Niraldo José Ponciano1, Paulo Marcelo de Souza2,
Henrique Tomé da Costa Mata3, Joana Rita Vieira4
e Ivan Ferreira Morgado5
Resumo:Apesquisatevecomoobjetivodeterminar,medianteocálculo dovalorpresentelíquidoedataxainternaderetorno,aviabilidadeda produçãodefrutasnaregiãoNortedoestadodoRiodeJaneiro,bem como identificar, usando o método de Monte Carlo, o risco de cada atividade.Osresultadosmostramqueafruticulturapodeserumaboa alternativaparaaRegião.Todasasatividadesanalisadasapresentaram rentabilidadessatisfatórias,sendoqueasmaiorestaxasinternasdere-tornosforamencontradasparamaracujá,graviola,abacaxiepinha.A variávelcommaiorefeitosobrearentabilidadefoiopreçodevendado produto,eforamtambémimportantesocustodamão-de-obra,opreço dosfertilizanteseocustodoequipamentodeirrigação.Asatividades abacaxi,coco,pinha,maracujáegraviolapraticamentenãoofereceram riscoseconômicos,enquantoqueosmaioresriscosforamapresentados pormangaegoiaba.
1ProfessordaUniversidadeEstadualdoNorteFluminense,CamposdosGoytacazes,RJ.
Email:ponciano@uenf.br
2ProfessordaUniversidadeEstadualdoNorteFluminense,CamposdosGoytacazes,RJ.
E-mail:pmsouza@uenf.br
3ProfessordaUniversidadeEstadualdeSantaCruz,Ilhéus,BA.E-mail:hnrmata@uesc.br 4PesquisadoradaUniv.FederalRuraldoRiodeJaneiro,CamposdosGoytacazes,RJ.
E-mail:joanarvieira@terra.com.br
5PesquisadordaUniv.FederalRuraldoRiodeJaneiro,CamposdosGoytacazes,RJ.
PalavrasChave:frutas,desenvolvimentoeconômicoregional,viabilidade econômicaerisco
ClassificaçãoJEL:Q13
Abstract:Thepurposeoftheresearchwastodetermine,throughthe calculationofnetpresentvalueandinternalreturnrate,theviability offruitproductionintheNorthareaofRiodeJaneiroState,aswellas toidentify,usingtheMonteCarloMethod,theriskofeachactivity.The resultsshowthatfruitproductioncanbeagoodalternativetotheregion. Alltheanalyzedactivitiespresentedsatisfactoryprofitability,andthe highestinternalreturnratesfoundforpassionfruit,soursop,pineapple andsugarapple.Thevariablewithgreatesteffectonprofitabilitywas theproductsaleprice,andequallyimportantwerelaborcost,priceof fertilizersandcostofirrigationequipment.Pineapple,cocoanut,sugar apple,passionfruitandsoursoppracticallyofferednoeconomicrisks, whilethegreatestriskswerepresentedbymangoandguava.
Key-Words:fruits, regional economic development, economic viability andrisk
JELClassification: Q13-AgriculturalMarketsandMarketing;Coopera-tives;Agribusiness
1. Introdução
Atémeadosdosanos90,aagriculturadaRegiãoNorteFluminense encontrava-sebaseadaemumnúmerolimitadodeprodutos,entreos quais,sedestacavamcomoprincipaisatividades,acana-de-açúcar,a pecuáriabovinaeocafé.Nasúltimasdécadas,comaperdadecompe-titividadeparaoutrosestados,essasculturasperderamimportânciaem termosdegeraçãoderendaedeempregonomeiorural.
partedosestabelecimentos.Naregião,quase70%dosestabelecimentos têmnocultivodacana-de-açúcarenacriaçãodebovinos,suaprincipal atividade.
AFigura1exibeaentropiadadistribuiçãodasatividadesentrees-tabelecimentosrurais,tomadacomoumindicadordamaioroumenor especializaçãodaproduçãoagropecuária.Esseindicadormostraque, comexceçãodeSãoFidéliseSãoJoãodaBarra,ondeaproduçãoémais diversificada,nosdemaismunicípiosaproduçãoseconcentraempoucos produtos.Essaé,emespecial,asituaçãodosmunicípiosdeConceição deMacabú,deMacaéedeQuissamã.EmConceiçãodeMacabúeMacaé, aproduçãoconcentra-senacriaçãodebovinos,enquantoemQuissamã abovinoculturaeacana-de-açúcarpredominam.
Rio de Janeiro, vol. 42, nº 04, p. 615-635, out/dez 2004 – Impressa em dezembro 2004 Análise de V
iabilidade Econ
ômica e de Risco da
Fruticultura na Regi
ão Norte Fluminense
Mesoregião, Microregião eMunicípio
Arr
oz
Milho Cana-de- açú
car
Abacaxi Feijão Tomate Outr
as
Tempor
.
Lar
anja
Banana Café Manga Mar
acuj
á
Outr
as
Perman. Horticult. Bovinos Suínos Avicultur
a
Outr
os
animais Produção mista Outr
as
atividades
Reg.NorteFluminense 1,13 0,96 28,17 2,55 0,65 0,54 1,52 0,24 1,42 0,11 0,34 3,94 1,12 2,87 41,10 0,69 2,04 0,38 10,14 0,07
Reg.DeCampos 1,26 1,03 29,97 2,84 0,70 0,60 1,58 0,24 0,63 0,12 0,37 4,38 1,16 3,08 38,67 0,70 2,14 0,34 10,11 0,07
CamposdosGoytacazes 0,24 0,60 38,46 0,71 0,18 0,23 1,14 0,20 0,58 0,11 0,17 0,01 0,48 4,15 41,12 0,85 1,48 0,30 8,92 0,06
CardosoMoreira 6,42 2,14 4,99 0,00 0,00 0,18 0,00 0,53 1,07 0,53 0,89 0,00 0,53 0,53 62,21 0,71 3,03 0,00 16,22 0,00
SãoFidélis 4,83 3,32 2,89 0,00 3,10 2,24 0,17 0,60 1,42 0,13 1,29 0,00 0,43 3,83 47,82 0,82 5,82 0,78 20,51 0,00
SãoFranciscodoItabapoana - - -
-SãoJoãodaBarra 0,00 0,10 35,42 10,18 0,22 0,29 3,90 0,00 0,06 0,06 0,06 18,10 3,33 0,60 22,29 0,25 0,76 0,19 4,03 0,16
Reg.DeMacaé 0,00 0,40 12,39 0,00 0,20 0,00 0,94 0,27 8,42 0,00 0,00 0,13 0,74 1,01 62,49 0,67 1,14 0,67 10,44 0,07
Carapebus - - -
-ConceiçãodeMacabu 0,00 0,00 2,35 0,00 0,00 0,00 0,94 0,00 11,74 0,00 0,00 0,00 1,41 3,29 62,91 0,47 0,00 0,00 16,90 0,00
Macaé 0,00 0,52 8,15 0,00 0,00 0,00 0,84 0,10 10,45 0,00 0,00 0,21 0,52 0,84 65,73 0,63 1,57 0,94 9,51 0,00
Quissamã 0,00 0,32 32,06 0,00 0,95 0,00 1,27 0,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,95 0,00 52,38 0,95 0,63 0,32 8,89 0,32
Figura1–ÍndicedediversificaçãodosmunicípiosdaRegiãoNorteFluminense, calculadoparaadistribuiçãodonúmerodeestabelecimentosentreatividadesprincipais
SegundoentrevistacomostécnicosdaEMATER,aregiãovemde-senvolvendooscultivosdemaracujá,abacaxi,goiaba,graviola,banana prata,cocoverde,manga,pinhaetangerina.Dentreestastêmsedestaca-doasculturasdemaracujá,abacaxi,goiabaecoco,comprodutividades satisfatóriasnocultivoirrigado.Alémdosaspectosecológicos,climáticos etopográficosfavoráveis,nosúltimosanosafruticulturatem-seexpan-didonaregiãograçasaofinanciamentosubsidiadodogovernodoEstado comrecursosemprestadosaumataxaanualde2%,etambémgraçasà garantiadecomercializaçãojuntoàsagroindústriasecomerciantesda CEASAdoRiodeJaneiro,queéumgrandecentroconsumidor.
Aalocaçãoderecursospelosagricultoreséinfluenciadapelosriscose incertezasenvolvidos.Assim,qualqueravaliaçãodeprojetoquenãocon-templeapossibilidadedereduzirosriscosdificilmenteproduziráresultados adequados.Umaboaavaliaçãodeumprojetoprecisaindicarataxade rentabilidadeesperada,comotambémfornecerelementosquepermitam medirograudeconfiançaquesepodeassociaràquelataxaderetorno.Isso orientaesubsidiaatomadadedecisão,tornando-amaiseficiente.
Nessesentido,objetivou-senestetrabalhodeterminararentabilidade daproduçãodefrutaseavaliar,pormeiodasanálisesdesensibilidadee derisco,maioreficiêncianatomadadedecisãoporpartedosprodutores ruraisdaRegiãoNorteFluminense.
2. Metodologia
2.1. Avaliação da viabilidade econômica
Aanálisedaviabilidadefinanceirafoirealizadaemduasetapas,a primeiradelasconsistindonaconstruçãodosfluxosdecaixaque,uma vezobtidos,possibilitaramocálculodosindicadoresderentabilidade dasatividadesconsideradas.
Osfluxosdecaixasãovaloresmonetáriosquerepresentamasentradas esaídasdosrecursoseprodutosporunidadedetempo,osquaiscompõem umapropostaouumprojetodeinvestimento.Sãoformadosporfluxos deentrada(receitasefetivas)efluxosdesaída(dispêndiosefetivos),cujo diferencialédenominadofluxolíquido(NORONHA,1987).
Todosospreçosempregadosnaanáliseeconômica,sejamdeprodutos oudeinsumos,foramcoletadosnaprópriaregião,pararefletiroreal potencialeconômicodasalternativastestadas.Foramutilizados,como indicadores de resultado econômico, o Valor Presente Líquido (VPL) eaTaxaInternadeRetorno(TIR)quetêm,comovantagem,ofatode consideraremoefeitodadimensãotempodosvaloresmonetários.
OVPLconsisteemtransferirparaoinstanteatualtodasasvariações decaixaesperadas,descontá-lasaumadeterminadataxadejuros,e somá-lasalgebricamente.
OVPLéovalorpresentelíquido;Iéoinvestimentodecapitalnadata zero,FCtrepresentaoretornonadatatdofluxodecaixa;néoprazo deanálisedoprojeto;e,kéataxamínimapararealizaroinvestimento, oucustodecapitaldoprojetodeinvestimento.
ATIRdeumprojetoéataxaquetornanulooVPLdofluxodecaixa doinvestimento.Éaquelaquetornaovalorpresentedoslucrosfuturos equivalentesaosdosgastosrealizadoscomoprojeto,caracterizando, assim,ataxaderemuneraçãodocapitalinvestido.
(2)
2.2. A tomada de decisão sob condições de risco
Alémdaprodutividade,outroselementosqueafetamoorçamento possuemprobabilidadedevariarem,comoporexemplo,ospreçosdos insumoseprodutos.Édifícildepreveraqueníveisestarãoospreços umanoouváriosanosmaistardeouédifícilestimaroscustosdeopor-tunidadedeumdeterminadoinsumo.Paraestimaraamplitudedesses preçosusamosométododaanálisedesensibilidade.
Aanálisedesensibilidadeconsisteemmediremquemagnitudeuma alteraçãoprefixadaemumoumaisfatoresdoprojetoalteraoresultado final.Esseprocedimentopermiteavaliardequeformaasalteraçõesde cadaumadasvariáveisdoprojetopodeminfluenciarnarentabilidade dosresultadosesperados(BUARQUE,1991).
Oprocedimentobásicoparasefazerumaanálisedesensibilidade consisteemescolheroindicadorasensibilizar;determinarsuaexpres-sãoemfunçãodosparâmetrosevariáveisescolhidos;pormeiodeum programadecomputaçãoobtêm-seosresultadosapartirdaintrodução dosvaloresdosparâmetrosnaexpressão;faz-seasimulaçãomediante variaçõesnumoumaisparâmetroseverifica-sedequeformaeemque proporções essas variáveis afetam os resultados finais em termos de probabilidade.
decertofenômenotendeaaproximar-sedaprobabilidadedeocorrência dessemesmofenômeno,quandoaexperiênciaérepetidaváriasvezes assumemvaloresaleatóriosdentrodoslimitesestabelecidos(HERTZ, 1964).Exemplosdeutilizaçãodessatécnicaparaaabordagemdorisco ematividadesagrícolaspodemserencontradosemváriostrabalhos,como osdeARAÚJOeMARQUES(1997),SHIROTAetal.(1987),NORONHA eLATAPIA(1988),BISERRA(1994)eALMEIDAetal(1985).
DeacordocomNORONHA(1987),aseqüênciadecálculosparaa realizaçãodasimulaçãodeMonteCarloéaseguintes:(1)Identificar adistribuiçãodeprobabilidadedecadaumadasvariáveisrelevantes dofluxodecaixadoprojeto;(2)Selecionaraoacasoumvalordecada variável,apartirdesuadistribuiçãodeprobabilidade;(3)Calcularo valordoindicadordeescolhacadavezqueforfeitoosorteioindicado noitem2;(4)Repetiroprocessoatéqueseobtenhaumaconfirmação adequadadadistribuiçãodefreqüênciadoindicadordeescolha.Essa distribuiçãoservirádebaseparaatomadadedecisão.
AFigura2,adaptadadeCASAROTTOFILHOeKOPITTKE(2000), ilustraoprocessodesimulaçãodeMonteCarloparaumasituaçãode quatrovariáveis.
Figura2–ProcessodesimulaçãodeMonteCarlopara umasituaçãodequatrovariáveis
PormeiodautilizaçãodoprogramaExcel,propõe-seumadistribuição deprobabilidadeparacadaumadasvariáveis,nessecasoadistribui-çãotriangular.Medianteageraçãodenúmerosaleatórios,valoressão obtidos para essas variáveis, daí resultando vários fluxos de caixa e, conseqüentemente,váriosindicadoresderesultadosparaoprojeto.Pela repetiçãodesseprocedimentoumnúmerosignificativodevezes,gera-se adistribuiçãodefreqüênciasdoindicadordoprojeto,quepermiteaferir aprobabilidadedesucessoouinsucessodomesmo.
2.3. Fonte dos dados
AáreadeestudodestetrabalhofoiaRegiãoNortedoEstadodoRio deJaneiro.EspecificamenteforamescolhidososMunicípiosdeCampos dosGoytacazes,SãoFranciscodeItabapuana,SãoJoãodaBarraeQuis-samã,selecionadosporpossuíremmaiorrepresentatividade,naregião, nocultivodasfrutasestudadas.
As informações para compor os coeficientes técnicos utilizados na montagemdosfluxosdecaixadecadaculturaforamobtidaspormeiode questionárioseentrevistasaplicadasdiretamenteaostécnicosdetodasas unidadesdaEMATERqueprestamassistênciatécnicaaosfruticultoresda Região.Osdadosdepreçosdeinsumosforamobtidosemcincoprincipais estabelecimentoscomerciais,sendotrêsdeCampos,umdeSãoFrancisco deItabapuanaeoutrodeQuissamã.Osdadosdepreçosrecebidospelos produtoresdemaracujá,deabacaxi,degoiabapaluma,decoco-da-baíaede mangaubáforamlevantadosnastrêsprincipaisagroindústriasprocessado-rasdaRegião,enquantoospreçosdasfrutasparaconsumoinnatura(pinha, goiabaogawa,bananaprata,tangerina,emangatomyatkinsegraviola) foramobtidasjuntoàCEASAGRANDERIOdacidadedoRiodeJaneiro.A partirdospreçosmédiosdosprodutosdescontaram-seasdespesasdecar-regamento,freteedescarregamento,paraseobteropreçomédiorecebido peloprodutor.Osdadosdestetrabalhoreferem-seaoanode2002.
3. Resultados e discussão
analisadassãoapresentadosnaTabela2.OVPLcomhorizontedeplane-jamentocomumapresentou-sepositivo,paratodasastaxasdedesconto consideradas,muitoembora,acomparaçãodeprojetosporestemétodo possaapresentaralgumviés,dependendodaestruturadeinvestimento decadaatividadeetambémdataxamínimadeatratividadeconsiderada. Apósessasconsiderações,constata-seque,paraumataxamínimade atratividadede12,00%,asculturasqueapresentarammaioresvalores presentesforam,emordemdeimportância,maracujá,graviola,goiaba ogawaparaconsumoinnatura,pinha,abacaxi,tangerina,goiabapaluma paraindústria,bananaprata,côco-da-baía,mangaubáparaindústriae mangatomyatkinsparaconsumoinnatura.
Tabela2–Valorpresentelíquidocomhorizontesdeplanejamentoscomuns7,
etaxainternaderetornoparaocultivodefrutíferasnaRegiãoNortedo EstadodoRiodeJaneiro.
Culturas/TMA ValorPresenteLíquido TIR
2,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00%
Mangaa 58.353,03 29.489,21 20.019,35 12.724,10 7.051,20 15,43%
Goiabab 124.178,10 72.407,70 55.197,36 41.814,98 31.303,44 23,99%
Graviola 111.954,99 68.201,87 53.497,61 41.966,34 32.820,62 28,16%
Mangab 51.675,92 25.229,69 16.609,65 9.999,99 4.886,04 14,52%
Tangerina 71.843,52 41.446,02 30.582,80 21.785,86 14.618,08 17,94%
Pinha 108.467,69 63.710,04 48.833,07 37.261,28 28.165,68 24,81%
Coco-da-baía 79.173,52 37.804,01 26.040,61 17.613,39 11.445,89 18,56%
Banana 45.353,35 30.875,05 24.625,15 18.938,05 13.752,80 18,37%
Abacaxi 52.163,70 41.916,60 37.077,75 32.414,85 27.918,60 26,25%
Goiabaa 58.612,59 34.251,59 26.072,25 19.654,86 14.558,58 22,30%
Maracujá 51.147,60 44.572,20 41.467,20 38.475,00 35.589,75 44,38%
Obs.:afrutosdestinadosaoprocessamentoindustrial;bfrutosparaconsumoinnatura. Fonte:dadosdapesquisa
7Comoparaalgumasatividadesosprojetospossuemhorizontesouvidasdiferentese
Nesseponto,éimportanteressaltarque,emtodooEstado,estáem vigoroProgramaFrutificar,dogovernoestadual,quetemlinhadecré-ditoespecíficaparaalgumasfrutíferas,comrecursosemprestadosauma taxaanualde2,00%,semcorreçãomonetária.Ofato,entretanto,éque essataxadedescontoémuitobaixa,nãorefletindoascondiçõesreais decustodefinanciamentooucustodeoportunidadedocapital.
No que se refere a TIR, todas atividades seriam recomendadas umavezquetodasapresentaramesteindicadorsuperioramaiortaxa mínimadeatratividade(12,00%).Emordemdeimportânciatemosas culturasmaracujá(44,38%),graviola(28,16%),abacaxi(26,25%),pi-nha(24,81%),goiabaogawaparaconsumoinnatura(23,99%),goiaba palumaparaindústria(22,30%),coco-da-baía(18,56%),bananaprata (18,37%),tangerina(17,94%),mangaubáparaindústria(15,43%)e mangatomyatkinsparaconsumoinnatura(14,52%).
ATabela3apresentaosresultadosdaanálisedesensibilidade,mos-trandooefeito,sobreataxainternaderetornodasculturas,advindode umavariação,nosentidodesfavorável,de1%nospreçosdeinsumose produtos.Observa-sequeparatodasasculturasanalisadas,opreçodo produtofoiavariáveldemaiorimpactosobreataxainternaderetorno dossistemasdeproduçãoconsiderados.Assim,paraumaquedade1% nopreçorecebidopeloagricultor,ocorreria,nossistemaspropostospela pesquisa,reduçãodataxainternaderetorno,empontospercentuais,de 0,25%paramangaubá(indústria),de0,31%goiabaogawaparaconsu-moinnatura,0,38%paragraviola,0,32%paramangatomyatkinspara consumoinnatura,0,35%paratangerina,0,36%parapinha,0,23% paracoco,1,33%parabanana,0,75%paraabacaxi,0,48%paragoiaba paluma(indústria)e1,90%paramaracujá.
Apartirdosresultadosdessatabelaclassificaram-seemordemde importânciaositensquemaisafetaramosresultadosfinanceirosdecada atividade.Paramangaubá(indústria),amão-de-obrasedestacacomoo segundoitemmaisimportante,seguidadocustodosfertilizantes.Além disso,foiimportanteocustodosdefensivosedosimpostosetaxas.
refereàgraviola,ocustocomfertilizantessedestacacomoosegundo itemmaisimportante,seguidodocustodoequipamentodeirrigaçãoedo custodeimpostosetaxas.Depoisdestes,vemamão-de-obracomoitem relativamenteimportante.Paraamangatomyatkins(consumoinnatura), mão-de-obra,seguidadefertilizantes,seapresenta,depoisdopreçodo produto,comooitemcujospreçostêmmaiorimpactosobreaTIR.Com relaçãoàtangerina,ocustodofertilizantedestaca-secomoosegundoitem maisimportante,seguidodocustodemão-de-obra,deimpostosetaxas, deequipamentosdeirrigaçãoededefensivos.Paraapinha,ositensde maiorpesonadeterminaçãodoresultadofinanceirodaatividadeforam, depoisdopreçodevenda,ocustodamão-de-obra,seguidadocustodos impostosetaxas,dosfertilizantesedoequipamentodeirrigação.
Paraosistemapropostoparaocultivodococo,constatou-sepequena sensibilidadedaTIRàsvariaçõesnopreçodosdiversositens.Ocusto dosfertilizantesfoioitemque,depoisdopreçodoproduto,teveomaior impactosobrearentabilidade,seguidodamão-de-obra.Jánosistema propostoparabanana,ocustodofertilizantesedestacoucomooitem cujavariaçãotevemaioresimpactosnegativossobreaTIRdessacultura, depoisdopreçodoproduto.Ocustodamão-de-obraapresentou-secomo itemdegrandepesonadeterminaçãodarentabilidadedessesistema, merecendoaindadestacarospreçosdosdefensivosedosfretes.
Nocasodaculturadoabacaxi,ocustodaaquisiçãodemudasseso-bressaiucomooitemcommaiorefeitosobrearentabilidadedaatividade, depoisdopreçodoproduto.Emseguida,destacaram-seaindaoscustos dosfertilizantesedamão-de-obra.Paraagoiabapaluma(indústria),a mão-de-obradestacou-seemsegundolugar,seguidadopreçodosfertili-zantesedocustodoequipamentodeirrigação.Paraomaracujá,ocusto incorridonopagamentodemão-de-obra,depoisdopreçodoproduto,foi oitemdemaiorimportâncianadeterminaçãodarentabilidadedacultura, merecendoaindadestacaroscustoscomfertilizantes,comirrigação,o preçodaterra,ocustocomestacasecomdefensivos.
Rio de Janeiro, vol. 42, nº 04, p. 615-635, out/dez 2004 – Impressa em dezembro 2004 Análise de V
iabilidade Econ
ômica e de Risco da
Fruticultura na Regi
ão Norte Fluminense
Tabela3–Redução,empontospercentuais,nataxainternaderetornodasculturas, decorrentedeumavariaçãodesfavorávelde1%nopreçodosinsumosedoproduto
Mangaa Goiabab Graviola Mangab Tangerina Pinha Coco Banana Abacaxi Goiabaa Maracujá
Preçodoproduto -0,25 -0,31 -0,38 -0,32 -0,35 -0,36 -0,23 -1,33 -0,75 -0,48 -1,90
Mão-de-obra -0,07 -0,09 -0,04 -0,07 -0,05 -0,10 -0,05 -0,27 -0,16 -0,15 -1,06
Fertilizantes -0,06 -0,05 -0,13 -0,06 -0,14 -0,05 -0,06 -0,31 -0,17 -0,09 -0,37
Defensivos -0,05 -0,03 -0,02 -0,05 -0,03 -0,01 -0,03 -0,16 -0,08 -0,04 -0,14
Impostosetaxas -0,03 -0,05 -0,06 -0,04 -0,05 -0,06 -0,03 -0,12 -0,01 -0,05 -0,10
Equipam.Irrigação -0,02 -0,04 -0,06 -0,02 -0,04 -0,05 -0,03 -0,07 -0,08 -0,06 -0,35
Terra -0,02 -0,02 -0,03 -0,02 -0,02 -0,03 -0,02 -0,03 -0,04 -0,03 -0,35
Mudas -0,01 -0,01 -0,03 -0,01 -0,02 -0,02 -0,01 -0,05 -0,43 -0,01 -0,03
Oper.Mecanizadas - -0,01 -0,03 - -0,01 -0,01 -0,04 -0,06 -0,03 -0,02 -0,04
Frete -0,01 -0,02 -0,02 -0,04 -0,01 -0,03 - -0,14 -0,06 -0,02 -0,08
Embalagens - -0,03 -0,01 -0,03 -0,02 -0,05 - -0,11 - -0,02
-Valordevendadasmudas - - - -0,34 -
-Estacasoumourões - - - -0,15
Outrosinsumoseserviços -0,01 -0,02 -0,01 -0,01 -0,01 -0,01 -0,01 -0,13 -0,05 -0,03 -0,14
Obs.:afrutosdestinadosaoprocessamentoindustrial;bfrutosparaconsumoinnatura.
enaanálisedesensibilidadeénecessária,poréminsuficienteparauma tomadadedecisãosegura,cabendoassim,acrescentaraanálisederisco paraoferecerumaestimativaquantitativa.
Nessesentido,aanálisedesensibilidaderealizadaanteriormenteé apenasoprimeiropassoparalidarcomriscosumavezqueconsideraa influênciadasvariáveisindependentemente,quandosesabequevariáveis positivamentecorrelacionadasdevemseranalisadasemconjunto.Éim-portantequesetenhanoçãodasprobabilidadesdeocorrênciadesituações adversas,bemcomosuasconseqüênciassobreosresultadosdoprojeto.
AsFiguras3e4mostramadistribuiçãodeprobabilidadeacumu-ladadoVPLobtidomedianteSimulaçãodeMonteCarlo.Sabe-seque asinformaçõesusadasnaavaliaçãodeprojetossãosempreprojeções paraofuturodosvaloresdasvariáveisqueformamofluxodecaixae, portanto,sãoestimativassujeitasaerros.Comessaanálisetêm-secon-diçõesdeoferecerasprobabilidadesdequeoprojetovenhaareduzir certosvaloresespecificados.
Observa-sepelasimulaçãoqueaprobabilidadedoprodutorobterum VPLnegativoébaixoparaamaioriadasfrutasanalisadasnaFigura3. Especificamente,paraaculturadoabacaxitemosumaprobabilidadede 0,00%doVPL<0ede54,58%doVPL<VPLinicial(R$1.861,24para umhorizontedeplanejamentode2anosouR$27.918,60em30anos); paraaculturadomaracujáconstata-seprobabilidadede2,06%doVPL <0ede39,15%doVPL<VPLinicial(R$2.372,65paraumhorizonte deplanejamentode2anosouR$35.589,75em30anos);paraacultura dapinhaobteve-seprobabilidadede1,88%doVPL<0ede31,47%do VPL<VPLinicial(R$18.777,12paraumhorizontedeplanejamentode 20anosouR$28.165,68em30anos).PelasimulaçãodeMonteCarlo, nota-sequeasatividadesabacaxi,pinhaemaracujápraticamentenão oferecemriscoseconômicos8.
8Éimportantedestacar,nesseponto,quenãoforamconsideradososriscosdequeda
Figura3–DistribuiçãodeprobabilidadeacumuladadoValorPresenteLíquidoobtido medianteSimulaçãodeMonteCarloparaasculturasabacaxi,maracujá,tangerina,
goiabapaluma,goiabaogawaepinhanaRegiãoNorteFluminense
Figura4–DistribuiçãodeprobabilidadeacumuladadoValorPresenteLíquidoobtido
medianteSimulaçãodeMonteCarloparaasculturasbanana,coco,mangaubá,man-gatomyatkinsegraviolanaRegiãoNorteFluminense
Na Figura 4, constata-se que a probabilidade do produtor obter VPLnegativoémuitobaixaparacocoeparagraviola,emaiselevada paraasduasvariedadesdemanga.Nocasodaculturadococotem-se umaprobabilidadede0,23%doVPL<0ede21,54%doVPL<VPL inicial(R$11.445,89paraumhorizontedeplanejamentode30anos); aculturadagraviolaapresentouprobabilidadede2,87%doVPL<0 ede41,90%doVPL<VPLinicial(R$21.880,41paraumhorizontede planejamentode20anosouR$32.820,62em30anos);aculturadaba-nanaapresentouprobabilidadede13,89%doVPL<0ede24,57%do VPL<VPLinicial(R$2.750,56paraumhorizontedeplanejamentode 6anosouR$13.752,80em30anos).Assim,pelasimulaçãodeMonte Carlo,verifica-sequeasatividadescoco,graviolaebanana,praticamente nãooferecemriscoseconômicosemseusprojetos.
produtorobterVPLnegativosparamangatomyatkins(36,67%)emanga ubá(31,32%).Amangatomyatkinsapresentou45,66%deprobabilidade doVPL<VPLinicial(R$3.257,36paraumhorizontedeplanejamento de20anosouR$4.886,04em30anos);amangaubáapresentou46,00% deprobabilidadedoVPL<VPLinicial(R$4.700,80paraumhorizonte deplanejamentode20anosouR$7.051,20em30anos).Dessaforma, osprojetosdessasatividades(mangatomyatkinsemangaubá)apresen-taramriscoseconômicosrelativamentemaiselevadosemcomparação comasdemaisfrutasanalisadas.
Opreçodoprodutoéoitemcujavariaçãotemmaiorimpactosobrea rentabilidadedasculturasanalisadas,oque,considerandoaestruturae ascaracterísticasdomercadodeprodutosagrícolas,queconferemgrande instabilidadeaospreçosrecebidos,implicaqueoriscoenvolvidonesses empreendimentospodeserelevado.Nessesentido,acomercializaçãoapre-senta-secomoumdosprincipaisproblemasparaafruticultura,eoprocesso deagroindustrializaçãodestesprodutos,jáemcursonaregião,surgecomo formadeamenizarainstabilidadedopreçopagoaoprodutor.
Além de assegurar maior estabilidade de renda e menores riscos inerentesaomercado,esseprocessotraria,comovantagensadicionais, agarantiadeassistênciatécnica,aincorporaçãodenovastecnologiasde produção,entreoutros.Entretanto,nãodeveserdesconsideradoqueas vantagensadvindasdesseprocessopodemseranuladasemrazãodoscon-flitosentreagricultoreseagroindústrias.Paraoprodutor,especificamente, situaçõesdesfavoráveispodemocorrernoscasosdemanipulação,pelas agroindústrias,dospadrõesdequalidadepararegularpreçoseentregas, deutilizaçãodarecepçãotardiaparareduziropreço,oudedefasagem nacorreçãodospreçosprevistosnoscontratos(LOPES,1992).
4. Conclusões
agoiabapalumaparaindústria,ococo,abananaprata,atangerina,a mangaubáparaindústriaeamangatomyatkinsparaconsumoinnatura. OresultadopelométododoValorPresenteLíquidofoisemelhante,com exceçãoparagoiabaogawa,pinhaeabacaxi,quepossuemestruturas deinvestimentobemdiferenciadas.
Aanálisedesensibilidaderevelouque,nossistemaspropostos,opre-çodevendadoprodutoéavariávelcujamudançatemmaioresimpactos sobrearentabilidade.Pode-seconcluirque,pelafreqüênciacomque aparececomoitemdepesonadeterminaçãodosresultadosfinanceiros dossistemasdecultivo,amão-de-obraé,depoisdopreçodoproduto, ofatordemaiorimportânciaparaosucessodosempreendimentos.A análiserevelouaindaaimportânciadopreçodosfertilizantese,para asculturasirrigadas,mostrouqueocustodoequipamentodeirrigação apresenta-secomoumitemdegrandeimpactosobrearentabilidade. Variaçõesnospreçosdasembalagensapresentam,também,efeitossig-nificativossobrearentabilidadedasfrutíferasconsideradas,oque,para algumasdelas,étambémválidoparamudas,operaçõesmecanizadas, defensivosepreçodaterra.
Mediante a simulação de Monte Carlo, pode-se concluir que são baixasasprobabilidadesdosprodutoresdefrutasobteremvalorespre-senteslíquidosnegativos,comexceçãodemangatomyatkins(36,67%), goiaba paluma (33,26%), manga ubá (31,32%), tangerina (17,58%), goiabaogawa(11,20%)ebananaprata(13,89%).Abacaxi,coco,pinha, maracujáegraviolapraticamentenãoofereceramriscoseconômicosem seusprojetos.
Aimportânciadocustodamão-de-obranadeterminaçãodoresultado financeirodossistemaséreflexodiretodagrandeexigênciadessefator aolongodocicloprodutivodessasculturas.Portanto,alémdosaspectos econômicosanalisados,decorrentesdaexpansãodafruticulturanessa região,ofatodeserestaumaatividadeintensivaemmão-de-obra,implica queelapodegerartambémgrandesbenefíciossociais,mediantecriação deempregos.Alémdisso,autilizaçãodefrutascomomatéria-primapara asagroindústriasprocessadorasteriaimportantesencadeamentospara frente,gerandomaisrendaeempregosindiretamente.
formação,atendênciaéfavorável.Alémdaconsolidaçãomaisrecente deagroindústriasnaregião,alocalizaçãogeográficadosmunicípiosaqui estudadoslhespermitealmejarosmercadosdosgrandescentrosconsu-midoresdasregiõesmetropolitanasdoRiodeJaneiroeEspíritoSanto.
Éimportanteaindaressaltarqueasinformaçõesutilizadasnasava- liaçõesforamprojeçõesparaofuturodosvaloresdasvariáveisquefor-mamofluxodecaixae,portanto,sãoestimativassujeitasaerros.Outra limitaçãodotrabalhorefere-seàdeterminaçãodorisco,umavezque, alémdoriscoeconômico,háoriscoinerenteàscondiçõesclimáticase aosataquesdepragasedoenças,quesãodiferenciadoseespecíficosde cadaatividade.Emboraamaiorpartedesseseventospossasercontor-nadapelaadoçãodetecnologia,asespecificidadesambientaisdaregião, juntamentecomafaltadetradiçãonocultivodefrutas,podemgerar perdasnoprocessodeprodução,elevandoosriscosestimados.
Assim,deve-seressaltaranecessidadedeprogramascomplementares detreinamentoseacompanhamentosassistenciaisdenaturezatécnica comobaseparaofortalecimentoinstitucionaleorganizacionalparaosis-temadeproduçãointegradadefrutas.Sóassim,osresultadosdapesquisa semostrarãoefetivosparaosobjetivosdedesenvolvimentoregional.
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