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Resumo - Prática Jurídica Civil I - Dafne - 4º bimestre

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Academic year: 2021

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 1

Prática Jurídica Civil I – 4º Bimestre

Há dois artigos no CPC que regulamentam o indeferimento da inicial ANTES da citação do réu:

Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente.

Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.

§ 1º Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação.

§ 2º Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso.

É prudente o magistrado citar o réu para acompanhar o recurso para não criar problemas, o réu não estará vinculado a decisão da apelação do qual não participou, o réu poderá impugnar pois não participou. Ex: juiz não concedeu justiça gratuita, apelou e prosseguiu, o réu que entrar no processo pode impugnar ainda que o tribunal já tenha concedido.

SOMENTE se usa o procedimento COMUM para buscar alimentos:

• Quando houver cumulação de pedidos (natureza processual), não pode haver cumulação de pedidos no procedimento especial.

• Quando não houver prova do vinculo.

o Vinculo: somente interessa a relação de parentesco, tanto o afeto entre ascendentes e descendentes, quanto os companheiros. Ex: casamento, união estável, homoafetividade, filiação (biológico, civil e socioafetivo)

Análise do artigo "Obrigação de alimentar decorrente de paternidade socioafetiva posição contrária"

Art. 1.593:O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. (esse dispositivo legal eleva a socioafetividade ao patamar de parentesco civil)

Há duas espécies de parentesco socioafetivo: para surgir a obrigação alimentar, devem estar preenchidos os requisitos da paternidade socioafetiva Ex: Ana, a mãe biológica; Antonio, o filho; Pedro, o pai socioafetivo; e João, o pai biológico.

1. Registral: configurada no registro de filho alheio como próprio

a. Inexistência de vício de consentimento de quem realiza o registro. Ex: Pedro, que realiza o registro de Antonio, sabia que Antonio era filho de João e registra-o como seu por ato de vontade.

b. Tratamento paternal. Ex: Pedro a Antonio e sua reputação como filho biológico desse casal, formado por Ana e Pedro.

c. Se Pedro desfizesse seu casamento com Ana e pretendesse abandonar Antonio, não seria exitoso, porque estaria obrigado a prestar-lhe pensão alimentícia, em face da proibição de comportamento contraditório ou da figura do venire contra factum proprium.

2. Parental por afinidade: decorrente da relação entre o pai ou mãe socioafetivo e o filho de seu cônjuge ou companheiro.

Enunciado 520: Art. 1.601. O conhecimento da ausência de vínculo biológico e a posse de estado de filho obstam a contestação da paternidade presumida

Enunciado 519: Art. 1.593. O reconhecimento judicial do vínculo de parentesco em virtude de socioafetividade deve ocorrer a partir da relação entre pai(s) e filho(s), com base na posse do estado de filho, para que produza efeitos pessoais e patrimoniais.

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 2 portanto, na socioafetividade parental por afinidade também há de estar presente a substituição do pai biológico pelo padrasto. Ex: Antonio continuará a ser tratado e reputado como filho de João e não de Pedro.

• Não é crível que simplesmente porque bem tratou, porque propiciou algumas benesses para o enteado ou enteada, mas não substituiu o pai biológico, o padrasto possa ser forçado a prestar-lhe pensão alimentícia. • Seria uma punição para quem fez o bem.

• Seria motivo de comodismo para a mãe e o pai biológicos, em termos de trabalho e busca de melhores recursos, obrigar o padrasto a prestar alimentos ao enteado.

A favor da dupla paternidade: situação bem diversa é fruto de longa e estável convivência, com manifestação pública, aliada ao afeto e consideração mútua. Ex: jovem que teve a preservação da maternidade biológica, em respeito à memória da mãe consaguínea, falecida em decorrência do parto, tendo sido criado como filho desde tenra idade por outra mulher, em maternidade sociafetiva.

Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. Diferença entre concubinato e união estável: Na união estável não há infidelidade/adultério. Para o CC, o concubinato não é protegido (está a margem), somente se protege a união estável.

• Importância: Antes de pensar nos direitos de herança ou alimentos deve o vinculo cair uma categoria protegida juridicamente.

O autor só precisa colocar na inicial dois fatos: 1. Que é casado

2. Que não quer mais ficar casado 3. Não exige comprovação de prazos.

SEPARAÇÃO DE CORPOS:Objetiva dar juridicidade a separação de fato e antecipar os efeitos jurídicos do divorcio.

• Normalmente é requerida pelo convivente que quer se retirar do lar.

• Como se cumpre/materializa: mediante a expedição de alvará de separação de corpos.

Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.

CUIDADO para não confundir com afastamento temporário do cônjuge do lar conjugal: quem pede não quer sair, mas sim por o outro convivente para fora.

• Deve imputar conduta culposa ou dolosa ao outro. Ex: colocando em risco a integridade física. • Se cumpre mediante mandado de desocupação, com oficial de justiça e a policia.

DA RENÚNCIA E DESISTÊNCIA AOS ALIMENTOS

Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora.

Sumula 379 STF: No acordo de desquite não se admite renúncia aos alimentos, que poderão ser pleiteados ulteriormente, verificados os pressupostos legais.

Questão na prova: João e Maria resolvem não mais continuar a sociedade conjugal, na escritura pública celebrada incluíram clausula na qual ambos renunciavam ao direito de receber alimentos, passados dois anos João decide pleitea-los em face de Maria, na qualidade de juiz decida.

É válida a renúncia, não podendo o cônjuge pleitea-la (silêncio não equipara a renúncia). O vinculo consanguíneo não se dissolve, o do casamento sim.

• O art. 1.707 se aplica aos parentes consanguíneos (colaterais ate o quarto grau) cujo vinculo não se dissolve. • NÃO se aplica a súmula nº 379 do STF, que é anterior ao divorcio (quando o casamento era indissolúvel) se o

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 3 Assim:

1. Se fixou alimentos, estes serão devidos.

2. Se constar no termo desistência significa que apenas provisoriamente se abriu mão, nada impede que no futuro possa se restabelecer.

3. A renúncia é definitiva, é irretratável.

4. NÃO é possível renúncia no pacto antenupcial ou escritura publica: não pode ser prévia, não pode renunciar os alimentos antes ou durante a relação, apenas quando ela termina. A escritura pública em que o casal renunciou à prestação de alimentos quando ainda convivia em união estável não perdura em situação de necessidade de um dos companheiros.

BINÔMIO: NECESSIDADE E POSSIBILIDADE

Em primeiro lugar deve-se demonstrar um vinculo jurídico, em seguida passa-se para a demonstração do binômio de possibilidade e necessidade, sem estes o pedido será julgado improcedente (§1 Art. 1.694 CC).

1. Necessidade: demonstrar a razão do pedido de auxílio, deve ser sempre liquido e detalhado.

2. Possibilidade do outro: demonstra-se o padrão de vida do outro (indícios exteriores de riqueza). Ex: fatura do cartão de credito.

Art. 1.694. § 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

30% SOBRE OS VENCIMENTOS: o juiz precisa fixar um valor antes de ouvir a parte contrária, de regra é 30%, mas pode haver distorção.

Aquele que pleiteia o alimento tem o direito de manter o padrão de vida? está caindo em desuso mas ainda tem.

• Alimentos podem ser revistos a qualquer tempo.

ARTIGO: alimentos entre ex-cônjuge para o STJ: excepcionais e temporários

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem dado atenção à questão dos alimentos para ex-cônjuges, incidente apenas quando configurada a dependência do outro ou a carência de assistência alheia. Em 2008, a Terceira Turma consolidou a tese de que:

detendo o ex-cônjuge alimentando plenas condições de inserção no mercado de trabalho, como também já exercendo atividade laboral, quanto mais se esse labor é potencialmente apto a mantê-lo com o mesmo status social que anteriormente gozava ou, ainda, alavancá-mantê-lo a patamares superiores, deve ser o alimentante exonerado da obrigação (REsp 933.355).

Ao julgar um recurso oriundo do Rio de Janeiro, em 2011, a Terceira Turma reafirmou que o prazo fixado para o pagamento dos alimentos deve assegurar ao cônjuge alimentando tempo hábil para sua inserção, recolocação ou progressão no mercado de trabalho, que lhe possibilite manter pelas próprias forças status social similar ao período do relacionamento (REsp 1.205.408).

Os chamados alimentos transitórios são largamente aplicados pela jurisprudência e recomendados pela doutrina, no sentido de assegurar a subsistência material por certo tempo e não mais por tempo ilimitado. São cabíveis quando o alimentando for pessoa com idade, condições e formação profissional que lhe possibilitem a provável inserção (ou reinserção) no mercado de trabalho e não permaneça indefinidamente à sombra do conforto material propiciado pelos alimentos prestados pelo ex-cônjuge, antes provedor do lar.

A obrigação é perene apenas quando:

1. Incapacidade para o trabalho for permanente

2. Impossibilidade prática de inserção no mercado de trabalho. Aí incluídas as hipótese de doença própria ou quando, em decorrência de cuidados especiais que algum dependente comum sob sua guarda apresente, a pessoa se veja impossibilitada de trabalhar.

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 4 trabalhando ou formou novo relacionamento e ainda assim segue percebendo os alimentos.

O relator, ministro Sidnei Beneti, entendeu que efeitos da ação de exoneração de alimentos apenas têm incidência a partir do trânsito em julgado da decisão

Se o cônjuge discordar da DESTINAÇÃO DO DINHEIRO (ENÃODOSALIMENTOSEMSI): ação revisional para mudar o

pagamento em dinheiro para espécie (ao invés de dar o dinheiro ele pagaria a escola, por exemplo), que a prestação de contas podia ser discutida incidentalmente na revisional.

RELAÇÃO ENTRE O PODER FAMILIAR E O DEVER ALIMENTAR:

Antes havia a ideia de extinção automática com o advento da maioridade civil (aos 21 anos).

Com a entrada em vigência do CC/02 se alterou a capacidade civil, o sujeito que deixa de estar submetido ao poder familiar quando adquire a capacidade civil plena (de 21 para 18).

Entretanto, a cessação do poder familiar não faz cessar mais de pronto o dever de alimentar

Onde o poder familiar atua? a sujeição do alimentando ao poder familiar gera a presunção de necessidade, não precisa provar o por que não precisa se manter.

Acórdão: com a maioridade, pode o alimentando deixar de pagar desde que consiga autorização judicial, o dever de prestar alimentos não cessa desde logo.

Súmula nº 358 do STJ: O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.

Meio: Ação de conhecimento de exoneração ou desarquivo os autos onde consta a sentença que homologou ou condenou a pagar alimentos, faz requerimento ao juiz, que intima a parte contrária para se manifestar (se comprovar que esta estudando determina que continua a pagar).

• A ação pode ser negociada com o filho, não com a mãe.

ALIMENTOS ENTRE TIOS E SOBRINHOS:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

Há confronto entre dois artigos do CC/02, o art. 1694 e 1697:

1. pelo art. 1.694 chegar-se-ia até os colaterais até 4º grau, seriam devidos os alimentos

2. pelo art. 1.697 a referencia pode ser taxativa ou enunciativa, não existindo cabe aos irmãos na ordem de sucessão.

A maioria da doutrina e jurisprudência não reconhece o dever alimentar entre tios e sobrinhos. Há uma divergência no RS.

ARTIGO: obrigação de alimentar tios, sobrinhos e primos (Maria Berenice Dias).

A obrigação alimentar é recíproca, sendo que a lei estabelece uma ordem de preferência, ou melhor, de responsabilidade. Na falta do pai, a obrigação alimentar transmite-se ao avô. Na falta deste, a obrigação é do bisavô e assim sucessivamente (art. 1.696 do CC). Também não existe limite na obrigação alimentar dos descendentes. Ou seja: filhos, netos, bisnetos, tataranetos devem alimentos a pais, avós, bisavós, tataravós e assim por diante.

O simples fato de a lei trazer algumas explicitações quanto à obrigação entre os parentes ascendentes e descendentes, bem como detalhar a obrigação dos irmãos, não possibilita afirmar tenha excluído os demais parentes da obrigação alimentar indicados no art. 1.694.

Simplesmente não viu o legislador necessidade de qualquer detalhamento sobre a obrigação dos parentes de 3º e 4º grau, o que, às claras, não significa que os tenha dispensado do dever alimentar. Os encargos alimentares seguem os preceitos gerais.

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 5 Na falta dos parentes mais próximos são chamados os mais remotos, começando pelos ascendentes, seguidos dos descendentes. Portanto, na falta de pais, avós e irmãos, a obrigação passa aos tios, tios-avós, depois aos sobrinhos, sobrinhos-netos e, finalmente, aos primos.

SUCESSÃO DO DEVER ALIMENTAR: (Art. 1700)

Transmissão "causa mortis" dos alimentos: há três artigos de lei que dão origem a polemica. 1. CC/16:

• Art. 402. A obrigação de prestar alimentos não se transmite aos herdeiros do devedor. 2. Lei do Divorcio:

• Art. 23 - A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.796 do Código Civil. (refere-se ao CC/16)

3. Faz referencia ao CC/16:

• Art. 1.796. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte, que na herança lhe coube (os herdeiros respondem pelas dividas do 'de cujus' até o limite da herança)

4. CC/02:

• Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.694 (Que não faz referencia a transmissão/sucessão).

• Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.

• O equivalente ao art. 1796 no CC/02: Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube.

Quais as razões para NÃO se transmitir:

• O antigo artigo 402 do CC/16 não permitia

• Uma coisa é direito sucessório e outra coisa são os alimentos.

• A condição de alimentante (vinculo) é personalíssima e não se transmite aos herdeiros, mas não afasta a responsabilidade dos herdeiros para o pagamento dos débitos alimentares verificados até a data do óbito. • Há distinção entre dever e crédito alimentar: o crédito é aquilo que já é direito adquirido, prestações

alimentares cujo evento temporal que da exigibilidade a ela já ocorreu. O credito já consumado se transmite, o que se discute é se a obrigação pelas futuras prestações se transmite.

TERCEIRA TURMA NÃO VÊ RAZÃO PARA QUE CRIANÇA TENHA DOIS PAIS NO REGISTRO:

Caso: De acordo com o processo, a mulher teve um caso passageiro, depois retomou o relacionamento com o marido e teve um filho, que foi registrado por ele. O homem com quem ela teve o caso, ao suspeitar que seria pai da criança, pediu exame de DNA e, diante do resultado positivo, ajuizou ação para registrar o filho, então com cerca de um ano.

O juiz concedeu o pedido de retificação da certidão de nascimento para que o nome do pai biológico fosse colocado no lugar do nome do marido da mãe, que havia assumido a paternidade equivocadamente.

O MP estadual apelou, pedindo que constassem no registro da criança os nomes dos dois pais.

O ministro destacou que o duplo registro é possível nos casos de adoção por casal homoafetivo, mas não na hipótese em discussão. Ele observou que o pai socioafetivo não tinha interesse em figurar na certidão da criança e poderá deixar patrimônio ao menino por meio de testamento ou doação.

Estaria assim descaracterizado o vinculo, pois não há registro.

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 6 Homologou-se acordo firmado entre as partes de um processo e determinou a retificação do assento de nascimento de uma criança para que conste o nome do pai biológico, sem a exclusão do nome do pai socioafetivo. O autor da ação e a mãe da criança mantiveram relacionamento, logo após, a mulher assumiu união com o atual companheiro e, posteriormente, disse que estava grávida. Quando o bebê nasceu, o autor verificou a paternidade por teste de DNA. Ingressou, então, com ação de investigação de paternidade para retificação do registro de nascimento. Na contestação, o atual companheiro da mulher requereu a declaração de multiparentalidade, sustentando que a situação socioafetiva é tão irrevogável quanto a biológica, já que ambas fazem parte da vida da criança.

Quem entende que a guarda compartilhada deve ser homogêneo implica na contingência de ambos os guardiões no período da guarda suportarem as despesas do filho.Ha uma figura de que o guardião não tem o dever de entregar o dever alimentar. No período da guarda quem será responsável pela alimentação, lazer, higiene. Ainda que não haja eliminação é possível sua redução.

ALIMENTOS -PROCESSO E PROCEDIMENTO EM PRIMEIRO GRAU (CPC NOVO E VELHO)

1. Processo de Conhecimento: Há dois procedimentos possíveis, o comum e o especial (na Lei de alimentos). Quando não ha nenhum processo formando. Deve-se comprovar o vinculo, a possibilidade, necessidade e a liquidez da obrigação alimentar.

2. Execução 3. Cautelar

4. Extrajudicial: os alimentos podem ser fixados extrajudicialmente. Não pode usar se não houver acordo ou quando envolver interesse de incapaz.

AÇÕES TÍPICAS E FAMÍLIA:

1. Anulação e nulidade de casamento 2. Divorcio + separação (?)

3. Reconhecimento e negatória de paternidade

4. Alimentos (condenação, execução, exoneração, revisão e provisórias) 5. Partilha de bens

6. Guarda e visita dos filhos

7. Responsabilidade civil e Dano moral

8. Reconhecimento e dissolução de União estável: o reconhecimento da união estável pode ser feito incidentalmente no processo de inventário, desde que haja consenso entre todos os beneficiários do espolio. O problema maior esta relacionado com a incompatibilidade do procedimento de inventário e a dilação probatória. Se houver divergência o juiz remete para o rito ordinário. Quando não houver consenso mas houver prova robusta, nestes casos, o juiz pode reconhecer e o que desejar impugnar vai para as vias ordinárias.

a. O inventariante é aquele que esta na posse direta dos bens do falecido. Precisa o advogado dividir as hipóteses em que há:

1. Consenso:

a. estabelecimento de obrigação alimentar por escritura pública

b. jurisdição voluntária, interesses privados e sem lide mas que por sua relevância é necessário a atividade jurisdicional para mais segurança. art. 1.120 a 1.124-A.

2. Contencioso: ha nos três processos procedimentos específicos a. Conhecimento:

i. Comum ordinário

1. O sumario não é aplicado as ações de estado das pessoas (não se usa nas varas de família) ii. Especial: (Lei 5.478/68 LER) quando não houver acordo entre eles e sem processo anterior.

1. O alimentando pode pedir alimentos sem advogado.

iii. O que define a escolha é o momento da prova. Se houver cumulação de alimentos com outra coisa somente se dá no procedimento comum.

b. Execução: A execução depende da provocação do credor de alimentos, comunicando o juiz por petição que os alimentos não foram pagos.

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 7 i. O titulo pode ser judicial o extrajudicial

ii. A execução pode ser sobre a pessoa ou sobre o patrimônio, a doutrina majoritária permite a prisão ainda no caso de titulo fundado em escritura publica, titulo extrajudicial, outros entendem que a norma com fundo penal deve ser interpretada restritivamente. Quem faz essa escolha não é o juiz mas o credor.

1. No patrimônio ela deve seguir pelo art. 732/646 ou 475-J nos casos de sentença que homologou acordo. Se for escritura irá pelo 732/646 (execução por quantia certa), já no caso de sentença há as duas possibilidades.

2. O STJ firmou jurisprudência no sentido de que deve prevalecer o cumprimento de sentença (art. 475J) o professor entende que deve haver uma citação pessoal nova (a favor do art. 646). 3. No caso de prisão não ira no cumprimento de sentença, esta prevista apenas no art. 733. (20) c. Cautelar (Art. 852) alimentos provisionais. Era uma forma de obter a tutela de urgência antes do art. 273. Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.

Art. 732. A execução de sentença, que condena ao pagamento de prestação alimentícia, far-se-á conforme o disposto no Capítulo IV deste Título.

Parágrafo único. Recaindo a penhora em dinheiro, o oferecimento de embargos não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação.

Art. 733. Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos provisionais, o juiz mandará citar o devedor para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.

Sumula 309: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.

• Não existe previsão da lei de limite temporal para o sujeito ser preso.

• Só as três ultimas parcelas em atraso justificam prisão, as demais ele CONTINUA devendo, o credito continua existindo (eventualmente até com liminar)

Quanto deve o advogado depositar : as três anteriores e as três posteriores para expedição do contramandado. Expede o mandado e extingue o processo. O restante do valor exige nova execução, sem ser sob pena de prisão. A regra e que os advogados exerçam duas execuções

Sobre alimentos provisionais:

Art. 852. É lícito pedir alimentos provisionais:

I - nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que estejam separados os cônjuges; II - nas ações de alimentos, desde o despacho da petição inicial;

III - nos demais casos expressos em lei.

Parágrafo único. No caso previsto no no I deste artigo, a prestação alimentícia devida ao requerente abrange, além do que necessitar para sustento, habitação e vestuário, as despesas para custear a demanda.

Art. 853. Ainda que a causa principal penda de julgamento no tribunal, processar-se-á no primeiro grau de jurisdição o pedido de alimentos provisionais.

Art. 854. Na petição inicial, exporá o requerente as suas necessidades e as possibilidades do alimentante.

Parágrafo único. O requerente poderá pedir que o juiz, ao despachar a petição inicial e sem audiência do requerido, Ihe arbitre desde logo uma mensalidade para mantença.

1. Pedido de reconsideração: réu na ação revisional quando o juiz concede liminar ao autor fixando aluguel provisório. O prazo para interpor agravo só vai começar depois de intimado da decisão que analisou a reconsideração (somente quando a lei prever), na lei de alimentos não existe isso, se o juiz fixa provisórios, pode alegar que o valor não é adequado, se o juiz não aceitar, dessa decisão não cabe agravo, pois isso deve haver muito cuidado ao usar o pedido de reconsideração.

2. Embargos de declaração: não cabe contra decisão interlocutória, a lei é expressa, apenas contra sentença ou acórdão.

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Dafne Sobral - Resumo de Prática Civil - 4º Bimestre Página 8 3. Agravo:

a. Instrumento: excepcional.

b. Retido (oral, na audiência de instrução e julgamento, ou escrito) enseja o juízo de retratação. BIBLIOGRAFIA:

1. Yussef Said Cahali 2. Maria Berenice 3. Regina Beatriz

4. Fachin (Ministro do Supremo) 5. Ralf Madaleno

ÍNDICE:TEMAS SOBRE ALIMENTOS

1. Vinculo socioafetivo e poliafetivo 2. Tios e sobrinhos

3. Poder familiar x alimentos

4. Guarda Compartilhada e Alimentos 5. Transmissão "causa mortis" dos alimentos CASO DE PRÁTICA:

Peça: Agravo a ser interposto em processo em andamento.

Momento processual: o réu ainda não foi citado, a citação somente será determinada após o pagamento das custas. Procedimento: Alimentos admitem dois procedimentos, o especial e o ordinário. No caso:

• Audiência de conciliação e de instrução e julgamento no prazo de 90 dias (não previsto no CPC)

• A expressão "alimentos provisórios"é exclusiva do procedimento especial (os provisórios não precisam sequer serem requeridos pelas partes).

Referências

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