)
NQ
1
-ANO
XIII
-FLORIANÓPOLIS,
23 DE
AGOSTO
DE 1995
-CURSO
DE
JORNALISMO
DA
UFSC
saúde
o DRAMA DOS
PACIENTES
QUE
SAEM DO INTERIOR PARADISPUTAR
VAGAS
NOSHOSPITAIS DA CAPITAL
Pág.03
tce
ABRIGADOS PARTIDOSPOLíTICOS
POR UMCARGO
QUEJULGA
IRREGULARIDADES
NOSMUNiCíPIOS
Pág.OS
prodec
PROGRAMA DE INCENTIVODO
GOVERNOESTADUAL
PRIVILEGIA GRANDES EMPRESASPág.
04ufsc
OS
DOS
NAS
MICREIROS
Eles
entram
nos
computadores
da
Universidade
e acessam
o
secreto
mundo
das
notas
e
do dinheiro
Pág.03
. , . "
ZERO
AGO
95
Nareportaqemda
página
central)
ZEROtrazumamostradocaos em que se encontra o sistema de saúde
pública
no estado. Oshospitais
dacapitaljá
nãoaguentam
nematender àpopulação
local)
e a cada dia recebem mais doentes do
interior1incluindo
casos quepoderiam
sertratadosempostos
de saúdeehospttais
locais. OHospi
tal Universitário
já
avisou àsprefeituras
que colaborem avisandoantesde enviarem
pacientes
eaAssembléiaLegislativa
já
encaminhouuma
proposição
ao Governo alertandopara
estasituação.
Aproveitando
a evidência da(�uerra
jiscal"
entre osgovernadores)
ZERO trazumareportagem
mostrandoquais
asempresas
beneficiadas pelos
incentivosfiscais
dosgovernos estaduaisem SantaCatarina. O Prodec
-trunfo
de quedispõe
ogovernador
paraatrairinvestimentos
para
o Estado - concentrourecursos nas
grandes
empresas
duranteosúltimoscinco anos.Na .ontracapa, o
jornal
traz ainda opitoresco
Daltro Cavalheiroe seu
programa
semanaltransmitido aovivoemFlorianópolis)
que
já
templanos
desertransmitido em rede nacionalpela
CNT.ZERO
inaugura
comessa
edição
uma novafase
deprodução.
Com a
redação informatizada
eatransformação
dojor
nalLaboratório em
disciplina
do Curso dejornalismo
daUFS
C)
ZERO estámaispróximo
do esquema deprodução
dos
jornais-empresa.
Issosignifica
umamudança
dequalidade
no-ensino de
jornalismo
da Universidadeecom otempo
certamenterefletirá
naqualidade
dopróprio jornal.
Inaugurando
essa novafase)
ZERO trazumfuro
dereporta
gem.
Alguns
estudantesacessaram arede decomputadores
daUFSC)
conseguindo
umarquivo
com todas as senhas dos usuários dosistema. Comessas
senhas)
elespoderiam)
por
exemplo) alterar.J,fJJtas)
a
folha
depagamento
eacontabilidade da Universidade. Os Hackers) comosâo conhecidos essesinvasores
eletrônicos)
limitaram-se noentanto a
apenas
"passear"
pelos arquivos
- exclusivamenteporque
quiseram.
Em entrevistaexclusiva)
um deles alerta: o sistema daUFSCnãoé seguroe
qualquer
umque tenhaumcomputador
conectado a umalinha
telefônica pode
causarestragos.Rádios
piratas
podem
ser
legalizadas
em
Fórum
Nacional
modalidade exercida por pessoas
jurídicas
comautorização
requerida
naDelegacia Regional
do Ministério das Comuni
cações.
Comoresponsável pela
rádio,
aentidade deveránomear umconselho comunitário composto por sete membros. A rá dio comunitária
pode
atuarcomercialmente,
desde que todoodinheiro
seja
investidonaemis sora.Táasrádios livresnão
podem
veicular comerciais e teriam o
transmissor de 5 watts, dez ve
zes menos potentedo queoper
mitido para as comunitárias. Para
poder
operar urna rádio livre o interessadoprecisaria
de um certificado dehabilitação
fornecido
pelá
Delegacia
Regional
doMinistério das Comunicações.
As duas modalidadesestariam
sujeitas
a umcódigo
deética
específico.
O
antigo
Dentel seri'aencarregado
de assegurar que as novas emissoras cwnpram a
legis
lação.
Formariam ainda: Comissões
Regionais
de Assessoramentopara,
junto
àsemissoras,
opi
nar sobreo
serviço
prestado.
Oengenheiro
PauloTavares,
responsável
pela monitoração
da 107FM,
enfatiza aimportância
Nova
fase,
velhos
problemas
107FMvaiser umadas
beneficiadas pela regulamentação
do controle sobreasrádios livres.
Segundo
ofiscal,
taisrádios podem interferir não sóna
freqüên
cia das
oficiais,
mas tambémnosistema de
navegação
aéreo. Opouso por instrumentosconsiste
noenvio
pela
torrede dados quepermitam
o pouso automáticodo avião. A
freqüência
utilizada é 110Mhz epode
sofrer interferência deumarádio
operando.
próximo
do fun do dia(108
Mhz).
Malu
Gaspar
lembra que atransmissão por rádios livres e
comunitárias requerumasérie de
exigências
técnicas, impossibili
tando
qualquer
interferência, seja
nas emissoras ou no
tr-ifego
aéreo. Oresultado seráumaper
da na
qualidade
das transrnissôes,
mas, mesmoassim,
as rádios em funcionamento
já
semanifestaram a favor do
assun-to.
Malusediz
preocupada
ape
nas
quanto
aointeressedemons tradopelas
lideranças
políticas
atéomomento.
Apesar
de haveruma frente
parlamentar
unida emdefesa dademocratização
dascomunicações,
as discussõessabreareforma constitucional têm
tirado o
tempo
dosdeputados
para analisarem o
projeto.
Romeu Marlins
As
emissorasde rádio
livre,
popularmente
chamadas de "rádios
piratas", paden.
serlegalizadas
em breve. Para tanto, desde
abril,
umgrupo detrabalho foi
encarregado
de elaborar uma
proposta
deregulamen
tação
paraaradiodifusãocomunitária e radiodifusão livre. O
grupo concluiuo
projeto
no início de
junho
-: oenvioupara discussão na reunião do Fórum
Nacional
pela Democratização
dasComunicações,
de 28 a 30de
julho,
emBelo Horizonte. Paraformaro grupo de trabalho,
participaram
cinco entidades
ligadas
àdemocratização
dascomunicações
e técnicos doministério. A
direção
dos traba lhos ficou por conta de MaluGaspar,
coordenadorageral
daEnecos- Executiva
Nacional dos Estudantes de
Comunicação
Social. Malu
explica
queoprojeto
baseou-se na lei colombiana de
agosto
de94,
considerada por ela "ummarcohistórico". Aprinci
pal diferença
entrea leie a proposta
é que alegislação
colombiana não diferencia rádios co
munitárias delivres.
Segundo
aproposta
brasilei ra' rádio comunitária seriaumaJornalLaboratóriodo Curso deJornalismo da
Fotogr.afia:
AlineCabral, Bárbara Pettres, Sehnem, MaurícioOliveira, PauloHenrique
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de SantamJil1
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(UFSC-CCE),
Edição:
AlessandroBonassoli,Carlítq,:¢q§'g:/:
Móh.enVG/adinstorl\SilWiStrihf
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- CEP 38040-900��:��:':!r7c%OO�!:.st,,"::b'f/,��
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JIIJ,III::il:iiii;iii:i::ii;iiiiiiiiii:.:iiiii:.::
�*P��_������ ,,�"; �,,�� v.�'Q': J'����m'� I': G/adins/onSilvestrini, Pablo Claudino,
Sérgio
"'carlit._o ,9?sta,
'Di�gf!,!es_ �?te/�o,.
Fláyiét
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·�\'�i\,Jl��ibuifã.o .(;7��ui�",
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r -, :-..• .Se\(,erin91
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:'RbQrigues,c
G/aélin�ton'S,tvestnnt,
Josemw,.
'·'\.C,,:culaçao
Omide,
-,...:\'x-, ' ,\-_
Micreiros violam
rede
do
NPD
Viciados
em
computador,
hackers
acessam
até
o
caixa
da
UFSC
"Ao
contrário
do que
oNPD pensa,
ninguém
entra
lá
para
alterar
nota.
Todo mundo
sabe
que
isso
é crime."
LA
mgrupo de alunos da
universidade vem in
vadindo desde o ano
passado
oscomputa-dores
principais
do Núcleo de Processamento de Dados(NDP),
responsável
em armazenarnotasdos
alunos,
folha de pagamento
dos funcionáriosetodo o trabalho administrativo daUFSC. Os
hackers,
como sãoconhecidos osinvasores de siste
mas de
computador, podem
alterar as notas, a folha de paga
mentos'oudestruir
pesquisas
deváriosanos. Masnãomexem em
nada. Fazem por puro prazer.
A
ampliação
da rede dauniversidadeeconexãocom«Inter
net deu mais
possibilidades
aoshackers deentrarem no
sistema,
usando um terminal no
NPD,
computadores espalhados pela
UFSC ouatémesmo instalados
em casa. A
ação
do rackersmostra a
fragilidade
dossistemas deinformática em Santa Catarina.
Hoje
elesjá
conseguem acessaratéo sistema da Secretaria Esta
dual da Fazenda.
Zeroconversou com umde
les. Eleusa
computador
há quatro anos, nuncafez um cursona
área,
masdepois
dealguns
meses mexendo nos
computadores
dauniversidade
conseguiu
aces so a todas as senhas de acesso .aoNPD. ZERO - Como A voces a-cessam o sistema? Hack er - Uma das iormasé
te;
umasenha básicadeacesso aosistema. Amaioria dos estudantes do CTC
ganham
umapara
estu dar duranteumsemestre.Duranteesse
período
eles conseguem descobrirsenhass de
professares
eservidores)
copiam)
edepois permitem
entrarem áreas
retritas,
como o sistemade notaseo caixa da UFS C. Ou
tro
jeito
é instalarnumdos termi nais doNPDumprograma)
oSession)
quegravaasenha de todosqueutilizavam a
máquina. Após
al gumtempoé sórecuperar
oprogra
ma num
disquete
e escolhera senha mais
importante.
para
alterar nota. Todo mundo sabe queissoé crime. Seo caratemum
pouquinho
deconhecimentoelesabe que assim como não há seg
urança
para
osistema)
nãohá segurançapara quem entra nele.
Semprefica
umregistro
queagente
chama de
log.
ZERO - Masse a pessoa
quiser
mexer... .�Hacker- Ela
mexemasvaiser
pega.
Sempre ficam registros.
Sequementrasem
intenção
defazer
nada
já
éperseguido)
imagina
quemquerfazer
alguma
coisa.ZERO - Então
para que fazer isso?
Hacker- As
pessoas
procuram
quebrar
o sistemaporque
o NPDregula
aInternetpara
osalunos.Freqüentemente
ele 1?ega o acessopara
osalunosenãodizporque.
Demodo
geral
osalunos do CTC quepedem máquina
(ac�sso
aosistema)
estão
perdendo"'muita
coisapornãoteremesseacesso)sesentemlesados.
Eaía
pessoa
vailá)
tentaquebrar
osistema. vocêse
empolga)
é divertido
fuçar
um sistema.Alguns
seaquietam)
conseguemumamáqui
naficam
comelapiratamente.
Euconheço
gente que usa uma máquina
há mais de seis meses) quenão édele. A dona não usa) nem
sahe que ele
usa e eles não se co
nhecem)
o cara usa o nomedessapessoa
e consegue tudo queprecisa
da Internet. ZERO-Quanto
tempo
demora? Hacker- Daprimeira
veznóslevamos seismeses. Mas no inicio
do ano)
alguém
que eu nem conheço
descobriuporacasoqueumdos
computadores
nãotinha senha deacesso.Eaíanotíciafoi
seespal
handoeagenteía trabalhandoem
cima)
descobrindo coisas novas.Quando
alguém
descobrealgo
novo anotíci0
seespalha)
há umaredede
informações
informal
ali noCTC)
só depessoas
queque-remen-trarnoNPD. Eu
conheço
umasdezOvice-diretor do
NPD,
MárcioSelles,
confirmou que nopessoas
quefazem
isso. Estimo que inicio deagosto
todas as senhas foram trocadas para evitar odos alunos que traba-lham com
acesso dos hackers.
Segundo
ele,
o sistema de um doscom-ZERO - E o
que vocês
computaçiW
uns50% sabemcomoputadores
principais
da UFSC é muitoantigo
e não temfazem
quando
conseguemfurar.
condições
de oferecer boa segurança. Márciolembra,
que há acesso?um ano o NPD
conseguiu
rastrearalguns
rackers. "E muitoHacker
-Nada. O mais inte- ZERO
-É preciso
ser umdifícil provar quem
fez,
porisso não sepode
punir
ninguém",
resante é
quebrar
o sistema. Emexpert?
disse.geral
entramos) olhamosalgumas
Hacker-Depende
muito da "Dojeito
que a rede estáligada
naInternet,
run caraquesenhase
saímos)
as vezesdeixamospessoa.
A maioriafuça
horas,
estiverlánosEstadosUnidos,
pode
entrarnosistemada UFSCuma
piadinha.
Láno CTCeunãoaprende
na caraenacorCllfem) só",
alertaAndréMello,
analista de sistemas doNPD.Segundo
conheço ninguém quefoçaisso
para
mexendo)
eisso levaalgum
tempo.
ele,
faltamequipamentos
e programas mais modernos. "Nósalterar
alguma
coisa ouapagar
Se apessoa
já
sabeprogramar é,
.
também
ystamos
sobrecarregados
com os trabalhos paraad-dados. Ao contrário do que eles
maisfiácil)
elaconseaue
entrar no ' ..tr
--d
UFSÇ"
I t M' .'e v '.' rrurust,aç'lQ,. a .,�,compe a arCIO.
própriospensq,!1!ll1:i1JlJué11J:.t:?JPrallr
.#st.ema
eJazeroq1fç,Jf1f.Íft;1;,.·
'.",_ill' -...
-'iIÍ'iIIi'".·_·IiIiiI.·_.·
...·.·iIII·
...·.'' .... .._•.Hackermostra
q�
ninguém
temsegurançanarede da UFSeZERO - O sistema do
NPD não é
seguro?
Hacker
-Com osrecursosque
eles têmo
sistema
poderia
sermuito maisseguro. E verdade que ninguém
temsegurança total, O quepode ser-feito
é deixar tudo muitobem
registrado
para
depois
rastrearquefn
fez.
Oprograma
que controla todasas
informações
da UFSCtemumsistemade segurança.
Mas
elenâoé
eficiente)
temfalhas.
Ejus
tamenteessas
falhas
queprocura-mos,elasservemde
portas
paraac essar o sistema. Apoucotempo
o NPDdescobriuumadasportas)viaFTP
(um
dasmeiosdeacesssoàInternet).
Porela nós tínhamoscomoacessar a
máquina
quegerencia
asoutras
máquinas
daUFSC)
comacesso a senha de todasaspessoas
que utilifumo
sistema)
desde alu nosa:»'Vreitor.Agora
elesficharam
essa
porta.
Etodavezqueaconteceelestêm que recadastrar todomun
do)
perdendo
muitotempo paraisso.. rvlS LNCUJDESQLPCOG «r> ·r···''''[· rcoJ .(,,(,(-,
c-csenbu
n,l...3 (..)t.:('\I \...�.., o .r,)1) -,9t;. ·u 03091 '�j.?l 03091621 PSL:;NM( ADD ('309;62 J ZERO AGO 95 0309162; [NCUJDE EXPP�It1. .,...---�A..CCOCNT NFT4V\1XO Ej)J:SON
i).3{)�)j62]
Sérgio
Severino
Paulo de Tarso O.:'()9J62J UNI';' MAIU'.'lNT tq:; J9:l RR 0309;621 • DISCO \-VORl< 0.')09J 62JMDISK 191 33iW 023:' nos '>(/u'Knl ivIR MA1LhRR MA1LhRR
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***�*.�X
..._.._>::J"·....tn!... Ivf/>
...;NT
US[R MAILFWD CRAPULA .J.M :![l,'f A.J:lCDEG ("j.
* 1!!In/9n- SUPORTE- JAIME STECKERT
O NPD
atualiza
diariamenteumarquivo
comtodasassenhasdo
sistema,
desde coordenadorias decursoatéo diretor doNPD. Osmicreirossó
precisam
descobrircomoretiraressearquivo
via FTP(Internet).
�t...:::1
a;;;:::__N_p_D_c_o_nf_ir_m_a
_ZEIK) AGO 95 Paulo
Henrique
,Paulo
de ITarsoao
Legislativo estadual,
anualmente, um relatório "circun
stanciado" das atividades do Prodec e
Fadesc,
com o nomedas empresas
beneficiadas,
valores liberados e
amortizações
realizadas. Todas
rejeitadas
emplenário. Aprovada
nem mes mo aemenda que incluíaaFederação
das Micro ePequenas
Empresas
de Santa Catarina-Fampesc
-no Conselho Delib
erativo.
A
composição
do Conse lho que administra o Prodecpode
ser elucidativa para secompreender
porque apenasgrandes
empresas têm acesso aosempréstimos.
Além de trêssecretários de Estado e dois
representantes
dos bancos regionais
de desenvolvimento(Badesc
eBRDE),
compõem
oConselho um
representante
daOrganização
dasCooperativas
do Estado(Ocesc),
umda Federação
do Comércio(Fecomér
cio),
um daFederação
daAg
ricultura
(Faesc)
eumrepresentante da
Federação
das Indústrias
(Fiesc).
Empresas
levam
dinheiro fácil
Governo
empresta
dinheiro de
tributos
sem
juros
e
benificia
os
grandes
grupos econômicos
governo
PMDB/
O
PFL é considerado "de continuísmo"_
pelos partidos
deoposição
naAssembléiaLegis
lativa - basicamente
pelo
PTPelo menos no que se refere à
política
deincentivosfiscaisissoé verdadeiro. O
governador
Paulo Afonso Vieira(PMDB)
precisava
deuma armaparaentrar na
"guerra
fiscal" entre osEstados, pela atração
de investimentos de
grandes
empresasnacionais e
estrangeiras.
Mandou,
então,
aoLegislativo,
umprojeto
de lei(aprovado)
fazen do apenasalgumas alterações
noprograma
de Desenvolvimento daEmpresa
Catarinense - Prodec -, que há sete anos vem
beneficiando
grandes
gLUPOS econômicos de SantaCatare,1..
Umdos
objetivos
do pro grama é promoveradesconcentração
econômicaeespacial
dasatividades
produtivas.
Mas osnúmeros dos últimosanos reve
lamoutrarealidade.
Apenas
cincoempresas abocanharam71%
de todoodinheiro liberado
pelo
Prodec,
nosúltimoscincoanos.As 10 mais
aquinhoadas
levaram
87,7%.
As outras 21empresas
inscritasdividiamos12,3%
que sobraram. ASadia,
deConcórdia,
é aprimeira
dalista dos
empréstimos,
tendo recebidoR$3,15
milhões-21,54%
de todo o montanteemprestado pelo
Estado de 1990 a 1994. A Cerâmica Porto
bello,
deTijucas,
recebeuR$2,09
milhões(14,3%);
seguida pela
Akros Indústria dePlástico,
deJ
oinville,
R$l,
64milhão
(11 ,21
%);
Cerâmica DeLucca,
deCriciúma, R%1,56
milhão(10,68%)
eCooperati-d}
va Central Oeste
Catarinense,
deChapecó,
que levouR$I,55
mi lhão(10,66%).
Os dados sâo dopróprio
governo do Estado e sóforam mostradosa
pedido
dodep
utado CarlitoMerss
(PT),
quando da
tramitação
donovoprojeto
Comissão de
Finanças
da Assem bléia.A
principal mudança
feitapelo
novogoverno foioaumentodo
período
em.que as
empresas
podem
tomar"emprestado"
odinheiro
público,
decinco para 10anos, contado do início das ativ
idades donovo
empreendimento.
O Estado devolve à empresa, durante10anos,uma
parte
do ICMSque,
pressupóem-se,
o novoinvestimento vá ge-rar. No
primeiro
ano, a
empresa ficacom 75% do
montanteque deveria repassarso
Tesouro do Estado. No
segundo
ano,ficacomaté70%,
noterceiro,
até
60%,
noquarto,
até50%,
e nosúltimoscincoanos aempresa
se
apodera
de 40% doimposto
gerado.
Como a verbaemprestada tem que constar doorçamen
to, éoTesourodo Estado quere
sponde pela quantia
correspon dente O montante doemprésti
mo não
podê
ultrapassar
a 70%do valor do
investimento,
e opra zopara início daamortização
(pa
gamento)
-sem
juros
- dadívidaserá definido no
regulamento
doprograma, não
podendo
excederacincoanos.O
regulamento
é quevai determinar as
condições
para
o
enquadramento
das empresasnoProdec. Por tratar-se de regu
lamentação
de umalei,
não passará
pelo
crivodoLegislativo,
sendo elaborado
pelo
governador.
Mesmose
passasse,os
depu
tados de
oposição
poucopoderi
amalterá-lo. O governoviuapro
vadas todas asmatérias deseu
in-Divisão
dos Recursos do PRC'DEC
Fonte: Sec. deEstado daTecnologia, EnergiaeMeioAmbiente
teresse desde o início do ano.
Nãofoi diferentecom oProdec.
O
deputado
Carlito Merss ten tou.Apresentou
cinco emendas para "democratizar" a administração
do Fundo deApoio
aoDesenvolvimento
Empresarial
de Santa Catarina-Fadesc. Foram
aprovadas
na Comissão de Finanças,
inclusi.Jl'e
com ovotodosgovernistas.
Masaca't'>aramfican do de fora do parecer do relator doprojeto
na Comissão deJustiça,
deputado
Ciro Roza-líder do
PFL,
partido
que compõe
ogoverno do Estado. Navotação
eplenário,
aspropostas
dopetista
foramderrotadas,
inclusivecom osvotoscontrários dos
governistas
queas haviamaprovado,
nacomissão. Mersspreten
diacriarurnacomissãofiscaliza
dora das
ações
do ConselhoDeliberativo que vai administrar o
Fadesc,
composta
porumrepresentante da Assembléia
Legisla
tiva,
um do Ministério Públicoe outro do Tribunal de Contas
do Estado. Outra
emenda
exigia
que a Secretariado DesenvolvimentoEconômico encaminhasse
Tendo
emprestado
R$
14,6
milhões nos últimos cinco anos,restam ainda cerca de
R$
90 milhões a serem divididos entre asgrandes
empresas instaladas emSanta Catarina. Acervejar�a
Brah majá
recebeuR$
1milhãoeestánafila de espera paramaisR$60
milhões. A CerâmicaPortobello
-que
já
recebeuR$
2 milhões-está
esperando
maisR$12
milhões,
aCooperativa
CentraldoOeste,
R$
7milhões,
e acampeã,
Sadia,
maisR$I,3
milhão. ASadia éaprimeira
nalista dasmais abastecidaspelos empréstimos
do gover no do Estadonosúltimos ?J10S-R$3,lmilhão.
Para liberar os recursos, o governo
precisa
incluir os valores noorçamento do Estado. Asuplementação orçamentária
temqueser
aprovada pela
AssembléiaLegislativa.
A.pr�eira par�ela,
apr.o
vadano
primeiro
semestre, foi deR$
15milhoes,
eSUSCItouadIScussãosobre a necessidade de
fiscalização
naescolha das empresasque
podem
ter acesso'aos recursosdo Prodec.O
deputado
Carlito Merss(PT)
apresentou
emendas para alteraro
projeto
que criouoProdec,
masressalta que não éco?tra
aidéia.
"Ninguém
é contrao Prodec. Eu achomesmo que oEstadotemque
participar".
Masobservou que, dojeito
queestá,
oProdecacaba concentrando renda. "
As
grandes
empresas tem outras formas de
conseguir
empréstimos".
Paraele,
a derrubada das emendas quetentavam"democratizar"o
programa "éumindício
de,
q�e
odinheiro
público
continuará indo paraosgrandes
grupos_econorm-Merss
(P1) antecipa
quevaifiscalizar-distribuiçãtnle.recursoli'·
_.•co�,_
._-,_..-... "'...Pan:idos
brigam
pelo
TeE
Cargo
é
estratégico
para
a
aprovação
de
contas
das
prefeituras
de
SC
O
anonãotem
eleição
e oTribunal de Con
tas do Estado não tem vida
política,
mas há
tempos
os outros freqüentadores
daPraça
TancredoNevesnãofaziamtanta
agitação
porumcargo
público.
Emummêsemeiode
negociações
- algumas
escondidas,
outras nemtanto
-projetos
foramdesarqui
vados,
oblocogovernista
sedesentendeu,
partidos
brigaram
entre
si,
aConstituição
Estadual foi
questionada
e os funcionários
públicos
se rebelaram.Tudo aconteceu por causa do
PMDB
que,
pela primeira
vez,tem a chancede ocupara vaga
de conselheiro.
Embora a
Constituição
Estadual
obrigue
o escolhido adeixar todos os vínculos par
tidários,
oPMDBnão abre mãode uma candidato só seu. Nas
palavras
do líder dopartido
naAssem
bléia.
Manoel Mota, agula
dopartido
fica clara: "O PMDB tem 106 das 260 pre feituras do estado. Estaéaforma de discutir de
igual
paraigual
ascontasdasnossasadministrações",
disseodeputado.
Aimportância
da vagapode
seravaliada
pelos
númerosapresen tadospelo
presidente
do Sindicato dos Trabalhadores do Es
tadode Santa Catarina
(Sintes
pe),
Antônio Battisti: "Em1993,
das 240 contas municipais rejeitadas
pelos
auditores etécnicos,
apenas 60foram confirmadas
pelos
conselheirosdu ranteoPleno".Enqu�to
isso,
a
oposição
reclama: "tJ fiscalizador não
pode
ser indicadopelo
fiscalizado",
dizodeputa
do Carlito
Merss,
do PT Conchavo -OPFL,
que dáapoio
aogovernonaAssembléia'
aceitouapoiar
o PMDB numacordosecreto.Acondição
é que, numapróxima
vaga, ospeemedebistas
apóiem
umcandidato
pefelista.
Mas o acerto deixou deforaoP�DB
e oPD�
que
tambémdão'
apoio
aogo verno de Paulo Afonso, Revoltados com cJ descaso com
queforam
�bp:letidos,
osparti
dos resolveramseunircompar
teda
oposição,
oPTLogo após
as trêssiglas
receberamapoio
dos funcionários do
Tribunal,
que há dez anos estão queren
do mudaraformade
ocupação
docargo. A
grande
brigadeles
é tentar tirar o caráter
político
da escolha de Um conselheiro. Osfuncionários
pretendem
in cluirum nomede dentrodo Tribunalpara concorrer aocargo.
A idéia não é nova den
tro do TCE. Em 1985 oentão
deputado
estadual Edison An drino(PMDB)
apresentou
urnaproposta
paramudarosistema deeleição
que, naépoca,
era
--:J
oa.g.
vitalício
O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina foi criado
em1956 para
acompanhar
os atosde todos osórgãos
da administração
pública
catarinense. Eleéresponsável
principalmente pela
verificação
dosorçamentosmunicipais
eestaduais. Paraisto,
analisa a
legitimidade
deeditais,
licitações,
contas mensais eanuais,
convêniose
empréstimos.
Aauditoria tantopode
serfeita através daremessaobrigatória
de documentos aoTribunalcomopode
serdeslocada parao
município
ouórgão
emquestão.
Qualquer
pessoafísica e entidade
pública
ouprivada
que
utilize, guarde, gerencie,
arrecade ou administre dinheiro ou valorespúblicos
deve prestarcontas aoTCE.
.
Depois
do exametécnico;
oprocesso é
entregue
a um conselheiro
relator,
que dáseuparecer sobreotrabalho dos auditores.Ele é
encarregado,
também,
de apresentar o trabalho aos outrosseis conselheiros.
Depois
disso,
as contas sâo levadas ao Pleno-qu� é a
aprovação
emsi. EmSantaCatarina,
os conselheiros sãoindicadosalternadamente
pelo
governador
epela
AssembléiaLegis
lativa.
NoParanáo processo é
semelhante,
mas nem todosos conselheiros escolhidos dormem
tranqüilos
ànoite. Napágina
56 do livro "O Estado e aSobrevida daCorrupção",
editadopelo
Tribu nal de Contas paranaenseno anopassado,
oconselheiroJoão
Féder sepergunta
como vaiexplicar
aos seus netos suanomeação
pararuncargo
público
vitalíciosemconcurso.*•OI�6��••\ ,._.
. . ��"�.
, ._�...
-\
,.Escolha do
co1lselheiro
geraconfusão
entre assiglas
feitoatravés daescolha livre do
governador.
"Estranhoque
hoje
o mesmoPMDB está
querendo
manter o método de
eleição",
compara o
presidente
do Sintespe.
Napromulgação
daConstituição
Estadual de 1989 fieou decididoqueaescolhaseria alternadaentre oPalácio do
Governo e a Assembléia. Em
1990umconselheiroseaposen
tou
compulsoriamente
aos 70 anoseconvocou-se aeleição
quelevou Salomão Ribas
Jr.
aoTCE. Nesta
época,
odeputado
Afonso
Spaniol
criou um projeto
de lei que instituíaconcur sopúblico
paraoTribunal,
que
logo
foiarquivado. Agora,
fora dagaveta,
elevemreforçar
o artigo
61daConstituição,
quedizquetodocargo
público
deveserpreenchido
através deconcurso.Alternativa -Mas como
mudara lei estadual não é uma
coisa muito
fácil,
háumaoutratentativa. Dentro da Assem bléia existeuma
resolução,
a48/
90,
que define o encaminhamento do processo dentro do Poder
Legislativo.
Opresidente
recebe acomunicação
doTCE,
publica
no Diário da Assembléia'
institui-se uma comissãoque analisa os currículos e faz se a
eleição,
em dois turnos. Ovencedor é o que
conseguir
maioria absolutano
primeiro
ou21votos no
segundo.
Os
parlamentares
adeptos
do concurso
público
encaminharam uma
proposta
de resolução
que
continuariadeixandoa Assembléia
encarregada
daocupação
davaga. Mas deacordocom o
projeto
ela seriaaresponsável pela
administração
dos testes. O difícil éaprovar
umamedida
destas,
já
que
oPMDB,
PFL e PPR somam 30 dos 40
deputados
da Assembléia. Aoposição
contabiliza seisvotos.Mas mesmo se a·
questão
não-passar, a
d�u��o
.:vaicontinuo:
ar comorecém-fundado Fórum
para a Demo-
cratização
doTCE. Neste
sentido,
alguns
deputados
dopró-prio
PMDB tambémjá
admitem alternânciaentreconcurso eescolha da As
sembléia.
Mesmocomtodosesteses
for �s ainda existem dissidên cias dentro da
oposição.
O Sintespe
não concorda com a escolha de um técnicodo Tribu
nal,
mas quermudar aConstituição.
O PTquerotécnicoouvai se abster da
votação
parlamentar. O PDT quer o con curso
público,
pediu
odesarqui
vamentodeum
projeto
mas,aomesmo
tempo,
escolheu o exdeputado
federal DécioKnopp
para
participar
daeleição
daAssembléia. E ainda está pro metendo maisdoisnomes para a
disputa.
Nestaconfusão toda o PPRnão semanifestou,
deixando para mostrarseu candi
datona última
hora,
sem riscode
desgastes.
Qualquer
cidadãopode
concorrer, desde
que
siga
o artigo
61 daConstituição
doEstado. Os
pré-requisitos
sãoconhecimento
contábeis,
jurídi
cos,
econômicos,
financeirosoude
administração
pública
há mais de dez anos; idade entre 35 e 60anos;
idoneidade moral e
reputação
indiscutível.Não é
preciso
ter nívelsuperi
or. O cargo a ser
ocupado
nãopode
ser maistentador:
doismesesdeférias
por
ano, validação
dotempo
deserviço
deoutros cargos
públicos, gabinete
comcargos
comissionados,
R$
6,1
milpormês foraos 6% somados a cada
triênio,
saláriovinculadoaode
desembargador
-queévinculadoaode
deputa
do
estadual,
vinculado ao defederal
-e irredutibilidade de
vencimentos. Mas é o tal ne
gócio:
a Constituirão nãoper
mite
vínculo eleitoral.Flávia
Rodrigues
MarceloSantos
ZE�
AGO95
ZERO AGO 95 Alexandre Winck Paulo de Tarso
o
problema
não ésóoquanta vai se pagar, mas também
quantosterão
condições
deusufruir o sistema. Na
Argentina
200 mil consumidores de baixa
renda ficaramsem
energia
elétri ca só na Grande BuenosAires,
ern
consequência
daprivatização.
Entre 90 e92 a tarifa
argentina
passoude 22para77dólares por
megawatt/
hora. Opró-. . prw presI-dente
Carlos
Menem teve que intervir. Opresidente
doSindicato dos Eletri citários de SantaCatar-Ainda deve-se somar a isso o
possível desemprego
nosetor.Passos estima em 20 mil os em
nível
nacional,
1.700 em SantaCatarina.Isso
representa
cercademetade do
quadro
existente. Segundo
ele,
asdemissõesnãotêmnada a ver com
empreguismo
eincompetência.
"Vão sobreviversomenteoscargos
ligados
estritamente à
Broduçao.
Areas deplaneja
mento,e?genha
na e pesquisa
não vinculada direta mente à••••••••••••••
receitade-A
privatização
do
setor
naArgentina
deixou
200
mil
ina,
MauroPassos,
estima que no Brasil osetor tenha 20 milhões de con
sumidores de baixa renda. Em
Santa
Catarina,
são 200 mil."Aqui
eles pagam cinco vezesmenos que o consumidor co
mumporcausada tarifasubsidi
ada".
Descontrole- A discussão não se
restringe
à tarifa. O governo brasileiroconsegue aten
der 92% das localidades do
país
com
energia
elétricaexatamenteporque coloca
instalações
dessetipo
emlugares
nãorentáveisdoponto
de vistaeconômico.Abastecer a zona rural catarinense
custa,
segundo
aCelesc,
entre30% e40% mais que aurbana.
Esse sistema atende a 30 mil
famílias noestado.
vem
desapa-recer",
disse. Umdospincipais
argumentos em favor da
privatização
éafalta derecursosestataispara in
vestirem
expansão.
Alémdisso,
osetordeve
US$
16 bilhões aosbancos internacionais.
.{fá
previsões que apontam para uma
crise de abastecimento de ener
gia
daqui
a cinco anos. Oumenos.
Segundo
ogoverno, sãonecessários entre
R$
6 eR$
7bilhões em investimentos até 2010 ou 2015. Teriam que ser
aplicados
R$
3 bilhões ao ano,quando
malseconsegueR$
1,4
milhões.
O que se esquece, ou se
omite,
é queoestado subsidiaatarifadas indústrias que, segun
do Mauro
Passos,
é três vezesEletricidade
deve
ficar
mais
cara
Países
como
a
Inglaterra
já
chegam
a
discutir
a
reestatização
consumidores
semenergia
elétrica
mais barata que a dos consumi
dores. "Sóno ano
passado
foramR$
8bilhões deincentivos,
maisqueosuficientepara cobrirane
cessidade de
expansão",
acrescentaMorozowski.
Mesmo considerandoquese
devebuscarrecursosfora do go
verno,não éfácilincentivaraini
ciativa
privada
aisso. Oinvestimenta em novas usinas é alto
-sóa
constução
da hidrlétrica deItá custa cerca de
R$
650 milhões
-e o retorno não vem em
menos de 10 ou 15 anos. "Ne
nhum
empresário
gosta
de investirnessas
condições"
dizPassos. Mesmo que o governo
obrigue
a iniciativaprivada
a uma cota deinvestimento,
nadagarante que os recursos serão
usadosno setorelétrico
Em
relação
às empresas quejá
manisfestararn interesse emobras,
como aconstrução
dausi na deJ
acuí,
no Rio Grande doSul,
ogoverno deestariacedendoseu
patrimônio
porumpreçomuito menor e sem o retorno
devido:"O estado
já
investiuR$
500 milhões em
Jacuí
e ainicia tivaprivada
entrariacom osR$
200 milhões que
faltam,
massem a
obrigação
de devolver odi-nheiro
já
gasto.
Eles teriamum
grande patrimônio
e fontede
energia
para suas indústriasporumcustomuito maisbaixo".
A
Excelsa,
estatal doEspírito
Santo,
foiprivatizada
porR$
358milhões,
massegundo
ossindicatos valia
R$
716 milhões.
Dívida do setor
elétric._ chega
a USS 16 bilhões.É preciso
investir mais deRS 6 bilhõesnos-próximos
15anos3
aqueecostume aqru
apontar os modelos
praticados no Pri
meiro Mundo como
exemplos, pode-se
dizer que, aoprivatizar
osetorelétriconacional,
incluindoaEletrosul,
ogoverno brasileiro está fazendo
algo
que neminglês
quer mais ver.Segundo
pesquisas
publica
das na revista britânica The
Economistna
segunda
semanademarçodeste ano, dois terços da
população
daInglaterra,
considerada a terra natal do modelo
privatizador,
são a favor da reestatização
dascompanhias
deágua
eenergia
elétrica.Somente tunquarto
dosingleses
considera
positiva
a venda do setorelétrico.
Essa
rejeição
britânica nâotem
origem
num debate ideológico
deesquerda,
mas emfatosconcretoseeconômicos. Se
gundo
Marciano MorozowskiFilho,
professor
do Laboratório dePlanejamento
de Sistemas deEnergia
dalJFSC,
atarifaingle
saficoumaiscara com ofim dosubsídioestatal:
"antigamente
ataxa deretornodo se-torelétri
co britâniconãopassava de
8%,
às vezes até 5%. Com a
privati
zaçâo,
essa taxapassou para até 12%. Issoresultounum aumen
to de 45% a 50% natarifa.
É
oque vem acontecendo com os
serviços
privatizados
nomundo.inteiro,
apesar daspromessas doseconomistas brasileiros de que
tudo será "melhor emais bara to".
-
-r
Fórüm debate
normas
ISO
9000
Número
excessivo
de
instituições
certificadoras
dificulta padrão
internaci
onal
Número
de
certificados
entregues
na
América
do
Sul
Criadas
em 1987 para controlar e estabelecerpadrões
dequalidade
inter-nacionais,
as normas da sérieISO9000tornaram-sefebreno
Brasil. Nosúltimos cincoanos, 810 certificados foram concedi dos a empresas
brasileiras,
14deles em Santa Catarina. No
entanto, ofato deterumcertifi
cada não
garante
a sua aceitação
no mercado externo.Ago
ra, um grupo de 12
países,
entreeleso
Brasil,
estudaacriação
do
IAF,
sigla
eminglês
doFórum Internacional de Certifi
cação.
O lAP reuniria os siste masdecertificação
existentesemcada
país
para, dessaforma,
reconhecer todos os certificados
emitidos por eles entre os
paí
sesparticipantes.
No
Brasil,
há o SistemaBrasileiro de
Certificaçâo,
que reúneseis institutoscertificadores controlados
pelo
Inmetro,
Instituto Nacional de Metrolo
gia,
ControleeQualidade.
Existem,
porém,
em torno de 16outros institutos que não per
tencemaoSBC. Nocasodacri
ação
doIAF,
estesinstitutos teriam de se submeter a auditoria
do Inmetropara
garantir
o seureconhecimento.
Segundo
Waldir
Algerte,
coordenador do Co mitê Brasileiro deQualidade,
issoaconteceporquemuitas or
ganizações
certificadoras sao multinacionais.Hoje,
uma empresa queArgentina
Colômbia
Chile
Venezuela
ZERO AGO 95queira
obterurncertificadoescolherá no mercado urn instituto
para realizara
auditoria,
que deveficaremtornode
R$
10mil. Este· ano, atéagosto,
foram emitidos215 novos certificados da série
ISO
9000
nopaís.
Acontinuaratendência desse número dobrara
cada ano, em breve o Brasil es
taráafrente de
países
como oCanadá e o
Japão.
E fácil entenderos motivos desse crescimento.
Desde 1990o
governo brasileiro
e suas empresas só assinam con
tratos com
quem tiver o certi
ficado,como
forma de estimularamelhorana
qualidade
daindus-tria nacional. Multinacionais in
staladas no
país,
como as montadoras de
automóveis,
tem omesmonível de
exigência.
Alémdisso,
o mercado internacionaltem ficado cada vez mais exi
gente.
Naatualconjuntura,
com o câmbio desfavorecendo a indústria
exportadora,
aregra
ébasica: quem não tempreço, ao
menos
precisa
terqualidade.
Na
verdade,
ISO é asigla
de International
Organization
forStandatization,
responsável
pela criação
esistematização
dasnormas. Existem
especificações
para quase todosos
tipos
deativi-dade industrial. No
Brasil,
aadaptação
das regras ficaacargoda
Associação
Brasileira deNor mas Técnicas. Alémdisso,
há aindaoscódigos
queespecificam
que fases da
produção
possuemqualidade
total. Ocódigo
ISO9001,
porexemplo,
certifica aqualidade
desde oprojeto
até ainspeção
fmal doproduto.
Já
oISO 9002 certifica apenas a li nhade
produção
e oproduto
final'
enquanto o ISO 9003 leva emconsideração
somentea inspeção
fmal. Ao lAP devem aindajuntar-se
asgrandes
indústri as automobilísticas.Certificados distribuídos
--l
ap.",ão
ambientai
400
A fim de controlara
qualidade
daprodução
emtermosdeconservação
ambiental,
está sendo criadaasérie denormasISO 14000.Onovo
conjunto
decritériospretende
fazer com que as empresas sevejam
obrigadas
aadotarpolíticas
deproteção
aoambiente devido as
forças
do mercado. Inicialmenteprevistas
para este ano, as
novas normas devem aparecer apenas em 96 devido a dificuldade
em seestabelecer
padrões
internacionais.Em Santa
Catarina,
oDepartamento
deEngenharia
Sanitáriada UFSCe a
Fiesc/Senai
criaram oPQAIC,
Programa
deQualida
de Ambiental na Indústria Catarinese. O programa procura ade
quar as empresas catarinenses a futura série ISO 14000. Atual
mente o
PQAIC
estáprocurando
sensibilizar osempresários
danecessidade de
prevenção
dapoluição.
As indústrias que aderiremao
programa
passarão
por cincoestágios.
Além dos recursos dasinstituições,
as empresas também contribuirão com urna taxa de adesãoe opagamento
de mensalidades.Baseadana
experiência inglesa
degestão ambiental,
aISO 14000traz o conceito de reduzir a
poluição
ainda naorigem,
e não notratamentode afluentes.
Segundo
oprofessor
Fernando Sant'Anna,
responsável
pelo
PQAIC
naUFSC,
além de diminuir oimpacto
ambiental as empresas terão retorno
fmanceiro,
com aredução
decustos. 350 300 250 200 150 100 "'TI o