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PRIVACIDADE INTRADOMICILIAR: UM ESTUDO SOBRE AS NECESSIDADES DE AMPLIAÇÕES EM RESIDÊNCIAS

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Academic year: 2021

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População e Desenvolvimento: decifrando conexões

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RIVACIDADE INTRADOMICILIAR

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UM ESTUDO SOBRE AS NECESSIDADES DE AMPLIAÇÕES EM RESIDÊNCIAS

*

Gustavo Henrique Naves Givisiez1

Elzira Lúcia de Oliveira2

Palavras Chave: Densidade Domiciliar; Habitação; Déficit Habitacional

É inquestionável que uma habitação adequada deve constar de um espaço protegido das intempéries, com condições favoráveis de salubridade, privacidade e segurança. Um ponto relevante refere-se ao tamanho das residências e a capacidade de abrigar adequadamente famílias de composições variadas com critérios mínimos de privacidade e conforto. Assim, parte das ações governamentais, direcionadas à população de baixa renda, deve envolver a construção de casas, requalificação de imóveis e a prestação de assistência técnica. A proposta do presente artigo é discutir o critério da privacidade interna das moradias, estimada por meio da densidade excessiva de moradores por dormitórios, no caso do déficit habitacional adotado pelo governo brasileiro. Embora esse critério detecte satisfatoriamente moradias pequenas com famílias grandes, ele ignora o sexo e a idade dos moradores. Sendo assim será sugerido um indicador de Necessidades de Ampliações estimado a partir do número desejável de cômodos, dormitórios e banheiros, com base na idade, relação de parentesco e sexo dos membros. O total de cômodos desejados é contraposto com o total de cômodos existentes e para se estimar a demanda potencial por reformas, que é ainda qualificada em níveis de precariedade. Entende-se que o indicador proposto é útil na aplicação de políticas públicas voltadas à reforma e ampliação de residências, assim como nas políticas de assistência técnica. Os resultados encontrados indicam que 46% dos domicílios, em 2008, demandam reformas ou ampliações e a qualificação dessa demanda indica que 30% do total de domicílios seriam qualificados no correspondente à necessidade mais branda e, nesses termos, políticas públicas destinados à reformas poderia ser focalizada, por exemplo, em níveis mais avançados de inadequação que totalizariam 15,6% dos domicílios. A maior proporção de domicílios adequados é verificada na região Sul (67%), e a pior região é a região Norte, onde apenas 37% dos domicílios são adequados.

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Doutor em Demografia; Professor da Universidade Federal Fluminense; e-mail: ghnaves@globo.com 2 Doutora em Demografia; Professora Universidade Federal Fluminense; e-mail: elziralucia@globo.com

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RIVACIDADE INTRADOMICILIAR

:

UM ESTUDO SOBRE AS NECESSIDADES DE AMPLIAÇÕES EM RESIDÊNCIAS

Gustavo Henrique Naves Givisiez1

Elzira Lúcia de Oliveira2

1 I

NTRODUÇÃO

É inquestionável que uma habitação adequada deve constar de um espaço protegido das intempéries, com condições favoráveis de salubridade, privacidade e segurança. O crescimento acelerado das cidades produziu espaços urbanos onde se observam ambientes de pobreza, degradação ambiental, carência de serviços urbanos essenciais e residências insalubres. Esse processo reflete, entre outros aspectos, a dificuldade de acesso ao solo urbano e também o fato de ser a moradia o bem mais caro dentre as necessidades básicas e essenciais de uma família.

A questão da habitação envolve ainda diversas dimensões subjetivas e, que a realização dessa demanda reflete diferenças culturais que podem ser muito diferentes entre países ou classes sociais. Para o caso da classe média e alta no Brasil, a demanda por residências é dependente das etapas de ciclo de vida, enquanto, para as classes menos privilegiadas, a demanda está relacionada à privação total desse bem ou a adequação da moradia existente a condições mínimas de habitabilidade. Para quantificar essas questões, metodologias foram propostas para a estimativa das necessidades habitacionais, do que se convencionou chamar de déficit

habitacional, que tem sido feitas para avaliar a situação de países isoladamente, como para

elaborar comparações internacionais. Vale ressaltar que as metodologias são distintas e se prestam a diferentes aplicações, dependendo do tipo de utilização e da base de dados disponível (VASCONCELOS e CÂNDIDO JÚNIOR, 1996; GENEVOIS e COSTA, 2001; FJP, 2001; INDEC, 2003, dentre outros).

Contudo, a concepção estática dos critérios de estimativa das necessidades habitacionais pode tornar essas metodologias obsoletas. À medida que a situação econômica de um país ou região melhora, características novas e imprevisíveis ganham importância nessas estimativas. O processo de mudança que se observa na estimativa das necessidades habitacionais é a progressiva transição de uma fase quantitativa para uma fase qualitativa e de estimação mais complexa (Givisiez, Rios-Neto e Sawyer, 2006). Nesse sentido entende-se que a categorização de domicílios em adequados e ou deficitários se altera e que as metodologias em curso devam ser continuamente revisadas para adequá-las às demandas da sociedade. Um ponto relevante refere-se ao tamanho das residências e a capacidade de abrigar adequadamente famílias de composições variadas com critérios mínimos de privacidade e conforto. Nesse sentido, parte das ações governamentais, direcionadas à população de baixa renda, deve envolver a construção de casas, requalificação de imóveis e a prestação de assistência técnica.

A proposta do presente artigo é aprofundar a discussão sobre a privacidade interna das moradias, estimada, no caso do déficit habitacional adotado pelo governo brasileiro (FJP, 2009), por meio da densidade excessiva de moradores por dormitórios. É fato que a

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Doutor em Demografia; Professor da Universidade Federal Fluminense; e-mail: ghnaves@globo.com 2 Doutora em Demografia; Professora Universidade Federal Fluminense; e-mail: elziralucia@globo.com

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densidade excessiva por moradias detecta satisfatoriamente moradias pequenas com famílias grandes, entretanto, esse critério não avalia o tamanho físico das moradias e também ignora o sexo e a idade dos moradores. Por esse motivo, suspeita-se de que uma parte do estoque de residências estaria com tamanho inadequado para abrigar famílias de determinadas composições e que essa dimensão não é captada pelo indicador de déficit adotado pela política habitacional brasileira (FJP, 2006). O trabalho aqui apresentado inspira-se em original proposto por Ricci (1973) que, baseando-se em índices regionais de adensamento domiciliar, observa que é legítimo questionar se os indicadores de superpopulação dos domicílios correspondem a iguais graus de inadequação domiciliar.

Sendo assim, com base em informações das PNAD, será sugerido um indicador de Necessidades de Ampliações que parte de uma estimativa do número desejável de cômodos, dormitórios e banheiros para uma família, com base na idade, relação de parentesco e sexo dos membros. O total de cômodos desejados é contraposto com o total de cômodos existentes e estimar-se-á a demanda potencial por reformas. O material usado na construção de paredes e tetos também é acrescentado ao indicador de forma a qualificar se a Necessidade é de Reformas ou se é de Ampliações. Entende-se que esse indicador possa ser útil para políticas públicas voltadas à reforma e ampliação de residências, assim como nas políticas de assistência técnica quando se implementa intervenções dessa natureza. Ainda que exista uma correlação entre o adensamento excessivo e o aqui indicador proposto, entende-se a qualificação da adequação das famílias às suas moradias tem aplicabilidade direta nas políticas de habitação do país, uma vez que analisa de forma mais aprofundada a questão da privacidade interna.

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NTECEDENTES

As dimensionalidades exploradas para estimativa das necessidades habitacionais dependem de conceitos subjetivos e da aplicabilidade pretendida pela pesquisa. O conceito de déficit

habitacional operacionalizado se traduz a uma cifra que representa as necessidades

habitacionais em um momento e que é comparada com o estoque de moradias em condições de atender, satisfatoriamente, a população. Apesar de os censos demográficos e outras pesquisas domiciliares não serem exclusivamente desenhados para estimativas de necessidades habitacionais, eles são úteis na quantificação do total de moradias inadequadas e têm sido aperfeiçoados na forma de investigação sobre os arranjos familiares e sobre as características dos domicílios.

O indicador de necessidades habitacionais, elaborado pela Fundação João Pinheiro - FJP (2009) foi estimado desagregado em duas dimensões: o das necessidades de incremento e

reposição do estoque e as inadequações dos domicílios. O incremento do estoque é composto

por aqueles domicílios que devem ser incorporados ao estoque existente em decorrência da sua inexistência ou aqueles que devam ser substituídos em virtude da sua precariedade. O incremento e reposição de estoque é, de fato, o conceito denominado pela FJP (2009) como o déficit habitacional. A inadequação das moradias, por sua vez, considera moradias que, mesmo não necessitando a substituição por uma nova residência, demandam investimentos, sejam eles de origem pública (serviços públicos) ou privada (reformas e ampliações).

O desenho do déficit habitacional apresentado pela FJP (2009) pauta-se nas políticas habitacionais e, por esse motivo, foi concebido para subsidiar o desenho de políticas públicas, mas o detalhamento de seus critérios foge aos objetivos do presente trabalho. De forma simplificada, para a estimativa de qualquer indicador de necessidades habitacionais deve ser elencado um conjunto de características que conferem o caráter de moradias habitáveis às construções, devendo apresentar requisitos mínimos de construção e conservação

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(RODRIGUEZ, 2000). Em termos mais específicos, uma moradia adequada deve (1) ser capaz de proteger seus moradores do ambiente externo; (2) dispor de um espaço de privacidade; (3) oferecer um ambiente sadio. Mas, outras questões são freqüentemente acrescentadas a essas estimativas, como, por exemplo, a cobertura legal para ocupar uma moradia, seja pela posse, contrato de locação ou valores aceitáveis de aluguel (FJP, 2009; INDEC, 2003); a vulnerabilidade econômica do domicílio (INDEC, 2003); e a vulnerabilidade social das famílias (INDEC, 2003).

No caso da operacionalização do critério referente à proteção às intempéries e do ambiente externo, as variáveis mais freqüentemente utilizadas são os materiais de construção de pisos, paredes e tetos. Entretanto, o tipo de material depende de critérios culturais, econômicos e sociais de cada região. Em locais sujeitos a desastres naturais, a exemplo de enchentes, inundações, deslizamentos, terremotos, o levantamento de outras variáveis pode ser necessário. Em locais onde a segurança pública seja relevante, a exemplo de grandes cidades, critérios associados à segurança pública, iluminação pública e muros e arruamento podem também ser importantes.

O critério referente à salubridade da residência, por sua vez, é, geralmente, estimado com base em variáveis sobre a disponibilidade e qualidade de serviços públicos, como água, esgoto e energia elétrica. Estudos específicos podem ser desenvolvidos para abordar outros aspectos de salubridade, como ventilação e iluminação de cômodos, mas, obviamente, os critérios dependerão também de questões culturais, ambientais e sociais. No Brasil, o maior problema relaciona à salubridade refere-se à ocupação desordenada do solo urbano e com a ocupação precária em áreas sem infra-estrutura adequada.

Por fim, a privacidade dos moradores, que é o ponto central do presente artigo, é comumente explorada pela presença de duas ou mais famílias na residência, pelo total de residentes no domicílio e pelo total de cômodos ou dormitórios. Quesitos adicionais podem ser analisados ou explorados que, não raro, considera o tamanho físico das moradias e cômodos, a exemplo de quesitos incluídos no suplemento da PNAD de 2005, como também a composição das famílias, a ser explorado no presente artigo e já abordado por Ricci (1973).

A presença de duas ou mais famílias no domicílio e os critérios para sua identificação foi ponto de intensas discussões acadêmicas. Essas discussões, por vezes acaloradas, envolveram, principalmente, o critério de identificação de uma família pelo IBGE, que, concebido para caracterizar as relações de parentesco entre os membros de um mesmo domicílio, não tinha por proposta estimar a demanda por residências (FJP, 2006; ALVES e CAVENAGHI, 2006). Essas questões foram, até o momento, contornadas com a inclusão de três novos quesitos nos questionários da PNAD que exploram o desejo das famílias secundárias em constituir uma nova moradia. Na estimativa mais recente verificou-se que entre 55% e 83%3 das famílias conviventes desejam constituir novos domicílios, o que diminuiu o déficit habitacional por incremento em aproximadamente 1,7 milhões de moradias (FJP e BRASIL, 2009). Entende-se que a qualificação do déficit no quesito coabitação está momentaneamente contornado e, por esse motivo, não será ponto de maiores considerações neste artigo.

No caso da densidade domiciliar, segundo os critérios comumente utilizados na construção de indicadores de necessidades habitacionais, os domicílios superlotados seriam aqueles em que a razão entre ocupantes e dormitórios excede determinado limite (INDEC, 2003; RICCI, 1973; e FJP, 2009). Esses índices, calculados em diferentes áreas e regiões, poderiam revelar

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Variando entre as Unidades da Federação (UF), sendo que os maiores percentuais foram verificados nas regiões Norte e Nordeste do país.

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distorções regionais e o planejamento de estado poderia então ser priorizado. No critério adotado pelas políticas de habitação do Governo Federal, aqueles domicílios com mais de três moradores por dormitório seriam considerados como superlotados.

(1) (2) Considerando que:

Número de dormitórios no domicílio i Número de moradores no domicílio i

Ricci (1973) descreve um indicador análogo que era freqüentemente utilizado em comparações internacionais na Europa, durante a segunda metade do século XX, que é dado pela razão entre dormitórios e moradores de uma dada região e de um mesmo domicílio (equação 1). Os indicadores e expressam, respectivamente, a densidade domiciliar do i-ésimo domicílio e do total de n domicílios de uma coletividade. Obviamente o indicador regional (I) não atesta se a i-ésima família está adequadamente atendida por sua moradia, mas compara as regiões dentro de um estado ou nação. A sugestão dada pelo autor para contornar essa lacuna é comparar o número de moradores com o número de dormitórios desejados por uma determinada família, além de compará-los com o número de dormitórios existentes. Para a definição de critérios de dormitórios desejados, Ricci (1973) sugere os adotados na Holanda pelo Nederlandse Economische Institut (Jonge, 1963) e pela França pelo Institut National de la Statistique el des Études Économiques (1965).

Pelos critérios holandeses, o número de cômodos desejado por uma residência seria dado pela relação apresentada na tabela 1, construído sob pressupostos de famílias nucleares. Percebe-se que o total de dormitórios dePercebe-sejados considera o Percebe-sexo dos filhos e atribuí um dormitório para cada dois filhos do mesmo sexo. Questões sobre idade e composições familiares não nucleares não seriam então captadas. A saída precoce da casa dos pais justificaria o pressuposto de um dormitório para cada dois filhos, no caso holandês. Mas, no Brasil, em conseqüência da freqüente coabitação familiar e da postergação da saída da casa dos pais, se justifica considerar um maior número de dormitórios para famílias maiores.

Tabela 1

Critérios para total de cômodos desejados por uma família adotado na Holanda pelo Nederlandse Economische Institut, segundo descrição de Jonge (1963)

Número de

filhos do casal Sexo dos filhos Dormitórios

Outros cômodos Cômodos totais desejados 0 - 1 2 3 1 M ou F 2 2 4 2 MM ou FF 2 2 4 2 M e F 3 2 5 3 M e F 3 2 5 4 M e F 3 2 5 5 ou mais 4 2 6

Fonte: Adaptado de Ricci (1973)

No caso francês, o número de cômodos desejados é estimado considerando uma combinação de critérios: (1) um cômodo para cada casal residente no domicílio; (2) um cômodo para indivíduo solteiro, viúvo ou divorciado com mais de 19 anos, desde que não residam com seus parceiros; (3) um cômodo para cada agregado ao domicílio, independente do sexo; (4) um cômodo para cada duas crianças com menos de seis anos, independente do sexo; (5) um cômodo para cada dois moradores entre sete e 18 anos, desde que sejam do mesmo sexo.

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Os critérios de identificação de cômodos desejáveis adotados, em 1962, pela França e o na Holanda, em 1963, se aplicam aos objetivos deste estudo e podem ser úteis na quantificação da demanda por ampliações de moradias no Brasil. Entretanto, a operacionalização de critérios similares para o Brasil demanda adaptações às bases de dados existentes. Em especial, ressalta-se que as metodologias citadas anteriormente não consideram o total de dormitórios além do total e da existência de banheiros nas residências. Adicionalmente, é relevante para a elaboração de políticas de subsídio a reforma de moradias a identificação da rusticidade das moradias, baseado no material construtivo. Embora o conceito de domicílios rústicos seja conceitualmente distante do adensamento e composição familiar, não se pode dizer o mesmo da necessidade de reformas nas residências e das políticas de governo voltadas a melhoria e ampliação de moradias.

3 C

RITÉRIOS PARA NECESSIDADE DE REFORMA OU AMPLIAÇÃO

O desenvolvimento de um critério que avaliasse a quantidade de cômodos desejados por uma moradia considerou prioritariamente a idade e o sexo dos moradores. Como fonte de dados, utilizou-se os domicílios permanentes contabilizados pelas PNADs brasileiras nos anos de 2006, 2007 e 2008. O total de domicílios, em valores absolutos, quando apresentados baseiam-se na multiplicação matricial dos valores relativos da PNAD e os valores absolutos da projeção da demanda por domicílios, realizado por Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009). Para a construção de um indicador que detectasse a necessidade de reforma ou ampliação foram considerados quatro pontos: (1) a necessidade de construção de dormitórios adicionais à moradia; (2) a necessidade de construção de cômodos essenciais à residência; (3) a necessidade da construção de banheiro e (4) a necessidade de reforma e substituição do material construtivo ou acabamento utilizado na moradia.

A primeira etapa do desenvolvimento deste critério foi categorizar os indivíduos segundo as características pessoais apresentadas no quadro da figura 1. Para simplificar a denominação diferenciada por sexo e idade dada a adolescentes e adultos, adotou-se a terminologia resumida de menino e menina; e homem e mulher, respectivamente.

Cod Características do morador Denominação

1 Adulto do sexo masculino (21 anos completos ou mais) Homem 2 Adulto do sexo feminino (21 anos completos ou mais) Mulher 3 Criança com 10 anos completos ou menos Criança 4 Adolescente do sexo masculino (entre 11 e 20 anos completos) Menino 5 Adolescente do sexo feminino (entre 11 e 20 anos completos) Menina Figura 1 Quadro descritivo da categorização dos moradores. Fonte: Elaborado pelos autores

Para estimar o total de dormitórios desejados assume-se que (1) cada casal demanda um dormitório; (2) cada adulto, não casado, independente do sexo, demanda um dormitório; (3) três crianças ou fração, independente do sexo, demandam um dormitório; (4) três adolescentes, ou fração, do mesmo sexo, demandam um dormitório. Para operacionalização desses critérios estimou-se a necessidade de dormitórios para cada uma das categorias de morador e para cada casal e o total de dormitórios desejáveis é dado pela equação 3.

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Considerando que:

d'(1) Número de dormitórios desejáveis para abrigar os homens do domicílio

d'(2) Número de dormitórios desejáveis para abrigar as mulheres do domicílio

d'(3) Número de dormitórios desejáveis para abrigar as crianças do domicílio

d'(4) Número de dormitórios desejáveis para abrigar os meninos do domicílio

d'(5) Número de dormitórios desejáveis para abrigar as meninas do domicílio

d'(c) Número de dormitórios desejáveis para abrigar os casais do domicílio

d' Número de dormitórios desejáveis para abrigar a família domiciliar

Para a categorização dos adolescentes levou-se em conta a idade média em que as meninas e

meninos entram na puberdade no Brasil4, que varia entre nove e 15 anos. Considerou-se, então, a idade de 11 anos como limite inferior, por entender que, ambos, já apresentem sinais de amadurecimento e desenvolvimento dos órgãos sexuais, bem como já pode ocorrer a menarca nas meninas. Entende-se que os critérios adotados pela França, fixado em seis anos de idade, é mais rigoroso para a determinação da necessidade de um novo dormitório para crianças de sexos distintos. O limite de idade adotado pelos franceses considera, de fato, a percepção de sexualidade pelas crianças. Dessa forma, a necessidade de dormitórios para adolescentes e crianças, imputado neste trabalho de um para cada três indivíduos, pode ser necessitar de revisões futuras, dependendo da formação do pesquisador e dos objetivos do estudo.

Uma dificuldade que poderia ser levantada, e que é inerente aos critérios para identificação de casais que vivem juntos, é a inexistência, nas PNADs, de uma variável sobre estado civil. O critério adotado pelos franceses utiliza quesitos sobre estado civil e de local de moradia dos dois membros do casal. Para contornar a ausência do quesito estado civil, fez-se uso da identificação das famílias conviventes residentes no domicílio. A identificação de uma família convivente é dada quando quaisquer dois ou mais membros são ligados por lanços de parentesco de primeiro grau ou por um casamento. Por esses critérios, em um domicílio onde residam pai, mãe, filho e nora, por exemplo, identificam-se duas famílias e, nesse caso, a relação de parentesco da segunda família (chefe e cônjuge) identifica a necessidade de, pelo menos, dois dormitórios. Ou exemplo é o de domicílios formados por quatro pessoas sendo o pai, mãe, filha e neto, pelos critérios aqui adotados, identifica-se a necessidade de três quartos.

Assim, pelos critérios adotados, todo adulto demanda um dormitório exclusivo, exceto se esse adulto for identificado como cônjuge da pessoa de referência de uma família. Essa solução se revelou robusta e, na hipótese de ser perfeitamente aplicada pelos entrevistadores, é capaz de identificar todos os casais, de sexos distintos, residentes em um mesmo domicílio. A única lacuna de identificação seria os casais de mesmo sexo que, por não ser identificado nas PNADs, será imputado um dormitório para cada adulto do mesmo sexo, independente da relação com a pessoa de referência declarada. A tabela 2, a seguir, apresenta a freqüência e descreve os vinte tipos de famílias mais comuns no Brasil e a estimativa do total de dormitórios, baseado na equação 1, é apresentada na coluna Dormitórios Desejados. Dessa forma, o total de dormitórios desejados será comparado como o número existente nos domicílios. Identificou-se na PNAD de 2008 mais de 2000 tipos de famílias segundo a categorização apresentada e a tabela 2 sintetiza os tipos que apresentaram maiores frequência

4 Pode variar dos nove aos 15 anos para as meninas e dos nove a 14 anos para os meninos conforme, A saúde de adolescentes e jovens: competências e habilidades, Crescimento e Desenvolvimento Puberal Por: Evelyn

Eisenstein e Karla Coelho, disponível em

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/multimedia/adolescente/textos_comp/tc_08.html, acessado em 31 de março de 2010.

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e agrega os demais tipos. O tipo mais freqüente foi de famílias formadas por um casal (12,6%) e por um casal e um filho (8,0%), em seguida de estruturas unipessoais, uma mulher (6,1%) e um homem (5,8%).

Tabela 2

Total de indivíduos em cada categoria, total de casais, total de moradores, categorização do tipo da família, número de quartos desejados e total de domicílios em cada categoria. Brasil, 2008

Homem Mulher Criança Menino Menina Casal

Total Tipo Família desejados Quartos

Total de domicílios

T1 T2 T3 T4 T5 C Abs Perc

1 1 0 0 0 1 2 Um casal 1 7.211.731 12,6%

1 1 1 0 0 1 3 Um casal e uma criança 2 4.596.304 8,0%

0 1 0 0 0 0 1 Uma mulher 1 3.468.561 6,1%

1 0 0 0 0 0 1 Um homem 1 3.325.052 5,8%

1 1 2 0 0 1 4 Um casal e duas crianças 2 2.684.150 4,7%

2 1 0 0 0 1 3 Um casal e um homem 2 1.630.497 2,9%

1 1 0 1 0 1 3 Um casal e um menino 2 1.566.099 2,7%

1 1 0 0 0 0 2 Um homem e uma mulher 2 1.460.819 2,6%

1 1 0 0 1 1 3 Um casal e uma menina 2 1.318.753 2,3%

1 1 1 1 0 1 4 Um casal, um menino e uma criança 3 1.243.597 2,2% 1 1 1 0 1 1 4 Um casal, uma menina e uma criança 3 1.183.252 2,1% 1 1 0 1 1 1 4 Um casal, um menino e uma menina 3 1.072.039 1,9%

1 2 0 0 0 1 3 Um casal e uma mulher 2 1.063.773 1,9%

0 2 0 0 0 0 2 Duas mulheres 2 1.043.802 1,8%

1 1 3 0 0 1 5 Um casal e três crianças 2 669.996 1,2%

0 1 1 0 0 0 2 Uma mulher e uma criança 2 611.476 1,1%

1 1 0 2 0 1 4 Um casal e dois meninos 2 569.753 1,0%

2 2 0 0 0 1 4 Um casal, uma mulher e um homem 3 561.111 1,0%

0 1 0 0 1 0 2 Uma mulher e uma menina 2 554.792 1,0%

0 1 0 1 0 0 2 Uma mulher e um menino 2 534.575 0,9%

Outros tipos 20.779.620 36,4%

Total 57.149.753 100,0%

Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD 2008 e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

A tabela 3 apresenta para 2008, uma tabela de contingência contendo o número de dormitórios desejados e o número de dormitórios existentes. Segundo a aplicação direta dos resultados da equação 1 e a comparação com o total de dormitórios desejados, 35% dos domicílios brasileiros seriam considerados com necessidade de ampliação. A estimativa, de que aproximadamente a terça parte das moradias brasileiras necessita de pelos menos um dormitório adicional, pode ser considerada alta. Nesse sentido, poder-se-ia argumentar que existam domicílios com cômodos disponíveis para utilização como dormitórios de forma permanente, mas que por motivos particulares de cada família, não são. Nesses casos, tais domicílios não deveriam ser contabilizados como necessidade de ampliação, o que diminuiria a estimativa de necessidade de dormitórios. Mas essa suposição é improvável, além de difícil constatação, tendo como base apenas os quesitos das pesquisas domiciliares. Dito de outra forma, é improvável que determinados cômodos estejam ociosos, e que determinada família prefira viver em situações mais desconfortáveis relativamente àquelas as apresentadas como critérios mínimos neste trabalho. Por outro lado, é mais provável que esses cômodos, supostamente ociosos, sejam insalubres ou que estejam destinados a atividades distintas daquelas diretamente associadas às funções mínimas de uma moradia, ou seja, descanso,

alimentação e higiene. Entre essas atividades alternativas prováveis citam-se: atividades

econômicas, de lazer, escritórios domésticos, jardins internos, despensas e oficinas domésticas, dentre outros usos.

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Tabela 3

Proporção de domicílios por dormitórios desejados, segundo os dormitórios existentes. Brasil, 2008 Dormitórios desejáveis Total 1 2 3 4 5 6 7 Mais de 73 D or mit ór io s Ex ist en tes 1 24% 8% 2% 0% 0% 0% 0% 0% 35% 2 1% 26% 12% 3% 1% 0% 0% 0% 43% 3 0% 3% 9% 5% 1% 0% 0% 0% 19% 4 0% 0% 1% 1% 1% 0% 0% 0% 2% 5 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 6 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 7 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 8 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 9 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Total 26% 37% 24% 9% 3% 1% 0% 0% 100% N D1 0% 8% 14% 8% 3% 1% 0% 0% 35%

Nota: (1).Todos os domicílios onde são necessários mais de 7 dormitórios, não possuem dormitórios suficientes

(2). Pearson Chi-Square 5.18X107 (P=0.00) Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD 2008

Para a definição do número mínimo de cômodos, parte-se do conceito de que cômodos são todos os compartimentos, cobertos "por um teto e limitado por paredes, que fossem parte integrante do domicílio particular permanente, com exceção de corredor, alpendre, varanda aberta, garagem, depósito e outros compartimentos utilizados para fins não residenciais" (IBGE, 2008, p. 16). Dessa forma, as áreas de serviço são contabilizadas, pelos critérios das pesquisas brasileiras, como cômodos quando essas estão "limitadas por paredes e cobertas por um teto". Ou seja, na maioria das casas, áreas de serviço não são cômodos e, na maioria dos apartamentos, áreas de serviço são cômodos. Entretanto, essa observação não deve ser generalizada uma vez que algumas casas podem ter cômodos fechados para uso de área de serviço e alguns apartamentos, podem ter áreas de serviços no formato de alpendres. Ademais, tanto em casas quanto em apartamentos podem-se encontrar áreas de serviços compartilhando espaços de cozinhas e banheiros. Suposições similares podem ser desenvolvidas para vários outros espaços de uso nas moradias que poderiam ser categorizados ou não como cômodos e que, no limite, inviabilizariam a construção de um indicador de necessidades de ampliações. Mas, entende-se que essas suposições estariam ausentes de certezas e, por esse motivo o número mínimo de cômodos desejáveis será fixado em dois que corresponderiam, teoricamente, a uma sala e uma cozinha. Dessa forma, domicílios com menos de dois cômodos, desconsiderando aqueles usados como dormitórios e banheiros, serão categorizados como demandantes de ampliação. A tabela 4 apresenta a freqüência de domicílios de acordo com o número de cômodos existentes. Por esses dados, nota-se que a proporção de domicílios que demandam a construção de cômodos adicionais é de 17,8% do total de domicílios brasileiros, sendo que em 4% e 14% seria necessária a construção de um ou dois cômodos, respectivamente, dentre cozinha e sala.

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Tabela 4

Proporção e total de domicílios por cômodos existentes. Brasil, 2008 Domicílios % C ômo d os Ex ist en tes 0 1 2.046.994 8.145.255 14% 4% 2 20.168.986 35% 3 13.901.276 24% 4 ou mais 12.887.241 23% Total 57.149.753 100% N C 10.192.249 17,8%

Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD 2008 e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

Com relação ao número mínimo de banheiros considerou-se imprescindível a existência de pelo menos um banheiro em cada domicílio. Reconhece-se que um apenas banheiro seria insuficiente para famílias muito grandes, entretanto, devido a ausência de critérios mínimos de referências para esse quesito, assume-se um banheiro como a necessidade mínima das moradias. A tabela 5 apresenta o total e o percentual de domicílios sem banheiros, estimado em 5% do total de domicílios do país.

Tabela 5

Total de domicílios (em milhares) com necessidade de construção de banheiros. Brasil, 2008 Banheiros Existentes Frequencia Abs % Nenhum 2.733.774 5% Um ou mais 54.415.980 95% Total 57.149.753 100% N B 2.733.774 5%

Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD 2008 e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

Por fim, é também pertinente a avaliação dos materiais predominantes na execução de paredes e tetos. Nesse caso, foram consideradas como inadequadas as paredes não executados em madeira aparelhada ou alvenaria. Da mesma forma, foram consideradas como inadequados os domicílios com coberturas que não fossem de laje, cerâmica ou madeira aparelhada. Entretanto os critérios de rusticidade dos domicílios são conceitualmente distintos do total e tipo de cômodos necessários para abrigar determinada família. Sendo assim, para evitar o confundimento conceitual, o indicador final para a necessidade de reforma e ampliações será desagregado em Necessidade de Ampliação e Necessidade de

Reforma ou Ampliação. Dessa forma, o primeiro indicador considera a composição da família

e o total de cômodos e dormitórios na residência e ao segundo indicador acrescenta-se a necessidade de reforma, ou seja, a substituição de material de execução de paredes e coberturas. A tabela 6 apresenta a proporção de domicílios com paredes e coberturas inadequados. Em termos relativos, esses critérios são menos expressivos que aqueles analisados até então. Nota-se que, considerando o Brasil, 1,8% dos domicílios demandariam substituição do material de acabamento das paredes ou coberturas.

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População e Desenvolvimento: decifrando conexões

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Tabela 4

Total de domicílios segundo a necessidade de reforma de paredes e coberturas. Brasil, 2008

Frequencia Absoluta Total

Adequado Inadequado

Paredes 56.117.201 1.032.553 57.149.753

Cobertura 56.143.455 1.006.299 57.149.753

Frequencia Relativa Total

Adequado Inadequado

Paredes 98,2% 1,8% 100,0%

Cobertura 98,2% 1,8% 100,0%

Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD 2008 e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

4 R

ESULTADOS

A tabela 5 apresenta a proporção e o total de domicílios com necessidade de reforma ou ampliações. Por esses resultados, 46% dos domicílios, em 2008, demanda reformas ou ampliações, o que corresponderia em números absolutos a 26,5 milhões de domicílios. As maiores proporções de domicílios nessa categoria estariam localizadas na região Norte do país que responderiam por 65% ou 2,6 milhões dos domicílios dessa região. Essa tabela ainda apresenta a evolução da necessidade de ampliação em três pontos do tempo e identifica que a proporção de domicílios que necessita ampliações ou reformas diminuiu nos últimos três anos, de 50% em 2006 para 46% em 2008. Essa queda é consistente em todas as regiões do país, mas, a alta proporção estimada com necessidade de reforma sugere que o indicador esteja rigoroso em excesso com as necessidades das famílias. Entretanto, propor um indicador que identifica que a metade dos domicílios brasileiros demanda reformas, embora consistente, não viabiliza a o desenho de políticas públicas focalizadas a criação de linhas de financiamentos segmentadas para reformas e ampliações. Dessa forma, há de se qualificar com maior detalhe o tipo de ampliação necessária em cada domicílio, de forma a identificar aqueles que demandam reformas mais urgentes dentre os 26,5 milhões de domicílios em 2008 que demandam reformas.

Tabela 5

Proporção de domicílios com necessidade de reforma ou ampliação, por grandes regiões. Brasil, 2008

Unidade

Territorial Necessidade de Reforma ou ampliação

Cod Nome 2006 2007 2008

Abs % Abs % Abs %

0 Brasil 26.464.385 50% 27.183.807 49% 26.503.664 46% 1 Norte 2.536.401 69% 2.671.972 69% 2.607.791 65% 2 Nordeste 8.060.030 59% 8.220.748 58% 7.973.075 54% 3 Sudeste 10.808.805 46% 11.080.448 46% 10.885.813 44% 4 Sul 3.291.798 39% 3.386.353 39% 3.243.866 36% 5 Centro-oeste 1.788.561 45% 1.859.272 45% 1.778.286 41% Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD 2008 e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

Uma forma de qualificar essa demanda seria pelo cruzamento das informações sobre a quantidade demandada de cômodos, dormitórios e banheiros. Dessa forma, a tabela 6, apresenta esse cruzamento entre as necessidades dos três tipos de cômodos usados na construção dos critérios. As cores apresentadas na tabela auxiliam na identificação dos tipos de necessidade apresentados nas colunas das tabelas. As células dessa matriz de três dimensões revelam questões capazes de qualificar em níveis o indicador de ampliações. Por exemplo, aqueles domicílios que não demandam a construção de banheiros, dormitórios e cômodos, que representam 54,5% do total, são aqueles considerados adequados pelos

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critérios definidos neste estudo. No extremo oposto, os domicílios que demandam a construção de sala, cozinha, mais de três dormitórios e ainda um banheiro, concomitantemente, representam 0,01% do total dos domicílios brasileiros e podem ser considerados aqueles em situação mais graves. Portanto, a partir da identificação das células dessa matriz, é possível categorizar níveis de necessidade para ampliações.

Tabela 8

Tabela de contingência entre a necessidade de cômodos, dormitórios e banheiros, por grandes regiões. Brasil, 2008

Cômodos

Nenhum Um Dois Total

Ba nh ei ro s Nenhu m D or mit ór io s Nenhum 54,47% 6,81% 1,51% 62,79% Um 18,59% 4,55% 0,92% 24,06% Dois 4,54% 1,45% 0,37% 6,36% Três 1,01% 0,35% 0,12% 1,48% Mais de três 0,34% 0,13% 0,05% 0,52% Sub Total 78,96% 13,29% 2,96% 95,22% Um D or mit ór io s Nenhum 1,84% 0,41% 0,31% 2,56% Um 1,00% 0,37% 0,19% 1,56% Dois 0,28% 0,13% 0,07% 0,48% Três 0,06% 0,04% 0,03% 0,13% Mais de três 0,03% 0,01% 0,01% 0,05% Sub Total 3,21% 0,96% 0,62% 4,78% Total 82,17% 14,25% 3,58% 100,00% Totalização das necessidades Necessidade de Dormitórios 34,65% Necessidade de Cômodos 17,83% Necessidade de Banheiros 4,78% Necessidade de ampliação 45,53%

Sem Necessidade de ampliação 54,47%

Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD 2008 e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

A figura 2 apresenta os níveis identificados nessa matriz que foram numerados de zero a sete, sendo que zero identifica os domicílios sem nenhuma demanda para ampliações e sete aqueles que demandam as maiores reformas.

Figura 2 Categorização da Necessidade de Ampliação em níveis de precariedade Fonte: Elaborado pelos autores.

Nesses termos, o nível 1 (30,0%) corresponde à soma dos domicílios que demandam a construção de um dormitório e nenhum cômodo (18,59%) ou de um cômodo e nenhum dormitório (6,81%) ou de um cômodo e um dormitório (4,55%). Ou seja, o nível 1 de necessidade de ampliação corresponderia à necessidade mais branda. Sendo assim, uma

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População e Desenvolvimento: decifrando conexões

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política pública que disponibilizasse recursos para reformas poderia ser focalizada, por exemplo, entre os níveis 2 e 7, que totalizam 15,6% dos domicílios ou 8,9 milhões de domicílios. Note-se que os níveis 5, 6 e 7 correspondem a todos os domicílios que demandam banheiros e, de forma mais detalhada, que o nível 5 (1,84%), por exemplo, representa aqueles domicílios que necessitam da construção de um banheiro, mas que possuem cômodos e dormitórios suficientes para abrigar a família.

Tabela 8

Domicílios por situação de rusticidade, segundo o nível de precariedade da necessidade de ampliação. Brasil, 2008

Valores Relativos Nível de Ncessidade de Ampliação

Rústicos

Total

Não Sim

Sem necessidades de ampliação 53,6% 0,8% 54,5% Nível 1 29,1% 0,8% 30,0% Nível 2 8,4% 0,4% 8,8% Nível 3 1,4% 0,1% 1,5% Nível 4 0,5% 0,0% 0,5% Nível 5 1,5% 0,3% 1,8% Nível 6 1,7% 0,6% 2,3% Nível 7 0,5% 0,2% 0,7% Total 96,8% 3,2% 100,0% Valores Absolutos Nível de Necessidade de Ampliação

Rústicos

Total

Não Sim

Sem necessidades de ampliação 30.646.089 484.655 31.130.744 Nível 1 16.650.097 467.974 17.118.071 Nível 2 4.815.575 206.656 5.022.230 Nível 3 811.625 34.235 845.860 Nível 4 289.784 9.289 299.073 Nível 5 868.408 181.469 1.049.877 Nível 6 974.653 332.009 1.306.663 Nível 7 277.813 99.421 377.234 Total 55.334.044 1.815.709 57.149.753 Fonte: Elaborado pelos autores baseado na PNAD 2008 e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009).

Nessa linha de raciocínio, as famílias conviventes poderiam ser analisadas sob outra ótica, conforme apresentado na Tabela 9. Existiriam, em 2008, cerca 2,4 milhões de domicílios (4,2%) com necessidade de ampliação e com mais de uma família convivendo, ou seja, número é superior aos 1,7 milhão de moradias estimadas para 2008 pelo déficit habitacional (FJP, 2009). Entretanto, o cruzamento do número de famílias em cada domicílio com os níveis de necessidades sugeridos neste trabalho, mostra que, mesmo entre aqueles domicílios sem necessidade de intervenção, encontram-se situações de coabitação familiar (0,8%). Observa-se também que o maior percentual é verificado na situação de duas famílias conviventes e o nível 1 de necessidade.

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Tabela 9

Proporção de domicílios, por nível de precariedade da necessidade de ampliação, segundo a unidade territorial. Brasil, 2008.

Valores relativos Nível de Necessidade de

Ampliação

Número de famílias no domicílio

Total

1 2 3 4 5 6

Sem necessidades de ampliação 53,6% 0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 54,5% Nível 1 28,1% 1,8% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 30,0% Nível 2 7,4% 1,2% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 8,8% Nível 3 1,0% 0,4% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 1,5% Nível 4 0,3% 0,2% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,5% Nível 5 1,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,8% Nível 6 2,1% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,3% Nível 7 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,7%

Subtotal Neces. Ampliação 41,3% 3,8% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0% 45,5%

Total 94,9% 4,7% 0,4% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0%

Valores Absolutos Nível de Necessidade de

Ampliação

Número de famílias no domicílio

Total

1 2 3 4 5 6

Sem necessidades de ampliação 30.633.764 480.313 16.443 224 0 0 31.130.744 Nível 1 16.039.074 1.022.837 51.624 4.537 0 0 17.118.071 Nível 2 4.256.940 696.105 68.119 1.066 0 0 5.022.230 Nível 3 545.231 239.474 55.410 5.390 0 355 845.860 Nível 4 146.772 89.584 46.023 14.653 1.856 186 299.073 Nível 5 1.032.948 16.929 0 0 0 0 1.049.877 Nível 6 1.207.370 89.704 9.589 0 0 0 1.306.663 Nível 7 347.753 23.918 4.628 935 0 0 377.234

Subtotal Neces. Ampliação 23.576.088 2.178.550 235.393 26.581 1.856 541 26.019.009

Total 54.209.852 2.658.864 251.836 26.805 1.856 541 57.149.753

Fonte: PNAD (2008) e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

A tabela 10 apresenta a tabela de contingência entre o indicador de densidade excessiva de moradores por dormitório, segundo os critérios utilizados pela FJP (2006) e o presente indicador de necessidade de ampliações, em seus sete níveis de indicador de ampliação, definido ao longo do presente trabalho. Observa-se que 54,5% dos domicílios não são considerados como adensados ou com necessidade de ampliação e 4,6% são considerados como inadequados nos dois critérios analisados. Entretanto, o resultado mais expressivo relaciona-se aos 30,0% de domicílios categorizados no nível 1, mas com apenas 1,4% apresentando densidade excessiva.

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População e Desenvolvimento: decifrando conexões

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Tabela 10

Total de domicílios por situação de adensamento, segundo o nível de precariedade da necessidade de ampliação. Brasil, 2008.

Valores Relativos Nível de Necessidade de Ampliação

Densidade Excessiva

Total

Não Sim

Sem necessidades de ampliação 54,5% 0,0% 54,5% Nível 1 28,6% 1,4% 30,0% Nível 2 7,2% 1,6% 8,8% Nível 3 0,8% 0,6% 1,5% Nível 4 0,2% 0,3% 0,5% Nível 5 1,8% 0,0% 1,8% Nível 6 1,8% 0,5% 2,3% Nível 7 0,5% 0,2% 0,7% Total 95,4% 4,6% 100,0% Valores Absolutos Nível de Necessidade de Ampliação

Densidade Excessiva

Total

Não Sim

Sem necessidades de ampliação 31.130.744 0 31.130.744 Nível 1 16.343.295 774.776 17.118.071 Nível 2 4.102.639 919.592 5.022.230 Nível 3 482.050 363.811 845.860 Nível 4 108.254 190.819 299.073 Nível 5 1.049.877 0 1.049.877 Nível 6 1.046.572 260.091 1.306.663 Nível 7 285.828 91.406 377.234 Total 54.549.259 2.600.495 57.149.753 Fonte: PNAD (2008) e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

Finalmente, a tabela 11 sugere a distribuição da proporção de domicílios, em cada nível de necessidade de ampliação, para as diversas unidades territoriais do país. A melhor situação é verificada na região Sul (67%), seguido pelo Centro-Oeste (59%), Sudeste (57%), Nordeste (47%) e por último a região Norte, onde apenas 37% dos domicílios são adequados. A melhor situação entre os estados é identificada em Santa Catarina, com 70% dos domicílios em condições adequadas. Na outra ponta se encontra Roraima, onde somente 26% dos domicílios se encontram no nível zero de necessidade de reforma e ampliação.

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Tabela 11

Proporção de domicílios, por nível de precariedade da necessidade de ampliação, segundo a unidade territorial. Brasil, 2008.

Unidade Territorial Nível de precariedade da Necessidade de Ampliação

Total Cod Nome 0 1 2 3 4 5 6 7 0 Brasil 54% 30% 9% 1% 1% 2% 2% 1% 100% 1 Norte 37% 33% 16% 3% 1% 3% 5% 3% 100% 11 Rondônia 54% 30% 9% 1% 0% 2% 2% 1% 100% 12 Acre 33% 30% 17% 2% 1% 4% 7% 5% 100% 13 Amazonas 30% 32% 21% 6% 3% 1% 4% 2% 100% 14 Roraima 26% 41% 22% 4% 1% 2% 3% 2% 100% 15 Pará 35% 33% 15% 2% 1% 3% 7% 3% 100% 16 Amapá 33% 43% 19% 2% 1% 0% 0% 1% 100% 17 Tocantins 45% 30% 8% 1% 0% 7% 7% 1% 100% 2 Nordeste 47% 29% 10% 2% 1% 5% 5% 1% 100% 21 Maranhão 34% 30% 10% 2% 1% 9% 11% 3% 100% 22 Piauí 39% 26% 6% 1% 0% 14% 12% 1% 100% 23 Ceará 41% 35% 12% 2% 1% 3% 5% 1% 100% 24 Rio Grande do Norte 47% 35% 11% 2% 1% 2% 2% 1% 100% 25 Paraíba 52% 31% 10% 1% 1% 2% 3% 1% 100% 26 Pernambuco 52% 27% 9% 2% 1% 3% 5% 1% 100% 27 Alagoas 47% 29% 10% 2% 1% 5% 5% 1% 100% 28 Sergipe 49% 34% 11% 2% 1% 1% 2% 0% 100% 29 Bahia 52% 26% 8% 2% 1% 5% 5% 1% 100% 3 Sudeste 57% 31% 9% 1% 0% 0% 1% 0% 100% 31 Minas Gerais 63% 26% 6% 1% 0% 1% 1% 0% 100% 32 Espírito Santo 59% 30% 7% 1% 0% 0% 1% 1% 100% 33 Rio de Janeiro 56% 32% 9% 2% 0% 0% 0% 0% 100% 35 São Paulo 54% 34% 10% 2% 1% 0% 0% 0% 100% 4 Sul 67% 26% 5% 1% 0% 1% 1% 0% 100% 41 Paraná 66% 27% 5% 1% 0% 1% 1% 0% 100% 42 Santa Catarina 70% 24% 4% 0% 0% 1% 1% 0% 100% 43 Rio Grande do Sul 65% 26% 5% 1% 0% 1% 1% 0% 100% 5 Centro-oeste 59% 30% 8% 1% 0% 1% 1% 0% 100% 50 Mato Grosso do Sul 59% 30% 7% 2% 0% 0% 1% 0% 100% 51 Mato Grosso 55% 31% 9% 1% 0% 2% 2% 1% 100%

52 Goiás 63% 27% 6% 1% 0% 1% 1% 0% 100%

53 Distrito Federal 53% 32% 12% 1% 1% 0% 0% 0% 100% Fonte: Elaborado pelos autores com base na PNAD (2008) e Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

Contudo existem desigualdades intrarregionais, que podem ser observadas no mapa da figura 3, apresenta a distribuição da média entre os níveis estimados para esse indicador, sem o índice zero. Assim, a figura apresenta a distribuição da precariedade. O retrato apresentado revela que a situação é mais precária nos Estados do Maranhão, Piauí e no Acre. A situação melhora um pouco nos estados do Para, Tocantins, Bahia e Alagoas. Sendo estes estados apresentam as piores situações das regiões Norte e Nordeste. Como já evidenciado na tabela 11, à medida que se avança para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a situação é oposta à verificada no eixo Norte/Nordeste.

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População e Desenvolvimento: decifrando conexões

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Figura 3 Categorização da Necessidade de Ampliação em níveis de precariedade Fonte: Elaborado pelos autores.

5 C

ONSIDERAÇÕES

F

INAIS

É fato que determinadas culturas, dentro território nacional, podem demandar estruturas de moradias distintas do padrão aqui proposto de quarto, sala, cozinha e banheiro. Na região amazônica, por exemplo, não é rara a construção de residências abertas construídas em madeira, como grandes galpões, onde são distribuídas redes e os outros espaços (figura 4). Nessa estrutura residencial, o banheiro, quando existente, é externo ao corpo principal da casa. Ou seja, esse tipo de moradia teria apenas um cômodo e, pelos critérios aqui desenvolvidos, seria categorizada como necessidade por ampliações e, provavelmente, por reformas. Sob determinadas óticas acadêmicas, a categorização de que essa residência é inadequada seria, por si só, uma visão distorcida por um padrão de arquitetura comum em cidades. Mas, vale ressaltar que a avaliação dos níveis de habitabilidade dessas moradias, ou se elas são adequadas ou não à cultura que as utilizam, não está em discussão neste artigo. Entende-se que esse tema deveria ser objeto de aprofundamentos em outros campos de estudos acadêmicos, como, por exemplo, arquitetura, antropologia, sociologia e saúde pública. Estudos futuros nessa temática aqui apresentada podem se focalizar nas distintas realidades do país, seja por meio da avaliação de dados de pesquisas amostrais ou por meio de um sonhado censo predial.

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Figura 4 Moradias típicas da região amazônica Fonte: http://personaturismo.files.wordpress.com

Adicionalmente, embora o limite de três moradores por dormitório seja adotado pelos critérios do déficit habitacional da FJP (2009), acredita-se que ele seja próximo do desconforto. Neufert (1998), ao apresentar exemplos de projetos arquitetônicos, não sugere a existência de dormitórios com mais de duas pessoas, exceto naqueles a serem aplicados à alojamentos temporários. Cumpre destacar que os critérios adotados na presente pesquisa pretendiam ser coerentes, mesmo que parcialmente, com as prioridades definidas nas políticas habitacionais brasileiras e com os conceitos adotados para o déficit habitacional (CEF, 2010a, CEF, 2010 e FJP e BRASIL, 2009). É fato que os programas governamentais, nas três esferas de governo, tem se esforçado na produção de imóveis de baixo custo que alcancem as distintas regiões do país. Entretanto, as políticas nacionais de habitação, destinadas às famílias de até três salários mínimos, sugerem que as casas devam ter, no mínimo, 32 m² de área útil, descontando paredes, área de serviço e varandas. Para o caso dos apartamentos, a área mínima sobe para 37m² de área útil, mas sem o desconto dado às áreas de serviço e varandas. Essas áreas devem ser distribuídas em, pelo menos, um dormitório para um casal e outro dormitório para outras duas pessoas, além de sala, cozinha, circulação e banheiro. Essas casas deveriam ainda ter o custo máximo de R$41 mil a R$52 mil, em 2009, dependendo da região e unidade da federação da construção. Entende-se que se a política habitacional brasileira considera esse padrão de casa como suficiente para abrigar um casal e mais duas pessoas, seria incoerente exigir critérios de conforto e privacidade muito generosos.

No caso do limite de adensamento por dormitório adotado pelo déficit habitacional, de três moradores, uma casa de padrão mínimo seria suficiente para abrigar até seis moradores. Ou seja, seguindo esses critérios e pela improbabilidade de todas as famílias terem, no máximo quatro componentes, é provável que esse padrão mínimo de moradia esteja, de fato, dando continuidade a padrões de desconforto. No caso dos critérios aqui adotados, essa mesma casa só seria considerada como adequada para abrigar seis moradores em composições familiares muito específicas e raras, como por exemplo, seis crianças ou por seis adolescentes de mesmo sexo ou, ainda por seis adolescentes, sendo dois grupos de três indivíduos de sexos distintos. Outro ponto importante a ser destacado é que a presença de filhos adolescentes e adultos no ambiente familiar, até idades avançadas, é uma justificativa óbvia para o número maior de cômodos segundo critérios de privacidade, independentemente de quais sejam adotados. Mas, incentivar as reformas das moradias, por meio de linhas de financiamento, por exemplo, poderia, indiretamente, incentivar a coabitação familiar. Sob outro ponto de vista, poder-se-ia supor que o mais sensato seria incentivar a saída desses filhos da casa dos pais, por meio de linhas de financiamentos de imóveis para esses grupos populacionais. Entretanto, essa

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População e Desenvolvimento: decifrando conexões

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segunda alternativa levanta outras questões já que pressupõe mudança de comportamento das famílias brasileiras. Dessa forma, embora os números aqui levantados sejam capazes de identificar lacunas nas moradias brasileiras, a escolha de qual dessas duas opções seriam mais apropriada à realidade brasileira demanda estudos sociológicos que fogem aos objetivos levantados por este estudo.

Finalmente, é fato que, pelas constatações aqui apresentadas, novas questões foram acrescentadas às necessidades de melhoria das moradias brasileiras. Uma proposta seria a inclusão das estimativas desse indicador no déficit habitacional, mas como já destacado anteriormente, isso seria suficiente para aumentar a cifra do déficit para níveis alarmantes. Tendo em vista a dificuldade de se incorporar mudanças metodológicas em indicadores já existentes e consolidados, essa não seria uma estratégia prudente. Além disso, a série histórica do déficit habitacional, que, guardadas algumas alterações conceituais, possui quase 18 anos de história e já é uma referência dentre os diversos indicadores brasileiros. Sendo assim, entende-se que o indicador aqui proposto trata-se de outra abordagem de exploração das questões atinentes a qualidade das moradias.

6 B

IBLIOGRAFIA

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Referências

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