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História e Legislação da Educação Brasileira Prof Ismael

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Academic year: 2021

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ESALQ

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E LEGAIS

DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

PROF. DR. ISMAEL FORTE VALENTIN

fvalent@uol.com.br

(2)

A EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA REPÚBLICA

CONTEXTO HISTÓRICO

 A Constituição de 1891 prevê o governo representativo, federal e presidencial.

 O federalismo dá autonomia aos estados, mas há distorções como crescimento desigual que favorece São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

 O período designado “República Velha” (até1937) caracteriza-se como uma República:

 OLIGÁRQUICA  DOS CORONÉIS

 DO CAFÉ COM LEITE

 Após Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), inicia-se uma lenta mudança no modelo econômico agrário-exportador para o modelo industrial.

 A partir de 1920, diferentes movimentos, especialmente envolvendo militares, levam à mudança da conjuntura social, política e econômica.

 Com a Revolução de1930, uma nova força diretiva ascende ao poder. Essa força é composta por intelectuais, militares, políticos, burguesia industrial e comercial.

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A EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA REPÚBLICA

A EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO (1891)

A primeira Constituição reafirma a descentralização do ensino, atribuí à União a incumbência da educação superior e secundária. Aos Estados o ensino fundamental e profissional. Reforça o viés elitista da educação uma vez que a educação elementar continua a receber menos atenção. A Igreja Católica reagia de forma negativa às novidades positivistas atribuídas ao governo republicano, considerado ateu, e que na Constituição estabelecera a separação entre Igreja e Estado e a laicização do ensino nos estabelecimentos públicos.

REFORMAS

1ª) Promovida por Benjamim Constant – 1891

Decreto 1.232 – G (cria o Conselho de Instrução Superior na Capital do país) e Decreto 1.232 –H (Ensino Superior – Jurídico e o Secundário de 5 anos)

2ª) Promovida por Epitácio Pessoa – 1901

Decreto 3390 de 01/01/1901 (Vinculação do Ensino Superior e Secundário à União) 3ª) Promovida por Rivadávia Correa – 1911

Decreto 8.659 de 05/04/1911 (Desoficialização do Ensino) 4ª) Promovida por Carlos Maximiliano – 1915

(4)

A EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA REPÚBLICA

ESCOLA NOVA

Como movimento preparatório do ideário da Escola Nova, diversas reformas pedagógicas são implementadas nos Estados, como:

 Sampaio Dória (São Paulo, 1920)  Lourenço Filho (Ceará, 1923)Anísio Teixeira (Bahia, 1925)

Francisco Campos (Minas Gerais, 1927) Fernando de Azevedo (Distrito Federal, 1928) Carneiro Leão (Pernambuco, 1928)

Essas Reformas referiam-se principalmente à estratégias para tornar o ensino primário e o técnico-profissional mais eficientes.

A década de 20 marcou um momento de grande discussão na educação brasileira. O modelo até então existente, que dava ênfase à formação das elites, foi colocado em xeque. Em seu lugar propunha-se a instituição de um sistema nacional de educação, com ênfase na educação básica, no ensino primário, mas formando um todo articulado, do primário ao superior.

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A EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA REPÚBLICA

Em 1930, é criado o Ministério da Educação e da Saúde, órgão importantíssimo para o planejamento e execução das reformas da educação em âmbito nacional.

No governo provisório de Getúlio Vargas, as tendências renovadoras aparecem em diversos decretos:

1. Decreto no. 19.850 de 11/04/1931 (Cria o Conselho Nacional de Educação)

2. Decreto no. 19.851 de 11/04/1931 (Organização do ensino superior – universidade)

3. Decreto no. 19.852 de 11/04/1931 (Dispõe sobre a organização da Universidade do RJ)

4. Decreto no. 19.890 de 18/04/1931 (Dispõe sobre a organização do ensino secundário)

5. Decreto no. 20.158 de 30/06/1931 (Organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de contador)

6. Decreto no. 21.241 de 14/04/1932 (Consolida as disposições sobre a organização do ensino secundário).

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A EDUCAÇÃO NO ESTADO NOVO

Às vésperas do “Estado Novo”, a escolarização é entendida como o motor da história. Jorge Nagle sintetiza essa visão nas máximas:

a) “entusiasmo pela educação” e b) “otimismo pedagógico”

Questões como a necessidade de escolarização, a erradicação do analfabetismo e a formação profissional, visam possibilitar o surgimento de uma sociedade capaz de absorver as demandas políticas e econômicas, tendo em vista a nascente sociedade capitalista.

Na vigência do Estado Novo (1937 – 1945), o Ministro Gustavo Capanema empreende outras reformas do ensino, regulamentados por diversos decretos-leis denominados “Leis Orgânicas do Ensino”.

Curso secundário: a) ginásio de 4 anos e b) colegial de 3 anos, dividido em Clássico e Científico. Em 1942 é criado o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), organizado e mantido pela Confederação Nacional das Indústrias, para aprendizagem, aperfeiçoamento e especialização especialmente dos jovens.

(7)

A EDUCAÇÃO NO ESTADO NOVO

A Constituição de 1946 reflete o processo de redemocratização do país. Os “pioneiros da educação nova” retomam a luta pelos valores defendidos desde 1934.

O então Ministro da Educação, Clemente Mariani, constitui uma comissão de educadores para estudar e propor um projeto de reforma geral da educação nacional. Inicia-se um processo marcado por lutas, avanços e retrocessos, culminando com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no. 4.024, aprovada em 20 de dezembro de 1961.

NOVIDADES

Segundo Romanelli (2003), com a aprovação da LDB em 61, o Brasil perdeu a oportunidade de criar um modelo de sistema educacional capaz de inserir-se no processo produtivo do país, em consonância com os progressos sociais já alcançados. Na verdade, a mentalidade retrógrada dos seus autores, muito mais voltada para o passado e ideologicamente ligados à velha ordem social aristocrática, pré-capitalista, impediu a educação brasileira de acompanhar o novo sistema capitalista em plena implantação na sociedade e na economia nacional.

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LDB - LEI nº 4024/61

DESTAQUES

1. Frustrou as expectativas dos setores mais progressistas da sociedade;

2. Garantiu igualdade de tratamento do Poder Público para escolas públicas e particulares;

3. Possibilidade de utilização de verbas públicas pela rede particular de ensino;

4. Ensino religiosos obrigatório segundo a confissão religiosa dos alunos;

5. Estrutura do ensino: a) ensino primário – 4 anos

b) ensino médio – ginasial (4 anos) e colegial* (3 anos), podendo ser: secundário, técnico ou formação de professores (normal);

c) ensino superior.

Após a aprovação da 1ª LDB, assistimos na década de 60 uma explosão de movimentos populares. Entre eles, destacamos:

1) Centros Populares de Cultura (CPC) - UNE

2) Movimento de Cultura Popular (MCP) – Paulo Freire 3) Movimentos de Educação de Base (MEB) - CNBB

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LDB - LEI nº 5692/71

ACORDOS – MEC-Usaid

Diversos acordos, realizados desde o golpe militar de1964, só vieram a público em novembro de 1966. São acordos MEC-Usaid (Ministério da Educação e Cultura e United States Agency for International Development), pelos quais o Brasil recebe assistência técnica e cooperação financeira para a implantação das reformas educacionais.

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO

Em 12 de fevereiro de 1962, era instalado o Conselho Federal de Educação (CFE). Em setembro desse mesmo ano, o CFE aprova o Plano Nacional de Educação para o período de 62 a 70. as metas a serem alcançadas previam:

1. Para o ensino primário – 100% da população escolar de 7 a 11 anos e 70 % de 12 a 14 anos;

2. Para o ensino médio – 30% da população 11/12 a 14 anos nas duas primeiras séries do ciclo ginasial, e 50% de 13 a 15 anos nas duas últimas séries e 30% de 15 a 18 anos nas séries do ciclo colegial;

3. Para o ensino superior - acréscimo da matrícula até a inclusão de, pelo menos, a metade dos que concluíssem o colegial.

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LDB - LEI nº 5692/71

PILARES DA EDUCAÇÃO PÓS MEC-Usaid

Educação e Desenvolvimento: formação de profissionais para atender às necessidades urgentes

de mão-de-obra especializada num mercado em expansão;

Educação e Segurança: formação do cidadão consciente. Daí as disciplinas sobre civismo e

problemas brasileiros (Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil e Estudos de Problemas Brasileiros);

Educação e Comunidade: estabelecer a relação entre escola e comunidade, criando conselhos

de empresários e mestres.

PILARES DA 5.692/71

VERTICAL: junção do curso primário e o ginasial num só curso fundamental de 8 anos, eliminando-se os chamados exames de admissão.

HORIZONTAL: eliminação do dualismo entre escola secundária e escola técnica, com a criação de uma escola única de 1º e 2º graus.

SUPLETIVO: uma mudança significativa ocorreu no ensino supletivo, com a utilização dos recursos tecnológicos (TV).

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LDB - LEI nº 5692/71

CURRÍCULO: em relação ao currículo, percebe-se uma mudança em sua composição: 1º Grau: a) educação geral e b) formação especial;

2٥ Grau: habilitação profissional.

INOVAÇÕES PRINCIPAIS

1. A extensão da obrigatoriedade escola;

2. A eliminação parcial do esquema seletivo das escolas;

3. A eliminação do dualismo educacional (secundário X profissionalizante);

4. A previsão mais objetiva de meios para execução das reformas;

5. A profissionalização em nível médio;

6. A cooperação das empresas na educação;

7. A integração geral do sistema educacional desde o 1º grau ao superior. REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL

 No início dos anos 80, o regime militar dava sinais de enfraquecimento, levando o país à retomada dos princípios democráticos. A sociedade civil, a classe política, as organizações estudantis começam a recuperar seus espaços, sendo atendidos em suas reivindicações.

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LDB - LEI nº 5692/71

 No âmbito da educação, já era amplamente reconhecido o fracasso das reformas previstas na LDB. A Lei nº 7.044/82 dispensa as escolas da obrigatoriedade da profissionalização, sendo retomada a ênfase na formação geral.

 Nos debates, intensifica-se a luta pelo retorno da Filosofia, excluída do currículo.

Crítica à escola liberal, sobretudo à escola nova.

 Crescimento da educação popular e os movimentos sociais voltados à educação e cultura.

 No final da década de 70, um grupo de filósofos e pedagogos passa a rever a nossa educação, iniciando uma teoria que se encontra ainda em processo de formulação. Recebeu diversas denominações, entre as quais pedagogia crítico-social dos conteúdos, pedagogia dialética e, finalmente, pedagogia histórico-crítica.

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A EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Segundo o Artigo 206, “o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

1. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

2. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

3. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas no ensino;

4. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

5. Valorização dos profissionais do ensino;

6. Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

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A EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

O Artigo 208 apresenta o dever do Estado com a Educação, o qual deve garantir:

1. Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiver em acesso na idade própria;

2. Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

3. Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede oficial de ensino;

4. Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

5. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

6. Oferta do ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

7. Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.”

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LEI E DIRETRIZES BASES DA EDUCAÇÃO (LDB) - lei nº 9394/96

TRAMITAÇÃO

(ARNALDO NISKIER)

Depois de 15 anos de promulgação da Constituição de 1946, a mais democrática, nasceu a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que ganhou o número 4.024/61. Dez anos depois, o Congresso Nacional sentiu necessidade de propor alterações no ensino de 1º e 2º graus, vindo a Lei nº 5.692/71, que ganhou o nome de Reforma Passarinho.

Com a Constituição de 1988, surgiu a necessidade de uma nova LDB. A nova Lei, iniciada pelo projeto da Câmara de autoria de Otávio Elísio, seguiu tramitação no Senado com substitutivo proposto pelo Senador Darcy Ribeiro, com a colaboração do senador Marco Maciel.

A Lei 9394/96,como não poderia deixar de ser, apresenta uma série de inovações. Para Darcy Ribeiro, “a Constituição da educação poderá mudar a face do País”. Entre as mudanças, destacam-se:

1. Promoção continuada;

2. Variedade de cursos;

3. Formação em três níveis articulados;

4. Formação do magistério em nível superior;

5. Formação tecnológica em diferentes níveis;

6. Investimento nos cursos de pós graduação (stricto sensu);

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LDB - LEI nº 9394/96

A Lei 9394/96 busca o pleno desenvolvimento da pessoa humana. As suas inovações caracterizam um novo projeto para a educação. Marco Maciel (Vice-Presidente em 96) afirmou: “Não bastam soluções criativas e métodos modernos de alfabetização de massa. Necessitamos muito mais – uma mobilização nacional pela educação, fazer da educação, como as reformas econômicas, um projeto nacional, um programa social, uma prioridade do país e um pacto do Estado.”

As inovações, portanto, devem ser acompanhadas de uma clara expressão da vontade política de mudar. No Ensino Superior, esperava-se que os testes de avaliação dos alunos no final dos cursos e o recredenciamento das escolas superiores a cada cinco anos, trariam em medida essencial a garantia da qualidade prometida. Na prática, não é bem isso que presenciamos.

O substitutivo de Darcy Ribeiro foi enriquecido por cerca de 300 emendas (das 400 apresentadas). Algumas são inovadoras, por exemplo:

1. as universidades públicas são obrigadas a oferecer ensino noturno;

2. os currículos do ensino fundamental incluirão aulas de artes e educação física;

3. crianças até seis anos serão atendidas obrigatoriamente em creches públicas;

4. o ensino fundamental terá nove anos, com a inclusão de crianças de seis anos;

5. o ensino supletivo será oferecido gratuitamente pelo poder público;

6. a carga horário foi aumentada de 720 para 800 horas no ano letivo do ensino fundamental;

7. o número de dias letivos passa de 180 para200.

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LDB - LEI nº 9394/96

Segundo Eva e Zuleide (2002), a LDB induz a uma reflexão crítica da nossa prática educacional, a partir das seguintes questões:

1. a forma estreita como ela vem sendo concebida;

2. o isolamento da escola em relação ao mundo exterior;

3. a distância entre a teoria e a prática;

4. a distância entre o trabalho intelectual e o trabalho manual;

5. a organização escolar rígida;

6. o ensino e as práticas de adestramento;

7. a formação de atitudes.

As autoras afirmam ainda: "Uma postura participante, crítica e libertadora, torna-se uma das grandes contribuições a ser dada pela educação no processo de construção do exercício da cidadania plena, consolidando o foco da ação na pessoa, apontando para ela como sujeito da história." No processo de implementação das mudanças preconizadas na nova LDB, observamos nos últimos

anos o empenho do Governo (em todos os níveis) em fazer cumprir os ideais inovadores. A questão das Competências e Habilidades ganham destaque na concepção de educação voltada para a formação da juventude no novo cenário sócio, político e econômico.

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LDB - LEI nº 9394/96

ESTRUTURA DA LEI Nº 9394/96

 TÍTULO I - Da Educação

 TÍTULO II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional  TÍTULO III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar  TÍTULO IV - Da Organização da Educação Nacional

 TÍTULO V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

CAPÍTULO I - Da Composição dos Níveis Escolares

CAPÍTULO II - Da Educação Básica - Seção I - Das Disposições Gerais

- Seção II - Da Educação Infantil - Seção III - Do Ensino Fundamental

- Seção IV - Do Ensino Médio

- Seção V - Da Educação de Jovens e Adultos

CAPÍTULO III - Da Educação ProfissionalCAPÍTULO IV - Da Educação SuperiorCAPÍTULO V - Da Educação Especial

 TÍTULO VI - Dos Profissionais da Educação  TÍTULO VII - Dos Recursos financeiros  TÍTULO VIII - Das Disposições Gerais  TÍTULO IX - Das Disposições Transitórias

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LDB - LEI nº 9394/96

CAPÍTULO IV

Da Educação Superior

Art. 43º. A educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores

profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

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LDB - LEI nº 9394/96

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

Art. 52º. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por:

I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional;

II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral.

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SISTEMA NACIONAL ARTICULADO DE EDUCAÇÃO

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2011 – 2020)

PROJETO DE LEI (PL) n.º 8.035/2010 – Congresso Nacional

O PL que cria o Plano Nacional de Educação (PNE) para vigorar de 2011 a 2020, foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010. O novo PNE apresenta 10 diretrizes objetivas e 20 metas, seguidas das estratégias específicas de concretização. O texto prevê formas de a sociedade monitorar e cobrar cada uma das conquistas previstas. As metas seguem o modelo de visão sistêmica da educação estabelecido em 2007 com a criação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Tanto as metas quanto as estratégias premiam iniciativas para todos os níveis, modalidades e etapas educacionais. Além disso, há estratégias específicas para a inclusão de minorias, como alunos com deficiência, indígenas, quilombolas, estudantes do campo e alunos em regime de liberdade assistida.

Entre outras propostas mencionadas no texto estão a busca ativa de pessoas em idade escolar que não estejam matriculadas em instituição de ensino e monitoramento do acesso e da permanência na escola de beneficiários de programas de transferência de renda e do programa de prestação continuada (BPC) destinado a pessoas com deficiência. O documento determina a ampliação progressiva do investimento público em educação até atingir o mínimo de 7% do produto interno bruto (PIB) do país, com revisão desse percentual em 2015.

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SISTEMA NACIONAL ARTICULADO DE EDUCAÇÃO

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2011 – 2020)

Art. 2º - São diretrizes do PNE - 2011/2020:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais; IV - melhoria da qualidade do ensino;

V - formação para o trabalho;

VI - promoção da sustentabilidade sócio-ambiental;

VII - promoção humanística, científica e tecnológica do País;

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto;

IX - valorização dos profissionais da educação; e

X - difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação.

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SISTEMA NACIONAL ARTICULADO DE EDUCAÇÃO

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2011 – 2020)

EIXOS TEMÁTICOS

Eixo I : Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação de Qualidade:

* Organização e Regulação da Educação Nacional.

Eixo II: Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação.

Eixo III: Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar.

Eixo IV: Formação e Valorização dos Profissionais da Educação.

Eixo V: Financiamento da Educação e Controle Social.

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OS DESAFIOS DA CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Carlos Roberto Jamil Cury

 Necessidade: Identificar e superar as desigualdades históricas

 Desigualdade sistêmica – típica de uma sociedade capitalista – contradição

 Processo de seleção – privilégio X direito

 Articulação do sistema nacional de educação

 A Educação é um direito a ter novos direitos

 “A Constituição de 1988 exibe, na proclamação de direitos da cidadania, na assimilação de novas obrigações do Estado, a vontade de fazer, no País, no presente, um acerto de contas com a

modernidade, expurgando do passado um enorme passivo com a justiça e com a democracia.”

 Educação enquanto direito social: “o ensino fundamental, gratuito e obrigatório, ganha a condição de direito público subjetivo para todos; os sistemas de ensino passam a coexistir em regime de colaboração recíproca; a gestão democrática torna-se princípio dos sistemas públicos de ensino e gratuidade, em nível nacional e para todos os níveis e etapas da escolarização pública, se torna princípio de toda a educação nacional. (p. 19)

 O desafio de um sistema nacional único de educação baseia-se no próprio desafio da superação do capitalismo – há muito o que fazer!

 A dimensão do direito da cidadania ao direito à educação, seja por um sistema nacional, seja pelo sistema atualmente praticado, não poderá fugir da resposta ao que o PNE chama de “autêntico federalismo.”

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BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia. 3ª ed., São Paulo: Moderna, 2006.

CARNEIRO, M. A. LDB Fácil: Leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. Petrópolis, Vozes, 2001. COSTA, V. L. C. Descentralização da Educação. Novas formas de coordenação e financiamento.

São Paulo: Cortez, 1999.

NEVES, L. M. W. (Org.) Educação e Política no Limiar do Século XXI. Campinas: Autores Associados, 2000.

________. Educação e Política no Brasil de Hoje. São Paulo: Cortez, 2002.

NISKIER, A. Educação Brasileira: 500 anos de história/1500-2000. São Paulo: Melhoramentos, 1989 _______. Educação em Primeiro Lugar. São Paulo: Moderna, 1997

_______. LDB - a nova lei da educação – tudo sobre a lei de diretrizes e bases da educação

nacional. Uma visão crítica. 6ª Ed., Teresópolis: Consultur, 1997.

OLIVEIRA, R. P. Organização do ensino no Brasil. Níveis e modalidades na Constituição Federal. São Paulo: Xama, 2002.

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BIBLIOGRAFIA

OLIVEIRA, R. P. (org.). Política Educacional: impasses e alternativas. São Paulo: Cortez, 1999. PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. 7 º ed., São Paulo: Editora Ática, 2006.

ROMANELLI, O. História da Educação no Brasil (193/1973). Petrópolis: Vozes, 2003. SANTOS, Clóvis Roberto. Educação Escolar Brasileira: estrutura, administração e legislação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

VIEIRA, S. L. Política Educacional em Tempos de Transição. Brasília: Editora Plano, 2000.

PERIÓDICOS E PUBLICAÇÕES ELETRÔNICAS:

EDUCAÇÃO & SOCIEDADE: Revista de Ciência da Educação..v.23 n.80. Campinas set. 2002. (fonte: http://www.scielo.br.)

CASTRO, M. Ceres P. S. Escola Plural: a função de uma utopia. Apresentado na 23ª Reunião anual Anped, Caxambu (MG). Set/2000. (fonte: http://www.anped.org.br/outr1.doc)

CURY, CARLOS ROBERTO JAMIL. A educação básica no Brasil. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 23, n. 80, setembro/2002, p. 168 200. (fonte: http://www.cedes.unicamp.br)‐

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