UM
MODELO
PARA
ESTUDOS
DA
DEMANDA
DE
ENERGIA
ELETRICA
EM
AMBIENTE
COMPETITIVO
FLORIANÓPOLIS
PROGRAMA
DE POS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
UM
MODELO
PARA
ESTUDOS
DA
DEMANDA
DE
ENERGIA
ELETRICA
EM
AMBIENTE
COMPETITIVO
Tese submetida
àUniversidade
Federalde
Santa Catarinacomo
partedos
requisitos para aobtenção
do
grau de
Doutor
em
Engenharia
Elétrica.GLADIS
BORDIN
SCHUCH
ENERGIA
ELETRICA
EM
AMBIENTE
COMPETITIVO
Gladis Bordin
Schuch
*Esta
Tese
foijulgada
adequada
paraobtenção
do
Títulode
Doutor
em
Engenharia
Elétrica,
Área
de Concentração
em
Planejamento de
Sistemasde Energia
Elétrica, eaprovada
em
suaforma
final peloPrograma
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
Elétricada
Universidade
Federalde Santa
Catarina”.Prof.
Marciano Morozowski
Filho, D.Sc.~ Orientador
/
äëfm
'
o. emar
Cassana Decker, D.Sc.Coordenador do Curso
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia ElétricaBanca
Examinadora:
Prof.
Marciano Morozowski
Filho D.Sc./ s'dente
Prof. 'el Soare§`Ramos D.Sc./
//az.
///
~/ydf.
/Josxé Roberto Éibas, D.Sc.H
\
J
EÁ»//,~¢
2%
Prof. Paulo Sê';vÍ¿d` Si' vaflšorges, D.Eng.
- . .
1
¬
z
-f ‹)»\~x<zLf fumo
Pmf. n7‹z1flzutzúm,Ph.D.
ff/ . /i (il/\.\ _{.¿.z‹zͬ\ zz/W ,gÁ
mas
no
fazer.”Wilson
Greatbch,
inventordo
marca-passo.Ao
ProfessorMarciano Morozowski
Filho pela orientação e sugestõessempre
oportunas efundamentais, e,
tambem,
pelaamizade
c estímulo.Aos
ProfessoresEdson
Luis da Silva e lldemar Cassana Decker pelas discussões quecontribuíram para o
avanço do
trabalho.À
banca
deexaminadora
pela leitura, análise e comentários.À
Universidade Federaldo Rio Grande do
Sul e àCAPES/PICD
pelo suporte financeiro.Ao
Departamento
de Engenharia Elétrica daUFRGS
que viabilizoumeu
afastamento, e aoscolegas
do
Laboratório deMáquinas
Elétricas porassumirem
meus
encargos docentes.Aos
colegas eamigos do
Laboratório de Planejamentoem
Sistemas de Energia Elétrica daUFSC
com
os quais tive a oportunidade de trocar informações, e especialmente à FabíolaSena
Vieira Silveira, que auxiliou-me
em
problemas computacionais, ao CarlosManuel
CardozoFlorentin pelas valiosas discussões sobre o
tema
e estímulo para a conclusão do trabalho.UM
MODELO
PARA
ESTUDOS
DA
DEMANDA
DE
ENERGIA
ELÉTRICA
EM
Al\/ÍBIENTE
COMPETITIVO
Gladis
Bordin
Schuch
Abril/2000
Orientador: Prof.
Marciano
Morozowski
Filho,D.
Sc.Área
de Concentração: Planejamento de
Sistemasde Energia
Elétrica.Palavras-chave:
Projeção de
Demanda,
Competição,
Participaçãode Mercado.
Número
de
Páginas: 191.A
metodologia para planejamento da
demanda
de
energia elétricaem
ambiente
competitivo
representauma
proposta de
tratamento sistemático e integradodos problemas
de
análise e projeção, utilizado nas áreasde
estratégiamercadológica
eplanejamento
empresarial.
A
tese consistena suposição de que os
fatores estratégicos ecomportamentais
dos
agentesde
mercado
devem
ser incluidosna
modelagem
das estimativasde
demanda
de
empresas
distribuidoras/comercializadoras, pois estes fatores constituem-seem uma
nova
fonte
de
incertezanos
estudos desta área. _O
trabalho é divididoem
duas
partes principais.Na
primeira, é caracterizado e estruturadoo
problema
da
demanda
nos
níveis setorial e empresarial,que usualmente orientam
asdecisões
de
investimento.Na
segunda, são definidos ametodologia
eo
modelo
conceitual,com
base na
técnicade
análise emodelagem
de dinâmica de
sistemas.Em
ambas
assituações,
foram
consultados trabalhosque incorporaram extensivamente
os conceitosde
interesse desta tese,
com
o
propósitode
apoiar a suafundamentação
teórica.Uma
análise adicionalmais
detalhada se ateve às técnicasque propiciaram
abase
conceitual
da metodologia,
aexemplo
da
modelagem
estática tradicionalpor
áreade
concessão
eda nova
modelagem
dinâmica
via participaçãode mercado.
Com
objetivode
testar a
adequação
da proposta
foidesenvolvido
um
modelo
computacional,com
base
nasconvenções
de dinâmica de
sistemas,que contempla duas
empresas.A
seguir, foi efetuadauma
aplicação prática sobre a divisãode
mercado
entre estas empresas,na
tentativade
validar
empiricamente
ametodologia
proposta,comprovando
a necessidadede englobar
osA
MODEL
FOR
STUDIES
ON
THE
ELECTRIC
ENERGY
DEMAND
IN
A COMPETITIVE
ENVIRONMENT
Gladis
Bordin
Schuch
April/2000
Advisor: Prof.
Marciano
Morozowski
Filho,D.
Sc.Area
of
Concentration:Planning of
ElectricEnergy
Systems.Keywords:
Demand
Forecasting,Competition,
Market
Share.Number
of
Pages: 191.A
methodology
forplanning
thedemand
for electricenergy
in a competitiveenvironment
represents a proposal for the systematic
and
integrated treatmentof
theproblems of
analysis
and
projection as, utilized in the areasof marketing
strategyand
corporateplanning.
The
thesis consistson
the supposition that strategicand
behavioural factorsof
the
market
agentsmight be
considered inproblems
of
demand
estimationmodelling
by
distribution/retail utilities, since these factors constitute a
new
sourceof
uncertainty in thestudies
of
this area.The
work
is divided intotwo
main
parts. First, it characterizesand
structures theproblem
of
demand
at industrialand
corporate level,which
is usually the guideline for investmentdecisions.
Second,
itdefmes
themethodology
and
the conceptualmodel, based
on
analysisand
modeling by
system
dynamics
technique. Inboth
situations, a surveyover
pastworks
were
made
which
extensively incorporate as the concepts that are in thescope
this thesis.Suck
survey
was
aimed
at providing support for theoretical foundationof
theproposed
methodology.
An
additional detailed analysishad covered
techniques that established theconceptual basis
of
themethodology
as, for instance, the traditional staticmodelling
forarea
of
concession and
thenew
dynamic
modelling
by
market
participation.Aiming
atof
testing theadequacy of
the proposal, acomputer
model
was
developed,based
on
the principlesof system dynamics,
in businessenvironment
two
utilities. Subsequently,an
example
is presentedwich
demonstrates
competitive stare theof
amarket between
these
two
utilities, attempting to empirically validate theproposed methodology,
demonstrating
the necessityof
embracing
the strategicand
behavioural aspects in theCAPÍTULO
I-INTRODUÇÃO
1.1MOTIVAÇÃO
1.2
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
1.3OBJETIVOS
1.4
ESTRUTURA
DO
TRABALHO
CAPÍTULO
2 -METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO
DA EXPANSÃO
2.1
INTRODUÇÃO
2.2
ESTRUTURA
INSTITUCIONAL
DO
SETOR
ELETRICO:
PRE-REFORMA
2.3METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO
DA
EXPANSÃO:
PRÉ-REFORMA
2.3.1 Estrutura
do Problema
de Planejamento daExpansão
2.3.2
Decomposição do Problema
de Planejamento daExpansão
2.3.3 Fluxo de Informações
no
Planejamento daExpansão
2.3.4 Cadeia I-Iierárquica de
Modelos
2.4
ESTRUTURA
INSTITUCIONAL
DO
SETOR ELETRICO PÓS-REFORMA
2.5EFEITOS
DA REFORMA
SOBRE
A METODOLOGLA
DE
PLANEJAMENTO
2.5.1 Metodologia de Planejamento da Oferta 2.5.2 Metodologia de Planejamento da
Demanda
2.5.3 Critérios e
Modelos
para o Planejamento2.6
METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO
DA
EXPANSÃO:
PÓS-REFORMA
2.7PARTICIPAÇÃO
DE
MERCADO
2.7.1 Descrição
do Problema
2.3
CONCLUSÕES
CAPÍTULO
3 -METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO
DA
DEMANDA
3.1
INTRODUÇÃO
3.2
CONCEITUAÇÃO
DE
MERCADO
E
DEMANDA
3.3PROCESSO DE
PLANEJAMENTO DA
DEMANDA
3.3.1
O
Problema
de Planejamento daDemanda
Pré-Reforma 3.3.2 Níveisno
Planejamento daDemanda
Pré-Reforma3.3.3 Estrutura
do Problema
de Planejamento daDemanda
Pré-Reforma3.4
EVOLUÇÃO
DA
METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO
DA
DEMANDA
3.4.1 FaseI3.4.2 Fase II
3.4.3 Fase III
3.5.1
Base
deConsumidores
e Participação deMercado
46'
3.5.2
O
Problema de Planejamento daDemanda
Pós-Reforma 473.5.3 Enfoques
no
Planejamento daDemanda
Pos-Reforma
48 3.5.4 Estmtura doProblema
de Planejamento daDemanda
Pós-Reforma
503.6
METODOLOGIA PARA PLANEJAMENTO DA
DEMANDA EM
AMBIENTE
COMPETITIVO
523.6.1
Enfoque Macroeeonômico
52 3.6.2Enfoque Mieroeconômieo
533.7
MODELOS
PARA PLANEJAMENTO DA
DEMANDA
563.7.1
Modelos
de Extrapolaçäo Simples 573.7.2
Modelos
Eeonométrieos 57 3.7.3Modeloslnsumo-Produto
(I/O-
Input/Output) 583.7.4
Modelos
deDecomposição do
Consumo
603.7.5
Modelos
deUsos
Finais 623.7.6
Modelos
Globais 633.7.7
Modelos
Integrados 633.7.8
Modelos Dinâmicos
643.8
ASPECTOS DE
IMPLEMENTAÇÃO
66
3.9
CONCLUSÕES
67CAPÍTULO
4-
MODELO
PARA
PLANEJAMENTO
DA
DEMANDA
EM
AMBIENTE
COMPETITIVO:
CONCEITUAÇÃO
69
4.1
INTRODUÇÃO
694.2
CARACTERIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES
DE
DISTRIBUIÇÃO
E
69COMERCIALIZAÇÃO
694.2.1 Altemativas de Suprimento 75 4.2.2 Alternativas de
Fomeeimento
764.3
ETAPAS
DE
CONSTRUÇÃO DO
MODELO
80 4.3.1Comportamento da
Demanda
82 4.3.2Diagrama
deLaço
Causal doProblema
de Projeção daDemanda
83 4.4CONCLUSÕES
ssCAPÍTULO
5-
MODELO
PARA
PLANEJAMENTO
DA
DEMANDA
EM
AMBIENTE
COMPETITIVO:
FORMULAÇÃO
E
DIAGRAMAÇÃO
Ã
89
5.1
INTRODUÇÃO
89 5.2ESTRUTURA
DO MODELO
895.3.2
Módulo
da Classe Residencial 955.3.3
Módulo
da Classe Comercial e Outras Classes 101 5.3.4Módulo
deDemanda
Nacional c Regional 1025.4
SUBMODELO MICROECONOMICO
1035.4.1
Módulo
deDemanda
Empresarial 1035.4.2
Módulo
deDemanda
porSegmento
deTensão
1065.4.3
Módulo
de Divisão deMercado
Ill 5.4.4Módulo
daBase
deConsumidores
1155.4.5
Módulo
do
BalançoEconômico
1205.5
IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
1235.6
CONCLUSÕES
129CAPÍTULO
6
-
MODELO
COMPUTACIONAL
PARA
PLANEJAMENTO
DA
DEMANDA
EM
AMBIENTE
COMPETIVO:
APLICAÇÃO
1306.1
INTRODUÇÃO
Iso6.2
PARÂMETROS PARA SIMULAÇÃO
1306.3
PROJEÇÃO
MACROECONÔMICA DA
DEMANDA
1346.3.1 Projeção Nacional 134
6.3.2 Projeção Regional Sul 134
6.4
PROJEÇÃO
MICROECONÔMICA
DA
DEMANDA:
ETAPA
I 1356.4.1 Projeção
da
Demanda
Global porEmpresa
1356.4.2 Projeção por Classe de
Consumo
1366.4.3 Projeção da
Demanda
Cativa e Livre Potencial 1366.5
PROJEÇÃO
MICROECONÔMICA
DA
DEMANDA:
ETAPA
II 1386.5.1 Descrição dos Estudos de
Caso
1396.5.2 Verificação
do
Modo
de Referência l4l6.5.3 Teste de Sensibilidade l48
6.5.4 Testes de Políticas Empresariais 149
6.6
CONCLUSÕES
156CAPÍTULO
7_
CONTRIBUIÇÕES
E
TÓPICOS
PARA
PESQUISA
157
7.1
INTRODUÇÃO
1577.2
CONTRIBUIÇÕES
1577.3
TÓPICOS
PARA
PESQUISA
'
Ióo
ANEXO
I-
APLICAÇÃO
DA
TEORIA
DOS JOGOS
NA
DEFINIÇÃO
DE
PREÇO
Figura 2.1
-
Estrutura Organizacionaldo
Setor Elétrico: Pré-ReformaFigura 2.2
-
PlanejamentoBaseado
na ConfiabilidadeFigura 2.3
-
Estrutura do Problema da Expansão: Pre-RefonnaFigura 2.4
-
Fluxo dc Informaçõesno
Planejamento daExpansão
Figura 2.5
-
Cadeia Hierárquica deModelos
Figura 2.6
-
Estrutura Organizacionaldo
Setor Elétrico:Pós-Reforma
Figura 2.7
-
Estrutura doProblema
de Planejamento da Expansão:Pós-Reforma
Figura 3.1
- Mercado
de Energia ElétricaFigura 3.2
à
Tipos deMercado
Figura 3.3
- Curva
deCarga
CronológicaFigura 3.4
- Curva
deDuração
deCarga
1Figura 3.5
-
Curvas deCarga
Horária de Dias TípicosFigura 3.6
-
Estrutura daDemanda
de Energia ElétricaFigura 3.7
-
Variáveis Básicas da Projeção deDemanda
Figura 3.8
-
Processo de Planejamento daDemanda
Figura 3.9
-
Estrutura doProblema
de Planejamento daDemanda:
Pré-ReformaFigura 3.10
-
Metodologia de Projeção Probabilistica 'Figura 3.11
-
Processo de Construção de CenáriosFigura 3.12
-
Estrutura Propostado Problema
de Planejamento daDemanda
Figura 3.13
-
Metodologia de Planejamento daDemanda
SetorialFigura 3.14
-
Metodologia para Avaliação da Participação deMercado
Figura 3.15
-
Metodologia para Qualificação da Base deConsumidores
Figura 4.1
- Diagrama Olho
deTouro
Figura 4.2
- Mercados
deAtuação
daEmpresa
D/C
Figura 4.3
-
Altemativas de Suprimento eFomecimento
Figura 4.4
- Comportamento
daDemanda
Figura 4.5
-
Modo
de Referência para oModelo
de Divisão deMercado
Figura 4.6
-
DLC
do Problema
de Projeção daDemanda
Figura 4.6 (a)
- Laço
de Realimentação lFigura 4.6 (b)
- Laço
de Realimentação 2Figura 4.6 (c)
- Laço
de Realimentação 3Figura 5.1
-
Estrutura Globaldo
Modelo
para Divisão deMercado
Figura 5.2
-
Classe IndustrialFigura 5.3
-
DEF
para Projeção daDemanda
da Classe IndustrialFigura 5.4
-
Classe ResidencialFigura 5.5
-
DEF
para Projeção daDemanda
da Classe ResidencialFigura 5.6
-
DEF
para Projeção daDemanda
da Classe Comercial e Outras ClassesFigura 5.7
-
DEF
para Projeção daDemanda
Nacional e Regional SulFigura 5.8
~
DEF
para Projeção daDemanda
EmpresarialFigura 5.9
-
DEF
para Projeção daDemanda
porSegmento
deTensão
Figura 5.10
-
DEF
para Divisão deMercado
Figura 5.11
- Segmentação
daBase
deConsumidores
Figura 5.12
-
DEF
paraSegmentação
da Base deConsumidores
Figura 5.13
-
DEF
para Projeçãodo
BalançoEconômico
Figura 5.14
-
Painel de Controle daDemanda
NacionalFigura 5.15
-
Painel de Controle da Divisão deMercado
Figura 5.16
-
Painel de Controle FinanceiroFigura 6.1
-
ProjeçãoMacroeconômica
daDemanda
Figura 6.2
-
ProjeçãoMicroeconômica
daDemanda:
EtapaIFigura 6.3
-
Estrutura do Sistemasem
Competição
Figura 6.4
-
Estrutura do Sistemacom
Competição
Figura 6.5
-
Matriz de Estratégias dasEmpresas “A”
e“B”
Figura 6.6
-
Resultadosdo Caso Base
Figura 6.7
-
Resultadosdo Caso
1Figura 6.8
-
Resultadosdo Caso
2Figura 6.9
-
Resultados doCaso
3Figura 6.10
-
Participações dasEmpresas
na RegiãoGeográfica
SulFigura A1.1
-
Determinaçãodo
PreçoÓtimo
Figura
A1.2 -
Árvore de Decisõescom
Duas
EstratégiasFigura
Al
.3-
Árvore de Decisõescom
Três EstratégiasFigura A2.l
- Laço
de RealimentaçãoFigura
A2.2 -
Síinbolos paraDEF
(Powersim 2.5)90 91 94 95 100 102 103 105 110 115 116 119 122 124 126 128 135 137 138 139 141 143 146 151 154 155 166 170 172 176 177
Figura
A2.4 -
DEF
para oModelo
deConsumo
ComercialFigura
A2.5 ~
Taxa
de Crescimento xConsumo
ComercialFigura
A2.6 - Diagrama
de Fluxo Simplificado para Sistema de EstoqueFigura
A2.7 - Taxa
de Pedido Estoque182 183 184 185
INTRODUÇAO
1.1
MOTIVAÇÃO
Um
problema
relevante ecomplexo
relacionado ao planejamento da gestão empresarial deuma
empresa
distribuidora e comercializadora (D/C) de energia elétrica diz respeito à projeção dade-
manda,
tradicionalmentedenominada
estudo de mercado. Sabe-se que as projeções,em
geral, nãoconstituem
um
fim,mas
um
instrumento quefomece
informações parauma
conseqüentetomada
de
decisão,
com
objetivos específicos. Assim, a projeção dedemanda
visa atender às necessidades dosconsumidores,
com
um
nível de qualidade satisfatório.A
base de todoo
processo de planejamentoda
expansão está ancorada nas suas projeções dedemanda,
tantono
que se refere aos aspectos técnicos quanto aos aspectos financeiros,como
segue:0 planejamento
da
geração: permite adequar a oferta aomercado
previsto, compatibilizando níveisde confiabilidade e custos de suprimento;
0 planejamento
da
transmissão: permite definir o carregamento de linhas e transformadores,o
sentido de
fluxos
de intercâmbio e custos de transmissão; _0 planejamento
da
distribuição: possibilita visualizar a evolução temporal e a distribuição espacialdo
consumo
em
áreas urbanas e rurais;0 planejamento da operação: possibilita
o
despacho das unidades geradoras e das interligações, demodo
a minimizar os custos de produçao e transmissão;0 planejamento financeiro: permite quantificar a tarifa e a receita das empresas [l].
A
metodologia tradicional de planejamento da expansão dos sistemas eletricos foi concebidanos anos
70
e teve sua implantação consolidada ao longo dos anos 80,num
contexto caracterizadopelos seguintes aspectos: estruturas monopolisticas e verticalmente integradas, planejamento
cen-
trado
na
oferta,com
ênfaseno
sistema de geração, foco da análise concentrado nos sistemasinter-
ligados
em
nível de região e de país, ênfaseem
grandes projetos de geração hidroelétricos e nasinterligações regionais. Neste contexto, a seleção e priorização dos investimentos seguiam
uma
lógica sistêmica que independia, relativamente, dos agentes econômicos envolvidos,
individual-
No
processo de planejamento tradicional. a projeção dademanda
de curto prazo baseia-se prin-cipalmente
em
técnicas econometricas, através de correlações entre a serie histórica doconsumo
deenergia elétrica e indicadores sócio-econômicos. Para o horizonte de longo prazo, a projeção de
demanda
é realizadacom
uso da tecnica de cenários sob incerteza.A
reestruturação do setor elétrico brasileiro, iniciada no primeiro semestre de l995, através doProjeto de Reestruturação
do
Setor Elétrico Brasileiro(RE-SEB),
alterou fundamentalmente a es-trutura de mercado.
No
periodo antenor á reestruturação, a estrutura era monopolistica e regulada(via tarifa e área de concessão), a participação das empresas D/C°s era pré-definida por area de
concessão e os consumidores
eram
cativos. Nesta estrutura, a projeção dedemanda
das empresasera realizada por classe de
consumo
restritas às suas áreas de concessão.Com
base nesta projeçãoera definido
um
plano de expansão, que servia para estimar as necessidades de investimentos e asreceitas de
venda
de energia.1.
2
APRESENTAÇÃO
Do
PROBLEMA
Com
a reestruturaçao, empresas privadas de energia elétrica integraram-se ao mercado, e osconsumidores
foram
qualificadosem
cativos e livres.Os
consumidores qualificadoscomo
"livres",a partir de níveis de tensão e
demanda,
especificados pelo Órgão regulador, poderão optar por for-necimento
a
partir de empresasextemas
à sua área de concessão original.Os
demais consumidores,não
qualificadoscomo
livres, permanecerão "cativos", ou seja,não
poderão optar porfomecimento
a partir de empresas
extemas à
sua área de concessão inicial.Os
critérios para a qualificação deconsumidores são mostrados
no Quadro
2.3.Assim
sendo, o atualmercado consumidor
das empresasD/C”s
é segmentadoem
consumidoresN ` II '
' ~ ' ' II ' II
cativos , aos quais a
empresa
localtem
obrigaçaolegal de servir, e consumidores livres , que
estão aptos
a
contratar outros fomecedores que não aempresa
local.Neste
novo
ambiente,a
definição dademanda
a ser atendida por cadaempresa
será maiscom-
plexa e envolverá decisões de caráter estratégico, tuna vez que estas concorrerão para conquistar
consumidores livres.
Em
conseqüência, osmétodos
emodelos
em
uso para projeçãoda
demanda
eavaliação
da
participação demercado
de empresas D/C”stomam-se
inadequados edevem
ser re-fonnulados para incluir os aspectos competitivos.
A
avaliaçãodo
efeito destes aspectos sobre aevolução
da
demanda
éa
principal motivação deste trabalho de pesquisa.A
consideração de aspectos competitivosno problema da
projeção dademanda
gera relaçõesde causa-efeito entre a evolução da
demanda
e as ações empresariais,formando
laços de realimen-tação.
A
técnica de dinâmica de sistemas [52, 53] apresenta-secomo
um
instrumento metodológi-co
adequado
ao tratamento e análise destecomplexo problema
de planejamento, pois,como
reco-informa-ções, entre outros fatores relevantes, que dificilmente poderiam ser considerados
com
as técnicasem
uso.1.3
OBJETIVOS
O
presente trabalho de pesquisatem
como
objetivos básicos a fomiulação deuma
metodologiae o desenvolvimento de
um
modelo,ambos
adequados à projeção dademanda
deuma
empresaD/C
em
presença de competiçao,com
baseem
dinâmica de sistemas, considerando simultaneamente ocomportamento
dos consumidores e das empresas.1.4
ESTRUTURA
DO
TRABALHO
Para alcançar os objetivos propostos, a
monografia
está estruturadaem
sete capítulos, incluindoeste introdutório,
como
indicado a seguir.O
Capítulo 2 objetiva daruma
visão geraldo
processo de planejamento da expansão do sistemaelétrico brasileiro e, nesse processo, situar o planejamento
da
demanda
de energia elétrica. Paraisso, a estrutura institucional
do
setor elétrico pré e pós-reforma é descrita, e seus reflexos sobreambos
os processos de planejamentos são analisados.Com
base na estrutura demercado
atual,em
presença de competição,
o problema
da participação demercado
de empresas D/C°s é colocado.As
possibilidades de solução
do
problema, associadas às abordagens de teoria dos jogos e dinâmica desistemas, são
também
analisadas.O
Capítulo 3 descreve a evolução da metodologia de planejamento dademanda, a
partir do fi-nal da década de
70
atéo
final da década de 90, sob quatro enfoques metodológicos predominantes,visando identificar as limitações
na
metodologiaem
uso para onovo
contexto. Analisa ainda asprincipais diferenças entre o planejamento da
demanda
nos periodos anterior e posterior às refor-mas
setoriais.Com
base nesta evolução, na revisão da literatura e nos efeitos da estrutura instituci-onal atual é proposta
uma
nova
estruturado
problema de planejamento dademanda,
com
ênfasenas estimativas
da
demanda
empresarial, e a metodologia conespondente.A
proposta contempladois
novos
conceitos: Participação deMercado (PdM)
eBase
deConsumidores
(BdC).O
Capitulo 4 aborda os aspectos relevantes dos principais instrumentos legais,que têm
influên-cia
na
projeção dademanda
empresarial.Com
base nestes aspectos é propostoum
modelo
paradivisão de mercado, cujas formulações matemática e computacional são detalhadas
no
Capítulo 5.O
Capítulo 6 apresentaa
aplicaçãodo modelo
num
estudo de caso entre duas empresas D/C°s,e, finalizando,
o
Capítulo. 7 resume as contribuiçõesda
pesquisa e aponta trabalhos futurosderiva-
dos deste.
V
Complementam
o trabalho dois anexos, que tratamda
aplicação da teoria dos jogos na defini-METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO
DA
EXPANSÃO
2. I
INT
RODUÇA O
O
presente capítulotem
como
objetivo descrever a evoluçãodo
processo de planejamento daexpansão
do
setor elétrico brasileiro, tantono
período que anterior quantono
período posterior àsreformas setoriais. Busca-se assim identificar a influência da estrutura organizacional sobre o pro-
cesso de planejamento da expansão, de
forma
geral, e sobre o planejamento dademanda,
em
parti-cular. Procura-se
também
situar a questão de participação demercado no
contexto geraldo
plane-jamento
pós-reforma.Neste sentido, descreve-se inicialmente o processo de planejamento e a evolução organizacio-
nal
do
setor elétrico, enfatizando anova
estrutura demercado
das empresas distribuido-ras/eomercializadoras.
A
seguir, apresenta-se o processo e a metodologia para planejamento pós-reforma, propostos por
MOROZOWSKI
[28]. Conclui-se o capítulocom
anova
estrutura do pro-blema
de planejamento,onde
oproblema
da participação demercado
é caracterizado.2.2
ESTRUTURA
INSTITUCIONAL
DO
SETOR
ELÉTRICO:
PRÉ-REFORMA
O
modelo
organizacional vigenteno
periodo anterior à reestruturaçãodo
setor é mostrado naFigura 2.1.
O
setor está vinculado ao Ministerio dasMinas
e Energia(MME)
e eracomposto
peloDepartamento
Nacional deÁguas
e Energia Elétrica(DNAEE),
Centrais Elétricas Brasileiras S.A.(Eletrobrás) e por empresas concessionárias federais, estaduais, municipais e privadas [l0, ll, l2].
O
MME
éo
Órgão responsável pela elaboração da política globaldo
setor elétrico, enquanto oDNAEE
erao
órgão regulador.A
Eletrobrás,empresa
holding federal, era responsável pela coordenaçãodo
planejamento daexpansão e
da
operação do sistema, pela gestão financeira e empresarial e pela articulação do setorcom
a indústria. Vinculadas à Eletrobrás estavam as seguintes empresas:0 supridoras regionais, de propriedade
do
govemo
federal,operavam
as usinas de grande porte ea
malha
básica de transmissãodo
sistema;0 supridoras de área, de propriedade dos
govemos
estaduais,com
atuação nos respectivos esta-dos,
operavam
usinas e sistemas de porte significativo e faziam a distribuição de energia elétri-0 distribuidoras,
com
atuação nos respectivos estados e algumas das quais possuíam geraçãoprópria, tendo
porém
a distribuiçãocomo
atividade básica.Poder g concedente MME I Y 1 l'_#`;"_- DNAEE É . Fomentoe Eletrobras l coordenação Empresas Supridoras Regionais Empresas Supridoras de Area Empresas Concesslonánas Distribuidoras C°"5”'"¡d°'e5 Consumidores §§
Figura 2.1 - Estrutura Organizacional
do
Setor Elétrico:Pré-Refomia
Existiam,
também,
empresas distribuidoras mtmicipais, queoperavam
usinas e sistemas de pe-queno
porte e faziam a distribuição.As
empresas supridoras de área e distribuidoras tinham a obri-gação de atender todos os consumidores
em
suas áreas de concessão, o que definia a participaçãode
mercado
destas empresas.O
planejamentoda
expansão eda
operação dos sistemas elétricos brasileiros era realizado porÓrgãos
Colegiados, constituídos pelas empresas concessionárias de energia elétrica e coordenadospela Eletrobrás. Esses Colegiados
atuavam
no sentido de compatibilizar os interesses locais e regi-onais das concessionárias
com
aquelesdo
país edo
setor elétrico,no
seu conjunto, assegurando oatendimento
do mercado consumidor
com
padrões elevados de confiabilidade e baixo custo.O
planejamento da expansão dos sistemas de geração, transmissão e distribuiçãodo
país era deresponsabilidade
do
Grupo
Coordenador
de Planejamento dos Sistemas Elétricos(GCPS),
que ava-liava
o mercado
a ser atendido e estabelecia a seqüência de usinas geradoras, linhas de transmissãoe metas fisicas dos sistemas de distribuiçao, considerando critérios de atendimento ao
mercado
elevando
em
conta, dentre outros fatores, a disponibilidade de recursos financeiros e a viabilidadefisica dos empreendimentos, incluindo aspectos sócio-ambientais.
Dadas
as características fisicasexpres-sivos de energia entre as regiões do país. as estrategias de expansão
eram
planejadas de maneiraintegrada, a partir de
uma
visão estratégica de longo prazo.O
planejamento da operação era de responsabilidade doGrupo
Coordenador para OperaçãoInterligada (GCOI).
As
caracteristicasdo
sistema, mencionadas anteriormente,exigem
que a ope-ração seja realizada de
forma
coordenada, pois os sistemas das empresas são interconectados; háinterdependência operativa entre as usinas e entre os recursos de geração e transmissão
no
atendi-mento
ao mercado.As
atividadesdo
GCOI
são intrinsecamente ligadas às doGCPS,
levandoem
consideração a expansão
do
sistema planejado, identificando as restrições operacionais atuais eem
desenvolvimento e conformidade
com
os critérios de suprimento de longo prazo.Neste contexto, o
mercado
global de energia elétrica era projetadoem
nível nacional e regionalsegundo critérios de
decomposição
puramente espacial, ou seja, omercado
de cada empresa era omercado
de sua área de concessão.i
2.3
METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO DA
EXPANSÃO:
PRÉ-REFORMz4
O
planejamento da expansão de sistemas de energia elétrica,no
contexto pré-reforma, visavadetemiinar
a
data de entradaem
operação dos equipamentos e instalações necessários para atenderao crescimento
do
mercado
consumidor.A
solução desteproblema
envolveuma
solução decom-
promisso entre
o
nível de corifiabilidade desejado pelos consumidores e os custos decorrentesdo
atendimento deste nível de confiabilidade,
conforme
ilustrado na Figura 2.2.Custos 'N = Custo Total f
\
\`\ / \_ \ / _ \____ _/ /, Custo de Investimento i - I\
\
/'/ ,E
/. z / E / / ¡ / = f E / ‹ / / / / / / / / / / / z z z z z z”, / z -z Custo de OperaçãoR
Ótimo Nível de c‹›nf¡ab¡|¡da‹ieFigura 2.2 -
Planejamento
Baseado
na Confiabilidade
Fonte:
MOROZOWSKI
[6]Como
conseqüência da complexidadedo
problema de planejamento e considerando que as in-certezas nas projeções
do
mercado
consumidor, de custos de combustível e das tecnologias seam-
pliam à
medida
que se estende o horizonte de planejamento, surgiu a necessidade dedecompor
o2.3. 1 Estrutura
do Problema
dePlanejamento da
Expansão
A
estrutura tradicionaldo
problema de planejamento da expansão, formulada sob o enfoque desistema interligado, englobava os planejamentos da
demanda.
geração e transmissão, e interagiacom
o planejamento da operaçãono
horizonte de curto prazo.A
Figura 2.3 apresenta esta estruturae os agentes executores, descritos anteriormente.
¡__í__
! Planejamento da Demanda (GCPS) a CP Demanda a MP Dema a LP P ano de Expansão l.`m tes de I'\ BIC O nda Planejamento da Geração (GCPS) 5 amb -... Demanda Planejamento da Transmisão (GCPS) sdã P ano Decena Res çöe Transm`ss .': Planejamento da Operação (GCOI) chos ãoe b. Des _ Pod pa r ur; n ercâm Plantas de Geraçaoe interligações (Pei)Figura 2.3 - Estrutura
do Problema de
Planejamento
da
Expansão: Pré-Reforma
A
Figura 2.3 não explicita a divisão temporaldo
planejamento da operação, que englobava osplanejamentos da operação de curto,
médio
e longo prazos.Em
geral, o planejamento da operaçãode longo prazo interagia
com
o
horizonte de curto prazodo
planejamento da expansão, indicandoas possíveis restrições de transrnissão associadas aos planos decenais.
O
planejamento da operaçãode curto prazo fomecia os despachos das unidades geradoras e dessas recebia os valores de produ-
çao e intercâmbios realizados.
O
planejamento dademanda,
por sua vez, fomecia os cenários dedemanda
a longo prazo (LP),médio
prazo(MP)
e curto prazo (CP), que balizavam os demais estudos de planejamento. Paraatender à
demanda
a longo prazo,o
planejamento da geração determinava o plano de construção denovas plantas geradoras e associava a cada planta a data prevista de entrada
em
operação.O
plane-com
vistas ao atendimento dademanda
amedio
prazo.com
base nos planos de expansão da capa-cidade de geração e nas eventuais restrições detectadas
no
planejamento da operação.Por
fim,
considerando os meios de produção e transmissão efetivamente disponiveis, o plane-jamento
da operação avaliava as condições de atendimento dademanda
a curto prazo e definia asunidades geradoras que deveriam ser operadas,
bem
como
seus respectivos niveis de produção.A
soluçãodo problema
global era obtida por interações entre as atividades de planejamento,através de
um
processo de otimização/simulação, que visava à obtenção do plano Ótimo. Assim, asdecisões de produção e intercâmbio, efetivamente implantadas
em
nivel de plantas e interligações,eram
informadas ao planejamento da operação, que reavaliava as restrições de transmissão. Se asrestrições de transmissão fossem persistentes, deveriam ser contempladas
no
planejamento datransmissão, seja para reavaliar o
programa
de obras, seja para determinar novos limites de inter-câmbio.
Os
novos limites de intercâmbio deveriam ser então reavaliados no planejamento da gera-ção,
podendo
induzirmudanças no
plano de expansão da geração.2.3.2
Decomposição do Problema de Planejamento da
Expansão
Na
prática setorial, oproblema
de planejamentoda
expansão,complexo
e de grande porte, eraresolvido
segundo
uma
cadeia hierarquizada de análises e decisões, de acordocom
os critérios su-mariados
no Quadro
2.1.Quadro
2.1 - Critériosde
Decomposição do
Problema de Planejamento
cR|'rÉR|o ETAPAs '
Longo prazo (Nl + 15 a N + 30)
T°"'P°'a' Médio prazo (N + 5 a N + 15) Curto prazo (N + 3 a N + 5) Nível nacional Nível regional Nível local Geração (produção) Transmissão (transporte) Q Distribuição Fonte:
MOROZOWSKI
[6]A
decomposição
temporal baseava-seno
fato de que a natureza das decisões a seremtomadas
Espacial
Funcional
varia
em
funçãodo
horizonte,como
detalhado a seguir:I
A
longo prazo, o objetivo era determinar as opções estratégicas de evoluçãodo
sistema elétri-co,
em
termos de opções tecnológicas para geração e transmissão, evolução prevista dos nú-cleos de cargas e rotas preferenciais para os
fluxos
energéticos, por exemplo. Através destasanálises
podiam
ser determinadas as metas energéticas e as configurações (topologia básica ecomposição
dosramos
e da rede de referência) para os estudos demédio
prazo.Como
subpro-duto desta etapa obtinham-se as metas de desenvolvimento tecnológico e as políticaside in-
dustrialização necessárias para a expansão futura.
1
'
A
médio
prazo, os estudos cobriamum
periodo que variava dc 3 a 15 anos c tinhamcomo
ob-jetivo a determinação das datas de entrada
em
operação das plantas de geração e de transmis-são,
bem como
a microlocalização das centrais de geração e das subestações principais dosis-
tema.
Como
produto desta etapa resultavam os planos decenais de geração e transmissão e ascondições de abastecimento da
demanda
neste horizonte,em
particular ao que diz respeito aosriscos de déficit, os
consumos
esperados de combustivel, a evolução da necessidade de equi-pamentos, etc.
'
A
curto prazo, os estudos cobriamum
período de três a cinco anos e tinhamcomo
objetivoprincipal adequar o plano de expansão de referência aos condicionantes da conjuntura econô-
mica
e politicado
pais,bem como
estabelecer a interface entre os estudos de planejamento daexpansão e
da
operaçãodo
sistema.Aqui
se fazia obrigatória a consideração de eventuais res-trições
em
nivel deempresa ou
de país.O
produto principal desta etapa era o plano de obras earentabilidade imediata dos vários projetos.
O
critério dedecomposição
espacial era realizadoem
três níveis, de acordocom
o objetivo vi-sado. Desse
modo, o
planejamento globaldo
setor elétrico era feitoem
nível nacional e definia a política energética.Em
nível regional situavam-se as empresas responsáveis pelo suprimento daárea sob sua abrangência, que por sua vez supriam as concessionárias da sua região. Neste nível era
realizado,
também, o
planejamento das interligações entre as regiões, demodo
a reduzir a necessi-dade de expansão individual das concessionárias.
Em
nível local encontravam-se as empresas de distribuição,com
ousem
geração própria. Neste caso, o planejamento objetivavatambém
verificar se era mais vantajoso aumentar o parque geradorda
distribuidoraou
adquirir energiada empresa
regional.Os
estudos realizadosem
cada etapa doplanejamento são mostrados
no Quadro
2.2.O
planejamento da distribuição era realizadoem
eta-pas independentes, pois
não
dependia diretamente da composição estrutural dos sistemas de gera-Quadro
2.2 -Estudos
Realizadosno
Planejamento da
Expansão
CRITÉRIO
ESTUDOS
SUB-SISTEMAS/COMPONENTES~ Estudo de Inventário ~
Longo Prazo Geraçao '
o Avaliações Tecnológicas
o P|anejamentoConceituaI Geração/Transmissão Geração/ Interliggções
Médio Prazo o Expansão Dimensionamento
O
Geração/Transmissão
Usinas/Circuitos
Usinas Térmicas/SE's
o Localização
o Suprimento Energético Geração/Transmissão o Priorizaçâo de Obras Transmissão/Subtransmissão ø Limites de Equipamentos o Reatores/TF'slDisjuntores
Fonte:
MOROZOWSKI
[6]'
Curto Prazo
2.3.3
Fluxo de Informações
no
Planejamento da
Expansão
De
acordocom
MOROZOWSKI
[6], a decomposiçãodo problema
global, aomesmo
tempo
em
que
viabilizavaa
soluçãodo problema
de planejamento, requeria oadequado encadeamento
dosresultados de cada etapa, de
forma a
garantir a consistência do planocomo
um
todo. Este encadea-mento
era usualmente realizado atravésdo
estabelecimento deum
fluxo
de informações,confome
ilustrado
na
Figura 2.4, que especifica os dados de entrada e os principais produtos de cada etapa.D S
ETAPAS I RESULTADOS PRODUTOS
Cenários de Mercado _., ESTUDOS DE LONGO PRAZDÍ Estudos de Inventário
- Análise de Competitividade . . .
_›
- Piznzjznimw cozicemizi_>
P°1'“°“ l“d“““' - Análise Prospectiva Pmgmma de ¡,&D Recursos Energéticos Altemativas Tecnológicas Configurações de Referência (Gff) Custos Marginail de LPí
__
ESTUDOS DE MEDIO PRAZO: p¡0g¬¿m¡¡s de Estudos de V¡¡b¡1¡d¡d¿- Estudos de Altemativas de
->
Suprimento '-> Programação Industrial- Estudos de Dimensionamento
- Estudos de Localização Planos de Investimentos
Plano de Expansão de Referência Custos Marginais de MP
ESTUDOS DE CURTO PRAZO: p¡°¡^e¡0S Básicos Projeções de Mercado Custos Modulares Cronogramas Tipicos Requisitos de Mercado -Estud d C di ' _ . de Atädišfirš WCS Progmmaçao Emprcsanal - Piiorinção de Ohms .
- Estudos Taritãrios e Finanaceiros Commos de Supnmemo
Program de Obras
Restrições Operalivas
Figura 2.4 -
Fluxo
de
Inforrnaçõesno
Planejamento da
Expansão
Fonte:
MOROZOWSKI
[6]Orçamento de Obras Fontes de Financianiento
2.3.4
Cadeia
Hierárquicade Modelos
A
complexidadedo problema
de planejamento motivou o desenvolvimento de grande quanti-dade de
modelos
para planejamento da expansão e operação,empregando
uma
série de técnicas desolução,
como
programação
matemática, heurísticas e híbridas. Esta tendência, historicamente ob-servada,
vem
se acentuandocom
o crescimento da capacidade de cálculo e redução dos custoscomputacionais [6].
No
Brasil, dadas as dificuldades práticas de representar ocomplexo
processode planejamento de sistemas hidrotémicos multiárea
em
um
único modelo, o Centro de Pesquisasde Energia Elétrica
(CEPEL),
em
conjuntocom
as Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás),optou por tuna cadeia de modelos, representada na Figura 2.5.
E×PANsÃo|NTEeRA|:›A l__J DA oa1AçÃo E oAs
‹-
coNF|Aa|LioAoE coMPos'rA(em
mooaos DE INTELIGAÇÕES siMuLAçÃo E×PANsÃo |N1'EeRADAl_J
DA rRANsMissÃoE‹-
CONFIABILIDADE COMPOSTA ESTUD$ suarRANsM|ssÃo DINÀMICCS E×PANsÃo1N'rEeRADA l__.J DA suB'rRANsMissÃo EnisTR|su|çÃo coN|=|Aau.inAoE DA D|s'rR|su|çÃo ANÁ|.|sE os QUALIDADEF¬
PRioR|zAçÃo INTEGRADA DE PROJETOSFigura 2.5 -
Cadeia
Hierárquicade
Modelos
Fonte:
MOROZOWSKI
[6]'
Nesta cadeia, os níveis hierárquicos correspondem aos diferentes tipos de decisão de planeja-
mento,
com
diferentes horizontes de influência e graus de impactoem
termos de suprimento deenergia.
No
lado direito da cadeia, estão listadas as principais ferramentas de análisedo
sistemaem
termos de custo, confiabilidade e qualidade.
No
lado esquerdo, estão explicitadas as principais de-cisões de investimento
em
cada etapa. Assim, para cadamodelo
de síntese, existemum
ou maismodelos
de análise, quepermitem
uma
avaliação mais detalhadado comportamento do
sistemaplanejado, tanto sob o enfoque estático quanto dinâmico.
Nesta estrutura, cada
modelo
representaum
aspecto parcialdo problema
de planejamento e oconjunto de
modelos
representa oproblema
de planejamentono
seu todo. Para cada tipo de deci-são, foram desenvolvidos diversos modelos,
com
baseem
técnicas de otimização e/ouem
métodos
heurísticos.Os
modelos
baseadosem
otimizaçãomelhor
sucedidosforam
os propostos para plane-2.4
ESTRUTURA
INSTITUCIONAL
DO
SETOR
ELÉTRICO:
PÓS-RE
F
()RMA
A
estrutura organizacional anteriormente descrita e o processo de planejamento a ela associadofuncionaram satisfatoriamente, tanto nos aspectos financeiros
como
técnicos, até o início da décadade 80.
A
expansãodo
sistemaacompanhava
o crescimento da demanda.O
aporte financeiro paraexpansão era proveniente de três fontes básicas: da geração intema de recursos, a partir das tarifas;
de recursos
do
Estado; e de empréstimos, obtidos principalmenteno
sistema financeiro intemacio-nal.
No
início da década de 80, verificou-seuma
degradação financeira das concessionárias,como
conseqüência da
combinação
de inflação, tarifas congeladas, dificuldades na captação de emprés-timos e
pagamento
dos empréstimos realizadosna
década de 70.Como
resultado, na década de 90,o governo brasileiro iniciou a reestruturação e privatização
do
setor elétrico,com
a publicação dediversas leis e decretos.
O
objetivo desta reestruturação, segundo o Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro (Projeto
RE-SEB)
[l3], é pemiitir aoGovemo
concentrar-se sobre suas funções de regula-mentação, fiscalização e formulação de políticas do setor, propiciando a transferência da responsa-
bilidade sobre operação e investimento ao setor privado.
A
Figura 2.6 esquematiza a estrutura organizacionaldo
setor elétrico brasileirono
periodo pós-reforma.
No
que
segue, analisa-se a influência desta estrutura sobre a metodologia de planejamentoda expansão e sobre o
mercado consumidor
das empresas distribuidoras/comercializadoras.A
tAgente Opgeígãor Geração
Regulador
ill
|"
¡III Mercado Atacadista Agente de Energia Financeiro Transmissao Distribuição/ Agente Comercialização Planejador Consumidores Consumidores Cativos LivresA
caracteristica principaldo novo modelo
é a criação doMercado
Atacadista de Energia(MAE),
que substituirá o tradicional sistema de preços regulamentados e contratos de suprimentopor
um
sistema de livre mercado,em
que o preço será dcfinido pela interação entre a oferta e ademanda.
A
Agência
Nacional de Energia Elétrica(ANEEL)
é o Órgão responsável pela regulamentaçãoe fiscalização
do
setor elétrico.A
missão da agência é assegurar o suprimentoadequado
de eletrici-dade, confiável, e a preço razoável, a consumidores existentes e novos, através da regulamentação
de preços,
quando
houver monopólios,em
níveis condizentescom
concessionárias eficientes efinanceiramente viáveis, e através
do
incentivo à concorrência, sempre que este forum
mecanismo
prático e eficiente.
As
funções daANEEL
são: a regulação econômica, a regulação técnica, as con- cessões, as questões ligadas aoconsumidor
e a administração.Caberá
a Eletrobrás, pelomenos
a curto prazo, odesempenho do
papel de agente financiador,para evitar descontinuidade
no
financiamentodo
setor. Contudo, àmedida
que os empréstimoscomerciais
ao
setor privado forem mais significativos, o papel de agente financiador deverá serrealizado pelo
Banco
Nacional de DesenvolvimentoEconômico
e Social(BNDES).
O
agente planejador fará o planejamento indicativodo
sistema e dos novos investimentos, an-tes realizado pelo
GCPS
deforma
determinativa.O
planejamento indicativo será realizado peloComitê Coordenador
.do Planejamento daExpansão (CCPE);
e os planos indicativos identificarãoprogramas de investimento
do
sistemacom
eeonomicidade (a custo mínimo), inclusive projetoshidrelétricos especificos
contemplando
diferentes premissas e cenários.O
agente responsável pelo planejamento operacional, programação, despacho e transmissão érepresentado pelo
Operador
Nacionaldo
Sistema Elétrico(ONS),
uma
entidadesem
fins lucrativos.Esse agente receberá dados sobre afluências, níveis de reservatórios, disponibilidade de usinas e
custos de combustíveis.
A
partir destas informações, planejará a operação dos sistema através deprocedimentos semelhantes aos atuahnente
em
vigor.Como
partedo
estágio finaldo
planejamentooperacional, o
ONS
calculará tun preço que representaráo
custo marginaldo
sistema ou preço spot,em
que a oferta edemanda
estarão equilibradas.As
empresas geradoras e as empresas distribuidoras e comercializadoras (D/C°s) continuarãoanegociar a maior parte de sua energia através de contratos bilaterais, que especificarão o preço e os
volumes
contratados (obrigatoriamente85%
dovolume
total) durante sua vigência. Esses contra-tos, caracterizados logo aseguir, visam reduzir
a
exposição das empresas geradoras e das empresasD/C's aos preços
do
MAE.
Somente
a energia não contratada será negociada diretamenteno
MAE
eliquidada ao preço deste,
mas
todos osfluxos
de energia serão consideradosna
determinação daOs
novos arranjos mercantistêm
implicações importantes no que se refere a concorrência e àregulamentação dos preços da energia.
O
preço spo/ doMAE
sera estabelecidocom
o uso demo-
delos e procedimentos acordados por todos os
membros
doMAE,
homologados
pelaANEEL
e quedeverão refletir a oferta e
demanda
de energia.Não
haverá concorrência pública por preços entreempresas geradoras
no mercado
spot.Os
preçosdo mercado
de contratos deverão refletir as expectativas dos agentes quanto ao preçospot no decorrer do período
em
questão, a não ser no período de vigência dos contratos iniciais,firmados entre empresas geradoras e empresas D/C°s, que apresentam as seguintes características:
' a duração dos contratos iniciais será de 8 anos
no
sistemaS/SE/CO
e de 15 anos noN/NE;
'
no
sistemaS/SE/CO,
osvolumes
contratados serao constantes até o quinto ano e serão reduzidos gradualmente, a partir de 2003,
em
25%
e amesma
percentagem até a liberação total;I os
volumes no
início dos contratos iniciais refletirão o atual critério de risco de déficit de5%;
' os preços acordados serão mantidos durante a vigência do contrato, sujeitos à indexação;
' limite de auto-suprimento (self-dealing) vigorarão somente após o
fim
dos contratos iniciais (distribuidoras não poderão atender maisdo
que30%
de seumercado
com
geração própria).A
produção e a comercialização serão atividades competitivas, que tratarão, respectivamente,da
venda
eda compra
de energia elétrica.O
transporte e a distribuição de energia elétrica, porconstituírem monopólios naturais, serão regulamentados e definidos por nível de tensão.
O
sistemade transmissão (rede básica)
compreende
o conjunto de ativosem
tensão de230
kV
ou superior,além das conexões intemacionais
em
138kV
ou acima.O
sistema de distribuiçãocompreende
oconjunto de ativos
da
redeem
tensão inferior a230
kV.Atualmente, as atividades de distribuição e comercialização
têm
sido realizadas poruma
mes-
ma
empresa, as assim designadas empresas distribuidoras/comercializadoras (empresas D/C°s).Uma
dasmudanças fimdamentais
danova
estrutura organizacional está relacionada aomercado
consumidor
destas empresas, que passa a sercomposto
por consumidores "cativos", quenão
podem
escolher o fomecedor, e por consumidores "livres", que poderão
comprar
energia diretamente dequalquer
empresa
geradora,do
MAE
ou de outras empresas D/C”s.Os
consumidores são qualifica-dos
em
"cativos" e "livres",conforme
os critérios vigentes, segundo suas características de tensãoeQuadro
2.3 - Critérios paraConsumidores
Livres e CativosCONSUMIDOR
CONDIÇAO
VIGENCIALivre (atual) 2 10
MW/
2 69 kV Imediata, respeitados oscontratos vigentes Livre (atual) 2 3
MW/
2 69 kv Julho/2000Livre (atual e Independentemente de características de tensão e demanda, quando a
novo) solicitação de fornecimento não puder ser atendida em até 180 dias apósa solicitação, por parte da distribuidora local.
Imediata
Livre (novo) 2 3
MW/
Qualquer tensão ImediataLivre (atuale 2 500 KW/ Qualquer tensão (PCH's) Imediata
novo) Cativo (atuale
novo)
Consumidores não enquadrados nos critérios anteriores, de qualquer classe Imediata
de consumo, independentemente de características de tensão e demanda.
Livre (atuale novo)
2 so KW/ z 2,3 i‹v” Julho/zoos Livre Todos os consumidoress Janeiro/2005
Nessas condições, a participação de cada
empresa
não mais estará determinada pela área deconcessão,
mas
será o resultado das negociações entre os agentes econômicos, quepodem
ser vis-tos
como
jogadores empresariais [2]. Neste contexto, as metodologiasem
uso para avaliação daparticipação das empresas deverão ser reformuladas, considerando que a participação
no novo mer-
cado
tem
um
comportamento
dinâmico, enao
mais estáticocomo
tradicionalmente considerado [6].2.5
EFEITOS
DA
REFORMA
SOBRE
A
METODOLOGIA
DE
PLANEJAMENTO
[28]Com
amudança
no
ambiente de negócios, oraem
andamento, é de se esperar que o processo deplanejamento, tradicionalmente centralizado pela Eletrobrás, evolua para
um
processo descentrali-zado e competitivo,
com
a participação de concessionárias, produtores independentes e consumido-res livres.
Em
conseqüência, as metodologias e osmodelos
de planejamentodevem
ser repensados,considerando várias questões,
em
particular a que diz respeito aocomportamento
dademanda,
como
abordado
a seguir.2.5.1
Metodologia
dePlanejamento da
OfertaA
metodologia de planejamento e a estrutura hierárquica de modelos, anteriormente descritas,foram concebidas
num
setor eletrico caracterizado por capital predominantemente estatal, regimede .mercado monopolístico e empresas verticalmente integradas,
com
reduzida participação deagentes privados.
Como
resultado, a metodologia tradicional de planejamento da oferta se caracte-riza pelos seguintes aspectos:
0 planejamento centrado na oferta,
com
ênfaseno
sistema de geração;0 peso reduzido
do
sistema de transmissão nas decisões de investimento;0 foco da análise centrado nos sistemas interligados,
em
nível de região e de país;0 ênfase
em
grandes projetos de geração hidroelétricos e nas interligações regionais.2 ° 3 Essas condições foram sinalizadas pela
ANEEL,
não estando, portanto, efetivamente implementadas.Estes e outro fatores condicionaram fortemente a concepção e o desenvolvimento da metodolo-
gia e dos
modelos
usadosno
planejamento da oferta, tanto nos aspectos energéticos quanto elétri-cos.
Uma
conseqüência natural do desenvolvimento demodelos
polarizados para o nivel de sistemainterligado e orientados a grandes projetos foi a representação simplificada (energia extema) de
pequenas e médias centrais nos
modelos
de expansão da geração. Essa representação simplificadadificulta a correta avaliação dos pequenos e médios aproveitamentos e teve
como
conseqüênciaum
tratamento marginal destes projetos
no
âmbitodo
planejamento setorial.O
tratamentoendógeno
deautoprodutores, produtores independentes e co-geradores e', portanto,
um
requisito a ser atendidopela
nova
metodologia de planejamento da oferta.Também
os projetos de gerenciamento dademanda
têm
sido tratados de forma implícita noprocesso de planejamento, através de subtração das metas de conservação de energia das projeções
de
demanda.
Nesse caso, a representação simplificadanão
permite avaliar corretamente os efeitosde medidas de gerenciamento sobre os custos de expansão e de operação
do
sistema, fundamentaispara a alocação otimizada dos recursos vinculados
à
implantação destas medidas.Em
outras pala-vras, a representação explícita de medidas de gerenciamento da
demanda
éum
aspecto a ser consi-derado
na nova
metodologia de planejamento.As
modificações no
ambiente de negócios deverão se refletirtambém
nos critérios emodelos
de planejamento
da
transmissão,no
sentido de considerar o sistema de transmissãocomo
recursopara otimização
do
sistema ecomo
um
negócio capaz de gerar receitas decorrentes de serviços detransmissao e ancilares.
2.5.2
Metodologia de Planejamento da
Demanda
Uma
das principais consequências dasmudanças
institucionais para o planejamento dademan-
da é que o
mercado
de energia deixa de ser delimitado pela área de concessão, ou seja, os planeja-dores
desconhecem
a parcela demercado
das concessionárias e a parcela demercado
dosnovos
agentes (produtores independentes e empresas D/C”s). Haverá, portanto,
uma
redistribuiçãodo
mercado
entre os agentes,confonne
as leis de mercado. Isto sugere que a análise das estratégiascompetitivas será
uma
etapa de crucial importânciano
processo decisório.Outra
mudança
importanteno
planejamento dademanda
diz respeito à estrutura do mercado.Atualmente, o
mercado
é projetadoem
nível nacional e regional, segundo critérios de decomposi-ção puramente espacial.