UFIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR CENTRO DE CIÊNCIAS AGRAIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA
SPECTOS lICTTICOS DO CUITIVO DE TILS-DI!, DO NIL09 Sorotherodon niloticus (LINNAEVS NA REG-I10 NORDESTE DO BRASIL
FRANCISCO FERNANDES DO VALE FILHO
Dissertag6o apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro do Ciencias Agradas da Universidade Fe deral do Oeard9 coo parte- das exig6ncias para a obten
gao do Titulo de Engenheiro de Pesca.
FORTALEZA - CEARA JULHO / 1,82
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) V243a Vale Filho, Francisco Fernandes do.
Aspectos técnicos do cultivo de tilápia do nilo, Sorotherodon niloticus (Linnaevs) na região nordeste do Brasil / Francisco Fernandes do Vale Filho. – 2019.
24 f. : il.
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2019.
Orientação: Prof. José Jarbas Studart Gurgel. 1. Tilápia (Peixe). I. Título.
CDD 639.2
1982.
JOSE =BLS STUDLRT GURGEL
- Professor
Assistente-
-
Orientador-
COMISSI:0 EXMINADORA
JOSÉ WILLIMBEZERRA E SILVA •- Professor Assistente
Presidente - LUIZ PESSOA ARAG7:0 - Professor Assistente - VISTO
MOIS1S ALMEIDA DE OLIVEIRA - Professor Assistente -
Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca
FRANCISCA PINHEIRO JOVENTINO Professora Assistente-
AGRADECIMENTOS
Ao professor JOSE JARBAS STUDART GURGEL,.pela amizade o constante orientago na realizagao deste trabalho.
Ao professor JOSÉ WILLIAM BEZERRA E SILVA, relas infor ma9ges técnicas e colabora9tio dispensada.
Divi&io de Pesca e Pibeiculturldo DrOS, qi_e nos for neceu todos os dados e todos os esclarecimentos rossíveis.
A FRANCISCO DE ASKS BASTOS CASTRO, rela aluda rresta da na confecgao deste trabalho.
Enfim, a todos os colegas e amigos que de uma forma ou
Aspectos tecnicos do cultivo de ti141a do Mot SAROTIMODON YILOTI CUS ( la), na rogigo Nordeste do Brasil.
INTR0DUQ.g0.
0 Nordeste possui grande parcela de_suaa drea localizada no. conhecidoPollgono das Segast o qual engloba parte dos 7stados_do Coa 726,1 Piaui, R. G. do Norte, Paraiba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Ba hia e Minas Gerais. 0 mesmo constitui cerca de 11,49cJi- do Territerio Nacional. A partir de 1805, foram documentadas as.secas nordestinas, fato quo se preocupou os governantes 40 anos apes, quando entgo a a tentar para construg3es de açudes como elemento primordial ao combate as secas on nossa região ( SIQUEIRA, 1980.). Passaram-se vários, anos com planejamentos e construg3es de açudes, peren1za93es de rios, ate clue as coleg6es_de dgua começassem a ter uti1izag3es adversas, tais como para,produçao de peixes; para irrigação e outras atividades agro pecuárias. A fauna aquática, diretamente beneficiada pela construggo do açudes, sofreu sensíveis melhoras, havendo uma notdvel escenção de algumas populag3es devido as condig3es ambientais favoráveis ( ST0TT7I RA, 1980 ).
Por volta de 1935 foram realizadas exneri&ncias com a _ _ _ intro duçao am nossos açudes de especies Irovidas das bacias do Parnaiba,do 96,o Francisco e at mesmo do 1110 Amazonas, tendo como finalidade
lhorar a ictiofauna regional, controlar biologicamente a Piranha_ e contribuir para um aumento na produtividade da pesca, bem como. of ore cor qualidade mais diversificada do produto pesqueiro no Nordeste ao Brasil.
Oriunda da Costa do Marfim a tildpia do 7ilo foi introduzi da nos nossos açudes no ano de 1973, aparecendo cm 1974 pela primeira
voz nas estatísticas de produggo de pescado dos reservaterio piThlieos ( FREITAS, 1979 ). Devido a fácil adaptagao ao nosso clima, a xrrnricle
prosontantos da fauna nativa com alguma expressividade, esta_espécie atualmente encontra-se amplamente distribuida pelas bacias dos rios
'do Nordeste e outras bacias hidrogrd:fiba8 do nosso
A tildpia do Nilo Dma das esp4ies_de maior import6.noiaco mercial dos açudes do Nordeste brasileiro, ocupando o primeiro jugar
em produgEo a partir de 1978 ( FRETTAS, 1979 ). ./A sup, criagEo intensi
va tem mostrado sor Otima atividade econOmica, haja vista a sua_efi cacia na obtenggio de exemplares que possuem elevados valores ec0n5m1 cos, utilizando-se apenas um baixo investimento inicial e um relativa
monte baixo capital do giro.
Muitos estudos vem sendo - i7ealizados com finalidade de ,apri
morar a linhagem da tilef,pia do Nile', estudos asses quo vgo dosd a
soxagom, com o objetivo do desenvolver uma monocultura de machos, at6 o cruzamento dessa °specie com outras ti16:pias, para a obtongEo do um híbrido normalmente mais resistente as variag6es sazonais do que as ospécios quo o originou. Entro os países que realizwn estudos com, es
ta espécie, podemos citar os Estados Unidos, Isreal l Brasil, Cuba, 7a namd e outros.
. 0 déficit daoferta do pescado no Brasil, principalmen-he no
Nordeste, cuja a produgEo_el por demais reduzida; ocasiona de certa ma
neira lima acentuada elevagEo no prego do produto devido a . grande
manda. Esta elevagEo do prego concorre para minimizae.o do poder aqui sitivo aos consumidores ( LIRA, 1975 ).
Daremos neste trabaiho nfase ao que se refere a monocultu analizando tomb& o aproveitamento desta espécie como elemento in
centivador
a
utilizagao de monosexo (macho) am fazendas (le prdticasDiscicolas. -ocuraremos pois ampliar as possibilidades do monoculti
vo no Nordeste brasileiro, en virtude de sua Otima adaptagEo ao nosso
clima tropical, 0 qual 4 possuidor de um ecossistema aqtyftico de gran
de produtividade.
Características gerais da Tilc5.ria do Wilo, SnOTIFIRO-0077 77:1,0mTOT1S 1) Classificagao (TRWAW.,S, 1966). CLASSE SUB -CLASSE OSTEICHTHY79 TELEOSTEI
STMRORDEM 0 S TAR OPITYS
ORDEM PERCIFORMES
SUBORDEM PERCOIDEI
FAMILIA CICHLIDAE
GnNERO SAROTHERODON
ESPCIE SAROTBNRODON NILOTTCUS (L0 1766 )
2) Características bionietricas./.
- Altura do corpo 2 a 2 3/5 vezes no comprimento total.
- Focinho arredondado com perfil lixTeiramente convexo. Olho 3 1/2 a 5 2/3 no comprimento da cabeca.
Doca moderada.
- Dentes 2 a 7 séries, num total de 30 a 90 na serie mais externa (9-1
mandibula.
Rastros curtos de 17 a 25. Dorsal XVI XVIT.
Anal III, 8 - 11.
- Peitoral 1 a 1 1/5 vezes maior do clue a cabeça.
- Caudal truncada nos jovens e arredondada nos adultos, com barras distintas variando an ni5mero.
Linha lateral 19 - 25/11 - 18.
- Cor cinza ou prateada; os jovens apresentam 8 a 9 faixas escuras.
no corpo e uma mancha escura abaixo do bordo superior do pedlincu
lo caudal, podendo persistir no adulto. 3) Características do habitat
Espe'cie de clima tropical cam temperatura superior a 15,5C, nae sobrevivendo abaixo de 12°C ( BARDACH, 1972 ).
Vive e desova nos grandes lagos BETTER numa salinidade de 2c) par tes por mil ( L SABY, 1951).
7,11 Ca7)az de sobreviver a uma transferência direta da eigua doce pa ra um meio de 60 a 70% de @gua. Quando submetida a adaptagEo gra dual, ela pode resistir a uma concentraggo de at 53,5 partesper mil de salinidade.
4) Regime alimentar./
Onlvoro micrOfago, consumindo organismos do fito e zooplancton. - As vezes pode ser carnívoro, devorando pequenos crustciceos e no
lAsculos ( BARD, 1980 ).
5) Crescimento (BY-ZD, 1980).
- Varia de acordo com a quantidade e qualidade do alimento. Os machos, em cativeiro, apresentam uma taxa
-eerier
a
taxa de crescimento das fêmeas.6) Características sexuais. - Arresentam dimorfismo sexual:
de crescimento
fêmeas -3 orifícios
machos - 2 orifícios, apresentando papila genital.
Atinge a primeira maturagEo sexual, em nossas condig4s
• cas, entre o 52 e o 62 mess de vida ( BEZL,ARL & SILV., 1977 ). 7) ReprodugEo.
Peixe de desova parcelada.
- IncubagEo oral e fecundagEo externa.
Apes 3 a 5 dias da fecundagEo as larvas eclodem, permanecendona boca da fêmea ainda por 4 a 5 dias, at que o saco vitelino se ja absorvido ( BEZERRA, 1977 ).
METODOLOGIA.
A Tild,pia do Nib foi escolhida para o presente trabalho, por ocupar, a ualmente, uma posigão de destaque na produção do pesca do no Nordeste do Brasil.
Tratando-se de um levantamento bibliográfico, este trabalho foi realizado an fungo do:
- pesquisas feitas aa bibliotecas, tais como, do DNOCS, da UPC, do LABOMAR e am livros o trabalhos científicos de particulares;
entrevistas com t6cnicos de Orgaos especializados no tema; - visitas as instalag3os prOprias
a
criagão da osTD6cio.Tentamos, deste modo, fazer uma jungão de dados te6ricos- pra'.ticos sobre a eso6cie SAROTHERODON NILOTICUS ( L.), no Nordeste do Brasil.
Os dados complementares, tais como tabelas e 4mificos, es tao colocados e enumerados no final do trabalho, atendendo As cita
Oos feitas no decorrer da discusão. TABELA T
Distribuicão de Alevinos de TilcIpia do Nilo, -nor Estago de Piscicultura em açudes e viveiros referentes ao período de 1976' a 1981, no Nordeste do Brasil.
TABELA II
Açudes do Estado do Cear.4, controlados polo DNOCS que apro sentam peixamento c produção no período de 1976 a 1981.
TABELA
III
Açudes do Estado de Alagoas e do Estado do Piaui contro lados polo DNOCS no período do 1976 a 1981.
TABELA IV
Dados referentes ao poixamento e produgão nos açudes piibli cos controlados polo DNOCS, nos Estados da Bahia e Sergipe no porio do de 1976 a 1981.
TABELA V
Dados referentes ao reixamonto e producão dos açudes
cos controlados pelo DNOCS, nos Estados da Paraíba e T'ernambuco no período de 1976 a 1981.
DISCUS=
Piscifatura.
No Nordeste encontram-se instaladas 0 en Tono funciornmen to, at 0 ano de 1981, cinco Estaeges de -Piscicultura as quais sEopos suidoras de uma boa produgEo anual de alevinos.de Tilia do Nile.
Durante o período de tempo em estudo, verificamos que a os tagEo piscicola de Pedro de Azevedo, localizada no Estado do Cear, foi a quo obteve a maior produgEo com cerca de3.762.626 alevinos.
Todas as Estag6es de Piscicultura possuam um raio de aço " determinado, como sejam:
a) EstagEo de Piscicultura de Ademar Braga, localizada no Piaui o quo além desse Estado, beneficia ainda o MaranhEo e o Cearef.;
b) EstagEo de Piscicultura Valdemar C. de Franga, localizada no Coa r, beneficiando a Regido Norte e Centro do Estado;
c) EstagEo de Piscicultura de Pedro Azevedo, localizada no R. G. do Norte, beneficiando a regiEo Sul do Estado, além.de parte da Paraiba; d) EstagEo de Piscicultura EstevEo de Oliveira, localizada no R. G. do Norte, beneficiando todo este Estado;
e) EstagEo de PisciTeulturlde Jacurici, na Bahia, que beneficia os Estados da Bahia, Sergipe e Norte de Trinas Gerais.
Outro dado a ser esclarecido 6 que ainda existe no Yoroosto outra fonte produtora de alvinos. Trata-se do Centro ,,A) Pesquiasa ic tiolégicas_o qual se encontra localizado cm: Pentecostal Estado do Coa, r a, o qual, apesar de ser apenas um centro de estudos, algumas vezes .
chega a produzir alevinos quo so utilizados rara o peixamento de gudes.
Todos os dados sobre as distribuig3es de alevinos de Tilrf, pia do Kilo no decorrer dos anos antra 1976 e 1981, das Estag6es de Piscicultura do Nordeste do Brasil, encontram-se na tabela I no final deste trabalho.
Peixamento.
•••
Yo decorrer de alguns anos o peixamento nos acudes - ao or deste brasileiro, tem se tornado uma Constante. Normalmente 4 nado 6'11 fase
a
colocagao de °species no nativas, visand0 uma melhoria quali tativa e quantitativa da ictiofauna e um melhor nreenchimento dos ni chos ecolOgicos nao ocupados por °species nativas,No Nordeste do Brasil foram utilizadas, nos atimos anos, varias °species para o peixamento, tanto am açudes coma cm particulares. Entre asospecios utilizadas podemos citar: 0 .Apaiari (Astronotos ocellatus), a tilgpia do Congo (Tilgpia rendalli), o Tucu nar6 comum (Ciella occolaris), o Tucunare pirrima (Cichla temensis),a Tilgpia do Nilo (Sarotherodon niloticus) e outras. Segundo dados co lhidos no DNOCS, 6 notOria a diferença existente no nUmero de peixes
an açudes pUblicos e particulares; nesse sempre se tem feito .Ate r_!,cres cimo de exemplares muito superior ao quo se faz nos outros, chegando mesmo em 1978 a atingir 4,6 vezes a quantidade de exemplares introdu zidos nos açudes
No caso especifico da milgPia do Nib, am 197P foram coloca dos sois vezes mais examrlares nos açudes particulares- em relaeo aos açudes pi5.blicos controlados pelo DNOCS.
Devido a razes adversas o peixamento, cam do Nilo, tem diferido muito de um Estado a outro, no Nor,leste rasiboiro, .7)es de 1976 ate 1981, segundo dados fornecidos pelo DNOCS, o Cearg 4 0 Ts tado que teve mais açudes peixados com a Tilgria do Nil° e trImbem foi o Estado no qual houve maior introdueo de quantidade de exemrlares da °specie. Esse ntimero de exemplares chegou a exceder a cifra de um milho e meio, caso linico no Nordeste do Brasil.(Tabela 2).
Durante o período de tempo, o qual aborda o nosso estudo, notou-se a exist6ncia de no peixamento da Tilgpia do Nilo am alguns açudes, mas mesmo assim eles apresentaram boas produOes desse poixe. Essa ocorr6ncia pode perfeitamente ser exemplificada pelo Estado de Alagoas, o qual 6 .possuidor de uma boa produgao, sem quo .tenha ha vido um peixamento, pelo menos nos açudes ptiblicos controlados re lo DNOCS.
ProdugEo.
Nos nossos açudes so encontrados bons Indices de produtivi dado primria
,
devido a esses fatores e alguns outros, a Tilpia do Nilo tem apresentado um alto grau de desenvolvimento, aparecendo como uma das espécies do maior produgEo no Nordeste do Brasil.Com base nos dados Obtidos no DNOCS, o Cearn, possui a maior produgEo de Tihipia do Nilo, nos açudes controlados por esse OrgEo, sendo seguido pelos estados: Bahia, Alagoas, Paraiba, Pernambuco, Ser gipe e R. G. do Norte respectivamente.
No Estado de Alagoas memo nEo tendo havido peimmenta. apa rece como um dos maiores produtores de Til&da . do Nilo. 7sta ocorr&
cia 4 explicada com base na hi7)6tese de que. nelo menos um peixamell_to deve ter havido em alguma colegEo d'6,gua formadora da bacia . laidro=f , _ fica do açude no qual houve produe,o. Outra explicagEo razoef.vel ea_
presentada cam base na interligagEo das bacias hidrográficas am 4noca de cheias de media e grande porte. (Tabela 3).
Quando se faz uma ancllise camnarativa tomando-se ilor base apenas o valor absoluto que exprime a produção an '?-ilograma, encontra. mos a maior produtividade no açude Jacurici, localizado no 7sta(lo da Bahia. Esse açude proporcionou
a
baianos e nordestinos an geral 5.897.297 Kg de Tilcfpia do Nilo no intervalo de tempo compreendido on tre 1976 e 1980. Todos os outros açudes observados no chegaram cada um individualmente a alcançar uma produgEo de dois milh3es de kilo gramas no mesmo intervalo de tempo anteriormente observado.(TabelaTratando-se de açudes particulares quase nada vas sendo foi to com a finalidade de manter um controle estatístico de suas produ gSes. Por essa razEo no detalhamos possíveis dados de produgEo desses reservatOrios colhidos aleatoriamente.
Toda a produgEo do Nordeste normalmente tem um fim comum que 4' a sua utilizagEo para alimentagEo do homem, mas outros fins' tambem sap reservados para essa produgEo, tal como a utilização a Ti lcfpia do Nilo para a capitura de Lagostas au imra a fabricaoEo de fa rinha de peixe, que no caso
e
multo utilizado.Hibridago.
Experiencias can hibridagao de til&pias realizadas vidantqo
contornar algumas dificuldades existentes na criagao intensiva. 7saqs dificuldades sac) causadas principalmente devido ao rido amadureci.. monto sexual e pela grande prolificidade cue as espécies conseguanter em recinto ou viveiros. 0 primeiro ocasiona um aparecimento de indiví duos jovens pois a Tilcf,pia geralmente atinge acua primeira maturaem sexual com aproximadamente 5 a 6 meses do vida. 0 segundo proporciona
uma superpopulagao de ti]Zpias ocasionando indivíduos pequenos sem. ceitagEo comercial pois logo apcis a primeira maturaeo sexual as re
produg3es serao efetuadas num intervalo de oito semanas.
Mrias prEf,ticas de hibridag3es foram realizadas e seus • rc aultados foram am geral diferentes, quando machos da especie africana foram cruzados com femeas malasianas toda a geragao F1 constituiu-se de exemplares 100% machos; o cruzamento entre machos malasianos _ _ e fe
meas africanas apresentou na geragao - F1 uma proi-orço de 3 machos ra ra uma fêmea; no cruzamento entre machos e femeas do 7i.ibrrlo com_ ma chos e fêmeas das espécies originais resultaram em todos os casos rro porg6es entre sexo de 1:1. Quando se cruzou ilia macrochirfrême com TilZ,pia nilOtica (macho) obteve-se na primeira geraga,o 134 machos e 30 femeas e quando se cruzou macho da primeira com fêmea da se7unda .obteve-se uma prole constituída de 107 machos e 90 femeas. 0 'WOOS a
través do sea Centro Pesauisas Ictioleigicas tem realizado trabalhos de cruzamento entre machos de Tilapia hornorun e fêmeas de TilElria ni
lotic . A primeira geragao tom se constituído de indivíduo - 100
chos ( BEZERRA & SILVA, 1977).
Dentre os híbridos obtidos o que Mais se mostrou eficiente Para a criagao intensiva foi o gerado pelo macho de Ti16,pia hornorumi
e fêmea de Til4ia nilotica. Notou-se onto que os híbridos resultam
tos eram mais resistentes c'7,..s condig3es ambientais do que as prOprias
espécies que lhes deram origem, pois apresentaram excelentes qualida
Cultivo monosexo ( macho ).
O macho da Tiletnia de Tilo 6 muito utilizado para a nrica de monocultura, pois apresenta um crescimento sunerior ao crescimento da f6"mea, no mesmo espaço e nas mesmas condiç3es ambientais,
O cultivo monosexo dessa osp6cie arresenta um nroblema so bre o Eual se tom estudado muito, que 6 a sexagom dos exemPlares cuan do da fase de colocagao dos mesmos para a engorda.
Principais metodos de sexagem de TilEiria do Nilo
- sexagem manual - 6 feita utilizando-co como base da distircao do so xo os orificios existentes no ventre dos exemplares, as f&aeas apre sentam 3 orifícios o os machos apenas 29 asses liltimos apresentam na pilas genitais perfeitamente visIveis.
Esse tipo de sexagem normalmente 6 feito com o auxílio _de um corante, quo ao sor passado sob a regiao ventral do exemplar, cora os orifícios do mesmo. A sua vantagem 6 Que a porcentagem de erro na sexagem se apresenta como sonde muito pequena e a desvantagem 6 cue se torna, an grandes sexagens, tediosa e inc&noda para o o-orador. - Sexagam mcc6nica - 6 feita utilizando-se como base da aistinoao sexo o tamanho dos exemplares, nois cm condic6es florim-is o macho (l a Tild.pia do File apresenta um crescimento aproximadamente duas vezes maior que o crescimento da femea. Para essa separaçio de sexo se faz necessrç.ria uma rede com a abertura da malha conhecida e clie essa
bertura represente um fator de selegao entre os exemnlares a serem submetidos ao arrasto da rede. Podemos citar como vantagem a realiza gao de uma sexagem mais repida an um grande macro de peixes e a des vantagem resido na porcentagem de erro, que se apresenta maior do
que o método anterior.
Outros m.4todos de sexagem esto em franco desenvolvimento, pois vfírios estudos ainda esto sendo feitos com a finalidade de se aprimorar uma maneira prfitica que no possua uma grande margem de or ros9 quando do ato da sexagam das tilES,pias.
• monocultura de machos 6 utilizada para contornar causa da pela excessiva reprodugao da espécie. As instalagges para _ osso cultivo 6 de maneira geral varivel, pois os viveiros de reprodueo
tom as suas areas variando de 100 a 400m2, os viveiros de alevinagenc tom reas am torno de 1000m2 e por illtimo os viveiros de engorda, os
quais possuam ,4,reas variando an torno de 10.000m2.
Os viveiros de reprodueo devem sex' povoados, com roproduto res da espScie, na proporeo de 3 f&meas para um macho e de uma fó'moa para cada 3m2. ApOs dois mesas da colocaeo dos reprodutores, obtam-7 se os alevinos que devem ser astocados numa taxa de P,0 a 100 mil_ tor hectare, nos viveiros do alevinagem. Togo quo os alovinos atingirem peso medio de 40g9 dove ser feita a sexagem,_inao os inrlivIftutos
chos para os viveiros de engorda ou de produeo, local onde ser5lo_ tocados numa taxa de 10 a 20 mil indivíduos or hectare, ou sela 1 2 peixes por m2. Tanto no viveiro de reprodueao, como no viveiro
engorda, deve ser falta uma adabaeo e os exemplares devam ser alimer tados convenientemente.
Os peixes mantidos no viveiro de engorda permanecero roce bando alimentaeo at6 cue possuam um peso que tenha valor camercial. 7ssa alimentagao 6 constituida na grande maioria das vezes de subpro dutos agrícolas tais como: torta de caroço de algoda6 farelo do mi lho, torta de ba1açi e outros. Existem t,arnbcfm os alimentos pe-Dlatiza
, -
dos os quais ja so adquiridos com uma dicta conhecida e emilal_ada cm formas preestabelecidas.
CONCLUSTES.
- tildpia do Nil° se apresenta cano uma especie possuidora ao 6timas condig6es para o cultivo na regiao NOrdeste do Brasil, tanto extensiva como intensivamente.
- manutengao e ampliagao das estag6es produtoras do alevi nos se fazem necessárias devido ao crescente desenvolvimento das pr6 ficas do peixamentos realizadas nos açudes da nossa regiao,
- A crescente prática de peixamento de Tildria ao 'Tilo .. nos
reservatórios públicos e rarticulares 6 iustifica(la rolo mrau Pe Rese7 volvimento qua essa esrdcie arresenta nossos reservatórios,
- Desde a sua introducao am nossa re_giao a Tildria do 7il0 vem aparecendo como sendo uma das osrdcies que arresentam maior rroqa
* tividade em nossos açudes públicos controlados relo DY0C9,
- A hibridagao 6 uma das alternativas utilizadas rara solu cionar os problemas clue aparecem na criagao intensiva da Tildpia do lo, pois o cultivo do híbrido evita o aparecimento continuo do lovens
e a super poDulagao.
- 0 cultivo monosoxo (macho) do Tildpia do Nilo minimiza os problemas do continuo aparecimento do indivíduos jovens e a super popu laço, bem como9 6 justificada pelo fato de (712.0 nessa espdcie o, macho apresenta um crescimento muito superior ao crescimento da femea.
SUMARIO
0 presente trabalho mostra alguns aspdctos t6enice9 do cul tivo de Tilcipia do Nib, •SAROTHERODOY NTLOTICUS ( Tinnaeus ), na re giao Nordeste do Brasil.
Os dados foram obtidos junto ao Derartamento Tracionai re C brab Contra as Secas ( DNOCS ) e se referem ao neriodo compreendifqo antra os anos de 1976 a 1981.
Os resultados obtidos nos mostram que a Tiiia do Nilo ge apresenta como uma esp6cie 4ima para eriagao intensiva e extonsiy, na rogiao Nordeste do Brasil, tanto pela sua Otima aclimataqao como Dela sua grande rosist8ncia As variagEies sazonais.
BIBLTOGRAFIA
BARDACH, J. E. at alii - 1972 - Aquaculture. Jonh Miley & Sons, Inc. XI I- 868 -p-p. ilus. New York.
BARD, J. et alii - 1974 - Manual de Piscicultura para a Am4rica o frica Tropical. Centro Technique Forestial Tropical, 183 pp0 i
lus. Nugente - Sur - Maine.
BARD, J. 1976 - Desenvolvimento da Piscicultura Intensiva da .Tild Pia macho no Nordeste. Centre - Technique Forestial Trorical, 7u
gent - Sur - Maine, Franga, mim. 24 pr.
BARD, J. 1977 - Algumas slIgest6es para piscicultura brasilaira (rela teirio de miss6,o). Centre Technique Forestial Tro-licf?a, Nugonto Sur - Plaina, Franca, dat.
77
DD. tab, no numeradas,1 BARD, J. 1980 - Piscicultura das tildrias. 26 pp. mimeografado.
BEZERRA 0 SILVA, J. W -
1977.
Desova e selegg,o de peixes de águaTiontes, frias o temporadas. 31 pp. mimeografado.
EL SABY, H. Y. - 1951 - The lake fisheries of Liu. et. Proc. Un.Sci.
conf. 7 : 126 pp.
FREITAS, J. V. F. et alii - 1979 - Estudos do Alguns Par6,matros- bio
m6tricos o da composigao qui'mica, inclusive sua varia95,o_ SaZO
nal da Tildpia do Nilo, Sorotherodon niloticus (L.) do açudo pu blico Paulo Sarasate (Reriutaba, Cear, Brasil), Durante os anos
1978 a 1979. Bob. Teo. DNOCS, vol.
37,
n° 2, jul/dez.GURGEL, J. J. S. & FT=TAS, T. V. 7. 1972 - Sobre a com-,osico ruí
mica de 12 es-necies de peixes de valor comercial de agudos Nordeste brasileiro. Bol. Tec. DNOCS, Fortaleza, 30 (1) : 45
57 pp.
GURGEL, J. J. S. at alii - 1981 - Estudos sobra a melhoria do 7pro cossamento da salga e secagem da Tildpia do Nilo, Sorotherodon
niloticus, no açude Araras-CE. Dol. Tec. DNOCS, Fortaleza, 39 (2), 71 - 78, Jul/dez,
LI, E. R. - 1972 - Anteprojeto econômico de criagao intensiva do Híbrido de Tildria nilcitica e Tildnia Fornorum. Bolo Tec.DY(T,q, Fortaleza, 32 (1) : 3 - 22, jan/junho.
LIRA, E, R. & A. B. da Silva - 1975 - Estudos econ8mf_cos e biolói cos sobre a criaggo intensiva do Híbrido .de Tildria Tril6tica, Sarotherodon niloticus e Til - ia Hornorum, Sarotherodon horno rum em perímetro irrigado do DNOCS. Doi, Tee, DNOCS, 7ort. vol. 33, ng 2, jul/dez
EACAL, R. P. - 1980 - El sexado de la Tildpia porei m6todo deltin te. Rev, tee. do Hinter de Doca, Agro. Panam, ng 5, 24pp.ilus, OSORIO, F. Y. F. - 1978 - Manual Programado deyiscicultura. , - Kin IS
t6rio da Agricultura do Yaranfigo, Brasilia, vol. 2,204pp.ilus. SIQUEIRA, N. M„ M. - 1980 - 0bservag6os acerca da Introdue,o da Ti ldpia (Sorotherodon) niloticus (LINNAEUS, 1976) no açude Arro jade Lisboa. Trab. super, Fortaleza, 33pp. ilus.
TRMAVAS, E. - 1968 - A Preliminary revilw of fishes of the genus Tildnia in the east cord-flowing rivers of Africa, With , -,roo sal of two especifica nomes, Rev. Zool. - Bot, %frc, 7 (1-4)i 394 - 424.
TABELA I
DISTRIBUI0.0. DE ALEVINOS DE TILICPIA DO NILO, POR ESTACO DE PISCICULTURA EM AÇUDES E VIVEIROS, REFERENTE AO PERÍODO DE • 1976 A 1981, NO NORDESTE DO BRASIL.
ADEMIR VALD7MAR PEDRO ES1 EVX0 JACURICI
ANO C. DE DE DE TOTAL
BRAGA FaANGA AZEVEDO OLIVEIRA
1976 97600 319930 99222 70309 587061 1977 108160 188542 531600 77368 111950 1017620 1978 182370 325798 420500 142388 65600 1136656 1979 229338 235913 613610 187397 85050 1151308 1980 366158 714600 837500 496370 175600 2510228 1981 380569 876194 /039486 799920 198940 3295309 TOTAL 1266595 2438647 3 S2626 1802665 707449 9977982
TABELA II
AÇUDES DO ESTADO DO CEARA CONTROLADOS PELO WOCS UE APWE SENTARAM PEiXAMENTO E PRODUÇXO NO PERÍODO DE 1976 A 1981.
AÇUDES PEIXAMENTO 1,R0Duf,A0
(EXEN1LARES) EXEN I ARES KTIOAMA
A. Mirim 23000 3951 9010 A. Lisboa 40000 6223351 282 Araras 14840 2744122 1079712 Bonito 24904 243 124 Caxitor 23365 635107 390453 Cedi-o 4000 8457422 1446095 Ema 146000 5667 2718 Forquilha 22900 1857 1229 J. TAvora 181600 40929 15651 N. Floresta 112510 1370 940 Patos 12830 10462 4735 P. de Miranda 16000 2013115 1317987 P. da Pedra 14000 1011 187 P. do Barro 78000 22406 9685 Quikeramobims 40000 2210 741 R. do Sangue 142000 6344 5120 Salo 23000 297775 63297 S. Maria 25000 129513 32728 S. A. de Aracatiag4 11000 41926 26202 S. Gabriel 14000 92515 27433 S. Mateus 10000 47854 37040 S. Vicente 17000 1726 1545 Serrota 11000 13900 5917 Sobral 24675 28545 6133 V. da Volta 16000 2702 1129 V. do Boi 7000 918951 56605 Velame 85000 2257 822 TOTAL 119624 217472,1 454'3522
TAB ia,A
A ÇU DES DO ESTADO DF: ALAGOAS E DO A K. DO 1IAUÍ CONTRGI A
S Pii.O WO CS NO P OR:f0 00 DE 1976 A 1981. FEIXAMENTO FR0013010 AÇUDES EXEMP LA RE S' 18874 1279778 1510 3892447 19144 277467 5489'!20 4000 4085 14865 41456 3000 538 17712 3'1 48140 42027 12845 2633 28408 10, 128970 2106o KI LOGRAT. 4287 306414 245 696946 6040 68852 1082784 1824 15892 318 119 27247 784 47288. ARAPIRACA ( AL . CORURIPE GRAVATA JARAINiATAIA PAI MAN t SERTA.0 DE BAIXO TOTAL ALDEIA ( BARREI RA S DOM FIN C AJA RA S CAL DEI R71.0 INGAZ EIRA S ).AGOA DO CAJUEIRO TOTAL
OBsERVAÇIO : A , LAGOA DO CAJUIRO i A 15141 C '..1UE PO San. CONTOU
LE DO IVOCS, NO NOR 3T BASILiIR0. FONTE: DI VI s-4.0 DE PESCA E PI SC' CULTURA TX) PEOCS
TABELA IV.
DADO S REFERENTES AO PEIXAMISTTO E PRO DUO.° DO S AgMES PBLI
COS CONTROLADOS PELO ENOCS, NOS ESTADOS DO BAHIA E Sif.GI PE
NO PERfODO DE 1976 A 1981,.
Agu DES PEIXAKENTO PRO DU g:0
-;TXEMPLARES) 7,`XEMPLARES KIT ,OGRAMA
Adus tine. ( BA G ) 2755 54973 30868 Ara ci 6000 374588 154271 Champ rE; o 2730 31 19 0oeorobc; 34100 15,14 1258 Jacuri ei 10000 20670902 5897297 ,. , - I 3..n.no es 6130 42428. 26589 tt:t c E., 13000 Ori 03 Serrote 12000 1998 1851 3 oh en 11000 3011 1805 Tr ern edal 2000 773 227 '1 ` UT AL- 9973.5 2:1150953 6115181 I tabaiana ( SF,' . ) 13000 1800107 3764R6 79907 • 27562 TOTAL. .22-,00 1880014 1-04048
-''ONT E : VI SKO DP PESC E 1::*1 :Sra LIN" C., S
TABEL A V
DADOS RT7ERPNTS AO LEIXAMYRTO E P,}.COLCY.0 DOS AUDE...3 3t1I1T
COS CONTROLADOS PELO DNOCS, NOS EST A DO '3 DA PARAIBA PER
NAMBUCO NO Pl.,',RfODO DE 1976 A 1981. 1.0 AÇUDES , od6es ( PB. Congo Ourima tais E. Arco Verde E. Avi do s Epitr;.cio Pessoa Escondido I Mae D 'agua Jatob4. IT 'T V1' ) 1000 1000 1998 2700 12580 20000 =MOW 41.1, EIV..Tiv1PLAS 8237 1448 69384. 1:35061 17580 2046 " TT. 3188 669 306o6 87854 6979 5892 Pi1-6es 14000 31311 12891 3. Luzia 23000 21777 10( S. Gonçalo 1000 Serra Branca Soledade 5280 1759628 51íI 2 Sum4 . 1644 S7 TOTAL 01811 Ab6boras 11-L; Oa* Arc overdo 124242 15447 Arrodeio 1000 1363719 326647 Bao Vista 9990 Cacho eira II '0248.0 246111 Cust6dia 500 910696 311284' E. S. Guerra 3072 698 40( ' Mor07-6 258 79 da Cruz 32249 1241 Saco II 997 TOTAL 3159 :93433, 933009
TABELA VI
DA DOS' REFER TES.IM AO P FT. XANEWTO IrROD11;(":7.0 P ES° 1.111,' 0'0 nos
OIVt DUO S,1T 0 S AÇUDES Plirt I I CO S CYNTRO1.ADO,s PELO UN. 0 C.! .T3 NO
ESTADO S _ Do NOT.: DE STE DC ERA S71, T.TO PERf 0 DO Ir.; 1976 A 1981 e
ESTADOS PEI ',KAN ENTO
D \:EMPLARES 128970 11559 82558 99735 PRO otiC2r0 . :BY LARDS 91060 2934335 3018113 5 ‘P'' 9220 21150253 Eli OGPAIA 47288 93 2q0 9 1273859 1082784 61/5181 PIAUI PERNAMBUCO PARAIBA ALAGOAS BAHIA SERGIPE 23000 1880014 404048 R, G. DO NORTE 100400 1055590 360348 CEARA 1679378 23971048 764243/ TOTAL 1.1a 2/15580 59589653 /7858848
Fft,t, fiEA -.„ r•f, e. Oviduct° • .• • —4%• • .- 4:\„. - ' i • .... 4 ,' • 'Y' • .• • . '' -.' 1 ''''''' - ...''-- • ...,;-,•;"--:,F.:.• *"..,?..1 ..) ‘...,'...,,,- •- • , ..." . •'' . - , I. ' ‘4A l'•i- .- . i • ,1 ..-;)-•., - - , , \\ 'Uretra Antis NACHO