CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
ENFERMAGEM
CURSO DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
ANGELA
CRISTINA
MEDEIROS
ARNALDOIGONÇALVES
MUNHOZ
JUNIOR
CATIA
DROPPA
PEREIRA
MENTo
MATERNÊSÉÍJMA
OPREMATURIDADE
E
ALEITA
.RMAGEM
SEGUINDO
OS PRESSUPOSTOS
Ass|sTÊNc|A
DE
ENFE
A
-¬ TCC UFSC ENF 026 N.ChamDE
WANDA
DE AGUIAR
HORT
m2l€ ‹_› +4 Ac. 24 434 aI'l'l€l'l O
C
«ó-› --‹ _.. dade e a e Au or Mede ros Ange a BSCCSM CCSM _ _. 97249709 T'tu 0 Prematur SCM
M
ii
_._í
MM
M
M
-M.
iii
-M
M.
M
-M
M
.ii
-M.
M.
M
M.
M
IIII
IIIIIIII IIIIIIIIII
UF ‹-.õ Ex CCSM TCC UFSC ENF 0261 Ex. v-1FLORIANÓPOLIS
_
sc
2003
MUNHOZ
CÁTIA
DROPPA
PEREIRA
PAREMATURIDADE
E
ALEITAMENTO
MATERNO:
UMA
ASSISTENCIA
DE
ENFERMAGEM
SEGUINDO
OS
PRESSUPOSTOS
DE
WANDA
DE
AGUIAR
HORTA
Relatório
da
Prática AssistencialApresentado à Disciplina de
Enfermagem
Assistencial Aplicada
do Curso
deGraduação
em
Enfermagem.
ORIENTADORA:
Enf"
Dra”.Ana
Lúcia
Cardoso
Kirchhof
SUPERVISORAS:
Eni” Obstetra
Roberta Costa
Eni” Obstetra Janaína
Mery
RibeiroEnf' Melissa
Onório
Eni”
Adriana
Bocchia
3°
MEMBRO
DE
BANCA:
Eni” Dra”.
Marisa
MonticelliFlorianópolis
-
SC
Agradecemos
a professora e coordenadorada
oitava fase curriculardo Curso
deGraduação
em
Enfermagem,
Ilca KellerAlonso
por nosacompanhar
desde0
inícioda
nossa decisão por esta área de atuação e por nos ajudarna
busca deum
orientador.À
nossa orientadoraAna
LúciaCardoso
Kirchhof, muito obrigado por aceitar orientar-nos
em
nosso trabalho.À
professoraMarisa
Monticelli pelo apoio e incentivodado
como
membro
da
banca examinadora, obrigado pelas contribuições.Obrigado
à professora LucianaMendes
pela ajudana
delimitaçãodo tema
deste trabalho.Às
nossas supervisoras JanaínaM.
Ribeiro, Roberta Costa, AdrianaBocchia
e MelissaOnório
pela paciência e dedicação, contribuindo para o nosso crescimento pessoal e profissional.Muito
obrigado à equipe multiprofissional da Neonatologiado
Hospital Universitário- UFSC,
que
nos ajudou e nos incentivou durante todo o período de estágio.Às
mães
e seus recém-nascidos, nosso muito obrigado, poissem
sua cooperação ecompreensão não
teríamos realizado nosso trabalho. Foi através das situações de saúde-doença
vivenciadas por estas famíliasque aprendemos
e adquirimos a prática nessa área de atuaçãoda enfennagem.
Agradeço
a Deus, aminha
família pela oportunidade de realizar este curso etambém
aos
meus
amigos, especialmenteAmaldo
e Cátia. (Angela C. Medeiros)Agradeço
primeiramente aminha
mãe,
pai, irmãs e sobrinhos, pela luta paraeu
poderrealizar este curso de graduação.
Aos
meus
familiares eamigos
Wanda,
Aguinaldo
e Luiz Paulo pela participação nas rifas.Agradeço
também
a todos osmeus
amigos
da
universidadegraduação. (Arnaldo G.
Munhoz
Júnior)Agradeço
à Deus, aosmeus
pais Clarí e Marion, aminha
irmã Mariane, aoKuki
e a todos osmeus
familiares.Aos
meus
amigos
Mireli, Belinha, Polonêsa, Tati, Pati, Juliette,Mara, Fabiane, Cintia, Annelise, Cecília, Daiani,
Ângela
K., Cinthya, Carina, Evandro,Alexandre
e a todo opovo da
sala.Aos
professores Denise Guerreiro,Neusa
Queiróz, Gracia Maria,Maria do
Horto,Selma
Valente,Maria
Emília, Roberta Costa, Janaína Ribeiro, Fabiane Francioni, Fabíola Santos, Patrícia Madalena, Alzira Testoni.A
equipeda
Centralde
Incentivo ao AleitamentoMatemo,
Edi, Orcélia, Ingrid, Tânia,Ana
Claudia e Claudete.Aos
meus
sempre amigos
Amaldo
eÂngela
principalmente nesta fase, cujaO
presente trabalho de conclusãoda
graduaçãoem
Enfermagem
da
Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC
foi desenvolvido atravésda
prática assistencial aos recém-nascidosprematuros
(RNPT)
e suasmães
na
unidade de Neonatologiado
HU
-
UFSC
cujo enfoqueprincipal
foram
osdesafios
e possibilidades dessa assistência frente ao aleitamentomatemo.
O
marco
conceitual foi baseadona
teoria das necessidadeshumanas
básicas realizando quatro etapasdo
processo deenfermagem
deWanda
de Aguiar Horta: histórico deenfermagem,
utilizando o
modelo
diagnóstico de Benedet&
Bub, prescrição e evolução de enfermagem.As
situações vividas pelos prematuros e suas
mães
demonstram
diversas dificuldadesfisiológicas, emocionais e/ou patológicas
que influenciam
negativaou
positivamenteno
processo de alimentação e
amamentação
da
díadeRNPT/mãe,
onde
osmomentos
de crisenão
são incomuns.Uma
assistênciaque
encoraje e valorize amãe
enquanto elemento ativo e participativono
processo e reconheçano
recém-nascido prematuro suas necessidades individuais, deuma
forma
humana
e ética, estarão contribuindo para o sucessodo
aleitamento›-F-E Nua
1
INTRODUÇÃO
... ..2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
... ..2.1
UNIDADE
NEONATAL
... ..2.2
RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO
(RNPT)
... ..142.3
CONSIDERAÇÕES
TEÓRICAS
SOBRE
O ALEITAMENTO
MATERNO
... ..202.3.1
Anatomia
da
mama
... ..252.3.2 Fisiologia
da
mama
... ..272.3.3 Técnicas para a
amamentação
... ..282.3.4 Extração
manual do
leite ... ..322.3.5
Problemas
relacionados àamamentação
... ..342.3.6 Lactância amenorréica
(LAM)
... ..4l 2.3.7O
papeldo
paina
amamentação
... ..422.4
MÉTODDO CANGURU
... ..432.5
DIREITOS
REPRODUTIVOS
E
SAÚDE
DA MULHER
... ..482.5.1 Trajetória assistencial
no
âmbitoda
saúde reprodutiva e sexual ... ..493.
MARCO
CONCEITUAL
... ..543.1
BREVE
DESCRIÇÃO
DA
TEORIA
DAS
NECESSIDADES
HUMANAS
BÁSICAS
DE
WANDA
DE AGUIAR
HORTA
... ..543.2
OS
PRESSUPOSTOS
DE
HORTA
E
SUA
APLICAÇÃO NESTE
ESTUDO
... ..553.3
CONCEITOS
QUE
FUNDAMENTARAM
A
PRÁTICA
... ..574
METODOLOGIA
... ..624.1
CARACTERIZAÇÃO
DO
CAMPO
PRÁTICO
... ..624.l.l Neonatologia
do
HU/UF
SC
... .1 ... ..624.1.2 População alvo ... ... ..64
4.2
METODOLOGIA
DA
ASSISTÊNCIA
... ..644.3
ESTRATÉGIAS
PARA
ALCANÇAR
OS OBJETIVOS
TRAÇADOS
... ..684.4
ASPECTOS
ÉTICOS
... ..- ... ..71 5RELATO DA
EXPERIÊNCIA
... ..73 6CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..11õREFERÊNCIAS
... ..120APÊNDICES
... ..123ANEXOS
... ..l4lPARECER
FINAL
DO
ORIENTADOR
... ..146O
presente trabalho de conclusão de curso da graduaçãoem
Enfermagem
foidesenvolvido
no
Hospital Universitário Polydoro Ernani de Santiago da Universidade Federal de Santa Catarina-
HU/UFSC
a partir da prática assistencialcom
recém-nascidos pré-termo(RNPT)
intemadosna
Neonatologia e suas mães, trabalhandocom
aleitamentoITlaÍCI'l'l().
Optamos
por desenvolver nossas atividades práticas noHU/UFSC
por este apresentaruma
forma de assistência que vai ao encontro de nossas crenças e valores pessoais e profissionais, por este serum
hospital escola onde a inserção de acadêmicos já faz partedo
cotidiano dos profissionais e sertambém
HospitalAmigo
da Criança e o Centro de Referência Sul para oPrograma
Mãe-Canguru.A
escolhado tema
se deu pela identificaçãodo
grupocom
a neonatologia e por saber e querer enfatizar a importância do aleitamentomatemo
na assistência de enfermagem.Ao
conhecer a unidade de Neonatologia (visto que nãohá desempenho
prático obrigatório
na
grade curricular), despertouem
nós sentimentos de curiosidade, dúvidas euma
vontade forte de contribuimros através da profissão para melhorar a qualidade de vida e assistência aoRNPT
no
processo de aleitamentomatemo,
visto que foram facilmente reconhecidas as dificuldades que circundavam o recém-nascidoprematuro e sua
mãe
nesse processo.Tal desafio nos impulsionou a buscar caminhos para implementarmos nossa proposta.
Um
deles foi aprofundar a importânciado
aleitamentomatemo,
principalmenteao prematuro que, por apresentar o trato gastrointestinal imaturo, sofre mais fortemente as
conseqüências de
uma
alimentação não ideal,ou
seja, suprimida de leite materno.Pryor (1981) fortalece nossas crenças
quando
diz que 0 aleitamentomatemo
éum
modo
insubstituível de fornecer o alimento ideal para o crescimento e desenvolvimentosaudáveis de lactentes, tendo
também
uma
influência biológica e emocionalsem
igualsobre a saúde tanto de
mães
quanto de crianças.As
propriedades antinfecciosas do leitematemo
ajudam
a proteger a crianças contra doenças.Por ser assim reconhecido, existem políticas nacionais e intemacionais que apóiam o aleitamento, pois se reconhece nesta tarefa
um
processo de preparo eacompanhamento
dagestante, por profissionais e familiares compreendendo-se, portanto essa ação
como
de âmbito sócio-cultural e não apenas vinculada à saúde.No
entanto,amamentar
éuma
opção que a mulher faz e que estápermeada
nosvalores culturais ao qual
tem
se vinculado ao longo da sua vida, valores esses construídos pela sociedade. Por isso,embora
aamamentação
seja reconhecidacomo
um
direito dacriança, antes de tudo é
uma
decisão da mulherem
amamentar
e esta será a compreensão adotada ao longo deste estudo.Acreditamos que a
enfermagem pode
e deve propor altemativas de assistência queinformem
asmães
a respeito dos beneficios matemo-fetaisdo
aleitamentomatemo
para quepossam
optar de maneira consciente sobre o processo. Talmedida
jávem
sendo enfatizadapor diversas instituições através de políticas nacionais de saúde
como
a iniciativa HospitalAmigo
da Criança edo Programa
de AtençãoHumanizada
ao Recém-nascido de Baixo Peso-
Método
Canguru,ambos
concentrando esforços na diminuição da morbimortalidadeinfantil pela qualidade da assistência prestada.
A
Iniciativa HospitalAmigo
da Criançatem
por objetivo a promoção, proteção e apoio ao aleitamentomatemo
através da mobilização dos serviços obstétricos e pediátricosde hospitais. Tal iniciativa delineia
um
importante papel de suporte que os hospitaispodem
desempenhar a
fim
detomar
o aleitamento maternouma
prática universal, contribuindo significativamente para a saúde e desenvolvimento de milhões de bebêsem
todo omundo.
Para operacionalização dessa iniciativa foram estabelecidos os
Dez
Passos parao
Sucesso do AleitamentoMatemo
(Anexo
A), assimdenominado
já quecompõe
a estrutura básica de informações e ações necessárias para o apoio e alcance de tal objetivo.No
Brasil, elavem
sendo implementada através
do
Ministérioda
Saúde edo Grupo
de Defesa da Saúde daCriança,
com
o apoiodo
UNICEF
eOMS/OPAS
(OMS,
1993).A
Neonatologia do H.U. conta aindacom
oMétodo
Mãe-Canguru
que estimula a relação afetiva entremãe
e bebê,promove
a autoconfiança, estimula o aleitamentomatemo,
o recém-nascido ganha peso mais rapidamente,
mantém
a temperatura corporal do recém-nascido estável, estimula o contato pele a pele
(Anexo
B), entre outras.A
realizaçãodo método
cangurutem
como
objetivouma
maior humanização daassistência, considerando o bebê pré-termo
como
sujeito dotado de emoções, que sente dor e possui sua própria individualidade, e nãocomo
objeto de cuidados. Estemétodo promove
um
desenvolvimento adequado ao recém-nascido de baixo peso pelo equilíbrio das necessidades biológicas, ambientais e familiares.A
adoção destemétodo
pela instituição, além da atenção humanizada, objetivatambém
o principio de cidadania da família, que permite a presença dos paisem
períodointegral incentivando e orientando o toque adequado precocemente, proporcionando maior
vínculo afetivo, incentivando o aleitamento
matemo,
melhorando o desenvolvimento e segurança quanto aomanuseio do
recém-nascido de baixo peso; dessa formatomando
maisqualificada a assistência à essa criança prematura.
Compreende-se
como
recém-nascido pré-termo(RNPT)
aquela criança que nasce deuma
gestação que termina entre a 208 emenos
que a 378 semana, isto é,36
semanas e 6 dias(ou entre 140 e 257 dias após o primeiro dia
do
último período menstrual)(OMS,
1993).Essas crianças são consideradas de alto risco, pois necessitam de recursos físicos e
humanos
especializados para a prestação de cuidados hospitalares constantes,que
se encontra na Neonatologia(OMS,
1997).Os
recém-nascidos pré-termo necessitam deuma
assistência especializada devido à imaturidade de seus órgãos e o elevado risco de morbi-mortalidade neonatal. Neste sentido,temos
o aleitamentomatemo
e a atenção ao recém-nascido de baixo peso-
método
canguru,
como
estratégias fundamentais para o desenvolvimentodo
RN
e interação entre este binômio.Por tudo isso, propõe-se
como
objetivo:>
Objetivo:Desenvolver o processo de
enfennagem
com
recém-nascidos pré-termo internadosna
unidade neonatal incentivando o aleitamento materno, fundamentado nos pressupostos teóricos deWanda
de Aguiar Horta e nas propostas do HospitalAmigo
da Criança e na AtençãoHumanizada
aoRecém-Nascido
de Baixo Peso -Método
Canguru.>
Objetivos Específicos:0 Incentivar o aleitamento
matemo
orientando e interagindocom
o binômio;0 Realizar procedimentos de
enfermagem
aos recém-nascidos pré-termo da unidade Neonatal;0 Participar e estimular a interação entre o recém-nascido e sua mãe;
0
Promover
educaçãoem
saúde à mãe/mulher;0 Integrar nossa proposta de prática assistencial ao funcionamento e a organização da unidade neonatal interagindo
com
a equipe de profissionais,com
os recém-nascidos ecom
suas mães, respeitando asnormas
e rotinas da unidade;)
Bem
aventurado o ventre que te trouxee os peitos
em
quemamaste
(Lucas 11:27)
Esta revisão bibliográfica será estruturada nos seguintes temas: a
Unidade
Neonatalem
seu funcionamento e estrutura; aspectos conceituais e assistenciaisdo
RNPT,
aspectosque
envolvem
o aleitamentomatemo
e traços da história da evolução social feminina e sua sexualidade mostrando alguns aspectos e compreensões das dificuldades encontradas pela nutrizem
amamentar
em
seumeio
social.2.1
UNIDADE
NEONATAL
Vimos
a necessidade de conhecer melhor a unidade neonatal já que é este o ambienteonde
oRNPT
e sua família permanecerão porum
longo período, tentandocompreender sua estrutura ideal a
fim
de contribuir para melhorias e necessidades desseambiente ao longo de nossa caminhada,
bem
como
facilitar a compreensão dos familiares acerca dele.Os
primeiros relatos de Neonatologia nos repoitaram ambientes privativos,com
controle asséptico rigoroso e de completo domínio dos profissionais de saúde, sendo oacesso aos pais e familiares estritamente proibido. Até 1960 os manuais de pediatria afastam os pais
do
ambiente da neonatologia. Klaus e Kenel (1992) através de seus estudospassaram a observar que
um
grandenúmero
de crianças nascidas prematuraseram
negligenciadas e sofriam
maus
tratos de suas mães, associando o fato ao afastamento dessasmulheres de seus filhos, o que acarretou
na
ausência totalou
deficiência de vínculo afetivo.Atualmente, além de todos os progressos tecnológicos tão necessários e importantes à assistência neonatal sentimos
uma
significativamudança
de paradigmano
atendimentoonde
a família é visualizadatambém
como
tecnologia necessária parauma
assistência neonatal de qualidade, onde é possibilitado aos pais a participação ativa nos cuidados aoseu recém-nascido e onde a equipe consegue dividir
com
essas pessoas suas alegrias, tristezas, dúvidas e ansiedades.As
unidades de neonatologia são locais altamente especializados, dotados deprofissionais habilitados e equipamentos básicos, que são essenciais para a recuperação e
manutenção
da vida dos pacientes queem
seu estado de saúde inspirem quadros agudos(SOUZA,
1997). .“Nas
unidades neonatais, são intemados, principalmente os recém-nascidos pré- termos, que correm risco de vida e necessitam de cuidados24
hs por dia,bem
como
aquelesque sofreram
algum
problema ao nascimento”(ALMEIDA,
2003, p. 01).Segundo
o autor citado anteriormente, na teoria as unidades neonataisdevem
ser constituídasno
mínimo
por:>
Sala de admissãodo
RN
(primeiros atendimentos): local onde ocorre a recepçãodo
RN
de partos não-contaminados e onde permanecerãoem
observação nas primeiras 04 horas de vida.Cada
sala deve terno
máximo,
seis leitos,com
áreamínima
de 2,5mz
por berço.>
Sala para Recém-nascidos(RN)
em
observação (opcional):_ destinada aosRNs
com
mais de 04 horas de nascimento que,embora
nãopossuam
nenhuma
patologia, estejam por
algum
motivo impedidos de fazerem usodo
Alojamento Conjunto (AC).Cada
sala deverá contar com,no máximo,
quatro 1eitos,_com áreamínima
de 2m2
por berço e distância de 60cm
entre os berços.>
Sala de cuidados intermediários: indicada paraRNs
que precisarão detratamento simples por problemas não infecciosos, ou para
RNS
que saíram dafase agida da doença
mas
necessitam de cuidados específicos de enfermagem.Cada
sala deve ter nomáximo,
seis leitos,com
área de 2 a 2,5mz
por berço eespaço de
60
cm
entre os berços.>
Sala de cuidados especiais (incluindo UTI): destinada aRNs
de alto risco quenecessitem de recursos físicos e
humanos
especializados para prestação de cuidados médicos hospitalares constantes.Cada
sala deve ter,no
mínimo, quatro leitos, respeitando áreamínima
de 2,5 a 5 mz,com
espaçomínimo
de 80cm
entre os berços. 4
>
Isolamento: destinada aosRNS
com
diagnósticoconfirmado
de processo infeccioso, conforme asnormas
daComissão
de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH).Cada
sala deve ter seis leitos, nomáximo,
áreamínima
de2,5
m2
por berço e distanciamínima
de 80cm
entre os berços.Deve
serconsiderada a proporção de berços para o total de
RNS,
sendo adequadoum
berço de isolamento para cada
20
RNs
(5%
do
total de leitos). Atualmente nãose preconiza mais a utilização de área de isolamento na Neonatologia sendo os
RNs
isoladosem
sua própria incubadora.2.2
RECÉM-NAsc1Do PRÉ-TERMO
Em
todo mundo, nascem anualmente 20 milhões de crianças prematuras e com baixo-peso. Dessas,um
terço morre antes de completarum
ano de vida.O
Brasil, hoje, vem trabalhando com a visão deum
novo paradigma que é a daatenção humanizada à criança, à mãe e a família, respeitando-os nas suas
características e individualidades (BRASIL, 2002, p. 15).
Para a definição de parto pré-termo, usa-se o conceito da
OMS
(1993) queestabelece
como
pré-termo aquela gestação que termina entre a 20” e a 37” semana. Gestações interrompidas antes da 20”semana
são consideradascomo
abortamento. Entre a 37” e a 42”semana
de gestação, o parto é consideradocomo
a termo. Gestações queduram
A
prematuridade e o baixo peso são muitas vezes concomitantes, principalmente nas criançascom
menos
de 1.500 gramas, e ambos, prematuridade e baixo peso ao nascer, seassociam ao
aumento
da morbidade e mortalidade neonatal(OLIVEIRA,
MONTICELLI,
2002).
A
prematuridade representa grandes problemas para a saúde pública, principalmenteem
decorrência dos grandes níveis de morbi-mortalidade infantil do país, devido seruma
fase de grande imaturidade anatômica e fisiológicado
serhumano com
alta propensão a ocorrência de seqüelas muitas vezes incapacitantes e de longa duração(COSTA;
REICHERT,
2001).A
prematuridade dividi-seem
três categorias: a) prematuridade limítrofe, naqual se encontram as crianças com idade gestacional entre 35 e 37 semanas, que pesam entre 2.200 e 2.800 g,
medem
entre 45 e 46cm
de comprimento eaproximadamente 32,5
cm
de perímetro cefálico; b) prematuridade moderada,abrangendo as crianças com idade gestacional entre 31 e 34 semanas, que pesam
em
tomo de 1.500g,medem
entre 39 e 43,1cm
de comprimento e 31,3cm
deperímetro cefálico; c) prematuridade extrema, onde estão as crianças com
idade gestacional entre 24 e 30 semanas, que pesam menos de 1.500 g,
medem
menos de 28
cm
de estatura e menos de 29cm
de perímetro cefálico(MARCONDES,
1994, p. 334).O
parto pré-termopode
ser fruto de gestação gemelar, rupreme, cérvice incompetente, malformação uterina, doençamatema, ou
uma
variedade de situações quepodem
levar amãe/mulher
a ter contrações uterinas(FREITAS
et al, 1997).Intra-útero, durante o último trimestre de gravidez, ocorre o crescimento final,
corporal e do cérebro, o corpo recebe reservas de cálcio, gordura, fósforo,
vitaminas e oligoelementos.
O
nascimento prematuro interrompe esta nutriçãofomecída pela placenta e pode causar efeitos permanentes no tamanho do
cérebro, comportamento, aprendizado e memória, bem como problemas ósseos, entre outros (TAMEZ; SILVA, 1999, p. 108).
Segundo
Oliveira e Monticelli (2002), os recém-nascidos pré-termospossuem
características físicas e fisiológicas particulares, tais
como:
>
Características Físicas: por não ter tecido adiposo suficientemente, apresenta fáciessenil.
Os
olhos são de dimensões exageradasem
relação à face (exoftalmia).O
relaciona as diferenças entre as características físicas de recém-nascidos pré-termo e a termo:
Características
RNPT
RNAT
Pregas plantares
Unicamente
pregas transversais anteriores.Planta coberta de pregas.
Diâmetro do nódulo
mamário
2
a4mm
5a7mm
Cabelo Fino e escasso Sedoso e cheio
Lóbulo
da orelha Pregável, ausência ouescassez de cartilagem
Rígida,
com
cartilagem.Genitália masculina Testículos
no
canal inferior,escroto pequeno
com
escassez de rugas
Testículos na bolsa escrotal,
rugas amplas.
Genitália feminina Pequenos lábios não
cobertos pelos grandes lábios
Pequenos lábios cobertos pelos grandes lábios
Unhas
Moles, atingemno
máximo
as pontas dos dedos
Projetam-se além das pontas
dos dedos
Pele Pregueada e vermelha,
pouca
gordura subcutâneaRósea
e lisa, presença degordura subcutânea Vitalidade Fraco e preguiçoso,
sonolento, choro fraco,
sucção fraca
ou
ausenteForte e ativo, acorda para
mamar,
choro forteComprimento
Menos
de47cm
Mais
de47cm
Peso 2.500gramas
ou
menos
Acima
de 2.500gramasPerímetro cefálico
Menos
de33cm
Mais
de33cm
Perímetro torácico
Menos
de29cm
Mais
de29cm
Umbigo
Mais
perto da sínfisepubiana
Entre a sínfise pubiana eo
apêndice xifóide Fonte: Crosse (apud
OLIVEIRA;
MONTICELLI,
2002).O
reflexo demoro
está incompleto na 24” semana, sendo que na 28” se encontra completo,porém
débil.O
reflexo de sucção aparece na 24”semana
e desde aí vai setomando
cada vez mais enérgico, sendo quena
34” semana, ele toma-se síncrônico e permite a alimentaçãoda
criança ao seio materno(OLIVEIRA;
MONTICELLI,
2002).No
reflexo dos pontos cardeais, observa-se que o recém-nascido dirige suacabeça na direção do estímulo, de forma débil entre a 24” e 28* semana. Porém,
por volta da 32” semana, este reflexo já se apresenta de forma enérgica. Os
movimentos de marcha automática ou deambulação verificam-se a partir da 34”
semana.
A
partir da 373 semana se verifica o reflexo sobre as pontas dos pés e,na 40” semana, o recém-nascido apóia as plantas dos pés completamente no solo
(OLIVEIRA;
MONTICELLI
2002, p. 287).>
Características fisiológicas: quanto mais pré-terrno o recém-nascido, maisdeficientes serão as suas funções, quais sejam:
0 aparelho respiratório: o reduzido
números
de capilaresem
contatocom
os alvéolos imaturos e a fragilidade dos músculos intercostais levam auma
expansão
pulmonar
deficiente e à dificuldade respiratória.A
freqüência respiratória éem
média
de58mpm
epodem
ser auscultadosfinos
estertores; 0 aparelho circulatório: o coração apresenta-se relativamente grande, havendouma
freqüência cardíacaem
tomo
de 130bpm. Existeuma
tendência ahemorragias cutâneas e mucosas, devido à pequena resistência dos vasos sangüíneos e anormalidades
do
mecanismo
de coagulação do sangue;0 aparelho digestivo: os reflexos de sucção e deglutição estão nonnalmente
débeis.
Há
tendência a vômitos e distensão abdominal devido à flacidez dacárdia e à hípotonia
do
píloro.Podem
apresentar facilmente diarréia causadapor infecção enteral
ou
parenteral, baixa tolerância aos alimentos e deficiênciade enzimas (amilase e lípase pancreática).
O
fígado é relativamente grande e palpávelem
sua borda inferior, havendo imaturidade hepáticacom
funções deficientes, levando a hipoglicemia, hipoproteinemias, hipoprotrombinemias e hiperbilirrubinemias;aparelho urinário: o rim apresenta-se pobre
em
capilares; os glomérulos e néfrons estãoem
desenvolvimento, e a função renal ainda é deficiente.A
urina é escassa
em
volume, ricaem
uratos e fortemente ácida;sistema termorregulador: apresenta-se imaturo, sendo que o baixo
metabolismo basal, a pequena atividade muscular e a
pouca
ingestão dealimentos nos primeiros dias de vida
também
influenciam na produçãoinsuficiente de calor;
sistema nervoso: os reflexos estão abolidos ou diminuídos devido à mielinização incompleta das sinapses nervosas;
equilíbrio ácido-básico: o
RNPT
tem
uma
certa tendência à acidose. Processos infecciosos pulmonaresou
intestinais, alimentação incorreta, falta de líquidos e desenvolvimento incompleto dos rinspodem
alterar sua reserva alcalina habitualmente baixa e variável.Segundo
Brasil (2002) o recém-nascido prematuro é especialem
muitascaracterísticas de seu desenvolvimento:
pouca
reserva de carboidratos e gordura;alto metabolismo (intrínseco, maior metabolismo cerebral e hepático);
alto
tumover
protéico (principalmentequando
estáem
crescimento); necessidade mais elevada de glicose para energia e metabolismo cerebral; necessidadeaumentada
de gordura para metabolismo, depósito, para ácidos graxos essenciais, desenvolvimento cerebral, neuronial e vascular;maior perda de água insensível; peristalse mais lenta;
produção limitada de enzimas no trato gastrointestinal;
presença freqüente de eventos estressantes: hipóxia, insuficiência respiratória,
sepse entre outros;
prejuízo do desenvolvimento caso não seja adequadamente nutrido.
O
recém-nascido a termo e saudável requer aproximadamente 100 a200
kcal/kg/dia paraum
crescimento e desenvolvimento adequado.As
necessidades calóricasdo
RNPT
sãode 120 kcal/kg/dia, alguns neonatos requerem até 150 a 165 kcal/kg/dia para que haja
uma
promoção do
crescimento adequado(TAMEZ;
SILVA,
1999).Segundo
as autoras citadas anteriormente, as necessidades calóricas,quando
administradas parenteralmente, são aproximadamente
20%
menoresdo
quequando
administradas enteralmente; a
média
seria de70
a 100 kcal/kg/dia.Segundo
Oliveira e Monticelli (2002),um
bebêem
UTI
neonatal éum
doente graveque está
com
uma
ou
mais de suas funções vitais alteradas (...).Sua
sobrevida muitas vezesé conturbada por seqüelas de diferentes tipos e graus, principalmente neuropsicomotoras.
Neste sentido, muitos recursos são colocados a disposição da equipe, para assegurar a assistência e manter a estabilidade.
É
muito importante que a equipe neonatal pense e aja intensivamente,acompanhando
o recém-nascido de perto e continuamente, lembrando sempre quena
UTI
neonatal temosno
mínimo
dois pacientes: o bebê e a sua mãe.Para Oliveira (1998), prestar
uma
assistência maishumanizada
possível deve ser oobjetivo primordial da equipe.
A
presença constante damãe
edo
pai etambém
de outros familiares se o serviço permitir, são essenciais dentro daUTIN,
pois o contatocom
parentes carinhosos contribuirá para a recuperaçãodo
bebê.Lembrando
sempre que oRN
éum
serhumano
que sente dor, olha, ouve e sofrecom
as agressões que lhe são impostas, e neste sentido toma-se imprescindível a atenção carinhosa da equipe antes, durante e após osprocedimentos técnicos.
“No
recém-nascido tudo é id, que é inconsciente, refere-se à vida instintiva e manifesta-se por atos reflexos; estes atos sãoacompanhados
de sensações de prazer (sono tranqüilo e expressão plácida), e desprazer (choro e gritos)”(SCHIMITZ,
1989, p. 181).A
formaçãodo
ego, que é o subsistema que executa os impulsos da vida instintiva,agora regido pelo princípio da realidade, vai surgindo ao longo das experiências da criança
com
os objetos domundo
exterior.A
criançamemoriza
experiências, capta estímulos, repete comportamentos e reações, isto lhe dará elementos para formação deum
ego vital eforte
(SCHIMITZ,
1989).“Quanto
melhor forem atendidas as necessidades básicas da criança, mais positivos serão o ego e sua emotividade.Não
basta cuidar, fazer coisas; é preciso falar, tocar, acariciar, estimular”(SCHMITZ,
1989, p. 182).2.3
CONSIDERAÇÕES
TEÓRICAS
SOBRE
O
ALEITAMENTO
MATERNO
Até bem pouco tempo, o tema aleitamento materno era considerado bastante impreciso e despertava pouco interesse dos estudiosos e clínicos. Suas
qualidades, importância, vantagens e como manejá-lo adequadamente, entre
outros aspectos, eram pouco explorados e, por isso mesmo, praticamente desconhecidos (SANTOS, 2002, p. 134).
O
aleitamentomatemo
éum
modo
insubstituível de fornecer o alimento ideal paraocrescimento e desenvolvimento saudáveis de lactentes, tendo
também
uma
influência biológica e emocionalsem
igual sobre a saúde tanto demães
quanto de crianças (...). Poressas razões profissionais
em
estabelecimentos de saúdedevem
fazer todos os esforços para proteger,promover
e apoiar o aleitamentomatemo,
e para fomecer a gestantes e puérperas conselhos objetivos e coerentes sobre este assunto(OMS,
1989).A
amamentação
dá à criança o melhorcomeço
na vida. Estima-se que mais deum
milhão de criançasmorram
a cada ano de diarréia, infecções respiratórias e outras infecçõespor não serem
amamentadas
de maneira adequada.A
amamentação
também
contribui para a saúdeda
mãe (OMS,
1997).As características bioquímicas e imunológicas de espécie-especificidade, próprias do leite humano, lhe conferem uma composição ideal e incomparável a qualquer outro tipo de leite: bacteriologicamente é seguro e imunologicamente
apresenta fatores de proteção e de defesa contra infecções, principalmente as
gastrintestinais. (Anexo C)
O
leite matemo reduz o risco de enterocolitenecrotizante nos recém-nascidos prematuros. As infecções respiratórias e as alergias são menores nos lactentes amamentados (SANTOS, 2002, p. 135).
O
leite deuma
mãe
é especialmente indicado para seu filho.O
leitematemo
protegeo bebê de bactérias e vírus
com
os quais suasmães
tiveram contato.O
leitematemo
não é uniforme.O
colostro e o leitematemo
são adaptados à idade gestacional e o leitemuda
mês
a mês, dia a dia, de
mamada
amamada
para satisfazer cada necessidade específicado
bebê(OMS,
1993).Segundo
aOMS
(1993) existem três estágiosdo
leite materno:0 Colostro:
Já
há
colostro a partirdo
sétimomês
de gravidez.É
espesso, pegajoso e de cor clara a amarelada. Contribui para a saúdedo
bebêcomo nenhum
outro leite poderia.21
-
O
colostro é perfeitocomo
primeiro alimento para bebês, econtém
mais proteínas evitamina
A
do
que o leite maduro;-
Se
o bebê consumir água ou qualquer alimento artificial, o colostro se dilui.Os
rinsdo
recém-nascido não estão preparados para receber grandes
volumes
de líquidos e a águaadicional coloca-os sob pressão.
Não
é necessário oferecer água a recém-nascidos;-
O
colostro é laxante e ajuda o bebê a eliminar o mecônio. Isso ajuda a prevenir a icterícia;-
As
imunoglobulinas, principalmente a IgA, presentesno
colostro protegem o bebê contrainfecções.
O
colostro é a primeira imunizaçãodo
bebê contra muitas bactérias e vírus.0 Leite materno prematuro:
O
leite deuma mãe
pode
ser usadomesmo
antes de o bebê ser capaz demamar.
A
mãe
pode
retirar seu leite e oferecê-lo ao bebêcom uma
xícaraou
colher.O
leitematemo
prematuro
tem
mais proteína,IgA
e lactoferrina que o leite maduro, que otomam
maisadequado
às necessidades deum
bebê prematurodo
que qualquer leite infantilindustrializado.
0 Leite
matemo
maduro:O
leitematemo
maduro
é diferente dos leites infantis industrializados. Elemuda
em
relação às horasdo
dia, à duração deuma
mamada,
às necessidades do bebê e a doençascom
as quais amãe
teve contato.Um
bebê quemama
sempre que deseja não precisa deágua,
nem
mesmo em
climas quentes e secos.O
leitematemo
não sobrecarrega os rinsdo
bebê, forçando-o a reter líquidos desnecessários.
A
composiçãodo
leitemuda, também,
durante amamada.
O
leitedo
início surgeno
início da
mamada,
parece acinzentado e aguado, é ricoem
proteína, lactose, vitaminas, minerais e água.O
leitedo
fim
surgeno
final damamada,
parece mais brancodo
que o leitedo
começo
porquecontém
mais gordura.A
gorduratoma
o leitedo
fim
mais ricoem
energia(KING,
1991).Segundo
a autora citada anteriormente, a criança precisa tanto do leitedo começo
quanto
do
leite dofim
para crescer e desenvolver.É
importante deixar que ela pareespontaneamente de
mamar.
A
interrupção damamada
pode
fazercom
que receba pequenaO
aleitamentomatemo
exclusivo oferece a melhor nutrição e crescimento ao bebê,continuando a
promover
seu crescimento após a introdução de outros alimentos.De
um
modo
geral, a taxa de doenças queexigem
cuidados médicos é mais baixa entre bebêsamamentados
exclusivamente(OMS,
1993).Ainda há
muitas controvérsias sobre as necessidades de nutrientes, vitaminas e oligoelementos dessas crianças e hátambém
divergência quanto à avaliação da eficácia edo
aproveitamentodo
que está sendo ofertado, já que encontramos várias curvas e tabelasde normalidade
(BRASIL,
2002).“O
leite materno está sempreem
perfeitas condições para a criança,mesmo
que amãe
esteja doente, menstruada, grávida ou desnutrida”(KING,
1991, p. 24).Para a autora citada anteriormente, o leite materno contém todos os nutrientes de que a criança precisa para seu desenvolvimento adequado até o quarto a sexto
mês
de vida.Contém:
0 proteína e gordura mais adequadas para a criança e na quantidade certa;
0 mais lactose (açúcar
do
leite) do-que a maioria dos outros leites, o que preenche asnecessidades da criança;
0 vitaminas
em
quantidades suficientes.Não
há necessidade de suplementosvitamínicos;
0 ferro
em
quantidade suficiente.Não
há grande quantidade de ferro,mas
ele ébem
absorvidono
intestino da criança. Criançasamamentadas
não desenvolvemanemia
ferropriva;
0 água
em
quantidade suficiente,mesmo em
clima quente e seco;0 as quantidades adequadas de sais, cálcio e fosfato; 0
uma
enzima
especial (lipase) que digere gorduras.Crianças
em
aleitamentomatemo
têm
menos
quadros infecciosos porque o leitematemo
é estéril, isento de bactérias econtém
fatores antiinfecciosos que incluem:0 células brancas vivas (leucócitos) que
matam
as bactérias;0 anticorpos (imunoglobulinas) contra muitas das infecções mais comuns. Isto
pode
ajudar a proteger a criança até que ela
comece
a produzir seus próprios anticorpos.o
uma
substânciachamada
fator bífido que facilita o crescimento deuma
bactéria especial (Lactobacillus bzƒidus),no
intestino da criança.Os
Lactobacíllus bíƒídusimpedem
que outras bactérias cresçam ecausem
diarréia;0 lactoferrina que se junta ao ferro. Isso
impede
o crescimento de algumas bactérias patogênicas que precisam desse elemento(KING,
1991).Crianças
em
aleitamentomatemo
têm
menos
diarréia que as alimentadas artificialmente.Têm
também menos
infecções respiratórias e de ouvido médio.A
criançaque continua
em
aleitamentomatemo
duranteuma
infecção se recupera mais rapidamente.O
leite materno continua ajudando a evitar doenças e facilitando a recuperação durante o segundo e terceiro anos de vida(KING,
1991).Além
das vantagens para a criança aOMS
(1993) diz que o aleitamentomatemo
também
beneficia asmães com:
0 a ocitocina liberada
quando
amãe
amamenta
contrai o útero e ajuda a interrompera hemorragia pós-parto. Essa éuma
das razões pelas quais o aleitamento deve seriniciado imediatamente após o nascimento e mantido
com
freqüência;0 nutrizes
têm
elevada eficiência energética.Podem
produzir leitemesmo com uma
ingesta calórica limitada;
0 o aleitamento freqüente atrasa a volta da menstruação e ajuda a proteger a mulher de
uma
nova
gravidez.Nesse
processo, as reservas de ferro são preservadas e as gestações espaçadas;0
menor
risco de câncermamário
e ovariano; 0 a depressão pós-parto é reduzida;0 a carga de trabalho
com
a preparação da alimentaçãodo
bebê é reduzida; 0 a recuperação físicano
pós-parto é mais rápida;0 a ligação afetiva é estimulada, resultando
em
menos
abuso e negligência decrianças;
0 o aleitamento
matemo
torna convenientes asmamadas
notumas
e as viagens;0 o leite não estraga e não há preocupação
com
a falta de estoques;0 não há preocupação
com
a escassez de leites infantis industrializadosno
mercado devido auma
má
distribuição, seca ou crises deum
modo
geral.Segundo
aOMS
(1993) o aleitamentomatemo também
traz beneficios para a sociedade, assimcomo:
0 o custo de
uma
dieta adequada damãe
é inferior ao custo de alimentar o bebêcom
leites artificiais;
0 as
mães
podem
usar de outra maneira o dinheiro gastocom
esses leites paracomprar alimentos para outros
membros
da família.Não
há necessidade de comprar sucedâneosdo
leitematemo
ou equipamentos(como
mamadeira) para alimentar obebê, economizando-se,
também,
água e combustível;0 a família
economiza
0tempo
gasto preparando mamadeiras para realizar visitasadicionais a estabelecimentos de saúde;
0 os gastos
com
consultas médicas, medicamentos,exames
laboratoriais e hospitalizações são reduzidos.As
mães
e os bebêsficam
mais saudáveis;0 as
mães
podem
espaçar gestações utilizando a lactância amenorréicacomo
método, melhorando sua saúde.Para que a
mãe/mulher
e seu recém-nascidopossam
usufruir todas as vantagensdo
aleitamento
matemo,
precisam ser ajudadas nas primeirasmamadas,
principalmente as primíparas por não terem experiências anteriores.Segundo
Pryor (1981), a separação entremãe
e filho no nascimento éum
choquefísico e emocional para ambos.
A
lactação permite que esta separação acabe realizando-se gradualmente, pelomenos
no
decorrer deum
segundo período de novemeses
(...).Quando
a
mãe
aamamenta
por bastantetempo
e diversas vezes, omundo
da criança ainda consiste principalmenteem
seu calor, apoio e movimentos, de sua pulsação, de sua voz e de suaquímica corporal.
Para
King
(1991), a mulher, após o primeiro parto,pode
estar insegura paraamamentar.
E
a criança,embora
possa sugar, talvez não consigamamar em
posição adequada. Tanto amãe
quanto o filho precisam de ajuda para aprender o que fazer. Colocara criança para
mamar
é muito simples,quando
amãe
sabecomo
fazer. Se a criança não pegar corretamente amama, podem
surgir vários tipos de problemas.Nas
primeiras semanas após o parto, a mulherfica
mais sensível e emotiva do queera antes. Isso
aumenta
sua capacidade deamar
seu filho,mas também
fazcom
que fiquemais facilmente nervosa
(KING,
1991).Quando fica estabelecida a relação de aleitamento, toma-se diflcil desfazê-la.
Mãe
e bebê precisamum
do outro tanto emocional quanto fisicamente.Evidentemente, o bebê tem uma necessidade fisica de leite. Sua necessidade
emocional é igualmente forte: necessidade de contato com a mãe, de amor e de
tranqüilidade, obtidos através de todos os seus sentidos enquanto mama, mas
especialmente por meio de sua boca extremamente sensível (PRYOR, 1981, p. 16).
Alguns alimentos que são ingeridos pela
mãe podem
ocasionar distúrbiosno
recém- nascido,como,
por exemplo, cólicas, sonolência, agitação e insônia.Recomenda-se
que amãe
não
faça o uso de café, chocolates entre outras bebidas ricasem
xantinas,como
também
álcool, comidas muito condimentadas e perfumadas(FREITAS
et al, 1993).Não
deve ser esquecido que a nicotina étambém
excretada pelo leite, ocasionandocólicas e irritações nos recém-nascidos. Se a
mãe
não consegue parar de fumar, recomenda-se que somente
fume
depois de teramamentado
e longe do local onde está o recém-nascido(FREITAS
et al, 1993).2.3.1
Anatomia
daMama
A
mama
é formadaem
parte por tecido glandular eem
parte por tecidoconjuntivo e gordura.
O
tecido glandular produz o leite que posteriormente éconduzido ao mamilo através de pequenos canais ou ductos. Antes de atingiro mamilo, os ductos se tomam mais largos e fonnam os seios lactíferos, nos quais o leite é armazenado (KING, 1991, p. 06).
Segundo
Santos (2002) morfologicamente, o corpo damama
está formado por duasporções distintas: o parênquima e o estroma mamário.
O
primeiro se constitui na porçãosecretória e
pode
ser descritocomo
um
sistema canicular, arborescente, que possui ductos, lobos, lóbulos e alvéolos.É
importante saber que os alvéolos estão na parte posterior, sobre o tórax, e que os ductos e seios lactíferos estãona
metade anterior dasmamas.
Em
volta de cada alvéolo háuma
célulachamada
mioepitelial, capaz de contrair-se,comprimindo
o alvéolo de tal formaToda
esta estrutura arquitetônica da glândulamamária
está imersaem
tecido conjuntivo colágeno e adiposo, constituindo-se o quedenominamos
de estroma, que é oresponsável pela consistência característica da
mama.
O
mesmo
também
inclui os vasos, osnervos e os linfáticos
(SANTOS,
2002).Segundo
a autora citada anteriormente, cadamama
tem
na sua porção apical o mamilo, localizadono
centro da aréola, que está constituído de tecido erétil, cilíndrico,dotado de grande sensibilidade por ser ricamente enervado
com
terminações neuro- sensitivas e corpúsculos de Meissner, significativamente variável na sua forma e tamanho.Zampiere
(2001) refere que anatomicamente omamilo pode
ser classificado em:0
mamilo
protruso: protrai-secom
facilidade e avança à frente da sua posição natural,favorável a amamentação;
0
mamilo
semi-protruso: discretamente saliente que se protraicom
dificuldade.Após
exercícios e estímulos viabiliza a amamentação;0
mamilo
plano: situa-se aomesmo
nível da aréola,como
se estivesse incorporado a região areolar.É
de tecidopouco
elástico;0
mamilo
invertido:também
chamado
de umbilicado, afundado, retraídoou
malformado. Freqüentemente não é de tecido elástico, e de difícil apreensão e correção; 0
mamilo
pseudo-invertido: aparentementecom
asmesmas
características domamilo
invertido, só que de dificil correção após estímulos e
manobras
de exteriorização; 0 atelia: ausência de mamilo.Existem recursos para corrigir esses tipos de
mamilo
que dificultam a amamentação.O
mais importante é o conjunto de exercicios recomendados por Hoffmann, que consisteno
seguinte: coloca-seum
dedo
de cada ladodo
mamilo
sobre a pele da aréola, e pressiona-se amesma
para trás e para fora até o pontoem
quecomeçar
a doer, não até o pontoem
quedoa. Repete-se três vezes a
manobra
nesta posição, três vezescom
os dedosem
diagonal etrês vezes
em
posição vertical, para assim provocar o estiramento das fibras que estãodebaixo da pele da aréola e que fazem
com
que omamilo
seja retráctil(Anexo D)
2.3.2 Fisiologia
da
Mama
Segundo
Santos (2002) o funcionamento da glândulamamária
está intimamenteligado às transformações que ocorrem durante seu desenvolvimento e basicamente
compreende
três fases distintas:0 fase
mamotrófica
ou mamogênica,
que consisteno
desenvolvimento da glândulamamária;
0 fase galactogênica
ou
da lactação, responsável pela produção e ejeçãodo
leite;0 fase de galactopoiese, responsável pela manutenção da lactação.
O
leite matemo é produzido pela ação de hormônios (ocitocina e prolactina) ereflexos. Durante a gravidez hormônios preparam o tecido glandular para a
produção do leite.
O
tecido glandular se desenvolve mais e as mamas ficam maiores. Logo após o parto, os hormônios fazem com que amama
comece a produzir leite. Quando a criança começa a sugar, dois reflexos fazem o leite”descer” na quantidade e no momento certos (KING, 1991, p. 06).
Segundo
a autora citada anteriormente a glândula pituitária, localizada na basedo
cérebro, produz
um
hormônio
chamado
prolactina.A
prolactina estimula as células glandulares damama
a produzir leite. -Além
da prolactina, pesquisas recentestêm
revelado a açãodo hormônio do
crescimento
no
processo galactogênico. Acredita-se que a somatotrofina age junto à prolactinacomo
ativadora damesma,
para que possa exercer suas funções(SANTOS,
2002).Segundo
a autora citada anteriormente a prolactina (PRL), responsável pelodesencadeamento da lactação, parece exercer baixo poder
na
fase de manutenção.A
somatotrofina parece ter maior atuação mantenedora da lactação, agindo sobre a bioquímica
do
metabolismoda
glândula mamária.Para
King
(1991) a prolactina e outros honnônios inibem os ovários de produziremóvulos, portanto, o aleitamento materno retarda o retomo da fertilidade e da menstruação.
Com
relação aos fatores nervosos, o reflexo de sucção sobre omamilo desempenha
papel importante. Através da sucção, as terminações nervosasdo mamilo
desencadeiam,através dos gânglios simpáticos da medula, estímulos
no
núcleo hipotalâmico,As
etapas, desde a estimulaçãodo mamilo
até a secreçãodo
leite, sãochamadas
reflexo de sucção
ou
reflexo da prolactina.A
glândula pituitária produz mais prolactina durante a noitedo
que durante o dia. Portanto, o aleitamentomatemo
à noite ajuda a manteruma
boa
produção de leite(KING,
1991).A
ocitocina é produzida quando os nervos do mamilo são estimulados pelasucção (...) é produzida na parte posterior da glândula pituitária e vai pela
corrente sangüínea para as mamas.
A
ocitocina atua enquanto a criança estásugando e faz o leite descer para esta
mamada
(KING, 1991, p. 11).Segundo
a autora citada anteriormente os sentimentos, os pensamentos e as sensações damãe
podem
afetar esse processo. Freqüentemente seus sentimentos ajudam,mas
algumas vezespodem
inibir o reflexo. Se a nutriztem
sentimentos positivos e confiançaem
sua capacidade de amamentar, o leite desce bem,mas
setem
dúvidas, suaspreocupações
podem
inibir a descidado
leite.2.3.3 Técnicas para
Amamentação
Embora
a lactação sejaum
processo biológico, sua prática é social, política e culturalmente determinada.O
sucesso daamamentação
requer preparo e conhecimentoprévio sobre aspectos anatomofisiológicos e cuidados profiláticos
com
amama,
tanto porparte das lactentes,
como
dos profissionais de saúde(SANTOS,
2002).A
autora citada anteriormenterecomenda
que a primeiramamada
deve acontecer logo após o nascimento da criança,mesmo
antes da dequitaçãoou
secundamento daplacenta.
“Tal
medida
favorece não só aamamentação
precoce,como também
contribui paraque a involução uterina ocorra mais rápida e fisiologicamente pela descarga de ocitocina
que é liberada
com
o estímulo da sucção”(SANTOS,
2002, p. 148).No
entanto, apenas colocar oRN
precocemente namama
não é suficiente para assegurar o sucesso no processo da amamentação,como
descreve Pryor (1981):uma boa técnica de amamentação depende de duas pessoas: da mãe e do bebê.
Os seios da mãe, conquanto eficientes na fabricação e na doação do leite, não
conseguem nem assim funcionar bem, se a criança não desempenhar sua parte.
O
bebê nasce comum
equipamento especializado de ordem fisica, para aamamentação ao seio, suas bochechas (...) Quando está mamando, mantém as
bochechas firmes, impedindo-as de entrarem boca adentro, por mais força quea criança faça para sugar o leite.
O
nariz da criança é pequeno e arrebitado, 0 que o ajuda a respirar enquantomama
(...) As gengivas do bebê, geralmentedesdentadas no nascimento, estão guamecidas de uma beirada pontuda que é
usada na compressão dos sinos ou ampolas lactiferas atrás do mamilo (PRYOR,
1981, p. 47).
Quando
o bebêmama
projeta sua lingua à frente para fazerum
canal que,juntamente
com
o lábio inferior,formam
uma
conchaem
redor da borda extrema da aréola.O
lábio superior,como
um
“U”
invertido, completa esta concha onde o ar nao penetra(PRYOR,
1981).Para
King
(1991), às vezes, a criança não pega quantidade suficiente damama
naboca e suga somente o mamilo, isto é
chamado
sucção demamilo
e é a causacomum
de problemas de aleitamentomatemo
como:
0
mamilos
com
presença de fissuras e dolorosos;0
má
produção de leite e criança apresentando curva ponderal irregular; 0 criança insatisfeita querendomamar
a toda hora;0
mamas
ingurgitadasSe a criança está
mamando em
má
posição, tanto ela quanto amãe
precisam deajuda para corrigir o problema.
Quanto
maistempo
ela sugarem
má
posição, mais difícilserá a correção. Para ajudar a nutriz, é necessário observar a
mamada
para reconhecer se a criança está sugandoem
boa ou
má
posição(KING,
1991) .Segundo
Santos (2002), para a lactação ser concluídacom
êxito, existem alguns cuidados importantes durante a amamentação. São eles:0 não usar sabonete, álcool ou água boricada na região mamilo-areolar;
o expor diariamente os
mamilos
às radiações solares por períodos curtos, entre 08:00e 10:00 horas;
0 . lavar
bem
asmãos
antes dasmamadas;
0 antes de colocar a criança
na
mama,
verificar se aréola está macia, apreensível eflexível;
0 não praticar o aleitamento cruzado.
Segundo
a autora citada anteriormente é importante orientar amãe
sobre as diversas posições que poderá adotar para amamentar, etambém
fazê-la experimentar para poderoptar pela que ofereça maior conforto e praticabilidade, para si e para a criança.As mais
usadas são as posições sentada e deitada.
É
conveniente que as primeirasmamadas
sejam deitada, issoquando
o binômio nãofor separado pela necessidade de internação do
RN
na Neonatologia; para o maior confortoda nutriz, deve ficar relaxada,
com
aspemas
ligeiramente flexionadas, apoiada sobre o lado correspondente ao seio que está sendo dado.O
bebêpode
ficar deitado nacama
para a puérpera não precisar segurá-lono
colo, e a cabeça deleum
pouco
por baixodo
seio quevai receber, assim favorecendo a força da gravidade
(Anexo
E)(VARELA,
1987).Segundo
Santos (2002) para que hajauma
boa
posição euma
boa
pega é importante observar se:0 as roupas da
mãe
edo
bebê estão apropriadas,sem
restringir movimentos,permitindo que os dois
fiquem
próximos, corpo a corpo;0 a
mãe
estáem
posição confortável,ombros
relaxados, não curvados para trásnem
para frente e
bem
apoiada;0 todo o corpo
do
bebê está encostadono
damãe
e de frente para ela-
barrigacom
barriga;0 o braço inferior
do
bebê está para trás na cintura da mãe;0 a boca
do
bebê estábem
aberta;0 a pega é ideal
quando
o bebêpuxa
omamilo
e tecidomamário
até o palato mole.A
línguafica
sobre a gengiva inferior, os lábios curvados para fora e o queixo contra amama.
As
narinasficam
livres.Tanto as
mães
quanto a equipe deenfermagem
devem
ter muita paciência, pois oRNPT
é muito sonolento,com
fraco poder de sucção, pega areolar muitas vezes incompleta, detalhes que necessitam deum
esforço maior por parte da puérpera euma
assistencia de qualidade pela equipe de enfermagem, devendo esta orientar quanto às características
do
RNPT.
Brasil (2002), coloca alguns
métodos
de alimentação para recém-nascidos prematuros.Gavagem
simples: ou alimentação intermitenteem
“bolus” é a forma maiscomum
de alimentar os prematuros.É
a de mais baixo risco, mais baixo custo e maisfisiológica e a que mais se aproxima da forma normal de alimentação
do
RN.
Há
uma
resposta hormonal cíclicamesmo em
volumes muito pequenos, o que não observamos na alimentação contínua ou na nutrição parenteral.As
desvantagens deste tipo de alimentação são as complicações do refluxo gastroesofágico,hipoxemia transitória e apnéia. Esta técnica é realizada
com
seringa e sonda gástrica (oroou
naso) tendo o profissional de saúde averiguarem
todas asmamadas
a posição desta sonda utilizando as três técnicas já conhecidas: injetar ar pela sondae auscultarcom
estetoscópio na altura estomacal, aspirar pela sonda para verificarconteúdo gástrico e colocar a extremidade
extema
da sonda gástrica para ver a presença ou não de bolhas de ar, todas estas técnicascom
um
objetivo ver se asonda está
no
estômagoou
no pulmão, para evitar pneumotórax. Antes deadministrar a dieta verificar presença de resíduo gástrico. Durante a alimentação por
gavagem
simplesdevemos
estimular oralmentecom
o dedo calçado de luvas durante agavagem
(sucção não-nutritiva).Gavagem
contínua: é ométodo
usado para prematuro extremo,com
insuficiência respiratória importante, pós-operatório de cirurgia abdominal,refluxo
gastroesofágico e resíduo gástrico persistente. Permite ganho de peso mais rápido, pois gasta
menos
energia para absorção de nutrientes.Porém
émenos
fisiológico enão deve ser a primeira escolha de alimentação.
A
alimentação é realizadaem
bomba
de infusão contínua onde é prescritoum
tempo
para correr a dieta.Alimentação transpilórica: não deve ser
recomendada
rotineiramente, sendoindicada apenas para crianças
com
refluxo gastroesofágico severo e intolerância gástrica importante.Além
damá
absorção de gordura, a alimentação transpilóricaestá associada à
má
absorção de potássio e colonização de bactérias no tratogastrointestinal superior. Logo, a alimentação transpilórica não deve ser a primeira opção, sendo preferível a alimentação por
gavagem
simples ou contínua.0 Alimentação por sucção nutritiva: este tipo de alimentação é
quando
o recém-nascido já está
com
o reflexo de sugar-deglutir-respirar, é realizadocom
seringacontendo o leite e
com
o dedo calçado por luva.Conforme
oRN
vai sugando o dedoenluvado, o profissional
ou
amãe
deste vai injetando o leitena
cavidade oral pela seringa.2.3.4 Extração
Manual do
LeitePara Santos (2002), a extração manual é a maneira
menos
traumatizante,menos
dolorosa, maiseconômica
e eficaz deuma
mãe
retirar o leite de suamama.
Esta maneiratambém
é mais conveniente, poispode
ser feita a qualquer hora.A
extraçãomanual
é indicada nas seguintes situações:0
mães
com
engurgitamentomamário
(mama
empedrada);o
mães
de recém-nascidos prematuros ou de alto risco quetenham
que ficar longe deseus filhos. Nestes casos, a
mãe
deve iniciar a extraçãomanual
nas primeiras seishoras após o parto e realizá-lo de sete a oito vezes por dia, durante vinte minutos
em
cadamama;
0
mães
com
mastitesou
fissurasacompanhadas
de sangramento e de dor intensa;0
mães
que trabalham fora e necessitam se afastar de seus filhos; 0mães
quequerem
doar seu leite, entre outros.Segundo
Santos (2002), considerando a estrutura anatômica da glândulamamária
eo