DEPARTAMENTO
DE AQUICULTURA
_ I
EFEITOS
DA
UTILIZAÇÃO
DE
UMA
DIETA
COMERCIAL
E
DIETAS
EXPERIMENTAIS,
NAS
FORMAS
SECA
E SEMI-ÚMIDA,
NO
CRESCIMENTO
E
COMPOSIÇAO
CORPORAL
DO ROBALO
(Centropomus
para/le/us Poey, 1860).Dissertaçao apresentada ao curso de Pós-
'
Graduação
em
Aquicultura do Centro deCiências Agrárias da Universidade Federal de
Santa Catarina,
como
requisito parcial à obtençao do título de Mestreem
Aquicultura. `Orientador: Prof. Dr. Vinícius Ronzani Cerqueira.
MARCO
ANTONIO
TOZETTO
BARBUIO
Florianópolis
1
2.4
fa;
ll
'
EFEITOS
DA
UTILIZAÇÃO
DE
UMA
DIETA
COMERCIAL
E
DIETAS
EXPERIMENTAIS,
NAS
FORMAS
SECA
E
SEMI-ÚMIDA, _NO
CRESCIMENTO
E
COMPOSIÇÃO
CORPORAL DO
ROBALO
(Centropomus
parallelus Poey, 1860). ~'
Por
MARCO
ANTONIO
TOZETTO
BARBUIO
ESTA DISSERTAÇÃQ FOIJULGADA
ADEQUADA
PARA A
oBTENÇÃo Do
A
_.
TíTuLo
DE
MESTRE
EM
AQUICULTURA
E
APROVADA EM
SUA
FORMA
FINAL
PELO
PROGRAMA
DE
POS-GRADUAÇÃO
~-
EM
AQUICULTURA
_
: _
Prof. Vinícius Ronzaizfi Cerqueira; Dr.
Coordenador
do CursoBanca
Examinadora: . ~_TÊM
Prof. Vinícius Ronëzni Cerqueira, Dr. '
Coordenador
do Curso_ A./Q _ `^-' . '
Profa. De/txnl
Maäfiado
Fracaiossi, Dra.S
O _a _m
_rhe
B
a p _ S U 9m
S O 3m
_ GD
_ H" xi; _2
iv j
Agradecimentos
Ao
Prof. Dr. Vinícius Ronzani Cerqueira pela valiosa orientação e conhecimentospassados ao lo.ngo
da
execução deste trabalho. VÀ
Profa. Dra..Débora
Machado
Fracalossi pelas sugestões, materiais cedidos.eparticipação na 'banco examinadora. .
_
Ao
Prof. Dr. Alex Pires de OliveiraNuñer
pelo auxilio nas análises estatísticas e_participação na
banca
examinadora.'
r
_
Ao
Prof. Dr.Evoy
Zaniboni Filho pelos conhecimentos e experiência profissionaltransmitidos durante o curso.
Aos
amigos: Eduardo.(Dudu), Luís (Sushi), Rodrigo, Artur, Fernando (carioca),Eric, Lucas, Fernando, Felipe, Pato pelas alegrias divididas nestes
anos de
mestrado.›~Ao
amigo
MarceloSá
pelas idéias e trabalhos emprestados,que
foramde
grande valia.
À
amiga
Jaqueline Araújo pela inestimável ajuda eamizade
nestesanos
de
convivência. _
À
todos funcionários e estagiáriosdoLAPMAR:
Dona
Adriana, Vaico, Israel,Américo, Helton, Leonel, Sidinei, Cebola, Analice e Shelby
pelaamizade
e pelo auxíliodurante a realização
do
experimento. 'Aos
funcionários do Departamento de Aquicultura: Carlito, Jeff, Keka,Dona
Inêse Dilmon por toda a ajuda durante estes anos '
À
Silvana pelo carinho, ajuda e paciência definitivamente fundamentais paraque
este trabalho
pudesse
ser concluído. rv;Ê j. fz. i i s . i ›:.›¢if :»-..`-.- ll -...‹_;z.~.»=.z~..._..-.._._...z...›...‹_‹z....z. ›----.-.-pv.---~.v»¬....-.›.. , ..~.¬.-.-¢»z...,.¬_ . .-. .¬\z.‹.›~... z.. ...‹.. z...Y›..a _ ....¬.~.›.. _ _ ›. . ‹,. - z.. z «
Sumário
1 - lntroduçao ... ._ 1 ¬
2- Objetivos ... ._
4
... __ 5 3.1 4-
A
utilizaçao do robalo na piscicultura ... _. 5... ._ 7
... _. 8
- 3.2.2- Dietas úmidas e semi-úmidas formuladas ... ._ 9
3- Revisão
da
Literatura ... .__ ... _.3.2 - Tipos
de
dieta utilizadas na piscicultura marinha ... _.3.2.14 Dietas úmidas naturais ... ._
. 3.2.3- Dietas secas ... ... _.10
3.3
-
A
importância do teorde
umidade da
dieta ... ._4- Materiais e
Métodos
... _; ... ... __14
4.1- Local e estrutura
do
experimento ... ._14
4.2- Material biológico ... __ 15
4.3-
Manejo do
cultivo ... ._4.3.1- Alimentação ... ._
4.4- Formulação e preparação das dietas experimentais ... _.
4.5- Parâmetros
de
avaliaçãodo
cultivo ... _.4.5.1- Crescimento e sobrevivência ... _.
4 4.5.3- Rendimento
de
carne ecomposição
bromatológica4.7- Delineamento experimental ... _.
5- Resultados ... ._
5.1- Qualidade de
água
... ._5.2- Crescimento e sobrevivência ... _.
25
... ._29
5.4-
Composição
corporal e rendimentode
carne ___________________________________________ __ 315.3-
Consumo
e
conversãodo
alimento ... ... _.' '
~.-, .--
... __ 16
4.3.2- Biometrias ... _.
16
~ 4.3.3- Limpeza e
manutenção
das estruturas ... _. 16... _.
17
... ._
20
____________________ ._20
4.5.2-
Consumo
e conversãodo
alimento ... ._ 21... ._ 21
4.6- Controle
da
qualidadede água
... ._22
H L ... ._
23
____________________ _.24
`l 2 . ¬››z_-«....z..-.Az-.~ ,_ -.,› -.¬ w. v..':»z,›‹.:.z ll ..,_z.._¿¡i- fi emlzšíá ›¡ 9-» ‹ ii' 1.'. .zj.›..z¬“` C* `.H'~›f=%`zff '6 Discussao ... ..
-
_ 6.1- Qualidade
de água
... _. 6.2- Dietas ... ._
6.3-. Efeitos
do
teorde umidade na
dieta ... _. 6.4-Consumo
alimentar aparente ... _. 6.5-Comparação
entre a dieta comercial e a dieta experimental7- Conclusões ... ... _.
8-
Recomendações
... ._Lista
de
Tabelas1- Formulação das dietas experimentais seca e semi-úmida ... _.
›
2-
Composição
bromatológica das dietas experimentais seca, semi-úmidae da dieta comercial, expressa
em
porcentagem de matéria seca ... ._3-
Pesos
e comprimentos medios finaisdo
robalo (C. para//e/us) alimentado_
com
dietas experimentais seca, semi-úmida euma
dieta comercial... ._
4-
Dados
de crescimento esobrevivëncia do robalo (C. para!/e/us) alimentadocom
dietas experimentais seca, semi-úmida euma
dieta comercial __; ... ._29
5- Índices de.conversão do alimento e
consumo
relativomédio do
robalo(C. para//e/us) alimentado
com
dietas experimentais seca, semi-úmida'e
uma
dieta comercial ... ._30
6-
Composição
bromatológica do robalo (C. para//e/us), individuos inteiros,no início e
após
161 dias de alimentaçãocom
dietas experimentais seca,'
semi-úmida e
uma
dieta comercial, expressaem
porcentagemde
7- Valores dos rendimentos de carcaça e filé do robalo (C. para//e/us),
após 161 dias de alimentação
com
dietas experimentais seca, semi-úmidae
uma
dieta comercial ... ... ... ... ._r ‹- ... ._ 19 ... ._
20
____ 28 ... _.33
r 4 matéria seca ... .Ç..§ ... ._32
z ¬...¬...z¬.zv. -‹‹ 4 É i l l |viii
Lista
de
Figuras1- Estrutura da balsa
com
9 tanques-rede utilizada no experimento ... .. 152- Dietas experimentais seca, semi-úmida e dieta comercial
para
`
salmonídeos utilizadas no experimento ... _. 18
3-
Médias semanais
da concentração de oxigénio dissolvido(mg
/ l)na
água, registrados na superfície,
1m
e2m
de
profundidade, durante o:periodo experimental ... ... ._
25
4-
Médias semanais
das temperaturas da água, registradasna
superfície,1m
e2m
de
profundidade, durante o período experimental ... ..25
5-* Curva
de
crescimentoem
peso médio dos robalos alimentadoscom
dietacomercial, dieta experimental seca e dieta experimental semi-úmida) ... ..
27
6- Curva
de
crescimentoem
comprimentomédio
dos peixes alimentados'
com
dieta comercial, dieta experimental seca e dieta experimental __semi-úmida ... _; ... .. _27
7- Curva
de
regressãoda
relaçäo peso-
comprimento dos robalos ... _.28
8-
Consumo
de
alimento (matéria úmida)em
relaçãoao
peso vivo,em
diferentes periodos do experimento ... ... .í ... _. 31
9-
Consumo
de
alimento (matéria seca)em
relação aopeso
vivo,em
diferentes periodos
do
exper¡mento..'....-. ... .. 31` ._ ÉS-t ~ ' ..- .“ ‹ _' _ 7* ,\~ 1 "¬§f ¡1 i ' E» i _z.~z=.ur-°“""`š7:zZ'aIZ§z~3ë-z-}.izëz`€.ÉS'ú§6é2-zJ;'ëiš` v-z «rw *-6 iÍ›
QC _ _ Í _
Kg
- g _m
_m2
-m3
- cm' - L _mg/L
- Kcal _ '- h _ d _%
e _ %0 _ppm
-s
V -Q
_ R2 -Pvc
- d.p. - graus Celsius tonelada quilogramagrama
metro - metro quadrado metro cúbico ' centímetro litro cmiligramas por litro
quilocaloria horas
'
dia
porcentagem
partes por mil
partes por milhão _
sul geográfico oeste geográfico _
p
› coeficiente de determinação cloretode
polivinil desvio padrão Í- z.~v.`-›.=efz.~~~ ~ M.. . › K É `L ¬._- -v'‹*=v'~1~_ it :Â ii it 11: lã' ÊtaÉ
X
.=
Resumo
O
presente estudo foi realizadono
Laboratóriode
PisciculturaMarinha
da
Universidade Federal
de
Santa Catarina, Florianópolis (SC)e
tevecomo
objetivoavaliar os efeitos
da
utilização deuma
dieta seca comercial para salmonídeoseduas
dietas experimentais formuladas:
uma
seca (9,3%
de
umidade) e outra semi.-úmida(38,6
%
de
umidade), no crescimento” e composição corporalde juvenisde
robalo,Centropomus
para//elus.Os
peixes,com
peso
médio inicialde
34,8 g, foram estocadosem
9 tanques-rede (103 indivíduos por tanque-rede 'de 8 ms), instaladosem
viveirode
terra (água salobra) e receberam alimentação “ad libitum" très vezes
ao
dia, por 161dias.
O
pesomédio
final foi 178,2 g, 195,2 g e 190,5 g para os indivíduos alimentadoscom'
dieta comercial, dieta experimental seca e dieta experimental semi-úmida,respectivamente.
Não
foi encontrada diferença significativa (P< 0,05)no
crescimentoe
composição
corporal (peixe inteiro)em
funçãodo
teorde
umidade nas
dietasexperimentais.
Os
indivíduos»que
receberam as dietas experimentais tiveram .um maiorganhoem
peso, entretanto, apresentaramum
maioracúmulo de
gordura euma
menor
porcentagem
de
proteína corporalem
relação aos peixes alimentadoscom
dietacomercial.
Os
resultados obtidosmostram
que o robalo'tem
um
desempenho
semelhante
quando
alimentado comtdietas secas ou semi-úmidas.No
entanto,é
necessária a, determinação das exigências nutricionais
da
especie, afim
de
sedesenvolverem dietas balanceadas
que
garantamum
bom
crescimento desta espéciesem
uma
deposição excessiva 'de gordura nos individuos. --i s Ie › 4 *Q 1
Abstract
-
The
present- studywas
performed at the Marine Fish Laboratory of the FederalUniversity of Santa Catarina, Florianópolis (SC).
The
main obiective of the studywas
tocompare
the growthand
body composition of iuvenile fat snook,Centropomus
para//elus, fed three different diets: a commercial salmonid diet (10,8
%
moisture)and
two experimental formulations produced *at the laboratory,
one
dry (9,3% moisture)and
the other moist (38,6% moisture).
These
treatmentswere compared
in triplicate in9
netpens (103 individuals I .8m3 net pen)
suspended
in a brackish water pond. Fishmean
initial weight
was
34,8 g. Fish in eachpen
was
fed “ad libitum” for 161 days.The mean
final weights
were
178,2, 195,2and
190,5 g for thewcommercial diet, the dry dietand
themoist diet, respectively. There
was
no sigr.tificant`difference (P<0,05)between
growthand body
composition (whole fish). However, fish that received the experimental diets,grew
faster,buthad
a higher fat content and a lower percentage of protein perbody
weight
compared
to those on the commercial diet.The
resultsshowed
that juvenile fatsnook had
comparable growthon
both dryand
moist diets. Future studies shouldattempt to
define
the nutritional requirements of fat snook, so that culture diets canbe
prepared to optimize growth vvithout excessive fat deposition.r
"" ' *Í-`\›w..;..".» 'z^^
_ › -›-›^ _ .
1
1. Introdução:
O
volume de
produção globalda
aquiculturaem
águas
marinhas .vem seexpandindo nos últimos anos, contribuindo
com uma
porcentagem cada
vez maiordo
total produzido pelo setor pesqueiro.
Em
1990
essa participação erade 6%, passando
para
11% em
1996
(FAO, 1998a).Da
mesma
forma, o cultivode
peixes marinhos ediádromos
passou
de
1.040.683 t produzidosem
1987, para 2.298.675 tem
1996
(FAO,«1998b).
'
Segundo
NEW
(1998), nestemesmo
período, o cultivode
espéciescomo
o robaloeuropeu (Dicentrarchus Iabrax) e o
pargoeuropeu
(Sparus aurata) apresentouuma
taxa
de
crescimento superior a2.500%
na regiãodo
Mediterrâneo.~'A produçãode
salmão do
Atlântico(Salmo
salar) expandiumais
de700%
(destacando-se Noruega, Chile, Reino Unido _eCanadá)
e de robalo asiático (Lates calcarifer) superou310%
entre 1987 e 1996,
sendo
principalmente cultivadoem Taiwan, Malásia e Tailândia(i=Ao,199ab). ' A '
r
“ r
A
NoBrasil, a aquicultura apresentou
um
aumento
novolume de
produçãoda
ordem
de
390%
no
mesmo
periodo,sendo que
em
1996 o total produzido foide
51.280 t.Entretanto, este valor reflete principalmente o desenvolvimento
do
cultivode
peixesde
água
doce,moluscos
ecamarões
marinhos(NEW,
1998)._A
piscicultura marinhaem
nosso
pais ainda se encontraem
um
nívelexperimental,
com
algumas
instituições, principalmente universidades, envolvidascom
pesquisas nesta área.
Apesar
deste' quadro, existeum
enorme
potencial a serexplorado para o estabelecimento desta atividade. Fatores
como
a importaçãode
190.000 t
de pescado
noano de
1997(CARVALHO
F°, 1998), a extensa área litorânea,atregulamentação
do uso
.das águasapúblicas, (Decreto n° 2.869de
9/12/1998)e o
E
sf- '.=:›~z~1~‹‹~:¿*~:«‹r
declínio
da
pescaem
águas
oceânicas (FAO, 1998a) reforçam a potencialidadepiscicultura marinha no Brasil.
'I
As
espécies marinhas cultivadas atualmente' nomundo
são,em
sua grande
maioria,
de
hábito alimentar carnívoro e o sistemade
cultivo intensivoem
gaiolas outanques-rede é o mais utilizado, especialmente na fase
de
engorda.A
alimentação nos sistemas intensivos é responsável por grande partedos
custos
de
produção.De
acordocom JUELL
et al. (1994),40
%
dos
custosde produção
do
salmão naNoruega
é gasto com- alimento.Consequentemente,
háuma
grande
concentração
de
esforços dos setores. ligados à pesquisa na áreade
nutriçãode
peixes, para o desenvolvimento deçdietas e
manejo
alimentar, adequado, visandootimizar o crescimento das diferentes espécies cultivadas. '
'
Este conjunto de informações para
uma
determinada espécie ébem
definido porCHO
(1992)como
um
“sistemade
alimentação” , ou seja, todosospadrões
e práticasempregados
para fornecer_dietas nutricionalmenteadequadas e
balanceadasaos
peixes. O4s_“sistemas
de
alimentação” incluem as exigências nutricionais, quantidadediária
de
determinada dieta e parâmetroscomo
tamanho de
pélete, freqüênciae
método de
alimentação.i
_ `
O
tipode
alimentotambém
éum
ponto importantena
definiçãode
um
“sistemade
alimentação”.GODDARD
(1996) classificaem
três categorias os alimentosusados
nos cultivos intensivos: dietas
úmidas
naturais, dietasúmidas
ou semi-úmidasformuladas e dietas secas formuladas.
Segundo
estemesmo
autor,houve
uma
sensível
queda
no usode
alimentosúmidos
nos últimos anos,em
razãodas
vantagense
damaior
disponibilidadede
alimentos secos e formulados no mercado.As
dietasúmidas
são
utilizadas principalmenteem
locaiscom
grande
disponibilidadede
- z» . 4- _ ., _ ¿¡ ,~ V . . ._- - Y , ‹ - . -és.. _ - -.z-4.
annm-1--:nua--~ - -~ ----~'›-›~--V -A-A»-~~ f z z _ __
3
ingredientes como: peixes
de
baixo valor comercial, vísceras, ensiladode
peixe, eoutros, fazendo
com
que
sejaeconomicamente
vantajoso(CHO
et al., 1985).Os
estudos científicos que' investigaram os efeitos destes diferentes tiposde
- z ,
alimentos na adaptação e crescimento dos peixes foram feitos,
em
sua grande maioria,com
espécies 'cultivadasem
climatemperado
e apresentam resultados variáveisem
função das diferentes espécies estudadas. '
-1
-
A
piscicultura marinha tropical éuma
atividade relativamente nova,com
tecnologia de cultivo
em
desenvolvimento e que ainda necessita de pesquisasespecíficas para os peixes deste clima. Dentre as espécies tropicais estudadas, os
robalos
Centropomus
para/Ielus e Centroporhus undecimalis foram apontadascomo
tendo
bom
potencial para aquicultura(TUCKER
eJORY,
1991;CERQUEIRA,
1995;BENETTI,
1998).'
O
Laboratóriode
Piscicultura Marinha(LAPMAR)
da
Universidade Federalde
Santa Catarina
vem
desenvolvendo pesquisascom
estasduas
espécies,principalmente
com
C. para/Ielus,sendo que
um
bom
progresso foi obtido nos últimos4- _
anos
nas áreasde
reproduçãoe
larvicultura.A
engordado
robalotambém vem
sendo
estudada, visando melhorar oseu
desempenho
produtivo-em
cativeiro. Portantojestudosque
procuram avaliar aadaptação e os efeitos
de
alimentos úmidos, semi-úmidos e secos sãode grande
importância,
num
passo inicial, para se definirum
sistemade
alimentação ideal paraesta espécie. ' '
` `
«.z
2. Objetivos
Objetivo Geral
- Avaliar o
desempenho
do robalo,Centropomus
para//elus, cultivadoem
tanques-rede
com
diferentes dietas. ~Objetivos Específicos _
- Verificar o efeito do teor
de umidade
de dietas experimentaisno
crescimento ecomposição
corporal (peixe inteiro) do robalo.-
Comparar
odesempenho
e composição corporaldo
robalo alimentadocom
uma
dieta experimental euma
dieta comercial para salmonídeos.A* `
flw.: sas»-=-, vw P' ¢
» E 5
3.
Revisão
Bibliográfica3.1' `-
A
utilização do robalo na pisciculturaOs
robalos são peixes pertencentes à família Centropomidae, subfamíliaCentropominae
e gênero Centropomus, ocorrendoem
águas
tropicaisdos oceanos
Atlântico e Pacifico ao longo do continente americano. Esta família ainda reúne a
subfamília Latinae,
com
os gêneros Lates ePsammoperca,
presentes somente'na
África e no
oceano
lndo-Pacífico (RIVAS, 1986). iI
-
A..‹espécie.rLates ca/carifer,
chamado
de
robalo asiáticoou
barramundi, -éuma
especie
que tem
'relevante importânciana
piscicultura marinhado
sudeste asiático emais recentemente
na
Austrália.No
ano
de 1996 sua produção totalem
cativeiroatingiu 15.884 t (FAO, 1998). Aspectos relacionados à nutrição desta espécie foram
descritos: por
BOONYARATPALIN
(11997);TACON
et al., 1991;TUCKER
Jr. et al.(rsss),
CATACUTAN
ecoLoso
(1995, 1997).Os
robalos são espécies costeiras, tropicais e eurihalinas,sendo
que, aviabilidade
da
produção dealevinosem
laboratório, a possibilidadede
indução artificialda
desova, a adaptação às dietas artificiais, a resistência às concentrações baixasde
oxigênio e sua Ótima qualidade organoléptica são algumas características importantespara
o
sucessodo
cultivo destas espécies(AGER
et al., 1976;SHAFLAND
eKOEHL,
1979;
CERQUEIRA
et al., 1995;CHAPIVIAN
et al., 1982:TUCKER
Jr. et al., 1985;CERQUEIRA
e
BERNARDINI,
1995;LAU
eSHAFLAND,
1982).;
Os
robalos são camívoros, tendo preferência porpequenos
peixes e crustáceos_ _
~ 1 4 '
no
ambiente natural (SILVA eVASCONCELOS
FILHO, 1972;VASCONCELOS
FILHO
_ ` . I f¢‹t:~_._. . - H I ~.==-= _ «M '
eGAL|zA,19so);
i -1Alguns trabalhos descreveram o crescimento e a alimentação dos robalos
em
condições
de
cultivo.O
desempenho
deCentropomus
undecíma/isem
policultivocom
tainhas (Mugil cephalus e M. curemâ),
em
viveiros estuarinos no estadode
Pernambuco,
foi avaliado porMAIA
et al. (1978),ROCHA
eOKADA
(1978) eOKADA
et al. (1978). Alguns aspectos biológicos» e o cultivo associado
de
C. undecimaliscom
tilápias vermelhas (híbridos
de
Oreochromis sp),também
em
Pernambuco, foram
descritos por
SILVA
(1996). Aindacom
esta espécie,TUCKER
Jr. (1987) avaliouo
potencial
de
cultivo eo
crescimentode
juvenis alimentadoscom
diferentes alimentos(dietas secas, semi-úmidas e úmidas).
CERQUEIRA
eMACCHIAVELLO
(1994)compararam
o crescimento de juvenis selvagensem
tanquesde
concretocom
uma
dieta experimental euma
dieta comercial para trutas.H
CERQUEIRA
(1995) descreveuo
crescimentode
juvenis selvagensdas
especies
Centropomus
para/lelus e C. undecímalis alimentadoscom
dietas naturais edietas formuladas.
BRUGGER
e FREITAS' (1993) realizaram a engordade
juvenisdo
robalo, C. para/le/us, produzidos
em
laboratório e cultivadosem
tanque-rede flutuante(ambiente marinho), utilizando dieta comercial para trutas.
O
crescimento desta espécie,com
dieta completa, dietaúmida
mista (peixee
moluscos) e dieta à
base de
minhocas,também
foi verificado porAPOLINÁRIO
et al.(1998).
CAVALHEIRO
ePEREIRA
(1998) analisaram o efeitode
dietascom
diferentesniveis
de
proteína e energiano
crescimento do robalo C. parallelus cultivadosem
água
7
3.2
-
Tiposde
dietas utilizadasna
piscicultura marinhaA
utilizaçãode
diversos tiposde
alimentos formulados,como
dietasúmidas
àbase
de
ingredientes naturais frescos, dietas semi-úmidase secas
(experimentaisou
comerciais),
com
o intuitode
avaliar a adaptação e o crescimentode novas
espécies àscondições
de
cultivo, principalmente as carnivoras, éuma
prática ,comum
na
piscicultura marinha. _ ,
, .
TUCKER
Jr. (1987) avaliou o potencialde
cultivodo
robalo (C. úndecíma/is)através
de
uma
série de experimentos envolvendo aspectosda
reprodução, lan/icultura e alimentação.Quanto
à alimentação, foi determinado o valor nutricional relativode
alimentos naturais frescos e dietas comerciais secas e semi-úmidas para salmão, truta
e catfish. '
Os
efeitos da alimentaçãocom
dietas comerciaisem
juvenisde
“palometa” (Trachinotus goode/),uma
espécie consideradacom
bom
potencial de cultivo para aI
região
do
Caribe, foram observados porCOLE
et al. (1997). Foram' utilizadas dietascomerciais semi-úmidas, secas (péletes flutuantes e densos) 'e dieta para peixes
marinhos ('Marine finfish feed'
-
Zeigler Brothers, Inc., Gardners, PA, USA).A
engorda
do
linguado europeu (Scophtha/mus maxímus),também
foi avaliada porSONATORE
etal. (1996)
com
duas
dietas comerciais,uma
secacom
9%
de umidade e
outra semi-úmida
com
30
%
de
umidade. ' 'z
GÓMES
(1993), realizando experiènciasiniciaisem
cativeirocom
a espécieSerio/a dumerflii,
comparou o
crescimentode
indivíduos selvagenscom
uma
dietasemi-úmida formulada
e
com
pescado
triturado.TACON
et al. (1991) realizaram testescom
diversos tiposde
alimentos, afim
de
ca/carifer, utilizando as fontes de alimento disponíveis na região (Lampung, Indonésia).
Os
autores utilizaram peixe congelado, dieta comercial paracamarões
e dietasexperimentais seca e semi-úmida. .
_ ,_ _ `
Estes diferentes tipos de dietas
possuem
algumas caracteristicas própriascomo
os ingredientes utilizados, aceitabilidade pelos peixes, condições
de
estocagem' emanuseio, entre outras,
que
resultamem
certas vantagens e desvantagensna sua
utilização.
Algumas
destas caracteristicas estão relacionadas abaixo.3.2.1 - Dietas úmidas naturais
,_
As
dietas úmidas naturais são utilizadas para alimentar certas espéciesmarinhas
que
respondem
bem
a este tipode
alimento e outras espécies, cujasexigências nutricionais são desconhecidas.
São
constituídas geralmente de peixes de baixo valor comercial (arenque,cavala, etc.)
que
são oferecidos inteiros, picados ou moídos. Lula e outrosorganismos
marinhos
também
são utilizados.Apesar da
evidente redução no uso desse tipode
alimento nos últimos anos, alguns setores da indústria aquícola ainda o fazem: cultivos
comerciais do olhete japonês (Serio/a quinqueradiata) e pargo (Pagrus major)
no
Japão, bacalhaudo
Atlântico(Gadus
morhua) noCanadá
e
Noruega,garoupa
(Epinephelus sp)em
Hong
Kong
e Singapura(GODDARD,
1996). ~Estas dietas exigem maior-trabalho de' manipulação e gastos elevados
com
a
conservação (congelamento). Transporte e
armazenamento
inadequados facilmentecausam
a perdade
vitaminas, oxidação de gordurase
o desenvolvimentode
fungose
bactérias
(CHO
et al., 1985).'
9
Problemas nutricionais causados- pela tiaminase,
enzima
presente na carne cruade certos peixe,
podem
ocorrer nos peixes alimentadoscom
este tipode
alimento(NRC, 1983;
ANGLESEA
eJACKSON,
1985).GODDARD
(1996) relatou todesenvolvimento
de
fígadocom
elevado acúmulo de gordurano
bacalhaudo
Atl_ãnt¡co,quando
este é alimentadocom
peixes pelágicos “oleosos” (arenque, 'capelin', etc).Outras
doenças
são associadas à alimentaçãocom
estas dietas,como
ictiofonose, nocardiose edoenças
renais (GHITTINO, 1978).z
A
introduçãode
patógenos,quando
a dieta não é pasteurizada, e a deterioraçãoda qualidade
deágua
também
são desvantagens associadas à utilizaçãodas
dietasúmidas
(GODDARD,
1996;HARDY
1989). -As
principais vantagens associadas à estas dietas seriam omenor
custoem
regiões
com
grande disponibilidade de ingredientes frescos eúmidos
e aboa
aceitaçãopor algumas espécies (ex: Bacalhau do Atlântico). 1
3.2.2 - Dietas úmidas e semi-úmidas formuladas
-
Dietas
úmidas
formuladas são compostasde
uma
mistura de ingredientesúmidos (peixe, vísceras, ensilado
de
peixe, etc.)com
aglutinantes, vitaminas , mineraise Óleo de peixe.
Podem
conter de50
a70
%
de
umidade. Este tipode
alimento éfornecido para ea enguia européia (Anguilla anguilla),
uma
espéciede
difícildomesticaçäo
(NEW,
1987;GODDARD,
1996;CHO
et al., 1985;GHITTINO,
1978).. ig/
Quando
as dietascontém de 30
a40
%
de
umidade, são consideradas semi-úmidas.
São
constituídas dosmesmos
ingredientes quecompõem
as dietasúmidas
formuladas, mais a adição
de
ingredientes secos,como
as farinhas de peixe, trigo,¬ . - ¶_0~g.- ,_, , . ¡-ff» _ _, l¿;¿-
obtida. Estas dietas
parecem
ser mais palatãveis paraalgumas
espéciesem
cultivosde
águas
frias,como
osalmão do
Pacífico (Oncorhynchus tshawytscha) e a enguiajaponesa, Anguilla japoníca
(NEW,
1987;GODDARD,
1996;CHO
et al., 1985;GHITTINO,
1978). _.
-
HUGHES
(1988) relatou o 'desenvolvimentode
dietascom
15-
20
%
de
umidade que não
necessitamde
refrigeração. Estas dietas, entretanto, necessitamda
adiçãode
um
agente umectante (propilenoglicol, sofoitol, glicerina, etc) para alterar atextura
do
alimento e evitar perdasde umidade
durante o processo de estocagem,além
de
outroscompostos que
inibem, principalmente, a proliferação de fungos, taiscomo
sorbatode
potássio e ácido fosfórico .“ '
As
desvantagens relacionadas à estas dietas são basicamente asmesmas
paraas dietas úmidas naturais
ecomentadas
acima.A
3.2.3 - Dietas secas formuladas
As
dietas secas são as mais utilizadasem
cultivos intensivos.O
baixo teorde
umidade
nestasdietas,em
tornode
10%, inibe- o crescimentode
microrganismosconferindo.maior estabilidade à temperatura ambiente.
Com
isto, o transportee
aestocagem
são mais fáceis emenos
custosos.O
aquecimento,ao
qual sãosubmetidos
os ingredientes
no
processode
fabricação, contribui para a redução depatógenos
efatores anti~nutricionais, além de favorecer a gelatinização do
amido
e conferirmelhor
estabilidade
acada
partículade
alimento.Os
principaisprocessosde
fabricaçãodas
dietas secas são a peletização 'a vapor' e a extrusão
(BROMLEY,
1981;NRC,
1983;HARDY,
1989;_ç;ooDARD,
1996). ' , , _ ¬ › . A ~ _ V*`›fl«.~êz›‹--_... 5' '____ ""YI'! ‹ 'P ll »
Outras vantagens importantes deste tipo de alimento seriam: caracteristica física
(seca) mais
adequada ao
usoem
alimentadores automáticos euma
maior regularidadeno fornecimento e-na formulação,
em
virtudeda
maior disponibilidadede
ingredientessecos no
mercado
(BROMLEY,
1981;CHO
et al., 1985).3.3
-
A
importânciado
teorde umidade
da dietaVários trabalhos verificaram especificamente os efeitos
do
teorde
umidade
na
dieta sobre
o
crescimento ecomposição
corporalde
diferentes espéciesde
peixescarnívoros cultivados, tanto
em
espéciesde água doce
como
de água
salgada.Em
estudo realizadocom
a truta marrom,Sa/mo
trutta,POSTON
(1974) avalioua utilização
de
diferentes percentuaisde umidade
(9,6 e 55%),em
dietascom
amesma
composição
em
matéria seca, não encontrando influènciano
crescimento ecomposiçao
de
carcaçada
espécie. _, _ _
. _
A
truta arco-,íris (Oncorhynchus mykiss),segundo
BROMLEY
eSMART
(1981),também
não
apresentou crescimento ecomposição
corporal (peixe inteiro) afetadospela utilização
de
diferentes teores deumidade
(11,5 e 34,5%)em
duas
dietas .RUOHONEN
et al. (1998 a), entretanto, observaramque
dietascom
níveisde
umidade
acima
de
50
-
55%
influenciaram negativamente o crescimentoda
truta arco-íris.Para
o
linguado europeu, Scophthalmus maximus,BROMLEY
(1980) testoudietas
com
uma
amplitudede
O a74
%
no
teorde umidade
enão
encontrou diferençano
crescimento ecomposição
dos peixes (peixes inteiros).CHOU
(1984), mostrouque
o crescimentode
juvenisdo
robalo asiático, Lates ca/carifer,não
foi alterado pelosdiferentes percentuais
de umidade
(6,7Ía 32%)
em
dietasidënticas(mesma
eficiência alimentar
da
espéciequando
a dieta continha32
%
de
umidade,ou
seja,os
individuos
consumiram
mais alimento(em
termosde
matéria seca) paramanter
omesmo
crescimento.`
Para o linguado japonês, Para/ichthys o/ivaceus,
YAMAMOTO
eAKIYAMA
(1995) encontraram diferentes respostas para o teor
de umidade
na dieta (10,20
e30
%)
em
funçãodo tamanho
dos indivíduos. Juveniscom
peso médio de
57 g tiveramo
crescimento reduzido
com
30%
de
umidade. Peixescom
peso médio
de 15 gnão
foram afetados, se peixes
com
5 g tiveram eficiência alimentar e taxa de' eficiênciaprotéica mais baixas
com
20
%
de umidade
na dieta. _Para o
salmão do
Atlântico,Salmo
sa/ar,HUGHES
(1989)demonstrou que
ocrescimento
de
alevinos, cultivadosem
água
doce, foi reprimidoquando
se adicionou10,
20 ou 30
%
de água
auma
dieta controlecom
10%
de
umidade.Não
foiobservada
diferença na
composição de
carcaça dos peixes. .FURUKAWA
et al. (1965), Citado porYAMAMOTO
e
AKIYAMA
(1995),encontraram efeitos negativos no .crescimento e digestibilidade
de
proteinacom
oaumento de umidade
na dietado
olhete japonês, S. quinqueradíata.Ao
contrário destes resultados, oaumento de umidade na
dieta eleva ocrescimento e
a
eficiência alimentardo
salmãodo
Pacífico, O. tshawytscha(SMITH,
estudo
não
publicado citado porPOSTON,
1984
eHUGHES,
1989) edo salmão
“chum” ,
Oncorhynchus
keta(OH
e JU,1986
citados porYAMAMOTO
e
AKY|AMA,1995).
V
_*
Alguns autores investigaram alterações fisiológicas
e
metabólicas ocorridasem
função da
umidade na
dietaem
espéciesde água
doce.HUGHES
e
BARROWS
(1990)constataram haver diferenças
na
habilidadede algumas
espécies, entre elas osalmão
13
umedecer
o alimento ingerido. Naquele experimento foi oferecidauma
única dietacom
10%
de
umidade, determinando-se posteriormente a quantidadede água no
conteudoestomacal. -
RUOHONEN
et al. (1997) determinaram a quantidadede
alimento a seroferecida para
que
trutas arco-íris atingissem a saciedade.Os
autores ofereceramaos
peixes
uma
dietaúmida
àbase
de arenquemoídoie
uma
dieta seca.As
dietasinfluenciaram a quantidade
de
alimento ingerido, as taxasde retomo
do apetite, a taxade
evacuação
gástrica e a quantidadede água
bebida pelos peixes.iAinda
com
_a truta arco-íris,RUOHONEN
eGROVE
(1996) constataramum
aumento
novolume
doestômago
nos peixes alimentadoscom
dieta úmida,em
relaçäoaos alimentados
com
dietas secas. ‹~~
'
` * `
".z^~§nm;~
ig `...., . _ . #.4,_,_,,_,5.,,,¿~_ f»«`z"s%'5-P 144
- Materiais eMétodos
_4.1
-
Local e estruturado
experimentoO
experimento foi realizadono
Laboratóriode
Piscicultura Marinha(LAPMAR)
da Universidade Federal de Santa Catarina, localizado na Barra
da Lagoa
em
Florianópolis (sc), latitude 27°
srs
e longitude 48° 27*o.O
estudo foi conduzido no períodode
13/11/98 a 26/04/99 (161 dias).Foram
utilizados
9
tanques-rede dispostosem
uma
balsa flutuante instaladaem
um
viveirode
terra (Figura 1). Este viveiro é ligado porum
canalcom
aLagoa da
Conceição,sendo
abastecido por ele, e possui
aproximadamente 1400 m2
(70X
20
m) eum
volume
estimado
de 3200
a3500
m3,com
profundidade variando entre 1,0 e 2,8 m.A
variaçãode maré
reflete diretamente sobrevolume do
viveiro, proporcionandouma
renovação parcialda
água.Além
desta renovação natural, implantou-seum
sistema
de
bombeamento
de
água,também
da Lagoa,com
vazão
em
tornode
7 L / s,funcionando cerca
de
120 h Isemana
( troca deaproximadamente
1/8do volume
totaldo
viveiro / dia). », O
Os
tanques-rede utilizados,com
malha de
8mm,
foram confeccionadoscom
Nylon multifilamentos
sem
nós epossuíam volume de
9,6 mi*cada
um
(2 x2
x 2,4 m).Os
tanques-redeeram
posicionados de formaque
a parte superior permanecia cercade
40
cm. acima da superficieda
água, portanto ovolume
útil'eraide 8
m3
aproximadamente.
Em
cada
tanque-rede foi colocadauma
mangueira de
aeraçãocom
pedra porosa,
que
ficava auma
profundidadede 60
cm.A
aeração
criavauma
melhorcirculação tdetágua e preveniia contra eventuais problemas
de quedas
de oxigênio, fatoocorrido em"zano'sÍ anteriores. Foi- instalada
também,
uma
armação
quadrada
(2X 2
m),_ _›¿u;_ «_ ._ _ '.,¡ . "f~
Y Í l 1 i zl l l r 1 r L 1 ‹ l l 15
construida
com
tubosde PVC,
no fundode
cada tanque-rede para evitar ofechamento
das paredes laterais
e
diminuiçãodo volume
útil.«_ ___~¬ ›f~-¬-¬. -T-:T -T-__ _ . .-._¬_.,_.__-¬_¬' z ¢‹_-_ zw ‹='~. " ' i ._ ___: _ *__ #='›.M‹¡'›‹*' gr; _ 1-, ,-'__~,_:›:- -zz¬i _.¬.__ i»,._¬_-› ¬ .›^-_-. _? . _‹, _; _: . _ .~:'f" Ê! ¿_f `_ ~“"'“' p ay* __ Q -'#2 ,.'› ÍÉVV if ¬ › - _ _ -tai '›°'*Í‹» ' -:;'*.- = “'*-.V Ê" "`f" i ".-zé* z > ' 1. _?-“ =‹ “T ' ' ~¬ ._ :mf E P: fz-'› =›:`_:'1'f':f: 'F '.*'«^i=u-“"* _; _ Â. _, '_ _ ~›.-‹=-' 1 ›z«i,›_+› _r.f .«-fz 1
5 *~*‹*› zw ,#1 . _.‹ “ä › -«- art' " « f f ~ "gsi" " ~ rw-*i”~'~ ay W _~.~. JÚÉ1 » _' ~ `§‹" i » «_ **‹':v^'z_ ' , ;*,,,›-z›~ .__ ff ,-Q-_ - ' ‹ ~. úr"Êš\"W _ " w "-\ 1 « if ¬ ›_ `7:‹_«»~'‹¬" _' _- " *Fri r *¬ 1._.'*?*'~=.*W Ê I ' ` ‹ ff' ' a'i.\Í'~ - ' ' 1» ` fx › . z.3l. 2 ~ ›^= FH _ ›; v 1+ ' _l!z›¬\ ~» ›_ z* ' ;~?Íf‹z.› »~~›.= - 'z zi ";_›.x. ._ . ^ u 1 z ,f._._" _ , '< z _ .»._»<.,_,_;¿_-_«.~ _ 3 _‹- _ _ __ _ _ _ . › _ _ _ , ú›~_ ~' _ ›» _¬, ~ 1' M' i z . ` ` 'i .l ~Í- .zf':;«'_;:'‹' I' ~~¬.= " É ~ ' -' -'f. 1 ` - *fm "“_`....-?›f”f*'Ê"`-=×*~« i - _ _ _ _ _ ~ _ ,~ i - _ z ,_,___r«~¿_,_ .,;-_z*.._¬..‹-'mz'-,~: ^ - r '¬ ' I ¬ " ii 7- _ , «_,_.-« -›-__-,-. v › « \~¬_.; _ _ _ z› _ _ ' ~ . : _, ____________ __ ,Á__.___ - _ __ . ¬ __' ~‹ 1 _ ze; K ê» We ,__ *EfF .;§` ,_ V _ _ À. i _, :Ê -_ W; '::' Q., _.. _. _ _- ____¡ _»_"_ ._ __ , _ _ V ___ __ __ _ ' ' ' _ _ ' _ _ - › v _ _ _ _.z '- Ç ‹ V “_ ré' '¡`z» «ii *‹§* T _› __ _ ._ ___ _.l,. __. _ ímw _ _ - _. ,_______.___ _ _, _., zzz-gw» ‹-_<_f_=-_.:-¿‹›»=.,¿z..¬-ea-1: 3._¡_¡z._.,,_~.__~¡~¿______»-..« _ .›.._._._... _ _ ' ` _ _ '›'»'ñë'f=-.ri __¬ .,.«~:?* _?_`›^"` "'_" . _ :Q . "›Í~'° ( ~* ‹ -.~~«-+::›í=-ff' _ * ' ~ _ _ - « z› - › ,___ ›._,_«_~. z_ ‹_'¬._,-~.. . ,‹ -1; -__. _ ~ _ ,¬,-;;' r _ ' _ _ . _ z:_,_~¡_¿_« ~. Né- ›.. - _ ‹¡',,¢i._§â..¬z s s .R f ‹› _ . __‹;;__.=="" ,...›.d-ez.-.*...¬›.. __._,~^"›~*»'›*1""' * " _ `Í'”`g.›› !z". _ _ «› Í _ _ _ - -.;m._..¬.\.- " ge» Í-“~_*;-«»«^‹.-z.-_.›'¢z›`»›iƒ *_ _ _< 7 - - ' . ...;.;¿__ i »~ r _ -z- ~~,.~'-‹‹ *i _; ,, _ _ _ ,_ _ __ ,_ _ ._ ._ _ ,,..~¬ .z ~,›¢ __ __ t _ _ _ . _‹~ ._;~* ›_ ' -_, ¬,_ ..¿.‹ › _, _¬ ;. , _. _ ¿ _ . _ _, _ gw . _ __» ,_ ›_ __ ._ _ . ~f - - _ _¡_»:_z. ` .
me
¿,‹~_ , _' _ _';.à._ * ___ _ '_ ‹"' f __»v~ ,._-av ,' ~ 4»‹ . - _ W _ _ .- “ Y' - . _ - -- _ -_ -_ ,ar › z. - ~ _ af* ' **"'*"~'a;‹..._-__;¿--›--_. - i " - .__ - A 1 ig É A " _ _ M. ›~ -_ __ _» _ __ ._ -- _ _ _ _ _ _ __ _¬ ___ »_ - _'-- ____,` ri.. _ __Figura 1: Estrutura
da
balsa corn 9 tanu-redweiutiilifada niovéexiperimientcífi4.2
-
Material biológicoO
estudo foi realizadocom
juvenisde
robalo,Centropomus
parallelus,com
peso
médio
inicialde
34,8 g provenientesde desova
induzidaem
janeirode
1998.Foram
estocados 103 peixes por tanque-rede (aproximadamente 13 peixes l m3), totalizando
927
individuos.Após
a transferência para os tanques-rede, os peixes tiveramum
periodode
54.3
-
Manejo do
cultivo4.3.1
-Alimentação
` ``
As
3 dietas oferecidas aos peixes corresponderam aos 3 tratamentos:- dieta comercial para salmonideos (engorda).~à tratamento 1
- dieta formulada experimental seca -› tratamento2
- dieta formulada experimental semi-úmida -› tratamento3
A
alimentação foi feita “ad libitum”'3 vezesao
dia (entre 8:30-
9:00 h, 13:30-
14:00 h e 16:30
-
17:00h).No
inícioda
manhã
erapesadafem
balança digital,uma
quantidade
em
excesso decada
dieta.No
final da última alimentação diária (17:OO h)pesava-se o restante, anotando
a
diferença.As
dietas secas (experimental e comercial)foram conservadas
na
geladeira (4°C) e a dieta semi-úmidano
congelador (- 18°C).4.3.2
-
BiometriasForam
.realizadas6
biometriascom
intervalosde
aproximadamente
1 mês.Foram
amostrados30
individuos por repetição, anestesiadoscom
benzocaína
(50 ppm),pesados
em
balança digital emedidos
com, ictiômetro (comprimento furcaI).'Apenas
nas
biometrias inicial e a final forammedidos
epesados
todos os peixes.4.3.3
-
Limpeza e manutenção
das estruturasA
substituição dos -'tanques-rede, .devidoao acúmulo
excessivo de incrustações,17
troca),
sendo
que se “vestia”um
tanque-rede limpo por forado
que
estavaem
uso,que
por sua vez era retirado.
Após serem
removidas, as redeseram
limpascom
jatode
água
de alta pressão.As
incrustações mais resistentes,como
cracas e tubos calcáriosconstruídos por poliquetas, eram removidos
com
auxíliode
uma
escovaou
raspadoscom
um
pedaço de
madeira. f4.4
-
Formulação e preparação das dietas-experimentaisAs
dietas experimentais foram produzidascom
osmesmos
ingredientes,sendo
idênticas
em
relação à composição e quantidade de nutrientes(com
basena
matériaseca), diferindo
apenas
no teorde
umidade.Os
níveisde
proteína, Iipídio e carboidratos adotados para acomposição das
dietas experimentais foram
baseados
nas exigências nutricionais determinadas porBOONYARATPALIN
(1997) para o robalo asiático, L. caIcan'fer,uma
espéciecom
omesmo
hábito alimentar (carnívoro)que
o robalo. Estas exigências incluem:45
a55
%
de
proteina, até20
%
de carboidrato e 15 a 18%
de
Iipídio.As
dietas foram preparadasem
vários lotes. Este procedimento foi necessáriodevido
aofato
dos equipamentos utilizados na fabricaçãonão
suportarem grandesquantidades de ingredientes. V A
'
A
Os
ingredientes secoseram pesados
'individualmentee
misturadoscom
o
auxíliode
um
saco' plástico inflado.Em
seguida-,. adicionava-se a lula fresca., previamenteprocessada
num
picador elétrico, até a obtençãode
uma
massa
homogênea.
Porúltimo, erang,_agregados
oóleo de
peixe e a«_l_ecitina de soja.eâvw . . _-
Y -
A. ingredientes,' a d¡`ëta"era peletizada a frio
em
umffmoedorde
carne parte destinada a ser
na
formaseca
era colocadäfem estufa-~zz›;u‹, , . .‹. . x ›-z':¡-.- z ' _. ¬ - - - _ - u..-.*^¬›~›.=-.¬N.- » _ _ - - z z 1%* É
(45° C)
e
a parte oferecidana
forma semi-úmida,conservada
em
congelador (-18° C),Finalmente,
as
dietaseram
'quebradas' até adquirirem o formatode
pequenos
peletese mantidas
sob
refrigeração (Figura 2).~ «, > ~ f¬~. ¬ ~ -~- - ~ ‹ ~ ‹› f ¬
H
‹ zw* z Í _`._:_t¿;;¿f'§z_¡‹;¡__.:7_i;§:¿Ê¿i¢¿i¿z¿ä¿gqr? i; - zt . ,_ Xl x ›.\`¬ ä 1 , s 1 ` ` ¡'§'.:_,¿:;'_'::¡ƒ: =.=:í}.=:z+¿`.-.;f'.:-1 ` `> '›‹"f~*~ ~'-* 1 z. ~ _ ‹ ' ' ¬ ü ~¬ ;›~"~=“f<='_-.ZfÍ>f`¿§5f~Í~¡:‹"a~1_I"›.€,š<;=2; p . ‹-.:z.T~{J.fr.~,=.:Í-:'z~f2':.L'.¬‹' _- _-~'_z~=‹Í,3-›¿I.;«... J › ' s. ' ._ az ‹ = ',§;_.‹`.:'.'II*`‹_:`z-._-.¿'~:,-»;íäf z.~ ;;^2t;.›› .';:.'_z;-¿'.-_¿;› ' ,__~.=_›,_,¿'¿›--t-.;;_.-;_,›_.__._ a _ ' __ _ 31 _z.-¿~"_;¿¿_z»¿. ; ¡ . f _‹ . 1 _.__. r.::'... .z .` -.‹. _ . . `. . - ._ - 5°'-=¬ z. -.i '¬ -": › ` - \ ~ v . ._ _ _. .... , _ ,. ,_ _ _ ‹,_ .,‹ -.'~....--¿.¿ . funilFigura 2: Dietas experimentais
seca
esemi-úmida
e dieta comercial parasalmonídeos
utilizadasno
experimento.A
determinação
da umidade
das
dietasem
estufa a 105°C
atépeso
constante.Foram
amostrados
cercade
1 / 3dos
lotes produzidosdas
dietas experimentais paraesta determinação.
O
mesmo
procedimento foiadotado
paraa
dieta comercial.A
formulação
das
dietas experimentais,com
os
ingredientes utilizados, estárepresentada
na Tabela
1.A
composição
bromatológica destas dietase
da
dietacomercial,
em
termos
de
matéria seca, está descritana Tabela
2. .19
Tabela-
1:.Formulação das
dietas experimentaisseca e
semi-úmida, referenteaos
/
tratamentos2ec3.~
_ ' f -INGREDIENTES-
ERAÇÃO
(%) Lula fresca - 12,0 Farinhadepeixe
, ^70',0 `Amido
de
milho pré-gelatinizado' ‹14,0
'
Óleo
de
peixe `2,4
Lecitina
de
soja 1,0Premix
vitamínico / mineral' 0,5'Vitamina
Ç
(estável) 2 0,1' .Total _
100,0
'
Nuiron Alimentos i_i‹ia_'càmp¡naâ, sP - composição por kg <i‹-z›"‹iieiafl›i~/ii. A (50oo.u-i); vii. B1 (2,5 mg); vit. B12 (iô,75 ng); vit B2
(815 mg); vii. B6 (563 mg); W. c (125 mg); W. D3 (2500 ui); vii. E (100 ui); vii. i<,(2,5 mg); Ao. fóiioo (1,25 mg);-Ac. panioiénioo
(1,25 mg); oioiina (0,25 mg); Cooaiio (0,125 mg); cobre (10-mg): Ferro (es,75 mg); iodo'(0,5 mg); Manganês '(1575 mg); Niaoina
(25 mg); Selênio (375 pg); Zinco (100 mg); Antioxidante (1,25 mg). _
Rovimix Stay-C 25. -
_
'
A
dieta comercial para 'engordade salmonideos
foi formuladacom
os. seguintesingredientes,
segundo
o rótulodazembalagem
(Fonte:'Alisul Alimentos S.A., Itajai, SC):farinha
de
peixe, farinhade
minhocas, farelode
arroz, farelode
glútende
milho-
60,farelo
de
soja, farelode
soja integral(grãos
tostados), farelode
trigo, milho integralmoído, Ó_leo vegetal, cloreto
de
sódio (salcomum)
e
premix vitamínico mineral1.'
Enriquecimento por quilograma de produto: Vit; A (20.000 UI); \fit. B1 (5 mg); Vit. B12 (150 mcg); Vit B2 (10 Vit. B6 (6 mg);
\fit. C (500 mg); Vit. D3 (6,000 Ul); Vit. E (140 mg); Vit. K 3 (15 mQ)1 AC. fólico (1 m9)¡ Ac. pantotênico (80 m9)í Biotina (1mg);
cooaiio (25 mg); Cobre (2o mg); Ferro (40 mg); iodo (5 mg); Manganês (30 mg); Niaoina (100 mg): Selênio (0,4 mg); zinco (50
Tabela
2:Composição
bromatológicadas
dietas experimentaise
da
dieta comercial,expressa
em
porcentagem de
matéria seca. =' T ' . _ ¡ V _
Composição
bromatológica
2EE
'PB
~‹%›
L ‹%› ‹%›MM
uiEB
‹%› ~(Kem/Kg)
' *Dieta comercial 9,5 ` Dietaexp.seca
V 19,2521
Dietaexp. semi-úmida
1912 49,4 15,54 1o,e¢s1,ô`-4380
T C13,4
9,3¢1,9
4424
13,4 . 1 52,11» 38,6 ¬_5 2,14424
V2EE= Extrato etéreo;
PB
= proteina bruta;MM
= matéria mineral;U
= umidade; EB = energia bruta.4.5
-
Parâmetros-de
avaliaçãodo
cultivo4.5.1
-
Crescimento e
sobrevivência:a-)
Peso
e comprimento médiosfinais
bf)
Ganho
de peso
(peso final -'-peso
inicial) _ ~4
c-)
Taxa
de
crescimento específico -›TCE
= [(ln 'Wz-
lnW1)
/t] x 100, onde:1
Ln (Wz) '= logarítimo natural
do peso
final; TLn (VV1)
=
logarítimo naturaldo peso
inicial;t =
tempo
de duração do
experimentoem
dias.a-) Fator
de
zondiçâoiaiømétrico -›K
:L100
× (P / cb); onde;P
: pesg
fina|; .. . . _. .C
=comprimento
total final; .b = coeficiente angular "da regressao
Wt
I Ltexpressa
porWt
- a × Lt (\Nt=
peso
total; Lt
= comprimento
total),e-) Sobrevivência (%) ~- ' --
21
4.5.2
- Consumo
eConversão do
Alimento'a-)
Consumo-
alimentar aparente relativoao
peso vivo (base matéria seca e matéria'
-
, \
natural); este parâmetro foi calculado para
cada
intervalode tempo
entre as biometrias,utilizando-se a seguinte fórmula: l
%cR
=1oo
×[(c/nm)/(B/n)1=1oo×[c/(d./5)]
Onde:
C
=consumo
de
alimento por tanque-rede (base matéria secaou
úmida),
num
períodode “d” dias; '
n = n° de peixes por tanque-rede;
d
=
períodode
consumo
em
dias; -B = biomassa
média
por tanque-rede no periodo de “d” dias.b-_) Índice
de
conversão alimentar aparente(CA
= matéria seca ingerida Iganho
de
peso) "if . _
'
c-)
Taxa de
eficiëncia protéica(TEP
=ganho
de pesoúmido
l proteína consumida)d-) Porcentagem
de
proteína depositada -›PD
= [(PF-
Pi )x100
I PT], onde:PF
=
proteina corporal final;P|
=
proteína corporal inicial;A
PT = total
de
proteína consumida.4.5.3
-
Rendimentode
carne ecomposição
bromatológica~
Dez
*pei›"‹'es foram separados antesdo
iníciodo
experimento.Ao
final, mais
dez
-~._,_-..'›,.'-. _
--
¿ .- ‹
composiçao
corporal (peixe inteiro)no
início e no final, eorendimento de
carcaçae
filéno
final do experimento. _As
análisesde
composiçãodos
peixes foram feitas pelo Laboratóriode
NutriçãoAnimal da Estação Experimental
da
EPAGRI
da cidadede Lages
(SC),segundo
asnormas
daAOAC
(Association of Official Agricultural Chemists, 1984).Os
rendimentosde
carcaça e filé foram determinados pelas seguintes fórmulas:O _ -
Rendimento de
carcaça(%C)
=(PC
I PT) x 100Rendimento de
filé (%F) = (PF / PT) x 100 Onde: s . ' `PC: peso
da
carcaça (peso total-
pesoda
cabeça, vísceras, -pele,escamas
enadadeiras) '
~ ,
PF: peso
do
filé 'PT: peso total
do
peixe4.6 - .Controle da qualidade de
água
Ao
longodo
experimento analisou-se os seguintes parâmetrosde
qualidadede
água: * '
_
- Oxigênio Dissolvido, Temperatura e Salinidade; médias
semanais
obtidas atravésde 4
a6 mediçoes
por semana,em
3 profundidades (superficie, 1m
e 2
m),com
auxilio
de
Oxímetro digital YSl55
e Refratõmetro portátil. .-
Amônia
total, Nitrito epH
1 2medições
semanais,com
Kit Laborett® (Tetra).Amônia
total
medida
na
superfície e a2m
de
profundidade; .nitrito epH
medidos na
superfície.}¡__¿‹.-_, “ ' , ` ` f 1 _ ` O ' -T , ¡j_ -H-.sn '
- Transparenjcia: 1
medição
semanal,com
Discode
Secchi._ ..›,:> v _* A ._` «_
~=›'z- ' *'*‹=
23
A
verificaçãodo
oxigênio dissolvido, temperatura e salinidade foi feita entre 8:00e
8:30 horas.
Os
demais
parâmetros foramtomados
entre 9:00 e 10:00 horas.4.7 - Delineamento experimental
Os
nove
tanques-rede utilizados corresponderamaos
3 tratamentoscom
3repetições.
A
disposição decada
unidade experimental,com
o respectivo tratamento,foi feita por sorteio.
' O
t
`
Os
dados
resultantesdas
variáveis estudadas foram submetidos à análisede
variância simples
(ANOVA)
com
nível de significãnciade 5%;
osdados
em
porcentagem' receberam transformação arco-seno para
serem
analisados.Quando
detectada diferença significativa, foi aplicado oteste
de
Duncan
paracomparação
de
médias.
A `
.
_
.
O
modelo
matemático adotado foi o seguinte:Y¡|‹=lJ+Ti+E¡i‹ ~
Onde:
A '
'
Y¡k= variável estudada, referente
ao
tratamento i;u =
média
geral;T¡ = efeito
dos
tratamentos;E¡k= resíduo. '
~
É *Rr 515 - › .Í
.M › i* , < Í 1' «‹ É (P › 5 1 z ¡\ « » K '<» 1 r* « J -;~_: _.;z zz uu zz, - 'T .=_'='1 } É ¬ › 1 4 Ê «‹ 9 4 ¢ ~< x /A. "/a r `.`:Í\ X w Cl \ »‹ zíz,š 2;*/z ,Ú ›.'~. ›';~; 5' -1; ,-'lf"‹"\'~' `l`." 5' ` .. -.Ç ll,5 .uz 5.
Resultados
5.1- Qualidadede
água
Os
dados
referentes àsmédias
de
concentraçãode
oxigênio dissolvidoe
temperatura,
medidos na
superficie, 1 metroe 2
metrosde
profundidadedo
viveiro,estão representados nas Figuras 3
e
4, respectivamente. .. 7,0 -,-.._.,.."._.,--,..m...-..__,,,-.»,._,,_._.a._-~,--,.-..._-d_._ -,..__.,.._...,_-...a,,._.,_u_, WH-.. fz ,___-,-¬ 6,0 :I V Cone. de O2 (mgll) N (J -b U1b
'cz 'o 'Q _ -0-Superf. --I- 1 m '-ø_2m
1,0 - 123456
789101112131415161718192021222324
Tempo
(semanas)Figura 3:
Médias semanais
das
concentraçõesde
oxigênio dissolvido(mg
I L),registradas
na
superfície,1m
e
2m
de
profundidade, durante o período experimental.31,0 ~ - 29,0 -. 1 < « V - . ~ ¬ ~
3
28,0 2- 27,0 cu 26|0 _ -1-Superf. 5,0 ‹“-1
f"---zm
temperatur ro roP
O 23,0 - 22,0 - 21,0 -12345678910111213141516171B192021222324
Tem
po (semanas) z. o z J vFigura 4: Medias