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Caracterização estrutural da coleção de mamíferos da Universidade Federal do Ceará

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ANA KAROLINA RODRIGUES DE ALMEIDA

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DA COLEÇÃO DE MAMÍFEROS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FORTALEZA 2019

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ANA KAROLINA RODRIGUES DE ALMEIDA

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DA COLEÇÃO DE MAMÍFEROS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Coordenação do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Ceará, como um dos requisitos para a obtenção do título de bacharel em Ciências Biológicas.

Orientador: Dr. Vicente Vieira Faria.

Co-Orientador: Me. Fernando Heberson Menezes Lima.

FORTALEZA 2019

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ANA KAROLINA RODRIGUES DE ALMEIDA

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DA COLEÇÃO DE MAMÍFEROS DA UFC

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Coordenação do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Ceará, como um dos requisitos para a obtenção do título de bacharel em Ciências Biológicas.

Aprovado em: ____ / ________ / ______

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________ Dr. Vicente Vieira Faria (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________________________ Me. Fernando Heberson Menezes Lima (Co-orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________________________ Dra. Diva Maria Borges-Nojosa

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________________________ Dra. Cristiane Xerez Barroso

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i

Dedico o presente trabalho a todos os profissionais que contribuíram e contribuem para criação, crescimento e manutenção das diversas coleções biológicas espalhadas pelo Brasil.

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AGRADECIMENTOS

À minha família. Obrigado por sempre me apoiarem e motivarem para o estudo. Obrigada pelas caronas, pelos biscoitos e pelas puxadas de orelha. Foi graças a sua criação que eu pude me tornar uma pessoa honesta, uma cidadã, e por tudo isso (e por muito mais) eu lhes sou extremamente grata.

Ao Dr. Vicente Faria, pela orientação durante meus estágios no Laboratório de Evolução e Conservação de Vertebrados Marinhos (EvolVe). Obrigada pela disposição em se responsabilizar pela curadoria da Coleção de Mamíferos da UFC, atitude sem a qual esse trabalho não seria possível. Obrigada pelas conversas descontraídas e pela criação de um ótimo ambiente de trabalho, e também pelas trilhas sonoras icônicas.

À Dra. Diva Maria Borges-Nojosa, por compor a banca de avaliação deste trabalho. Obrigada pela criação e disponibilização da Coleção de Mamíferos da UFC e do livro de tombo da coleção ao EvolVe e pela confiança depositada em nossa equipe.

À Dra. Cristiane Xerez Barroso, por compor a banca de avaliação deste trabalho e também pela orientação durante o período em que fui monitora das disciplinas de Zoologia Geral e Cordados, do curso de Ciências Biológicas da UFC.

À equipe de mamíferos da UFC, Me. Fernando Heberson Menezes Lima, Thiago Sales Lobo Guerra e Gabriele Oliveira Felix, por me apoiarem durante o trabalho. Obrigada em especial ao Heberson por me coorientar desde o início, sendo o especialista em mamíferos do Lab, e também por toda amizade. Sua orientação na restruturação da coleção (tema do presente TCC) e um projeto de morfometria de crânios foi crucial para minha formação.

À equipe do EvolVe, pelo apoio durante o processo de transferência da Coleção de Mamíferos do NUROF-UFC para o EvolVe. Obrigada a todos pelo suporte e amizade durante minha vivência como parte da equipe.

À turma do rodízio, Andressa Pinheiro, Hugo Pereira, Virgínia Oliveira e Yago Barros, pela amizade, por aguentarem minhas conversas aleatórias, meus erros ortográficos e por estarem sempre dispostos a um almoço no shopping para afogar as mágoas juntos.

Aos amigos Bruno Guilhon e Cleantony Frota, por diariamente dividirem as alegrias e derrotas da vida.

Aos amigos de turma, Ana Kamila Medeiros, Brenda Sombrae Paulo Ricardo. Sou-lhes muito grata por nossa amizade e por todas as experiências que tivemos juntos, mesmo que nossas agendas atribuladas não mais permitam que passemos tanto tempo juntos.

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iii

Por fim, mas não menos importante, ao meu cachorro Pipoca, que continua vivo, firme, forte e me distraindo em busca de atenção e carinho (e comida).

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iv

“Is that a chicken?” - Kylie Jenner, seeing a pig.

(9)

v RESUMO

As coleções zoológicas oferecem um banco de dados morfológico, genético e histórico que pode auxiliar pesquisadores em trabalhos de diversas áreas. Pesquisas em taxonomia, sistemática, genética, ecologia, saúde pública, entre outras, se tornam executáveis e facilitadas com a presença de uma coleção dessa natureza em uma instituição. Com base nisso, esse trabalho teve como objetivo caracterizar a Coleção de Mamíferos do Departamento de Biologia, do Centro de Ciências, da Universidade Federal do Ceará (UFC.M). Foi realizada a transferência dos exemplares do Núcleo Regional de Ofiologia da Universidade Federal do Ceará (NUROF-UFC) para o Laboratório de Evolução e Conservação de Vertebrados Marinhos (EvolVe). Primeiramente, iniciou-se a limpeza das peças e a recuperação das informações sobre os espécimes tombados. A Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará é composta por 331 espécimes tombados (285 espécimes na coleção e 46 não localizados). Estes espécimes estão conservados da seguinte maneira: 184 peças em via seca e 103 em via úmida. Quanto aos tipos de peças, a coleção é composta por 95 indivíduos completos, 108 peles taxidermizadas, duas peças de patas, 18 peças de cauda, 28 esqueletos completos, 64 crânios, duas carapaças e quatro conjuntos de espinhos. Quanto à composição taxonômica, a coleção é composta por 47 espécies distribuídas em 46 gêneros de 22 Famílias, que pertencem a quase todas as ordens de mamíferos de ocorrência para o Brasil (exceção da ordem Sirenia). A maioria dos exemplares são provenientes da Serra de Maranguape e do Parque Nacional de Ubajara, no Ceará. Demais exemplares foram coletados em outras localidades da região Nordeste.

Palavras-Chave: coleção científica; coleção zoológica; mamíferos; curadoria; recuperação.

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vi ABSTRACT

Zoological collections provide a morphological, genetic and historical database that can assist researchers in work in various fields. Research on taxonomy, systematics, genetics, ecology, public health, among others, becomes executable and facilitated by the presence of such a collection in an institution. Based on this, this work aimed to characterize the Collection of Mammals of the Departamento de Biologia, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará (UFC.M). The specimens were transferred from the Núcleo Regional de Ofiologia da Universidade Federal do Ceará (NUROF-UFC) to the o Laboratório de Evolução e Conservação de Vertebrados Marinhos (EvolVe). Firstly, the cleaning of the pieces and the retrieval of information about the cataloged specimens began. The Collection of Mammals of the Federal University of Ceará consists of 331 cataloged specimens (285 specimens in the collection and 46 not found). These specimens are preserved as follows: 184 pieces in dry and 103 in wet. As for the types of pieces, the collection consists of 95 complete individuals, 108 taxidermised skins, two paw pieces, 18 tail pieces, 28 complete skeletons, 64 skulls, two carapaces and four sets of thorns. Regarding the taxonomic composition, the collection consists of 47 species distributed in 46 genera of 22 Families, which belong to almost all mammalian orders of occurrence for Brazil (except for the order Sirenia). Most of the specimens come from the Serra de Maranguape and the Ubajara National Park in Ceará. Other specimens were collected in other localities of the Northeast.

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vii LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Modelo de etiqueta para peles. A: Frente; B: Verso...8

FIGURA 2 – Modelo de etiqueta para frascos...8

FIGURA 3 – Modelo de etiqueta para gavetas...9

FIGURA 4 – Lista de Tombo...10

FIGURA 5 – Armário e prateleira onde está depositada a Coleção de Mamíferos da UFC...11

FIGURA 6 – Gaveta com exemplares de marsupiais...12

FIGURA 7 – Gaveta com exemplares de marsupiais...12

FIGURA 8 – Crânios armazenados em frascos...12

FIGURA 9 – Relação das ordens representadas por exemplares na Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará (UFC.M). Número entre parênteses indica o número de exemplares por ordem...14

FIGURA 10 – Pele de Leopardus pardalis taxidermizado (UFC.M 180)...19

FIGURA 11 – Pele de Leopardus tigrinus taxidermizado (UFC.M 171)...19

FIGURA 12 – Pele de Leopardus emiliae taxidermizado...20

FIGURA 13 – Pele de Puma yagouaroundi taxidermizado...20

FIGURA 14 – Pele de Tamandua tetradactyla taxidermizado (UFC.M 172)...21

FIGURA 15 – Pele de Callithrix jacchus taxidermizado...21

FIGURA 16 – Caudas de tatus (Ordem Cingulata)...22

FIGURA 17 – Carapaça de Cingulata (UFC.M 167)...22

FIGURA 18 – Espinhos de Coendou baturitensis (UFC.M 118)...23

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viii LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Relação dos exemplares da Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará (UFC.M)...15

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ix SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 2 2. PERGUNTAS ... 5 3. HIPÓTESE ... 5 4. OBJETIVOS ... 5 2.1 GERAL ... 5 2.2 ESPECÍFICOS ... 5 5. MATERIAL E MÉTODOS ... 6 3.1. Terminologia adotada. ... 6

3.2. Realocação da Coleção de Mamíferos da UFC ... 6

3.3. Limpeza dos exemplares ... 6

3.4. Digitalização da Lista de Tombo ... 7

3.5. Construção do dermestário ... 7

3.6. Adição de novos exemplares ... 7

3.7. Confecção de novas etiquetas ... 8

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 10

4.1 Caracterização física da Coleção de Mamíferos da UFC ... 10

4.2 Dos exemplares presentes ... 13

6. CONCLUSÃO ... 24

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 24

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2 1. INTRODUÇÃO

Coleções científicas são instituições que tem como objetivo preservar e inventariar artefatos, amostras e espécimes de modo de que possam permanecer indefinidamente disponíveis para pesquisas de cunho científico. Um tipo de coleção científica é a coleção biológica, que tem como objetivo inventariar e preservar espécimes representantes da biodiversidade do planeta (FRANCO, 2002).

As coleções biológicas têm um cunho histórico e cultural, por apresentarem conservados espécimes de espécies extintas, ou que não ocorram mais naturalmente na natureza. Coleções biológicas passaram a existir no Brasil a partir de 1818, com a fundação da Casa dos Pássaros – que mais tarde, em 1890, viria a se tornar o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Desde então, diversas instituições científicas passaram a estabelecer suas próprias coleções e, apesar da falta de uma avaliação geral e efetiva da situação desses acervos, é sugerido que o Brasil possua o maior acervo sobre a região neotropical (ZAHER; YOUNG, 2000). Isto se deve, pelo menos em parte, ao país possuir uma área de proporção continental, sendo sua diversidade de flora e fauna diretamente proporcional à sua extensão geográfica. Por exemplo, sabendo que o Brasil possui pelo menos 722 espécies de mamíferos em seu território (PERCEQUILLO et al., 2017), uma coleção de mamíferos para ser representativa da mastofauna do país, deverá ter em seu acervo uma ampla cobertura da fauna do continente.

Diferentes coleções biológicas apresentam características e propósitos específicos: quando usada para fins de educação, é denominada didática (AZEVEDO et at., 2012); e quando possui um valor e propósito para pesquisas científicas, é denominada científica. Esta última é geralmente focada em grandes grupos, formando coleções botânicas, microbiológicas ou zoológicas, podendo ainda focar em grupos taxonômicos específicos – peixes, anfíbios, répteis, aves ou mamíferos, como no caso de coleções zoológicas, por exemplo.

Além disso, Vivo et al.(2014) ainda classificam as coleções zoológicas de acordo com o tipo de material que é guardado em seu acervo, o propósito com que esse material é utilizado e que público poderá ter acesso aos exemplares ali contidos. O autor descreve cinco tipos de coleção: as científicas estando classificadas em: Sistemática; de Pesquisa; de Referência; a Didática; e a de Exposição, onde a função principal será a divulgação científica, mas o uso em pesquisa não está excluído.

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As coleções biológicas científicas podem agregar à ciência de vários modos. Suarez e Tsutsui (2006) explicam como é possível utilizar os exemplares de acervos zoológicos em projetos relacionados à saúde pública, oferecendo uma fonte para identificação de vetores e reservatórios de doenças. É ainda possível realizar pesquisas ecológicas – temas como perda de habitat, declínio da biodiversidade e as consequências das mudanças climáticas – com as informações contidas nas coleções. Logo, é interessante utilizar as coleções biológicas como uma ferramenta para pesquisas de cunho científico e ambiental.

De forma geral, coleções zoológicas podem ser utilizadas pelos pesquisadores da instituição em que ela está localizada, ou por pesquisadores visitantes, como fonte de informações a respeito da variação morfológica, distribuição geográfica e de dados moleculares, sejam do passado ou atuais (MARINONI; PEIXOTO, 2010). As coleções zoológicas contribuem assim para trabalhos de natureza taxonômica, sistemática e ecológica.

A presença de uma coleção dessa natureza em uma instituição também atrai mais pesquisadores ao local, que contribuem para agregar informações à própria coleção e aos pesquisadores e curadores locais. Além da troca de conhecimentos, o recebimento de profissionais da área é de interesse da instituição, principalmente pela a crescente falta de profissionais sistematas (MARQUES; LAMAS, 2006). Além da dificuldade de se possuir profissionais zoólogos como curadores de uma coleção zoológica – ou que trabalhem na instituição, oferecendo seus serviços para identificação de espécies, coletar dados morfométricos, entre outros –, existe a falta de financiamento para manter o ambiente em que a coleção está inserida (MARINONI; PEIXOTO, 2010; ZAHER; YOUNG, 2000).

Eventos de lesão do patrimônio biológico alocado em coleções científicas denunciam a problemática da falta de financiamento. É o caso do incêndio ocorrido em 2018, que destruiu grande parte do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde já haviam sido apurados problemas de infraestrutura (MEGA, 2019). Em 2010, a coleção zoológica do Instituto Butantan também sofreu com o mesmo acidente, onde cerca de 70 mil exemplares foram perdidos (MEGA, 2019). Para evitar tais eventualidades é necessário investimento para a melhor infraestrutura possível de uma coleção biológica.

Devido à importância de que a coleção zoológica esteja armazenada em um local apropriado, para evitar ao máximo o desgaste ou perda do material, alguns fatores ambientais precisam ser controlados, como a temperatura e umidade. Em ambientes com altas temperaturas e um alto grau de umidade os processos de oxidação e hidrólise são

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mais acelerados, o que pode causar degradação dos exemplares e das fichas em papel, perdendo-se informações valiosas. Esse ambiente é também favorável ao crescimento e reprodução de insetos, fungos e bactérias, fatores importante de degradação (DALTON, 2003; GRANATO; MARCUS; SANTOS, 2007; PORTUGAL; MELO, 2012; SCHILTHUIZEN et al., 2015).

São várias as coleções atualmente no Departamento de Biologia da UFC, incluindo o herbário, a de répteis e peixes fósseis, de répteis, de anfíbios, de peixes e de mamíferos. Esta última já esteve sediada no térreo do Bl. 906, tendo sido posteriormente alocada para o Núcleo Regional de Ofiologia da UFC (NUROF-UFC). Então, no final de 2018, devido a questões de logística de pesquisa e manutenção da coleção, a responsabilidade da curadoria da coleção foi passada para o Laboratório de Evolução e Conservação de Vertebrados Marinhos (EvolVe). Com base nisso, o presente estudo aborda a recuperação da Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará (UFC.M), incluindo a sua transferência do NUROF-UFC para o EvolVe. Foi realizada a caracterização das espécies presentes na UFC.M para uma melhor organização dos materiais e para possibilitar pesquisas científicas com a mesma. Além disso, é interessante compreender a diversidade do acervo e como a UFC.M se insere no contexto de uma coleção de mamíferos Nordestina.

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5 2. PERGUNTAS

Quais os táxons presentes na Coleção de Mamíferos da UFC?

Os táxons presentes são bem representativos da diversidade de mamíferos do Brasil?

Qual a representatividade e importância da coleção de mamíferos da UFC em relação às duas maiores coleções do Nordeste (da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Federal de Pernambuco)?

3. HIPÓTESE

Os táxons presentes na UFC.M serão abrangentes para a maioria dos grupos de mamíferos brasileiros;

A quantidade e diversidade de exemplares presentes na UFC.M será menor que as presentes nas coleções de mamíferos da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Federal de Pernambuco;

4. OBJETIVOS 2.1 GERAL

Caracterizar a Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará, alocada no Departamento de Biologia, do Centro de Ciências.

2.2 ESPECÍFICOS

 Descrever o número de espécimes, sua forma de conservação e tipo de exemplar;

 Identificar e compilar as espécies e suas respectivas famílias e ordens;

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6 5. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Terminologia adotada.

Para fins de organização, o presente texto trata os seguintes termos como: 1) exemplar ou espécime: indivíduos únicos com número de tombo correspondente; 2) peça: indivíduo inteiro ou parte de indivíduo. Peças diferentes do mesmo indivíduo possuem o mesmo número de tombo. Logo, o número total de peças é maior que o número total de exemplares. O número total de indivíduos tombados na Coleção de Mamíferos da UFC é maior que o número de indivíduos presentes na coleção, devido a doações, possíveis duplicações ou indivíduos não localizados.

3.2. Realocação da Coleção de Mamíferos da UFC

Anteriormente à transferência, os exemplares foram comparados com as informações contidas no Livro de Tombo, conferindo assim a presença ou falta de peças. Foi feito também o tombamento de exemplares doados que constavam ainda sem número de tombo. Então, foi realizada a transferência da Coleção de Mamíferos que se encontravam no Núcleo Regional de Ofiologia da UFC (NUROF-UFC), bloco 905, onde estava sob os cuidados da curadora Dr. Diva Maria Borges-Nojosa, para sua nova sede no Laboratório de Evolução e Conservação de Vertebrados Marinhos (EvolVe), no bloco 909, do Departamento de Biologia, Campus do Pici, Universidade Federal do Ceará, sob os cuidados do novo curador Dr. Vicente Vieira Faria. Também foi transferido um armário com gavetas organizadoras, doação do Museu de Zoologia da USP, no qual os exemplares de via seca estavam depositados.

3.3. Limpeza dos exemplares

Nas peças de pele conservadas em via seca, a limpeza foi realizada com solução de Éter Sulfúrico 35% (Removex) e utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI)s necessários – jaleco, luvas e máscara filtradora – e com o auxílio de pinça e algodão. A limpeza é feita pincelando o exemplar com o algodão úmido, com cuidado para não danificar o espécime. O processo foi realizado em ambiente fechado de uma capela.

Nas peças em via úmida, trocou-se o álcool etílico dos frascos com conteúdo em pior estado de conservação, onde se observava a aparência do líquido já escura e com pelos soltos, que dificultavam a visualização do conteúdo.

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7 3.4. Digitalização da Lista de Tombo

A Lista de Tombo da coleção constava em posse da curadora responsável pela coleção anteriormente, para localização de informações ainda carentes. Antes da transferência dos exemplares em 2019.1, uma listagem em excel do Livro de Tombo foi criada. Foram aproveitadas as informações contidas nas etiquetas armazenadas junto às peças, informações contidas em artigos publicados e identificações realizadas pelos biólogos da instituição. Esta lista foi compartilhada em formato online para os colaboradores. Em 2019.2, com a transferência oficial do Livro de Tombo para as dependências do EvolVe, foi possível dar continuidade a sua atualização digitalizada.

3.5. Construção do dermestário

Durante uma visita para treinamento e pesquisa na Coleção de Mamíferos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), exemplares vivos de besouros do gênero Dermestes Linnaeus, 1758 – coleópteros polígafos – foram doados pelo Laboratório de Mamíferos da UFPB. A partir desses indivíduos foi construído o dermestário da Coleção de Mamíferos da UFC, localizada no bloco 909 do Departamento de Biologia.

A colônia foi acomodada dentro de um aquário utilizando algodão e folhas de jornal, e está sendo mantida selada por meio de tecidos presos com elástico, ficando somente ela dentro de um armário.

3.6. Adição de novos exemplares

Com a chegada de novo material trazido por pesquisadores, estão sendo realizadas taxidermias nos espécimes para sua adição à Coleção. As peles são extraídas e preservadas, e os crânios são levados ao dermestário para descarnação e limpeza, baseando-se nas metodologias apresentadas por Martins (1994) e Auricchio (2002). Amostras de tecido muscular, fígado, baço e pele estão sendo recolhidas e preservadas em etanol absoluto (concentração maior que 98%) e armazenados em um banco de tecidos. O banco de tecidos da coleção tem como objetivo preservar o material genético dos espécimes e permitir futuras extrações, purificações e sequenciamentos de ácido desoxirribonucleico (DNA) de alta qualidade.

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8 3.7. Confecção de novas etiquetas

Foram confeccionados novos modelos padronizados de etiqueta, para identificação de peles (Figura 1), material em frascos (Figura 2) e das gavetas onde as peças estão depositadas (Figura 3). As etiquetas foram impressas com impressão a laser

em papel de linho ou papel couchê fosco A4 180g/m2. O modelo de etiquetas para peles foi

impresso em um conjunto de 20 etiquetas por folha A4, o modelo de identificação de potes foi impresso em 44 etiquetas por folha A4 e as etiquetas de identificação externa das gavetas foram impressas em quatro por folha A4.

Figura 1: Modelo de etiqueta para peles. A: Frente; B: Verso.

Fonte: A autora.

Figura 2: Modelo de etiqueta para frascos.

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9 Figura 3: Modelo de etiqueta para gavetas.

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10 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Caracterização física da Coleção de Mamíferos da UFC

Todos os exemplares da Coleção de Mamíferos da UFC foram examinados para a recuperação das informações associadas ao exemplar. Foram conferidas as fichas de tombo individuais disponíveis de cada peça onde informações como Número de tombo, Identificação, Data de coleta, Coletor, Procedência, Sexo, Peso, Medidas corpóreas e demais informações contribuíram para a construção de uma lista digital provisória. Foram também utilizadas as informações contidas nos trabalhos de Gurgel-Filho; Feijó & Langguth (2015) e de Pinto (2007).

Com a chegada do Livro e da Lista de Tombo (Figura 4) atualizada, essa lista digital foi concluída e disponibilizada em meio digital para facilitar o acesso às informações e salvá-las através de multiplicas cópias além do Livro de Tombo físico. Essa informatização deve ser buscada pelas instituições que alocam coleções biológicas. Por meio dela passa a existir uma segunda fonte de informações sobre as coleções, caso a Lista de Tombo seja danificada ou perdida. O meio digital também facilita a obtenção de informações sobre a coleção por pesquisadores que não participam da instituição em que ela se localiza (ARANDA, 2014; MARINONI; PEIXOTO, 2010; PORTUGAL; MELO, 2012).

Figura 4: Livro de Tombo.

Fonte: A autora.

Para uma melhor organização da Coleção foram confeccionadas novas etiquetas, visto que as antigas estavam desgastadas por ação dos fungos e insetos, com informações

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11

escritas a caneta esferográfica ou em papel de baixa qualidade ou oxidado. Os modelos de etiquetas para pele e frasco/caixa possuem espaço para preenchimento de número de tombo, identificação do espécime, número do coletor, nome do coletor, local e data de coleta. Essas informações devem estar presentes junto ao espécime depositado para possível recuperação de informações, no caso de perca do Livro de Tombo.

O modelo para gavetas possui espaço para preenchimento do número do armário, da gaveta e o nome dos táxa encontrados em cada gaveta. Existe também o espaço para preenchimento de informações sobre os espécimes depositados na gaveta designada, sendo elas o número de tombo, o tipo de material depositados (peças), a identificação do espécime e o local de coleta de cada peça. Essas informações são essenciais para facilitar a localização dos exemplares, além de evitar que peças sejam trocadas de gavetas quando retiradas para uso.

As peças conservadas em via úmida ficam depositados em prateleiras que já estavam disponíveis no EvolVe, enquanto peças conservadas em via seca ficam depositados no armário trazido do NUROF-UFC (Figura 5), dentro de gavetas (Figuras 6 e 7). Crânios pequenos estão armazenados dentro de frascos (Figura 8), também dentro das gavetas.

Figura 5: Armário e prateleira onde está depositada a Coleção de Mamíferos da UFC.

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12 Figeura 6: Gaveta com exemplares de marsupiais.

Fonte: A autora.

Figura 7: Gaveta com exemplares de Chiroptera.

Fonte: A autora.

Figura 8: Crânios armazenados em frascos.

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13 4.2 Dos exemplares presentes

A Coleção de Mamíferos da UFC conta atualmente com 331 exemplares tombados, existindo 46 exemplares em fase de localização. Durante a confecção da Lista de Tombo Provisória foi evidenciado que desses 46 exemplares, 11 possuem registros na literatura. Isso levou a inferir que eles e os demais exemplares faltantes foram de fato tombados, não sendo um caso de números “pulados” no momento de tombamento de novas peças. Posteriormente, com a disponibilização do Livro de Tombo, foi confirmada essa hipótese.

Assim, até o momento, a coleção conta com 285 espécimes tombados localizados, sendo 184 exemplares com peças conservadas em via seca e 103 exemplares com peças conservadas em via úmida. A coleção possui o total de 321 peças. As peças presentes se caracterizam em: 95 indivíduos completos, 108 peles taxidermizadas, duas peças de patas, 18 peças de cauda, 28 esqueletos completos, 64 crânios, duas carapaças e quatro conjuntos de espinhos.

Os indivíduos foram coletados no Nordeste brasileiro, a maioria vinda de coletas na Serra de Maranguape (Do PRADO, 2004), da Reserva Serra das Almas e do Parque Nacional de Ubajara (GUEDES et al., 2000), oriundas de projetos de pesquisas de professores do Departamento de Biologia da UFC e/ou do Plano de Manejo do PARNA de Ubajara.

Dos exemplares da coleção pode-se identificar 47 espécies identificadas em 22 famílias, distribuídas nas ordens Didelphimorphia, Cingulata, Pilosa, Chiroptera, Primates, Carnivora, Artiodactyla, Rodentia e Lagomorpha (Figura 9).

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14

Figura 9: Relação das ordens representadas por exemplares na Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará (UFC.M). Número entre parênteses indica o número de exemplares por ordem.

Fonte: A Autora.

Essa diversidade é representativa de grande parte da biodiversidade de mamíferos brasileira. Isso mostra a importância de sua manutenção e a necessidade de incentivo para melhorar a sua infraestrutura, sendo possível assim o seu crescimento com a doação de novos exemplares por pesquisadores.

Com relação a quantidade de espécimes tombados a UFC.M ainda se encontra reduzida em comparação com as maiores coleções de mamíferos do Nordeste, a Coleção de Mamíferos da Universidade da Paraíba (UFPB) e da Universidade de Pernambuco (UFPE), que possuem cerca de 10.000 (“Histórico da mastozoologia no Nordeste”, 2015) e 3.370 (DE MORAES, 2011) exemplares em seus acervos, respectivamente. Porém, comparando a diversidade entre a UFC.M e a Coleção de Mamífero da UFPE, por exemplo, vemos que o acervo da UFC.M se mostra mais diverso, já que a coleção da UFPE possui 80% de seus exemplares apenas da Ordem Chiroptera e 10% da Ordem Rodentia (“Acervo”, 2016), o que por sua vez é vantajoso para pesquisas realizadas com esses grupos.

As especificações de família, gênero e espécie disponíveis nas fichas e encontradas na literatura foram copiladas na Tabela 1, assim como o número de exemplares presentes. Alguns espécimes possuem identificação apenas a nível de ordem ou família, sendo necessário a continuar a identificação mais específica, quando possível.

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Tabela 1: Relação dos exemplares da Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará (UFC.M).

Ordem

(Nº exemplares identificados a nível de ordem)

Família

(Nº exemplares identificados a nível de família)

Gênero/Espécie Nºexemplares

Didelphimorphia (8) Didelphidae Didelphis albiventris 18

Didelphis marsupialis 1 Didelphis sp. 1 Gracilinanus agilis 5 Gracilinanus microtarsus 1 Gracilinanus sp. 7 Marmosa murina 7 Marmosa sp. 6 Monodelphis domestica 18 Monodelphis sp. 2 Thylamys karimii 1

Cingulata (14) Chlamyphoridae Euphractus sexcintus 6

Pilosa Mymercophagidae Tamanduate tradactyla 1

Chiroptera (5) Furipteus Furipteus horrens 1

Molossidae Molossus molossus 2

Molossus sp. 1

Mormoopidae Pteronotus parnellii 4

Natalidae Natalus stramineus 1

Phyllostomidae Anoura geoffroyi 3

Artibeus (Artibeus) lituratus 6

Artibeus (Artibeus) planirostris 1

Artibeus (Dermanura) cinereus 3

Artibeus jamaicensis 1 Artibeus obscurus 1 Artibeus sp. 1 Carollia perspicillata 26 Desmodus rotundus 20 Glossophaga soricina 7 Micronycteris schmidtorum 1 Phyllostomus discolor 6 Phyllostomus sp. 3 Platyrrhinus lineatus 1 Platyrrhinus sp. 1 Sturnira lilium 3 Trachops cirrhosus 1 Continua

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Tabela 1: Relação dos exemplares da Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará (UFC.M). (continuação)

Primates Atelidae Alouatta ululata 2

Cebidae Callithrix jacchus 6

Carnivora Canidae (3) Cerdocyon thous 1

Felidae (1) Felis sp. 1

Leopardus pardalis 1

Leopardus sp.Tigrinus 1

Mephitidae Conepatus semistriatus 1

Procyonidae Procyon cancrivorus 2

Artiodactyla Cervidae Mazama sp. 4

Rodentia (21) Caviidae Galea sp. 1

Kerodon rupestres 2 Cricetidae (3) Calomys sp. 3 Cerradomys langguthi 2 Cerradomys sp. 1 Holochilus sciureus 1 Hylaeamys megacephalus 3 Necromys lasiurus 3 Oligoryzomys nigripes 1 Oligoryzomys stramineus 4 Oligoryzomys sp. 18 Oryzomys sp. 7 Oxymycterus delator 4 Oxymycterus sp. 2 Rhipidomys sp. 1 Wiedomys cerradensis 1 Wiedomys pyrrorhinos 1 Wiedomys sp. 2 Dasyproctidae Dasyprocta sp. 1

Echimydae Thrichomys apereoides 12

Thrichomys sp. 1

Erethizontydae Coendou baturitensis 4

Muridae Mus musculus 2

Rattus rattus 5

Lagomorpha Leporidae (1)

Fonte: A autora

É notável a presença característica dos grupos Rodentia e Chiroptera na coleção. Isso se relaciona com a riqueza total de mamíferos distribuídos nessas Ordens. Com a contabilização da diversidade mundial de mamíferos realizada por Burgin et al. (2018) foi

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17

mostrado que essas duas ordens são as mais diversas em quantidade de espécies, sendo a família de roedores Cricetidae a segunda maior em relação de espécies de acordo com os autores. Em correspondência, Cricetidae é a família com maior representantes de roedores na Coleção de Mamíferos da UFC. Porém, a família mais representativa de Rodentia e de Chiroptera (BURGIN et al., 2018), Muridae e Vespertilionidae, possuem poucos e nenhum representante na coleção, respectivamente.

Analisando a catalogação de roedores da América do Sul organizado por Patton et al. (2015), confirmamos a família Cricetidae como a mais representantes entre os roedores, com 88 gêneros reconhecidos, seguida pela família Echimyidae, com 19 gêneros reconhecidos. É possível fazer a concordância com a quantidade de exemplares na Coleção de Mamíferos da UFC.

O Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil deixa disponível os seguintes valores para cada ordem, dentre as presentes na UFC.M:

- 179 espécies dentro de 68 gêneros de Chiroptera (PERCEQUILLO; GREGORIN, 2019a), dos quais a Coleção UFC.M possui 18 espécies de 14 gêneros;

- 248 espécies dentro de 76 gêneros de Rodentia (PERCEQUILLO; GREGORIN, 2019b), dos quais a Coleção UFC.M possui 19 espécies de 17 gêneros;

- 127 espécies dentro 18 gêneros de Primates (PERCEQUILLO; GREGORIN, 2019c), dos quais a Coleção UFC.M possui duas espécies de dois gêneros;

- 54 espécies dentro de 15 gêneros de Didelphimorphia (PERCEQUILLO; GREGORIN, 2019d), dos quais a Coleção UFC.M possui sete espécies de cinco gêneros;

- 55 espécies dentro de 33 gêneros de Artiodactyla (ZERBINI; ANDRIOLO, 2019), dos quais a Coleção UFC.M possui uma espécie de um gênero;

- 34 espécies dentro de 23 gêneros de Carnivora (EIZIRIK; DO NASCIMENTO, 2019), dos quais a Coleção UFC.M possui seis espécies de cinco gêneros;

- 11 espécies dentro de cinco gêneros de Cingulata (PERCEQUILLO; GODOY, 2019), dos quais a Coleção UFC.M possui uma espécie de um gênero;

- Oito espécies dentro de cinco gêneros de Pilosa (ABRÉU-JÚNIOR, 2019), dos quais a Coleção UFC.M possui uma espécie de um gênero;

- Uma espécie dentro de um gênero de Lagomorpha (PERCEQUILLO, 2019), que também consta na Coleção UFC.M.

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18

Analisando aos exemplares presentes na UFC.M, percebe-se um coerência, já que consta maior quantidade de exemplares dentro dos grupos mais representativos no território nacional.

Devido à idade da coleção, as primeiras identificações ocorreram entre os anos 1990 e 2000. Até o momento, foram feitas constantes atualizações na taxonomia dos grupos de mamíferos, e devido a isto, algumas nomenclaturas encontram-se desatualizadas. É o exemplo de Rodentia, do gênero Oryzomys Baird, 1857, que foi dividido em mais gêneros (WEKSLER; PERCEQUILLO; VOSS, 2006), e mais recentemente dos gatos-do-mato-pequenos do gênero Leopardus, onde o termo Leopardus emiliae (Thomas, 1914) passou a ser reconhecido como uma espécie própria (DO NASCIMENTO; FEIJÓ, 2017). É necessária, então, uma revisão mais detalhada dos grupos com representantes na coleção para atualização e correção de identificação.

Vale destacar algumas peças presentes na UFC.M, como as peles dos felinos Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) (Figura 10), Leopardus tigrinus (Schreber, 1775), (Figura 11), Leopardus emiliae (Thomas, 1914) (Figura 12) e Puma yagouaroundi (Geoffroy, 1803) (Figura 13). Felinos são espécimes raros em coleções, devido à difícil coleta e até mesmo visualização na natureza, além de seu grande porte dificultar o preparo do material para taxidermia. É esse o caso também para os esqueletos de Mazama gouazoubira (G. Fisher [Von Waldheim], 1814). e Sotalia guianensis (Van Benédén, 1867). Por fim, algumas peças se encontram em pequena quantidade na UFC.M, fazendo-as importantes para o acervo, como é o cfazendo-aso do indivíduo da Ordem Lagomorpha, e dfazendo-as

peles de um Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) (Figura 14) e

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Figura 10: Pele de Leopardus pardalis taxidermizado (UFC.M 180).

Fonte: A autora.

Figura 11: Pele de Leopardus tigrinus taxidermizado (UFC.M 171).

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Figura 12: Pele de Leopardus emiliae taxidermizado (UFC.M 330).

Fonte: A autora.

Figura 13: Pele de Puma yagouaroundi taxidermizado.

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Figura 14: Pele de Tamandua tetradactyla taxidermizado (UFC.M 172).

Fonte: A autora.

Figura 15: Pele de Callithrix jacchus taxidermizado.

Fonte: A autora.

A Coleção dispõe de outras peças além de peles e crânios dos exemplares. A variedade de peças inclui também cauda (Figura 16) e carapaça (Figura 17) de Tatu (Ordem Cingulata), espinhos (Figura 18), cauda e patas de Coendou baturitensis

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Feijó-22

Langguth, 2013 e órgãos internos de diversos exemplares. Também existem peças de moldes feitos com gesso de pegadas de grupos diversos (Figura 19).

Figura 16: Caudas de tatus (Ordem Cingulata).

Fonte: A autora.

Figura 17: Carapaça de Cingulata (UFC.M 167).

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23

Figura 18: Espinhos de Coendou baturitensis (UFC.M 118).

Fonte: A autora.

Figura 19: Moldes em gesso de pegadas.

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24 6. CONCLUSÃO

Atualmente, a Coleção de Mamíferos da Universidade Federal do Ceará é composta por:

- 331 espécimes tombados (285 espécimes na coleção e 46 não localizados); - 184 peças conservadas em via seca e 103 em via úmida;

- 95 indivíduos completos, 108 peles taxidermizadas, duas peças de patas, 18 peças de cauda, 28 esqueletos completos, 64 crânios, duas carapaças e quatro conjuntos de espinhos.

Quanto à composição taxonômica, a Coleção tem representantes de 47 espécies distribuídas em 46 gêneros de 22 Famílias, que pertencem a quase todas as Ordens de mamíferos de ocorrência para o Brasil, com exceção apenas da ordem Sirenia.

Em relação às duas maiores coleções de mamíferos do Nordeste, a Coleção de Mamíferos da UFPB e a Coleção de Mamíferos da UFPE, a UFC.M apresenta um acervo menor. Porém, comparado à coleção da UFPE, a UFC.M apresenta uma maior diversidade de Ordens no acervo

A maioria dos exemplares é proveniente da Serra de Maranguape, do Parque Nacional de Ubajara e da Reserva Serra das Almas, no Ceará. Demais exemplares foram coletados em outras localidades da região Nordeste.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Coleção de Mamíferos da UFC em sua nova sede já se encontra recuperada, organizada e em condições para novas pesquisas científicas. Além disso, ela também já cumpre um papel de fomentadora na formação de recursos humanos na área de curadoria e mastozoologia.

No entanto, ainda é necessário que os serviços de curadoria, como os processos de limpeza dos exemplares e de localização das informações faltantes, sejam continuados. Também é pertinente que no futuro a UFC.M possa ser alocada em um espaço próprio, com a infraestrutura necessária para a realização de técnicas de taxidermia, acomodação de colônias de Dermestes e armários separados para cada grupo taxonômico.

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25 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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