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Construção e validação de uma escala de atitudes frente ao álcool, ao alcoolismo e ao alcoolista.

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Academic year: 2017

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CONSTRUÇÃO E VALI DAÇÃO DE UMA ESCALA DE ATI TUDES FRENTE AO ÁLCOOL, AO

ALCOOLI SMO E AO ALCOOLI STA

Div ane de Var gas1 Mar gar it a Ant onia Villar Luis2

Est e est u do t ev e com o obj et iv o con st r u ir e v alidar in st r u m en t o de m edida de at it u des fr en t e ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a ( escala de at it u des f r en t e ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a) . A v alidação apar ent e e de cont eúdo do inst r um ent o, bem com o a análise fat or ial dos dados de sua aplicação pr elim inar , r ealizad a com am ost r a d e 1 4 4 est u d an t es d e en f er m ag em , r esu lt ou n u m a escala com p ost a p or 9 6 it en s div ididos em cin co fat or es: at it u des fr en t e ao alcoolist a - o t r abalh o e as r elações in t er pessoais; et iologia; d oen ça; r ep er cu ssões d ecor r en t es d o u so/ ab u so d o álcool; a b eb id a alcoólica. A escala g er al ap r esen t ou consist ência int er na de 0 , 9 0 . Concluiu- se que o inst r um ent o const r uído m ost r ou- se confiáv el par a av aliação das at it udes fr ent e ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a.

DESCRI TORES: alcoolism o; at it u de; en fer m eir os

DEVELOPMENT AND VALI DATI ON OF A SCALE OF ATTI TUDES TOW ARDS ALCOHOL,

ALCOHOLI SM AND ALCOHOLI CS

The obj ect iv e of t his st udy w as t he const r uct ion and v alidat ion of a scale t hat w ould m easur e t he at t it udes t owards alcohol, alcoholism and t he alcoholic, called t he Scale of At t it udes Towards Alcohol, Alcoholism and t he Alcoholic. The face and cont ent validat ions, as well as t he fact or analysis of t he dat a obt ained in a prelim inary t est w it h 1 4 4 n u r sin g st u den t s r esu lt ed in a scale con sist in g of 9 6 it em s, div ided in t o 5 f act or s: At t it u des t ow ar ds t he alcoholic per son: car e and int er per sonal r elat ions; Et iology ; Disease; Reper cussions der iv ing fr om alcohol use/ abuse; Alcoholic bever ages. The gener al scale pr esent ed a consist ency level of 0.90. The r esult ing in st r u m en t is con clu ded t o be a r eliable t ool t o ev alu at e at t it u des t ow ar ds alcoh ol, alcoh olism an d alcoh ol ad d ict s.

DESCRI PTORS: alcoholism ; at t it ude; nur ses, m ale

CONSTRUCCI ÓN Y VALI DEZ DE UNA ESCALA DE ACTI TUDES FRENTE AL ALCOHOL, AL

ALCOHOLI SMO Y AL ALCOHÓLI CO

Est e est udio t uvo com o obj et ivo const ruir y validar un inst rum ent o de m edida de Act it udes frent e al Alcohol, al Alcoholism o y al Alcohólico: Escala de Act it udes fr ent e al Alcohol, al Alcoholism o y al Alcohólico. La v alidez aparent e y de cont enido del inst rum ent o, así com o el análisis fact orial de los dat os de su aplicación prelim inar a un t ot al de 144 est udiant es de enfer m er ía, r esult ar on en una escala com puest a por 96 ít em s div ididos en ci n co f a ct o r es a g r u p a d o s b a j o el n o m b r e d e Act i t u d es f r en t e a l a l co h ó l i co : el t r a b a j o y l a s r el a ci o n es int er per sonales; la Et iología; la Enfer m edad; las Reper cusiones pr ov enient es del uso/ abuso del alcohol; y , la Bebida alcohólica. La Escala general present ó una consist encia int erna de 0,90; se concluyó que el inst rum ent o const r uido se m ost r ó confiable par a la ev aluar las act it udes fr ent e al alcohol, al alcoholism o y al alcohólico.

DESCRI PTORES: alcoh olism o; act it u de; en fer m er os

1 Professor Dout or da Escola de Enferm agem da Universidade de São Paulo, Brasil, e- m ail: vargas@usp.br; 2 Professor Tit ular da Escola de Enferm agem de

(2)

I NTRODUÇÃO

A

história do alcoolism o é tão antiga quanto o próprio hom em e apesar de t er recebido at enção da m edicin a som en t e n os m eados do sécu lo XI X, a t u a l m e n t e co n f i g u r a - se co m o u m d o s m a i o r e s p r o b l em a s d e sa ú d e p ú b l i ca em t o d o o m u n d o , est im ando- se que esse m al at inj a 10% da população m undial e 1 2 , 3 % da população br asileir a( 1). Esses p e r ce n t u a i s p a r e ce m j u st i f i ca r a p r e se n ça d o sign if icat iv o n ú m er o de pacien t es com pr oblem as dir et am ent e r elacionados ao álcool e ao alcoolism o em unidades clínicas, cirúrgicas e de em ergência de h o sp i t a i s( 2 ), b e m co m o e m se r v i ço s d e a t e n çã o prim ária a saúde( 3).

Qu an d o u m alcoolist a b u sca at en d im en t o in d ep en d en t e d o local, é p r ov áv el q u e m an t en h a contato com o enferm eiro e sua equipe, sendo assim as atitudes que o profissional apresentar frente a esse p aci en t e p od er ão af et ar d i r et am en t e o cu r so d o t r at am ent o subseqüent e. Apesar de est udadas nos Est ados Unidos da Am ér ica e em alguns países da Europa j á ha cinco décadas aproxim adam ent e( 4), são p o u co s o s e st u d o s a r e sp e i t o d a s a t i t u d e s d e en f er m eir os f r en t e ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolista no Brasil e na Am érica Latino de um m odo g e r a l , d e sse s, a l g u n s( 5 ) o b j e t i v a r a m a v a l i a r o s inst rum ent os m ais ut ilizados para a m ensuração de at it udes de enferm eiros frent e ao t em a, os dem ais( 6-7) obj et ivaram avaliar as at it udes desses profissionais

frent e ao álcool e ao alcoolist a.

O inst r um ent o que t em sido m ais ut ilizado no Brasil para m ensurar as at it udes dos enferm eiros é a “ Seam an Man n ello Nu r ses’s At t it u d es Tow ar d Alcohol and Alcoholism Scale”( 8). Traduzida e validada no País( 5), trata- se de um a essa escala com posta por 30 it ens, dist ribuídos em cinco fat ores, que abordam d e n t r e o u t r o s a sp e ct o s, a s p e r ce p çõ e s d a s car act er íst icas pessoais do alcoolist a e as at it udes frent e ao beber.

Um a br ev e an álise n os r esu lt ados obt idos com a aplicação da Seam an Mannello nos est udos brasileiros( 6- 7), apont ou dent re out ros aspect os, que o alcoolism o era concebido pelos enferm eiros com o u m a d oen ça e o alcoolist a u m d oen t e r ev elan d o at it udes posit ivas, no ent ant o, houve predom ínio de atitudes negativas dos enferm eiros frente ao trabalhar com essa clientela( 6- 7,9). Avaliando o uso dessa escala os aut ores( 5- 6) apont aram algum as lim it ações, dent re elas, nunca t er sido publicada na ínt egra, exist ência

de poucos est udos inv est igando suas pr opr iedades p si co m é t r i ca s( 5 ) e a i n e x i st ê n ci a d e e st u d o s sat isfat ór ios de adapt ação t r ans- cult ur al da m esm a p a r a a p l i ca çã o n o Br a si l( 1 0 ), t o r n a n d o - o p o u co sat isfat ório para o uso no país, fat o que se const it ui na pr incipal j ust ificat iv a par a a const r ução de um a nova escala de at it udes( 11).

As t eor ias clássicas acer ca das at it udes( 1 2 ) definem esse const r ut o com o pr edisposições. par a r esponder a det er m inada classe de est ím ulos com det erm inada classe de respost as, assim , um a at it ude pode ser definida com o um a predisposição adquirida e duradoura para agir sem pre do m esm o m odo diante d e u m a d e t e r m i n a d a cl a sse d e o b j e t o s, o u u m persist ent e est ado m ent al e/ ou neural de pront idão par a r eagir dian t e de u m a det er m in ada classe de o b j et o s n ã o co m o el es sã o , m a s si m co m o sã o concebidos( 12).

Pa r t i n d o d a co n st a t a çã o d a esca ssez d e instrum entos de avaliação de atitudes frente ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a no m ercado brasileiro, bem com o da carência de estudos de adaptação trans-cult ural das escalas disponíveis e aplicadas no Brasil, aliada a reduzida produção científica sobre as atitudes de profissionais da saúde frent e ao álcool e dem ais su b st â n ci a s p si co a t i v a s, e sse e st u d o o b j e t i v o u construir um a escala de m edida de atitudes frente ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a que abrangesse os pr incipais gr upos de at it udes ( fat or m or al, fat or doen ça, f at or et iológico, f at or pr of ission al e f at or h u m an o) , bem com o t est ar a v alidade f at or ial e a confiabilidade do inst rum ent o const ruído.

METODOLOGI A

Const rução dos it ens

Para a const rução dos it ens do inst rum ent o f or am r ealizad as en t r ev ist as com 3 0 en f er m eir os a ssi st e n ci a i s, d e sse s, d e z e r a m e n f e r m e i r o s d a a t e n çã o p r i m á r i a a sa ú d e e 2 0 d e u n i d a d e s hospitalares. Optou- se por essa com posição am ostral, dev ido à pr et ensão de se apr eender as per cepções de profissionais dos t rês níveis de at enção à saúde ( prim ário, secundário e t erciário) .

(3)

a l c o ó l i c a s ? 3 - Co m o é o l i d a r n o t r a b a l h o c o m pacient es alcoolist as?As ent revist as t iveram duração em m édia de 30 m inutos à um a hora, foram gravadas e transcritas na sua integra tão logo eram realizadas. Os dados f or am an alisados segu n do o r ef er en cial teórico da Análise de Conteúdo, a qual originou nove categorias tem áticas de onde foram selecionadas 225 falas que const it uíam it ens posit iv os ( fav or áv eis) e it ens negat ivos ( desfavoráveis) frent e ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a. Na r ed ação d os it en s t om ou- se o cuidado para que cada um const asse de apenas um pensam ent o, form ando sent enças curt as, obj et ivas e claras.

Os aspect os ét icos observados na realização dessa pesquisa for am à apr ov ação do pr oj et o pelo Com itê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas d a Fa cu l d a d e d e Med i ci n a d e Ri b e i r ã o Pr e t o d a Universidade de São Paulo, e a assinat ura do t erm o de consent im ent o livre esclarecido pelos suj eit os que part iciparam do est udo em t odas as suas et apas.

Validação aparent e e de cont eúdo

Pa r a r ea l i za r a v a l i d a çã o a p a r en t e e d e conteúdo do instrum ento construído, foram convidados dez validadores ( j uízes) com experiência na t em át ica álcool e outras drogas, esses j uízes foram incum bidos de analisar os 225 it ens originados nas ent revist as, b e m co m o , v e r i f i ca r se e l e s r e p r e se n t a v a m adequadam ent e o univer so hipot ét ico do obj et o, ( o álcool, o alcoolism o e o alcoolist a) , além de analisar a adequação da est r ut ur a sem ânt ica dos it ens. Os j uízes for am incum bidos ainda, de r elacionar cada i t e m a o f a t o r q u e a cr e d i t a sse m se r m a i s r ep r esen t at i v o d o t em a ao q u al o en u n ci ad o se referia, classificando- o com o favorável ( posit ivo) ou desfavorável ( negativo) . Nessa etapa ainda, verificou-se a concordância, ent re os j uízes, quant o à ret irada ou m odif icação de it en s e f at or es. Ao t ér m in o da v a l i d a çã o a p a r e n t e e d e co n t e ú d o h a v i a m perm anecido no inst rum ent o 165 it ens e originados cinco fat ores.

Análise sem ânt ica

Visando verificar se os it ens propost os e as instruções para o preenchim ento da Escala de Atitudes frente ao Álcool, o Alcoolism o e ao Alcoolista ( EAFAAA) eram com preensíveis, a versão prévia do instrum ento f o i ap l i cad a em d o i s g r u p o s d e q u at r o p esso as,

desses, oito eram enferm eiros de um hospital público e oit o eram est udant es do últ im o sem est re do curso de Enferm agem de um a faculdade privada. Solicit ou-se que os part icipant es respondesou-sem o inst rum ent o e ao t ér m ino, r ealizou- se um a discussão com cada grupo, m om ento no qual os suj eitos foram convidados a a p o n t a r p o ssív e i s d i f i cu l d a d e s e m r e l a çã o a s inst ruções e aos t erm os present es em cada it em .

Procedim ent os de aplicação ( colet a em pírica)

A v er são pr elim inar da EAFAAA const it uída de 165 it ens foi aplicada a um a população de 144 est u d an t es d o ú lt im o sem est r e d e g r ad u ação em e n f e r m a g e m d e d u a s d i f e r e n t e s f a cu l d a d e s, denom inadas nesse est udo ( Faculdade A e Faculdade B) . Essa aplicação foi realizada em m om entos distintos p a r a o s d o i s g r u p o s. Co m p l e t a r a m a e sca l a 8 4 est u d an t es d a “ Facu ld ad e A” e 6 0 est u d an t es d a “ faculdade B”, am bos os grupos foram ent revist ados n o f i n a l d e n o v e m b r o d e 2 0 0 4 . A i d a d e d o s r espon den t es v ar iou en t r e 1 9 e 5 1 an os e h ou v e predom ínio de indivíduos do sexo fem inino

O inst r um ent o foi apr esent ado aos suj eit os em u m cader n o ú n ico, qu e con t in h a os 1 6 5 it en s dist ribuídos aleat oriam ent e. As quest ões podiam ser respondidas at ravés de um a escala do t ipo likert de cinco pont os onde os alunos deveriam expressar sua o p i n i ã o so b r e ca d a a f i r m a çã o d e a co r d o co m o segu in t e esqu em a: ( 1 = Discor do t ot alm en t e; 2 = D i sco r d o ; 3 = i n d i f e r e n t e ; 4 = Co n co r d o ; 5 = Concor do t ot alm ent e) . De posse dos inst r um ent os r espondidos ( n= 144) , cr iou- se um banco de dados n o p r o g r am a Sa t a t i st i ca l Pa ck a g e f o r t h e So ci a l Sciences v . 1 3 for Window s ( SPSS) , at ravés do qual pr ocedeu- se a v er ificação da v alidade de const r ut o do inst rum ent o const ruído .

Validade de const rut o

(4)

con j u n t o d e t écn icas est at íst icas, cu j o ob j et iv o é r epr esent ar ou descr ev er um núm er o de v ar iáv eis iniciais a par t ir de um m enor núm er o de var iáveis. Tr a t a - se , p o r t a n t o d e u m m é t o d o e st a t íst i co m ultivariado que procura sim plificar os dados através da r edução do núm er o de v ar iáv eis ut ilizadas par a descr ev er det er m inado obj et o( 14). A análise fat or ial produz ainda, para cada item um a carga fatorial, que evidencia a covariância entre o item e o fator, quanto m ais p r óx im o d e 1 0 0 % d e cov ar iân cia it em - f at or m elhor será o item( 13- 14).

Pa r a o b t e n çã o d o s f a t o r e s d a EAFAAA, r ealizou- se um a analise de com ponent es pr incipais co m r o t a çã o v a r i m a x n o s d a d o s, i m p o n d o - se a configuração de cinco fat ores, essa im posição prévia ob j et iv ou m an t er as car act er íst icas p r op ost as n a v er são pr elim inar or iginada dur ant e a v alidação de co n t eú d o . Def i n i d o s o s ci n co f at o r es at r av és d a an álise de com pon en t es pr in cipais, pr ocedeu - se à inspeção das cargas fatoriais de cada item , excluindo-se aqueles com carga fat orial inferior a 0,40.

Análise da confiabilidade ( Consist ência int erna)

A confiabilidade de um a escala r efer e- se a sua capacidade de apresent ar os m esm os result ados q u a n d o a d m i n i st r a d a e m t e m p o s, si t u a çõ e s e populações difer ent es, sendo que o t est e par a ser r ealm ent e ex at o, pr ecisa apr ox im ar - se da unidade ( 0 , 9 0 )( 1 3 ). Par a est im ar a con sist ên cia in t er n a d a EAFAAA, utilizou- se a técnica de alfa de Crom bach. O alfa do Cronbach m ede se um conj unt o de it ens ( ou v ar iáv eis) est á r ealm en t e r elacion ado á u m ú n ico construto ou fator, trata- se portanto, de um coeficiente de fidedignidade ( ou consistência) que obj etiva testar os it ens propost os det erm inando a correlação m édia entre os m esm os( 13). Quanto m aior a correlação m édia encontrada entre os itens, m aior o alfa de Cronbach. Lo g o se a co r r el ação i n t er n a en t r e d et er m i n ad o núm ero de itens é alta, isso significa que esse conj unto de it ens ou variáveis m ede o m esm o const rut o.

RESULTADOS

A validação aparente e de conteúdo realizada pelos j uízes r esult ou na elim inação de 60 dos 225

it ens do inst rum ent o inicial, essa exclusão j ust ificou-se pela baix a con cor dân cia dos m esm os qu an t o à alocação dos it ens nos fat or es pr opost os, r ealizada essa et apa, os 165 it ens rem anescent es haviam sido ag r u p ad o s p el o s j u ízes em ci n co f at o r es ( F1 : O alcoolist a; F2: A bebida alcoólica e o alcoolism o; F3: O trabalhar e o relacionar- se com o alcoolista; F4: A o r i g e m o u e t i o l o g i a d o a l co o l i sm o ; F5 : As r eper cu ssões sociais decor r en t es do u so/ abu so do álcool) .

O pr ocedim ent o de v alidação de const r ut o por m eio da análise de com ponentes principais e pela verificação da confiabilidade, result ou na exclusão de out ros 69 it ens dos 165 rem anescent es da validação aparente e de conteúdo, esses itens foram excluídos, por possuírem carga fat orial inferior a 0,40. Com a aplicação desses crit érios de exclusão, chegou- se a u m a v er são f in al da escala com post a de 9 6 it en s dist r ibu ídos em cin co f at or es ( F1 : O alcoolist a: o t r abalho e as r elações int er pessoais; F2: Et iologia; F3: Doença; F4: As repercussões decorrentes do uso/ a b u so d o á l co o l ; F5 : Be b i d a s a l co ó l i ca s) . Essa co m p o si çã o p e r m i t i u v e r i f i ca r q u e a p e sa r d o s r esu lt ados da an álise f at or ial t er em con f ir m ado a per t in ên cia de algu n s f at or es da v er são in icial do i n st r u m e n t o , o co r r e u à d e sca r a ct e r i za çã o e o rem anej am ent o de out ros, diferent em ent e daqueles previam ent e elaborados, bem com o a criação de um novo fat or ( Doença) . Fat o que j á era esperado, pois se g u n d o o s e sp e ci a l i st a s( 1 3 - 1 5 ) e ssa é u m a d a s decorrências da análise fat orial.

O t est e da confiabilidade da versão final da EAFAAA com post a por 96 it ens result ou em um alfa d e cr o m b a ch d e 0 , 9 0 6 8. No q u e se r e f e r e a con f iab ilid ad e d os f at or es in d iv id u alm en t e o q u e apresentou m aior índice foi a fator 1 (O alcoolist a: o t r a b a l h o e a s r e l a ç õ e s i n t e r p e s s o a i s) co m u m coeficiente ( á) 0,9178, os dem ais fatores com exceção do fat or 5 (A bebida alcoólica) com coeficient e ( á) 0 , 4 7 7 1 , t a m b é m a p r e se n t a r a m r e su l t a d o s sat isfat órios próxim os ao valor de referência 0,90.

Tabela 1 – Caract eríst icas psicom ét ricas da EAFAAA resultantes da validação de construto, São Paulo, SP, 2008

1 r o t a

F Fator2 Fator3 Fator4 Fator5

e u l a v n e g i

E 9.35 4.02 2.41 2.69 2.47

a i c n â ir a v

% 23.2 11.4 7.1 5.7 5.2

( a fl

A α) 0.91 0.86 0.74 0.77 0.47

s n e ti 6 9 l a t o

(5)

m e t

I Conteúdo F1

s i a o s s e p r e t n i s e õ ç a l e r s a e o h l a b a r t o : a t s il o o c l a O

1 Oalcooilstaéumapessoaquenãotemilmtie. 0.42

6 Alcooilstasnãotêmbomsenso. 0.41

1

1 Oalcooilstaégrosso,agressivoema-leducado. 0.46 6

1 Oalcooilstaéumirresponsáve.l 0.63

1

2 Oalcooilstaéumchatoepegajoso. 0.59

6

2 OsAlcooilstassãopacientesviolentos. 0.52

1

3 Oalcooilstabebesemapreocupaçãodoquevai . s i o p e d r e c e t n o c

a 0.40

6

3 Pensoquepessoasquedesenvolvemoalcooilsmosão . s a c a r f 3 4 . 0 1

4 Oalcooilstanãoquersecuida.r 6

4 Nãosedeveconifar empessoasalcooilstas. 0

5 Oalcooilstaéumimora.l 0.64

4

5 Osalcooilstasnuncaaprenderamasresponsabiildades . a tl u d a a d i v a d 1 5 . 0 8

5 Pensoqueoalcooilstaéculpadoporseus problemasde . e d ú a s 0 4 . 0 1

6 Oalcooilstaéaqueleindivíduoquedependedabebida . o d u t a r a

p 0.40

3

6 Oalcooilsmoéumvícioirreparáve.l 5

6 Opacientealcooilstaacabasemprevotlandoaoserviço . a m e l b o r p o m s e m o m o

c 0.43

7

6 Consideropacientealcooilstaomaisdiífclideilda.r 0.60 9

6 Oalcooilstaéumpacientequenuncadáretorno do . o d a d i u c 7 4 . 0 1

7 Oalcooilstaéumapessoadediífclicontato. 0.50 3

7 Eutenhomedodeabordaroproblemadoalcooilsmo . e t n e i c a p o m o

c 0.45

5

7 Eutenhomedodaagressividadedoalcooilsta. 0.42 6

7 Sinto-mefrustradoquandotrabalhocomalcooilstas. 0.40 7

7 Quandoopacientenãoquercolabora,romelhoré .r a d u j a e d r it s i s e

d 0.50

8

7 Quandotrabalhocomoalcooilsta,nãoseicomoconduzir . o ã ç a u ti s a 0 4 . 0 9

7 Paraatenderoalcooilsta,éprecisocontêl-o. 0.40 0

8 Pensoquealcooilstasdãomutiotrabalhoparaa . m e g a m r e f n e 0 4 . 0 1

8 Devocuidardoalcooilsta,mesmoqueelenãoqueira.* 0.43 2

8 Quandooalcooilstaestáconsciente,logovemcom . m e g a n a c a

s 0.52

3

8 Quandooalcooilstachegaaohosptia,lelejáestáopó . o n a m u h r e s o

d 0.43

4

8 Sintoraivaaotrabalharcomalcooilstas. 0.50 5

8 Opacientealcooilstanãoacetia oqueeufalo. 0.40 6

8 Percebooalcooilstacomoumcasoperdido. 0.50 7

8 Alcooilstassãopacientesquenãocolaboramcomo . o t n e m a t a r t 0 5 . 0 8

8 Alcooilstassãopessoasdiífceisdetrata.r 0.43 9

8 Pacientesalcooilstassósãoencontradospara . a ir e fi r e p e d s a c i s á b s e d a d i n u m e o t n e m i d n e t a 0 4 . 0 0

9 Oalcooilstanãolevaotratamentoaséiro. 0.61

1

9 Eupreifrotrabalharcompacientesalcooilstasatrabalhar * . s e t n e i c a p s o r t u o m o

c 0.60

2

9 Oalcooilstanãotembomdesempenhoemnenhumsetor . a d i v a d 8 4 . 0 3

9 Alcooilstasnãotêmtrabalho. 0.40

4

9 Oalcooilsmoéaperdadaidenitdadeedamora.l 0.40 5

9 Osalcooilstastêmumastiuaçãodevidaprecáira. 0.40 6

9 Mutiosalcooilstasqueremsomentecuritravidaesão . s i e v á s n o p s e r r i 0 4 . 0

As Tabelas 2 e 3 apresentam os cinco fatores

que constituem a versão final da EAFAAA, bem com o

as Car g as Fat o r i ai s d e seu s i t en s co m p o n en t es,

evidenciando que os it ens que perm aneceram nessa

versão apresent am correlação sat isfat ória com seus

r espect iv os fat or es.

O Fat o r 1 : O a l co o l i st a : o t r a b a l h o e a s r elações in t er p essoais, ex plica 23, 2% da v ar iância total e é com posto de 42 itens relativos à percepção,

opiniões e sent im ent os frent e ao indivíduo alcoolist a,

bem com o o trabalhar e o relacionar- se com o paciente

( Tabela 2) .

O fat or 2 Et iologia, inclui 20 itens referentes às concepções, opiniões e at it udes sobre a et iologia

do alcoolism o. Fat ores psíquicos, m orais e biológicos

que são at r ibuídos com o causa do alcoolism o, esse

fat or explica 11,4% da variância t ot al ( Tabela 3) .

O f at or 3 D o e n ça , ex p lica u m a v ar iân cia d e 7 , 1 % e ag r eg a 1 3 it en s r elat iv os às at it u d es,

p e r ce p çõ e s e se n t i m e n t o s f r e n t e a o a l co o l i sm o

en q u an t o d oen ça, seu s it en s ex p r essam op in iões

s o b r e a s c a r a c t e r í s t i c a s p s i c o l ó g i c a s d o

alcoolist a, o t r at am en t o p siq u iát r ico e o m an ej o

p r of ission al d u r an t e o t r at am en t o e a assist ên cia

( Ta b el a 3 ) .

O Fat or 4 Reper cussões decor r ent es do uso/ abu so do álcool, ex plicando um a v ar iância t ot al de 5 , 7 % , é com post o por nov e ( 0 9 ) it ens que dizem

r e sp e i t o à s a t i t u d e s d i a n t e d a s co n se q ü ê n ci a s

psíqu icas e sociais acar r et adas pelo u so/ abu so do

álcool, en v olv en do o in div ídu o, a f am ília e ou t r as

esferas do relacionam ento social ( trabalho, am izades,

et c.) – ( Tabela 3) .

O Fat or 5 A Bebida Alcoólica, explica 5,2% da variância t ot al, e cont ém 12 it ens que

se r e f e r e m à s o p i n i õ e s, se n t i m e n t o s e

condut as do pr ofissional fr ent e à bebida alcoólica;

co n seq ü ên ci as t r azi d as p el o u so d as b eb i d as ao

indivíduo; o lim ite entre o beber norm al e o patológico

e os efeit os da bebida sobr e o com por t am ent o da

pessoa ( Tabela 3) .

Tabela 2 - Cargas Fat oriais dos it ens que com põe o f a t o r 1 O a l co o l i st a : o t r a b a l h o e a s r e l a çõ e s int erpessoais, São Paulo, SP, 2008

(6)

Tabela 3 - Cargas Fatoriais dos itens que com põe os fatores: 2- Etiologia; 3- Doença; 4- Repercussões decorrentes do uso/ abuso do álcool; 5-A bebida alcoólica. São Paulo, SP, 2008

m e t

I Conteúdo F2 F3 F4 F5

a i g o l o i t E

2

0 Alcooilstassãorevoltados. 0.40

7

0 Pensoquefatoreshereditáriosinfluenciamnoabusodoálcool.* 0.40

2

1 Alcooilstassãopessoasquebuscamnabebidasoluçõesparaproblemasafetivos. 0.48

7

1 Pensoquepassarporumdesajustefamiilarlevaaoalcooilsmo. 0.55

2

2 Oálcooléusadocomofuga. 0.43

7

2 Pessoastímidasouinibidastêmmaiorchancededesenvolveroalcooilsmo. 0.40

2

3 Pensoquetodooalcooilstatêmalgomalresolvido. 0.46

7

3 Oalcooilstatemalgonopassadoqueoconduzabeber.* 0.45

2

4 Afaltadeautocontrolelevaaoalcooilsmo 0.42

7

4 Problemassociaiseeconômicosdesencadeiamobeberexcessivo.* 0.56

1

5 Pensoqueadepressãolevaaoalcooilsmo.* 0.64

5

5 Oalcooilsmoestárelacionadoaoníveldeinstruçãodoindivíduo. 0.40

9

5 Oquefaltanoalcooilstaéforçadevontade. 0.40

2

6 Asquestõessociaislevamoindivíduoabeber.* 0.57

4

6 Pessoassemempregofixodesenvolvemoalcooilsmo. 0.54

6

6 Filhosdealcooilstastêmtendênciaaseremalcooilstas. 0.41

8

6 Pessoasmalresolvidassetornamalcooilstas. 0.57

0

7 Pessoasinsatisfeitasabusamdoálcool. 0.55

2

7 Pensoquepessoasqueconsomemálcoolestãofugindodealgumproblema. 0.57

4

7 Pensoquealcooilstastêmproblemasfinanceiros. 0.55

a ç n e o D

3

0 Oalcooilstaéumdoente. 0.40

8

0 Perceboqueoalcooilstatembaixaauto-estima. 0.40

3

1 Osalcooilstassãopessoaspsicologicamenteabaladas. 0.49

8

1 Oalcooilstaéumindivíduoquenãoconseguecontrolarsuaingestãoalcoóilca 0.40

3

2 Oalcooilsmoéumadoença.* 0.40

8

2 Aequipeprecisadetreinamentoparatrabalharcomoalcooilsta.* 0.40

3

3 Nãoadiantaseragressivocomopacientealcooilsta.* 0.40

8

3 Ëprecisotomarcuidadoaotrabalharcomopacientealcooilsta. 0.40

3

4 Oalcooilstadeveserencaminhadoaopsiquiatra.* 0.40

8

4 Aspessoasbebemparasesentiremmaisalegresemaissoltas.* 0.53

2

5 Oálcooléusadocomoumaválvuladeescape. 0.57

6

5 Oalcooilstabebeparafugirdareaildade. 0.50

0

6 Oalcooilstaéumdoente 0.40

l o o c l á o d o s u b a / o s u o d s e t n e r r o c e d s e õ s s u c r e p e R

4

0 Oalcooilstaextrapolaapontodeprejudicaraprópriavida 0.40

9

0 Percebooalcooilstacomoalguémmarginailzado. 0.40

4

1 Oindivíduoque bebeficadesorientado. 0.48

9

1 Pensoqueoálcoolprejudicaasfunçõesmentais. 0.65

4

2 Oalcooilsmocausadependência físicaepsíquica.* 0.70

9

2 Amaioriadosalcooilstasacabasó. 0.58

4

3 Oálcoollevaàloucuraeàmorte. 0.55

9

3 Abebidaalcoóilcaalteraoestadoemocional. 0.60

4

4 Oalcooilstaarrastaconsigofamiilareseamigos. 0.46

a c il ó o c l a a d i b e b A

5 Pensoqueaspessoastêmodireitodebeberseelasquiserem.* 0.40

0

1 Abebidaalcoóilcaéagradáveletraz bem-estar.* 0.47

3

1 Ousodebebidaalcoóilcaéalgonormal.* 0.43

0

2 Pensoquebeberumadosedeuísqueéconsideradobeber social.* 0.44

5

2 Abebidaemqualquerquantidadevaideixaroindivíduodependente. 0.39

0

3 Bebercommoderaçãonãoéprejudicial.* 0.48

5

3 Eusoucontraousodoálcoolemqualquermomento. 0.43

0

4 Oálcoolemquantidadesreduzidasébenéfico.* 0.40

5

4 Oálcoolrelaxaastensõesdodia-a-dia.* 0.59

9

4 Eusouafavordobebermoderado.* 0.59

3

5 Dosespequenasdeálcoolsãocapazesdecausardependência. 0.48

7

5 Existempessoasquebebemesabemsecontrolar.* *0.40

(7)

DI SCUSSÃO

D i a n t e d a co n st a t a çã o d a ca r ê n ci a d e inst rum ent os disponíveis para verificar as at it udes de enfer m eir os e dem ais pr ofissionais da saúde fr ent e ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a, bem com o das inadequações daqueles existentes, para utilização n o Br asi l , r eal i zo u - se est u d o co m o o b j et i v o d e construir um instrum ento de m edida de atitudes frente a tem ática e que fosse capaz de abranger os principais grupos de at it udes ( fat or m oral, fat or doença, fat or et iológico, fat or profissional e fat or hum ano) .

A escala iniciada com 225 itens ficou restrita na sua versão final a 96 afirm ações dist ribuídas em cinco fat or es, havendo um a r edução do núm er o de it en s em t or n o d e d u as v ezes e m eia d o in icial, resultado apontado com o ideal pelos especialistas( 11,13). Os cinco fat ores da versão final da EAFAAA, confor m e obj et iv o inicial desse est udo, que v isav a construir um instrum ento capaz de m edir os principais g r u p o s d e a t i t u d e s, a b r a n g e m ci n co a sp e ct o s referent es ao obj et o em quest ão, ou sej a: a pessoa d o a l co o l i st a , o t r a b a l h o e o r e l a ci o n a m e n t o interpessoal com este paciente; a etiologia; a doença, as repercussões do uso/ abuso do álcool e a bebida alcoólica.

Apesar de concebida inicialm ent e para m edir at it u des de en fer m eir os e dem ais pr ofission ais da saúde, par a o r efinam ent o dos it ens e a v alidação fat orial opt ou- se, em aplicar a versão prelim inar da EAFAAA num a população de est udant es que est avam co n cl u i n d o a g r a d u a çã o e m e n f e r m a g e m , e sse procedim ento foi adotado tam bém com vistas a testar a escala construída nesse público, um a vez, que existe car ência de est udos dessa nat ur eza t am bém ent r e est udant es de enferm agem( 10).

Med i a n t e o s d a d o s o b t i d o s j u n t o a essa am ost ra de est udant es, procedeu- se a validação de con st r u t o r ealizad o p ela an alise d e com p on en t es principais com rotação varim ax, nessa etapa, 69 itens com sat uração inferior a 0,40 foram excluídos, esse cr it ér io de ex clusão foi adot ado ao consider ar que m esm o it ens com car ga fat or ial 0 , 3 0 , consider ada a d e q u a d a p a r a co m p o r u m f a t o r, d e v e m se r d e sp r e za d o s n o p r o ce sso d e co n st r u çã o d e inst rum ent os,pois, um it em represent a bem um fat or quando apresent a carga igual ou m aior que 0,50( 13). Além disso, com a exclusão desses it ens observou-se aum ent o da confiabilidade em t odos os fat ores.

Considerando que o processo de validade de inst r um ent os dev e env olv er um a sér ie de est udos inter- relacionados, visando à verificação em pírica, por m eio de t est es est at íst icos, sobre a relação ent re as v a r i á v e i s a se r e m m e d i d a s( 1 5 ), o ín d i ce d e con f iabilidade do in st r u m en t o f oi t est ado em dois m om en t os d ist in t os, u m en v olv en d o a escala n a íntegra ( 96 itens) sem divisões e outro com cada um d o s f a t o r e s i so l a d a m e n t e . A e sca l a n a i n t e g r a apresent ou índice de confiabilidade im port ant e ( a) = 0 , 9 0 6 8 , o q u e i n d i ca q u e a escal a p ar ece est ar m edindo as atitudes frente ao álcool, ao alcoolism o e a o a l co o l i st a , p o i s v a l o r e s d e ssa o r d e m sã o considerados satisfatórios para os obj etivos desse tipo d e esca l a s( 1 3 - 1 4 ). Qu a n d o se a n a l i sa o ín d i ce d e co n f i a b i l i d a d e d e ca d a f a t o r i so l a d a m e n t e , obser v ar am - se igualm ent e índices de confiabilidade sat isfat órios, ou sej a, iguais ou próxim os da unidade 0 , 9 0 , com ex ceção do fat or 5 que apr esent ou um coeficient e á = 0,4771, o que indica a necessidade de um a m elhor com posição, com vist as a aum ent ar sua consist ência int erna.

A v er são final da EAFAAA ficou const it uída por it ens predom inant em ent e negat ivos, perfazendo 75% do t ot al, com o j ust ificat iva para esse fat o pode ser apont ada à prevalência de concepções negat ivas fr ent e à t em át ica álcool e alcoolism o nas falas dos e n f e r m e i r o s a s q u a i s o r i g i n a r a m o s i t e n s. Po r apresent ar- se predom inant em ent e negat iva, 72 it ens d a EAFAAA são p osi t i v am en t e or i en t ad os, o q u e sign if ica dizer qu e, qu an t o m aior o desacor do do suj eito em relação ao item , m ais positiva sua atitude. Por isso, para interpretação dos dados coletados com est a escala, as respost as ao it ens negat ivos devem ser calculadas com v alor es inv er t idos, dev endo os escores ser assim com putados: ( 1= 5) , ( 2= 4) , ( 3= 3) , ( 4 = 2 ) , ( 5 = 1 ) . Co n se q u e n t e m e n t e , e sco r e s a l t o s in d icam at it u d es p osit iv as en q u an t o q u e escor es baixos t endem a indicar at it udes negat ivas.

(8)

apresent ado, pode- se dizer que facilit a aplicação no Brasil, devido ao fato de ter sido construída em Língua Por t uguesa.

CONCLUSÃO

A EAFAAA m o st r o u - se co n f i á v e l p a r a avaliação das atitudes frente à tem ática, os resultados a l ca n ça d o s a t r a v é s d a a n á l i se p si co m é t r i ca evidenciaram um sat isfat ório índice de confiabilidade

( pr ecisão) e de com pr ovação de validade, par a um instrum ento ainda não refinado, o que perm ite afirm ar que o inst rum ent o const ruído pode ser considerado bom e, port ant o, capaz de avaliar as at it udes frent e ao álcool, ao alcoolism o e ao alcoolist a. È desej ável a aplicação em am ost ras com post as por enferm eiros bem com o por out r os pr ofissionais da saúde, pois, nesse est udo ela lim it ou- se a est udant es do últ im o per íodo de enfer m agem , car act er izando o t r abalho com o um a ex plor ação pr elim inar das pr opr iedades psicom ét ricas do inst rum ent o const ruido.

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