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[Recensão a] DIMEO ÁLVAREZ, Carlos, WENDORF, Anna (coord.), Reflexiones sobre la literatura venezolana. Un estudio monográfico. Bielsko-Biała: ATH Akademia Techniczno-Humanistyczna, University of Bielsko-Biała, 2015. 221 pp. ISBN:978-83-65182-28-9

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Academic year: 2021

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[Recensão a] DIMEO ÁLVAREZ, Carlos, WENDORF, Anna (coord.), Reflexiones sobre

la literatura venezolana. Un estudio monográfico

Autor(es):

Branco, Isabel Araújo

Publicado por:

Imprensa da Universidade de Coimbra

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/40846

DOI:

DOI:https://doi.org/10.14195/2183-1718_68_15

Accessed :

13-Feb-2017 17:00:09

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fruto de uma evolução, exige uma síntese do passado, em poucas e muito genéricas páginas, antes de restringir a análise a textos mais concretos. Por outro lado, a diversidade da produção literária de época helenística legitima uma maior abrangência. Talvez este último capítulo nos deixe, por isso, alguma insatisfação, na certeza de que 20 páginas não são suficientes para um desenvolvimento mais consistente de tópicos controversos e por isso criadores de uma maior expectativa por parte do leitor.

Uma observação de fundo, a terminar, nos parece pertinente. Mesmo reconhecendo que a intenção do autor é selectiva, que este livro se assume como um ponto de partida - ‘um amanhecer’ - para outros estudos mais aprofundados, há, no entanto, uma assimetria evidente na simples consulta do Índice: a que resulta de comparações muito interessantes, mas meramente pontuais, como é o caso de Homero com Virgílio e da figura de Ulisses na Literatura Espanhola. Qualquer um destes dois estudos abre perspectivas comparatísticas de grande interesse, mas que se justificaria existissem também em relação aos outros géneros. Confinadas a estes dois casos, elas indefinem o verdadeiro âmbito deste estudo, maioritariamente sobre Antiguidade, mas pontualmente também sobre recepção. Por fim, a ausência de uma bibliografia sistemática não pode deixar de ser ‘reclamada’ por um leitor que encontra neste volume muitos e sugestivos desafios. Dada a reconhecida competência do autor nestas matérias, só poderemos esperar que um outro volume reequilibre estas (des)proporções.

maria De Fátima Silva

Universidade de Coimbra Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra fanp13@gmail.com https://doi.org/10.14195/2183-1718_68_14

DIMEO ÁLVAREZ, Carlos, WENDORF, Anna (coord.), Reflexiones sobre la literatura venezolana. Un estudio monográfico, 221 pp., Bielsko-Biała: ATH Akademia Techniczno-Humanistyczna, University of Bielsko-Biała, 2015, ISBN: 978-83-65182-28-9

Recensão recebida a 06-07-2016 e aprovada a 25-07-2016

O interesse das universidades e do público em geral pela literatura hispano-americana tem vindo a crescer nas últimas décadas, em particular

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em Espanha, França e Estados Unidos, embora a tendência seja semelhante em países com menos ligações históricas e culturais ao subcontinente. É o caso da Polónia, onde foi publicado em 2015 um volume sobre a literatura venezuelana – talvez uma das menos estudadas fora da América Hispânica –, numa edição da Universidade de Bielsko-Biala, com coordenação de Carlos Dimeo Álvarez e Anna Wendorff.

Com o título Reflexiones sobre la literatura venezolana. Un estudio monográfico, esta obra reúne cerca de quinze artigos ao longo de duzentas páginas que abordam diferentes géneros, como o ensaio, a narrativa, o teatro e a poesia dos séculos xix e xx. Trata-se de um volume que destaca as leituras que pretendem “reivindicar zonas literarias, sobre todo aquellas que en lo más común han sido proscritas por el propio canon, o que en buena parte han perdido cierto interés para un lector que cree conocerlos de sobra”, como lemos na “Entrada”. Tal objectivo é atingido ao coligir um conjunto de trabalhos que dão uma perspectiva completa e alternativa sobre a literatura venezuelana, nomeadamente de autores menos conhecidos do público e menos estudados pelas academias, muitas vezes com uma perspectiva crítica, inovadora e contemporânea.

O ensaio constitui um dos temas centrais do volume, género discutido do ponto de vista teórico logo no texto de abertura, em que Gustavo Fer-nández Colón procura mostrar o que este representa na cultura ocidental, quais as suas características gerais, o papel que desempenha na cultura hispânica e os contributos venezuelanos específicos. “Apuntes para una teoria del ensayo” reflecte sobre os trabalhos de inúmeros especialistas, entre eles os prestigiados Mariano Picón Salas, Mario Briceno Iragorry e Arturo Úslar-Pietri, representativos da modernidade cultural do início do século xx e de uma tentativa de modernização política, económica e social.

Outros artigos abordam ensaios e ensaístas. É o caso de “Santiago Key-Ayala. Monosílabo trilítero y bibliógrafo”, de Pedro Telléz. Key-Ayala é apresentado como bibliógrafo estranho que tratou de livros raros e curiosos, mas também de obras inexistentes, tendo proposto uma classificação de textos “míticos, quiméricos, neonatos, malogrados y ajusticiados”. Key-Ayala escreveu biografias de revistas “fenecidas”, publicando essencialmente em periódicos, sendo posteriormente coligido em volumes. Como refere Pedro Telléz, a ironia constitui uma marca do seu estilo, convocando “más al goce del lector que a su sabiduría”.

Também em “Arturo Úslar-Pietri. El hombre que fue” vamos ao encontro de um ensaísta, talvez o mais globalizado autor venezuelano.

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Rafael Victorino Muñoz escreve sobre o papel da história e da historiografia nos trabalhos de Úslar-Pietri ao longo dos anos, como autor de narrativa e de ensaios, numa tentativa de informar e formar o leitor e contribuir para um “pensamento nacional” e para a ideia de pátria, interpretando a cultura e os “espíritos dos povos”. Daí que, na sua obra, “la historia, pasada pero también presente, la de su tiempo y del nuestro, es la gran protagonista”. Mas encontramos outras temáticas em Úslar-Pietri, em particular na sua ficção, como a cidade, a violência, a sexualidade e as tradições orais e populares, sendo aclamado por ter feito uma certa renovação do conto venezuelano e do romance histórico em geral. Contudo, Rafael Victorino Muñoz argumenta que, tal como não se deve classificar todos os romances de Úslar-Pietri como históricos, também se deve ter em conta que a maioria dessas narrativas tem alguma relação com o seu historicismo. A sua ficção “ambicionaba acrisolar en su esencia el alma y el ser de un país, Venezuela, mostrando a la vez el camino a seguir”, procurando identificar as raízes populares nacionais e criar uma alternativa à proposta de Rómulo Gallegos. Rafael Victorino Muñoz destaca a própria visão de Úslar-Pietri sobre o romance histórico, duvidando da existência de um género específico e defendendo que a trama está mais ligada ao contexto do autor do que ao momento em que é situada a acção, pensando a sua contemporaneidade, numa espécie de “parábola atemporal”.

Outra linha presente no volume é a dos estudos comparatistas, nomeadamente em “Rufino Blanco-Fombona. Epitafio para el ciudadano Crispín Luz”, de José Carlos de Nóbrega; “José Rafael Pocaterra. Sufrir y escribir lo correcto”, de Francisco Ardiles; e “Julio Garmendia. La muerte como pretexto”, de Jesús Puerta. Estes trabalhos fazem uma leitura cruzada de autores venezuelanos e Lev Tolstoi, Friedrich Nietzsche, Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares e os modernistas hispanos (que não podem ser confundidos com os modernistas de língua portuguesa), mostrando como são pertinentes e enriquecedoras as pontes entre as literaturas de vários países e regiões, numa compreensão mútua e num aprofundar das leituras e significados.

Um dos artigos mais interessantes é «José León Tapia. Maisanta: caudillo libertario o libertador», de Anna Wendorff, sobre um dos autores mais discretos do panorama narrativo venezuelano. A autora do estudo procura responder a várias questões, como quais as razões da sua “invisibilidade” e qual a sua relação com a política e a história. No centro da narrativa de José León Tapia estão figuras que estão ou estiveram nos “antípodas del status quo”, personagens que colocaram o escritor numa posição periférica

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no cânone venezuelano e hispano-americano. No entanto, como refere Wendorff, Tapia “entró en el repertorio literario durante la primera década del siglo xxi”, com o governo de Hugo Chávez, apesar de ter nascido em 1928 e de ter começado a escrever bastante jovem. A relação da sua obra literária com o cenário cultural, social e político é, pois, bastante complexo.

iSabel araúJo branco

CHAM- Universidade Nova de Lisboa isabelaraujobranco@gmail.com https://doi.org/10.14195/2183-1718_68_15

FINGLASS, P.J. and KELLY, A. (eds.), Stesichorus in Context, 211 pp., Cambridge University Press, Cambridge, 2015, ISBN 978-1-107-06973-2

Recensão recebida a 29-02-2016 e aprovada a 25-05-2016

A obra de Estesícoro de Hímera materializa, de forma tão arrebatadora quanto irónica, a constante, e por vezes súbita, alteração do estado do conhecimento moderno dos poetas da Grécia arcaica que as areias do Egito continuam a proporcionar. O legado do poeta de Hímera perdeu-se desde o séc. III d. C. até à segunda metade no séc. XX. Durante este período nada sabíamos do corpus de Estesícoro a não ser alguns comentários e citações de autores antigos. Desde as publicações dos papiros em meados da década de 50 até 1990 o interesse pela obra deste poeta tem crescido consideravelmente, sobretudo nos últimos 15 anos, em que se verifica um considerável aumento de publicações dedicadas a Estesícoro, não só em artigos, mas também em edições da sua obra.1 O volume Stesichorus in

Context, editado por Patrick Finglass e Adrian Kelly, surge da necessidade de preencher algumas lacunas ainda existentes no estudo de Estesícoro, lançando novos desafios aos estudiosos deste poeta. Volvidas seis décadas desde o aparecimento do primeiro papiro atribuído a Estesícoro, urge situar

1 No espaço de onze anos vieram a lume duas edições parcelares de Estesícoro e uma

completa: Schade, G. 2003, Stesichorus. Papyrus Oxyrhynchus 2359, 3876, 2619, 2803. Leiden – Boston – Köln; Curtis, P. 2011, Stesichoros’ Geryoneis. Leiden – Boston; Davies, M. and Finglass, P. J. 2014, Stesichorus. The Poems. Cambridge.

Referências

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