CARLOS ALBERTO
MANTOVANI
UMA
SISTEMÁTICA
DE
GESTÃO
DA
CAPACIDADE APOIADA
NA
ANÁLISE
E
MELHORIA
DOS PROCESSOS
PARA
PRESTADORAS
DE
SERVIÇOS
DE
TELECOMUNICAÇOES
Dissertação
de Mestrado
Florianópolis
2001
UMA
SISTEMÁTICA
DE GESTÃO
DA
CAPACIDADE APOIADA
NA
ANÁLISE
E
MELHORIA
DOS PROCESSOS
PARA PRESTADORAS
DE
SERVIÇOS
DE TELECOMUNICAÇÕES
Dissertação apresentada
ao
Programa
de Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção
da
Universidade
Federalde
Santa
Catarinacomo
requisito parcialpara
obtenção
do
grau de Mestre
em
Engenharia de
Produção
Orientador: Prof.
Gregório
Jean Varvakis Rados,
Dr.Florianópolis
UMA
SISTEMÁTICA
DE
GESTÃO DA
CAPACIDADE APOIADA
NA
ANÁLISE E
MELHORIA
DOS PROCESSOS
PARA
PRESTADORAS
DE
SERVIÇOS
DE
TELECOMUNICAÇÕES
Esta dissertação foi julgada e
aprovada
paraa obtenção
do
grau
de
Mestre
em
Engenharia
de
Produção
no
Programa
de Pós-Graduação
em
Engenharia de
Produção
da
Universidade
Federalde Santa
Catarina.Florianópolis,
29
de outubro de
201.
Prof.
Ricardo
M'
-da
arcia,Ph.D.
Coorden
do rograma
BANCA EXAMINADORA
Prof.
Dálvio
FerrariTubino,
Dr. Prof.Gr
A
rio
Jean Varvakis Rados,
Dr.Universidade
ral eSama
CatarinaUniversidade
Federalde Santa
CatarinaProf. Ciro
Lopez
Vaca,
Dr.Universidade
Federalde Santa
CatarinaRESUMO
MANTOVANI,
Carlos Alberto.Uma
sistemáticade
gestãoda
capacidade apoiada na
análise emelhoria
dos processospara
prestadorasde
serviçosde
telecomunicações. 2001. l38f. Dissertação(Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia deProdução
UFSC.
Florianópolis.Este trabalho surgiu
da
necessidadede
se estabelecerum
equilíbrio entredemanda
ecapacidade de
ativaçãode
serviçosem
tuna prestadorade
serviçosde
telecomunicações.O
trabalho apresentauma
sistemáticade
gestãoda
capacidade apoiada
na
análise emelhoria
dos
processos voltados para a áreade
ativaçãode
serviços,deixando
aberta sua aplicação àsdemais
áreasde operações
da
empresa, contemplando todos
os principais processos existentesna
mesma, ou
particularmenteà
um
processoque
se queira estudar.A
sistemática foibaseada
no
Método
das Sete Etapas,que
éum
método
voltadopara
uma
abordagem
estruturada para solução \deproblemas
emelhoria de
processos.A
forma
estruturadade
abordagem
facilitoua
elaboraçãoda
sistemática, cujo foco principal éo
planejamento
da
capacidade
de produção de
uma
operadora de
telecomunicações.O
trabalho apresentauma
aplicação prática e realda
sistemáticaem uma
grande operadora de
telecomunicações, representada através
do
processo de
ativaçãode
serviços aos seus clientes.Seus
resultadospermitiram
uma
melhor
relacionamento
entredemanda
versus capacidade, percebível atravésdos melhores
resultados obtidosao longo de
seismeses
de
aplicaçãoda
sistemática.
A
abordagem
propostausa
como
suporte os conceitosda
Administração
da
Produção, Administração de Operações
em
Serviços ede Sistemas de Telecomunicações.
Palavras-chave:
Capacidade,
Demanda,
Serviços
eTelecomunicações.
ABSTRACT
MANTOVANI,
Carlos Alberto.Uma
sistemáticade
gestãoda
capacidade apoiada na
análise emelhoria
dos processospara
prestadorasde
serviçosde
telecomunicações. 2001. l38f. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia de
Produção
UFSC.
Florianópolis.This
work came
outof
theneed
to establisha
balancebetween
thedemand
and
the capacityof
activating the services ina
telecomrnunication service supplier.Therefore
the presentdissertation present
a
systematicof
themethod of
the capacitysupported
on
analysisand
improvement
of
the processestumed
to the activation service area, leavingopen
itsapplication to the operations
departments of
the area, or, particularly toa
special processaimed
to studyand
analysis.The
system
was
based
on Seven
StepMethod,
a
method
turned toa
structuredapproach towards
the solutionof
theproblems
and improvement of
the processes.The
structuredway
of
approach
facilitated the elaborationof
the system,which
isfocused
on
theplanning
of
the capacityof
theproduction
of
a telecommunication
operator.Thus,
the present research presentsa
practicaland
virtual application ina
greattelecommunication
operator, representedthrough
the processof
activationof
services to itssuppliers. Its results
allowed a
better relationshipbetween
demand
and
capacity, perceivedthrough
the best result outof
the sixmonths of
applicationof
the system.This
approach
usesas
a
support theconcepts
of
Service OperationsManagement
and
Telecommunications
Systems.
SUMÁRIO
RESUMO
... ..p. ivABSTRACT
... ..p.v
Lista
de
Figuras ... ..p.X
Lista
de
Quadros
... ..p. xiiLista
de
Tabelas ... ..p. xiii1
INTRODUÇÃO
... ..p. 1 1.1Relevância
... ..p.2
1.2 Objetivos ... ..p.2
1.3 Estrutura ... ..p. 3 1.4Limitações
... ..p.4
REFERENCIAL TEÓRico
... ..p. 5 2.1Conceito de Sistemas
... ..p. 5 2.2Sistemas de Produção
... ..p.6
2.3 Histórico ... ..p. 82.4
Funções dos Sistemas de Produção
... ..p.9
2.5
Tipos de
sistemasde
produção
... ..p. 122.6
Modelos
de
sistemasde
produção
... ..p. 132.7
Planejamento
e controleda
produção
-
PCP
... ..p. 142.8
Classificação dos Sistemas de Produção
... ..p. 162.9
Planejamento
Estratégicoda Produção
... ..p. 172.10 Análise
da
Capacidade de Produção
... ..p.24
2.11 Técnicas
de
Previsão ... ..p.27
2.12
Planejamento Mestre da Produção
... ..p.28
2.13 Definição
de
Serviços ... ..p.30
2.14
Classificação de
Serviços ... ..p. 312.15
Função
Operações de
Serviços ... ..p.34
2.16 Estratégia
de
Operações de
Serviços ... ..p.35
2.17
Fluxos
eGargalos
... ..p.38
2.21
Método
das SeteEtapas
... ..2.22
Considerações
Gerais ... ..3
SISTEMAS
DE TELECOMUNICAÇÃO
... ..3.1 Introdução ... ..
3.2
Conceitos de Telecomunicações
... ..3.3
Capacidade de Sistemas de Telecomunicações
... ..3.4
Fluxo de
Produção por
Serviçosde Telecomunicações
... ..3.5
Layout
... ..3.6 Serviços
de Telecomunicaçoes
... ._3.7
Conclusão
... ..4
MÉToDo
... ..4.1 Introdução ... ..
4.2
Método
para análisede melhoria
da
gestãoda
capacidade...4.3
Etapa
1-
Definição
do(s) Processo(s) ... ..4.3.1
Subdivisão
1.1-
Processo
... ..4.3.2
Subdivisão
1.2-
Característicaschaves
... ..4.4
Etapa 2
-
Diagnósticoda
Situação ... _.4.4.1
Subdivisão
2.1-
Estudo
da
demanda
... ..4.4.2
Subdivisão
2.2-
Elaboração dos
fluxogramas
... ..4.4.3
Subdivisão
2.3-
Elaboração dos
postosde
trabalho ... ..4.4.4 Subdivisão 2.4
-
Elaboração dos
indicadores ... ..4.4.5
Subdivisão
2.5-
Definição
dos
recursos ... ..4.5
Etapa
3-
Planejamento
da
Capacidade de Produção
... ..4.5.1
Subdivisão
3.1-
Planejamento
da
capacidade de produção
4.6
Etapa
4
-
Análisedos Pontos
Críticos ... ..4.6.1 Subdivisão 4.1
-
Identificaçãodos
gargalos ... ..4.6.2 Subdivisão 4.2
-
Identificaçãodos
recursos críticos ... ..4.6.3 Subdivisão 4.3
-
Identificaçãode
falhas ... ..4.7
Etapa
5-
Implementação
dasSoluções
... ..4.7.3 Subdivisão 5.2
-
Selecionando
as soluções ... ..4.8
Etapa
6-
Acompanhamento
dasSoluções
... ..4.9
Etapa
7-
Padronização da Melhoria
... ..4.10
Conclusão
... ..5.1
Etapa
1-
Definição
do(s) Processo(s) ... ..5.1.1
Definição
dos
Processos ... ..5.2 Diagnóstico
da
Situação ... ..5.2.1 Previsão
da
Demanda
... ..5.2.2 Subdivisão 2.2 ... ..
5.2.3 Postos
de Trabalhos
... ..5.2.4 Indicadores
de
Produção
... ..5.3
Planejamento
da
Capacidade de Produção
... ..5.3.1
Recursos
Disponíveis ... ..5.4
Pontos
Críticos ... ..5.4.1
Gargalo de
Tempo
... ..5.4.2
Recursos
Críticos ... ..5.5.2 Planejar
a Implantação da Solução
... ..5.5.3 Implantar
Soluções
... ..5.6
Acompanhamento
dasSoluções
... ..5.7
Padronização da melhoria
... ..ó
CONCLUSÃO
... _.6.1
Considerações
Gerais ... ..6.2 Sugestões para
Trabalhos
Futuros ... ._REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..BIBLIOGRAFIA
... .. ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. 5APLICAÇAO
... .. ... ..p. ... ..p.5.1.2 Características
Chaves
de Qualidade
para Os Clientes ... ..p.... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. 5.2.5
Recursos
Materiais ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. 5.4.3 Falhas ... ..p. 5.5Soluções
... ..p. 5.5.1Escolha de Soluções
... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. ... ..p. 6.1Conclusões
... .. ... ..p. ... ..p. 83 8384
8586
86
86
87
89
89
90
90
95
98
98
98
100
100
101102
103 103106
107
108
109
111 111112
113 115 118Figura 1:
Os
Parâmetros de
um
Sistema
... ..pFigura 2:
Elementos de
um
Sistema de Produção
... ..pFigura 3:
Função
Produção
eFunções Relacionadas
... ..pFigura 4:
Funções
Básicasde
um
Sistema de Produção
... ..pFigura 5:
A
Função
Produção
... ..pFigura 6:
Visão
Geral das Atividadesdo
PCP
... ..pFigura 7a:
Taxa
de
Produção Constante
... ..pFigura 7b:
Produção
Casada
com
Vendas
... ..p.Figura 7c:-
Produção
em
Patamares
... ..pFigura 8:
Etapas
do
Modelo
de
Previsãoda
Demanda
... ..pFigura 9:
Etapas
do
Planejamento
e Controlede Capacidade
... ..pFigura 10: Hierarquização
dos Planos
... ..pFigura 11:
Modelo
de Classificação de
Serviços ... ..pFigura 12:
A
Matriz
dos
Processosdos
Serviços ... ..pFigura 13: Interfaces
da Função
Operações
com
outrasFunções
da Empresa
... ..pFigura 14:
Um
Diagrama
mais Detalhado
do
Fluxo de Processo de Abertura de
Ordem
de
Serviço ... ..pFigura 15:
Ferramentas
para Conciliar Oferta eDemanda
... ..pFigura l6: Estratégias para Equilibrar
o
Fomecimento
e aDemanda
por
Serviços...pFigura 17: Ciclo
PDCA
... ..pFigura 18:
Método
das Sete Etapas ... ..; ... ..pFigura 19:
Sistema completo de comunicação
... ..pFigura 20:
Modelo
de
Referência ... ..pFigura 21:
Ampliação
da Capacidade de Terminais de
mn
Centralde
Comutação
por
Pacotes ... .z ... ..p
Figura 22:
Limitação da Capacidade por Recurso
... ..pFigura 23:
Capacidade por
Serviços ... ..pFigura 24:
Layout de
uma
Estaçãode
Serviçosde Telecomunicações
... ..p.Figura 25:
Método
para análisede melhoria
da
gestãoda
capacidade
... ..pFigura 29: Figura 30: Figura 31 Figura 32: Figura
33
Subdivisõesda
Etapa
5 ... ..Etapa
6 ... ..Linha de
Montagem
da Coordenação de Ativação
PR
... ..Diagrama
de
Precedênciasda
Coordenação de Ativação Paraná
Quadro
1:Quadro
2:Quadro
3:Quadro
4:Quadro
5:Quadro
6:Quadro
7:Quadro
8:Quadro
9:Quadro
10:Quadro
11Quadro
12:Quadro
13Quadro
14Quadro
15Quadro
16Quadro
17:Quadro
18Quadro
19:Quadro
20:Quadro
21Quadro
22:LISTA
DE
QUADROS
Evolução
da
Administração
da
Produção
no
Brasil ... ..p.9
Conteúdo da
Estratégiade
Produção
... ..p. 1950
62
Dinâmica da
Melhoria Contínua
... ..p.Fluxo de
Produção de
um
Sistema de Telecomunicações
... ..p.Potenciais
Gargalos
... ..p.63
Subdivisões
da
Etapa
1 ... ..p. 71Síntese
dos
objetivos das subdivisões 1.1 e 1.2 ... ..p. 7173
74
75
76
76
Resumo
das atividadesda
subdivisão 3.1 ... ..p.78
Síntese
da
subdivisão 2.1 ... ..p.Objetivos
da
subdivisão 2.2 ... ..p.Resumo
dos
objetivosda
subdivisão 2.3 ... ..p.Objetivos
da
subdivisão 2.4 ... ..p.Objetivos
da
subdivisão 2.5 ... ..p.Resumo
dos
objetivos das subdivisões 4.1, 4.2 e 4.3 ... ..p. 81Resumo
da
subdivisão 5.1 ...82
Resumo
da
subdivisão 5.2 ... ..p. 8385
88
89
98
Capacidade
Futura ... ..p.100
Resumo
da
subdivisão 7.1 ... ..p.Características
chaves
x
conceitos ... ..p.Demanda
por Tecnologia de
Acesso
... ..p.Recursos
MateriaisX
Quantidade por Ativação
... ..p.Tabela
1:Tabela
2:Tabela
3:Tabela
4:Tabela
5:Tabela
6:Tabela
7:Tabela
8:Tabela
9:Tabela
10:Tabela
11Tabela
12:Tabela
13Tabela
14Tabela
15LISTA
DE TABELAS
Exemplos
de Operações
Produtivas ... ..p. 11Características
do
Sistema de Produção por Tipos de Operação
... ..p. 17Descrição
dos
Critériosde
Desempenho
... ..p.20
Descrição
de Áreas de Decisão
... ..p.20
Informações
Necessáriasa
um
Plano de Produção
... ..p.22
Critérios
Competitivos
paraOperações de
Serviços ... ..p.36
Áreas de Decisão
Estratégicasp/um
Sistema de Operações de
Serviço...p.37
Método
das Sete Etapas ... ..p. 51Levantamento da
Demanda
dasAtivações da Embratel/PR
... ..p.89
Postos
de Trabalho dos
Empregados da
Embratel
... ..p. 91Sub-Processos
x
Atividadesda
Terceirizada ... ..p.92
Atividades
x
Dados
Estatísticos ... ..p.93
Indicadores
de Ativação
EMBRATEL
... ..p.95
Indicadores Propostos ... ..p.
97
A
literatura especializadano
setor Administrativotem
reveladoque há
uma
década, a prestaçãode
serviços representavamais de
setentapor
centodos
empregos
oferecidosnos
Estados
Unidos, contraapenas
uma
porcentagem pequena
do
setor produtivo(FITZSIMMONS,
1998).Tal diferença, bastante considerável,
denota
a importânciaque 0
setorde
serviçosrepresenta atualmente para a sociedade mundial. Importância esta,
que
muitas vezes passa despercebidano
dia-a-dia, pois aprodução de bens
parece sero grande
conceitoque
cerca asociedade
no
cotidiano.Compram-se
bens:um
carro,um
notebook,uma
geladeira,um
sapatoe tantas outras coisas
que enaltecem o
sistema produtivo e são marcantes. Todavia, vai-seao
banco,
come-se
em
um
restaurante, telefona-se, acessa-se à Internet, contrata-seum
engenheiro,
um
arquiteto, faz-se viagensde
ônibus e avião e tantas outras situaçõesde uso da
prestação
de
serviços,que
passam
despercebidas enão
marcam,
senão
quando
se émal
atendido.Tal qual
o
carro chefe, os serviçosde telecomunicações
sofreramuma
verdadeiraevolução
nos
últimos trintaanos
(BARRADAS,
1995). Parte-se dascomunicações
unidirecionaisem
massa
-
rádio e televisão-
para ascomunicações
bidirecionais simultâneasem
grupo
ou
familiares
-
telefones residenciais-
erecentemente
para ascomunicações
pessoaismóveis
~
telefones celulares.Os
serviçosde
telecomunicações, aliás,deram
um
enorme empurrão
parao
rompimento
de
barreiras, globalizando países, costumes, valores e produtos.Produz-se bens
e serviçosem
um
extremo
do
mundo
econsome-se
estesmesmos
bens
e serviçosnoutro
extremo.
O
conceito central deste trabalho é ade que
prestadorasde
serviçosde telecomunicações
devem
ter sua áreade operações
tratadascomo
linhasde
produção.Onde
tem-se backbones
-
concentração
de equipamentos de telecomunicações
~
tem-se
a fábrica; eonde
tem-se
ospontos de
concentraçãode
clientes, tem-se mini-fábricas.Tanto
osbackbones,
como
aforma
de
ligação destes entre si e destescom
ospontos de
presençados
clientesfazem
partedo
serviço
de
telecomunicações.A
ligaçãodo
backbone
com
o
cliente éconhecida
como
Last1.1
Relevância
Este trabalho justifica-se pela necessidade
de
se buscarum
equilíbrio entredemanda
ecapacidade
de
ativaçãode
serviçosem uma
prestadorade
serviçosde
telecomunicações. Nesta,uma
distribuiçãonão uniforme da
demanda pode
proporcionar desviosquanto ao uso
dos
recursos relativos à capacidadede
ativação, ora sobre-dimensionando-os, ora sub- dimensionado-os.Tome-se
como
exemplo,
uma
operadora
qualquerque
passa as três primeirassemanas de
um
mês
com
capacidade ociosa ena
últimasemana
sofrepor
ausênciade
capacidade para suprir suasmetas de
entregade
serviços aos seus clientes. Estedescompasso
geradescontentamento
às áreas comercial, administrativa eoperações
da
prestadora
de
serviços.Buscando
solucionar este problema, partiu-se parauma
análisedo
problema da
gestãoda
capacidade e face
ao uso de
tecnologiasem
constante evolução, a solução deveria englobarum
processode
melhoria contínua.Voltado
para asempresas
operadorasde telecomunicações
e para osacadêmicos
com
estudo voltado para
Operações
em
Serviços, este trabalhobusca
auxiliarna
gerênciada
áreade operações de
uma
prestadorade
serviços, independentedo
porteda
mesma.
No
concorridomercado
brasileirode
telecomunicações, conquistar emanter
um
clientenão
são tarefas dasmais
fáceis.Desde
a venda,passando
pela implantação e ativação, atéo
pós-venda,há muito
trabalho paraque
sepossa
conquistar emanter o
cliente.Sendo
assim, este trabalho apresentauma
sistemáticade
gestãoda
capacidadeapoiada
na
análisede
melhoriados
processos voltados para a áreade
ativaçãode
serviços,deixando
aberta sua aplicação àsdemais
áreasde operações da
empresa,contemplando todos
osprincipais processos existentes
na
mesma, ou
particularmente àum
processoque
se queiraestudar.
1.2
Objetivos
O
objetivo geraldo
trabalho é elaboraruma
sistemáticade
gestãoda
capacidadeapoiada
na
análise e melhoriados
processos voltada para a áreade
ativaçãode
serviçosde
uma
operadora de
telecomunicações.Os
objetivos específicos são:-
Descrever
os sistemasde
telecomunicações dentroda
visãode
um
sistemade
produção;
-
Descrever
um
Método
de
Gestão da Capacidade apoiado na
análise e melhoriados
processos voltados para
uma
prestadorade
serviçosde
telecomunicações;- Aplicar
o
método
na
áreade
ativaçãode
serviçosde
uma
prestadorade
serviçosde
telecomunicações, identificando todas as fases e as soluções/resultados obtidas;
- Analisar os recursos
empregados
na
ativaçãode
serviçosde
uma
operadora de
telecomunicações.
1.3
Estrutura
A
parte teóricado
estudo foi realizada atravésdo método
dedutivo-indutivo,ou
seja,utilizou-se
um
método
de
investigação científica que, atravésde
pesquisa bibliográfica,reúne
os principais aspectos teóricos concernentes
ao
tempo
proposto.Em
seguida, tendo-se organizadoo
material bibliográfico, procedeu-se à elaboraçãode
uma
conclusão crítica.Na
parte práticado
estudo, elaborou-seum
Método
de Gestão da Capacidade
utilizando- seum
método
para soluçãode problemas
como
base,com
a finalidadede
aplicaçãoem
um
ambiente
realde
uma
prestadorade
serviçosde
telecomunicações, obtendo-se resultados verdadeiros.Este trabalho está dividido
em
seis capítulos,abrangendo
os seguintes conteúdos:O
capítulo 01 tratada
introduçãoao
trabalho,da
relevância teórica e práticado
trabalhopara os
acadêmicos
e para asempresas
atuantesno mercado
de
prestaçãode
serviçosde
telecomunicações,
uma
vez que
se tratade
um
estudode
caso.Na
seqüência são descritos osobjetivos geral e específicos
do
trabalho e sua estrutura;No
capituloO2
está a revisão bibliográficausada
parao desenvolvimento
do
método.
A
revisão estábaseada
em
dois tópicos:Planejamento
e Controleda
Produção
e aAdministração
de Operações
em
Serviços.Os
dois tópicos estãocolocados
com
o
objetivode modelar
a prestaçãode
serviçosem
telecomunicaçõescomo
uma
fábricaque produz continuamente
infinitos acessos para ligar seus clientes aosbackbones de
serviços;O
capítuloO3
tratados
Sistemasde Telecomunicações. Conceitos
relativos àstelecomunicações, as tecnologias e os principais serviços são apresentados neste capitulo
com
o enfoque de produção;
O
capítuloO4
apresentao
Método
de Gestão da Capacidade apoiado na
análise emelhoria
dos
processos para a prestaçãode
serviçosem
telecomunicações,baseado
no
Método
de
Sete Etapas.O
Método
de
Gestão da Capacidade
está divididoem
sete etapas;No
capítulo05 tem-se
uma
aplicação prática e realdo
método,
atravésda
prestadorade
serviçosde telecomunicações
EMBRATEL,
onde
se aplicao
método
na
Coordenação
de
Ativação de
Serviçosno
Paraná;Finalizando,
o
capítuloO6
apresenta a conclusãodo
trabalho e sugestõesde
melhoria ede
trabalhos futuros.1.4
Limitações
As
principais limitações encontradasna
realização deste trabalhoforam
relacionadasao
tempo,
à abrangênciaem
termos de
processos ede
região e aosdados
em
si.Quanto
ao tempo, demarcou-se
um
período para coletados
dados, elaboraçãodo
método
eaplicação
do
método.
No
primeiro período osdados de
campo
foram
coletados junto aos executantes das atividades edos
sistemasde
informaçõesda
organizaçãoem
estudo.No
segundo, que
ocorreuem
paralelocom
o
primeiro, foidefinido o
método
a ser utilizado para aanálise
de
melhoriado
processo.Num
terceiromomento
foram
aplicadas as soluções propostas pelométodo.
No
que
diz respeito à limitaçãodos
processos escolhidos,houve
uma
real limitaçãopor
questões
de
limitaro
estudo, pois são vários os processos existentesem uma
prestadorade
serviçosde telecomunicações de grande
porte.Da mesma
forma
limitou-se a regiãode
abrangência pelos
motivos da
própria organização internada
empresa,bem como
da
dificuldade
de
se obterdados de
outras regiões,que não o
Paraná.Quanto
aosdados
houve
limitaçõesquanto
aorigem dos dados
e sua coletano
tempo
pelomotivo da
Coordenação
de Ativação de
serviços ter sido criadaem
O1/O1/2000
e osdados
relativos aos processosde
ativaçãodo
passado
não
estarem disponíveisda forma
como
a utilizadana
realização deste trabalho.2
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1
Conceito
de
Sistemas
A
palavra “sistema”tem
muitas conotações:um
conjunto de elementos interdependentes e interagentes;um
grupo de unidades combinadas quefonnam
um
todo organizado e cujo resultado (output) é maior que o resultado que as unidades poderiam ter sefuncionassem independentemente.
O
serhumano,
por exemplo, éum
sistemaque consiste
em
um
número
de órgãosmembros,
e somentequando
estesfuncionam de
modo
coordenado ohomem
é eficaz. Similannente, pode-se pensar que a organização éum
sistema que consisteem
um
número
de partes interagentes.(CHIAVENATO,
1993).CHIAVENATO
(1993) resume que da definição de
Bertalanffy,o
sistema éum
conjuntode
unidades reciprocamente relacionadas, eque
destadefinição decorrem
dois conceitosrelativos à sistema:
o
propósito (objetivo) eo
globalismo (totalidade).O
propósito diz respeitoao
objetivodo
sistema,enquanto
o
globalismo anunciaque
todo
sistema
tem
uma
natureza orgânica, pela qualuma
ação que produza
mudança
em
uma
dasunidades
do
sistema,com
muita
probabilidadedeverá
produzirmudanças
em
todas as outrasunidades.
Quanto
à classificaçãodos
sistemas,pode-se
ter, aindasegundo
CHIAVENATO
(1993):-
quanto
à sua constituição, os sistemaspodem
ser fisicosou
abstratos:° Sistemas fisicos são aqueles
compostos
de
equipamentos,de
maquinaria ede
objetos e coisas reais.0 Sistemas abstratos
quando compostos
de
conceitos, planos, hipóteses e idéias.-
quanto
à sua natureza,pode-se
ter sistemas abertosou
fechados:
0 Sistemas fechados são aqueles
que não apresentam
intercâmbiocom
o
meio
ambiente
que
os circunda. Assim,não
interferem enão
recebem
interferênciado meio
extemo.
° Sistemas abertos são aquelesque apresentam
intercâmbiocom
o
ambiente, atravésde
entradas e saidas.
Há uma
trocade
matéria e energiacom
o
meio.Na
figura
1pode-se
observar os cincoparâmetros definidos por
CHIAVENATO
(1993),ø entrada
ou
insumo: é a partidado
sistemaque
fomece
o
materialou
energia para aoperação
do
sistema;o saída: os resultados
da operação
são as saídasdo
sistema;° processamento: é
fenômeno
que produz mudanças,
éo
mecanismo
de conversão
das entradas
em
saídas;0 retroação
ou
Alimentação de
retorno:tem
por
objetivoo
controleda operação
do
sistema;0 ambiente: é
o
meio
que
envolveextemamente
o
sistema.Ambiente
Entrada
SaidaProcessamento
Retroação
_Figura 1
-
Os
Parâmetros de
um
Sistema.2.2
Sistemas
de
Produção
Os
sistemasde produção nunca
estiveramem
destaquecomo
nos
diasde
hoje.Fruto de
uma
acirrada disputapor
mercados
globalizados, as organizações investemem
melhoriasdos
sistemas produtivos,
buscando
vantagens competitivas.Queda
de
barreiras alfandegárias,mercados
comuns,
privatizações,novas
tecnologias e concorrênciasem
limitespressionam
asorganizações para
que
seus sistemas produtivos sejam flexíveis, rápidosna
implantaçãode
novos
projetos eapresentem
baixoslead
times e estoques.Em
seu trabalho,PALOMINO
(1995), colocaque toda
empresa, parapoder
funcionar,adota
um
sistemade produção
com
vistas a realizar suasoperações
e produzir seusprodutos
ou
serviçosda melhor maneira
possível, ecom
isto garantir sua eficiência e eficácia.Um
Sistema de produçãocomeça
a tomar forma desde que sefomula
um
objetivo e se elege o produto que se vai comercializar. Destemodo,
todaempresa,
como
um
sistema de produção,tem
por finalidade organizar todos os setores que fazem parte damesma
para realizar suas operações de produção, adotandouma
interdependência lógica entre todas as etapas doprocesso produtivo, desde que as matérias primas ou materiais
deixam
o almoxarifado até chegar posteriormente (depois de sofreruma
alteração) aodepósito de produtos acabados na qualidade de produto final.
(PALOMINO,
l995)
MOREIRA
(2000)
define
sistemade
produção
como
o
conjuntode
atividades eoperações
inter-relacionadas envolvidasna produção de bens
ou
serviços.O
autor identifica algunselementos
constituintes fundamentaisno
sistemade
produção: os insumos,o processo de
conversão, os produtos/serviços e
o
subsistemade
controle,conforme
figura 2.Os
insumos
são os recursos aserem transformados
diretamente-
matérias-primas-
e os recursosque
movem
o
sistema-
mão-de-obra,
capital, instalações e outros -.O
processo de
conversão
muda
o formato
das matérias-primasem
manufatura,enquanto
em
serviços cria-seo
serviço.O
sistemade
controle objetiva assegurarque
asprogramações sejam cumpridas por
meio
de padrões
pré-estabelecidos.Como
o
sistemade produção
éum
sistema aberto, está sujeito às influências e restriçõesdo
meio
ambiente.Influências e restrições
Processo de conversão .
Insumos Produtos/serviços
Subsistema de controle
Figura 2:
Elementos
do
Sistemade
Produção
(MOREIRA,
2000).Estas influências e restrições
vêm
de duas
linhas: internas e extemas.As
intemas dizem
respeito às outras áreas funcionaisda empresa
(Marketing, Finanças,Recursos
Humanos
e outras).As
extemas
abordam
as condiçõeseconômicas
geraisdo
pais, as políticas eComo
sepode
observarna
definiçãode
MOREIRA
(2000), os sistemasde produção
não
tratamapenas
de
“fábricas”-
fabricaçãode
bens -mas
da
prestaçãode
serviços,também.
2.3 Histórico
Os
sistemas produtivostêm
suaorigem
associadaao gerenciamento
científicodo
iníciodo
século passado.
Tanto o
taylorismocomo
o fordismo transformaram toda
uma
forma de
produzir e viver.
Para
FURTADO'
(1999) a linhade
montagem
eo
consumo
de
massa
não
poderiam
ser entendidossem
estes dois representantes. _r
Taylor,
segundo
FURTADO
(1999), trouxe parao
universo fabrilum
novo
padrão na
forma de
organizaçãoe
gestão
do
trabalho,baseando-se
no
controle centraldos
tempos
emovimentos
envolvidosno
processo produtivo ena
separaçãodo
trabalhomanual
do
trabalho intelectual. Ainda, para Taylor, iniciativa eautonomia não
eram
categoriasque devessem
pertenceriaos trabalhadores,mas
sim aos gerentes.Para
os operários,cabiam
aexecução
dastarefas preestabelecidas pelos gerentes.
O
fordismo
complementou
o
trabalhode
Taylor atravésde
uma
visãoque contemplou
as relações sociaisextemas
e intemas à fábrica.Para
CLARKE
(1991),o fordismo
apresentouuma
revolução tecnológicano
que
tange à linhade
produção
emontagem,
separando-as,bem
como
na produção
em
massa
de
peças padronizadas.As
relações sociaisde produção
ede
consumo
também
evoluíramcom
Ford.O
modelo
japonêsde produção
ou
toyotismo desponta na
década de
setenta.FURTADO
(1999)
apresentaalgumas
característicasdo
toyotismo, taiscomo,
operação
simultâneade
diferentesmáquinas por
um
único-trabalhador, eliminaçãode
todo
e qualquer desperdício, taiscomo,
estoques intermediários e finais excessivos,tempo
reduzidode
preparação dasmáquinas,
defeitosou
retrabalho, etc.Em
suma
o toyotismo
eraum
fábrica sob pressão,produzindo na
quantidade certa eno
tempo
certo.No
Brasil,segundo
MACHLINE
(1994), a industrialização recebeu forteimpulso nos
periodos correspondente às
duas
grandes guerras,em
função
das dificuldadesde importação
de bens
industrializados.Dado
que
as indústriaseram
de
pequeno
porte, haviapreocupação
quase
juvenilnos
aspectosde
tecnologia,equipamentos
evolume
de
produção.Com
o
surgimento
da
indústria automobilísticana década de
cinqüenta e das primeiras escolasde
administração, os conceitos e práticasde
administraçãode produção
passam
a ser divulgados.O
quadro
a seguirmostra
aevolução da Administração
da Produção
no
Brasil.Quadro
l:Evolução da Administração da Produção
no
BrasilPeríodo 1957-1973 I974-1994
Características
contextuais
Prosperidade no cenário mundial Crescimento do PIB no Brasil
Entrada da indústria
automobilística Salto tecnológico
Início da influência do “modelo japonês”
Disseminação de novas técnicas de produção
Automação e infonnatização Sofistícação na gestão empresarial
“Agenda” Desenvolvimento de fomecedores Controle estatístico de qualidade Controle de custos
Engenharia econômica Gestão de projetos
Gestão e controle de estoques Relações humanas
Dinâmica de sistemas Organização e método
Organização industrial
Círculos de controle de qualidade Análise de valor
Campanhas
contra desperdícios DesburocratizaçãoMRP-Material requirements planning JIT- just in time
CAD-CAE-CAM-CIM
Fabricação flexível Ajuste rápido de máquinas Sistema de produção Toyota Células de manufatura Teoria das restrições
Controle da qualidade total
ISO
9000Fonte:
Adaptado
deMACHLINE
(1994).2.4
Funções
dos Sistemas
de Produção
Em
SLACK
et al. (1996) a funçãoprodução
é central para a organizaçãoporque produz
bens
e serviçosque
são a razãode
sua existência,mas
não
e' a únicanem,
necessariamente, amais
importante.Outras
funções existem epossuem
suas próprias responsabilidades,de
talforma que
todasdevem
estar ligadas àfunção produção,
com
vistas àum
objetivogrupos de
fiinções.A
primeira é dita principal e está divididaem
marketing, contábil-financeira e
desenvolvimento de
produto/serviço.A
segunda,conhecida
como
funçõesde
apoio
englobam
afunção
recursoshumanos,
compras
e engenharia/suporte técnico.Recursos . humanos Engenharia suporte técnico
Produção
Marketing Contabilidad e e finanças Desenvolvi mento de produto /serviçoFigura 3:
Função
Produção e Funções Relacionadas(SLACK,
1996).Para
TUBINO
(1997), os sistemas produtivosexercem
uma
sériede
funções operacionais,que
podem
seragrupadas
em
três categorias: Finanças,Produção
eMarketing (figura
04).Estes três
grupos
seguem
a tendênciade serem
Inter-relacionados, eliminando barreiras funcionais,que
limitamo
sucessodo
sistemade
produção.Assim,
as três funçõesdevem
tersuas atividades desenvolvidas
em
perfeita harmonia,num
livre trânsitode comunicação
para os reais objetivosde
melhoriado
sistemade
produção.í
Sistema de produção
Í
A
fiinçãoprodução
compreende
as atividadesde
fabricação,montagem,
armazenagem,
movimentação,
entretenimento, aluguel, permuta,empréstimos
e outras.A
tabela lnos
fornece
exemplos de operações
produtivas.Tabela
l:Exemplos
de
Operações
ProdutivasTipos de Operações Sistemas Produtivos
Produção de bens Manufaturas, constmção civil, estaleiros, minerações, agropecuárias.
Movimentação
earmazenagem
Correio, hotelaria, transportadoras, aerolinhas, entrepostos.Entretenimento e comunicação Estações de
TV
e rádio, clubes, estúdios de cinema, telecomunicações, jornais.Aluguel, permuta e empréstimos. Banco, operadora de leasing, seguradoras, locadoras de bens.
Fonte: Adaptado de
Tubino
(1997)A
funçãoprodução
transfonnainsumos
em
bens
ou
serviçospor meio de
um
ou
mais
processos adicionando valor aos
bens
ou
serviços duranteo
processode
transformação(figura
5).
1NsUMos
coNvERsÃo
sAÍDAs
Capital Cortar Bens
Trabalho Alugar Serviços
Materiais Transportar
Figura 5:
A
Função Produção
(TUBINO,
1997).Para
TUBINO
(1997)
afunção marketing
está encarregadade vender
epromover
osbens
e serviçosproduzidos por
uma
empresa,tomando
decisões sobre estratégiasde
publicidade e estimativasde
preços para osmesmos.
O
relacionamentodo
marketing
com
aprodução
sedá
atravésda informação
àprodução
acercada
demanda
dos produtos
ou
serviços emapeamento
sobre as potenciais necessidades
dos
clientes,ajudando sobremaneira o desenvolvimento de
novos
produtos.Dentro
destes enfoques,o marketing
buscará clientesque queiram acordos de
longo prazo
-
equilíbrioda
demanda
e alimentadores parao
desenvolvimento de novos
A
fimção
de
finanças,segundo
TUBINO
(1997), está encarregadade
administrar os recursos financeirosda
empresa
e alocá-losonde
forem
necessários.Orçamentação,
acompanhamento
de
receitas e despesas, provisãode
fundos, aplicações,novos
investimentos,fluxo
de
caixa e outros são funçõesde
finanças.Em GITMAN
(1997) pode-se
definir“finanças”
como
a arte e a ciênciade
administrar fundos. Elaocupa-se
do
processo, instituições,mercados
e instrumentos envolvidosna
transferênciade fundos
entre pessoas,empresas
e governos.GAITHER
(2001)
descreveque
gerentesna função marketing
são responsáveispor
criardemanda
para osprodutos
e serviçosde
uma
organização; os gerentesna função de finanças
são responsáveis
por
atingir os objetivos financeirosda firma;
e os gerentesde operações
administram
o
sistemade
produção,tendo
como
principalpreocupação
as atividadesdo
processode
transformaçãoou
produção.Além
destas três funções básicas,TUBINO
(1997) cita quatro funçõesde
suporte:~
engenharia: responsávelpor
todas as atividades técnicasdo
projetodos
produtos,dos
processosde
fabricação emontagem
dos bens
ou
serviços;-
compras ou
suprimentos: cuja função é supriro
sistema produtivocom
asmatérias-primas,
componentes,
materiais indiretos eequipamentos
necessários àprodução dos bens
ou
serviços;-
manutenção:
encairegadade manter
osequipamentos
e instalaçõesdo
sistemade
produção
em
perfeitas condiçõesde
atividade;-
recursoshumanos:
cuja responsabilidade é recrutar, contratar e treinar osnovos
eantigos
empregados
da
organização.Deverá
atuartambém
no
relacionamentocom
os sindicatos, discutindo a política salarial enegociando
contratos.2.5
Tipos
de
Sistemas
de Produção
PALOMINO
(1995) descreveem
seu trabalho os tiposde
sistemasde produção, que
resumem-se
em
dois grandes grupos:produção
continua eprodução
intermitente.A
produção
intermitentepor
suavez
está divididaem
produção
em
lotes eprodução
sobencomenda.
O
sistemade produção
continua é caracterizado pelogrande
volume
de produção, produto
padronizado
eprodução de grandes
lotesde cada
vez.O
ritmode produção
é acelerado e asoperações
são executadassem
interrupçãoou
mudança.
O
sistemade
produção
intermitente diz respeito àprodução
nas quais as instalaçõesdevem
ser suficientemente flexíveis paramanejar
uma
ampla
variedadede produtos
etamanhos.
O
sistemade produção
em
lotes é caracterizadopor
produziruma
quantidade limitadade
um
tipode produto de cada
vez,conhecida
como
lotede
produção.Os
lotesde produção
sãoproduzidos
um
a seguirdo
outro, fazendocom
que
a organização estabeleçaum
planode
produção
antecipadocom
o
objetivode
melhor
aproveitar seus recursosde
produção.O
sistemade produção
sobencomenda
é tratado sobencomenda, o
que
permite à organizaçãomontar
um
plano especifico para atende-la.Geralmente
os pedidos sãode
natureza
não
repetitiva e as quantidadespodem
variarde
um
a centenasde
unidades.2.6
Modelos de
Sistemas
de Produção
Segundo
PALOMINO
(1995),modelo
é a representaçãode
alguma
coisa,podendo
serdefinido
como
a representação simplificadade
um
sistemacom
o
propósitode
estudaro
mesmo.
A
definição
de
modelo
está intimamente ligada àdefinição de
cibemética, cujadefinição
éuma
ciênciada comunicação
edo
controle, sejano
animal (seres vivos) sejana
máquina.
PALOIVHNO
(1995) observa que
osmodelos
são importantesporque permitem
representar sistemas, jáque
são réplicasou
abstrações das caracteristicas essenciaisde
um
processo,além
de mostrarem
a reação entre causa e efeito e entre objetivos e restrições. Assim, osmodelos
podem
ser classificadosem
modelos
matemáticos, fisicos e esquemáticos.O
modelo
matemático
usanotação
simbólica eequações matemáticas
para representar ossistemas.
É
fácilde
manipular,o
efeito das variáveis interatuantes se aprecia claramente e,acima de
tudo, éum
modelo
preciso.O
modelo
fisico éuma
réplicada
realidadecom
mudança
de
escala. Pode-se, entãoaumentar
osmodelos
microscópiosou
reduzir osmodelos
com
enormes
estruturas.Na
O
modelo
esquemático
fazuso de
gráficos, diagramas, redes e outros.Todos
representama realidade.
Como
exemplo,
aevolução de
um
determinado preço
pode
serobservada
atravésde gráficos
bidimensionais.CASTRO
(1997)
apresentaum
exemplo da
aplicaçãodo modelo
matemático
em uma
fábricade
leitecom
chocolate.O
autor enfatizaque o
tratamentomatemático
do
planejamentoda produção toma-se mais complicada
quando
existem significantestempos
de
setup,ou
múltiplosprodutos sendo produzido
com
asmesmas
facilidades.O
modelo
proposto
considera a
demanda
como
sendo
estocástica.As
demandas
paracada
diado
ano
são tratadascomo
independentes e identicamente distribuídaspor
variáveisrandômicas
com
a distribuiçãoda
probabilidade conhecida.A
taxade
defeitosdo
processode produção
é tratadacomo
constante,sendo
que
se levouem
conta os estoquesno modelo.
2.7
Planejamento
eControle
da Produção
-PCP
As
atividadesdo
PCP
são desenvolvidaspor
um
departamento de
apoio àprodução
ebuscam
coordenar
e aplicar os recursos produtivosde
forma
a atendero
planejamentoestratégico, tático e operacional.
Caberá ao
PCP
administrartodos
os recursoshumanos
efisicos
do
sistema produtivo para atingir asmetas
e estratégias preestabelecidas.Segundo
TUBINO
(1997) o
PCP
administraum
conjuntode
informações coletadas junto àEngenharia de
produtos,Engenharia de
processo, Marketing,Compras, Manutenção,
Recursos
humanos
e Finanças,proporcionando
um
relacionamento direto e indiretocom
todasmarketing
, Planejamento-mestre da
Previsão de vendas produção
<i___¡
l Pedidos
em
carteira y : , Plano-mestre da produção 1-LJ-
Avalação de desempenho Programação da produção0 Administração dos estoques l
0 Seqüenciamento
o Emissão e liberação de ordens
-‹
Ú
Departamento de 'o .-1 hamento e controle da prodl çacompras Ordens de Ordens de
Ordens de
ompan
compras fabricação
montagem
Pedido de compras|
Ac
7
ai
Fomecedores Estoques Fabricação e
í
l I
[
Clientes
]
P-J
Figura 6:
Visão
Geral das Atividadesdo
PCP
As
atividades exercidas peloPCP,
figura
O6,abrangem
três níveis:planejamento estratégico
da
produção: estabeleceum
planode produção
paraum
períodode longo
prazosegundo
as estimativasde vendas
e disponibilidadede
recursos financeiros e produtivos.
Neste
caso trabalha-secom
famíliade produtos
ou
serviços;planejamento-mestre
da
produção: estabeleceum
plano detalhadode produtos
finais, detalhado amédio
prazo, período a período, a partirdo
planode produção.
Neste
plano-PMP-
especifica-se itens finaisque fazem
partes das famíliasde
produtos
ou
serviços.Adotam-se
os pedidosde
carteira jáconfirmados.
programação da
produção:com
baseno
PMP
enos
registrosde
controlede
estoques, aprogramação da produção
estabelece a curtoprazo quanto
equando
Da
programação da produção
saem
asordens de compra, ordens de
fabricação e ordensde
montagem.
TUBINO
(1997)
citatambém
o
acompanhamento
e controleda produção, que por
meio
de
coleta e análisede
dados,busca
garantirque o
programa
de produção
emitido sejaexecutado
a contento. Esteacompanhamento
já está disponível naforma
informatizada, atravésde
coletores automatizados,que aceleram o
PCP
e a produção.KUMAR
(1999)
afimia
que o
PCP
possuiuma
importantefunção
gerencialem
qualquersituação
de produção.
A
tradicionalabordagem do
PCP
requerque
osdados de
custos dasentradas, custos
de processamento,
preçosde venda
das saídas e a previsãoda
demanda
estejam disponíveis.
Em
seu artigo,KUMAR
(1999)
descreve doismodelos não
lineares parao
PCP
baseados na
eficiênciado
DEA
(Data Envelopment
Analisys).O DEA
éum
programa
de aproximação matemática usado
para avaliar a relativa eficiênciade
um
grupo.O
DEA
utiliza a razão entre os
agregados de
entrada e osde
saídacomo
uma
medida
de
eficiência.2.8 Classificação
dos Sistemas
de
Produção
Em
sua obra,TUBINO
(1997)
cita trêsformas de
classificar os sistemasde produção: por
grau de padronização dos
produtos,por
tipode operações
e pela naturezado
produto.Segundo o
grau de padronização dos produtos
fabricados pelos sistemas produtivos,pode-
se ter:
produtos padronizados que apresentam
altograu de uniformidade
sãoproduzidos
em
grande
escala, estão à disposiçãono mercado
e seus sistemas produtivos estão organizadosde
forma
padronizada; e osprodutos
sobmedida
cujosbens
ou
serviços são desenvolvidos paraum
cliente específico,como
no
casode
um
navioou
um
vestido personalizado.De
acordo
com
o
tipodeoperações, os
sistemas de'produção poderão
ser: processoscontínuos e processos discretos.
Os
processos contínuos, cujosbens
não
podem
ser identificados individualmente,apresentam
alto investimento,mão-de-obra
paraoperação
e têm-secomo
exemplo
aprodução de
energia elétrica, petróleo e seus derivados,produtos
químicos
e outros.Os
processos discretos, cujobem
ou
serviçopode
ser isoladosem
lotesou
unidades,
poderão
ser repetitivosem
massa
-produção
em
larga escala -, repetitivosem
lote-
-d"
T'dO
`Tabela
2: Característicasdo
Sistemade Pro uçao por
ipos eperaçao
Contínuo Repetitivo massa
Repetitivo
em
Projetolotes
Volume
de produção Alto Alto Médio Baixo Variedade de produtos Pequena Média Grande Pequena Flexibilidade Baixa Média Alta Alta Qualificação daMOD
Baixa Média Alta Alta Layout Por produto Por produto Por processo Por processo Capacidade ociosa Baixa Baixa Média AltaLead times Baixo Baixo Médio Alto
Fluxo de informações Baixo Médio Alto Alto Produtos Contínuos
Em
lotesEm
lotes Unitário Fonte: Adaptado de Tubino (1997)Por
último têm-se os sistemasde produção
pela naturezado
produto,onde
se verifica a diferenciação entreproduto
e serviço.Se o produto
fabricado é tangível diz-seque tem-se
uma
manufatura de
bens; sepor
outro lado,o produto
é intangível, diz-seque o
sistemade
produção
éum
prestadorde
serviços.2.9
Planejamento
Estratégicoda Produção
O
planejamento estratégicobusca
analisar as tendências condicionantesdo
ambiente
e os recursosda
organizaçãocom
o
objetivode
determinar amelhor
altemativa entreoportunidades e recursos.
A
missão da
organização é a razãoda
existênciada
mesma.
TUBINO
(1997)
comenta
que
deve
fazer parteda missão
uma
claradefinição de
qual éo negócio
em
que
se estáatuando
equal deverá sê-lo