• Nenhum resultado encontrado

Composição corporal, exigências nutricionais e características da carcaça de cordeiros Morada Nova

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Composição corporal, exigências nutricionais e características da carcaça de cordeiros Morada Nova"

Copied!
113
0
0

Texto

(1)

COMPOSIÇÃO CORPORAL, EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS

E CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS

MORADA NOVA

Severino Gonzaga Neto

Zootecnista

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

CÂMPUS DE JABOTICABAL

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

COMPOSIÇÃO CORPORAL, EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS

E CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS

MORADA NOVA

Severino Gonzaga Neto

Orientador: Prof. Dr. Américo Garcia da Silva Sobrinho

Co-orientador: Prof. Dr. Kleber Tomás de Resende

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias do Campus de Jaboticabal – Unesp, como parte das exigências para obtenção do título de Doutor em Zootecnia, Área de Concentração em Produção Animal.

(3)

Gonzaga Neto, Severino

G642c Composição corporal, exigências nutricionais e características da carcaça de cordeiros Morada Nova / Severino Gonzaga Neto -- Jaboticabal, 2003

xix, 92 f. : il. ; 28 cm

Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e veterinárias, 2003

Orientador: Américo Garcia da Silva Sobrinho

Banca examinadora: Francisco de Assis Fonseca de Macedo, Ivanete Susin, Jane Maria Bertocco Ezequiel, Telma Teresinha Berchielli Moreno

Bibliografia

1. Ovinos. 2. Composição corporal. 3. Exigências nutricionais. Ι. Título. ΙΙ. Jaboticabal - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.

CDU 636.31.636.085

(4)

DADOS CURRICULARES DO AUTOR

(5)

Aprender é compreender o significado das

coisas, é saber falar, é saber calar, observar o

imaginável, descobrir o que não se conhece,

transmitir o que descobriu e continuar

(6)

OFEREÇO

A todos que contribuíram para a realização deste trabalho e aos que possam usufruir do mesmo.

DEDICO

À minha esposa Ana Paula e aos meus filhos Thayse e Thiago, pelo carinho, companheirismo e amor que sempre me dispensaram.

Aos meus pais Assis e Marli, pelos exemplos de vida e dedicação aos filhos.

Aos meus irmãos Loura, Irene, Tantico, Corrinha, Valdeci, Rita, Chagas, Goreti e Luis Carlos (in memorian), seus cônjuges e filhos, pelo apoio incondicional em todos os momentos.

Aos meus sogros Paulo e Aurimar, por todas as palavras de carinho e incentivo.

À minha avó Laureana, pelo exemplo de resistência.

(7)

AGRADECIMENTOS

A Deus, Autor da vida, por mais esta oportunidade e pelo constante cuidado, ajudando-me a vencer os obstáculos;

À Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias FCAV/Unesp, pela valorização do profissional e pela qualidade dos cursos de pós-graduação;

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, pela concessão da bolsa e pelo imensurável apoio à pesquisa brasileira;

Ao Orientador e amigo Prof. Dr. Américo Garcia da Silva Sobrinho, por contribuir, colaborar e participar de forma decisiva na elaboração e conclusão deste trabalho e acima de tudo por sua amizade e incentivo ao aprendizado;

Ao Prof. Dr. Kleber Tomás de Resende, pela orientação na área de exigências nutricionais, amizade, respeito e alegria cotidiana;

Aos Membros Titulares da Banca Examinadora, Professores Francisco de Assis Macedo, Ivanete Susin, Jane Maria Bertocco Ezequiel e Telma Teresinha Berchielli Moreno e aos Membros Suplentes, Professores Paulo de Figueiredo Vieira e Juan Ramon Olalquiaga Perez e Dr. João Paulo Guimarães Soares, pelas valiosas e oportunas sugestões neste trabalho;

Aos professores Alexandre Amstalden Moraes Sampaio, Márcia Rita Fernandes Machado, Nilva Kazue Sakomura e Renato Luiz Furlan, pelas valiosas sugestões no Exame Geral de Qualificação.

Aos professores Atushi Sugohara, Celso Pezatto, Euclides Braga Malheiros, Jorge de Lucas Jr., Manoel Monteiro, Ricardo Andrade Reis e Sérgio do Nascimento Kronka, pelo aprendizado em suas disciplinas;

Aos professores Dalton José Carneiro, Humberto Tonhati, Luis Roberto de Andrade Rodrigues, Maria Cristina Thomaz, Mauro Dal Secco de Oliveira, Regina Helena Nogueira Couto, Roque Takarashi e Silvana Martinez Beraldi Artoni, pelo carinho e amizade;

(8)

Ao amigo Aderbal Marcos de Azevedo Silva, pela preciosa sugestão e ajuda na elaboração do meu projeto de Tese; à sua esposa Fátima e seus filhos Jackson, Tatiane, Daniel e Kellyane, pelo carinho e amizade;

Aos amigos Nivea Maria Brancacci Lopes Zeola, Alexandre Oba, Nívia Araújo Fontes e Roberta Canesin, pela colaboração nas fases de campo e laboratorial deste trabalho;

À Ana Paula Sáder, química do Laboratório de Nutrição Animal - LANA, pela prestimosa colaboração e, sobretudo, por sua inesquecível amizade.

Ao Prof. Dr. José Morais Pereira Filho, grande amigo, conselheiro, mestre, companheiro, enfim... o Moraisinho que todos conhecem;

À Dra. Ângela Cristina Dias Ferreira, exemplo de amizade, companheirismo e alegria, sempre pronta a colaborar;

Ao amigo e colaborador João Luiz Guariz, funcionário do Setor de Ovinocultura, exemplo de dedicação ao trabalho, respeito aos animais e presteza aos usuários do Setor;

Ao meu camarada e quase parente Dr. Estácio Alves dos Santos, pelo companheirismo, amizade e respeito com o qual sempre nos tratou;

Ao amigo Carlo, sua esposa Jacira, seus filhos Mariana e Amanda e sua auxiliar Neide, pela amizade desde os tempos da Rural de Pernambuco;

Aos amigos André Gustavo Leão e Luiz Gustavo Rombola, estagiários do Setor de Ovinocultura, pela ajuda incondicional neste trabalho e, principalmente, pela grande amizade que construímos;

Ao Prof. Dr. Enrique Alejandro Yáñez, sua esposa Carolina e seus filhos Daniele, Sérgio e Luiz Alejandro, pelo convívio e companheirismo;

(9)

Aos casais e amigos de convivência em Jaboticabal: Gustavo e Izabelle, Tim e Luciana, Guto e Éster, Fábio e Luciana, João Paulo e Alexandra, Evandro e Ana, Cristian e Adrianne, pelo bom convívio e momentos de descontração que passamos;

Aos colegas e amigos da Pós-Graduação: Adrianinha, Alessandro, Almir, Ana Karina, Ana Rosália, Andréia, Camargo, Carol, Cecília, Chiquitelli, Cida, Claudinha, Danilo, Djalma, Edilma, Edna, Ednardo, Eduardo, Fabiano, Fábio, Gabriel, Gilmara, Helda, Ivan, Kleber, Juliana, Lau, Leonardo, Lígia, Lima Júnior, Luíza, Maiorka, Mara, Marcelo, Márcio, Maria Marta, Patrícia, Poliana, Rafael, Renata, Rogério, Rosemary, Roselene, Scandolera, Simone, Tânia, Teco, Thiago, Tita, Toinho, Valmir, Vanderley, Vânia e Wignez, por todos os momentos de luta, esforço e alegria compartilhados;

Aos mestres e amigos: Professores Francisco Cicupira Dantas de Andrade (EAFS), Edgard Cavalcanti Pimenta Filho (CCA/UFPB), Ângela Maria Vieira Batista (UFRPE), Francisco Fernando Ramos de Carvalho (UFRPE), Roberto Germano Costa (CFT/UFPB) e Gherman Garcia Leal de Araújo (CPATSA/Embrapa), pelas palavras de incentivo, amizade e confiança sempre depositada em minha pessoa;

À família Camassuti: Sr. Wilson, D. Audina, Silvana, Abílio, Débora e Rangel, por cuidarem de minha família como se fôssemos parentes;

À família Periquito: Edenir (Periquito), Zezé, Mateus, Michelle, Bell, Lívia, Luis e Luísa, por todos os momentos que passamos juntos, em especial àqueles vividos em sua chácara;

À família Cardoso: Carlos Alberto (Cardozinho), Rita, Caio e Camila, pela amizade e papos descontraídos;

À família Neme: Luiz Henrique, Rita, Luiz Felipe e Luiz Eduardo, alegres e amigos, tornando nossos dias mais felizes em Jaboticabal.

(10)

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS... 1

CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS MORADA NOVA ... 15

Resumo ... 15

Introdução ... 17

Material e Métodos... 18

Resultados e Discussão ... 24

Conclusões ... 32

Referência Bibliográficas... 32

CAPÍTULO 3 - COMPOSIÇÃO CORPORAL E EXIGÊNCIA NUTRICIONAIS DE PROTEÍNA PARA CORDEIROS MORADA NOVA ... 36

Resumo ... 36

Introdução ... 37

Material e Métodos... 38

Resultados e Discussão ... 44

Conclusões ... 51

Referência Bibliográficas... 51

CAPÍTULO 4 - COMPOSIÇÃO CORPORAL E EXIGÊNCIA NUTRICIONAIS DE ENERGIA PARA CORDEIROS MORADA NOVA ... 54

Resumo ... 54

Introdução ... 55

Material e Métodos... 56

Resultados e Discussão ... 62

Conclusões ... 70

Referência Bibliográficas... 70

CAPÍTULO 5 - COMPOSIÇÃO CORPORAL E EXIGÊNCIA NUTRICIONAIS DE MACROMINERAIS PARA CORDEIROS MORADA NOVA ... 74

Resumo ... 74

(11)

Material e Métodos... 76

Resultados e Discussão ... 81

Conclusões ... 90

Referência Bibliográficas... 90

(12)

LISTA DE TABELAS CAPÍTULO 2

Tabela Página

1. Composições percentual e bromatológica das dietas experimentais com diferentes relações volumoso(V):concentrado(C), com base na matéria seca (MS)... 20

2. Médias e equações de regressão do peso vivo (PV), peso vivo ao abate (PVA), peso de carcaça quente (PCQ), rendimento de carcaça quente (RCQ), peso de corpo vazio (PCV), peso de carcaça fria (PCF), rendimento de carcaça fria (RCF), perda pelo resfriamento (PPR) e rendimento biológico (RB), de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta... 25

3. Médias e equações de regressão do peso da meia carcaça (PMC) e dos cortes comerciais (paleta, perna, lombo, costelas e pescoço), de cordeiros Morada Nova, em função da relação vovumoso(V):concentrado(C) na dieta 26

4. Rendimentos dos cortes comerciais (%) na meia carcaça de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta... 27 5. Componentes da perna de cordeiros Morada Nova, em função da relação

volumoso(V):concentrado(C) na dieta... 28

6. Porcentagem de músculo, osso e gordura na perna de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta... 29

7. Mensurações no músculo Longissimus de cordeiros Morada Nova

(13)

LISTA DE TABELAS CAPÍTULO 3

Tabela Página

1. Composições percentual e bromatológica das dietas experimentais com diferentes relações volumoso(V):concentrado(C), com base na matéria seca

(MS)... 40

2. Médias e desvios padrões do peso vivo, peso vivo ao abate, peso do corpo vazio (PCV) e da composição corporal na matéria natural de água, proteína e

gordura no PCV, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta 44

3. Equações de regressão para estimar o peso de corpo vazio (PCV), em função do peso vivo (PV) e conteúdo corporal de proteína e gordura, em função do PCV... 45

4. Médias dos valores médios estimados da concentração de proteína e gordura em função do peso de corpo vazio (PCV)... ... 46

5. Quantidade de proteína e gordura depositada por kg de ganho em peso de corpo vazio (PCV) ... 46

6. Proteína digestível, coeficiente de digestibilidade da proteína bruta e valor biológico da proteína, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta... 49

7. Estimativa das exigências líquida de proteína para ganho em peso vivo (PLg)

de cordeiros Morada Nova (g/animal/dia) ... 49

8. Exigências de proteínas líquida (PL) e metabolizável (PM) de mantença (m),

ganho em peso (g) e total (t), para cordeiros Morada Nova, em crescimento

(14)

LISTA DE TABELAS CAPÍTULO 4

Tabela Página

1. Composições percentual e bromatológica das dietas experimentais com diferentes relações volumoso(V):concentrado(C), com base na matéria seca (MS)... 58

2. Médias e desvios padrões do peso vivo, peso vivo ao abate, peso do corpo vazio (PCV) e composição corporal de água, proteína, gordura e energia no peso de corpo vazio, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta... 62

3. Equações de predição para o peso de corpo vazio (PCV), em função do peso vivo (PV) e conteúdo corporal de gordura e energia, em função do PCV... 63

4. Concentração de gordura e energia em função do peso de corpo vazio (PCV), em cordeiros Morada Nova dos 15 aos 25 kg de peso vivo... 63

5. Quantidade de gordura e energia depositada por kg de ganho em PCV de cordeiros Morada Nova, em crescimento... 64

6. Energia bruta (EB), coeficiente de digestibilidade da energia bruta (CDEB), energia digestível (ED), energia metabolizável (EM), metabolizabilidade (qm) da dieta e

ingestão de EM (IEM), em função dos teores de concentrado... 65

7. Estimativa das exigências de energia metabolizável (EMm) e líquida (ELm) para

mantença de cordeiros Morada Nova em crescimento, em função do teor de concentrado na dieta... 67

8. Estimativa das exigências de energia líquida para ganho em peso vivo (ELg) de

cordeiros Morada Nova pesando de 15 a 25 kg PV (Mcal/animal/dia)... 67

9. Exigências de energia líquida (EL) e metabolizável (EM) de mantença (m), ganho em

peso (g) e total (t), para cordeiros Morada Nova, em crescimento (Mcal/animal/dia)... 68

10. Equação de regressão linear múltipla da IEM em função da energia retida como proteína (ERp) e gordura (ERg), estimativa da EMm (kcal/kg0,75/dia) e eficiências de

(15)

LISTA DE TABELAS CAPÍTULO 5

Tabela Página

1. Composições percentual e bromatológica das dietas experimentais com diferentes relações volumoso(V):concentrado(C), com base na matéria seca (MS)………. 78

2. Fórmulas para estimativa das perdas endógenas e disponibilidade de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio.………. 81

3. Médias e desvios padrões do peso vivo (PV), peso ao abate (PA), peso do corpo vazio (PCV) e composição corporal de água, proteína, gordura, cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio no PCV, em função dos diferentes níveis de concentrado na dieta……….. 82

4. Equações de predição para o peso de corpo vazio (PCV), em função do peso vivo (PV) e conteúdo corporal de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio, em função do peso de corpo vazio (PCV) ………... 83

5. Concentração de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio em função do peso de corpo vazio (PCV), em cordeiros Morada Nova dos 15 aos 25 kg de peso vivo……….……… 83

6. Equações de predição para o ganho de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio, em função do peso de corpo vazio (PCV) ……….. 84

7. Quantidades de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio depositadas por quilograma de ganho de peso de corpo vazio (PCV), em cordeiros Morada Nova……….………... 85

8. Exigências líquidas de cálcio e fósforo para cordeiros Morada Nova dos 15 aos 25 kg de peso vivo (g/dia) ……….……….. 86

9. Exigências líquidas de magnésio, sódio e potássio para cordeiros Morada Nova dos 15 aos 25 kg de peso vivo (g/dia) ……… 87

10. Exigências dietéticas de cálcio e fósforo para cordeiros Morada Nova (g/dia).. 88

(16)

LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO 2

Figura Página

1. Cortes cárneos, efetuados na meia carcaça de ovinos Morada Nova, segundo as regiões anatômicas: 1 - paleta; 2 - perna; 3 - lombo; 4 - costelas;

5 - pescoço... 22

2 Mensurações no músculo Longissimus thoracis, na altura da 12ª costela: A

(largura máxima); B (profundidade máxima); C (espessura mínima) e GR

(espessura máxima)... 23

LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO 3

Figura Página

1. Nitrogênio retido no peso de corpo vazio (PCV) de cordeiros Morada Nova, em função do nitrogênio ingerido. ……….……… 47

LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO 4

Tabela Página

1. Logaritmo da produção de calor (kcal/kg0,75 do PCV), em função da ingestão

(17)

LISTA DE ABREVIATURAS

AFRC Agricultural and Food Research Council ARC Agricultural Research Council

BW Body weight

C Concentrado

Ca Cálcio

CDEB Coeficiente de digestibilidade da energia bruta CV Coeficiente de variação

EB Energia bruta

ELt Exigência líquida total Elg Exigência líquida de ganho

EM Energia metabolizável

FCAV Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias

g Grama

GMPD Ganho médio de peso diário

IM Índice de musculosidade

IMS Ingestão de matéria seca

K Potássio

Kcal Quilocaloria

kg Quilograma

Mg Magnésio

mg Miligrama

MS Matéria seca

Na Sódio

NRC National Research Council

P Fósforo

PB Proteína bruta

PCV Peso de corpo vazio

PM Proteína metabolizável

PV Peso vivo

PVA Peso vivo ao abate

R2 Coeficiente de determinação TGI Trato gastrintestinal

Unesp Universidade Estadual Paulista

(18)

COMPOSIÇÃO CORPORAL, EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS E CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS MORADA NOVA

RESUMO - Este trabalho foi desenvolvido no Setor de Ovinocultura da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV/Unesp, objetivando determinar a composição corporal, as exigências nutricionais de proteína, energia, cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na) e potássio (K), assim como avaliar as características da carcaça de ovinos da raça Morada Nova, em função da relação volumoso:concentrado na dieta. Foram utilizados 30 cordeiros com peso vivo (PV) médio inicial de 15 kg. Seis cordeiros foram abatidos aos 15 kg, para determinar a composição corporal inicial (animais-referência) na metodologia do abate comparativo; seis aos 20 kg (abate intermediário) e os demais distribuídos em seis grupos de três animais (um em cada dieta), de acordo com a relação volumoso(V):concentrado(C): 1) 40V:60C; 2) 55V:45C e 3) 70V:30C. Os cordeiros em cada grupo foram abatidos quando o que recebia a dieta com maior teor de concentrado atingiu 25 kg de PV. A composição corporal variou de 181,53 a 178,74 g de proteína; 72,37 a 131,11 g de gordura; 1,81 a 2,34 Mcal de energia; 14,33 a 12,42 g de Ca; 8,12 a 7,15 g de P; 0,47 a 0,46 g de Mg; 1,60 a 1,40 g de Na e 2,30 a 2,23 g de K por kg de peso de corpo vazio. As exigências líquidas de ganho variaram de 222,3 a 218,6 g de proteína; 3,30 a 4,28 Mcal de energia; 13,54 a 11,74 g de Ca; 7,96 a 7,02 g de P; 0,57 a 0,55 g de Mg; 1,54 a 1,35 g de Na e 2,75 a 2,68 g de K por kg de PV ganho. As exigências de proteína e energia metabolizáveis, para cordeiros dos 15 aos 25 kg de PV, ganhando 100/dia, oscilaram de 53,46 a 60,19 g/dia e de 1,47 a 2,00 Mcal/dia, respectivamente. As exigências dietéticas diárias de macrominerais para cordeiros dos 15 aos 25 kg de PV, ganhando 100 g/dia, variaram de 2,76 a 4,74 g de Ca; 1,91 a 3,15 de g de P; 0,60 a 0,93 g de Mg; 0,60 a 0,76 g de Na e 1,51 a 1,79 g de K. O aumento de 30 para 60% de concentrado na dieta elevou os rendimentos de carcaça quente, carcaça fria, assim como o rendimento biológico. Os crescentes teores de concentrado na dieta não afetaram a porcentagem de músculo na perna, entretanto, proporcionaram maior deposição de gordura e maior área de olho de lombo.

(19)

BODY COMPOSITION, NUTRITIONAL REQUIREMENTS AND CARCASS CHARACTERISTICS OF MORADA NOVA LAMBS

ABSTRACT - This study was conducted at the Setor de Ovinocultura of the Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV/Unesp, Jaboticabal, São Paulo, Brasil. The objective was to determine body composition, nutritional requirements of protein, energy, calcium (Ca), phosphorus (P), magnesium (Mg), sodium (Na) and potassium (K), as well as to evaluate changes in carcass characteristics of Morada Nova sheep as a function of the roughage:concentrate ratio of the diet. Thirty lambs with initial mean body weight (BW) of 15 kg were used and evaluated by the comparative slaughter technique. Six lambs were slaughtered at 15 kg to determine initial body composition (reference animals), six were slaughtered at 20 kg (intermediate slaughter) and the other lambs were distributed in six groups of three animals (one of each diet), according to the roughage:concentrate (V:C) ratio: 1) 40V:60C; 2) 55V:45C; and 3) 70V:30C. Lambs of each group were slaughtered when the one fed the diet with the highest concentrate level was 25 kg of BW. Body composition varied from 181.53 to 178.74 g of protein; 72.37 to 131.11 of fat; 1.81 to 2.34 Mcal of energy; 14.33 to 12.42 g of Ca; 8.12 to 7.15 g of P; 0.47 to 0.46 g of Mg; 1.60 to 1.40 g of Na and 2.30 to 2.23 g of K per kilogram of empty body weight. Net gain requirements ranged from 222.3 to 218.6 g of protein, 3.30 to 4.28 Mcal of energy; 13.54 to 11.74 mg of Ca; 7.96 to 7.02 mg of P; 0.57 to 0.55 mg of Mg; 1.54 to 1.35 mg of Na and 2.75 to 2.68 mg of K per gram of BW gained. Protein and metabolizable energy requirements in lambs between 15 and 25 kg of BW gaining 100 g/day ranged from 53.46 to 60.19 g/day and 1.47 to 2.00 Mcal/day, respectively. Daily macromineral requirements for lambs from 15 to 25 kg of BW gaining 100 g/day varied from 2.76 to 4.74 g Ca; 1.91 to 3.15 g of P; 0.60 to 0.93 g of Mg; 0.60 to 0.76 g of Na and 1.51 to 1.79 g of K. The increase in the diet concentrate from 30 to 60% increased hot and cold carcass yield, as well as biological yield. The increasing levels of concentrate in the diet showed no effect on the percentage of leg muscle; nevertheless, they have caused an increase in fat deposition and a higher ribeye area.

(20)

CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os ovinos estão entre os ruminantes domésticos que desempenham importante papel no suprimento de alimentos de origem animal, transformando forragens em produtos destinados ao consumo humano. Em regiões tropicais, sua importância se dá principalmente, em função da habilidade em manter-se com dietas basicamente compostas por gramíneas, em sistemas de pastejo extensivo.

Ultimamente, a possibilidade de se produzir carne em pequenas áreas rurais, atraiu vários investidores, fazendo o rebanho ovino brasileiro crescer em taxas razoáveis, tanto em regiões tipicamente criadoras desta espécie, como em outras regiões do Brasil, não tradicionais na atividade e que ainda não despertaram para o potencial dessa espécie.

A busca da eficiência nos sistemas de produção de ovinos envolve melhorias nas condições de manejo, no melhoramento genético e nos aspectos nutricionais, tornando o conhecimento do potencial produtivo, das exigências nutricionais, assim como das características dos produtos da ovinocultura, importantes ferramentas para tornar a atividade ecologicamente sustentável e economicamente viável.

Ovinos deslanados

O Nordeste brasileiro, com mais de 60% do efetivo ovino nacional, ocupa lugar de destaque na exploração de ovinos deslanados, tornando a ovinocultura uma atividade atrativa, além da importância sócio-econômica que representa, sobretudo em pequenas propriedades rurais, que praticam a agricultura familiar. Juntamente com os caprinos, constituem a principal fonte de proteína animal para povos daquela região, sendo ainda reconhecidos pela possibilidade de serem comercializados em épocas estratégicas do ano.

(21)

endoparasitas e ausência de lã, que facilita sobremaneira o manejo. Observações feitas por LIMA (1985) indicam que a partir dos anos 80, houve grande fluxo destes para as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, nessa ordem.

Além da produção de carne, os ovinos deslanados se caracterizam por produzirem peles de excelente qualidade, principalmente, a raça Morada Nova, despertando o interesse de criadores da região de Franca, pólo calçadista do Estado de São Paulo. Contudo, as poucas informações acerca desta raça têm se tornado um entrave ao seu uso e manejo, principalmente às relacionadas com a nutrição.

Composição corporal

Para estimar as exigências nutricionais de uma categoria animal é indispensável o conhecimento da composição corporal e do ganho em peso, uma vez que estes estão diretamente relacionados (TRINDADE, 2000).

Inúmeros métodos têm sido propostos para estimar a composição corporal. O método direto tem se apresentado como o mais preciso, embora seja de maior custo devido ao abate dos animais, permitindo contudo outros estudos (RESENDE, 1989). PANARETTO (1963), KIRTON (1986), AFRC (1995), entre outros, afirmaram que as composições corporal e da carcaça sofreram efeito do genótipo, peso, sexo e categoria animal. AGANGA et al. (1989) estudando a composição corporal de ovinos machos, das

raças Uda e Yankasa (PV = 30 kg), encontraram valores médios para água, de 68,9 e 62,2%; proteína, 13,1 e 13,8%; cinzas, 3,15 e 3,44% e gordura de 15,5 e 20,8% do peso vivo, respectivamente.

ROMANO et al. (1983), MARTINEZ et al. (1987a), MARTINEZ et al. (1987b),

avaliando a composição corporal de ovinos deslanados e lanados, apontaram diferenças na composição química do corpo entre os grupos raciais estudados. CASTILLO et al. (1995) estudando a composição corporal de borregos deslanados em

(22)

ALAM et al. (1991) trabalhando com cabritos e borregos lanados, citaram valores

de ganho em energia de 16,9 e 21,5 Kcal e gordura de 1,8 e 2,23 g por unidade de tamanho metabólico (PVkg0,75), respectivamente.

Com relação aos minerais, o ARC (1980) citou valores para a composição corporal de ovinos variando de 8,2 a 15,3 g de Ca e 5,1 a 8,3 g de P por kg de peso de corpo vazio.

Exigências nutricionais

Para estimar as exigências nutricionais o ARC (1980) preconiza o método fatorial, que divide as exigências em: a) mantença, b) crescimento e c) produção de leite e gestação. No Brasil, as exigências nutricionais de ovinos deslanados são pouco pesquisadas, havendo necessidade urgente em se conhecer as reais necessidades protéicas e energéticas deste grupo genético. A criação de ovinos deslanados é um negócio atrativo e demanda dietas apropriadas às condições específicas de cada exploração, objetivando maximizar o sistema de produção. Pois, segundo SILVA (2000) o atendimento das exigências nutricionais dos ovinos passa necessariamente pela quantidade e qualidade de nutrientes ingeridos pelo animal.

Proteína

As exigências de proteína podem ser afetadas pelo sexo, raça, ganho de peso, estádio de desenvolvimento e composição corporal, e à medida que a idade avança, aumenta o conteúdo de gordura e diminui o de proteína no corpo e no ganho em peso (ARC, 1980; KIRTON, 1986; AFRC, 1995).

(23)

de nitrogênio metabólico fecal e urinário endógeno em 0,229 g e 0,083 g/kg0,75/dia, respectivamente. ALAM et al. (1991) confrontando a utilização da proteína em cabritos

e cordeiros lanados, observaram que a eficiência de absorção aparente de aminoácidos para deposição no corpo sem incluir lã e pêlos foi maior para os cabritos (0,52 e 0,29) e quando lã e pêlos foram incluídos, houve aumento significativo (P<0,01) para os cordeiros.

As exigências de proteína bruta estão condicionadas a grande variação em função dos alimentos. Assim, procura-se trabalhar com proteína metabolizável, considerando sua maior precisão, por sofrer menor influência de outros fatores.

O ARC (1980) citou que a produção de lã de cordeiros em fase de crescimento é proporcional ao seu ganho de peso, e que a exigência de proteína metabolizável (PM) para produção de lã é incluída na exigência para ganho de peso vivo. Por outro lado, a suplementação de aminoácidos sulfurados protegidos da fermentação ruminal (1-3 g/dia) na dieta de ovinos lanados, aumentou a produção de lã (MATA et al., 1995 e

MATA et al., 1997). Logo, as exigências de proteína entre raças lanadas e deslanadas

parecem ser diferentes, ocorrendo o inverso ao observado com relação às exigências de energia, segundo SOLIS et al. (1991) e CASTILLO et al. (1995).

BALAKRISHNA et al. (1996) estudando diferentes teores de proteína (10, 12, 14,

16 e 18%) em concentrados para ovinos mestiços obtiveram maior digestibilidade da proteína bruta e conseqüente maior retenção de nitrogênio nos animais alimentados com concentrados contendo 14% de PB, correspondendo ao consumo de 5,42 g de PD/kg0,75/dia. Por outro lado, BLACK et al. (1973) estimando a exigência de proteína em cordeiros obtiveram a seguinte equação de predição: Y = 13,4 - 0,242X, onde Y representa a exigência de proteína (g proteína/MJ de energia líquida) e X o peso vivo do animal.

(24)

Para o ARC (1980), as recomendações diárias de proteína para mantença de ovinos lanados em crescimento com 20 kg de peso vivo, são de 30 g de proteína degradada no rúmen (PDR) e para crescimento de 50 g de PDR e 10 g de proteína não degradada no rúmen (PNDR) em animais da mesma categoria, com ganho de 100 g de peso vivo.

Energia

O animal necessita de energia para manter a homeotermia, processos vitais do corpo e atividades físicas, incluindo aquelas associadas com a alimentação (SILVA, 1996). Vários métodos tem sido propostos para estimar as exigências em energia para ovinos. Atualmente vem se utilizando o método fatorial e a técnica do abate comparativo, método direto de análise química dos tecidos do animal que apresenta maior precisão na determinação das exigências nutricionais das várias frações de nutrientes (SILVA SOBRINHO, 1989; MORAND-FEHR et al., 1992; RESENDE et al.,

1996; SILVA, 1996). O método fatorial permite

A literatura consultada aponta diferenças nas exigências de energia metabolizável para mantença entre ovinos deslanados (143 Kcal EM/kg0,75, BORES et

al., 1982 e BORES et al., 1985) e ovinos lanados (104 Kcal EM/kg0,75, ARC, 1980).

Entretanto estudos mais recentes (CASTILLO et al., 1995) com ovinos deslanados em

crescimento, mostraram exigência de EM para mantença de 117 Kcal/kg0,75, para animais pesando 35 kg de peso vivo.

(25)

diferentes teores de exigência para energia metabolizável. A exigência em EM para cordeiros castrados em confinamento, recomendada pelo AFRC (1995) é de 108 Kcal/kg0,75/dia, para mantença e de 4,87 Kcal/g de ganho em animais de 20 kg de PV, com uma dieta de 53% de metabolizabilidade.

CARVALHO et al. (1998) trabalhando na Região Sul do Brasil com exigências de

energia para cordeiros ½ Texel ½ Ideal, com 30 kg de peso vivo e ganho diário de 0,200 kg, concluíram que a exigência líquida de energia para ganho foi 13,9% superior ao valor do NRC (1985) e que para esta mesma categoria animal, as exigências líquidas de energia foram 31,6% (machos inteiros), 22,4% (castrados) e 4,9% (fêmeas) superiores aos recomendados pelo AFRC (1993).

SILVA et al. (1999) concluíram que a exigência líquida de energia para ovinos da

raça Santa Inês foi de 58,51 Kcal/kg0,75/dia, para animais de 30 kg de PV e ganho de 200 g/dia. Observa-se assim que, as poucas informações existentes sobre exigências nutricionais de ovinos deslanados são conflitantes, havendo a necessidade de maiores estudos sobre o assunto.

Macrominerais

(26)

Cálcio e fósforo

O AFRC (1991) preconiza as exigências de Ca e P para mantença de ovinos lanados com 20 kg de peso vivo como sendo de 0,7 e 0,5 g/dia, respectivamente, enquanto que o ARC (1980) sugere 0,5 g/dia de cálcio e 0,4 g/dia de fósforo. Quanto à exigência para ganho, o AFRC (1991) e ARC (1980), recomendam teores de 1,7 g/dia de Ca e 1,3 g/dia de P e 1,5 g/dia de Ca e 0,7 g/dia de P, para cada 100g de ganho de PV, respectivamente. TRINDADE (2000) concluiu que as exigências líquidas, por 100g de PV ganho, de ovinos lanados, livres de lã, variaram de 0,76 a 0,67 g de Ca e 0,44 a 0,41 g de P, e para ovinos Santa Inês variaram de 0,88 a 0,79 g de Ca e 0,48 a 0,46 g de P.

Magnésio, sódio e potássio

O ARC (1980) apresenta valores de exigência de mantença para Na, Mg e K de 0,57; 0,22 e 1,3 g/dia, respectivamente, e de 0,12; 0,13 e 0,2 g/dia para ganho de 100 g em animais de 20 kg de PV, respectivamente. TRINDADE (2000), mencionou que as exigências líquidas, por 100 g PV ganho, foram em média: 0,03 g de Mg, 0,13 g de K e 0,08 g de Na, nos lanados, livres de lã, e 0,03 g de Mg, 0,09 g de K e 0,07 g de Na, nos ovinos Santa Inês.

GERASEEV (1998) afirmou que a composição corporal e as exigências líquidas de macrominerais em tabelas estrangeiras, desenvolvidas com raças e em condições climáticas diferentes das nossas, não refletiram a real composição corporal de cordeiros Santa Inês criados na Região Sudeste do Brasil.

Características quantitativas da carcaça

(27)

em tais características. A cadeia da carne ovina no Brasil ainda é bastante incipiente, sendo o peso da carcaça o elemento regulador dos abates. Segundo MÜLLER (1991), os mercados consumidores normalmente apresentam exigências de peso mínimo dos diversos cortes cárneos, evitando abate de animais em condições insatisfatórias de desenvolvimento muscular e acabamento.

O peso e a conformação da carcaça são considerados cada vez mais na comercialização da carne ovina, sendo utilizados como critério de avaliação do seu valor, onde as melhores são preferidas pelo consumidor, adquirindo maiores preços em relação às deficientes (COLOMER -ROCHER, 1986; OSÓRIO et al., 1996). Embora não

apresente uma estimativa adequada da sua composição, o peso é bastante utilizado como parâmetro de comparação entre carcaças, sobretudo quando se avalia o rendimento comercial das mesmas. YEATES (1967) relatou que quando se utilizou o peso da carcaça quente para calcular o rendimento, ocorreu erro de 2 a 3% em decorrência da diferença entre peso da carcaça quente (após o abate) e peso da carcaça fria (24 horas na câmara de refrigeração).

As medidas de comprimento, largura, espessura e profundidade são utilizadas para expressar o desenvolvimento da carcaça como um todo, e o de suas diferentes partes ou regiões, possibilitando a avaliação objetiva da conformação (STARKE e JOUBERT, 1961). As medidas da carcaça quando combinadas com o peso predizem satisfatoriamente sua composição em gordura, músculo e osso (EL KARIN et al., 1988).

Fatores como velocidade de crescimento, idade ao abate e manejo nutricional são importantes na estimativa do rendimento dos diversos tecidos da carcaça. De acordo com as curvas alométricas, havendo aumento do peso animal, o conteúdo de gordura da carcaça também aumenta, diminuindo a proporção de músculo (SAINZ, 1996).

MACÍAS et al. (1998) reforçam que ovinos deslanados se assemelham

(28)

vazio, enquanto que FIGUEIREDO et al. (1982), citaram rendimento de carcaça médio

de 47,67 % para a raça Morada Nova e 47,51% para a raça Somalis, em relação ao peso vivo.

SOUSA (1993) afirmou que a perna apresenta a maior contribuição na carcaça de um ovino, devido principalmente ao rendimento superior da porção comestível, onde estão as maiores massas musculares, com boa qualidade, constituindo o corte mais nobre na espécie.

Ao analisaram carcaças de cordeiros das raças Santa Inês e Bergamácia, abatidos aos 190 dias e com pesos próximos, PÉREZ et al. (1998), constataram maior

quantidade de músculos na paleta e perna dos animais da raça Santa Inês, e mais gordura na raça Bergamácia, concluindo que para uniformização da qualidade da carcaça e da carne das diferentes raças, os animais devem ser abatidos a idades ou pesos distintos.

Referências Bibliográficas

AGANGA, A.A.; UMUNNA, N.N.; OYEDIPE, E.D. Breed differences in water metabolism and body composition of sheep and goats. J. Agric. Sci., v.113, n.2, p.255-258, 1989.

AGRICULTURAL AND FOOD RESEARCH COUNCIL - AFRC. A reappraisal of the calcium and phosphorus requirements of sheep and cattle. Report no 6. Nutrition

Abstracts and Reviews. Aberdeen: Washington, 1991. p.573-612 (Série B, v.61, n.9).

AGRICULTURAL AND FOOD RESEARCH COUNCIL - AFRC. Energy and protein requirements of ruminants. Washington: CAB International, 1995, 159p.

AGRICULTURAL AND FOOD RESEARCH COUNCIL - AFRC. Necesidades

(29)

AGRICULTURAL RESEARCH COUNCIL - ARC. The nutrient requirements of ruminant livestock. London, Farnham Royal: Commonwealth Agricultural Bureaux, 1980. 351p.

ALAM, M.R.; POPPI, D.P.; SYKES, A.R. Comparative energy and protein utilization in kids and lambs. J. Agric. Sci., v.117, n.1, p.121-127, 1991.

BALAKRISHNA, G.; RAGHAVAN, G.V.; NAIDU, M.M.; REDDY, T.J. Nutritional requirements of crossbred sheep. Indian J. Anim. Nutr., v.13, n.2, p.67-72, 1996.

BLACK, J.K.; PEARCE, G.R.; TRIBE, D.E. Protein requirements of growing lambs. Br. J. Nutr., v.30, n.4., p.45-60, 1973.

BORES, Q.R.; MARTINEZ,A.A.; CASTELLANOS, R.A. Respuesta de crecimiento compensatorio en ovinos alimentados previamente con dietas de mantenimiento. In: REUNIÓN DE INVESTIGACIÓN PECUÁRIA EN MÉXICO, 1985, México. Memorias... Mexico: DF/INAP-SARH/FMVZ-UNAM, 1985. p.147.

BORES, Q.R.; ROMANO, M.J.L.; CASTELLANOS, R.A. Uso de pulpa de henequém en raciones de mantenimiento para el borrego Pelibuey. In: REUNIÓN DE INVESTIGACIÓN PECUÁRIA EN MÉXICO, 1982, México. Memorias... Mexico: DF/INAP-SARH/FMVZ-UNAM, 1982. p.469.

CASTILLO, J.G.C.; ORDÓÑEZ, Y.M.; RUELAS, A.F.C. Estimación del requerimiento energético de mantenimiento del borrego pelibuey en clima tropical. Tec. Pec. Mex., v.4, n.2, p.115-125, 1995.

CARVALHO, S.; PIRES, C.C.; PERES, J.R.R.; ZEPPENFELD, C. Exigências líquidas de energia para ganho de peso de cordeiros. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 35., 1998, Botucatu. Anais...Botucatu: SBZ, 1998.

(30)

COLOMER-ROCHER, F. Los criterios de calidad de la canal: sus implicaciones biológicas. In: CURSO INTERNACIONAL SOBRE LA PRODUCCIÓN DE OVINO DE CARNE, 1986, Zaragoza, v.2, 66p. (mimeo.)

EL KARIN, A.I.A.; OWEN, J.B.; WHITAKER, C.J. Measurement on slaughter weight, side weight, carcass joints and their association with carcass composition of two types of Sudan Desert Sheep. J. Agric. Sci., v.110, n.1, p.65-69, 1988.

FIGUEIREDO, E.A.P.; SIMPLÍCIO, A.A.; RIERA, G.S.; PANT, K.P. Preliminary studies on the carcass characteristics of native breeds of wollless sheep in hot tropical semiarid northeast Brazil. Pesq. Agropec. Bras. v.17, n.6, p.951-960, 1982.

GERASEEV, L.C. Composição corporal e exigências em macrominerais (Ca, P, Mg, K e Na) de cordeiros Santa Inês. Lavras, MG, 1998. 99p. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Lavras.

KIRTON, A.H. Animal Industries Workshop Lincoln College, Technical Handbook (lamb growth - carcass composition). 2.ed. Canterbury: LINCOLN COLLEGE, Canterbury, New Zealand, 1986. p.25-31.

LIMA, F.A.M. Desempenho de ovinos deslanados no Nordeste brasileiro e planos de melhoramento para o futuro. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL PRODUÇÃO ANIMAL, 1, 1985, Ribeirão Preto. Anais... Ribeirão Preta: SBMA, 1995. p.55-67.

MACÍAS, J.A.G., GONZÁLES, F.A.R., PRIETE, C., DOMÍNGUEZ, N.I.M. Calidad de la canal y de la carne de borregos pelibuey castrados. Téc. Pec. Méx., v.36, n.3, p.225-232, 1998.

(31)

MARTINEZ, A.A., BORES, Q.R., CASTELLANOS, R.A. Influencia de la castración y del teor energético de la dieta sobre el crecimiento del borrego Pelibuey. In: REUNIÓN DE INVESTIGACIÓN PECUÁRIA EN MÉXICO, 1987, México. Memórias... Mexico:

DF/INAP-SARH/FMVZ-UNAM. 1987b. p.320-321.

MATA, G., MASTERS, D., BUSCALL, D., STREET, K., SCHLINK, A.C. Responses in wool growth, liveweight, glutathione and amino acids, in Merino wethers fed increasing amounts of methionine protected from degradation in the rumen. Aust. J. Agric. Res.,

v.46, n.6, p.1189-1204, 1995.

MATA, G., MASTERS, D., CHAMBERLAIN, N.L., YOUNG, P. Production and glutathione responses to rumen-protected methionine in young sheep grazing dry pastures over summer and autumn. Aust. J. Agric. Res., v.48, n.8, p.1111-1120, 1997.

MORAND-FEHR, P; AMORO, R.P.; RUBINO, R.; BRANCA, A.; SANTUCCI, P.M.; HADJIPANAYIOTOU, M. Assessment of goat body condition and its use for feeding management. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON GOATS, 5., 1992, New Delhi. Proceedings... New Delhi: Everest, 1992. v.2, pt.1, p.212-223.

MÜLLER, L. Tipificação de carcaças bovinas. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 28., 1991, João Pessoa. Anais... João Pessoa:SBZ, p.3-11, 1991.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Nutrient requirements of sheep. 6.ed. Washington: National Academy Press, 1985. 99p.

OSÓRIO, J.C.S. Estudio de la calidad de canales comercializadas en el tipo ternasco segun la procedencia: bases para la mejora de dicha calidad en Brasil.

Zaragoza, 1992. 335p. Tese (Doutorado em Veterinaria) - Facultad de Veterinaria, Universidad de Zaragoza.

(32)

PANARETTO, B.A. Body composition in vivo. III. The composition of living ruminants and its relation to the tritiated water spaces. Aust. J. Agric. Res., v.14, n.6, p.944-952, 1963.

PERÉZ, J.R.O.; GARCIA, I.F.F.; TEIXEIRA, J.C.; BRESSAN, C.; BONAGURIO, S. Composição de cortes de cordeiros Santa Inês e Bergamácia com diferentes teores de dejetos de suínos na dieta. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 35., 1998, Botucatu. Anais... Botucatu: SBZ, 1998. p.182-184.

RESENDE, K. T. Métodos de estimativa da composição corporal e exigências nutricionais de proteína, energia, e macroelementos inorgânicos de caprinos em crescimento. Viçosa, MG, 1989. 130p. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa.

RESENDE, K.T., RIBEIRO, S.D.A., DORIGAN, C.J. et al. Nutrição de caprinos: novos

sistemas e exigências nutricionais In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNICA, 33., SEMANA DA CAPRINOCULTURA E DA OVINOCULTURA TROPICAL.BRASILEIRA, 2., 1996, Fortaleza. Anais... Fortaleza: SBZ, 1996. p.77-99.

ROMANO, M.J.L., HERNÁNDEZ, G.J., CASTELLANOS, R.A. Repercusión del valor nutritivo de la dieta sobre el crecimiento del borrego Pelibuey. Tec. Pec. Mex., v.45, n.1,

p.67-79, 1983.

SAINZ, R.D. Qualidade das carcaças e da carne ovina e caprina. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNICA, 33., SEMANA DE CAPRINOCULTURA E OVINOCULTURA TROPICAL BRASILEIRA, 2., 1996, Fortaleza. Anais... Fortaleza: SBZ, 1996. p.3-14.

SILVA SOBRINHO, A. G. Composição corporal e exigências nutricionais para cabras em mantença e em lactação. Viçosa, MG, 1989. 100p. Tese (Doutorado em

(33)

SILVA SOBRINHO, A. G. Requerimentos de macrominerais (Ca, P, Mg, Na e K) para seis grupos genéticos de bovídeos. Viçosa, MG, 1984. 61p. Dissertação (Mestre em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa.

SILVA, R.H. Composição corporal e exigências de proteína e energia de cordeiros da raça Santa Inês. Lavras, MG, 1999. 70p. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Lavras.

SOLÍS, R.G., CASTELLANOS, R., VELÁZQUEZ, M.F., RODRÍGUEZ, G. Determination of nutritional requirements of growing hair sheep. Small Rum. Res., v.4, n.2, p.115-125,

1991.

SOUSA, O.C.R. Rendimento de carcaça, composição regional e física da paleta e quarto em cordeiros Romney Marsh abatidos aos 90 e 180 dias de idade. Pelotas, RS, 1993. 102p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia), Universidade Federal de Pelotas.

STARKE, J.S.; JOUBERT, D.M.A. A score card for lamb and mutton carcasses. J. Agric. Sci., v.57, n.3, p.319-23, 1961.

TRINDADE, I.A.C.M. Composição corporal e exigências nutricionais em macrominerais de ovinos lanados e deslanados, em crescimento. Jaboticabal, SP,

2000. 66p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista.

(34)

CAPÍTULO 2 - CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS MORADA NOVA

(35)

(IMP) e a área de olho de lombo (AOL). O aumento de 30 para 60% de concentrado na dieta elevou os rendimentos de carcaça quente, carcaça fria, assim como o biológico. Os crescentes teores de concentrado na dieta não afetaram a porcentagem de músculo na perna, entretanto proporcionaram maior deposição de gordura e maior área de olho de lombo.

(36)

Introdução

Os ovinos constituem-se em importante espécie doméstica para as regiões tropicais, contribuindo largamente para a oferta de alimentos, emprego rural e outros produtos de uso doméstico, tendo importância econômica especial em regiões áridas, semi-áridas e montanhosas, muitas vezes em terras marginais e pouco agricultáveis.

A demanda por carne ovina, verificada nos últimos anos, tem proporcionado crescimento da ovinocultura em várias regiões do mundo. Este fato, associado à maior eficiência de produção e comercialização do produto, oferecerá carne de qualidade, oriunda de animais jovens com quantidades adequadas de músculo e gordura na carcaça (KEMPSTER et al., 1987). No entanto, os sistemas tradicionais de produção não conseguem abastecer esse crescente mercado, parte devida ao pouco emprego de tecnologias e parte devida ao uso de raças e/ou grupos não apropriados para as regiões de exploração.

A raça Morada Nova, denominação atribuída por Otávio Domingos em 1954, é originária do Estado do Ceará, sendo oriunda de cruzamentos das raças portuguesas introduzidas pelos colonizadores, com forte influência dos ovinos deslanados de origem africana (OLIVEIRA e LIMA, 1994). O aspecto mais positivo desta raça é, sem dúvida, a adaptação às adversidades climáticas impostas pelas regiões semi-áridas e outras localidades brasileiras de temperaturas mais elevadas e condições montanhosas.

O desempenho e as características da carcaça são influenciados diretamente pela composição nutricional da dieta; no entanto, o maior custo de produção de cordeiros para abate é representado pela alimentação. Atualmente, buscam-se alternativas para diminuir este custo variável, sem prejudicar a qualidade da carcaça, aumentando a rentabilidade do sistema. Para OSÓRIO et al. (1996), o peso e a conformação da carcaça são fatores considerados hoje na comercialização da carne ovina.

(37)

A criação de ovinos deslanados vem ganhando espaço nas regiões tropicais, destacando-se a eficiência dos mesmos em converter forragens em carne de qualidade e a resistência às parasitoses. As poucas informações relacionadas ao manejo alimentar e à produção de carne deste grupo genético motivaram o presente estudo, objetivando avaliar os efeitos de diferentes teores de concentrado (30, 45 e 60%) sobre os rendimentos, cortes comerciais e composição tecidual da carcaça de cordeiros Morada Nova, em confinamento.

Material e Métodos

Local

Este experimento foi desenvolvido no Setor de Ovinocultura, pertencente ao Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, FCAV/Unesp, Câmpus de Jaboticabal, São Paulo, Brasil, localizado a 210 15’ 22” de latitude Sul e 480 18’ 58” de longitude Oeste, a uma altitude de 595 m.

Animais e tratamentos

Foram utilizados 18 cordeiros não castrados, com média de peso vivo (PV) inicial de 15 kg e aproximadamente 70 dias de idade, distribuídos em três tratamentos de acordo com a relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta: 1) 40V:60C; 2) 55V:45C, e 3) 70V:30C, e seis repetições.

(38)

Os animais foram identificados, permanecendo alojados individualmente, até o abate, em gaiolas de madeira de 1,0 m2, com piso ripado suspenso, equipadas com comedouro e bebedouro, distribuídas em galpão com piso de concreto e coberto com telhas de zinco. As pesagens dos cordeiros foram realizadas a cada 14 dias, com a finalidade de monitorar o desenvolvimento ponderal dos mesmos. Para garantir o peso determinado de abate, os intervalos de pesagens diminuíram à medida que os animais que recebiam a dieta com maior teor de concentrado, se aproximavam dos 25 kg de PV.

Delineamento experimental

O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos e seis repetições, adotando-se o modelo matemático abaixo:

Yijk = m + Ti + Eijk, em que:

Yijk = valor observado para a característica analisada; m = média geral;

Ti = efeito da relação volumoso:concentrado i; Eijk = erro aleatório comum a todas as observações.

Manejo alimentar

As dietas foram oferecidas à vontade, em duas refeições diárias, às 7 e às 16 horas. O consumo total de matéria seca foi determinado pelo controle diário do alimento fornecido e do recusado, encontrando-se valores médios de 792; 614 e 539 g/dia, para as dietas com 60; 45 e 30% de concentrado, respectivamente.

(39)

(Brachiaria brizantha) moído, e concentrado composto por farelo de soja, milho moído,

sal comum e núcleo mineral.

Tabela 1. Composições percentual e bromatológica das dietas experimentais com diferentes relações volumoso(V):concentrado(C), com base na matéria seca (MS)

Relação V:C Parâmetro

40V:60C 55V:45C 70V:30C Composição percentual (%MS)

Feno de braquiária 40,00 55,00 70,00

Concentrado 60,00 45,00 30,00

Milho moído 32,56 24,42 16,28

Farelo de soja 26,74 20,06 13,37

Sal iodado 0,37 0,27 0,18

Núcleo mineral1 0,33 0,25 0,17

Composição bromatológica (na MS)

Matéria seca (%) 88,73 89,34 89,95

Proteína bruta (%) 17,82 14,11 10,40

Energia metabolizável (kcal/kg MS) 2,34 2,12 1,90

Extrato etéreo (%) 1,81 1,55 1,28

Fibra em detergente neutro (%) 45,43 54,77 64,11 Fibra em detergente ácido (%) 27,54 34,33 41,13

Cálcio (%) 0,52 0,53 0,55

Fósforo (%) 0,32 0,25 0,18

Magnésio (%) 0,34 0,37 0,40

Sódio (%) 0,34 0,27 0,20

Potássio (%) 0,91 0,78 0,63

1 Suplemento mineral (nutriente/kg de suplemento): cálcio 190 g; fósforo 73 g; magnésio 44 g; sódio 62 g; cloro 92 g;

enxofre 30 g; zinco 1350 mg; cobre 340 mg; manganês 940 mg; ferro 1064 mg; cobalto 3 mg; iodo 16 mg; selênio 18 mg; flúor máximo 730 mg.

Procedimento para abate e amostragem

Os animais foram pesados antes de serem submetidos a jejum, obtendo-se o peso vivo sem jejum (PV). Antes do abate, os animais foram novamente pesados, obtendo o peso vivo ao abate (PVA).

(40)

trato gastrintestinal (TGI) retirado, pesado e, após a retirada de seu conteúdo, realizou-se nova pesagem para a determinação do peso de corpo vazio (PCV).

Terminada a evisceração, pesaram-se as carcaças, obtendo-se o peso da carcaça quente (PCQ), e calcularam-se o rendimento de carcaça quente (RCQ = PCQ/PVA x 100) e o rendimento biológico ou verdadeiro (RB = PCQ/PCV x 100). As carcaças foram resfriadas a 4° C por 24 horas, penduradas pelas articulações tarsometatarsianas distanciadas 12 centímetros através de ganchos próprios; ao final desse período, registraram-se o peso da carcaça fria (PCF), a perda de peso pelo resfriamento (PPR = PCQ - PCF/PCQ x 100) e o rendimento de carcaça fria ou comercial (RCF = PCF/PVA x 100).

As carcaças foram divididas longitudinalmente, na altura da linha média, em dois antíneros, sendo a parte direita seccionada em cinco regiões anatômicas (COLOMER-ROCHER et al., 1986), que foram pesadas individualmente. Tais regiões podem ser visualizadas na Figura 1 e compreendem:

- perna: base óssea que abrange a região do ilíaco (ílio), ísquio, púbis, vértebras

sacrais, as duas primeiras vértebras coccígeas, fêmur, tíbia e tarso, obtida por corte perpendicular à coluna entre a última vértebra lombar e a primeira sacra;

- lombo: compreende a região das vértebras lombares, obtido perpendicularmente

à coluna, entre a 13ª vértebra dorsal-primeira lombar e última lombar-primeira sacra;

- costelas: compreende as 13 vértebras torácicas, com as costelas

correspondentes e o esterno;

- paleta: região que compreende a escápula, úmero, rádio, ulna e o carpo;

- pescoço: refere-se às sete vértebras cervicais, obtido por corte oblíquo entre a

(41)

Costelas Lombo Perna

Pescoço Paleta

Figura 1. Cortes cárneos, efetuados na meia carcaça de ovinos Morada Nova, segundo as regiões anatômicas: paleta, perna, lombo, costelas e pescoço.

Fonte: Adaptado de GARCIA (1998) e SILVA SOBRINHO (1999)

Na porção dorsal do músculo Longissimus thoracis, na altura da 12a vértebra

(42)

Figura 2. Mensurações no músculo Longissimus thoracis, na altura da 12ª costela: A (largura máxima); B (profundidade máxima); C (espessura mínima de gordura), e GR (espessura máxima de gordura).

Fonte: Adaptado de SILVA SOBRINHO (1999)

Foram realizadas dissecações das pernas, conforme metodologia descrita por SILVA SOBRINHO (1999), visando a determinar as proporções de músculos, ossos e gorduras subcutânea, intermuscular e total, assim como as relações músculo:osso, músculo:gordura e o índice de musculosidade.

(43)

retirados a seguir, nessa ordem: primeiramente o Biceps femoris; posteriormente, o Semitendinosus, o Adductor, o Semimembranosus, e por último o Quadriceps femoris,

os quais foram pesados individualmente. Os outros músculos que não envolvem diretamente o fêmur, foram também retirados, porém pesados conjuntamente, para comporem o peso total de músculos.

A gordura intermuscular foi retirada e pesada. Os ossos (ísquio, ílíaco, púbis, fêmur, tíbia, fíbula e patela) foram pesados em conjunto. Mediu-se o comprimento do fêmur (cm) e calculou-se o índice de musculosidade da perna (IMP) das pernas pela fórmula abaixo, proposta por PURCHAS et al. (1991).

CF CF M P

IMP = 5 / , em que:

IMP = Índice de musculosidade da perna;

P5M= Peso dos cinco músculos, g (Biceps femoris, Semimembranosus, Semitendinosus, Quadriceps femoris e Adductor);

CF = Comprimento do fêmur, cm.

Os dados foram submetidos à análise de variância pelo Proc Anova e à análise de regressão pelo Proc Reg do SAS (1999).

Resultados e Discussão

(44)

apresentarem composição protéica e energética semelhante, deve ter ocasionado tal resposta.

Os pesos de carcaça quente (PCQ), carcaça fria (PCF) e corpo vazio (PCV) cresceram linearmente com o aumento do concentrado na dieta. Da mesma forma, os rendimentos de carcaça quente (RCQ), carcaça fria (RCF) e biológico (RB) cresceram linearmente com o aumento do teor protéico, aportado por dietas com maior proporção de concentrado. Apesar de todos os animais receberem alimentação à vontade, provavelmente, a quantidade de proteína ingerida por aqueles que receberam dietas com apenas 30% de concentrado, não tenha atendido à demanda exigida para o crescimento muscular nesta fase, fazendo com que os mesmos apresentassem um baixo ganho de peso (38 g/dia), quando comparados com os das dietas com maiores quantidades de concentrado (107 e 172 g/dia, para 45 e 60% de concentrado, respectivamente).

Tabela 2. Médias e equações de regressão do peso vivo (PV), peso vivo ao abate (PVA), peso de carcaça quente (PCQ), rendimento de carcaça quente (RCQ), peso de corpo vazio (PCV), peso de carcaça fria (PCF), rendimento de carcaça fria (RCF), perda pelo resfriamento (PPR) e rendimento biológico (RB), de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta

Relação V:C Variável

40V:60C 55V:45C 70V:30C Regressão R

2 CV

(%) PV (kg) 25,58 21,66 17,74 Y = 9,9111 + 0,2611C** 0,92 4,56 PVA (kg) 23,70 20,01 16,32 Y = 8,9458 + 0,2458C** 0,90 5,26 PCQ (kg) 11,07 8,75 6,44 Y = 1,8225 + 0,1540C** 0,94 5,60 RCQ (%) 46,93 43,34 39,75 Y = 32,5647 + 0,2394C** 0,76 4,03 PCV (kg) 19,83 15,99 12,15 Y = 4,4778 + 0,2559C** 0,93 5,67 PCF (kg) 10,59 8,33 6,08 Y = 1,5714 + 0,1503C** 0,95 5,29 RCF (%) 44,91 41,23 37,54 Y = 30,1800 + 0,2454C** 0,80 3,83 PPR (%) 4,29 4,90 5,50 Y = 4,89 ns - 26,82

RB (%) 56,00 54,53 53,07 Y = 50,1378 + 0,0977** 0,35 3,15

** Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste t;

ns Não significativo;

(45)

A perda de peso pelo resfriamento (PPR) ocorre devido à perda de umidade da carcaça na câmara fria e das reações químicas no músculo durante o processo de resfriamento (KIRTON, 1986). Para SILVA SOBRINHO (1999), estas perdas são maiores em carcaças com menor gordura de cobertura. No presente estudo, não ocorreram diferenças (P>0,05) entre os tratamentos, devido à escassa gordura de cobertura nas carcaças, assim como ao elevado coeficiente de variação registrado para esta variável. Verificou-se média de 4,98%, superior à observada por CARNEIRO et al. (2001), que, ao estudarem as características da carcaça de cordeiros Texel, encontraram valor médio de 2,67% para a quebra pelo resfriamento.

Na Tabela 3 visualizam-se os pesos da meia carcaça e dos cortes comerciais, observando-se crescimento linear para todos os cortes, em função do aumento de concentrado na dieta. Os pesos da perna, lombo, paleta e costelas dos animais que receberam a dieta com maior quantidade de concentrado foram superiores (P<0,01) aos dos demais tratamentos, corroborando a constatação de os pesos da meia carcaça terem variado na mesma proporção.

Tabela 3. Médias e equações de regressão do peso da meia carcaça (PMC) e dos cortes comerciais (paleta, perna, lombo, costelas e pescoço), de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta

Relação V:C Variável

(kg) 40V:60C 55V:45C 70V:30C Regressão R

2 CV

(%) PMC 5,29 4,17 3,04 Y = 6,4218 + 1,1272C** 0,95 5,29 Peso da paleta 1,06 0,81 0,60 Y = 1,2368 + 0,2118C** 0,93 6,26 Peso da perna 1,75 1,40 1,05 Y = 2,1040 + 0,3501C** 0,93 5,79 Peso do lombo 0,67 0,50 0,33 Y = 0,8413 + 0,1712C** 0,90 10,18 Peso das costelas 1,33 1,04 0,75 Y = 1,6247 + 0,2932C** 0,88 8,83 Peso do pescoço 0,51 0,41 0,31 Y = 0,6150 + 0,1010C** 0,54 19,46

** Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste t

R2 e CV = coeficientes de determinação e variação, respectivamente.

(46)

visto na Tabela 4, com diferenças (P<0,05) apenas para o lombo, sendo as maiores porcentagens verificadas nos animais sob dietas com maior teor de concentrado.

Tabela 4. Rendimentos dos cortes comerciais (%) na meia carcaça de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta

Relação V:C Variável

(%) 40V:60C 55V:45C 70V:30C Regressão R

2 CV

(%) Paleta 19,34 19,58 19,82 Y = 19,5794 ns 5,67

Perna 33,06 33,88 34,70 Y = 33,8765 ns - 4,96

Lombo 12,73 11,81 10,89 Y = 13,6536 + 0,9224C** 0,40 8,22 Costelas 25,18 24,82 24,46 Y = 24,8189 ns - 4,62

Pescoço 9,70 9,92 10,14 Y = 9,9165 ns - 15,00

** Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste t;

ns Não significativo

R2 e CV = coeficientes de determinação e variação, respectivamente.

As porcentagens da paleta e da perna não foram influenciadas (P>0,05) pelos teores de concentrado, sendo estes dois cortes, juntamente com o lombo, considerados os de maior valor comercial da carcaça. Estes resultados confirmam a lei da harmonia anatômica (Boccard, citado por SIQUEIRA, 2000), a partir da verificação de que o rendimento dos cortes, mesmo para pesos de abate diferentes, não sofreu grandes variações.

(47)

Os pesos da perna e de seus componentes, apresentados na Tabela 5, cresceram linearmente (P<0,01) com o aumento do concentrado, excetuando-se o comprimento do fêmur, pois os animais apresentavam alturas corporais semelhantes, variando a compacidade e o desenvolvimento muscular. Os pesos médios dos músculos que circundam o fêmur, variaram na mesma proporção do peso total dos músculos da perna.

Tabela 5. Componentes da perna de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta

Relação V:C Componente

40V:60C 55V:45C 70V:30C Regressão R

2 CV

(%) Perna (g) 1649,00 1319,00 998,04 Y = 326,8172 + 22,0408C** 0,95 5,18 P5M 689,12 561,29 433,46 Y = 177,8019 + 8,5219C** 0,94 5,14 Músculo total (g) 1115,00 894,03 672,96 Y = 230,8225 + 14,7379C** 0,95 4,89 Gordura Subcutânea (g) 122,46 82,05 41,64 Y = -39,1731 + 2,6938C** 0,86 17,00 Gordura intermuscular (g) 76,54 52,46 28,28 Y = -20,0772 + 1,6120C** 0,90 13,98 Gordura total (g) 199,10 134,51 69,92 Y = -59,2503 + 4,3058C** 0,91 12,80 Comprimento do fêmur (cm) 16,29 6,01 15,73 Y = 16,01 ns - 6,01

Osso total (g) 282,86 256,22 229,57 Y = 176,2858 + 1,7763C** 0,57 7,87 Outros tecidos2 (g) 52,20 33,89 15,58 Y = -21,0408 + 1,2206C** 0,87 18,14

Relação músculo:osso 3,97 3,47 2,96 Y = 1,9597 + 0,0335C** 0,79 6,49 Relação músculo:gordura 5,63 7,23 8,82 Y = 12,0072 - 0,1062C** 0,78 10,07 ÍMP3 0,40 0,37 0,34 Y = 0,2731 + 0,0022C** 0,45 8,38 1P5M = Peso dos 5 músculos (Biceps femoris, Quadriceps femoris, Semimembranosus, Semitendinosus e Adductor) 2 Tendões, cartilagens e ligamentos

3 ÍMP = índice de musculosidade da perna

** Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste t;

ns Não significativo

R2 e CV = coeficientes de determinação e variação, respectivamente.

(48)

quantidade de concentrado, exacerbaram esta redução, culminando com maior relação músculo:gordura.

O índice de musculosidade da perna (IMP), indicador da quantidade de músculo na perna, apresentou pequena variação (P<0,01) com a elevação da proporção de concentrado.

Na Tabela 6, estão apresentadas as porcentagens dos diferentes tecidos (músculo, osso e gordura) em relação ao peso da perna. Apesar do maior peso de abate e do maior peso da perna dos animais que receberam dieta com maior proporção de concentrado, a porcentagem de músculo não apresentou diferença (P>0,05) entre os tratamentos. ROSA et al. (2000), estudando a composição tecidual da carcaça de cordeiros Texel, abatidos com diferentes pesos e sob dietas distintas, concluíram que a proporção de músculo na perna dos mesmos não foi dependente da dieta e do peso de abate.

Tabela 6. Porcentagem de músculo, osso e gordura na perna de cordeiros Morada Nova, em função da relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta

Relação V:C Componente

40V:60C 55V:45C 70V:30C Regressão R

2 CV

(%) Total de músculos 67,72 67,85 67,44 Y = 67,6461 ns - 2,35

Total de ossos 16,94 19,92 22,89 Y = 28,8325 - 0,1982C** 0,84 5,56 Gordura subcutânea 7,42 5,98 4,55 Y = 1,6828 + 0,0956C** 0,68 14,25 Gordura intermuscular 4,71 3,82 2,93 Y = 1,1442 + 0,0595C** 0,75 11,55 Total de gordura 12,13 9,80 7,48 Y = 2,8244 + 0,1551C** 0,83 9,15 Outros tecidos1 3,25 2,44 1,66 Y = 0,1100 + 0,0517C** 0,75 15,70 1 Tendões, cartilagens e ligamentos;

** Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste t;

ns Não significativo

R2 e CV = coeficientes de determinação e variação, respectivamente.

(49)

diminuição da porcentagem de músculo e aumento na de gordura. Este fato foi observado neste experimento com relação ao teor de gordura, pois o peso de abate foi maior na dieta com maior proporção de concentrado, assim como a proporção de gordura da perna.

As proporções de gordura total e subcutânea foram maiores (P<0,01) nos teores mais elevados de concentrado. ROSA et al. (2000) observaram comportamento semelhante, encontrando maiores proporções de gordura nos animais mais pesados e que receberam dietas mais energéticas. CALLOW (1948) demonstrou que a restrição afetou negativamente a porcentagem de gordura depositada na carcaça de caprinos, espécie que apresenta certa similaridade aos ovinos deslanados com relação à deposição de gordura na carcaça, notando-se que ambas as espécies, caracteristicamente, depositam gordura primeiramente na cavidade abdominal e mais tardiamente na carcaça. A gordura intermuscular diferiu (P<0,01) entre os animais dos distintos tratamentos, com menores valores nas carcaças dos animais que receberam menos concentrado.

GARCIA et al. (2001), trabalhando com ovinos de diferentes genótipos abatidos aos 15 e 25 kg, encontraram valores médios para proporção de osso de 18,19 e 15,60%, e para proporção de gordura, 4,99 e 7,18%, respectivamente. Este comportamento também foi observado neste experimento, ou seja, conforme se aumentou o peso dos animais, diminuiu a proporção de osso e aumentou a de gordura.

Houve aumento (P<0,01) na proporção de osso nos animais das dietas com maiores proporções de volumoso. Interessante lembrar que a restrição alimentar qualitativa deste grupo ocasionou menores coberturas musculares e ganho em peso de apenas 38 g/dia, e que o tecido ósseo tem crescimento mais precoce em relação aos outros tecidos, particularmente os ossos da perna e da paleta.

As medidas objetivas realizadas no músculo Longissimus thoracis encontram-se

(50)

Os diferentes teores de concentrado não influenciaram (P>0,05) na espessura mínima de gordura, concordando com os resultados de ZUNDT et al. (2001), que ao avaliarem crescentes teores de proteína (12; 16; 20 e 24%), não encontraram efeito (P>0,05) sobre tal característica. A espessura máxima de gordura sobre o Longissimus thoracis (Medida GR) aumentou linearmente, influenciada pelos teores crescentes de

concentrado na dieta.

Os crescentes teores de concentrado elevaram (P<0,01) a área de olho de lombo (AOL), com maior valor (7,89 cm2) nos animais que receberam a dieta com maior proporção de concentrado. Quando comparados com animais mais voltados para a produção de carne e abatidos com pesos mais elevados, estes resultados apresentam-se inferiores, pois a AOL é uma medida que indica a quantidade de carne comercializável. ZUNDT et al. (2001), ao avaliarem crescentes teores protéicos (12; 16; 20 e 24%) na dieta de cordeiros mestiços Texel, Bergamácia e Corriedale em confinamento, abatidos aos 34 kg de PV, encontraram valor médio de 13,84 cm2.

Tabela 7. Mensurações no músculo Longissimus de cordeiros Morada Nova submetidos a dietas com diferentes relação volumoso(V):concentrado(C) na dieta

Relação V:C Parâmetro

40V:60C 55V:45C 70V:30C Regressão R

2 CV (%)

Medida A (cm) 4,54 4,33 4,12 Y = 4,3294 ns - 8,90

Medida B (cm) 2,23 1,84 1,46 Y = 0,6839 + 0,0258C** 0,70 11,97 Medida C (cm) 0,11 0,10 0,09 Y = 0,0956 ns - 38,44

Medida GR (cm) 0,22 0,17 0,12 Y = 0,0136 + 0,0035C** 0,46 28,59 AOL (cm2) 7,89 6,30 4,71 Y = 1,5311 + 0,1060C** 0,76 12,24

** Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste t;

ns Não significativo

Medida A = comprimento máximo do músculo; Medida B = profundidade máxima do músculo; Medida C = espessura mínima de gordura sobre o músculo; medida GR = espessura máxima de gordura sobre o músculo, e AOL = área de olho de lombo = (A/2 x B/2)π.

(51)

cordeiros cruzas Ile de France e Ideal, GARCIA (1998) não encontrou influência (P>0,05) das substituições sobre a área de olho de lombo, com média de 9,92 cm2.

SILVA SOBRINHO (1999), trabalhando com ovinos de diferentes genótipos de aptidão para carne, observou comprimento e profundidade máxima do músculo, espessura mínima e máxima de gordura, e área de olho de lombo de 5,69 cm; 2,78 cm; 0,19 cm; 0,50 cm, e 12,47 cm2, respectivamente.

Conclusões

O maior teor de concentrado na dieta propiciou maior ganho de peso diário, culminando com maior peso ao abate e maiores pesos de carcaça quente e fria.

O aumento de 30 para 60% de concentrado na dieta elevou os rendimentos de carcaça quente, carcaça fria, assim como o biológico.

Os crescentes teores de concentrado na dieta não afetaram a porcentagem de músculo na perna, entretanto proporcionaram maior deposição de gorduras subcutânea, intermuscular e total, e maior área de olho de lombo.

Referências Bibliográficas

AGRICULTURAL AND FOOD RESEARCH COUNCIL - AFRC. Necesidades

energéticas y proteicas de los rumiantes. Zaragoza: Acribia, 1993, 175p.

CALLOW, E.H. Comparative studies of meat. 2. The changes in the carcass during growth and fattening and their relation to the chemical composition of fatty and muscular tissues. J. Agric. Sci., v.38, n.2, p.174-198, 1948.

Referências

Documentos relacionados

O Sistema de alarme por voz Plena fornece uma indicação visível quando se encontra na condição de aviso de falha, através dos LED de falha das consolas de chamada, contactos de saída

Foram realizados três experimentos no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – FCAV / UNESP, Jaboticabal – SP, no

As palavras assumem então outros significados, como se tivessem o direito de ser jovens (BACHELARD, 2006, p. Sou afinado pelo silêncio. Busco palavras grávidas de som, procuro

A pesquisa teve como objetivos sintetizar a trajetória e analisar o desenvolvimento do Projeto de Cooperativismo Junto a uma Turma de Educação de Jovens e Adultos - EJA em

As equações de predição da composição corporal de proteína, gordura, cinzas e energia foram realizadas de acordo com o ARC (1980), por intermédio da regressão do logaritmo

As eficiências de utilização da energia metabolizável para mantença e ganho de peso de cordeiros Morada Nova de 15 a 25 kg foram 67 e 38%, respectivamente, e indicam baixa eficiência

Diante disso, o presente trabalho propôs analisar a degradação física dos solos nas áreas de borda de dois fragmentos florestais localizados na Bacia Hidrográfica do Ribeirão

Sobre os efeitos dessa transição çle DNT para DNPS, a opinião do então diretor é a de que se algumas enfermeiras ganharam e outras perderam, entre as seções especializadas