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Metodologia de Síntese de Benzoatos de Fenila Nitrados com Potencial Bactericida

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Academic year: 2021

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Michael Jackson Vieira da Silvaa; Camila Santos Suniga Tozattia*; Davana Silva Golçalvesb

Metodologia de Síntese de Benzoatos de Fenila Nitrados com Potencial Bactericida

Methodology for Synthesis of Phenyl Benzoate Nitrated With Bactericidal Potential

aUniversidade Estadual de Maringá, PR, Brasil bVitagri Industria, Comércio e Serviços Ltda, PR, Brasil

*E-mail: camilasuniga@gmail.com Resumo

Compostos aromáticos com substituintes nitro apresentam elevada toxidade, a qual propicia o emprego como bactericidas e limita sua aplicação farmacológica. Partindo do principio da latenciação, tendo como partida o 2 e 4-nitrofenol, toxicamente potencializados, devido ao radical hidroxila, propôs-se metodicamente sua esterificação, via haleto de acila, objetivando a síntese de benzoatos de fenila nitrados e, consequentemente, a redução toxicológica. A esterificação foi realizada em meio água/acetona, durante 30’, pH 7-8, obtendo rendimentos de 64,5% a 95,0%, dependente da orientação do grupamento nitro. Tal metodologia se apresenta compatível com as descritas na literatura, embora, satisfatoriamente, em curto intervalo de tempo.

Palavras-chave: Nitrocompostos. Bactericidas. Esterificação.

Abstract

Aromatic compounds with nitro substituents present high toxicity, which provides the use as bactericides and limits the pharmacological use. Based on the principle of latentiation, with the starting 2 and 4-nitrophenol, toxically leveraged due to the radical hydroxyl, the purpose of this study is the esterification of this comound via acyl halide, aiming at the synthesis of nitro phenyl benzoates, which present reduced toxicological properties.The esterification was carried out in water / acetone for 30 ‘, pH 7-8, presenting 64.5% to 95.0% yields, dependent on the orientation of the nitro grouping. This methodology is compatible with those described in the literature, although in a short time interval.

Keywords: Nitro compounds. Antibacterial. Etherification.

1 Introdução

O grupo nitro está presente em uma variedade de substâncias que apresentam atividade antimicrobiana e antiparasitária, como por exemplo: furazolidona (1), metronidazol (2), secnidazol (3), tinidazol (4), cloranfenicol

(5), nitrofurantoína (6), nitrofural (nitrofurazona, NF) - atividade antimicrobiana (7), oxamniquina – atividade esquistossomicida (8) e benznidazol (BZN) (9), como também em outras diversas classes terapêuticas (Figura 1) (BOSQUESI et al., 2008).

Figura 1: Estrutura química de fármacos que apresentam o grupo nitro

Fonte: BOSQUESI et al. (2008)

O N O N O N O2 1 N N CH3 O2N OH 2 N N CH3 O2N OH CH3 3 4 N N CH3 O2N S O O CH3 OH OH H N H O Cl Cl H O2N 5 O N N NH O O O2N 6 O N NH NH2 O O2N 7 N H O H NH CH3 CH3 O2N 8 NH O N N N O2 9

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A atividade biológica de compostos nitrados é dependente da presença do grupo nitro e resulta basicamente, de mudanças na estabilidade do mesmo, intermediada por interações entre o nitrocomposto e o seu alvo na biofase. Em nível molecular estas mudanças ocorrem devido à facilidade de redução do grupo nitro, característica resultante de seu caráter fortemente aceptor de elétrons, (KOROLKOVAS; BURCKHALTER, 2008; YAN, 2005) a qual confere a formação de radicais livres, os quais têm vida curta, embora suponha que esta seja suficientemente longa para migrar do local de produção para os vários alvos biológicos ou mesmo que sejam formados junto ao local de ação, podendo reagir com o DNA, com toxicidade preferencial para células bacterianas e parasitárias (PAULA; SERRANO; TAVARES, 2009), onde, segundo Edwards (1993), causa quebra e desestabilização da hélice. Sendo o grau de dano relacionado com a composição da fita, o qual se agrava com a presença de Adenina e Timina no DNA. O efeito biológico, em alguns casos, pode também resultar da interação desses compostos com receptores específicos da biofase, sem que a redução catalítica do grupo nitro seja o elemento essencial da bioatividade do composto (PAULA; SERRANO; TAVARES, 2009).

A utilização do grupo nitro na obtenção de novos fármacos apresenta uma restrição devido ao aumento da potencialidade de toxicidade do mesmo (BOSQUESI et al., 2008), a qual, segundo Tocher (1997); Xu, et al. (2002), está relacionada indiretamente com a cadeia a qual o grupamento nitro se encontra ligada, sendo a presença do mesmo ligado a anéis aromáticos indispensável a tal toxidade, e também a proporção e a posição (orientação) desses grupamentos. No entanto, é possível diminuir esta toxicidade utilizando a estratégia de latenciação, na obtenção de pró-fármacos. A qual consiste, basicamente, na transformação do fármaco em forma de transporte inativo, que, in vivo, mediante reação química ou enzimática, libera a porção ativa no local de ação ou próximo (CHUNG et al., 2005). Segundo Korolkovas; Burckhalter, 2008, entre os diversos meios de preparar pró-fármacos, usam-se a formação de ésteres, como por exemplo, na latenciação do clorofenicol, o qual apresenta sabor amargo dificilmente mascarado em preparações orais, e quando transformado em éster palmitato o mesmo torna-se iníspido (TAKATA et

al., 1995) e também na obtenção do ácido acetilsalicílico

via esterificação do ácido salicílico, reduzindo os riscos de irritação gástrica, permitindo assim, sua utilização em casos de tratamento prolongado (CHUNG; FERREIRA, 1999).

Esterificação pode ser considerada como a transformação de ácidos carboxílicos, ou seus derivados, em ésteres (OTERA, 2010), sendo a reação de esterificação de Fischer um dos principais métodos para síntese dos mesmos (COSTA et al., 2004): reação entre ácido carboxílico e álcool produzindo éster e água (JI-YEOU et al., 2010), geralmente catalisada por um doador de prótons, como o ácido sulfúrico ou sulfônico (LIM et al., 2009). Segundo McMurry (2005), Bruice (2006), a reação de esterificação fundamenta-se na reatividade

das substâncias carboniladas, a qual reside na polaridade do grupamento carbonila, onde o oxigênio, devido maior eletronegatividade, propicia a retirada indutiva de elétrons do carbono carbonílico, o qual adquire característica eletrofílica, deficiência de elétrons, e por esta razão pode-se prever que será atacado por uma substância rica em elétrons - nucleófilo. Quando um nucleófilo ataca o carbono carbonílico de um ácido carboxílico ou de um derivado de ácido carboxílico (Figura 2), a ligação π carbono-oxigênio quebra e um intermediário tetraédrico é formado. De modo geral, uma substância que tem um carbono sp3 ligado a um átomo de oxigênio será instável se o carbono sp3 estiver ligado a outro átomo eletronegativo. O intermediário tetraédrico, portanto é instável porque X e Z (Figura 2) são átomos eletronegativos. Um par de elétrons livres no oxigênio refaz a ligação π, e tanto X- (k

2) ou Z- (k -1) é eliminado com seus elétrons da ligação (Figura 2). A eliminação de X- ou Z- depende de suas basicidades relativas, sendo a base mais fraca preferencialmente eliminada, pois a mesma não compartilha seus elétrons tão bem quanto uma base forte, caracterizando assim a formação de uma ligação fraca, uma ligação mais fácil de romper.

Figura 2: Mecanismo da reação de substituição nucleofílica acílica

Fonte: Bruice (2006)

Partindo de compostos nitrados como o 2-nitrofenol e 4-nitrofenol, os quais apresentam grande toxidade (ATSDR, 1992; VETC, 2007), proporcionada principalmente pela presença dos grupamentos nitro e hidroxila ligados aos anéis aromáticos, objetiva-se o desenvolvimento de metodologia de síntese de esterificação, via cloreto de acila, dos mesmos e do fenol (Esquema 1).

Esquema 1: Protocolo de síntese de benzoatos de fenila

substituídos. Onde i = pH 7-8 (NaOH) / H2O/acetona / 30’ / t.a. e

ii = pH ácido (HCl) ou fortemente básico (NaOH) / H2O / 30’ / t.a.

X R O : : + Z:- kk1 -1 sp2 Z R O -X : : sp3 k 2 k-2 R Z O : : + X: -sp2 O R1 Cl OH R2 R3 O O R1 R2 R3 O O R3 R2 R1 OH O R1 + + ii i 64,5 - 95,0% 1a R1=H 1b R1=NO2 2a R2=H; R3=H 2b R2=NO2; R3=H 2c R2=H; R3=NO2 3a-3f 3a-3f 4a-b 3a R1= R2= R3=H 3b R1= R3=H; R2=NO2 3c R1= R2=H; R3=NO2 3d R1=NO2; R2= R3=H 3e R1= R2= NO2; R3=H 3f R1= R3= NO2; R2=H 4a R1=H 4b R1=NO2 1' 2' 3' 4' 5' 6' 1 1'' 6'' 4'' 3'' 2'' 5''

(3)

2 Resultados e Discussão 2.1 Síntese

Com relação à metodologia proposta, adotou-se como pH do meio reacional a faixa de 7,0 - 8,0 (Esquema 1. Condição

i), nesta faixa já ocorre a formação do fenolato e não ocorre a

hidrólise do cloreto de ácido. A utilização parcial de acetona, como solvente reacional, visa à solubilização dos fenóis nitrados e diminuição da fase aquosa (Esquema 1. Condição

i), visto que a mesma se comporta nucleofilicamente,

proporcionando a produção de ácido carboxílico (Esquema 1. Condição ii).

A purificação foi feita através de recristalização, tendo como solvente a mistura de água/etanol/acetona em diferentes proporções (ver seção experimental). Ao analisar tais proporções é possível observar que a polaridade dos compostos está relacionada com a presença e com a posição do grupo nitro:

POLAR...3a > 3b > 3c = 3d > 3f...APOLAR De acordo com a ordem descrita acima, o grupamento nitro na posição para (4) diminui a polaridade dos compostos quando comparado a disposição do mesmo na posição orto (2).

Quanto aos rendimentos de sínteses dos compostos obtidos (ver seção experimental), observa-se grande variação, a qual pode ser relacionada aos reagentes de partida empregados. Dentre os compostos 3a-3c, onde se empregou o mesmo haleto de acila (cloreto de benzoila), podem-se dispor os mesmos em ordem decrescente de rendimento: 3c > 3a > 3b, a qual está diretamente relacionada aos fenóis empregados, onde para síntese do composto 3b se empregou o 2-nitrofenol, o qual apresenta estrutura molecular sugestiva ao baixo rendimento, pois o grupamento nitro em posição

orto, interage intramolecularmente com o hidrogênio da

hidroxila dificultando a desprotonação do nitrofenol. Já o elevado rendimento do composto 3c está relacionado a disposição do grupamento nitro, do 4-nitrofenol, na posição para, não interagindo intramolecularmente com o hidrogênio hidroxílico, como no 2-nitrofenol e promovendo o “enfraquecimento” da ligação O-H da hidroxila, devido forte caráter aceptor de elétrons, favorecendo a desprotonação da mesma. Com relação aos compostos 3d e 3f a ordem de rendimento de síntese observada é 3f > 3d, a qual também é atribuída à presença do grupo nitro na posição para no fenol.

2.2 Pureza e Identificação estrutural

Quanto à pureza dos compostos sintetizados, adotou-se a determinação do ponto de fusão como critério avaliativo. Cada composto apresentou pequena faixa de fusão (ver seção Experimental), o que sugere alta pureza dos compostos em análise.

A identificação estrutural baseou-se, preliminarmente, no teste do hidroxamato, análise qualitativa funcional de éster, a qual consiste na reação entre éster e cloridrato de hidroxilamina em meio alcalino, gerando como produto o sal alcalino do ácido hidroxâmico, o qual, quando tratado com solução de cloreto férrico confere a solução coloração intensa violácea, devido à formação de complexo entre o sal alcalino do ácido hidroxâmico e o íon ferro III. Todos os compostos sintetizados apresentaram resultados positivos perante o teste.

Em relação aos espectros obtidos através de IV, as bandas observadas podem ser relacionadas entre si, através do estiramento do grupamento carbonila, confirmando a presença de compostos carbonilados, estiramentos assimétricos acoplados de C-C(=O)-O e O-C-C, caracterizando a funcionalidade éster, estiramento C=C de aromático e estiramento C-H - carbono hibridizado em sp2 (aromático), ambas confirmando a presença do anel aromático. O diferencial observado nos espectros são as bandas de estiramento assimétrico e simétrico de N=O, as quais de acordo com Silverstein (2007) caracterizam a presença do grupamento nitro, sendo as mesmas observadas apenas nos espectros dos compostos 3b, 3c, 3d e 3f, caracterizando-os como ésteres aromáticos nitrados. Vale também ressaltar, os diferentes deslocamentos das bandas de absorção observadas para o estiramento C=O (carboxila) dos diferentes compostos sintetizados. Onde, segundo Bruice (2006), a presença de átomos ou grupamentos fortemente aceptores de elétrons, próximos ao grupamento carboxila, proporcionam o deslocamento da banda de absorção da carboxila para frequências mais elevadas, devido à mesma adquirir maior caráter de ligação dupla (Figura 3), enquanto que átomos ou grupamentos doadores de elétrons, deslocam a banda de absorção para frequências menores, devido à carbonila adquirir menor caráter de dupla ligação (Figura 3). De acordo com os dados dispostos na seção experimental, pode-se observar que dentre os compostos sintetizados, a banda de absorção da carbonila do composto 3a apresenta-se em menor frequência quando comparada à banda dos demais compostos. Fato o qual se deve à presença dos grupamentos nitro, caracterizados como aceptora de elétrons, permitindo assim, mais uma vez, a confirmação da presença do grupamento nitro nos compostos 3b, 3c, 3d e 3f. Com relação às bandas características de absorção de –CH angular fora do plano (carbono hibridizado em sp2) na região de 900-675 cm-1, as quais caracterizam a posição dos substituintes no anel aromático, não foram analisadas, pois, segundo Silverstein (2007), interações entre a frequência de deformação angular fora do plano de NO2 e de C-H do anel as tornam pouco confiáveis, com exceção do composto 3a, onde duas bandas fortes são apresentadas, caracterizando anéis aromáticos monossubstituídos (SILVERSTEIN, 2007), informação a qual confirma a estrutura do composto 3a proposta no Esquema 1.

(4)

Figura 3: Estruturas de ressonância para os compostos 3a e 3b.

As análises por RMN de 13C e 1H mostraram que os compostos sintetizados apresentam deslocamentos químicos semelhantes.

O carbono 1 dos compostos apresenta sinal protegido devido ao efeito de ressonância que ocorre nos ésteres, o sinal nestes compostos aparece próximo de 165,00 ppm. Estes sinais são pequenos devido ao efeito over-noe quando se irradia o H, aumenta-se o sinal do carbono correspondente e, como o carbono da carbonila não possui hidrogênio, o sinal é pequeno. Após os carbonos da carbonila, os mais desprotegidos são os C que estão diretamente ligados a átomos de oxigênio, neste caso os carbonos 1’’ com sinal próximo de 151,00 ppm, embora os compostos 3b, 3c e 3f apresentaram variações, as quais podem ser atribuídas ao efeito g do grupamento nitro (composto 3b) e à presença do mesmo no carbono 4” (compostos 3c e 3f), o qual propicia a desproteção do carbono 1”. Os sinais referentes aos C dos CH aromáticos são diferenciados através da presença do substituinte nitro que desprotege estes carbonos.

Os espectros de 1H para os compostos sintetizados apresentam os sinais característicos dos anéis aromáticos substituídos – no composto 3a ambos os anéis monossubstituídos, 3c e 3d um anel monossubstituído e outro

para-substituído, 3f ambos os anéis são para-substituídos e

em 3b um anel monossubstituído e o outro orto-substituído (ver seção experimental).

3 Conclusão

O método descrito mostrou-se eficiente para o preparo dos benzoatos de fenila nitrados, embora quando se utilizou dos reagentes de partida 2-nitrofenol ou cloreto de 4-nitrobenzoila, observou-se decréscimo do rendimento de síntese.

Com relação à caracterização dos produtos obtida via análise espectroscópica no infravermelho, não foi possível distinguir os compostos 3b, 3c, 3d e 3f, quanto à posição do substituinte nitro ligada aos anéis aromáticos, pois as bandas

1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O + : : 1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O -1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O -1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O -+ + : : : ..: :.. : 3a 1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O N+ O -O 1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O N+ O -O -1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O N+ O -O -1' 6' 2' 5' 3' 4' 1 O O N+ O -O -+ + + 3b

de absorção de deslocamento angular fora do plano de C-H, as quais caracterizam a posição dos substituintes no anel aromático, sofrem influências da frequência de deformação angular fora do plano de NO2. No entanto, partindo da elucidação dos espectros de RMN de 13C e 1H, foi possível caracterizar estruturalmente os compostos sintetizados. Experimental

Síntese

Em um erlenmeyer de 250 mL foi preparada uma solução aquosa de NaOH (50 mL, 0,3 mol.L-1) e neste foi adicionado o respectivo fenol (15 mmol), previamente dissolvido em acetona (100 mL); a mistura foi submetida a agitação por cerca de quinze minutos sob monitoramento de pH, onde, sob agitação acrescentou-se o cloreto de acila (15 mmol) mantendo o pH entre 7,0 – 8,0. Após 30 minutos rotaevapou-se a acetona e o produto foi filtrado a vácuo e lavado com água gelada. O produto obtido foi um sólido branco, o qual foi recristalizado em água/etanol/acetona. Todos os processos de purificação foram acompanhados por cromatografia em camada delgada (CCD), com eluente acetato de etila/hexano (1/7) e revelação em vapores de iodo. Realizaram-se as análises dos produtos obtidos através do ponto de fusão, do teste hidroxamato (CORREIA; TAVARES; FILHO, 2006) e das técnicas de espectroscopia na região do infravermelho (IV) e de ressonância magnética nuclear de H1 e C13.

Benzoato de Fenila (3a)

Rendimento: 13,05 mmol (87%); PF: 69–72 °C - lit. 70 °C (disponível comercialmente, Aldrichchemical, Inc); Solvente de recristalização: 1/2/0 (H2O/EtOH/Acetona); I.V. (KBr): n = 1730 cm-1 (C=O), n

ar. = 1487 cm-1 (C=C), nas. = 1262 cm-1 (C-C(=O)-O), nas. = 1198 cm-1 (O-C-C), n

ar. = 3098 / 3058 cm-1 (C-H), d f.p = 693 / 751 cm-1 (C-H); 1H RMN (300 MHz, CDCl3): d = 7,23 (H-2’’ e H-6’’, d, J = 7,50 Hz, 2H), 7,29 (H-4’’, m, 1H), 7,43 (H-3” e H-5”, m, 2H), 7,52 (H-3’ e H-5’, m, 2H), 7,64 (H-4’, m, 1H), 8,22 (H-2’ e H-6’, m, 2H); 13C RMN

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(75 MHz, CDCl3): d = 121,93 (C-2” e C-6”), 126,10 (C-4”), 128,78 (C-3’ e C-5’), 129,70 (C-3” e C-5”), 129,82 (C-1’), 130,38 (C-2’ e C-6’), 133,78 (C-4’), 151,20 (C-1”), 165,40 (C-1). Os dados de RMN estão de acordo com a literatura (TOZATTI, 2010).

Benzoato de 2-Nitrofenila (3b)

Rendimento: 9,67 mmol (64,5%); PF: 54–56 °C; Solvente de recristalização: 2/5/0 (H2O/EtOH/Acetona); I.V. (KBr): n = 1738 cm-1 (C=O), n

as. = 1524 cm-1 (N=O), nsi. = 1350 cm-1 (N=O), nar. = 1600 cm-1 (C=C), n as. = 1258 cm-1 (C-C(=O)-O), nas. = 1217 cm-1 (O-C-C), n ar. = 3106 / 3083 cm-1 (C-H); 1H RMN (300 MHz, CDCl3): d = 7,40 (H-2’’, m, 1H), 7,45 (H-4’’, m, 1H), 7,54 (H-3’ e H-5’, m, 2H), 7,68 (H-4”, m, 1H), 7,72 (H-3”, m, 1H), 8,16 (H-5”, d, J = 8,10 Hz, 1H), 8,22 (H-2’ e H-6’, d, J = 7,50 Hz, 2H); 13C RMN (75 MHz, CDCl 3): d = 125,61 2”), 126,06 4”), 126,84 5”), 128,68 (C-1’), 128,92 (C-3’ e C-5’), 130,74 (C-2’ e C-6’), 134,36 (C-4’), 134,86 (C-3”), 141,00 (C-6”), 144,58 (C-1”), 164,59 (C-1). Benzoato de 4-Nitrofenila (3c)

Rendimento: 14,25 mmol (95,0%); PF: 144–146 °C; Solvente de recristalização: 0/2/1 (H2O/EtOH/Acetona); I.V. (KBr): n = 1738 cm-1 (C=O), n

as. = 1520 cm-1 (N=O), nsi. = 1347 cm-1 (N=O), nar. = 1591 cm-1 (C=C), n as. = 1249 cm-1 (C-C(=O)-O), nas. = 1207 cm-1 (O-C-C), n ar. = 3114 / 3077 cm-1 (C-H); 1H RMN (300 MHz, CDCl3): d = 7,44 (H-2’’ e H-6”, d, J = 6,90 Hz, 2H), 7,56 (H-3’ e H-5’, t, J = 7,65 Mz, 2H), 7,70 (H-4’, t, J = 7,50 Mz, 1H), 8,22 (H-2’ e H-6’, d, J = 9,30 Mz, 2H), 8,34 (H-3” e H-5”, d, J = 9,00 Mz, 2H); 13C RMN (75 MHz, CDCl3): d = 122,85 (C-2” e C-6”), 125,50 (C-3” e C-5”), 128,78 (C-1’), 129,01 (C-3’ e C-5’), 130,55 (C-2’ e C-6’), 134,47 (C-4’), 145,65 (C-4”), 155,96 (C-1”), 164,46 (C-1). 4-Nitrobenzoato de Fenila (3d)

Rendimento: 10,42 mmol (69,5%); PF: 128–130 °C; Solvente de recristalização: 0/2/1 (H2O/EtOH/Acetona); I.V. (KBr): n = 1740 cm-1 (C=O), n

as. = 1520 cm-1 (N=O), nsi. = 1348 cm-1 (N=O), nar. = 1607 cm-1 (C=C), n as. = 1269 cm-1 (C-C(=O)-O), nas. = 1183 cm-1 (O-C-C), n ar. = 3111 / 3084 cm-1 (C-H); 1H RMN (300 MHz, CDCl3): d = 7,23 (H-2’’ e H-6”, d, J = 7,80 Hz, 2H), 7,32 (H-4”, t, J = 7,20 Mz, 1H), 7,47 (H-3” e H-5”, t, J = 7,95 Mz, 2H), 8,37 (H-2’ e H-6’, m, 2H), 8,38 (H-3” e H-5”, m, 2H); 13C RMN (75 MHz, CDCl 3): d = 121,62 (C-2” e C-6”), 123,93 (C-2’ e C-6’), 126,63 (C-4’), 129,89 (C-3” e C-5”), 131,50 (C-3’ e C-5’), 135,17 (C-1’), 150,70 (C-4’), 151,93 (C-1”), 163,54 (C-1). 4-Nitrobenzoato de 4-Nitrofenila (3f)

Rendimento: 11,70 mmol (78,0%); p.f.: 155–158 °C - lit. 158,5-9 °C (KIRSCH, J. F.; CLEWELL, W.; SIMON, A., 1968); Solvente de recristalização: 0/3/2 (H2O/EtOH/ Acetona); I.V. (KBr): n = 1744 cm-1 (C=O) - lit. 1746 cm-1 (MENEGHELI, P.; PELIZZON, J. C.; PIZANO, E. C., 1993-1994), nas. = 1521 cm-1 (N=O), n

si. = 1351 cm-1 (N=O), nar. = 1595 cm-1 (C=C), n

as. = 1262 cm-1 (C-C(=O)-O), nas. = 1214

cm-1 (O-C-C), n ar. = 3118 / 3081 cm-1 (C-H); 1H RMN (300 MHz, CDCl3): d = 7,47 (H-2’’ e H-6”, d, J = 9,00 Hz, 2H), 8,36 (H-3” e H-5”, d, J = 9,00 Mz, 2H), 8,40 (H-2’ e H-6’, m, 2H), 8,40 (H-3” e H-5”, m, 2H); 13C RMN (75 MHz, CDCl 3): d = 122,68 (C-2” e C-6”), 124,12 (C-3” e C-5”), 125,65 (C-3’ e C-5’), 131,70 (C-2’ e C-6’), 134,10 (C-1’), 145,97 (C-4”), 151,40 (C-4’), 155,23 (C-1”), 162,65 (C-1). Referências

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