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Perfil Epidemiológico dos pacientes com HIV/aids cadastrados e assistidos pelo Serviço Ambulatorial Especializado do município de Senhor do Bonfim/BA.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS, HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE

VIVIANE PIRES OLIMPIO

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO DO PERFIL

EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES HIV/AIDS CADASTRADOS E ASSISTIDOS PELO SERVIÇO AMBULATORIAL ESPECIALIZADO DO MUNICÍPIO DE SENHOR

DO BONFIM - BA

SENHOR DO BONFIM – BA 2017

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2 VIVIANE PIRES OLIMPIO

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO DO PERFIL

EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES HIV/AIDS CADASTRADOS E ASSISTIDOS PELO SERVIÇO AMBULATORIAL ESPECIALIZADO DO MUNICÍPIO DE SENHOR

DO BONFIM - BA

SENHOR DO BONFIM – BA 2017

Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização sobre Gestão das Políticas de DST/AIDS, Hepatites Virais e Tuberculose, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do Certificado de Especialista.

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3 RESUMO

Os novos números de casos de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) têm aumentando a cada ano no Brasil. O Nordeste, caracterizado por inúmeras carências, configura uma região extremamente vulnerável para o crescimento dessa epidemia. Na Bahia onde o cenário não é diferente, a infecção pelo HIV têm se propagado rapidamente nos últimos anos e, nos pequenos municípios do interior do Estado essa realidade é alarmante. O objetivo deste projeto é descrever o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de HIV/AIDS cadastrados e assistidos pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) do município de Senhor do Bonfim/Ba; Posteriormente, caracterizar o perfil epidemiológico desses pacientes de acordo com variáveis pré-determinadas; Avaliar o percentual de abandono da assistência e do tratamento; Avaliar o percentual de letalidade dos casos registrados e posteriormente, produzir o primeiro Boletim Epidemiológico do SAE/Sr. do Bonfim com os dados coletados, o que também possibilitará um reconhecimento da realidade local para que se possa, futuramente, determinar medidas preventivas e de melhoria na qualidade da assistência a esses pacientes

Palavras-Chave: Perfil epidemiológico; Serviço Ambulatorial Especializado; interiorização, HIV.

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4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 5 Revisão da Literatura... 7 OBJETIVOS Objetivo Geral... 11 Objetivos Específicos... 11 METODOLOGIA Cenário do Processo de Intervenção... 12

Elementos do Plano de Intervenção... 13

Fragilidades e Oportunidades... 14 Processo de Avaliação... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 16 REFERÊNCIAS... 17 APÊNDICES...19,20 ANEXOS... 21

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5 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais o Brasil tem presenciado a disseminação da epidemia do HIV/AIDS. De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde do Brasil, foram notificados desde o surgimento dos primeiros casos, nos anos 80, até junho de 2016 através dos Sistemas de Informação SINAN, SIM e SISCEL/SICLOM 842.710 casos. Destes, 15,01% foram registrados na Região Nordeste. Nos últimos cinco anos (2011 a 2015) a Região Nordeste apresentou 8,6 mil novos casos e, no ano de 2015, foram notificados 32.321 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 6.435 casos na região Nordeste, representando 19,9% dos casos. Ainda segundo o Boletim Epidemiológico, na Bahia, de 2007 a 2015 foram notificados 5433 casos novos de pessoas infectadas pelo HIV, representando 28,9% dos casos da Região Nordeste.

Os primeiros casos de AIDS surgiram no Brasil em meados dos anos 80, sendo os primeiros registros em São Paulo (Brasil, 1999). Logo depois, novos casos tornaram-se públicos, porém limitados aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, prevalecendo como infectados os hemofílicos, os transfundidos com sangue e hemoderivados e os homens que faziam sexo com outros homens (HSH). (Bastos ET. AL., 1995)

A princípio, a AIDS surgiu como uma epidemia dos grandes centros urbanos, porém, com o passar dos anos e o aumento gradativo de novos casos de AIDS e de pessoas vivendo com o HIV (PVHA) nos pequenos municípios brasileiros, inclusive os com menos de 50 mil habitantes, percebeu-se então a chamada “interiorização” da epidemia no Brasil (Brasil, 1999).

Segundo alguns autores, nos anos 90 a epidemia de AIDS se caracteriza pelo aumento do número de casos entre usuários de drogas injetáveis (UDI), como também pela transmissão heterossexual, enfatizando o crescimento do registro de casos entre mulheres e, portanto, o aumento do número de casos de crianças infectadas através da transmissão vertical, assim como pela disseminação para todos os estados do Brasil, alcançando os municípios de menor porte e as regiões

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6 Norte e Nordeste. Aliado a essas vertentes da evolução da doença, soma-se a pauperização da população.

A epidemia tem acometido os segmentos mais pobres e marginalizados da população, ocasionando inúmeros problemas de saúde, uma vez que essa população encontra-se privada de direitos fundamentais de sobrevivência e é usuária de um serviço público de saúde ineficaz.

Nessas circunstâncias, Chequer e Castilho (1997) constatam que a doença passa a atingir as populações já habitualmente marginalizadas, que sofrem pela exclusão social, consequência das relações sociais do modo de produção capitalista, e que são acometidas pela maioria das doenças endêmicas e patologias consequentes da fome e da falta de saneamento básico. Essas populações também enfrentam as dificuldades no acesso aos serviços de saúde e a informação, de modo geral, e informação para a saúde, de maneira particular. Aliadas a essas questões temos às prioridades para essa população, que são definidas conforme as condições de sobrevivência diária, dificultando muitas vezes a adesão de práticas seguras e diagnóstico precoce da doença.

Segundo Brito et al (2001), a epidemia da infecção pelo HIV/AIDS vem se estabelecendo como um fenômeno global, dinâmico e instável, expressando-se como um verdadeiro mosaico de subepidemias regionais. Como consequência dessas profundas desigualdades sociais do Brasil, a disseminação da infecção pelo HIV mostra uma epidemia de múltiplas proporções, que vem desde seu surgimento sofrendo transformações significativas em seu perfil epidemiológico. Revelam-se atualmente na epidemia os processos de heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização.

Os perfis epidemiológico e clínico dos pacientes com HIV em municípios de pequeno e médio porte são desconhecidos, havendo a necessidade de estudá-los de maneira a possibilitar comparações com o cenário nacional. Este trabalho justifica-se pela importância em conhecer o perfil epidemiológico e a situação clínica dos pacientes com HIV/AIDS que são assistidos pelo Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) do município de Senhor do Bonfim-Bahia, e caracterizar esse perfil através das seguintes variáveis: gênero, faixa etária, raça/cor, estado civil, escolaridade, uso de

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7 TARV, categoria de exposição, carga viral, taxa CD4+, evolução do caso e município de residência, o que também permitirá maior e mais profundo conhecimento da realidade local para que se possa, futuramente, determinar medidas preventivas e de melhoria na qualidade da assistência a esses pacientes.

REVISÃO DA LITERATURA:

O desenvolvimento do vírus no organismo

O Vírus da Imunodeficiência Humana, também conhecido como HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), é um vírus que pertence à classe dos retrovírus e é o agente causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana). Ao atingir o organismo humano, o vírus HIV atua no interior das células do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo. As principais células de defesa atingidas pelo HIV são os linfócitos CD4, células essas que dominam as repostas de defesa do corpo humano diante do ataque de micro-organismos como vírus e bactérias. As células do sistema imunológico de uma pessoa que foi infectada pelo HIV terminam por funcionar de maneira menos eficiente e, posteriormente, a habilidade do organismo para debelar as doenças mais comuns diminui, tornando o indivíduo susceptível ao surgimento de infecções e das doenças chamadas oportunistas. (Brasil. MS, 2017). O vírus HIV é capaz de levar muitos anos, entre o início da infecção até o aparecimento dos primeiros sintomas da doença propriamente dita. Esta fase é chamada de fase assintomática, onde o indivíduo infectado não demonstra nenhum sinal ou sintoma específico da doença. O período entre a infecção pelo vírus e o surgimento dos primeiros sintomas da AIDS dependerá do estado de saúde da pessoa. No momento em se diz que uma determinada pessoa tem o vírus HIV, se faz referência à fase assintomática da doença. Em contrapartida, ao se dizer que o indivíduo tem AIDS, sinaliza que essa pessoa já apresenta sinais e sintomas que identificam a doença. (Brasil. MS, 2017).

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8 A interiorização do HIV/AIDS

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ou apenas AIDS é uma doença infecciosa que vem acarretando uma complexa epidemia, identificada por diversas mudanças ao longo do tempo, sobretudo no que se refere ao tipo de exposição e evolução de uma série de respostas políticas e sociais para prevenção, controle e tratamento da doença. A AIDS é um dos mais importantes problemas de saúde pública da nossa atualidade. Avalia-se que 0,5% da população adulta esteja acometida pela doença. No Brasil, várias questões têm sido evidenciadas em relação à gravidade dessa epidemia, tais como: surgimento de epidemias microrregionais; aumento gradativo dos casos de AIDS em mulheres, por meio da transmissão heterossexual; redução das taxas de mortalidade, associada à introdução da terapêutica combinada antirretroviral; progressiva “pauperização”, caracterizada pela expansão da doença para áreas mais distantes dos centros urbanos, de menor porte e mais pobres, e aumento proporcional dos casos entre pessoas com níveis de escolaridade mais baixos.

O transcurso de interiorização da AIDS envolve diversos aspectos, dentre eles a tendência de expansão da epidemia dos maiores centros urbanos, em geral localizados ao longo do litoral, para municípios de médio e pequeno porte do interior do país. Inicialmente a AIDS era restrita a alguns círculos das capitais nacionais como São Paulo e Rio de Janeiro, e predominantemente masculina por atingir prioritariamente homens com prática sexual homossexual e indivíduos hemofílicos. Entretanto, atualmente revela-se com quadro marcado pelos processos da heterossexualização, da feminização, da pauperização.

Alguns pesquisadores têm destacado o contexto da interiorização da AIDS no Brasil. Estudo que avaliou a adequação do modelo espaço-temporal, para análise da dinâmica de disseminação da AIDS, onde se evidenciou a elevação do risco de um indivíduo adquirir o vírus HIV em quase todos os municípios, independentemente do sexo, com o aumento desse risco especialmente para os municípios do interior. Como uma das principais consequências da interiorização do HIV/AIDS, tem-se o fato de que os municípios atingidos se caracterizam como de pequeno porte, com menos de 50 mil habitantes, mais pobres e de menor renda per capita . Logo, durante essa trajetória da AIDS, não só um maior número de municípios é acometido, como esse processo engloba, gradativamente, municípios menores, que

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9 dispõem de menos recursos na área da saúde para enfrentamento do agravo. Esse fato evidencia novos desafios direcionados à necessidade de elaboração de políticas públicas e à ação da sociedade civil para prevenção e controle da infecção pelo HIV, bem como para tratar os indivíduos doentes.(BRITO, CASTILHO & SZWARCWALD, 2001; FARIAS & CARDOSO, 2005; TAYRA et al., 2006)

Usualmente, a literatura científica tem expressado que este problema de saúde pública se agrava a cada dia, demonstrando a necessidade que os municípios estudem e caracterizem o perfil epidemiológico do seus territórios, com estudos da combinação das variáveis dentre a população atingida para um melhor entendimento de como o HIV/AIDS está sendo revelada em suas regiões. (BRASIL, 2013a; NOGUEIRA et al., 2104; PEREIRA et al., 2014; TEIXEIRA et al, 2104; UNAIDS, 2014a).

A UNAIDS lançou em 2014 uma publicação intitulada “Epidemias Locais: Breves Questões” onde discute importantes oportunidades para transformar a epidemia de HIV/AIDS em determinados locais e entre as populações com risco mais elevado de exposição ao HIV. A publicação enfatiza que os países, gradativamente, devem coletar e analisar dados epidemiológicos e sociodemográficos que possibilitem as localidades críticas serem identificadas. Ressalta ainda a importância da combinação dos dados de forma renovada, até mesmo com informações geográficas, para produzir uma compreensão mais detalhada e expressiva da epidemia em cada localidade, tornando possível concentrar as políticas de controle de maneira mais eficiente e eficaz (UNAIDS, 2014b).

Deste modo, estudos voltados à compreensão do processo de interiorização do HIV/AIDS no país devem ser realizados, com o objetivo de subsidiar a avaliação de novas estratégias de prevenção e controle desse processo.

As ações de Prevenção

No Brasil, as ações elaboradas para tratar a prevenção das ISTs, referindo-se especificamente do HIV/AIDS, enfatiza o uso do preservativo em todas as relações sexuais. A incorporação do aconselhamento e do diagnóstico precoce do HIV como ações de rotina nas Unidades da Rede da Atenção Básica de Saúde pressupõe uma reorganização do processo de trabalho das equipes e da Rede de Atenção de forma

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10 equânime. Demanda uma atenção para o tempo de atendimento, a reorganização dos fluxos e das demandas, e a oferta de novos serviços.( Brasil. MS, 2010).

Incentivar mudanças de opiniões e hábitos requer todo o preparo e organização das equipes e dos serviços para que possam acolher adequadamente toda subjetividade dos pacientes, tornando imprescindível compreender as principais vulnerabilidades da infecção pelo HIV, as necessidades, as particularidades dos pacientes, além dos seus estilos de vida para que se possa aprimorar a abordagem sobre os riscos, respeitando as opiniões, buscando reduzir assim, os riscos de novas infecções pelo vírus.

Diagnosticar precocemente a infecção pelo vírus HIV também viabiliza uma melhor assistência ao portador, reprimindo assim o desenvolvimento da doença. O estabelecimento dessas ações como prática proporciona a diminuição das consequências da epidemia na população, estimula a promoção da saúde e a melhoria da qualidade dos serviços prestados. Possibilita também conhecer e detalhar o perfil epidemiológico e social das áreas de cobertura, mensurar e mapear a população mais vulnerável e, consequentemente, reorganizar as estratégias de prevenção. Existem determinadas populações que são demasiadamente estigmatizadas e excluídas dos programas, ações e políticas, por exemplo, profissionais do sexo, usuários de drogas, homossexuais, travestis e jovens em situação de rua. É imprescindível promover a ampliação do acesso e da oferta desses serviços a esses grupos, como também aos insumos de prevenção e ao diagnóstico com aconselhamento ( Brasil. MS, 2010).

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11 OBJETIVOS:

OBJETIVO GERAL:

Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de HIV/AIDS cadastrados e assistidos pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) do município de Senhor do Bonfim/Ba.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Caracterizar o perfil epidemiológico dos portadores de HIV/AIDS cadastrados e assistidos pelo SAE através das seguintes variáveis: gênero, faixa etária, raça/cor, estado civil, escolaridade, uso de TARV, categoria de exposição, carga viral, taxa CD4+, evolução do caso e município de residência.

 Avaliar o percentual de abandono da assistência e do tratamento;

 Avaliar o percentual de letalidade dos casos registrados;

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12 METODOLOGIA

CENÁRIO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

O CTA/SAE - Centro de Testagem e Aconselhamento/Serviço Ambulatorial Especializado configura-se como Unidade Especializada de referência na assistência, diagnóstico e tratamento das IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais do município de Senhor do Bonfim e microrregião (Região Piemonte Norte do Itapicuru) e municípios da região de Jacobina (Região Piemonte da Diamantina) e têm como missão: “Prestar um atendimento integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe de profissionais de saúde composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores, entre outros.”

Os serviços ambulatoriais em HIV/AIDS são serviços de saúde que realizam ações de assistência, prevenção e tratamento às pessoas vivendo com HIV ou AIDS. O objetivo destes serviços é prestar um atendimento integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe de profissionais de saúde composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores, entre outros.

O CTA/SAE do município de Senhor do Bonfim - Bahia foi inaugurado em abril de 2008 e desde então atende aos casos encaminhados de HIV, AIDS, Hepatites Virais, DSTs recorrentes, violência e abuso sexual e acidentes ocupacionais dos referidos municípios, tornando-se uma referência regional.

A Unidade possui equipe multidisciplinar com equipe de Enfermagem (Enfermeiras e Técnicas), Infectologista, Ginecologista, Nutricionista, Psicóloga, Assistente Social e Farmacêutico objetivando uma assistência e apoio integral aos pacientes e familiares.

Desde a fundação do CTA/SAE em abril de 2008, até março de 2017 o Serviço Ambulatorial Especializado - SAE cadastrou 700 pacientes, distribuídos entre HIV/AIDS (PVHA), Hepatite B, Hepatite C e HTLV, sendo em sua grande maioria, casos de PVHA. Fazendo uma média de 80 novos casos cadastrados anualmente.

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13 O Serviço Ambulatorial Especializado – SAE, dentro da Rede de Assistência à Saúde do município de Senhor do Bonfim, diretamente ligado à 17 Equipes de Saúde da Família, 02 CAPS, 01 Unidade de Hematologia (HEMOBA), 01 LACEN, 02 Hospitais (01 Municipal e 01 Particular), 01 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU (Base Regional), além de todas as Unidades de Saúde que fazem parte da microrregião de Sr. do Bonfim e interligada às Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios que não compõem a Base Microrregional de Saúde de Sr. do Bonfim.

ELEMENTOS DO PLANO DE INTERVENÇÃO

Durante o tempo de trabalho na Unidade do CTA/SAE foi possível verificar que não se conhece o perfil epidemiológico dos pacientes cadastrados e assistidos no SAE de Senhor do Bonfim ficando evidente a necessidade de se traçar esse perfil para uma melhor compreensão de como a o HIV/AIDS está sendo manifestada em nossa microrregião.

Nesse sentido, o presente projeto de intervenção apresenta uma proposta de descrever o perfil dos pacientes portadores de HIV/AIDS cadastrados e assistidos pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) do município de Senhor do Bonfim/Ba; Caracterizar o perfil epidemiológico desses pacientes de acordo com as seguintes variáveis: gênero, faixa etária, raça/cor, estado civil, escolaridade, uso de TARV, categoria de exposição, carga viral, taxa CD4+, evolução do caso e município de residência; Avaliar o percentual de abandono da assistência e do tratamento; Avaliar o percentual de letalidade dos casos registrados e posteriormente, produzir o primeiro Boletim Epidemiológico do SAE/Sr. do Bonfim com os dados coletados.

Plano de Intervenção para a descrição do Perfil Epidemiológico dos pacientes HIV/AIDS cadastrados e assistidos no Serviço Ambulatorial Especializado – SAE de Senhor do Bonfim/Ba:

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14 a) Elaboração de questionário baseado nas variáveis selecionadas;

b) Seleção dos prontuários dos pacientes HIV/AIDS;

c) Análise dos prontuários respondendo o questionário elaborado; d) Coleta dos dados;

e) Tabulação dos dados baseado nas variáveis selecionadas; f) Análise final;

g) Descrição do Perfil Epidemiológico dos pacientes; h) Elaboração do Boletim Epidemiológico.

 FRAGILIDADES E OPORTUNIDADES:

Fragilidades:

- Falta de informações necessárias nos prontuários; - Dispersão na análise das variáveis.

Oportunidades:

- Trabalhar na Unidade de realização do Projeto de Intervenção: - Conhecer muitos dos pacientes atendidos e seus prontuários; - Apoio da Equipe no levantamento dos dados;

- Possibilidade de produzir um Boletim Epidemiológico com os dados alcançados.

 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Os dados serão obtidos através da avaliação de prontuários clínicos e dos exames laboratoriais provenientes dos atendimentos ambulatoriais dos pacientes. Será

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15 desenvolvido questionário específico para a coleta desses dados, baseado nas seguintes variáveis pré-selecionadas: gênero, faixa etária, raça/cor, estado civil, escolaridade, uso de TARV, categoria de exposição, carga viral, taxa CD4+, evolução do caso e município de residência. Os prontuários dos pacientes são acessíveis, o que facilita a coleta de dados. O acesso aos dados de exames laboratoriais também será possível através do Sistema informatizado implantado pelo Ministério da Saúde, o SISCEL.

Após o levantamento dos dados, os mesmos serão avaliados para a posterior tabulação dos dados e conclusão do Projeto final, também com a confecção do Boletim Epidemiológico.

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16 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É de extrema importância conhecer e descrever o perfil epidemiológico e a situação clínica dos pacientes HIV/AIDS dessa microrregião pois esse estudo permitirá um maior e mais profundo conhecimento da realidade local para que se possa, posteriormente, determinar medidas preventivas e de melhoria na qualidade da assistência a esses pacientes.

As variáveis pré-selecionadas ajudarão a diagnosticar e a mapear a situação do HIV em nossa localidade, permitindo também realizar um levantamento a cerca do percentual de abandono e a taxa de letalidade dessa patologia.

Considerando também de grande valia para a Gestão Municipal a elaboração do primeiro Boletim Epidemiológico do Programa Municipal de DST/HIV/AIDS, Hepatites Virais e TB do Serviço Ambulatorial Especializado do município de Sr. do Bonfim, permitindo assim que toda população seja informada de como o HIV tem se manifestado na região, buscando assim mais orientação e prevenção.

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17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Araújo, Luciane Barreto - Aids no estado do Rio Grande do Norte: indicadores epidemiológicos e sociodemográficos. / Luciane Barreto Araújo. – Mossoró, RN, 2014.

Biscotto, Cláudia Rocha; et. Al - Interiorização da epidemia HIV/Aids - RBM Ago/Set 13 V 70 N 8/9 págs.: 319-321.

Brasil. Ministério da Saúde. Programa brasileiro de DST/AIDS. [acesso em 2017,abril].Disponível em: http://www.aids.gov.br/main.asp? View={CEBD192A-348E-4E7E-8735 B30000865D1C}&Mode=1

Brasil. Ministério da saúde. Aprenda sobre HIV/AIDS. [acesso em 2017, abril]. Disponível em: http://www.aids.gov.br/data/Pages /LUMIS5F9787FCPTBRIE. htm. Brasil. Ministério da saúde. Aconselhamento em DST/HIV/AIDS para a Atenção Básica. Brasília, DF; 2010.

Brito, Ana Maria de; Castilho, Euclides A. & Szwarcwald, Célia L. Aids e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 34 (2): 2001.

Lima, Monica Dinardo; Fonseca, Alexandre Luiz Affonso; Caputto, Luciana Zambelli; Fonseca, Fernando Luiz Affonso - A Interiorização da Epidemia de Hiv/Aids: Resultados do Município de Cosmópolis em Comparação ao Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano III, nº 17, jul/set 2008.

Nascimento, Mario Antônio Nogueira do - Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no ambulatório de HIV/Aids do Serviço de Assistência Especializada (SAE) de Conselheiro Lafaiete, MG, nos anos de 2001 e 2008. 2011[FM-Fac. Medicina] W4.DB8 SP.USP FM-1 N196pe 2011

Reis, Cláudia Tartaglia; Czeresnia, Dina; Barcellos, Christovam; Tassinari, Wagner Souza - A interiorização da epidemia de HIV/AIDS e o fluxo intermunicipal de internação hospitalar na Zona da Mata, Minas Gerais, Brasil: uma análise espacial.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(6):1219-1228, jun, 2008

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18 Souza, Cristiane Chaves de; Mata, Luciana Regina Ferreira da; Azevedo, Cissa; Gomes, Cássia Regina Gontijo; Cruz, Gylce Eloisa Cabreira Panitz; Toffano, Silmara Elaine Malaguti - Interiorização do HIV/AIDS no Brasil: Um Estudo Epidemiológico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano 11, nº 35, jan/mar 2013.

Szwarcwald, Célia Landmann; Castilho, Euclides Ayres de - A epidemia de HIV/AIDS no Brasil: três décadas - Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27 Sup 1:S4-S5, 2011

UNAIDS - Brasil. A ONU e a resposta à aids no Brasil. 3ª Edição. Brasília: Unaids-Brasil, 2013. Dinponível em: http://www.unaids.org.br/biblioteca

Castilho, E.A.; Chequer, P. A epidemia da AIDS no Brasil. In: SIMPÓSIO satélite. a epidemia da AIDS no Brasil: situação e tendências. Brasília: Ministério da Saúde, 1997. p. 9-12.

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19 APÊNDICES

ORÇAMENTO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO Material de Consumo

Especificação do Material Quantidade Preço Unitário Preço Total Cartucho Preto Nº 655 – Impressora HP 02 R$ 45,00 R$ 90,00 Cartucho colorido Nº 655 – Impressora HP 02 R$ 55,00 R$ 110,00 Papel A4 - pct 02 R$ 15,00 R$ 30,00 Caneta 20 R$ 2,50 R$ 50,00 Régua 03 R$ 3,00 R$ 9,00 Lápis 20 R$ 1,50 R$ 30,00 Clips N° 2/0 – cx. c/100 05 R$ 3,50 R$ 17,50 Pen drive 01 R$ 20,00 R$ 20,00 Xerox 1000 R$ 0,25 R$ 250,00

Classificados com elástico 05 R$ 3,00 R$ 15,00

Grampeador 02 R$ 8,00 R$ 16,00

Grampo p/ grampeador 02 cxs R$ 2,50 R$ 5,00

SUBTOTAL R$ 642,50

Serviços a Terceiros

Especificação do Material Quantidade Preço Unitário Preço Total

Impressão gráfica do Boletim 200 R$ 2,00 R$ 400,00

SUBTOTAL R$ 400,00

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20 CRONOGRAMA DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

Fase da Pesquisa MÊS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Referencial Teórico X Refinamento do Planejamento X Elaboração de questionário baseado nas variáveis selecionadas

X

Seleção dos prontuários X

Coleta de dados X X

Transcrição dos dados X

Tabulação e análise dos dados

X

Redação do relatório final X

Descrição do Perfil Epidemiológico

X

Elaboração do Boletim X

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21 ANEXOS

Referências

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