUS$6.000encontrada nopresenteestudoentreosneonatosdemuitobaixopeso expostos ou não CEA, pode-se estimar uma economia de cercadeUS$230 milhõesaoano,seamedicac¸ão antena-talfosse administradaa 95%dasgestantes em ameac¸ade trabalhodeparto.

Vale ressaltar aslimitac¸ões do estudo com relac¸ão ao levantamento dos custos, destacando-se serem dados de umúnicohospitalterciárioeuniversitário,oquedificultaa comparac¸ãocomhospitaisnãouniversitáriose/oudemenor porte;ainexistênciadeumsistemadecompilac¸ãode cus-tosúnicoentreoshospitaispúblicosbrasileiros;apequena amostradepacientes,principalmentenasfaixasmenoresde IGequenãoreceberamoCEA.Noentanto,emsetratando

decustos,pode-seafirmarqueháumaenormevariac¸ãono métododeanálisedosdadosemtodaaliteratura20eo

obje-tivofoifazerumaaproximac¸ãodoscustoshospitalarespara compararosneonatosexpostosounãoaoCEA.Apesar des-saslimitac¸ões,trata-sedeestudopioneiroemnossomeio, que comparao impactoeconômicodamedicac¸ão antena-tal, em sintonia comasdiretrizes daOMSde incentivaro uso de tecnologias simples e efetivas em países de baixa emédiarenda paraatingirametamundialdereduc¸ãoda mortalidadeneonatalaté2035.

Pode-seconcluirqueoCEAéumamedidasimples,que contribuiparareduzirascomplicac¸õesdaprematuridadeeo usodosrecursosdasaúde,quediminuioscustoshospitalares deprematuroscomIGentre26e32semanasemnossomeio. Talefeitoépredominanteentreaquelesmenoresde1.500g e/oumenores de30 semanasdeIGque sobrevivem atéa altahospitalar.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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Imagem

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