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Prematuridade e aleitamento materno : uma assistência de enfermagem segundo os pressupostos de Wanda de Aguiar Horta

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(1)

CENTRO

DE

CIÊNCIAS

DA

SAÚDE

DEPARTAMENTO

DE

ENFERMAGEM

CURSO DE

GRADUAÇÃO

EM

ENFERMAGEM

ANGELA

CRISTINA

MEDEIROS

ARNALDOIGONÇALVES

MUNHOZ

JUNIOR

CATIA

DROPPA

PEREIRA

MENTo

MATERNÊSÉÍJMA

O

PREMATURIDADE

E

ALEITA

.

RMAGEM

SEGUINDO

OS PRESSUPOSTOS

Ass|sTÊNc|A

DE

ENFE

A

-¬ TCC UFSC ENF 026 N.Cham

DE

WANDA

DE AGUIAR

HORT

m2l€ ‹_› +4 Ac. 24 434 aI'l'l€l'l O

C

«ó-› --‹ _.. dade e a e Au or Mede ros Ange a BSCCSM CCSM _ _. 97249709 T'tu 0 Prematur SC

M

M

ii

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MM

M

M

-M.

iii

-M

M.

M

-M

M

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-M.

M.

M

M.

M

IIII

IIIIIIII IIIIIII

III

UF ‹-.õ Ex CCSM TCC UFSC ENF 0261 Ex. v-1

FLORIANÓPOLIS

_

sc

2003

(2)

MUNHOZ

CÁTIA

DROPPA

PEREIRA

PAREMATURIDADE

E

ALEITAMENTO

MATERNO:

UMA

ASSISTENCIA

DE

ENFERMAGEM

SEGUINDO

OS

PRESSUPOSTOS

DE

WANDA

DE

AGUIAR

HORTA

Relatório

da

Prática Assistencial

Apresentado à Disciplina de

Enfermagem

Assistencial Aplicada

do Curso

de

Graduação

em

Enfermagem.

ORIENTADORA:

Enf"

Dra”.

Ana

Lúcia

Cardoso

Kirchhof

SUPERVISORAS:

Eni” Obstetra

Roberta Costa

Eni” Obstetra Janaína

Mery

Ribeiro

Enf' Melissa

Onório

Eni”

Adriana

Bocchia

MEMBRO

DE

BANCA:

Eni” Dra”.

Marisa

Monticelli

Florianópolis

-

SC

(3)

Agradecemos

a professora e coordenadora

da

oitava fase curricular

do Curso

de

Graduação

em

Enfermagem,

Ilca Keller

Alonso

por nos

acompanhar

desde

0

início

da

nossa decisão por esta área de atuação e por nos ajudar

na

busca de

um

orientador.

À

nossa orientadora

Ana

Lúcia

Cardoso

Kirchhof, muito obrigado por aceitar orientar-

nos

em

nosso trabalho.

À

professora

Marisa

Monticelli pelo apoio e incentivo

dado

como

membro

da

banca examinadora, obrigado pelas contribuições.

Obrigado

à professora Luciana

Mendes

pela ajuda

na

delimitação

do tema

deste trabalho.

Às

nossas supervisoras Janaína

M.

Ribeiro, Roberta Costa, Adriana

Bocchia

e Melissa

Onório

pela paciência e dedicação, contribuindo para o nosso crescimento pessoal e profissional.

Muito

obrigado à equipe multiprofissional da Neonatologia

do

Hospital Universitário

- UFSC,

que

nos ajudou e nos incentivou durante todo o período de estágio.

Às

mães

e seus recém-nascidos, nosso muito obrigado, pois

sem

sua cooperação e

compreensão não

teríamos realizado nosso trabalho. Foi através das situações de saúde-

doença

vivenciadas por estas famílias

que aprendemos

e adquirimos a prática nessa área de atuação

da enfennagem.

Agradeço

a Deus, a

minha

família pela oportunidade de realizar este curso e

também

aos

meus

amigos, especialmente

Amaldo

e Cátia. (Angela C. Medeiros)

Agradeço

primeiramente a

minha

mãe,

pai, irmãs e sobrinhos, pela luta para

eu

poder

realizar este curso de graduação.

Aos

meus

familiares e

amigos

Wanda,

Aguinaldo

e Luiz Paulo pela participação nas rifas.

Agradeço

também

a todos os

meus

amigos

da

universidade

(4)

graduação. (Arnaldo G.

Munhoz

Júnior)

Agradeço

à Deus, aos

meus

pais Clarí e Marion, a

minha

irmã Mariane, ao

Kuki

e a todos os

meus

familiares.

Aos

meus

amigos

Mireli, Belinha, Polonêsa, Tati, Pati, Juliette,

Mara, Fabiane, Cintia, Annelise, Cecília, Daiani,

Ângela

K., Cinthya, Carina, Evandro,

Alexandre

e a todo o

povo da

sala.

Aos

professores Denise Guerreiro,

Neusa

Queiróz, Gracia Maria,

Maria do

Horto,

Selma

Valente,

Maria

Emília, Roberta Costa, Janaína Ribeiro, Fabiane Francioni, Fabíola Santos, Patrícia Madalena, Alzira Testoni.

A

equipe

da

Central

de

Incentivo ao Aleitamento

Matemo,

Edi, Orcélia, Ingrid, Tânia,

Ana

Claudia e Claudete.

Aos

meus

sempre amigos

Amaldo

e

Ângela

principalmente nesta fase, cuja

(5)

O

presente trabalho de conclusão

da

graduação

em

Enfermagem

da

Universidade Federal de Santa Catarina -

UFSC

foi desenvolvido através

da

prática assistencial aos recém-nascidos

prematuros

(RNPT)

e suas

mães

na

unidade de Neonatologia

do

HU

-

UFSC

cujo enfoque

principal

foram

os

desafios

e possibilidades dessa assistência frente ao aleitamento

matemo.

O

marco

conceitual foi baseado

na

teoria das necessidades

humanas

básicas realizando quatro etapas

do

processo de

enfermagem

de

Wanda

de Aguiar Horta: histórico de

enfermagem,

utilizando o

modelo

diagnóstico de Benedet

&

Bub, prescrição e evolução de enfermagem.

As

situações vividas pelos prematuros e suas

mães

demonstram

diversas dificuldades

fisiológicas, emocionais e/ou patológicas

que influenciam

negativa

ou

positivamente

no

processo de alimentação e

amamentação

da

díade

RNPT/mãe,

onde

os

momentos

de crise

não

são incomuns.

Uma

assistência

que

encoraje e valorize a

mãe

enquanto elemento ativo e participativo

no

processo e reconheça

no

recém-nascido prematuro suas necessidades individuais, de

uma

forma

humana

e ética, estarão contribuindo para o sucesso

do

aleitamento

(6)

›-F-E Nua

1

INTRODUÇÃO

... ..

2

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

... ..

2.1

UNIDADE

NEONATAL

... ..

2.2

RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

(RNPT)

... ..14

2.3

CONSIDERAÇÕES

TEÓRICAS

SOBRE

O ALEITAMENTO

MATERNO

... ..20

2.3.1

Anatomia

da

mama

... ..25

2.3.2 Fisiologia

da

mama

... ..27

2.3.3 Técnicas para a

amamentação

... ..28

2.3.4 Extração

manual do

leite ... ..32

2.3.5

Problemas

relacionados à

amamentação

... ..34

2.3.6 Lactância amenorréica

(LAM)

... ..4l 2.3.7

O

papel

do

pai

na

amamentação

... ..42

2.4

MÉTODDO CANGURU

... ..43

2.5

DIREITOS

REPRODUTIVOS

E

SAÚDE

DA MULHER

... ..48

2.5.1 Trajetória assistencial

no

âmbito

da

saúde reprodutiva e sexual ... ..49

3.

MARCO

CONCEITUAL

... ..54

3.1

BREVE

DESCRIÇÃO

DA

TEORIA

DAS

NECESSIDADES

HUMANAS

BÁSICAS

DE

WANDA

DE AGUIAR

HORTA

... ..54

3.2

OS

PRESSUPOSTOS

DE

HORTA

E

SUA

APLICAÇÃO NESTE

ESTUDO

... ..55

3.3

CONCEITOS

QUE

FUNDAMENTARAM

A

PRÁTICA

... ..57

4

METODOLOGIA

... ..62

4.1

CARACTERIZAÇÃO

DO

CAMPO

PRÁTICO

... ..62

4.l.l Neonatologia

do

HU/UF

SC

... .1 ... ..62

4.1.2 População alvo ... ... ..64

4.2

METODOLOGIA

DA

ASSISTÊNCIA

... ..64

4.3

ESTRATÉGIAS

PARA

ALCANÇAR

OS OBJETIVOS

TRAÇADOS

... ..68

4.4

ASPECTOS

ÉTICOS

... ..- ... ..71 5

RELATO DA

EXPERIÊNCIA

... ..73 6

CONSIDERAÇÕES

FINAIS

... ..11õ

REFERÊNCIAS

... ..120

APÊNDICES

... ..123

ANEXOS

... ..l4l

PARECER

FINAL

DO

ORIENTADOR

... ..146

(7)

O

presente trabalho de conclusão de curso da graduação

em

Enfermagem

foi

desenvolvido

no

Hospital Universitário Polydoro Ernani de Santiago da Universidade Federal de Santa Catarina

-

HU/UFSC

a partir da prática assistencial

com

recém-nascidos pré-termo

(RNPT)

intemados

na

Neonatologia e suas mães, trabalhando

com

aleitamento

ITlaÍCI'l'l().

Optamos

por desenvolver nossas atividades práticas no

HU/UFSC

por este apresentar

uma

forma de assistência que vai ao encontro de nossas crenças e valores pessoais e profissionais, por este ser

um

hospital escola onde a inserção de acadêmicos já faz parte

do

cotidiano dos profissionais e ser

também

Hospital

Amigo

da Criança e o Centro de Referência Sul para o

Programa

Mãe-Canguru.

A

escolha

do tema

se deu pela identificação

do

grupo

com

a neonatologia e por saber e querer enfatizar a importância do aleitamento

matemo

na assistência de enfermagem.

Ao

conhecer a unidade de Neonatologia (visto que não

há desempenho

prático obrigatório

na

grade curricular), despertou

em

nós sentimentos de curiosidade, dúvidas e

uma

vontade forte de contribuimros através da profissão para melhorar a qualidade de vida e assistência ao

RNPT

no

processo de aleitamento

matemo,

visto que foram facilmente reconhecidas as dificuldades que circundavam o recém-nascido

prematuro e sua

mãe

nesse processo.

Tal desafio nos impulsionou a buscar caminhos para implementarmos nossa proposta.

Um

deles foi aprofundar a importância

do

aleitamento

matemo,

principalmente

(8)

ao prematuro que, por apresentar o trato gastrointestinal imaturo, sofre mais fortemente as

conseqüências de

uma

alimentação não ideal,

ou

seja, suprimida de leite materno.

Pryor (1981) fortalece nossas crenças

quando

diz que 0 aleitamento

matemo

é

um

modo

insubstituível de fornecer o alimento ideal para o crescimento e desenvolvimento

saudáveis de lactentes, tendo

também

uma

influência biológica e emocional

sem

igual

sobre a saúde tanto de

mães

quanto de crianças.

As

propriedades antinfecciosas do leite

matemo

ajudam

a proteger a crianças contra doenças.

Por ser assim reconhecido, existem políticas nacionais e intemacionais que apóiam o aleitamento, pois se reconhece nesta tarefa

um

processo de preparo e

acompanhamento

da

gestante, por profissionais e familiares compreendendo-se, portanto essa ação

como

de âmbito sócio-cultural e não apenas vinculada à saúde.

No

entanto,

amamentar

é

uma

opção que a mulher faz e que está

permeada

nos

valores culturais ao qual

tem

se vinculado ao longo da sua vida, valores esses construídos pela sociedade. Por isso,

embora

a

amamentação

seja reconhecida

como

um

direito da

criança, antes de tudo é

uma

decisão da mulher

em

amamentar

e esta será a compreensão adotada ao longo deste estudo.

Acreditamos que a

enfermagem pode

e deve propor altemativas de assistência que

informem

as

mães

a respeito dos beneficios matemo-fetais

do

aleitamento

matemo

para que

possam

optar de maneira consciente sobre o processo. Tal

medida

vem

sendo enfatizada

por diversas instituições através de políticas nacionais de saúde

como

a iniciativa Hospital

Amigo

da Criança e

do Programa

de Atenção

Humanizada

ao Recém-nascido de Baixo Peso

-

Método

Canguru,

ambos

concentrando esforços na diminuição da morbimortalidade

infantil pela qualidade da assistência prestada.

A

Iniciativa Hospital

Amigo

da Criança

tem

por objetivo a promoção, proteção e apoio ao aleitamento

matemo

através da mobilização dos serviços obstétricos e pediátricos

de hospitais. Tal iniciativa delineia

um

importante papel de suporte que os hospitais

podem

desempenhar a

fim

de

tomar

o aleitamento materno

uma

prática universal, contribuindo significativamente para a saúde e desenvolvimento de milhões de bebês

em

todo o

mundo.

Para operacionalização dessa iniciativa foram estabelecidos os

Dez

Passos para

o

Sucesso do Aleitamento

Matemo

(Anexo

A), assim

denominado

já que

compõe

a estrutura básica de informações e ações necessárias para o apoio e alcance de tal objetivo.

No

Brasil, ela

vem

(9)

sendo implementada através

do

Ministério

da

Saúde e

do Grupo

de Defesa da Saúde da

Criança,

com

o apoio

do

UNICEF

e

OMS/OPAS

(OMS,

1993).

A

Neonatologia do H.U. conta ainda

com

o

Método

Mãe-Canguru

que estimula a relação afetiva entre

mãe

e bebê,

promove

a autoconfiança, estimula o aleitamento

matemo,

o recém-nascido ganha peso mais rapidamente,

mantém

a temperatura corporal do recém-

nascido estável, estimula o contato pele a pele

(Anexo

B), entre outras.

A

realização

do método

canguru

tem

como

objetivo

uma

maior humanização da

assistência, considerando o bebê pré-termo

como

sujeito dotado de emoções, que sente dor e possui sua própria individualidade, e não

como

objeto de cuidados. Este

método promove

um

desenvolvimento adequado ao recém-nascido de baixo peso pelo equilíbrio das necessidades biológicas, ambientais e familiares.

A

adoção deste

método

pela instituição, além da atenção humanizada, objetiva

também

o principio de cidadania da família, que permite a presença dos pais

em

período

integral incentivando e orientando o toque adequado precocemente, proporcionando maior

vínculo afetivo, incentivando o aleitamento

matemo,

melhorando o desenvolvimento e segurança quanto ao

manuseio do

recém-nascido de baixo peso; dessa forma

tomando

mais

qualificada a assistência à essa criança prematura.

Compreende-se

como

recém-nascido pré-termo

(RNPT)

aquela criança que nasce de

uma

gestação que termina entre a 208 e

menos

que a 378 semana, isto é,

36

semanas e 6 dias

(ou entre 140 e 257 dias após o primeiro dia

do

último período menstrual)

(OMS,

1993).

Essas crianças são consideradas de alto risco, pois necessitam de recursos físicos e

humanos

especializados para a prestação de cuidados hospitalares constantes,

que

se encontra na Neonatologia

(OMS,

1997).

Os

recém-nascidos pré-termo necessitam de

uma

assistência especializada devido à imaturidade de seus órgãos e o elevado risco de morbi-mortalidade neonatal. Neste sentido,

temos

o aleitamento

matemo

e a atenção ao recém-nascido de baixo peso

-

método

canguru,

como

estratégias fundamentais para o desenvolvimento

do

RN

e interação entre este binômio.

(10)

Por tudo isso, propõe-se

como

objetivo:

>

Objetivo:

Desenvolver o processo de

enfennagem

com

recém-nascidos pré-termo internados

na

unidade neonatal incentivando o aleitamento materno, fundamentado nos pressupostos teóricos de

Wanda

de Aguiar Horta e nas propostas do Hospital

Amigo

da Criança e na Atenção

Humanizada

ao

Recém-Nascido

de Baixo Peso -

Método

Canguru.

>

Objetivos Específicos:

0 Incentivar o aleitamento

matemo

orientando e interagindo

com

o binômio;

0 Realizar procedimentos de

enfermagem

aos recém-nascidos pré-termo da unidade Neonatal;

0 Participar e estimular a interação entre o recém-nascido e sua mãe;

0

Promover

educação

em

saúde à mãe/mulher;

0 Integrar nossa proposta de prática assistencial ao funcionamento e a organização da unidade neonatal interagindo

com

a equipe de profissionais,

com

os recém-nascidos e

com

suas mães, respeitando as

normas

e rotinas da unidade;

(11)

)

Bem

aventurado o ventre que te trouxe

e os peitos

em

que

mamaste

(Lucas 11:27)

Esta revisão bibliográfica será estruturada nos seguintes temas: a

Unidade

Neonatal

em

seu funcionamento e estrutura; aspectos conceituais e assistenciais

do

RNPT,

aspectos

que

envolvem

o aleitamento

matemo

e traços da história da evolução social feminina e sua sexualidade mostrando alguns aspectos e compreensões das dificuldades encontradas pela nutriz

em

amamentar

em

seu

meio

social.

2.1

UNIDADE

NEONATAL

Vimos

a necessidade de conhecer melhor a unidade neonatal já que é este o ambiente

onde

o

RNPT

e sua família permanecerão por

um

longo período, tentando

compreender sua estrutura ideal a

fim

de contribuir para melhorias e necessidades desse

ambiente ao longo de nossa caminhada,

bem

como

facilitar a compreensão dos familiares acerca dele.

Os

primeiros relatos de Neonatologia nos repoitaram ambientes privativos,

com

controle asséptico rigoroso e de completo domínio dos profissionais de saúde, sendo o

(12)

acesso aos pais e familiares estritamente proibido. Até 1960 os manuais de pediatria afastam os pais

do

ambiente da neonatologia. Klaus e Kenel (1992) através de seus estudos

passaram a observar que

um

grande

número

de crianças nascidas prematuras

eram

negligenciadas e sofriam

maus

tratos de suas mães, associando o fato ao afastamento dessas

mulheres de seus filhos, o que acarretou

na

ausência total

ou

deficiência de vínculo afetivo.

Atualmente, além de todos os progressos tecnológicos tão necessários e importantes à assistência neonatal sentimos

uma

significativa

mudança

de paradigma

no

atendimento

onde

a família é visualizada

também

como

tecnologia necessária para

uma

assistência neonatal de qualidade, onde é possibilitado aos pais a participação ativa nos cuidados ao

seu recém-nascido e onde a equipe consegue dividir

com

essas pessoas suas alegrias, tristezas, dúvidas e ansiedades.

As

unidades de neonatologia são locais altamente especializados, dotados de

profissionais habilitados e equipamentos básicos, que são essenciais para a recuperação e

manutenção

da vida dos pacientes que

em

seu estado de saúde inspirem quadros agudos

(SOUZA,

1997). .

“Nas

unidades neonatais, são intemados, principalmente os recém-nascidos pré- termos, que correm risco de vida e necessitam de cuidados

24

hs por dia,

bem

como

aqueles

que sofreram

algum

problema ao nascimento”

(ALMEIDA,

2003, p. 01).

Segundo

o autor citado anteriormente, na teoria as unidades neonatais

devem

ser constituídas

no

mínimo

por:

>

Sala de admissão

do

RN

(primeiros atendimentos): local onde ocorre a recepção

do

RN

de partos não-contaminados e onde permanecerão

em

observação nas primeiras 04 horas de vida.

Cada

sala deve ter

no

máximo,

seis leitos,

com

área

mínima

de 2,5

mz

por berço.

>

Sala para Recém-nascidos

(RN)

em

observação (opcional):_ destinada aos

RNs

com

mais de 04 horas de nascimento que,

embora

não

possuam

nenhuma

patologia, estejam por

algum

motivo impedidos de fazerem uso

do

Alojamento Conjunto (AC).

Cada

sala deverá contar com,

no máximo,

quatro 1eitos,_com área

mínima

de 2

m2

por berço e distância de 60

cm

entre os berços.

(13)

>

Sala de cuidados intermediários: indicada para

RNs

que precisarão de

tratamento simples por problemas não infecciosos, ou para

RNS

que saíram da

fase agida da doença

mas

necessitam de cuidados específicos de enfermagem.

Cada

sala deve ter no

máximo,

seis leitos,

com

área de 2 a 2,5

mz

por berço e

espaço de

60

cm

entre os berços.

>

Sala de cuidados especiais (incluindo UTI): destinada a

RNs

de alto risco que

necessitem de recursos físicos e

humanos

especializados para prestação de cuidados médicos hospitalares constantes.

Cada

sala deve ter,

no

mínimo, quatro leitos, respeitando área

mínima

de 2,5 a 5 mz,

com

espaço

mínimo

de 80

cm

entre os berços. 4

>

Isolamento: destinada aos

RNS

com

diagnóstico

confirmado

de processo infeccioso, conforme as

normas

da

Comissão

de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH).

Cada

sala deve ter seis leitos, no

máximo,

área

mínima

de

2,5

m2

por berço e distancia

mínima

de 80

cm

entre os berços.

Deve

ser

considerada a proporção de berços para o total de

RNS,

sendo adequado

um

berço de isolamento para cada

20

RNs

(5%

do

total de leitos). Atualmente não

se preconiza mais a utilização de área de isolamento na Neonatologia sendo os

RNs

isolados

em

sua própria incubadora.

2.2

RECÉM-NAsc1Do PRÉ-TERMO

Em

todo mundo, nascem anualmente 20 milhões de crianças prematuras e com baixo-peso. Dessas,

um

terço morre antes de completar

um

ano de vida.

O

Brasil, hoje, vem trabalhando com a visão de

um

novo paradigma que é a da

atenção humanizada à criança, à mãe e a família, respeitando-os nas suas

características e individualidades (BRASIL, 2002, p. 15).

Para a definição de parto pré-termo, usa-se o conceito da

OMS

(1993) que

estabelece

como

pré-termo aquela gestação que termina entre a 20” e a 37” semana. Gestações interrompidas antes da 20”

semana

são consideradas

como

abortamento. Entre a 37” e a 42”

semana

de gestação, o parto é considerado

como

a termo. Gestações que

duram

(14)

A

prematuridade e o baixo peso são muitas vezes concomitantes, principalmente nas crianças

com

menos

de 1.500 gramas, e ambos, prematuridade e baixo peso ao nascer, se

associam ao

aumento

da morbidade e mortalidade neonatal

(OLIVEIRA,

MONTICELLI,

2002).

A

prematuridade representa grandes problemas para a saúde pública, principalmente

em

decorrência dos grandes níveis de morbi-mortalidade infantil do país, devido ser

uma

fase de grande imaturidade anatômica e fisiológica

do

ser

humano com

alta propensão a ocorrência de seqüelas muitas vezes incapacitantes e de longa duração

(COSTA;

REICHERT,

2001).

A

prematuridade dividi-se

em

três categorias: a) prematuridade limítrofe, na

qual se encontram as crianças com idade gestacional entre 35 e 37 semanas, que pesam entre 2.200 e 2.800 g,

medem

entre 45 e 46

cm

de comprimento e

aproximadamente 32,5

cm

de perímetro cefálico; b) prematuridade moderada,

abrangendo as crianças com idade gestacional entre 31 e 34 semanas, que pesam

em

tomo de 1.500g,

medem

entre 39 e 43,1

cm

de comprimento e 31,3

cm

de

perímetro cefálico; c) prematuridade extrema, onde estão as crianças com

idade gestacional entre 24 e 30 semanas, que pesam menos de 1.500 g,

medem

menos de 28

cm

de estatura e menos de 29

cm

de perímetro cefálico

(MARCONDES,

1994, p. 334).

O

parto pré-termo

pode

ser fruto de gestação gemelar, rupreme, cérvice incompetente, malformação uterina, doença

matema, ou

uma

variedade de situações que

podem

levar a

mãe/mulher

a ter contrações uterinas

(FREITAS

et al, 1997).

Intra-útero, durante o último trimestre de gravidez, ocorre o crescimento final,

corporal e do cérebro, o corpo recebe reservas de cálcio, gordura, fósforo,

vitaminas e oligoelementos.

O

nascimento prematuro interrompe esta nutrição

fomecída pela placenta e pode causar efeitos permanentes no tamanho do

cérebro, comportamento, aprendizado e memória, bem como problemas ósseos, entre outros (TAMEZ; SILVA, 1999, p. 108).

Segundo

Oliveira e Monticelli (2002), os recém-nascidos pré-termos

possuem

características físicas e fisiológicas particulares, tais

como:

>

Características Físicas: por não ter tecido adiposo suficientemente, apresenta fácies

senil.

Os

olhos são de dimensões exageradas

em

relação à face (exoftalmia).

O

(15)

relaciona as diferenças entre as características físicas de recém-nascidos pré-termo e a termo:

Características

RNPT

RNAT

Pregas plantares

Unicamente

pregas transversais anteriores.

Planta coberta de pregas.

Diâmetro do nódulo

mamário

2

a4mm

5

a7mm

Cabelo Fino e escasso Sedoso e cheio

Lóbulo

da orelha Pregável, ausência ou

escassez de cartilagem

Rígida,

com

cartilagem.

Genitália masculina Testículos

no

canal inferior,

escroto pequeno

com

escassez de rugas

Testículos na bolsa escrotal,

rugas amplas.

Genitália feminina Pequenos lábios não

cobertos pelos grandes lábios

Pequenos lábios cobertos pelos grandes lábios

Unhas

Moles, atingem

no

máximo

as pontas dos dedos

Projetam-se além das pontas

dos dedos

Pele Pregueada e vermelha,

pouca

gordura subcutânea

Rósea

e lisa, presença de

gordura subcutânea Vitalidade Fraco e preguiçoso,

sonolento, choro fraco,

sucção fraca

ou

ausente

Forte e ativo, acorda para

mamar,

choro forte

Comprimento

Menos

de

47cm

Mais

de

47cm

Peso 2.500gramas

ou

menos

Acima

de 2.500gramas

Perímetro cefálico

Menos

de

33cm

Mais

de

33cm

Perímetro torácico

Menos

de

29cm

Mais

de

29cm

Umbigo

Mais

perto da sínfise

pubiana

Entre a sínfise pubiana eo

apêndice xifóide Fonte: Crosse (apud

OLIVEIRA;

MONTICELLI,

2002).

(16)

O

reflexo de

moro

está incompleto na 24” semana, sendo que na 28” se encontra completo,

porém

débil.

O

reflexo de sucção aparece na 24”

semana

e desde aí vai se

tomando

cada vez mais enérgico, sendo que

na

34” semana, ele toma-se síncrônico e permite a alimentação

da

criança ao seio materno

(OLIVEIRA;

MONTICELLI,

2002).

No

reflexo dos pontos cardeais, observa-se que o recém-nascido dirige sua

cabeça na direção do estímulo, de forma débil entre a 24” e 28* semana. Porém,

por volta da 32” semana, este reflexo já se apresenta de forma enérgica. Os

movimentos de marcha automática ou deambulação verificam-se a partir da 34”

semana.

A

partir da 373 semana se verifica o reflexo sobre as pontas dos pés e,

na 40” semana, o recém-nascido apóia as plantas dos pés completamente no solo

(OLIVEIRA;

MONTICELLI

2002, p. 287).

>

Características fisiológicas: quanto mais pré-terrno o recém-nascido, mais

deficientes serão as suas funções, quais sejam:

0 aparelho respiratório: o reduzido

números

de capilares

em

contato

com

os alvéolos imaturos e a fragilidade dos músculos intercostais levam a

uma

expansão

pulmonar

deficiente e à dificuldade respiratória.

A

freqüência respiratória é

em

média

de

58mpm

e

podem

ser auscultados

finos

estertores; 0 aparelho circulatório: o coração apresenta-se relativamente grande, havendo

uma

freqüência cardíaca

em

tomo

de 130bpm. Existe

uma

tendência a

hemorragias cutâneas e mucosas, devido à pequena resistência dos vasos sangüíneos e anormalidades

do

mecanismo

de coagulação do sangue;

0 aparelho digestivo: os reflexos de sucção e deglutição estão nonnalmente

débeis.

tendência a vômitos e distensão abdominal devido à flacidez da

cárdia e à hípotonia

do

píloro.

Podem

apresentar facilmente diarréia causada

por infecção enteral

ou

parenteral, baixa tolerância aos alimentos e deficiência

de enzimas (amilase e lípase pancreática).

O

fígado é relativamente grande e palpável

em

sua borda inferior, havendo imaturidade hepática

com

funções deficientes, levando a hipoglicemia, hipoproteinemias, hipoprotrombinemias e hiperbilirrubinemias;

(17)

aparelho urinário: o rim apresenta-se pobre

em

capilares; os glomérulos e néfrons estão

em

desenvolvimento, e a função renal ainda é deficiente.

A

urina é escassa

em

volume, rica

em

uratos e fortemente ácida;

sistema termorregulador: apresenta-se imaturo, sendo que o baixo

metabolismo basal, a pequena atividade muscular e a

pouca

ingestão de

alimentos nos primeiros dias de vida

também

influenciam na produção

insuficiente de calor;

sistema nervoso: os reflexos estão abolidos ou diminuídos devido à mielinização incompleta das sinapses nervosas;

equilíbrio ácido-básico: o

RNPT

tem

uma

certa tendência à acidose. Processos infecciosos pulmonares

ou

intestinais, alimentação incorreta, falta de líquidos e desenvolvimento incompleto dos rins

podem

alterar sua reserva alcalina habitualmente baixa e variável.

Segundo

Brasil (2002) o recém-nascido prematuro é especial

em

muitas

características de seu desenvolvimento:

pouca

reserva de carboidratos e gordura;

alto metabolismo (intrínseco, maior metabolismo cerebral e hepático);

alto

tumover

protéico (principalmente

quando

está

em

crescimento); necessidade mais elevada de glicose para energia e metabolismo cerebral; necessidade

aumentada

de gordura para metabolismo, depósito, para ácidos graxos essenciais, desenvolvimento cerebral, neuronial e vascular;

maior perda de água insensível; peristalse mais lenta;

produção limitada de enzimas no trato gastrointestinal;

presença freqüente de eventos estressantes: hipóxia, insuficiência respiratória,

sepse entre outros;

prejuízo do desenvolvimento caso não seja adequadamente nutrido.

O

recém-nascido a termo e saudável requer aproximadamente 100 a

200

kcal/kg/dia para

um

crescimento e desenvolvimento adequado.

As

necessidades calóricas

do

RNPT

são

(18)

de 120 kcal/kg/dia, alguns neonatos requerem até 150 a 165 kcal/kg/dia para que haja

uma

promoção do

crescimento adequado

(TAMEZ;

SILVA,

1999).

Segundo

as autoras citadas anteriormente, as necessidades calóricas,

quando

administradas parenteralmente, são aproximadamente

20%

menores

do

que

quando

administradas enteralmente; a

média

seria de

70

a 100 kcal/kg/dia.

Segundo

Oliveira e Monticelli (2002),

um

bebê

em

UTI

neonatal é

um

doente grave

que está

com

uma

ou

mais de suas funções vitais alteradas (...).

Sua

sobrevida muitas vezes

é conturbada por seqüelas de diferentes tipos e graus, principalmente neuropsicomotoras.

Neste sentido, muitos recursos são colocados a disposição da equipe, para assegurar a assistência e manter a estabilidade.

É

muito importante que a equipe neonatal pense e aja intensivamente,

acompanhando

o recém-nascido de perto e continuamente, lembrando sempre que

na

UTI

neonatal temos

no

mínimo

dois pacientes: o bebê e a sua mãe.

Para Oliveira (1998), prestar

uma

assistência mais

humanizada

possível deve ser o

objetivo primordial da equipe.

A

presença constante da

mãe

e

do

pai e

também

de outros familiares se o serviço permitir, são essenciais dentro da

UTIN,

pois o contato

com

parentes carinhosos contribuirá para a recuperação

do

bebê.

Lembrando

sempre que o

RN

é

um

ser

humano

que sente dor, olha, ouve e sofre

com

as agressões que lhe são impostas, e neste sentido toma-se imprescindível a atenção carinhosa da equipe antes, durante e após os

procedimentos técnicos.

“No

recém-nascido tudo é id, que é inconsciente, refere-se à vida instintiva e manifesta-se por atos reflexos; estes atos são

acompanhados

de sensações de prazer (sono tranqüilo e expressão plácida), e desprazer (choro e gritos)”

(SCHIMITZ,

1989, p. 181).

A

formação

do

ego, que é o subsistema que executa os impulsos da vida instintiva,

agora regido pelo princípio da realidade, vai surgindo ao longo das experiências da criança

com

os objetos do

mundo

exterior.

A

criança

memoriza

experiências, capta estímulos, repete comportamentos e reações, isto lhe dará elementos para formação de

um

ego vital e

forte

(SCHIMITZ,

1989).

“Quanto

melhor forem atendidas as necessidades básicas da criança, mais positivos serão o ego e sua emotividade.

Não

basta cuidar, fazer coisas; é preciso falar, tocar, acariciar, estimular”

(SCHMITZ,

1989, p. 182).

(19)

2.3

CONSIDERAÇÕES

TEÓRICAS

SOBRE

O

ALEITAMENTO

MATERNO

Até bem pouco tempo, o tema aleitamento materno era considerado bastante impreciso e despertava pouco interesse dos estudiosos e clínicos. Suas

qualidades, importância, vantagens e como manejá-lo adequadamente, entre

outros aspectos, eram pouco explorados e, por isso mesmo, praticamente desconhecidos (SANTOS, 2002, p. 134).

O

aleitamento

matemo

é

um

modo

insubstituível de fornecer o alimento ideal parao

crescimento e desenvolvimento saudáveis de lactentes, tendo

também

uma

influência biológica e emocional

sem

igual sobre a saúde tanto de

mães

quanto de crianças (...). Por

essas razões profissionais

em

estabelecimentos de saúde

devem

fazer todos os esforços para proteger,

promover

e apoiar o aleitamento

matemo,

e para fomecer a gestantes e puérperas conselhos objetivos e coerentes sobre este assunto

(OMS,

1989).

A

amamentação

dá à criança o melhor

começo

na vida. Estima-se que mais de

um

milhão de crianças

morram

a cada ano de diarréia, infecções respiratórias e outras infecções

por não serem

amamentadas

de maneira adequada.

A

amamentação

também

contribui para a saúde

da

mãe (OMS,

1997).

As características bioquímicas e imunológicas de espécie-especificidade, próprias do leite humano, lhe conferem uma composição ideal e incomparável a qualquer outro tipo de leite: bacteriologicamente é seguro e imunologicamente

apresenta fatores de proteção e de defesa contra infecções, principalmente as

gastrintestinais. (Anexo C)

O

leite matemo reduz o risco de enterocolite

necrotizante nos recém-nascidos prematuros. As infecções respiratórias e as alergias são menores nos lactentes amamentados (SANTOS, 2002, p. 135).

O

leite de

uma

mãe

é especialmente indicado para seu filho.

O

leite

matemo

protege

o bebê de bactérias e vírus

com

os quais suas

mães

tiveram contato.

O

leite

matemo

não é uniforme.

O

colostro e o leite

matemo

são adaptados à idade gestacional e o leite

muda

mês

a mês, dia a dia, de

mamada

a

mamada

para satisfazer cada necessidade específica

do

bebê

(OMS,

1993).

Segundo

a

OMS

(1993) existem três estágios

do

leite materno:

0 Colostro:

colostro a partir

do

sétimo

mês

de gravidez.

É

espesso, pegajoso e de cor clara a amarelada. Contribui para a saúde

do

bebê

como nenhum

outro leite poderia.

(20)

21

-

O

colostro é perfeito

como

primeiro alimento para bebês, e

contém

mais proteínas e

vitamina

A

do

que o leite maduro;

-

Se

o bebê consumir água ou qualquer alimento artificial, o colostro se dilui.

Os

rins

do

recém-nascido não estão preparados para receber grandes

volumes

de líquidos e a água

adicional coloca-os sob pressão.

Não

é necessário oferecer água a recém-nascidos;

-

O

colostro é laxante e ajuda o bebê a eliminar o mecônio. Isso ajuda a prevenir a icterícia;

-

As

imunoglobulinas, principalmente a IgA, presentes

no

colostro protegem o bebê contra

infecções.

O

colostro é a primeira imunização

do

bebê contra muitas bactérias e vírus.

0 Leite materno prematuro:

O

leite de

uma mãe

pode

ser usado

mesmo

antes de o bebê ser capaz de

mamar.

A

mãe

pode

retirar seu leite e oferecê-lo ao bebê

com uma

xícara

ou

colher.

O

leite

matemo

prematuro

tem

mais proteína,

IgA

e lactoferrina que o leite maduro, que o

tomam

mais

adequado

às necessidades de

um

bebê prematuro

do

que qualquer leite infantil

industrializado.

0 Leite

matemo

maduro:

O

leite

matemo

maduro

é diferente dos leites infantis industrializados. Ele

muda

em

relação às horas

do

dia, à duração de

uma

mamada,

às necessidades do bebê e a doenças

com

as quais a

mãe

teve contato.

Um

bebê que

mama

sempre que deseja não precisa de

água,

nem

mesmo em

climas quentes e secos.

O

leite

matemo

não sobrecarrega os rins

do

bebê, forçando-o a reter líquidos desnecessários.

A

composição

do

leite

muda, também,

durante a

mamada.

O

leite

do

início surge

no

início da

mamada,

parece acinzentado e aguado, é rico

em

proteína, lactose, vitaminas, minerais e água.

O

leite

do

fim

surge

no

final da

mamada,

parece mais branco

do

que o leite

do

começo

porque

contém

mais gordura.

A

gordura

toma

o leite

do

fim

mais rico

em

energia

(KING,

1991).

Segundo

a autora citada anteriormente, a criança precisa tanto do leite

do começo

quanto

do

leite do

fim

para crescer e desenvolver.

É

importante deixar que ela pare

espontaneamente de

mamar.

A

interrupção da

mamada

pode

fazer

com

que receba pequena

(21)

O

aleitamento

matemo

exclusivo oferece a melhor nutrição e crescimento ao bebê,

continuando a

promover

seu crescimento após a introdução de outros alimentos.

De

um

modo

geral, a taxa de doenças que

exigem

cuidados médicos é mais baixa entre bebês

amamentados

exclusivamente

(OMS,

1993).

Ainda há

muitas controvérsias sobre as necessidades de nutrientes, vitaminas e oligoelementos dessas crianças e há

também

divergência quanto à avaliação da eficácia e

do

aproveitamento

do

que está sendo ofertado, já que encontramos várias curvas e tabelas

de normalidade

(BRASIL,

2002).

“O

leite materno está sempre

em

perfeitas condições para a criança,

mesmo

que a

mãe

esteja doente, menstruada, grávida ou desnutrida”

(KING,

1991, p. 24).

Para a autora citada anteriormente, o leite materno contém todos os nutrientes de que a criança precisa para seu desenvolvimento adequado até o quarto a sexto

mês

de vida.

Contém:

0 proteína e gordura mais adequadas para a criança e na quantidade certa;

0 mais lactose (açúcar

do

leite) do-que a maioria dos outros leites, o que preenche as

necessidades da criança;

0 vitaminas

em

quantidades suficientes.

Não

há necessidade de suplementos

vitamínicos;

0 ferro

em

quantidade suficiente.

Não

há grande quantidade de ferro,

mas

ele é

bem

absorvido

no

intestino da criança. Crianças

amamentadas

não desenvolvem

anemia

ferropriva;

0 água

em

quantidade suficiente,

mesmo em

clima quente e seco;

0 as quantidades adequadas de sais, cálcio e fosfato; 0

uma

enzima

especial (lipase) que digere gorduras.

Crianças

em

aleitamento

matemo

têm

menos

quadros infecciosos porque o leite

matemo

é estéril, isento de bactérias e

contém

fatores antiinfecciosos que incluem:

0 células brancas vivas (leucócitos) que

matam

as bactérias;

0 anticorpos (imunoglobulinas) contra muitas das infecções mais comuns. Isto

pode

ajudar a proteger a criança até que ela

comece

a produzir seus próprios anticorpos.

(22)

o

uma

substância

chamada

fator bífido que facilita o crescimento de

uma

bactéria especial (Lactobacillus bzƒidus),

no

intestino da criança.

Os

Lactobacíllus bíƒídus

impedem

que outras bactérias cresçam e

causem

diarréia;

0 lactoferrina que se junta ao ferro. Isso

impede

o crescimento de algumas bactérias patogênicas que precisam desse elemento

(KING,

1991).

Crianças

em

aleitamento

matemo

têm

menos

diarréia que as alimentadas artificialmente.

Têm

também menos

infecções respiratórias e de ouvido médio.

A

criança

que continua

em

aleitamento

matemo

durante

uma

infecção se recupera mais rapidamente.

O

leite materno continua ajudando a evitar doenças e facilitando a recuperação durante o segundo e terceiro anos de vida

(KING,

1991).

Além

das vantagens para a criança a

OMS

(1993) diz que o aleitamento

matemo

também

beneficia as

mães com:

0 a ocitocina liberada

quando

a

mãe

amamenta

contrai o útero e ajuda a interrompera hemorragia pós-parto. Essa é

uma

das razões pelas quais o aleitamento deve ser

iniciado imediatamente após o nascimento e mantido

com

freqüência;

0 nutrizes

têm

elevada eficiência energética.

Podem

produzir leite

mesmo com uma

ingesta calórica limitada;

0 o aleitamento freqüente atrasa a volta da menstruação e ajuda a proteger a mulher de

uma

nova

gravidez.

Nesse

processo, as reservas de ferro são preservadas e as gestações espaçadas;

0

menor

risco de câncer

mamário

e ovariano; 0 a depressão pós-parto é reduzida;

0 a carga de trabalho

com

a preparação da alimentação

do

bebê é reduzida; 0 a recuperação física

no

pós-parto é mais rápida;

0 a ligação afetiva é estimulada, resultando

em

menos

abuso e negligência de

crianças;

0 o aleitamento

matemo

torna convenientes as

mamadas

notumas

e as viagens;

0 o leite não estraga e não há preocupação

com

a falta de estoques;

0 não há preocupação

com

a escassez de leites infantis industrializados

no

mercado devido a

uma

distribuição, seca ou crises de

um

modo

geral.

(23)

Segundo

a

OMS

(1993) o aleitamento

matemo também

traz beneficios para a sociedade, assim

como:

0 o custo de

uma

dieta adequada da

mãe

é inferior ao custo de alimentar o bebê

com

leites artificiais;

0 as

mães

podem

usar de outra maneira o dinheiro gasto

com

esses leites para

comprar alimentos para outros

membros

da família.

Não

há necessidade de comprar sucedâneos

do

leite

matemo

ou equipamentos

(como

mamadeira) para alimentar o

bebê, economizando-se,

também,

água e combustível;

0 a família

economiza

0

tempo

gasto preparando mamadeiras para realizar visitas

adicionais a estabelecimentos de saúde;

0 os gastos

com

consultas médicas, medicamentos,

exames

laboratoriais e hospitalizações são reduzidos.

As

mães

e os bebês

ficam

mais saudáveis;

0 as

mães

podem

espaçar gestações utilizando a lactância amenorréica

como

método, melhorando sua saúde.

Para que a

mãe/mulher

e seu recém-nascido

possam

usufruir todas as vantagens

do

aleitamento

matemo,

precisam ser ajudadas nas primeiras

mamadas,

principalmente as primíparas por não terem experiências anteriores.

Segundo

Pryor (1981), a separação entre

mãe

e filho no nascimento é

um

choque

físico e emocional para ambos.

A

lactação permite que esta separação acabe realizando-se gradualmente, pelo

menos

no

decorrer de

um

segundo período de nove

meses

(...).

Quando

a

mãe

a

amamenta

por bastante

tempo

e diversas vezes, o

mundo

da criança ainda consiste principalmente

em

seu calor, apoio e movimentos, de sua pulsação, de sua voz e de sua

química corporal.

Para

King

(1991), a mulher, após o primeiro parto,

pode

estar insegura para

amamentar.

E

a criança,

embora

possa sugar, talvez não consiga

mamar em

posição adequada. Tanto a

mãe

quanto o filho precisam de ajuda para aprender o que fazer. Colocar

a criança para

mamar

é muito simples,

quando

a

mãe

sabe

como

fazer. Se a criança não pegar corretamente a

mama, podem

surgir vários tipos de problemas.

(24)

Nas

primeiras semanas após o parto, a mulher

fica

mais sensível e emotiva do que

era antes. Isso

aumenta

sua capacidade de

amar

seu filho,

mas também

faz

com

que fique

mais facilmente nervosa

(KING,

1991).

Quando fica estabelecida a relação de aleitamento, toma-se diflcil desfazê-la.

Mãe

e bebê precisam

um

do outro tanto emocional quanto fisicamente.

Evidentemente, o bebê tem uma necessidade fisica de leite. Sua necessidade

emocional é igualmente forte: necessidade de contato com a mãe, de amor e de

tranqüilidade, obtidos através de todos os seus sentidos enquanto mama, mas

especialmente por meio de sua boca extremamente sensível (PRYOR, 1981, p. 16).

Alguns alimentos que são ingeridos pela

mãe podem

ocasionar distúrbios

no

recém- nascido,

como,

por exemplo, cólicas, sonolência, agitação e insônia.

Recomenda-se

que a

mãe

não

faça o uso de café, chocolates entre outras bebidas ricas

em

xantinas,

como

também

álcool, comidas muito condimentadas e perfumadas

(FREITAS

et al, 1993).

Não

deve ser esquecido que a nicotina é

também

excretada pelo leite, ocasionando

cólicas e irritações nos recém-nascidos. Se a

mãe

não consegue parar de fumar, recomenda-

se que somente

fume

depois de ter

amamentado

e longe do local onde está o recém-nascido

(FREITAS

et al, 1993).

2.3.1

Anatomia

da

Mama

A

mama

é formada

em

parte por tecido glandular e

em

parte por tecido

conjuntivo e gordura.

O

tecido glandular produz o leite que posteriormente é

conduzido ao mamilo através de pequenos canais ou ductos. Antes de atingiro mamilo, os ductos se tomam mais largos e fonnam os seios lactíferos, nos quais o leite é armazenado (KING, 1991, p. 06).

Segundo

Santos (2002) morfologicamente, o corpo da

mama

está formado por duas

porções distintas: o parênquima e o estroma mamário.

O

primeiro se constitui na porção

secretória e

pode

ser descrito

como

um

sistema canicular, arborescente, que possui ductos, lobos, lóbulos e alvéolos.

É

importante saber que os alvéolos estão na parte posterior, sobre o tórax, e que os ductos e seios lactíferos estão

na

metade anterior das

mamas.

Em

volta de cada alvéolo há

uma

célula

chamada

mioepitelial, capaz de contrair-se,

comprimindo

o alvéolo de tal forma

(25)

Toda

esta estrutura arquitetônica da glândula

mamária

está imersa

em

tecido conjuntivo colágeno e adiposo, constituindo-se o que

denominamos

de estroma, que é o

responsável pela consistência característica da

mama.

O

mesmo

também

inclui os vasos, os

nervos e os linfáticos

(SANTOS,

2002).

Segundo

a autora citada anteriormente, cada

mama

tem

na sua porção apical o mamilo, localizado

no

centro da aréola, que está constituído de tecido erétil, cilíndrico,

dotado de grande sensibilidade por ser ricamente enervado

com

terminações neuro- sensitivas e corpúsculos de Meissner, significativamente variável na sua forma e tamanho.

Zampiere

(2001) refere que anatomicamente o

mamilo pode

ser classificado em:

0

mamilo

protruso: protrai-se

com

facilidade e avança à frente da sua posição natural,

favorável a amamentação;

0

mamilo

semi-protruso: discretamente saliente que se protrai

com

dificuldade.

Após

exercícios e estímulos viabiliza a amamentação;

0

mamilo

plano: situa-se ao

mesmo

nível da aréola,

como

se estivesse incorporado a região areolar.

É

de tecido

pouco

elástico;

0

mamilo

invertido:

também

chamado

de umbilicado, afundado, retraído

ou

mal

formado. Freqüentemente não é de tecido elástico, e de difícil apreensão e correção; 0

mamilo

pseudo-invertido: aparentemente

com

as

mesmas

características do

mamilo

invertido, só que de dificil correção após estímulos e

manobras

de exteriorização; 0 atelia: ausência de mamilo.

Existem recursos para corrigir esses tipos de

mamilo

que dificultam a amamentação.

O

mais importante é o conjunto de exercicios recomendados por Hoffmann, que consiste

no

seguinte: coloca-se

um

dedo

de cada lado

do

mamilo

sobre a pele da aréola, e pressiona-se a

mesma

para trás e para fora até o ponto

em

que

começar

a doer, não até o ponto

em

que

doa. Repete-se três vezes a

manobra

nesta posição, três vezes

com

os dedos

em

diagonal e

três vezes

em

posição vertical, para assim provocar o estiramento das fibras que estão

debaixo da pele da aréola e que fazem

com

que o

mamilo

seja retráctil

(Anexo D)

(26)

2.3.2 Fisiologia

da

Mama

Segundo

Santos (2002) o funcionamento da glândula

mamária

está intimamente

ligado às transformações que ocorrem durante seu desenvolvimento e basicamente

compreende

três fases distintas:

0 fase

mamotrófica

ou mamogênica,

que consiste

no

desenvolvimento da glândula

mamária;

0 fase galactogênica

ou

da lactação, responsável pela produção e ejeção

do

leite;

0 fase de galactopoiese, responsável pela manutenção da lactação.

O

leite matemo é produzido pela ação de hormônios (ocitocina e prolactina) e

reflexos. Durante a gravidez hormônios preparam o tecido glandular para a

produção do leite.

O

tecido glandular se desenvolve mais e as mamas ficam maiores. Logo após o parto, os hormônios fazem com que a

mama

comece a produzir leite. Quando a criança começa a sugar, dois reflexos fazem o leite

”descer” na quantidade e no momento certos (KING, 1991, p. 06).

Segundo

a autora citada anteriormente a glândula pituitária, localizada na base

do

cérebro, produz

um

hormônio

chamado

prolactina.

A

prolactina estimula as células glandulares da

mama

a produzir leite. -

Além

da prolactina, pesquisas recentes

têm

revelado a ação

do hormônio do

crescimento

no

processo galactogênico. Acredita-se que a somatotrofina age junto à prolactina

como

ativadora da

mesma,

para que possa exercer suas funções

(SANTOS,

2002).

Segundo

a autora citada anteriormente a prolactina (PRL), responsável pelo

desencadeamento da lactação, parece exercer baixo poder

na

fase de manutenção.

A

somatotrofina parece ter maior atuação mantenedora da lactação, agindo sobre a bioquímica

do

metabolismo

da

glândula mamária.

Para

King

(1991) a prolactina e outros honnônios inibem os ovários de produzirem

óvulos, portanto, o aleitamento materno retarda o retomo da fertilidade e da menstruação.

Com

relação aos fatores nervosos, o reflexo de sucção sobre o

mamilo desempenha

papel importante. Através da sucção, as terminações nervosas

do mamilo

desencadeiam,

através dos gânglios simpáticos da medula, estímulos

no

núcleo hipotalâmico,

(27)

As

etapas, desde a estimulação

do mamilo

até a secreção

do

leite, são

chamadas

reflexo de sucção

ou

reflexo da prolactina.

A

glândula pituitária produz mais prolactina durante a noite

do

que durante o dia. Portanto, o aleitamento

matemo

à noite ajuda a manter

uma

boa

produção de leite

(KING,

1991).

A

ocitocina é produzida quando os nervos do mamilo são estimulados pela

sucção (...) é produzida na parte posterior da glândula pituitária e vai pela

corrente sangüínea para as mamas.

A

ocitocina atua enquanto a criança está

sugando e faz o leite descer para esta

mamada

(KING, 1991, p. 11).

Segundo

a autora citada anteriormente os sentimentos, os pensamentos e as sensações da

mãe

podem

afetar esse processo. Freqüentemente seus sentimentos ajudam,

mas

algumas vezes

podem

inibir o reflexo. Se a nutriz

tem

sentimentos positivos e confiança

em

sua capacidade de amamentar, o leite desce bem,

mas

se

tem

dúvidas, suas

preocupações

podem

inibir a descida

do

leite.

2.3.3 Técnicas para

Amamentação

Embora

a lactação seja

um

processo biológico, sua prática é social, política e culturalmente determinada.

O

sucesso da

amamentação

requer preparo e conhecimento

prévio sobre aspectos anatomofisiológicos e cuidados profiláticos

com

a

mama,

tanto por

parte das lactentes,

como

dos profissionais de saúde

(SANTOS,

2002).

A

autora citada anteriormente

recomenda

que a primeira

mamada

deve acontecer logo após o nascimento da criança,

mesmo

antes da dequitação

ou

secundamento da

placenta.

“Tal

medida

favorece não só a

amamentação

precoce,

como também

contribui para

que a involução uterina ocorra mais rápida e fisiologicamente pela descarga de ocitocina

que é liberada

com

o estímulo da sucção”

(SANTOS,

2002, p. 148).

No

entanto, apenas colocar o

RN

precocemente na

mama

não é suficiente para assegurar o sucesso no processo da amamentação,

como

descreve Pryor (1981):

(28)

uma boa técnica de amamentação depende de duas pessoas: da mãe e do bebê.

Os seios da mãe, conquanto eficientes na fabricação e na doação do leite, não

conseguem nem assim funcionar bem, se a criança não desempenhar sua parte.

O

bebê nasce com

um

equipamento especializado de ordem fisica, para a

amamentação ao seio, suas bochechas (...) Quando está mamando, mantém as

bochechas firmes, impedindo-as de entrarem boca adentro, por mais força quea criança faça para sugar o leite.

O

nariz da criança é pequeno e arrebitado, 0 que o ajuda a respirar enquanto

mama

(...) As gengivas do bebê, geralmente

desdentadas no nascimento, estão guamecidas de uma beirada pontuda que é

usada na compressão dos sinos ou ampolas lactiferas atrás do mamilo (PRYOR,

1981, p. 47).

Quando

o bebê

mama

projeta sua lingua à frente para fazer

um

canal que,

juntamente

com

o lábio inferior,

formam

uma

concha

em

redor da borda extrema da aréola.

O

lábio superior,

como

um

“U”

invertido, completa esta concha onde o ar nao penetra

(PRYOR,

1981).

Para

King

(1991), às vezes, a criança não pega quantidade suficiente da

mama

na

boca e suga somente o mamilo, isto é

chamado

sucção de

mamilo

e é a causa

comum

de problemas de aleitamento

matemo

como:

0

mamilos

com

presença de fissuras e dolorosos;

0

produção de leite e criança apresentando curva ponderal irregular; 0 criança insatisfeita querendo

mamar

a toda hora;

0

mamas

ingurgitadas

Se a criança está

mamando em

posição, tanto ela quanto a

mãe

precisam de

ajuda para corrigir o problema.

Quanto

mais

tempo

ela sugar

em

posição, mais difícil

será a correção. Para ajudar a nutriz, é necessário observar a

mamada

para reconhecer se a criança está sugando

em

boa ou

posição

(KING,

1991) .

Segundo

Santos (2002), para a lactação ser concluída

com

êxito, existem alguns cuidados importantes durante a amamentação. São eles:

0 não usar sabonete, álcool ou água boricada na região mamilo-areolar;

o expor diariamente os

mamilos

às radiações solares por períodos curtos, entre 08:00

e 10:00 horas;

0 . lavar

bem

as

mãos

antes das

mamadas;

(29)

0 antes de colocar a criança

na

mama,

verificar se aréola está macia, apreensível e

flexível;

0 não praticar o aleitamento cruzado.

Segundo

a autora citada anteriormente é importante orientar a

mãe

sobre as diversas posições que poderá adotar para amamentar, e

também

fazê-la experimentar para poder

optar pela que ofereça maior conforto e praticabilidade, para si e para a criança.As mais

usadas são as posições sentada e deitada.

É

conveniente que as primeiras

mamadas

sejam deitada, isso

quando

o binômio não

for separado pela necessidade de internação do

RN

na Neonatologia; para o maior conforto

da nutriz, deve ficar relaxada,

com

as

pemas

ligeiramente flexionadas, apoiada sobre o lado correspondente ao seio que está sendo dado.

O

bebê

pode

ficar deitado na

cama

para a puérpera não precisar segurá-lo

no

colo, e a cabeça dele

um

pouco

por baixo

do

seio que

vai receber, assim favorecendo a força da gravidade

(Anexo

E)

(VARELA,

1987).

Segundo

Santos (2002) para que haja

uma

boa

posição e

uma

boa

pega é importante observar se:

0 as roupas da

mãe

e

do

bebê estão apropriadas,

sem

restringir movimentos,

permitindo que os dois

fiquem

próximos, corpo a corpo;

0 a

mãe

está

em

posição confortável,

ombros

relaxados, não curvados para trás

nem

para frente e

bem

apoiada;

0 todo o corpo

do

bebê está encostado

no

da

mãe

e de frente para ela

-

barriga

com

barriga;

0 o braço inferior

do

bebê está para trás na cintura da mãe;

0 a boca

do

bebê está

bem

aberta;

0 a pega é ideal

quando

o bebê

puxa

o

mamilo

e tecido

mamário

até o palato mole.

A

língua

fica

sobre a gengiva inferior, os lábios curvados para fora e o queixo contra a

mama.

As

narinas

ficam

livres.

Tanto as

mães

quanto a equipe de

enfermagem

devem

ter muita paciência, pois o

RNPT

é muito sonolento,

com

fraco poder de sucção, pega areolar muitas vezes incompleta, detalhes que necessitam de

um

esforço maior por parte da puérpera e

uma

(30)

assistencia de qualidade pela equipe de enfermagem, devendo esta orientar quanto às características

do

RNPT.

Brasil (2002), coloca alguns

métodos

de alimentação para recém-nascidos prematuros.

Gavagem

simples: ou alimentação intermitente

em

“bolus” é a forma mais

comum

de alimentar os prematuros.

É

a de mais baixo risco, mais baixo custo e mais

fisiológica e a que mais se aproxima da forma normal de alimentação

do

RN.

uma

resposta hormonal cíclica

mesmo em

volumes muito pequenos, o que não observamos na alimentação contínua ou na nutrição parenteral.

As

desvantagens deste tipo de alimentação são as complicações do refluxo gastroesofágico,

hipoxemia transitória e apnéia. Esta técnica é realizada

com

seringa e sonda gástrica (oro

ou

naso) tendo o profissional de saúde averiguar

em

todas as

mamadas

a posição desta sonda utilizando as três técnicas já conhecidas: injetar ar pela sondae auscultar

com

estetoscópio na altura estomacal, aspirar pela sonda para verificar

conteúdo gástrico e colocar a extremidade

extema

da sonda gástrica para ver a presença ou não de bolhas de ar, todas estas técnicas

com

um

objetivo ver se a

sonda está

no

estômago

ou

no pulmão, para evitar pneumotórax. Antes de

administrar a dieta verificar presença de resíduo gástrico. Durante a alimentação por

gavagem

simples

devemos

estimular oralmente

com

o dedo calçado de luvas durante a

gavagem

(sucção não-nutritiva).

Gavagem

contínua: é o

método

usado para prematuro extremo,

com

insuficiência respiratória importante, pós-operatório de cirurgia abdominal,

refluxo

gastroesofágico e resíduo gástrico persistente. Permite ganho de peso mais rápido, pois gasta

menos

energia para absorção de nutrientes.

Porém

é

menos

fisiológico e

não deve ser a primeira escolha de alimentação.

A

alimentação é realizada

em

bomba

de infusão contínua onde é prescrito

um

tempo

para correr a dieta.

Alimentação transpilórica: não deve ser

recomendada

rotineiramente, sendo

indicada apenas para crianças

com

refluxo gastroesofágico severo e intolerância gástrica importante.

Além

da

absorção de gordura, a alimentação transpilórica

(31)

está associada à

absorção de potássio e colonização de bactérias no trato

gastrointestinal superior. Logo, a alimentação transpilórica não deve ser a primeira opção, sendo preferível a alimentação por

gavagem

simples ou contínua.

0 Alimentação por sucção nutritiva: este tipo de alimentação é

quando

o recém-

nascido já está

com

o reflexo de sugar-deglutir-respirar, é realizado

com

seringa

contendo o leite e

com

o dedo calçado por luva.

Conforme

o

RN

vai sugando o dedo

enluvado, o profissional

ou

a

mãe

deste vai injetando o leite

na

cavidade oral pela seringa.

2.3.4 Extração

Manual do

Leite

Para Santos (2002), a extração manual é a maneira

menos

traumatizante,

menos

dolorosa, mais

econômica

e eficaz de

uma

mãe

retirar o leite de sua

mama.

Esta maneira

também

é mais conveniente, pois

pode

ser feita a qualquer hora.

A

extração

manual

é indicada nas seguintes situações:

0

mães

com

engurgitamento

mamário

(mama

empedrada);

o

mães

de recém-nascidos prematuros ou de alto risco que

tenham

que ficar longe de

seus filhos. Nestes casos, a

mãe

deve iniciar a extração

manual

nas primeiras seis

horas após o parto e realizá-lo de sete a oito vezes por dia, durante vinte minutos

em

cada

mama;

0

mães

com

mastites

ou

fissuras

acompanhadas

de sangramento e de dor intensa;

0

mães

que trabalham fora e necessitam se afastar de seus filhos; 0

mães

que

querem

doar seu leite, entre outros.

Segundo

Santos (2002), considerando a estrutura anatômica da glândula

mamária

e

o

mecanismo

fisiológico da liberação

do

leite, a extração manual do leite deve obedecera

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