• Nenhum resultado encontrado

Telessaúde na formação e qualificação de profissionais para enfrentamento à sífilis

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Telessaúde na formação e qualificação de profissionais para enfrentamento à sífilis"

Copied!
30
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE

KARLA MÔNICA DANTAS COUTINHO

TELESSAÚDE NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ENFRENTAMENTO À SÍFILIS

(2)

KARLA MÔNICA DANTAS COUTINHO

TELESSAÚDE NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ENFRENTAMENTO À SÍFILIS

Relatório contendo os produtos apresentados como requisito para obtenção do título de Mestre em Gestão e Inovação em Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. Dr. Antônio Higor Freire de Morais Co-orientadora: Profa. Dra. Aline de Pinho Dias

(3)
(4)

TELESSAÚDE NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ENFRENTAMENTO À SÍFILIS

Relatório contendo os produtos apresentados como requisito para obtenção do título de Mestre em Gestão e Inovação em Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. Dr. Antônio Higor Freire de Morais Coorientadora: Profa. Dra. Aline de Pinho Dias

Produtos apresentados e aprovados em 06 de dezembro de 2019, pela banca examinadora composta dos seguintes membros:

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Prof. Dr. Antônio Higor Freire de Morais (Orientador) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

____________________________________________ Profª. Drª. Aline de Pinho Dias (Coorientadora) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

____________________________________________ Prof. Dr. João Paulo Queiroz dos Santos

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

____________________________________________ Profª. Drª. Heleni Aires Clemente

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, meus pais, irmãs, filhos, esposo, amigos e professores. O resultado de hoje é, indiscutivelmente, fruto de todas estas mãos, com importantes ensinamentos, apoios e incentivos sem os quais não teria tornado o sonho em realidade.

(6)

RESUMO

Introdução: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), milenar e reemergente,

causada pela bactéria Treponema pallidum. No Brasil, os índices de sífilis vêm aumentando significativamente devido a comportamentos sexuais de risco, multiplicidade de parceiros e relações sexuais sem uso de preservativos. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) poderá contribuir para o enfrentamento desta epidemia, uma vez que, estabelece uma forte relação entre a comunidade e o sistema de atenção primária em saúde. Todavia, faz-se necessário que os referidos profissionais sejam adequadamente qualificados. Nesse sentido, a telessaúde, em especial a tele-educação tem papel importante na qualificação de tais profissionais.

Metodologia: Foi realizado estudo bibliográfico e documental acerca do uso da mediação

tecnológica na formação permanente em saúde, bem como dos dados epidemiológicos sobre a sífilis, este último para melhor compreensão das necessidades da formação. Foi composto por três módulos educacionais, mediados por tecnologia, no formato autoinstrucional, sendo desenvolvidos de forma interativa, através da utilização de elementos visuais, auditivos, com exposição dialogada e apresentação de questões norteadoras, onde o profissional poderá realizar as atividades no dia e horário que lhe for mais conveniente, logando na plataforma do Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS). Resultados: O referido estudo forneceu subsídios para a construção de uma trilha de aprendizagem e de estratégias pedagógicas utilizando a tele-educação, ferramenta da telessaúde, para a formação de ACS no enfrentamento ao crescimento epidêmico da Sífilis através de três módulos educacionais mediados por tecnologia. Módulo 1 disponibilizado na plataforma AVASUS desde abr/2019, módulo 2 em processo de editoração e o módulo 3 em fase de elaboração de conteúdo.

Conclusão: A formação continuada dos ACS nas ações de enfrentamento e combate à sífilis

objetivam contribuir com o controle, prevenção e tratamento da sífilis. Assim, a educação mediada por tecnologia apresenta-se como uma estratégia viável sob a perspectiva técnica e econômica para a melhoria da qualidade dos serviços de assistência e rastreio do SUS (Sistema Único de Saúde).

Palavras Chaves: Aprendizagem mediada por tecnologia, Telessaúde, Tele-educação, Sífilis

(7)

ABSTRACT

Introduction: The Syphilis is a Sexually Transmitted Disease (STD), millennial and

reemerging, caused by Treponema pallidum. In Brazil, the syphilis rates have been increasing significantly due to risky sexual behavior, multiplicity of sexual partners and sexual intercourse without condoms. The Community Health Agent (CHA) can contribute to fight against this epidemic, considering the establishment of a strong relationship between the community and the primary health care system, which may corroborate even in the early detection and development of strategies that point pathways to improve the health care assistance. This requires that these professionals becoming adequately qualified. In this sense, we understand that telehealth, especially tele-education has a leading role the professional qualification.

Methodology: A bibliographic and documentary study was conducted about the use of

technological mediation in permanent health education, as well as epidemiological data on syphilis for better understanding of formation needs. This course will be composed of three educational technology-mediated modules, in the self-instructional format, developed using an interactive approach, through the use of visual and auditory elements, with dialogued exposure and presentation of guiding questions, where the professional will be able to perform the activities on-demand by logging into the SUS Virtual Learning Environment (AVASUS) platform. Results: The present study provided subsidies for the construction of a learning pathway and pedagogical strategies using the tele-education, a telehealth tool, for the formation of CHA facing the epidemic growth of syphilis, through three educational technology-mediated modules. Module 1 available on the platform AVASUS since apr/2019; module 2 in the process of editing and module 3 in the content elaboration. Conclusion: The continued formation of CHA in actions to fight against syphilis aim consequently favoring the control, prevention and treatment of syphilis. Thus, technology mediated education is a viable strategy from a technical and economic perspective to improve the quality of assistance and track services of SUS (Single Health System).

Keywords: Technology-mediated learning, telehealth, tele-education, Syphilis and

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000 habitantes), taxa de detecção de sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos), segundo

ano de diagnóstico, Brasil 2010 a 2018. ... 15

Figura 2 - Fluxo de produção dos módulos educacionais ...20

Figura 3 - Relação entre os três módulos educacionais...21

Figura 4 - Avaliação da Qualidade do Módulo pelos Usuários ... 24

Figura 5 - Perfil Profissional dos Usuários Matriculados ... 24

(9)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACS - Agente Comunitário de Saúde

AVASUS - Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS EPS - Educação Permanente em Saúde

ESF - Estratégia Saúde da Família

IST - Infecção Sexualmente Transmissível

LAIS - Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde MS - Ministério da Saúde

NESC - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde PPA - Plano Plurianual

RAS - Redes de Atenção à Saúde RN - Rio Grande do Norte

SEDIS - Secretaria de Educação a Distância

SGTES - Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SUS - Sistema Único de Saúde

TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação TV - Transmissão Vertical

(10)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 11

2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 14

2.1. Sífilis ... 14

2.2. Educação Mediada por Tecnologia ... 16

2.3. Telessaúde ... 17 3. METODOLOGIA ... 19 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 23 5. PRODUTOS ... 26 5.1. Módulos educacionais ... 26 5.2. Artigo Científico ... 26 6. CONCLUSÃO ... 27 7. REFERÊNCIAS ... 28

(11)

1. INTRODUÇÃO

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), milenar e reemergente, que continua a desafiar globalmente os sistemas de saúde. Causada pela bactéria Treponema

pallidum, apresentando um desafio à saúde pública em todo o mundo. É uma doença

transmitida por via sexual (sífilis adquirida) e vertical (sífilis congênita) da placenta da mãe para o feto. Outras formas de transmissão podem ser por via indireta e por transfusão sanguínea (DAMASCENO et al., 2014). Em 2016, a sífilis foi declarada como um grave problema de saúde pública no Brasil. Entre outras IST, o combate ao agravo faz parte dos principais instrumentos de gestão de estados, Distrito Federal e municípios (BRASIL,2018a).

A prevenção da Transmissão Vertical (TV) da sífilis – que ocorre durante o período gestacional – é prevista no Plano Plurianual (PPA) como uma prioridade. Dessa forma, a vigilância, a prevenção e o controle da sífilis são factíveis. No Brasil, em 2018, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 158.051 casos de sífilis adquirida (taxa de detecção de 75,8 casos/100.000 habitantes); 62.599 casos de sífilis em gestantes (taxa de detecção de 21,4/1.000 nascidos vivos); 26.219 casos de sífilis congênita (taxa de incidência de 9,0/1.000 nascidos vivos); e 241 óbitos por sífilis congênita (taxa de mortalidade de 8,2/100.000 nascidos vivos) (Brasil,2019c).

Mediante a este contexto, as autoridades públicas e sanitárias brasileiras está desenvolvendo e implantando ações estratégicas para fazer o enfrentamento epidêmico deste agravo, através do Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção como uma das ações estratégicas desenvolvida pelo Ministério da Saúde (MS), através do estabelecimento de convênio de cooperação técnica com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), através do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), Secretaria de Educação a Distância (SEDIS), Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Tal projeto desencadeará ações conjuntas, integradas e colaborativas, prioritariamente nas áreas de: gestão e governança; vigilância; cuidado integral; educação e comunicação

O Agente Comunitário de Saúde (ACS) contribui significativamente no cuidado do indivíduo e da família, atuando na prevenção e promoção da saúde. Entende-se que a melhoria da qualificação e formação desses profissionais de saúde acerca da doença em questão pode contribuir para o enfrentamento e detecção precoce e para um desfecho favorável dos casos de

(12)

sífilis, assim como para a elaboração de estratégias que apontem caminhos para uma assistência de qualidade.

Segundo Alcoforado (2014), a Educação e Formação ao Longo da Vida deverá ser a alavanca necessária para a construção de uma Sociedade do Conhecimento para todos, baseada num conhecimento partilhado, entendido como um bem público comum.

A educação permanente de trabalhadores da saúde faz parte da política pública do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. A educação mediada por tecnologia para os profissionais da saúde permite atingir um grande número de pessoas e proporcionar a aquisição de conhecimento o que possibilita ao profissional demonstrar sua capacidade crítico-reflexiva, habilidades e competências para o desenvolvimento de suas funções (SILVA et al., 2015).

Telessaúde é definida como a oferta de serviços ligados ao cuidado com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico (WHO, 2010). Tais serviços são providos por profissionais da área de saúde, usando tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças, bem como para a contínua educação dos profissionais envolvidos, sempre com o interesse de melhorar a qualidade de saúde das pessoas e de suas comunidades. Tal prática vem se popularizando, principalmente devido ao desenvolvimento de novas ferramentas e por diminuição substancial em seus custos de implantação (LUCENA, et al., 2015).

A utilização das ferramentas da telessaúde possibilita o fortalecimento e a melhoria da qualidade do atendimento da atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS), integrando Educação Permanente em Saúde (EPS) e apoio assistencial, por meio de ferramentas e TICs, permitindo atividades educacionais mediada por tecnologia para apoiar a qualificação de profissionais da área da saúde. Nesse sentido, a telessaúde é um grande aliado na formação de profissionais e da população em geral, não apenas com a intencionalidade de aperfeiçoamento das redes de atenção, mas também para enfrentamento de situações especificas, promovendo a atualização e melhorando a qualidade do atendimento aos pacientes, além de ter relevante importância como ferramenta de educação permanente.

A ampliação do diálogo entre os pontos de Atenção Básica e Atenção Especializada é essencial, entre outras razões, para aumentar a resolutividade da Atenção Básica e qualificar o acesso do usuário aos serviços especializados (BRASIL, 2015, p.9).

(13)

A Política de Educação Permanente em Saúde, regulamentada pela Portaria MS/GM nº 1.996, de 20 de agosto de 2007, surge como proposta para viabilizar o processo contínuo de educação, permitindo a aproximação entre o cotidiano do profissional que atua no SUS e as necessidades da população, com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços prestados. O processo de Educação Permanente em saúde veio possibilitar melhora das práticas de serviço dos profissionais da equipe de saúde, tornando-os mais envolvidos, interessados, participativos, valorizando o conhecimento dos mesmos e, também, aumentando as oportunidades de aprendizagem no próprio local de trabalho (GUIMARÃES et al., 2016).

As ações em tele-educação também têm sido estimuladas para que sejam baseadas nas necessidades práticas dos trabalhadores no cotidiano, fortalecendo a política de Educação Permanente em Saúde (FIGUEIREDO et al., 2015). Neste sentido, o presente estudo desenvolveu uma trilha de aprendizagem com três módulos educacionais autoinstrucionais utilizando a telessaúde como espaço de formação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para o enfrentamento epidêmico da Sífilis, tendo sido utilizado o Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS) para implantação dessa trilha.

(14)

2. REFERENCIALTEÓRICO 2.1. SÍFILIS

A sífilis é uma IST de evolução crônica e muitas vezes assintomática, causada pelo espiroqueta Treponema pallidum subespécie pallidum (ordem Spirochaetales) (PEELING et al., 2017). Normalmente apresentando fases distintas com sintomas específicos que é intercalada por períodos latentes. A sífilis pode ser classificada como primária, secundária, latente, terciária ou congênita (DAMASCENO et al., 2014).

No Brasil e no mundo o número de caso de sífilis chama a atenção. A sífilis congênita é uma doença que tem cura, no entanto, a sua eficácia tem baixo alcance por diversos fatores, como a falta de penicilina em âmbito mundial, por exemplo (WHO,2010). Na Figura 1, observa-se a evolução das taxas de sífilis de 2010 a 2018. Nesse período, verifica-se que a taxa de incidência de sífilis congênita aumentou 3,8 vezes, passando de 2,4 para 9,0 casos por mil nascidos vivos, e a taxa de detecção de sífilis em gestantes aumentou 6,1 vezes, passando de 3,5 para 21,4 casos por mil nascidos vivos. A sífilis adquirida, agravo de notificação compulsória desde 2010, teve sua taxa de detecção aumentada de 34,1 casos por 100.000 habitantes em 2015 para 75,8 casos por 100.000 habitantes em 2018 (BRASIL, 2019c).

ACS no desenvolvimento de suas atribuições, contribui com o cuidado aos indivíduos e às famílias, ressaltando que este profissional possui um papel importante, principalmente pelo vínculo que é estabelecido com a família, proporcionando confiança e respeito, aspectos fundamentais na promoção da saúde (DE MELO et al., 2015).

O papel do ACS é de mediador entre os saberes técnicos e populares, entre equipe de saúde e comunidade. Este profissional se alimenta de saberes técnico-científicos e está provido da cultura local de saúde. Uma das potencialidades inerentes ao trabalho do ACS está na possibilidade de superação da dicotomia existente entre os saberes técnicos e os saberes da população, em direção a construção de discursos que promovam compreensões e vivências ampliadas do conceito de saúde. Dessa forma, ele se destaca como agenciador de ações e práticas emancipadoras em saúde (MACIAZEKI-GOMES et al., 2016).

Em quatro municípios do estado do Pará, sendo eles, Benevides, Cametá, Oriximiná e Tucuruí foi realizado um estudo com 366 ACS mostrando que o conhecimento destes profissionais sobre IST é parcial. Este estudo demonstrou, ainda, que os ACS não conheciam algumas ISTs. Sendo necessário o desenvolvimento de ações educativas, contribuindo para o

(15)

prevenção e controle da sífilis nos municípios (TEIXEIRA et al., 2012). O mesmo pode ser observado no estudo realizado por Martins et al. (MARTINS et al., 2014) com 20 ACS do município de Sobral/CE. Esta pesquisa enfatizou a importância da ação educativa para o fortalecimento das atividades destes profissionais, no que diz respeito à promoção, prevenção e controle da sífilis no território onde atuam. Considerando que as discussões, problematizações e propostas de intervenção geradas favoreceram o aprendizado sobre a temática.

Figura 1 - Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000 habitantes), taxa de detecção de sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis congênita (por 1.000

nascidos vivos), segundo ano de diagnóstico, Brasil 2010 a 2018.

Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), atualizado em 30/06/2019.

Nesse contexto o desenvolvimento de ações educativas junto aos ACS é uma estratégia sistemática que vem sendo adotada em várias frentes como ação de enfrentamento à Sífilis e fortalecimento do SUS por meio da educação e formação continuada dos profissionais de saúde que estão em contato mais próximo com a população, contribuindo para o aprendizado e desenvolvimento de competências necessárias possibilitando o desencadeamento de ações voltadas à promoção da saúde, prevenção e controle da sífilis, desenvolvidas de forma

(16)

2.2. EDUCAÇÃO MEDIADA POR TECNOLOGIA

Até o final do século XX as tecnologias em saúde eram tratadas quase como sinônimo de tecnologias para medicina, quando passaram a ser pensadas de forma mais ampla, integrando a relação produto-processo e as relações sociais em que estão inseridos os atores que a constroem. O emprego da tecnologia em saúde desdobra-se em duas concepções: o saber tecnológico para a produção dos cuidados em saúde, e modelos tecnológicos do trabalho, que trata da organização para um modo de produzir. A partir da organização para a produção encontramos os modelos tecno-assistenciais ou modelos assistenciais em saúde (NILSON et al., 2018).

No contexto nacional, o marco de destaque na política de educação dos profissionais da saúde foi a criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), no ano de 2003, que possibilitou a institucionalização da política de educação na saúde e o estabelecimento de iniciativas relacionadas à reorientação da formação profissional, com ênfase na abordagem integral do processo saúde-doença, na valorização da Atenção Básica e na integração entre as Instituições de Ensino Superior (IES), serviços de saúde e comunidade, com a finalidade de propiciar o fortalecimento do SUS (BRASIL, 2018b, p.9).

Atualmente vivemos na chamada era digital, onde a base do conhecimento está em constante expansão, inovações possibilitam novas situações de aprendizagem, trabalhos mudam rapidamente e, portanto, há uma forte demanda pela educação continuada, muitas vezes em áreas específicas de conhecimento. A aprendizagem mediada por tecnologia é uma maneira conveniente e eficaz de fornecer essa aprendizagem ao longo da vida. Aprendizes ao longo da vida em geral trabalham e tem famílias, e assim realmente apreciam a flexibilidade do estudo utilizando as tecnologias de informação e comunicação (BATES, 2016).

Educação mediada por tecnologia é uma modalidade de educação na qual a aprendizagem relaciona-se mais com modos de acesso, com metodologias, estratégias pedagógicas tendo todas as características necessárias para favorecer a postura ativa de educação permanente e aprendizagem autônoma (DE LOURDES GOTTARDI, 2015). No ambiente virtual de aprendizagem, alunos desenvolvem a capacidade de determinar seu ritmo, de acessar o conteúdo quando e quantas vezes forem necessárias na busca da compreensão do que desperta interesse e desejo de aprender. A autonomia de aprendizagem é democrática, requer disciplina, planejamento, decisão, organização, persistência, motivação e responsabilidade, sendo o estudante protagonista na construção da autonomia processual e contínua.

(17)

O setor da saúde demanda a necessidade do desenvolvimento e uma postura crítico-reflexivo dos profissionais, para a garantia da qualidade da assistência prestada à população. Neste sentido, é necessário a aquisição de conhecimentos e competências técnicas de forma a promover o desenvolvimento profissional. Assim a educação permanente em saúde é uma ótima ferramenta de apoio para suprir a necessidade dos profissionais da saúde relativas à sua formação continuada e qualificação (SILVA et al., 2015).

2.3. TELESSAÚDE

Telessaúde refere-se à prestação de serviços de atenção à saúde por meio do uso de TICs, de forma a superar a barreira da distância e aproximar os profissionais aos serviços de saúde, promover acesso e melhorar a qualidade da assistência com apoio à tomada de decisão pelos profissionais, compartilhar e coordenar os recursos geograficamente distribuídos, otimizando seu uso e garantindo a oferta qualificada de diferentes especialidades em saúde (NILSON et al., 2018). Abrangendo os profissionais de saúde em geral, incluindo médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, técnicos, ACS entre outros.

A Portaria nº 35, de 04 de janeiro de 2007, que instituiu, no âmbito do Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Telessaúde promoveu a telessaúde no Brasil ao status de política pública. No primeiro momento, esse programa surgiu como projeto piloto em nove estados da federação, com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento na atenção primária no SUS, integrando a educação e saúde por meios de ferramentas de tecnologias da informação (FIGUEIREDO; GUEDES, 2018). Posteriormente, com a Portaria nº 402, de 24 de fevereiro de 2010, a telessaúde foi efetivada como política pública nacional, através do Programa Nacional de Telessaúde. Em 2011, este programa foi denominado Telessaúde Brasil Redes, com expansão e implantação de novos núcleos de telessaúde nos estados brasileiros, pela Portaria nº 2.546, de 27 de outubro de 2011, redefiniu e ampliou o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (SILVA, 2017).

A aplicabilidade do uso da telessaúde é diversa, considerando-se as necessidades e ferramentas envolvidas. No contexto da Atenção Primária, a Portaria n° 2.546, de 27 de outubro de 2011, do Ministério da Saúde (MS), aborda sobre alguns serviços disponíveis aos profissionais e trabalhadores das Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Sistema Único de Saúde (SUS) e define teleconsultorias, Segunda Opinião Formativa, Tele-educação e

(18)

A tele-educação é uma estratégia de educação mediada por tecnologia por conceber que os profissionais separados geograficamente tenham formação no mesmo momento, ou em horários distintos sem o prejuízo do conteúdo. Com base na temática de formação mediada por tecnologia, o AVASUS é uma ferramenta de tele-educação, um espaço virtual onde a aprendizagem é desenvolvida pelos profissionais e alunos da área de saúde com o objetivo de qualificar a formação, a gestão e a assistência no SUS.

A plataforma do AVASUS foi idealizada pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde e desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), já tendo beneficiado milhões de pessoas, voltado para a qualificação, gestão e assistência no SUS (BRASIL,2019). Os módulos educacionais disponíveis no AVASUS são compostos por diversas mídias (textos, áudios, vídeos) que abordam temas clínicos e de organização do processo de trabalho elaborados por instituições de ensino. O AVASUS tem como missão promover o conhecimento integrado e acessível em educação para a saúde (MORAIS et al.,2019).

Considerando a importância dos ACS, no contexto de mudanças de práticas de saúde e seu papel social junto às comunidades, verificou-se a necessidade do desenvolvimento de ações educativas junto aos ACS, contribuindo para a formação e qualificação destes profissionais no enfrentamento à sífilis, de forma que possibilite o desencadeamento de ações voltadas à promoção da saúde, prevenção e controle deste agravo epidêmico através de uma trilha de aprendizagem utilizando módulos educacionais autoinstrucionais. Visto que, esta modalidade favorece autonomia ao aluno através de um material intuitivo, autoexplicativo, além de flexibilizar o acesso ao ambiente virtual de forma independente e podendo acompanhar os módulos no momento que achar propício.

(19)

3. METODOLOGIA

Foi realizado um estudo bibliográfico, para melhor compreensão do uso da mediação tecnológica na formação permanente em saúde, onde buscamos nas bases de dados, BVS, LILACS, SCIELO, MEDLINE, os trabalhos e experiências com Sífilis, mediação tecnológica em discussão na área da saúde, formação de profissionais da saúde, telessaúde e tele-educação. Em seguida, foi feito estudo documental acerca dos dados epidemiológicos sobre a sífilis, dados de diagnóstico realizado no âmbito do projeto Sífilis Não, a fim de compreender as necessidades incipientes de formação dos profissionais.

A partir deste estudo bibliográfico e documental, foi proposto a construção de uma trilha de aprendizagem e de estratégias pedagógicas utilizando a tele-educação, ferramenta da telessaúde, para a formação e qualificação do ACS no enfrentamento ao crescimento epidêmico da Sífilis. Esta é composta por três módulos educacionais mediados por tecnologia, autoinstrucional, sendo desenvolvido de forma interativa, através da utilização de elementos visuais, auditivos, com exposição dialogada e apresentação de questões norteadoras.

O conteúdo será apresentado de forma integrada, promovendo uma visão sistêmica do tema proposto onde o profissional poderá realizar as atividades no dia e horário que lhe for mais conveniente, logando na plataforma do AVASUS. A avaliação do módulo está estruturada como autoavaliação da aprendizagem, ocorrendo de forma contínua e processual, sendo disponibilizada ao final de cada unidade.

A proposta para criação da trilha de aprendizagem partiu da necessidade de criação de três módulos complementares para contribuir com a formação continuada desses profissionais, tendo como estratégia pedagógica, primeiramente, o conhecimento do profissional no programa Telessaúde Brasil Redes, por meio de TICs. O fluxo de produção de todos os módulos propostos para essa trilha de aprendizagem segue a metodologia definida por Burlamaqui (BURLAMAQUI et al., 2016) conforme a Figura 2. A Figura 3 ilustra a relação entre os três módulos.

O módulo 1 (Telessaúde: Uma introdução aos serviços e formação de profissionais), o profissional da área da saúde conhecerá o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes na promoção a qualificação das equipes de saúde e a sua atuação na atenção básica como uma

(20)

ferramenta de apoio educacional e assistencial, compreenderá o processo de solicitação de uma teleconsultoria (Brasil, 2019b).

O módulo é composto por quatro unidades com carga horária de 60 horas/aula. • Unidade 1 - Telessaúde

• Unidade 2 – Teleconsultoria • Unidade 3 – Telerregulação

• Unidade 4 – Resposta de uma teleconsultoria

A unidade 1 é composta por cinco aulas e tem por objetivo identificar os principais conceitos que permeiam o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes como ferramenta de apoio educacional e retaguarda assistencial. A unidade 2 possui três aulas e detalha todo o processo de solicitação de uma teleconsultoria, a unidade 3 é constituída por duas aulas e envolve a compreensão do protocolo de telerregulação e auditoria e a unidade 4 é formada por quatro aulas, onde explica como são montadas as respostas das teleconsultorias.

Figura 2 – Fluxo de produção dos módulos educacionais.

(21)

Fonte: Autoria própria.

No segundo módulo (Introdução à Plataforma do Telessaúde do RN), o profissional conhecerá a plataforma de telessaúde do núcleo técnico científico do Rio Grande do Norte (RN) e será capacitado nas principais funcionalidades do sistema, visando oferecer as condições mínimas de operacionalização, detalhando o processo de solicitação e resposta de uma teleconsultoria, como ferramenta de apoio educacional e retaguarda assistencial.

O segundo módulo é composto por três unidades com carga horária de 30 horas/aula. • Unidade 1 – Conhecendo a plataforma e solicitando uma teleconsultoria • Unidade 2 – Como regular e responder uma teleconsultoria

• Unidade 3 – Conhecendo o processo de solicitação de exames

A unidade 1 possui quatro aulas e tem por objetivo conhecer a Plataforma do Núcleo de Telessaúde do RN, detalhar as funcionalidades de cada perfil de usuário e conhecer o fluxograma de solicitação de teleconsultoria assíncrona e síncrona. A unidade 2 possui três aulas e detalha todo o processo de regulação e resposta das teleconsultorias na plataforma e a unidade 3 é constituída por quatro aulas e detalha o processo de solicitação, regulação e agendamento de exames através da plataforma de telessaúde do RN.

O terceiro módulo (Formação de ACS no enfrentamento a Sífilis utilizando a Telessaúde) tem como proposta a formação do ACS no enfrentamento a Sífilis, em uma

MÓDULO 1 – Telessaúde: Uma Introdução aos Serviços e Formação de Profissionais

MÓDULO 2 – Introdução à Plataforma do Telessaúde do RN. MÓDULO 3 – Formação para ACS no

enfrentamento a Sífilis utilizando a Telessaúde.

(22)

atualização destes profissionais através de aprendizagem mediada por tecnologias. O módulo se propõe a fornecer estratégias que possibilite a formação e atualização em consonância com o projeto Sífilis Não, orientando a conduta do profissional de saúde, qualificando a linha de cuidado e promovendo uma atenção integral aos usuários do SUS.

Sendo abordados temas como prevenção, promoção à saúde, sexualidade, gestão, e também contextualizar a sífilis no universo das IST. Promovendo a aquisição do conhecimento e das habilidades necessárias para o aprimoramento na área de atuação deste profissional, com repercussão em seu crescimento profissional e institucional, além de oferecer o suporte necessário para prover um cuidado mais seguro, humanizado e qualificado.

O terceiro módulo é composto por quatro unidades com carga horária de 30 horas/aula. • Unidade 1 – Conceituando e classificando a sífilis

• Unidade 2 – Avaliação e manejo no adolescente, adulto e idoso • Unidade 3 – Manejo da Criança, gestante e recém-nascido • Unidade 4 – Vigilância Epidemiológica

A primeira unidade será composta por três aulas conceituando e classificando a sífilis e as suas formas de apresentação clínica, diferenciando de outras patologias. A segunda unidade será constituída por três aulas e será relacionada a avaliação e manejo no adolescente, adulto e idoso. A terceira unidade possuirá três aulas e estará relacionada ao manejo da criança, gestante e recém-nascido e a quarta unidade será constituída por duas aulas relacionada a vigilância epidemiológica, conhecendo o sistema de notificação e o fluxo de informação.

Nesse contexto, não se pode pensar em estratégias de enfrentamento ao crescimento epidêmico da sífilis sem considerarmos a dimensão da educação aliada à comunicação, ou à educomunicação, isso porque, as políticas públicas nessa área precisam atingir, em grande escala, diferentes grupos, quais sejam: gestores, profissionais da saúde e a população em geral, que estão expostos a diversos fatores que contribuem para a desinformação, os diagnósticos imprecisos e a notificação tardia de agravos.

(23)

4. RESULTADOSEDISCUSSÕES

Os estudos realizados até o momento demonstram a necessidade da construção de uma trilha de aprendizagem que possibilite a formação, atualização e qualificação, utilizando a estratégia de educação mediada por tecnologia, com flexibilidade e autonomia na aprendizagem para a formação dos ACS no enfrentamento à Sífilis, pois a realização da ação educativa junto aos ACS contribuiu para o fortalecimento do trabalho desses profissionais, a partir da apropriação do conteúdo estudado no que diz respeito à prevenção, controle e tratamento da sífilis.

O primeiro módulo educacional, Telessaúde: Uma Introdução aos Serviços e Formação de Profissionais, foi disponibilizado na plataforma do AVASUS no dia 02/04/2019, autoinstrucional, com carga horária de 60 horas/aula (Brasil, 2019b). No dia 07/11/2019 foi observado um total de 2021 alunos matriculados, destes 1384 concluíram, avaliaram o módulo pertinente a satisfação e com direito a certificação.

A Figura 4 demonstra o resultado da avaliação do módulo 1 pelos usuários com base em uma nota que varia de 1 a 5 (sendo 1 a pior nota e 5 a melhor nota), onde 1.127 usuários responderam a avalição e 95% dos usuários atribuíram nota 5.

A Figura 5 apresenta o perfil profissional dos usuários matriculados, onde estudantes, médicos, ACS e enfermeiros foram os perfis que mais se matricularam no módulo. Muito embora seja voltado para a formação dos profissionais de saúde o módulo é aberto ao público em geral. Atualmente o ambiente do AVASUS não apresenta detalhes sobre quem são esses estudantes, como por exemplo que curso estão fazendo ou em que período se encontram.

Na Figura 6, observa-se a quantidade de usuários por estado brasileiro que foram matriculados no módulo, onde houve a abrangência em toda a federação, verificando-se também que houve três matrículas do exterior, 212 usuários não identificaram a localização e que São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Norte foram os estados que mais se matricularam no módulo.

(24)

Figura 4 - Avaliação da Qualidade do Módulo pelos Usuários

Fonte: Autoria própria.

Figura 5 - Perfil Profissional dos Usuários Matriculados

50 40 2 6 1 15 16 2 48 1524 1 10 2 2 232 1 1 9 1 1 1 4 44 5 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 A CS A G EN TE DE CO MBA TE À S E N DE M IA S A SS IS TE N TE A DM IN IS TR A TIV O A SS IS TE N TE S OCI A L A U X IL IA R DE E SCR IT Ó R IO A U X IL IA R E M S A ÚD E B UCA L CIR UR G IÃ O -DE N TIS TA DIG IT A DO R EN FE RMEIR O ES TUD A N TE FA R MA CÊ UT ICO FIS IO TE R A P EUT A FO N O A UD IÓ LO G O G ES TOR MÉ DICO N U TR ICI O N IS TA PE D A G O G O PSICÓ LO G O RE CEP CIO N IS TA TÉ CN ICO E M A DM IN IS TR A ÇÃ O TÉ CN ICO E M PA TO LO G IA CL ÍN ICA TÉ CN ICO E M RA DIO LO G IA E IMA G EN O LO G IA TÉ CN ICO O U A UXIL IA R DE E N FE R MA G EM TE R A PE UT A O CU P A CIO N A L

(25)

Fonte: Autoria própria.

O segundo módulo educacional, Introdução à Plataforma do Telessaúde do RN, possui carga horária de 30 horas/aula, atualmente encontra-se em fase de teste na plataforma modelo do AVASUS. O mesmo estará disponível na plataforma em janeiro/2020.

O terceiro módulo tem como proposta a formação do ACS no enfrentamento a Sífilis, com carga horária de 30 horas/aula. Atualmente o módulo está em processo de elaboração de conteúdo. Muito embora tenha como público alvo os ACS, a inscrição será aberta ao público em geral, com o objetivo promover a formação e atualização dos profissionais e população. O módulo se propõe a fornecer subsídios, que orientam a conduta do profissional de saúde na promoção de uma atenção integral aos usuários do SUS.

(26)

5. PRODUTOS

5.1. MÓDULOS EDUCACIONAIS

Disponibilizado na plataforma AVASUS em 02/04/2019.

• Módulo 1 – Telessaúde: Uma Introdução aos Serviços e Formação de Profissionais.

https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=276.

Em revisão (plataforma AVASUS):

• Módulo 2 – Introdução à Plataforma do Telessaúde do RN.

Em desenvolvimento (elaboração de conteúdo):

• Módulo 3 – Formação para ACS no enfrentamento a Sífilis utilizando a Telessaúde.

5.2. ARTIGO CIENTÍFICO

O artigo será publicado, após a disponibilização do segundo e terceiro módulo educacional na plataforma AVASUS.

Em desenvolvimento.

(27)

6. CONCLUSÃO

A educação em saúde, com uso da mediação tecnológica na formação e qualificação dos profissionais, reveste-se de potencialidades, não como uma solução para os problemas, mas, cumprindo papel relevante de utilização de novos espaços de formação, atendendo às necessidades educacionais de uma sociedade global que necessita, cada vez mais, de flexibilidade de tempo, autonomia e espaços formativos (HELENA et al., 2014).

Assim, a realização de uma trilha de aprendizagem e de estratégias pedagógicas utilizando a tele-educação, ferramenta da telessaúde, para a formação e qualificação de ACS no enfrentamento ao crescimento epidêmico da Sífilis contribuirá para o fortalecimento na atuação desses profissionais no que diz respeito à prevenção, tratamento e controle da sífilis. Ampliando e melhorando as possibilidades de reflexões e análises, assim como propondo ofertas para o processo de trabalho, para a gestão e para o cuidado em sífilis na perspectiva da integralidade, na busca da superação de importantes situações-problema vivenciadas pelos ACS.

Portanto, a estratégia pedagógica proposta utilizando uma trilha de aprendizagem no enfrentamento da sífilis, através de três módulos educacionais autoinstrucionais na plataforma do AVASUS, apresenta um fortalecimento na qualificação e formação continuada dos ACS, de modo que estes sejam capazes de desenvolver habilidades no ambiente de trabalho com base nos conteúdos oferecidos nos módulos, ressaltando que estes profissionais possuem um papel fundamental no processo de trabalho da Estratégia Saúde da Família (ESF), principalmente pelo vínculo que estabelecem com a família, proporcionando confiança e respeito, aspectos fundamentais na promoção da saúde.

Nesse sentido, a ação educativa é positiva e contribui para uma atuação mais efetiva e eficaz dos ACS na comunidade, consequentemente favorecendo ao controle, prevenção e tratamento da sífilis. Assim, considera-se que tanto os gestores como os profissionais de saúde estejam sensíveis à problemática deste agravo, sendo necessário a educação permanente como estratégia para a melhoria na qualidade da assistência aos usuários do SUS.

(28)

7. REFERÊNCIAS

ALCOFORADO, J. L. Uma Educação Para Todos , Ao Longo E Em Todos Os Espaços Da Vida : Desafios Para a Construção De Políticas Públicas Promotoras De Uma Cidadania Planetária Crítica e Ativa. p. 14–34, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Ambiente virtual de aprendizagem do SUS – AVASUS. Disponível em: <https://avasus.ufrn.br/>. Acesso em: 03 nov. 2019a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Ambiente virtual de aprendizagem do SUS – AVASUS. Disponível em: https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=276. Acesso em: 07 nov. 2019b.

BATES, A. W. (TONY). Educar na era digital: design, ensino e aprendizagem. 1a edição

ed. São Paulo: [s.n.], 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico, v. 49, n. 45, p. 1–43, 2018a. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Sífilis 2019, p. 1–44, 2019c.

BRASIL. Ministério da Saúde. Redes Custeio dos Núcleos de Telessaúde - Manual Instrutivo.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.,

p. 32p, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que

se tem produzido para o seu fortalecimento? p. 78, 2018b.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.546, de 27 de outubro de 2011 que redefine e

amplia o Programa Telessaúde Brasil, que passa a ser denominado Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes). 2011. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2546_27_10_2011.html>. Acesso em 24 jul. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 35, de 04 de janeiro de 2007 que institui, no

âmbito do Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Telessaúde. 2007. Disponível em:

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/fevereiro/13/portaria35-04012007.pdf Acesso em 24 jul. 2019.

(29)

Família no Sistema Único de saúde, instirui o Programa Nacional de Bolsas do Telessaúde Brasil e dá outras providências. 2010. Revogado pela PRT GM/MSnº2.546 de 27.10.2011

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt0402_24_02_2010.html. Acesso em 24 jul. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.996, de 20 de agosto de 2007 que dispõe sobre

as diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em

Saúde. 2007 Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt1996_20_08_2007.html. Acesso em 24 jul. 2019.

BURLAMAQUI, A. A. et al. DESIGN INSTRUCIONAL PARA CURSOS A

DISTÂNCIA : Um Guia para a construção de material didático do AVASUS. Natal, p.28,

2016.

DAMASCENO, A. B. A. et al. Sífilis na gravidez. Revista Hospital Universitário Pedro

Ernesto, v. 13, n. 3, p. 88–94, 2014.

DE LOURDES GOTTARDI, M. A autonomia na aprendizagem em educação a distância: competência a ser desenvolvida pelo aluno. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a

Distância, v. 14, 2015.

DE MELO, M. B.; QUINTÃO, A. F.; CARMO, R. F. O Programa de qualificação e Desenvolvimento do agente comunitário de saúde na perspectiva dos diversos sujeitos envolvidos na atenção primária em saúde. Saude e Sociedade, v. 24, n. 1, p. 86–99, 2015. FIGUEIREDO, A. M.; GUEDES, T. A. L. Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes. In: SEDIS/UFRN (Ed.). . A Telessaúde no Brasil e a Inovação Tecnológica na Atenção

Primária. 2o ed. Natal: [s.n.]. p. 27–46, 2018.

FIGUEIREDO, A. M. DE et al. Curso autoinstrucional em telessaúde: uma visão geral. Revista

Brasileira de Inovação Tecnológica em Saúde, v. 4, p. 43–50, 2015.

GUIMARÃES, E. M. P. et al. Teleconsutoria E Videoconferência Como Estratégia De Educação Permanente Para As Equipes De Saúde Da Família. Cogitare Enfermagem, v. 20, n. 2, p. 376–384, 2016.

(30)

LUCENA, B. E. DE B.; JUNIOR, J. D.; DINIZ, R. V. Z. Telessaúde como ferramenta de apoio à atenção primária à saúde: um olhar sobre as teleconsultorias em cardiologia. Revista

Brasileira de Inovação Tecnológica em Saúde, p. 38–47, 2015.

MACIAZEKI-GOMES, R. DE C. et al. O trabalho do agente comunitário de saúde na perspectiva da educação popular em saúde: possibilidades e desafios. Ciência & Saúde

Coletiva, v. 21, n. 5, p. 1637–1646, 2016.

MARTINS, K. et al. Ação educativa para agentes comunitários de saúde na prevenção e controle da sífilis. v. 27, n. 3, p. 422–427, 2014.

MORAIS, I. R. D.; VALENTIM, R. A. DE M.; COSTA, S. M. DA. Formação mediada por

tecnologia: Impacto do AVASUS nos serviços de saúde. SEDIS/UFRN, 2019. 150p.

NILSON, L. G. et al. Telessaúde: Da Implantação Ao Entendimento Como Tecnologia Social.

Revista Brasileira de Tecnologias Sociais, v. 5, n. 1, p. 33, 2018.

PEELING, R. W. et al. Primer: Syphilis. Nature Reviews Disease Primers, v. 3, 2017. PIROPO, T. G. DO N.; AMARAL, H. O. S. DO. Telessaúde, contextos e implicações no cenário baiano. Saúde em Debate, v. 39, n. 104, p. 279–287, 2015.

SILVA, A. DAS N. et al. Limites e possibilidades do ensino à distância (EaD) na educação permanente em saúde: revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, n. 4, p. 1099– 1107, 2015.

SILVA, E. A. A Telessaúde e seus impactos na formação continuada dos profissionais de saúde em Rede. EmRede - Revista de Educação a Distância, v. 4, n. 1, 2017.

TEIXEIRA, E. et al. Conhecimentos-procedimentos de agentes comunitários de saúde sobre doenças sexualmente transmissíveis: pistas para educação permanente na Amazônia.

Enfermagem em Foco, v. 3, n. 2, p. 71–74, 2012.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Telemedicine: Opportunities and developments in Member States. Global Observatory for Health Series, v. 2, p. 96, 2010.

Referências

Documentos relacionados

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Network Support Specialist Network Administrator Network Analyst Help Desk Technician Security+ Network+ plus 2 years technical networking. experience, with an emphasis

5.42 apresentamos alguns diagramas de fases, obtidos numericamente para valores distintos de r, para evidenciar como a varia¸c˜ao das intera¸c˜oes de troca entre os spins afeta

Essa tarefa não tem a necessidade de interface com o usuário, tornando-se uma boa candidata ao processamento em lotes, normalmente utilizados como a divisão

Objetivou-se com este estudo avaliar a qualidade de leite pasteurizado com inspeção estadual pela pesquisa de estafilococos coagulase positiva, sua

O capítulo I apresenta a política implantada pelo Choque de Gestão em Minas Gerais para a gestão do desempenho na Administração Pública estadual, descreve os tipos de

Inicialmente, até que as ações estejam bem delineadas, a proposta é de que seja realizada apenas uma reunião geral (Ensino Fundamental e Educação Infantil)

Com a mudança de gestão da SRE Ubá em 2015, o presidente do CME de 2012 e também Analista Educacional foi nomeado Diretor Educacional da SRE Ubá e o projeto começou a ganhar