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Desempenho de herbicidas na cultura de milho (Zea mays L.)

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Academic year: 2021

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(1)DESEMPENHO DE HERBICIDAS NA CULTURA DE MILHO (Zea mays L.). VAGNER CAMARINI ALVES Licenciado em Ciências - Habilitação em Física. Orientador: Prof Dr. Durval Dourado Neto. Tese apresentada à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, para a obtenção do Título de Doutor em Agronomia, Área de Concentração: Fitotecnia.. PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil Fevereiro - 2001.

(2) Dados Internacionais de catalogação na Publicação <CIP> DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO • campus MLuiz de oueiroz"/USP Alves, Vagner Camarini Desempenho de herbicidas na cultura de milho (Zea mays L.) / Vagner Camarini Alves. - - Piracicaba, 2001. 92 p.: il. Tese (doutorado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2001. Bibliografia. 1. Controle químico 2. Herbicida 3. Milho 4. Planta 1. Título CDD 633.15.

(3) 11. À minha esposa Marta Janete, que não mediu esforços para me apoiar nesta caminhada.. Ofereço. Aos meusfilhos, Murilo, Guilherme e Giordano, que dão brilho a minha vida.. Dedico.

(4) llI. AGRADECIMENTOS - Aos meus pais pelo esforço, compreensão e apoio em todas as fases da minha vida. - Ao Prof Dr Antonio Luiz Fancelli pela orientação e oportunidade ao meu aprimoramento. - Ao Prof Dr. Durval Dourado Neto pela orientação, amizade e colaboração na realização deste trabalho. - Ao amigo Eng. Agr. Axel Garcia y Garcia pela valiosa colaboração prestada durante a fase experimental deste trabalho. - Aos funcionários do Departamento de Produção vegetal, pela colaboração na fase experimental de campo. - Ao funcionário do Departamento de Ciências exatas, Edivaldo, pela valiosa colaboração com os dados meteorológicos. - À Pró-Reitora Acadêmica da UNOESTE, Dona Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, pelo apoio para a realização deste trabalho..

(5) IV. SUMÁRIO. Página. LISTA DE FIGURAS................................................................................................... vi LISTA DE TABELAS ................................................................................................. vii RESUMO ..................................................................................................................... ix SUMMARY ................................................................................................................. xi 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1. 2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 3. 2.1. A competição interespecífica na cultura milho .................................................... 3. 2.2. Preparo do solo e germinação das plantas invasoras............................................ 5. 2.3. O controle das plantas invasoras......................................................................... 8. 2.4. Interferência das plantas daninhas com a cultura do milho ................................ 13. 2.5. Integração de práticas culturais e de herbicidas aplicados em pós-emergência no controle de plantas daninhas na cultura do milho .............................................. 20. 3. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 26. 3. 1. Localização ...................................................................................................... 26. 3.2. Solo e caracterização climática ......................................................................... 26. 3.3. Delineamento do experimento .......................................................................... 26. 3.4. Tratamentos empregados no experimento ......................................................... 27. 3.5. Dados gerais referentes ao experimento............................................................ 27. 3.6. Determinações relativas às plantas daninhas ..................................................... 28. 3.7. Atividades desenvolvidas durante a condução do experimento ......................... 29. 3.8. Parâmetros referentes às avaliações feitas ......................................................... 3 O. 3.9. Descrição da metodologia utilizada para determinação dos parâmetros de avaliação .......................................................................................................... 3 O. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 32. 4.1. Dados gerais referentes ao experimento ............................................................ 32. 4.1.1. Fenologia ................................................................................................. 32.

(6) V. 4.1.2. Altura da espiga........................................................................................ 33. 4.1.3. Altura da planta ........................................................................................ 34. 4.1.4. Diâmetro do colmo ................................................................................... 35. 4.1.5. Massa de matéria seca total da parte aérea ................................................ 36. 4.1.6. Número de folhas por planta..................................................................... 37. 4.1.7. Índice de área foliar .................................................................................. 38. 4.1.8. Comprimento da espiga ............................................................................ 38. 4.1.9. Diâmetro da espiga ................................................................................... 39. 4.1.10. Número médio de fileiras de grãos por espiga........................................... 40. 4.1.11. Número de grãos por fileira ...................................................................... 4 I. 4.1.12. Massa de 1.000 grãos a 13% de umidade .................................................. 42. 4.1.13. Rendimento de grãos ................................................................................ 43. 4.2. Infestação e controle da plantas daninhas.......................................................... 44. 4.3. Observações importantes realizadas durante a condução do experimento.......... 46. 5. CONCLUSÕES ............................................................................................... 48. Anexo: Valores médios por parcela, por tratamento e teste de tuckey........................... 49 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 75 Apêndice: Dados meteorológicos ................................................................................. 87.

(7) VI. LISTA DE FIGURAS Página. 1. Altura da espiga (Ae, cm) nos diferentes tratamentos. .............................................. 34. 2. Altura da planta (Ap, m) nos diferentes tratamentos................................................. 35 3. Diâmetro do colmo (De, cm) nos diferentes tratamentos. ......................................... 36 4. Matéria seca de parte aérea (Ms, g/planta) nos diferentes tratamentos. ..................... 37 5. Número de folhas (Nf) por planta referente aos diferentes tratamentos..................... 37 6. Índice de área foliar (IAF, m2/m2) referente aos diferentes tratamentos. ................... 38 7. Comprimento da espiga (Ce, cm) referente aos diferentes tratamentos. .................... 39 8. Diâmetro da espiga (De, mm) referente aos diferentes tratamentos........................... 40 9. Número médio de fileiras de grãos por espiga (Nfe) referente aos diferentes tratamentos. ............................................................................................................ 41 10. Número de grãos por fileira (Ngf) referente aos diferentes tratamentos. ................. 42 11. Massa de 1.000 grãos (Mg, g/1.000 grãos) a 13% de umidade referente aos diferentes tratamentos. ............................................................................................ 43 12. Rendimento de grãos (Rd, kg/ha) referente aos diferentes tratamentos. .................. 44.

(8) VII. LISTA DE TABELAS. 1. Tratamentos empregados no experimento. Departamento de Produção Vegetal.. Página. Piracicaba. 2000...................................................................................................... 28 2. Análise de variância. Épocas 1 e 2 . .......................................................................... 28 3. Estádios fenológicos da cultura de milho registrados durante a condução do experimento (Piracicaba/SP, 2000).......................................................................... 32 4. Infestação média de plantas daninhas (plantas/0,75m2) observada 32 dias após a emergência das plantas de milho nos diferentes tratamentos em estudo (Piracicaba/SP, 2000).............................................................................................. 45 5. Altura da espiga (Ae, cm). Época 1. ......................................................................... 49 6. Altura da planta (Ap, m). Época 1............................................................................ 50 7. Diâmetro do colmo (De, cm). Época 1. .................................................................... 51 8. Massa de matéria seca total de parte aérea (Ms, g/planta). Época 1. ......................... 52 9. Número de folhas (Nf). Época 1............................................................................... 53 1O. Índice de área foliar (IAF, m2/m2). Época 1.. .......................................................... 54 11. Comprimento médio da espiga (Ce, cm). Época 2 . ................................................. 55 12. Diâmetro da espiga (De, cm). Época 2 . .................................................................. 56 13. Número de espigas por parcela (Nep). Época 2. ..................................................... 57 14. Número de fileiras por espiga (Nfe). Época 2 . ........................................................ 58 15. Número de grãos por fileira (Ngf). Época 2 ............................................................ 59 16. Massa de 1.000 grãos corrigida para 13% de umidade (Mg, g). Época 2................. 60 17. Rendimento de grãos (Rd, kg/ha). Época 2 ............................................................. 61 18. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Altura da espiga (Ae, cm). Época 1................................................................................................................... 62 19. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Altura da planta (Ap, m). Época 1.............................................................................................................................. 63 20. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Diâmetro do colmo (De, cm). Época 1................................................................................................................... 64.

(9) Vlll. 21. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Massa de matéria seca total de parte aérea (Ms, g/planta). Época 1.......................................................................... 65 22. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Número de folhas (Nf). Época 1...... 66 23. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Índice de área foliar (IAF, m2/m2). Epoca 1. ..................................................................................................... 67 24. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Comprimento da espiga (Ce, cm). Época 2. .......................................................................................................... 68 25. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Diâmetro da espiga (De, cm). Época 2................................................................................................................... 69 26. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Número de espigas por parcela (Nep). Época 2. ....................................................................................................... 70 27. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Número médio de fileiras de grãos por espiga (Nfe). Época 2............................................................................... 71 28. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Número de grãos por fileira (Ngf). Época 2. ....................................................................................................... 72 29. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Massa de 1.000 grãos corrigida para 13% de umidade (Mg, g). Época 2................................................................... 73 30. Teste de Tuckey (nível de significância: 5%). Rendimento de grãos (Rd, kg/ha). Época 2. ...................................................................................................... 74 31. Dados meteorológicos. Fevereiro de 2000.............................................................. 87 32. Dados meteorológicos. Março de 2000. ................................................................. 88 33. Dados meteorológicos. Abril de 2000. ................................................................... 89 34. Dados meteorológicos. Maio de 2000. ................................................................... 90 35. Dados meteorológicos. Junho de 2000. .................................................................. 91 36. Dados meteorológicos. Julho de 2000. ................................................................... 92.

(10) IX. DESEMPENHO DE HERBICIDAS NA CULTURA DE MILHO (Zea mays L.). Autor: Vagner Camarini Alves Orientador: Prof Dr. Durval Dourado Neto RESUMO. Com o objetivo de avaliar, comparativamente, o efeito do controle de plantas daninhas na cultura de milho utilizando herbicidas aplicados em pré-emergência e pós­ emergência, foi instalado um experimento de campo na área do Departamento de Produção Vegetal da Universidade de São Paulo no período 23 de fevereiro a 25 de julho de 2000, onde foram assumidas as seguintes hipóteses básicas: (i) o custo de toda intervenção (inclusive controle de plantas daninhas) deve ser sempre inferior à expectativa de perda de receita bruta, devida a campetição com plantas daninhas;; (ii) a competição interespecífica (entre plantas daninhas e de milho) por água, nutrientes e luz reduz rendimento; (iii) a competição interespecífica inicia quando o ambiente se torna escasso para atender a demanda potencial da cultura de interesse; (iv) há um período específico em que a intervenção econômica deve ser efetuada; e (v) há situações em que pode ocorrer fitotoxicidade do herbicida em função da época de aplicação (estádio fenológico), do material genético utilizado, do princípio ativo e da condição climática, principalmente. Em função dos resultados obtidos, nas condições específicas do presente trabalho, conclui-se que: (i) todos os tratamentos herbicidas utilizados para o controle de plantas daninhas na cultura de milho resultaram em maior crescimento e rendimento do que na testemunha; (ii) os tratamentos herbicidas em pré-emergência não diferiram entre si e apresentaram maiores rendimentos quando comparados com os tratamentos em pós­ emergência; (iii) os tratamentos herbicidas em pós-emergência não diferiram entre si; (iv) o tratamento 9 (Alachlor+Atrazine, 6 L/ha), dentre os tratamentos herbicidas em pré-emergência, foi o que apresentou menor rendimento; (v) os tratamentos 17 (Atrazine + Metolachlor, 6 L/ha), 19 (Dimethenamid + Atrazine, 1,25 + 2,5 L/ha) e 15 (Atrazine + Dimethenamid-p, 3,5 L/ha), dentre os tratamentos herbicidas em pós-emergência, foram os que apresentaram maior rendimento; (vi) o tratamento 18 (Alachlor+Atrazine, 6 L/ha), dentre os tratamentos herbicidas em pós-emergência, foi o que apresentou menor.

(11) X. rendimento; e (vii) os herbicidas testados, quando aplicados em pré-emergência, não apresentaram controle satisfatório para trapoeraba..

(12) XI. HERBICIDES PERFORMANCE 1N THE MAIZE CROP (Zea mays L.). Author: Vagner Camarini Alves Adviser: Prof Dr. Durval Dourado Neto SUMMARY. With the purpose to evaluate, comparatively, the effect of the weed control in maize using herbicides applied in pre-emergence and post-emergence, a field experiment was carried out at the experimental area of the Agricultura! Department of the University of São Paulo between February 23rd to July 25th 2000, where the following basic hypothesis were assumed: (i) the cost of ali intervention (including weed control) must be smaller than the expectation of gross income loss due to weed competition; (ii) the inter-specific competition (between weeds and maize plants) for water, nutrients and Iight reduces crop yield; (iii) the inter-specific competition starts when the environment becomes criticai to attempt the crop potential demand; (iv) there is a specific period where the economical intervention must be executed; and (v) there are situations where the herbicide toxicity could mainly occur as a function of the application period (phenological stage), genetic material, active ingredient and weather. The results allowed the following conclusions: (i) ali herbicides treatments for weed control in maize resulted in better growth and yield than the control treatment; (ii) the herbicides treatments in pre-emergence did not differ from each other and resulted in higher yield when compared with the post-emergence treatments; (iii) the post-emergence herbicides treatments did not differ from each other; (iv) the treatment 9 (Alachlor+Atrazine, 6 L/ha), among all herbicide treatments in pre-emergence, presented the smallest yield; (v) the treatments 17 (Atrazine + Metolachlor, 6 L/ha), 19 (Dimethenamid + Atrazine, 1,25 + 2,5 L/ha) and 15 (Atrazine + Dimethenamid-p, 3,5 L/ha), among ali herbicide treatments in post-emergence, presented the higher yield; (vi) the treatment 18 (Alachlor+Atrazine, 6 L/ha), among all herbicide treatments in post-emergence, presented the smallest yield; and (vii) the tested herbicides, when applied in pre­ emergence, did not present satisfatory controll for Commelina benghalensis L..

(13) l INTRODUÇÃO O milho (Zea mays L.) é uma poácea (gramínea) originária do vale central do México, com grande importância na alimentação humana e animal, sendo consumido in. natura ou na forma de produtos industrializados. Devido a esse fato, a cultura assume importante papel sócio-econômico, desde o combate à subnutrição dos povos de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, até a geração de empregos diretos e indiretos devido à grande área cultivada no mundo, especialmente nos Estados Unidos, China e Brasil. Devido a explosão demográfica e a escassez de alimentos em várias regiões do globo, toma-se necessário o aumento da produtividade da cultura, principalmente, em áreas subtropicais e tropicais, onde o Brasil se destaca pela sua extensão territorial com grande parte agricultável, com clima e solo favoráveis ao desenvolvimento agrícola, podendo minimizar tal situação com altos rendimentos. Entretanto, para que a planta cultivada expresse o seu potencial genético, do ponto de vista econômico, faz-se necessário, entre outras interferências de manejo, que o controle de plantas daninhas seja satisfatório. Altas produtividades têm sido obtidas através de pesquisas na área agronômica, desde o melhoramento genético e manejo da fertilidade do solo, até o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, principalmente. No Brasil, o controle químico através do uso de herbicidas é relativamente pouco utilizado na cultura do milho, quando comparado com outras culturas como a cana-de­ açúcar, soja e citros, em função do nível sócio-econômico do agricultor, principalmente. Porém, existe uma tendência de aumento do uso de herbicidas na cultura de milho, em função do êxodo rural, do alto custo financeiro da mão-de-obra utilizada para o controle de plantas daninhas e da adoção de tecnologia..

(14) 2. O controle de plantas daninhas deve ser efetuado de maneira correta e no momento exato. A obtenção do rendimento máximo econômico pressupõe a adequação do material genético às condições edafoclimáticas, em termos de população e distribuição de plantas, principalmente, e que todas as intervenções só são recomendáveis se forem viáveis do ponto de vista econômico, desde a adubação ao controle fitossanitário. Porém, para uma dada condição de ambiente agrícola, pode-se verificar o efeito da competição interespecífica (entre plantas daninhas e de milho) por água, nutrientes e luz sobre o rendimento da cultura de milho em função da época (em termos de fonologia - referência exata de manejo, dias após a emergência - referência prática - e graus-dia- referência de planejamento) e duração de ocorrência da mesma. O controle da plantas daninhas pode ser efetuado através de vários métodos, desde o manual até o controle químico, no intuito de reduzir perdas de rendimento em termos qualitativos e quantitativos. Conhecendo-se a época em que a competição interespecífica não pode ocorrer, pode-se elaborar estratégias de manejo utilizando herbicidas em pré-plantio incorporado, pré-emergência e pós-emergência. No presente trabalho, assumiu-se as seguintes hipóteses básicas: (i) o custo de toda intervenção (inclusive controle de plantas daninhas) deve ser sempre inferior à expectativa de perda de receita bruta; (ii) a competição interespecífica (entre plantas daninhas e de milho) por água, nutrientes e luz reduz rendimento; (iii) a competição interespecífica inicia quando o ambiente se toma escasso para atender a d�manda potencial da cultura de interesse; (iv) há um período específico em que a intervenção econômica deve ser efetuada; e (v) há situações em que pode ocorrer fitotoxicidade do herbicida em função da época de aplicação (estádio fenológico), do material genético utilizado, do princípio ativo e da condição climática, principalmente. O presente trabalho tem por objetivo avaliar, comparativamente, o efeito do controle de plantas daninhas na cultura de milho utilizando diferentes herbicidas aplicados em pré-emergência e pós-emergência..

(15) 3. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Antuniassi (1993) observou que na cultura do milho, com utilização de. herbicidas, as maiores infestações ocorreram nas parcelas com uso dos pré-emergentes em comparação com o uso dos pós-emergentes, e os rendimento obtidos nos diferentes tratamentos foram semelhantes entre si. Segundo o mesmo autor, os resultados das infestações por plantas invasoras e da produção de grãos da cultura mostraram que diferentes herbicidas e doses aplicadas podem vir a alterar o desempenho do controle. O controle de plantas daninhas, por diferentes métodos, foi comparado por Antuniassi (1993), o qual observou que todos os resultados foram satisfatórios até 40 dias após a semeadura. No final do ciclo da cultura são constatadas diferenças significativas, estatisticamente, sendo que o cultivo mecânico propiciou maior infestação quando comparados com sistemas de controle químico. A presença do mato durante todo o ciclo da cultura do milho reduz a altura final das plantas, produção de grãos e a massa das sementes. Os dados número inicial e final de plantas de milho por área, a altura da espiga e o diâmetro do colmo não apresentaram diferenças significativas entre os períodos de interferência (Sales, 1991). O período mínimo do ciclo da cultura que deve ser mantido no limpo para que não haja perdas significativas na produção é de 20 dias após a emergência, segundo Sales (1991). 2.1. A competição interespecífica na cultura milho A produtividade do milho no Brasil. é. uma das menores do mundo. Segundo. Lanillo (1991), a média nacional foi de 1900 kg/ha na safra de 1990. Apesar da evolução, os resultados obtidos hoje estão longe do verdadeiro potencial da cultura. Vários são os fatores que podem ocorrer para esta baixa produtividade, entre os quais pode-se citar o preparo do solo e a infestação por plantas invasoras. As mvasoras,.

(16) 4. quando presente nas linhas e entrelinhas da cultura, competem com as plantas de milho por fatores tais como água, luz e nutrientes. A interferência das plantas invasoras podem reduzir consideravelmente a produção de milho. Silva et ai. (1982) relatam uma redução de 25% na produção, quando as invasoras competem na três primeiras semanas após a emergência. Lorenzi (1980), por outro lado, observou reduções de até 30%. O autor afirma que devido ao grande porte e crescimento rápido do milho, a competição com plantas invasoras por água e nutrientes é maior do que por luz. Nesta linha, Silva et ai. (1987) citam que o milho é uma cultura bastante sensível à deficiência de água. Ainda, Fleck et ai. (1984) relatam experiências onde o milho foi susceptível ao estresse hídrico causado pela competição com as plantas invasoras. Alcântara (1980) relata que a concorrência das plantas invasoras por nutrientes decorre da diminuição das quantidades disponíveis no solo para o milho. Segundo o autor, as plantas da cultura, desenvolvendo-se na presença das invasoras, apresentaram teores de nitrogênio inferiores ao de plantas que se desenvolveram na ausência da comunidade infestante. Complementa, ainda, que quanto à competição por luz, o milho leva vantagem em relação a maioria das infestantes, em função da arquitetura de suas plantas e o rápido crescimento. Gelmini (1982) descreve que para uma produção de 4000 kg/ha, foi necessário o controle do mato e uma adubação de cobertura de 40 kg/ha de nitrogênio. Para que se conseguisse a mesma produção, sem o controle do mato, foi necessário aumentar esta adubação para 100 kg/ha de nitrogênio. Confirmando tais informações, Fleck et aL (1984) apresentam resultados onde a presença de plantas invasoras ocasionou o mesmo efeito que a ausência de adubação nitrogenada sobre a cultura do milho. Knake & Slife (1969) concluíram que a interferência das plantas mvasoras provoca uma redução na produção de massa de matéria seca total de milho. Porém, a massa de matéria seca total de plantas invasoras e de milho produzida por área se mantém relativamente constante, tanto para a massa de matéria seca total da cultura de milho quando conduzida no limpo, quanto para a soma da massa de matéria seca de milho e de plantas invasoras quando a cultura de milho foi conduzida com competição..

(17) 5. Além da competição pelos fatores de crescimento, a presença das plantas invasoras pode prejudicar a execução de tratos culturais e a colheita. Santos & Andrade (1986) citam que as plantas invasoras interferem negativamente no rendimento, dificultando a operação de colheita. 2.2. Preparo do solo e germinação das plantas invasoras A germinação das sementes de plantas i nvasoras situadas na superfície do solo e. abaixo dessa pode ser influenciada por diversos fatores, tais como tipo de preparo do solo, variação térmica, teor de água e tamanho dos agregados do solo. Cardina et ai. (1991) determinaram que o número de sementes e de plantas invasoras presentes no solo até O, 15 m de profundidade é maior para o sistema de plantio direto, quando comparado com o sistema convencional. Concluíram que o número de espécies de plantas invasoras presentes em uma área diminui com o aumento da intensidade de mobilização do solo. Costa & Silva (1984) relataram que a emergência de sementes de amendoim bravo (E. heterophyla) é retardada e reduzida com o aumento da profundidade de semeadura das mesmas. Além disso, as plântulas emergidas a partir de maiores profundidades apresentaram um menor acúmulo de massa de matéria seca e uma redução na altura. Resultados semelhantes, para outras espécies de invasoras, foram citados por Wiese & Davis (1967) e Christoffoleti & Kanazawa (1987). Segundo Holm & Miller (1972), a temperatura do solo é um fator que influencia diretamente a germinação das plantas invasoras. Nussbaum et al. (1985) identificaram as faixas de temperatura nas quais ocorrem a germinação de várias espécies. Citam os autores que além da temperatura do solo, a temperatura do ar e o teor de água no solo também são fatores que influenciam a germinação das sementes, além do que, a altura final das plantas invasoras apresenta grande correlação com as condições climáticas (chuva e temperatura). Wiese & Davis (1967) citam que a emergência das plantas invasoras foi melhor em solo de textura arenosa do que naquele de textura argilosa. Em condições de seca, a emergência foi reduzida pelo endurecimento da camada superficial do solo..

(18) 6. Pareja & Staniforth (1985) estudaram os efeitos do teor de água no solo e do tamanho dos agregados na germinação de diversas sementes de culturas e de plantas invasoras. Para condições de restrição de água, espécies semeadas em solos com agregados maiores tiveram sua germinação inibida, enquanto os solos com agregados menores não influenciaram a germinação. Por outro lado, em condições de excesso de água, a germinação foi melhor nos solos com agregados maiores. As plantas invasoras também são influenciadas pela fertilidade e pH do solo. Buchanan et ai. (1975) concluíram que, para condições de baixo pH do solo, o capim colch�o (Digitaria sanguinalis (L.) Scop.) foi altamente tolerante; a guanxuma (Sida. spinosa L.) foi medianamente tolerante e o caruru (Amaranthus retrojlexus L.) teve a germinação severamente reduzida. Após a maturação dos frutos, as sementes das plantas invasoras que caem ao solo poderão situar-se em diferentes profundidades da camada mobilizada, devido a ação das máquinas e implementos. Preparos com arados de discos ou de aivecas reduzem a infestação inicial, em função da inversão da camada superficial do solo. Tal operação promove o enterrio das sementes a profundidades que inviabilizam sua germinação. Entretanto, operações subseqüentes, geralmente realizadas com equipamentos de discos, trazem de volta à superficie grandes quantidades de sementes, devolvendo-lhes as condições ideais de germinação e aumentando a infestação. Uma segunda aração também pode resultar no mesmo efeito, segundo Robinson (1985). Seguy et al. (1984) citam que um preparo superficial, baseado em grades de discos, coloca as sementes das plantas invasoras perto da superficie, em condições ideais de germinação. Nesse sentido, Antuniassi (1990), comparando as infestações proporcionadas por tratamentos envolvendo arado de discos e grade pesada, concluiu que o uso da grade aumentou a presença de plantas invasoras. Ainda, Wrucke & Arnold (1985) citam que o uso do preparo com discos favoreceu a disseminação de plantas com propagação vegetativa. Com relação aos arados escarificadores, Robinson (1985) concluiu que uma escarificação antes do inverno resultou em uma preservação das sementes em condições de germinação, o que aumentou a infestação na primavera seguinte..

(19) 7. Pareja et al. (1985), trabalhando um solo na primavera, encontraram 85 % das sementes das plantas invasoras na camada de O a 5 cm de profundidade. Em preparo convencional (aração e gradagem), somente 28% das sementes ficaram na mesma camada. Tais tratamentos, quando realizados no outono, não apresentaram diferenças significativas na distribuição das sementes. Ainda, segundo os autores, o preparo convencional incorporou as sementes das plantas invasoras uniformemente nas várias classes de agregados amostradas no solo. No preparo reduzido, um maior número de sementes ficou na parte desagregada. Marques & Bertoni (1961), trabalhando com a cultura do milho, constataram menores infestações de plantas invasoras no preparo do solo com duas arações e uma gradagem, em relação aquele com uma aração e uma gradagem. Observaram, também, que os tratamentos com preparo de sub-superficie, gradagem, capina manual e sulcamento foram responsáveis por maiores infestações do que uma aração e uma gradagem. Tais experimentos foram realizados sem a aplicação de herbicidas. Page et al. (1946), estudando sistemas de preparo de solo, concluíram que a aração proporcionou menor infestação em relação a outros tipos de preparo e que estes, além disso, não destruíram totalmente as plantas invasoras pré-existentes. Fenster & Robinson (1968) citam que o uso de muitas operações de preparo do solo não fornece um efetivo controle das plantas invasoras. Para os autores. o cultivo mínimo proporciona menor infestação. Por outro lado, Almeida (1980) constatou grande acréscimo no número de plantas invasoras por metro quadrado. tanto em preparo convencional como em cultivo reduzido. Segundo o autor, o terreno quando não preparado produziu metade do número destas plantas por metro quadrado. Wicks & Somerhalder (1971), trabalhando com plantio direto, concluíram que a semeadura de milho na entrelinha da cultura anterior provocou uma diminuição do número de sementes de plantas invasoras na linha da cultura. Phillips (1969), trabalhando com cultivo mínimo na cultura do sorgo, concluiu que uma operação de preparo realizada logo antes da semeadura, ou um cultivo depois da emergência da cultura, foram suficientes para reduzir a interferência das plantas mvasoras..

(20) 8. Mello (1988) citou a necessidade de uma gradagem, imediatamente antes da semeadura, para nivelamento do solo e controle das plantas invasoras. Neste trabalho. realizado em solo de cerrado, o preparo muito antecipado em relação a semeadura propiciou a reinfestação ocasionando a necessidade da gradagem suplementar. Benez (1972), analisando o efeito do preparo do solo na cultura do milho, constatou que dois tratamentos nos quais foram utilizados uma aração e uma gradagem. variando-se os intervalos de tempo entre a s operações, resultaram em diferentes infestações de plantas invasoras. Em um dos tratamentos a aração foi executada três meses antes da gradagem e da semeadura e no outro, imediatamente antes da gradagem e da semeadura. Houve uma maior infestação no preparo com aração antecipada, o que evidenciou a insuficiência de uma única gradagem, imediatamente antes da semeadura, na eliminação das plantas invasoras que se desenvolveram no período entre a aração e a gradagem. Outro fator importante que relaciona o preparo do solo é a infestação por plantas invasoras, o desenvolvimento da cultura e o intervalo de tempo entre a mobilização do solo e a semeadura. Antuniassi (1990) estudou o efeito de diferentes intervalos de tempo entre o preparo do solo e a semeadura sobre a cultura do milho. realizando tratamentos que variaram tal intervalo entre O a 17 dias. Concluiu que menores intervalos (O e 4 dias) propiciaram maiores quantidades de restos vegetais sobre o solo após o preparo e menores lotações para a cultura. As melhores condições para o desenvolvimento e a produção do milho foram alcançadas no tratamento com 10 dias de intervalo. Períodos maiores, como o tratamento com 17 dias, favoreceram a infestação de plantas invasoras, o que foi prejudicial para a lotação e produção final da cultura. 2.3. O controle das plantas invasoras. O controle das plantas invasoras é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento e produção da cultura do milho. Gelmini (1988) cita que quanto maior for o período de convivência entre a cultura e a comunidade infestante, maior será o grau de interferência entre elas. Pitelli (1985), citando vários autores, indicou um período que vai do vigésimo ao quadragésimo dia após a emergência do milho, no qual o controle.

(21) 9. das plantas invasoras deve ser efetuado. Esse periodo é denominado "período critico de prevenção de interferências". Segundo Gelmini (1988), os métodos mais comumente empregados para o controle das plantas invasoras podem ser classificados como preventivos, culturais, biológicos, fisicos, mecânicos e químicos. Os métodos preventivos têm a finalidade de isolar e prevenir a disseminação de algumas plantas invasoras mais nocivas, através de legislações que controlam a comercialização das sementes adquiridas pelos agricultores. Os métodos culturais se utilizam de culturas mais competitivas e de manejos especiais, tais como alterações nas densidades populacionais e variações nas épocas de semeadura. No controle biológico, procura-se utilizar inimigos naturais para reduzir a infestação por plantas invasoras. No controle fisico, a destruição das plantas e realizada através da utilização do fogo. Entretanto, dentre todas estas opções, a grande maioria dos agricultores costumam optar por métodos mecânicos ou químicos para realizar o controle das plantas invasoras. O método mecânico é realizado, normalmente, através de capinas manuais e/ou cultivos. As capinas manuais são mais utilizadas para a eliminação de plantas invasoras que resistiram a outras práticas de manejo e para a limpeza das linhas da cultura. O cultivo mecânico promove o controle das plantas invasoras através do corte e da destruição das plantas, expondo sua parte aérea e raízes a dessecação. Pode também realizar o enterrio das plantas em início de desenvolvimento, provocando sua morte por abafamento.A aplicação de herbicidas (controle químico) pode levar a destruição das plantas invasoras ou a inibição de seu crescimento através de processos químicos e bioquímicos. Gelmini (1988) cita que os herbicidas são classificados com relação a época de aplicação, a seletividade, ao modo de ação e ao grupo químico. Quanto a época de aplicação, os herbicidas podem ser classificados como pré-plantio com incorporação no solo, pré-emergentes e pós-emergentes. Com relação à seletividade, são classificados como seletivos (não apresentam ação sobre algumas plantas) e de ação total ou não seletivos (atuam sobre qualquer planta quando aplicados em uma determinada quantidade). Os principais herbicidas aplicados a cultura do milho são: EPTC, butylate, alachlor, metolachlor, pendimethalin, simazine, atrazine, cyanazina, linuron, 2,4-D,.

(22) 10. MCP A, bentazon e paraquat. É comum também o uso de misturas, tais como metolachlor com atrazine e simazine com atrazine. Pereira (1992) enumera uma série de vantagens e desvantagens no uso dos vários métodos de controle das plantas invasoras. Com relação ao controle mecânico, a capina manual é o método que mais consome tempo, inviabilizando sua aplicação em grandes áreas. O cultivo mecânico é bastante eficiente para o controle de plantas com propagação através de sementes, não sendo, entretanto, o mais indicado para o controle das plantas com propagação vegetativa. Cita o autor que os equipamentos de cultivo podem disseminar sementes e estruturas de propagação para áreas não infestadas. Ainda, em condições de solo seco, a eficiência do cultivo aumenta, diminuindo para solos úmidos e, em determinadas circunstâncias, pode haver injúria mecânica das plantas da cultura. Segundo Gelmini (1988), as operações de cultivo promovem uma desagregação da crosta superficial do solo, criando condições favoráveis para a atividade bacteriana e infiltração de água. Entretanto, a principal desvantagem do cultivo mecânico é a sua baixa eficiência de controle na linha da cultura. Quanto ao controle químico, Pereira (1992) cita que suas principais vantagens residem na redução da quantidade de mão-de-obra necessária, menor tempo gasto com as operações de controle (maior capacidade operacional) e menores danos mecânicos nas plantas e na estrutura do solo. Por outro lado, podem ocorrer casos de toxicidade dos herbicidas nas plantas das culturas, contaminação do ambiente e resistência de algumas espécies de plantas invasoras. Ainda, a mão-de-obra necessária para as aplicações deve ser especializada. As características ambientais, de manejo do solo, da cultura e o próprio controle das plantas invasoras podem influenciar a ação dos herbicidas. Sikka & Davis (1966) citam que a disponibilidade dos herbicidas no ambiente pode ser alterada pela adsorsão, volatilidade, lixiviação, alterações químicas e microbianas, absorção e metabolização pelas plantas, foto-decomposição e erosão. Segundo Bumside & Schultz (1978), a persistência de alguns herbicidas no solo pode prejudicar a instalação de culturas posteriores..

(23) 11. Dawson et ai. (1968) encontraram quantidades significativas de s1mazme remanescentes no solo, um ano após a última aplicação, numa série de seis anos consecutivos de uso desse produto. A maior parte do herbicida residual ficou localizado próximo à superficie do solo. Por outro lado, Blanco & Oliveira (1989) demonstraram que, para as condições climáticas do Estado de São Paulo, na primavera, a bioatividade residual dos herbicidas atrazine e simazine deixou de ser significativa 60 dias após a última aplicação, numa seqüência de três anos de uso dos produtos. Entretanto, quando as aplicações foram realizadas em abril, a persistência desses herbicidas no solo chegou a sete meses. Nesses casos, também não foram detectadas movimentações dos herbicidas para as camadas mais profundas do solo. As condições químicas do solo também podem influenciar a ação dos herbicidas. McGlamery & Slife (1966) determinaram um aumento na adsorsão da atrazine em função de um decréscimo do pH do solo. Com efeito, Lowder & Weber (1982) citam que a ação da atrazine foi influenciada pela calagem e aplicação de nitrogênio. Por outro lado, Slack et al. (1978) concluíram que a persistência da simazine no solo foi maior com o aumento do pH. Dao & Lavy (1978) indicam que a adsorsão da atrazine é influenciada pelo teor de água, temperatura do solo e pela concentração de eletrólitos na solução do solo. Quanto a temperatura e a umidade do ar, Gazziero & Fleck (1980) concluíram que a ocorrência de baixa temperatura do ar contribuiu para a redução do controle de B.. pilosa com acifluorfen, enquanto que elevada umidade relativa do ar aumentou o controle de E. heterophylla pelo dinoseb. Por outro lado, citam os autores que quanto mais eficiente for o produto sobre uma determinada espécie, menor e a interferência dos fatores ambientais nos resultados de controle. Wrucke & Arnold (1985) citam que o uso repetitivo de herbicidas similares pode produzir uma dominância de espécies tolerantes em sistemas de monocultura. Ainda, os restos vegetais presentes no solo no momento da aplicação podem interferir na ação dos herbicidas. Kapusta (1979), comparando sistemas de preparo do solo convencional, cultivo mínimo e plantio direto, obteve um baixo controle das plantas invasoras no plantio.

(24) 12. direto, em função do grande tamanho das plantas invasoras na época de aplicação dos herbicidas. Wrucke & Arnold (1985) também obtiveram maiores infestações em sistemas sem preparo do solo. A forma de realização da semeadura pode influenciar o controle das plantas invasoras. Martinez et ai. (1982) determinaram que a colocação das sementes de milho de maneira eqüidistante nas linhas proporcionou melhor controle das plantas invasoras. Por outro lado, não encontraram efeitos do aumento de densidade de semeadura na ação dos métodos de controle. Ainda, Antuniassi (1990) e Antuniassi et ai. (1991) citam que a mobilização do solo pela semeadora influenciou a infestação por plantas invasoras durante o desenvolvimento da cultura, tanto na linha quanto na entrelinha do milho. Quanto à influência da profundidade de incorporação na ação herbicida referente à aplicação em pré-plantio incorporado, Knake et ai. (1967) obtiveram decréscimos de controle com o aumento da profundidade de incorporação de linuron e atrazine. Entretanto, em condições de baixa umidade do solo, a incorporação da atrazine melhorou sua efetividade. A escolha de um certo método de controle varia em função de uma série de circunstâncias. Young et ai. (1978) citam que as relações econômicas podem determinar a melhor tecnologia de controle de plantas invasoras para uma certa região. Características como custo e disponibilidade de mão-de-obra e capital são fundamentais para a escolha, além de considerações técnicas sobre a cultura em questão. Martucci Filho et ai. (1984), comparando diversos métodos de controle de plantas invasoras na cultura do milho, concluíram que não ocorreram diferenças significativas entre os métodos de capina manual, cultivo convencional, cultivo na linha e entrelinha com cultivador de fileiras e cultivo químico (pré-emergente). Entretanto, Martinez et ai. (1982) determinaram que os métodos químicos foram superiores aos mecânicos no controle de plantas invasoras na cultura do milho. Peacock et ai. (1965) realizaram estudo comparando cultivo químico, mecânico e fisico (lança-chamas). Concluíram que o cultivo fisico é bem menos eficiente..

(25) 13. 2.4. Interferência das plantas daninhas com a cultura do milho. As plantas daninhas são espécies vegetais que apresentam uma alta adaptação ecológica e elevada agressividade em relação às plantas cultivadas, podendo, dessa forma ter uma maior vantagem competitiva com as culturas, caso não haja interferência do Homem, fazendo o controle das infestantes, para que a cultura possa expressar um maior rendimento. De acordo com Silva (1983), "em ecossistemas agrícolas, a cultura e as plantas daninhas crescem juntas na mesma área, ambas possuem suas demandas por água, luz, nutrientes, dióxido de carbono e, na maioria dos casos, os fatores de crescimento, ou pelo menos um deles, estão presentes em quantidades que não são suficientes nem para assegurar o pleno crescimento e desenvolvimento da cultura. Nessas circunstâncias, qualquer planta daninha que se estabeleça na cultura vai usar parte dos suprimentos dos fatores de crescimento, já limitados, e assim ocorre a competição, reduzindo não somente o rendimento da cultura, mas, também, a qualidade do produto". Por outro lado, as plantas daninhas, além de causar redução na produção, pode servir de hospedeiro de pragas e doenças. Para De Marinis (1971), as plantas daninhas podem prejudicar a produção agropecuária por "redução quantitativa da produção devido a competição pela água, luz, nutrientes e, em alguns casos, pela produção e liberação de substâncias tóxicas as plantas cultivadas (alelopatia) e depreciação qualitativa da produção, seja dificultando o beneficiamento do produto, seja alterando a qualidade do mesmo; encarecimento das práticas agrícolas, inclusive da distribuição e drenagem das águas e da manutenção dos caminhos; intoxicação dos animais domésticos; favorecimento de pragas e doenças em plantas cultivadas e em animais, servindo de hospedeiro de vírus, bactérias, fungos, nematóides, insetos e outros seres vivos que podem prejudicar a produção agropecuária". Várias são as definições emitidas para a competição. Locatelly & Doll (1977) a definem como sendo a luta que se estabelece entre a cultura e as plantas daninhas por luz, água, nutrientes e dióxido de carbono disponíveis em um determinado local. Salientam, ainda, que, em função das plantas daninhas atuarem em aspectos diretos e.

(26) 14. indiretos, muitas vezes é preferível falar em "interferência" de uma determinada espécie sobre outra. De acordo com Cruz (1982), no Estado de São Paulo, a cultura do milho é semeada em áreas anteriormente ocupadas com café, ou como renovação de pastagens, ou em áreas dentro da propriedade agrícola reservadas para culturas anuais, obedecendo a um sistema de rotação. Nessas condições, as espécies de plantas daninhas de maior freqüência são mais ou menos as mesmas, com predominância de poáceas (gramíneas). Tem sido observado que algumas espécies ganham em importância desde o nível regional até o mundial, sendo merecedora de estudos sobre a sua biologia e controle. Segundo Holm et al. (1977), existe uma predominância das plantas daninhas poáceas (gramíneas) em áreas agrícolas em todo o mundo. A justificativa para tal fato é relatada por Black et al. (1969), onde as características dessa família são inquestionáveis em relação a sua capacidade competitiva por apresentarem propagação assexuada, além de apresentarem uma elevada eficiência na fixação do C02 no processo fotossintético. Com relação ao estudo da interferência de plantas daninhas na cultura de milho, deve-se lembrar que os resultados obtidos e m outros países e até mesmo em outras regiões de um mesmo país nem sempre podem ser extrapolados para outros locais, quando os resultados de pesquisa têm caráter local devido à complexidade que envolve os fatores do ambiente, plantas daninhas e cultura. Blanco (1972), relata que na cultura do milho as perdas de produção devido à matocompetição pode variar de 12 a 83%, sendo essa variação dependente da espécie, da densidade e do período de competição entre o mato e a cultura, modificado pelas condições edafoclimáticas e práticas culturais. Para Zimdahl (1980), os fatores que modificam os resultados da competição são a densidade de infestação do mato, o período de competição, o nível de fertilidade e o teor de água do solo. Nieto & Staniforth (1961), estudando a matocompetição na cultura do milho, relatam que o resultado das perdas de produção dependem da densidade de infestação do mato, da densidade populacional da cultura, do nível de nitrogênio no solo e da umidade do solo. Blanco et al. (1976) estudaram a competição do mato com a cultura do milho, demonstrando que quando se fixa a população da cultura em 50.000 plantas/ha o grau de.

(27) 15. competição varia em função da densidade de infestação, adubação nitrogenada e do período de competição. Para Blanco (1982), o intervalo de tempo compreendido entre o período máximo inicial, em que pode ser permitida a presença do mato no terreno, e o período mínimo inicial sem mato, de modo que a produtividade do milho não seja alterada indicará o chamado período de competição, no qual o controle das plantas daninhas poderá ser realizado. Pesquisas realizadas por Blanco et ai. (1976), em Campinas, Estado de São Paulo, mostraram que o período máximo inicial com mato e o período mínimo inicial sem mato, que não prejudicam a produção do milho foram respectivamente de 15 a 30 dias e de 45 dias a contar da emergência da cultura, quando as espécies predominantes foram Digitaria horizontalis, Eleusine indica, Cenchrns echinatus, Ipomoea purpurea Lam., Galinsoga parviflora e Cyperns rotundus. Por outro lado, Repening et al. (1976), no Rio Grande do Sul, encontraram situações diferentes onde o período máximo inicial com mato foi de 20 dias e o período mínimo inicial sem mato de 40 dias a partir da emergência da cultura, quando a espécie predominante era de Brachiaria plantaginea. Blanco et ai. (1976), estudando a influência da adubação nitrogenada no grau de competição do mato sobre a cultura do milho concluíram através de análise foliar que a competição das plantas daninhas provoca um decréscimo do teor de N nas folhas de milho não prejudicando, entretanto, as concentrações de P, K e Zn, e que o controle durante 45 dias a partir da emergência da cultura foi suficiente para neutralizar os efeitos do mato na produção e no estado nutricional da cultura. Os fatores envolvidos no grau de competição entre uma cultura e as plantas daninhas estão no esquema proposto por Bleasdale modificado por Pitelli (1985). Verifica-se que no modelo esquemático o grau de competição envolve vários fatores ligados à cultura como por exemplo a espécie ou a variedade cultivada, o espaçamento e a densidade adotados na semeadura, e também a comunidade de plantas daninhas (espécie, densidade e distribuição), bem como a época e a extensão do período de convivência entre a cultura e as plantas infestantes. Além disso, o balanço entre cultura e plantas daninhas pode ser alterado pelas condições edafoclimáticas e tratos culturais aplicados na condução da cultura..

(28) 16. As pesqmsas realizadas com matocompetição quase sempre mostram uma variação de resultados, pois envolve fatores ligados ao ambiente, à cultura e às plantas daninhas, tendo cada fator uma participação nessa interação em uma determinada situação de campo. Este fato foi pesquisado por Blanco et al. (1976), com experimento com milho, onde a variação das respostas a matocompetição, foi provavelmente devido a variação de chuvas em cada ano e na densidade da comunidade infestante. Os híbridos de milho podem variar em sua habilidade competitiva devido ao seu ciclo, onde a maturação tardia foi afetada duas vezes mais por Setaria spp., do que os híbridos com maturação precoce (Staniforth, 1961). Na avaliação do nível de competição entre plantas daninhas e a cultura do milho, o espaçamento entre linhas e a densidade de semeadura assumem fundamental importância. Como princípio básico do estudo da matocompetição, quanto maior a densidade populacional de plantas de milho, por área, maior era o seu efeito competitivo sobre as plantas infestantes, devido ao um maior sombreamento. Pesquisa realizada por Hoff & Mederski (1960) mostrou que o aumento da população de milho aumentou a produção. Williams et al. (1973) verificaram que nas culturas de feijão, milho-doce e cebola, a competição interespecífica foi mais importante nos maiores espaçamentos entrelinhas, porém, quando os espaçamentos eram reduzi dos a competição intra­ específica tomou-se mais importante. Weil (1978) verificou que populações de milho de 50.000 a 77.000 plantas/ha produziram mais do que t,1ma população de 35.000 plantas/ha, devido a menor produção de matéria seca das plantas daninhas nas maiores populações da cultura, onde a densidade de plantas de milho foram correlacionadas positivamente com a produtividade da cultura e negativamente com produtividade das plantas infestantes, sendo também, observado que o crescimento das plantas daninhas foi menor no espaçamento entrelinhas da cultura de 60 cm quando comparados com o espaçamento de 90 cm. Outros autores (Choudhary, 1981; Weil, 1980 e Martinez et ai., 1982) estão de acordo com a influência da densidade de plantas de milho e da redução do espaçamento no controle das plantas daninhas, sendo unânimes em afirmarem que maiores.

(29) 17. populações e menores espaçamentos reduzem o crescimento e desenvolvimento das plantas daninhas. A composição específica da comunidade infestante é um dos fatores que determina o grau de competição com a cultura, pois cada espécie pode estabelecer um nível de pressão na luta pela sobrevivência. Jooste et al. (1980) verificaram que Cyperus. esculentus reduziu a produtividade de milho em 23,9% em solos úmidos, enquanto, Digitaria sanguinalis (L.) Scop. eEleusine indica mostraram reduções de rendimento de 72, 1 e 58,8%, respectivamente. O grau de competição entre as plantas daninhas e uma cultura pode ser influenciado pela densidade e distribuição do mato. Várias pesquisas têm demostrado que o aumento da densidade das plantas daninhas reduz a produção, onde essa relação pode ser esquematizada com uma curva sigmóide (Zimdahl, 1980). Estudos realizados por Young (1981) sobre o efeito da densidade de Agropyron repens L. Beauv. com 65, 125, 390 e 745 plantas/m2 reduziram a produtividade do milho em 14, 16, 21 e 37%, respectivamente. Kropff et al. (1984) estudaram o efeito de uma população natural de Echinocloa. crusgaiti numa densidade média de 100 plantas/m2, onde o seu efeito competitivo reduziu a produtividade de grãos de milho em 18% quando comparado com a testemunha mantida no limpo. Para Mercado (1979), a água é um dos fatores críticos na produção das culturas. A quantidade e distribuição de chuvas determinam o tipo de cultura que pode produzir em uma determinada região, principalmente sob condições onde a irrigação não é utflizada. Em áreas tropicais, onde existe uma estação sem chuva, a competição entre as plantas daninhas e as culturas podem tomar-se um sério problema. Iscott & Geddes (1979) verificaram que a competição normalmente reduz a -qy,antidade de água disponível no solo para a absorção das raízes e, portanto, afeta o teor de água na planta, tão importante para as cruciais reações metabólicas. O teor de água no ,,.solo é fundamental, principalmente, na fase de florescimento, onde a falta de água leva a um processo irreversível na redução da produção..

(30) 18. Segundo Mercado (1979), a quantidade de energia luminosa proveniente do sol talvez seja mais do que suficiente para todos os organismos que realizam a fotossíntese, porém, a utilização eficiente é limitada pelos mecanismos fotossintéticos que as plantas verdes apresentam. O sombreamento pode reduzir grandemente o crescimento das plantas daninhas devido a um alto índice de área foliar, que reduz a disponibilidade de luz para a vegetação abaixo da copa da cultura, sendo expresso como a porcentagem de luz ao nível do solo. Iwata & Takayanagi (I 980) em suas pesquisas mostram que a luz mais do que os nutrientes limita a habilidade das plantas daninhas em competir com o milho. Para Zanin et ai. (1986), os parâmetros como o índice de área foliar e duração da área foliar são bons indicadores da competição, pois estão correlacionados positivamente com a redução da massa de matéria seca das plantas daninhas. Elakkad et ai. (1983), em estudos de campo com uma infestação natural de plantas daninhas, observaram que elas reduziram significativamente a radiação fotossinteticamente ativa disponível para as "folhas mais baixas de plantas de milho e reduziu também, o período durante os quais as folhas deveriam fotossintetizar. Beltrano & Mantaldi (1979), estudando o efeito da competição entre Sorghum. halepense e plantas de milho em competição por luz, nutrientes ou luz mais nutrientes em condições de casa-de-vegetação, observaram que o efeito da competição por luz foi mais pronunciado do que por nutrientes reduzindo de forma significativa a área foliar, altura e massa da matéria seca das plantas de milho. A. competição. por. nutrientes. constitui. um. importante. aspecto. da. matocompetição. Rajan & Sankaran (1974) verificaram que as plantas daninhas retiram de sete a dez vezes mais nutrientes do que a cultura de milho trinta dias após a semeadura. Entre os nutrientes minerais, o nitrogênio, o fósforo e o potássio têm recebido especial atenção nos estudos da matocompetição (Iwata & Takayanagi, 1980; Weaver & Hamill, 1985; Elakkad et ai., 1983; Blanco et ai., 1976). O manejo da adubação tem sido considerado por Noda (1977) como uma medida de controle de plantas daninhas. Blanco et al. (1974) mostraram que a infestação de plantas daninhas recluziram o teor de nitrogênio nas folhas de milho a partir de 2,05% nas parcelas livres.

(31) 19. do mato para 1,17% em parcelas onde o mato não foi controlado, e também, para o potássio foi verificado uma redução de 2,72 para 2,36% nas parcelas sem competição e com competição, respectivamente. A pesquisa sobre matocompetição tem sido dirigida de uma forma geral para todas as culturas visando determinar o período a partir da semeadura ou da emergência, em que a presença das plantas daninhas devem ser evitada para que não reduza de forma significativa o rendimento das culturas. Esse período é chamado de período total de prevenção da interferência, e que a nível de campo, um herbicida aplicado em pré­ emergência ou pré-plantio incorporado, deve ter o seu efeito residual suficiente para controlar o mato durante esse período. Um segundo tipo de pesquisa, visa estabelecer o período anterior a interferência, onde há uma convivência entre a cultura e o mato sem alterar a produção, sendo esse período ideal para aplicação dos herbicidas em pós­ emergência, entretanto, na prática, esse período não é observado, pois a aplicação do herbicida está em função do estádio de desenvolvimento das plantas daninhas na época de maior susceptibilidade ao produto. O período total de prevenção da interferência, o período anterior a interferência e o período crítico de prevenção da interferência podem variar bastante pois dependem de vários fatores do ambiente, da comunidade de plantas daninhas e da própria cultura. Por isso, alguns autores têm encontrado resultados semelhantes ou com algumas variações. Bonilla (1984) estudando o controle das plantas daninhas na cultura do milho verificou que o período critico está entre 30 e 40 dias após a emergência. Carson (1979) verificou que as plantas daninhas reduziram a produção da cultura de milho em 54%, sendo que era necessário quatro semanas sem plantas daninhas a partir da semeadura para evitar as perdas causadas pelo mato. Fisher et ai. (1980) determinaram que uma densa população de Rottboellia exaltata reduziu o rendimento de milho em 50% em comparação com parcelas capinadas. Viswanath (1977) mostrou que a redução na produtividade das plantas de milho está relacionada com algumas características agronômicas como o número de espigas por unidade de área (ha), a massa de grão por espiga e a massa de 1.000 grãos, sendo esses parâmetros mais afetados quando a competição estava situada entre os 30 a 50 dias.

(32) 20. após a semeadura. Medina et al. (1980), com o objetivo de estudar o efeito da fertilização do solo na matocompetição de plantas de milho, observaram que o período crítico de competição estava entre 15 e 30 dias após a emergência da cultura, sem o uso de fertilização do solo. Quando se pensa em estabelecer um programa de controle de plantas daninhas em uma determinada cultura, as informações dadas pelos trabalhos de pesquisa em matocompetição mostram claramente a sua importância, porém, nas condições brasileiras há uma escassez dessas pesquisas observado na revisão de literatura sobre o assunto. Os resultados não devem ser extrapolados para outras regiões, pois a pesquisa nesta situação deve ser local, considerando os fatores que afetam o grau de competição (material genético, espaçamento, espécie de planta daninha e sua densidade, período de competição e condições edafoclimáticas, principalmente), que decisivamente irão contribuir para um bom controle de plantas daninhas, podendo essa poácea (gramínea) expressar o seu máximo potenciàl genético em termos de produção. 2.5. Integração de práticas culturais e de herbicidas aplicados em pós-emergência no controle de plantas daninhas na cultura do milho. O grau de interferência das plantas daninhas sobre a cultura de milho pode ser modificado pelas práticas culturais, visando favorecer a planta cultivada no aspecto de competitividade dentro do ecossistema agrícola. É fato conhecido que as culturas podem apresentar um rápido desenvolvimento e sombreamento do solo, que aliado às boas técnicas agronômicas como densidade de semeadura uniforme e época adequada de plantio, bem como, adubação equilibrada, levam a uma integração de métodos, que fatalmente possibilita a redução das doses dos herbicidas. Cerdeira et ai. (1981) mostram que a utilização de cultivares bem adaptados e vigorosos, com elevado poder germinativo e com rápido crescimento das raízes e da parte aérea, levam em curto espaço de tempo ao fechamento da cultura, diminuindo a área disponível às plantas daninhas e facilitando o seu controle..

(33) 21. Na cultura do milho a aplicação de herbicidas tem sido uma técnica bastante generalizada entre os grandes e médios agricultores, entretanto, há uma maior concentração de área plantada com os pequenos proprietários que não dispõem de recursos suficientes para a adoção de novas tecnologias, que poderiam aumentar. ". significativamente as médias de produções. Porém, acredita-se que através de um sistema eficiente de difusão de tecnologia e mudanças na política agrícola haja um aumento na produtividade, mudando a imagem da cultura no panorama nacional. A simples idéia da aplicação de um determinado herbicida sobre as plantas daninhas e/ou no solo não é suficiente para que este produto químico exerça a sua ação fitotóxica. Existe, entretanto, a necessidade que a molécula do herbicida vença uma série de obstáculo até chegar ao local de ação, onde, em níveis adequados poderá causar o seu efeito deletério. Com ênfase na aplicação dos herbicidas em pós-emergência é importante ressaltar que as folhas e o caule são as suas principais vias de penetração, onde aspectos morfológicos, anatômicos, fisiológicos e bioquímicos das plantas, bem como os fatores do ambiente irão determinar a eficiência do herbicida. Ross & Lembi (1985) relatam que a translocação do herbicida pelo simplasto está associado com a produção de açúcar, sendo que, condições ambientais que favoreçam a fotossíntese incrementam a movimentação da molécula na planta. Essas condições incluem alta luminosidade, umidade do solo adequada e temperaturas moderadas. Segundo Fawcett (1985), com a descoberta do herbicida 2,4-D, o controle químico das plantas daninhas tomou-se mais fácil em diversas culturas, incluindo o milho, onde esse produto tem sido aplicado com eficiência até hoje. Entretanto, durante as duas últimas décadas muitos herbicidas aplicados ao solo para essa cultura foram desenvolvidos, como os produtos dos grupos das triazinas e dos tiocarbamatos. Mas as vantagens dos tratamentos pós-emergentes são indiscutíveis, quando se pensa em especificidade de controle do mato, onde possa existir predominância de gramíneas ou de folhas largas, além da possibilidade da mistura de tanque para um maior espectro de ação dos produtos no controle das infestantes. O mesmo autor conclui ainda que tratamentos localizados e independência das propriedades tisicas e químicas do solo levam a um uso quase generalizado dos produtos de aplicação em pós-emergência..

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