Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
de Produção
na
|viooELo
PARA |NTRoDuçAo
DE'NovA
TECNOLOGIA
EM
AGRUPAMENTOS
DE
MICRO
E
PEQUENAS
EMPRESAS:
ESTUDO
DE
CASO
DAS
INDÚSTRIASHDECERÂMICA
VERMELHA NO
VALE
DO
RIO
TIJUCAS
Maurício
Cappra
PauiettiDissertação apresentada ao
Programa
dePós-Graduação
em
Engenharia
de
Produção daUniversidade Federal de Santa Catarina
como
requisito parcial para obtençãoFlorianópolis
2001
do
títulode
Mestreem
Maurício
Cappra
PaulettiMODELO
PARA INTRODUÇAO
DE
NOVA
TECNOLOGIA
EM
AGRUPAMENTOS
DE
MICRO
E
PEQUENAS
EMPRESAS:
ESTUDO
DE
CASO
DAS
|NDÚsTR|As
DE
cERÃM|c:A
VERMELHA
No
VALE
Do
Rio
T|JucAs
Esta dissertação foi julgada
e
aprovada
para aobtenção do
títulode Mestre
em
Engenharia
de
E
Produção
no
Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
de
Produção
da
Universidade Federal
de Santa
CatarinaFlorianópolis,
29 de
outubrode 2001
:Í
Prof. Ricar = ' iranda rcia, Ph.DC
rdnador
doC
rsoBANCA
EXAMINADORA!
MDE
Prof. ro Guillermo Rojas Le ana, Dr.
O
ientador'
Qruléêo/nlzâšzfrëâfro Filho, Dr.
compreensão
e estímulo paraque
nuncadesistisse de lutar pelos
meus
ideais.A
minha mãe, Lourdes, emeu
paiFrancisco (in
memorium) que
me
apoiaram
em
todos osmomentos
daminha vida e
sempre
acreditaram noiv
Agradecimentos
z
À
Universidade Federalde
SantaCatarina.
Ao
orientador Prof. Álvaro Lezana, pela confiança e apoio, assimcomo
pela_
competência na orientação deste trabalho.
Aos componentes
da banca examinadora, Prof. Nelson Casarotto Filho e Prof.João Zaleski Neto, pela avaliação e contribuições para o aprimoramento. desta
pesquisa.
À
Direção doSENAI-SC
e todos os colegasde
trabalho pelo apoio, colaboração e incentivo para a realização deste trabalho.Ao
Prof. Vicente de Paulo Nicolau e Willian Lehmkuhl doLabCET
-Departamento de Engenharia Mecânica
-
UFSC
pelas valorosas informaçõestécnicas.
`
À
SCGÁS
-
Companhia
deGás
de Santa Catarina, especialmente ao Prof.ç Arno Bollmann e
Dayse
Lovera.À
equipe daACIT -
Associação Comercial e Industrialde
Tijucas,em
especialao
Robson
Bernardode
Souza, que não mediu esforços para apoiar este'
trabalho.
Aos
proprietários e_ funcionários das indústrias de cerâmica vermelha pelotempo
disponibilizado para a realização das visitas e entrevistas.A
minha namorada,Amandia
Mônica, e minhamãe
Lourdes pelas revisões ecorreções de texto.
À
colega lraci Borszcz pela revisão das referências bibliográficas.A
todos as pessoas, familiares e amigos,que
colaboraram direta ouLISTA
DE
REDUÇÕES
... _.LISTA
DE
FIGURAS
... ..LISTA
DE
QUADROS
... ..LISTA
DE
TABELAS
... ..RESUMO
... ..ABSTRACT
... .. 1INTRODUÇÃO
... .. 1.1 PROBLEMÁTIOA E JUSTII=IcATIvA ... .. 1.2 OBJETIVOSDO TRABALHO
... .. 1.2.1 Objetivo Geral ... .. 1.2.2 Objetivos Específicos...-._ ... .. 1.3 LIMITAÇÓES ... ... .. 1 .4ESTRUTURA Do TRABALHO
... _; ... ..2
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
E
COMPETITIVIDADE
2.1 AMBIENTE E×TERNo_ .... .., ... .;.; ... ... 2.2
MUDANÇAS
EAMEAÇAS
... .. 2.3TECNOLOGIA
... ... _. 2.3.1 Transferência de Tecnologia ... .. 2.3.2 Inovação ... _. 2.3.3 Inovação Tecnológica ... _. 2.4AGRUPAMENTOS
DEEMPRESAS
... ._2.4.1 Micro e
Pequenas Empresas
... ..2.4.2 Tipos
de Redes
ou'-Agrupamentos... ... ..2.5
CONSIDERAÇÕES
FINAIS ... ..3
cERÃM|cA
VERMELHA
... ._3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.3 3.3.1 3.3.2 3.3.3 3.3.4 3.4 3.4.1 3.4.2 3.5 3.6 4 4.1 4.2 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.4 4.4.1 4.5 5 5.1 5.1.1 5.1.2 5.1.3 5.1.4 5.1.5 vi CARACTERIZAÇÃO
oo
SEGMENTO
... ..31 Localização ... ..34Mercado Consumidor
... ..35 Produto ... ... ..= ... ..37PRocEsso
PRoDuTIvo ... ..40Extração e Preparação das Matérias-primas ... ..42
Conformação
Mecânica'....¿...'...' ... ... ..43 Processamento Térmico .' ... ... ..44 Expedição ... ..45TECNOLOGIA
UTILIZADA ... ..47 Tiposde
Fornos ... ... ..47 Insumos energéticos ... ..54PERFIL DAS INDUSTRIAS DE'cERÃIvIIcA
VERMELHA oo VALE Do
RIo TI.IucAs .61CONSIDERAÇÕES
FINAIS ... ..74MODELO
PARA
INTRODUÇÃO DE
NOVA
TECNOLOGIA
... ..75CENÁRIo
ATUAL
... ..75 CENÁRIoPRoPosTo
... ..77MooELo
PRoPosTo¿., ... ..82 Indução ... ..86 Organização ... ..93 Autonomia ... ..99METoooLoGIA
DA PESQUISA ... 1 O2 Estrutura metodológica e procedimentos operacionais da pesquisa ...102CoNsIDERAÇÓEs
FINAIS. ... ..106AI=›LIcAçÃo
... ..1o1 INouçÃo ...“107
Definição do escopo de atuação ... ..107
Diagnóstico de
empresas
... ..109Seleção de
empresas
... .._. ... ..113Identificação do agente interventor ... ..116
5.1.6
Formação
do Núcleo Piloto ... .._ ... ..1215.1.7 Projeto-Modelo de introdução de nova tecnologia ... ..121
5.1.8 Estudo de viabilidade técnico-econômico do Projeto-Modelo ... ..123
5.1.9 Implantação e avaliação do Projeto-Modelo ... ..124
5.1.10 Difusão dos resultados para o Núcleo Piloto ... ...124
5.2 ORcAN|zAçÃo...f....ç ... ..125
5.2.1 Sensibilização para busca de novas tecnologias e competitividade ....125
5.2.2 Reunião
com
entidades do Núcleo Piloto ... ..1255.2.3 Definição de objetivos e funções
do
Núcleo Piloto ... ..1265.2.4 Definição da estrutura organizacional do Núcleo Piloto ... ..126
5.2.5 Criação de programas de Qualidade ... ..126
5.2.6 Conscientização para padronização de produtos ... ..127
5.2.7 Capacitação
de
pessoal ... ..1295.2.8 Desenvolvimento de produtos
com
maior valor agregado ... ..13O 5.2.9 Formalização legal do Núcleo Setorial de CerâmicaVermelha
... ..1315.2.10
Busca de
linhas de financiamentos ... ..1325.3
AuToNoMiA
... ..132 5.4CoNs|DERAÇÓEs
F|NA|s ... ..133 6coNcLusöEs
E
REcoMENDAçöEs
... ..135 6.1CoNcLusÓEs
... ..135 6.2 REco|v|ENoAcÓEs ... _. 138 7REFERÊNCIAS
BlBLlOGRÁFICAS
... ..139 8ANEXOS
... ... ... _; ... ..' ... ..1498.1
ANExo
I - ORIENTAÇÃO PARA ENTREvisTAs NAs |NDusTR|As DE cERÃ|vucAVERMELHA No VALE Do
Rio TiJucAs ... .. 150viii
LISTA
DE
REDUÇOES
Siglas
ACEVALE
-
Associação das Cerâmicas Vermelhasdo
Valedo
Rio Tijucas e CamboriúACIT
-
Associação Comercial e Industrial de TijucasAPICER
-
Associação Portuguesa da Indústriade
CerâmicaBRDE
-
Banco
Regional de Desenvolvimento do Extremo SulBPF
-
Baixo ponto de fluidezCBO
-
Classificação Brasileirade Ocupações
CET
-
Centrode Educação
e TecnologiaCNI
-
Confederação Nacional das IndústriasCTC
-
Centrode
Tecnologiade
Cerâmica'CTGÁS
-
Centrode
Tecnologias do'Gás àDNPM
-
Departamento Nacional de Produção MineralFACISC -
Federação das Associações Comerciais e Industriaisde
SantaCatarina .
' «
I
7
FATMA
-
Fundação do
Meio AmbienteFIEPI
-
Federação das Indústrias do Estado do PiauíFIESC -
Federação das Indústrias do Estado de Santa CatarinaGLP
- Gás
Liquefeito de PetróleoBAMA
-
Instituto Brasileiro do Meio AmbienteBGE
-
Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaEL
-Instituto Euvaldo LodiNMETRO
-
Instituto Nacional .de Metrologia, Normalização e Qualidade ndustrial'
PT -
Institutode
Pesquisas TecnológicasTEP
-
Instituto Tecnológico do Estado dePernambuco
LABCET
-
Laboratório deCombustão
e Engenharia de Sistemas TérmicosAMPE
-
Agrupamento
de Micro ePequenas Empresas
PETROBRÁS
-
Empresa
Brasileira de Petróleo S.A.REDEGÁS
- Rede
de
Excelência doGás
NaturalSCGÁS
-
Companhia
deGás
de
Santa CatarinaSEBRAE
-
Serviçode
Apoio às l\/licro ePequenas Empresas
SECTME
-
Secretariade
Estado da Ciência e Tecnologia, das Minas e EnergiaSENAI -
Sen/iço Nacionalde
Aprendizagem IndustrialSUDENE
-
Superintendência do Desenvolvimentodo
NordesteTBG
-
Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil .V_x
LISTA
DE FIGURAS
Figura 1 - Distribuição das indústrias de cerâmica vermelha de
SC
Ç ..... 35
Figura 2 - Fluxograma do processo de fabricação de cerâmica vermelha ... .. 41
Figura 3 -
Esquema
do processo de produção de cerâmica vermelha ... _. 46 Figura 4-
Comparativo da produção -e capacidade instalada .... .; ... .. 64Figura 5
-
Faturamento mensal ... .. 66Figura 6 - Programação da produção ... ._ 67 Figura 7
-
Controle da matéria-prima ... .. 67Figura 8 .- Controle no processo de produção ... .. 67
Figura 9 - Formas de comercialização ... .. 69
Figura 10
-
Mercado atingido pelo setor por produção e tipos de produtos ... .. 70Figura 11
-
Nível de escolaridade de proprietários ... .. 70Figura 12
-
Proprietários que estão estudando ... .. 71Figura 13 - Escolaridade de operadores ... .. 71
Figura 14 - Rotatividade de funcionários ... .._ ... .. 72
Figura 15 - Interesse na participação de programas de melhoria da produtividade.... 73
Figura 16 - Inter-relação isolada entre empresas ... .. 77
Figura 17 - Inter-relação entre empresas agrupadas ... .. 82
Figura 18 - Etapas para formação do agrupamento de micro e pequenas empresas. 83
LISTA
DE
QUADROS
Quadro 1 - Condicionantes da cooperação ...
.. 27
Quadro 2 - Produção geral das cerâmicas vermelhas do Vale do Rio Tijucas ... .. 63
Quadro 3 - Produção de telhas e tijolos das cerâmicas vermelhas do Vale do Rio
Tijucas ... ..63
Quadro 4 - Classificação Brasileira de Ocupações -
CBO
... ._ 69Quadro 5 - Fases do processo de Indução ... _. 86
Quadro 6
-
Fases do processo de Organização ... .. 93Quadro 7 - Fases do processo de Autonomia ... .. 99
LISTA
DE
TABELAS»
. .Tabela 1- Participação das micro e pequenas empresas no Brasil ... ..
Tabela 2 -
Resumo
comparativos-'de indicadores de mercado Europa x BrasilRESUMO
PAULETTI,
M. C.Modelo
para introduçãode
.nova
tecnologiaem
agrupamentos
de micro
epequenas empresas:
estudode
caso dasindústrias
de
cerâmica vermelha no Vale do Rio Tijucas. Florianópolis, 2001,153 f. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa de
Pós-graduação
em
Engenharia de Produção,UFSC,
2001.As
@_ic_r,g›,.e_@ql¿ienasempresas possuem
uma
função muito importante naeconomia
do pais e para a sociedade. Apesar disso, alguns setores formados porempresas de pequeno
porte apresentamum
baixo desenvolvimentotecnológico e organizacional, que
podem
comprometer
sua sobrevivência.A
indgstria
de
cerâmica vermelha, no Brasil, éum
exemplo típico desta situação,em
razão dacäíêñcia de sõluçöes tecnológicas adequadas, a fim de assegurara qualidade do produto final.
'4
Este trabalho
tem
como
objetivo desenvolver e validaruma
metodologia paraintroduzir |lc¿va¶ecnoIog;ias¿__‹_am agrupamentos de micro e
pequenas
empresas,de
um
setor"tradTõ|`on'aI' da economia ecom
dificuldades demanterem-se
com~o.`
. 'l5ãr`a alcançar os objetivos propostos, fez-se
uma
revisão da literatura sobreformas de transferência de tecnologia e modelos de agrupamentos associativos
existentes.
Além
di,sso,“analisou-se osegmento
emercado
da indústriade
cerâmica vermelha.
O
modelo elaborado propõe a formação indutivade
um
grupo de empre/sas, de
mesmo
setor oucom
interesses comuns.O
método
busca criar inter-relações sinérgicas, baseadas
em
princípios cooperativistas,facilitando a introdução da. nova tecnologia nas empresas.
O
estudo de casoaborda a introdução dgggéinatural
como
insumo energético nas indústrias decerâmica vermelha do Vale do Rio Tijucas.
'
Os
resultadosapontam que
a formação deum
agrupamento
éuma
alternativaviável para a
adoção de
novas tecnologiasem
micro epequenas empresas
epara o desenvolvimento regional,
desde
que respeitadas as caracteristicas dalocalidade. -
A
pesquisa demonstra que setores tradicionais da economia,que
utilizamtecnologia obsoleta,
como
as indústrias de cerâmica vermelhado
Vale do RioTijucas, necessitam
de
um
planejamento estruturado para dar oportunidadede
manterem-se competitivas no mercado.
A
formaçãode agrupamentos pode
estar inserida no plano do desenvolvimento de
uma
localidade, contribuindopara o avanço tecnológico
da
região.._,_\.¿_Z.
s
_ i _ , _- ~ -
__
Palavras-chave: Tecnologia,
Agrupamentos
de Empresas, Cerâmicaxiv
ABSTRACT
'PAULETTI,
M. C.Modelo
para introduçãode nova
tecnologiaem
agrupamentos
de”
micro' epequenas empresas:
estudo de caso dasindústrias
de
cerâmica vermelha no Vale do Rio Tijucas. Florianópolis, 2001,153 f. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa
de Pós-graduação
em
Engenhariade
Produção,UFSC,
2001.The
micro and small enterprises have a very important function to the country'seconomy
and society. Inzspite of that,some
sectors formed by small industrieshas
shown
a low technological and organizational development that could affecttheir sustainability on the market.
The
red ceramic industries in Brazil, are atypical
example
of this situation,due
the lack of suitable technological solution,in order to ensure the final products quality.
This master thesis has as objective developing and validating a methodology to
introduce
new
technologies to small enterprises groups ofeconomic
traditionalsector which have difficulties to keep themselves competitive on the market.
A
literature review about technologies transfering and associate groups existingmodels
was
done
to achieve the proposed objectives. Besides that, the marketof red ceramic industries sector
was
analyzed.The
model proposes theinductive formation of enterprises group, from
same
sector or interesting.The
method
searches for creating a synergic in_terrelationship, which is based, incooperative principais to provide the introduction of a
new
technology inenterprises.
The
case study broaches the adoption of natural gas as anenergetic element in redfceramic industries of Vale do Rio Tijucas.
The
results aim that grouping formation is a feasible alternative to adoption ofnew
technologies in micro and small enterprises and to regional developing,since
them
the locality characteristics be respected.The
research demonstrate that traditionaleconomy
sectors that use obsoletetechnology, like red ceramic industries of Vale do Rio Tijucas, need a structured
planning to provide opportunity for keeping themselves competitive on the
market.
The
grouping formation could be inserted in the regional localitydeveloping plan, contributing to the region technology advancement.
1
INTRODUÇÃO
Os
efeitos da globalização na economia e os desafios gerados para a busca dacompetitividade
fazem
com
que as indústrias procurem atingir padrõesde
qualidade e produtividade compativeis
com
o mercado, através de estratégiascompetitivas, a
exemplo
do modelo genéricode
PORTER
(1986): liderança nocusto total, refletida pelo
menor
preço; diferenciaçãode
produto e/ou serviço,oferecendo maior valor agregado; ou ainda, o enfoque,
que
atingeum
alvoparticular.
Para
que
essas estratégiaspossam
ser aplicadascom
um
resultado favorável,é necessário
que
hajaum
desenvolvimento tecnológico e organizacional dasempresas
de formaadequada
e gradativa, àmedida que
exigênciasdo
mercado
consumidoraumentem.
_ ,A
indústriade
cerâmica vermelha brasileira, outambém
conhecidacomo
cerâmica estrutural, encontra-se em.
um
estágio bastante diferenciadode
outros segmentos, percorrendo ao longo dos anos,
um
caminho
inverso.no quese refere à inovação tecnológica e ao desenvolvimento organizacional,
atingindo padrões
de
qualidade e produtividadeaquém
de
outros setores.Desta forma, esse setor terá que se reestruturar,
com
o objetivode
buscar acompetitividade, por
uma
questão de sobrevivência no mercado,uma
vez quemuitas
ameaças
estão surgindo, a ponto de fazercom
que somente empresas
que consigam manter preços competitivos
com
padrões de qualidadeaceitáveis, permanecerão concorrendo no mercado.
'
1.1 Problemática e Justificativa
As
micro epequenas empresas
no Brasil e particularmente no estadode
SantaCatarina,
possuem
uma
função muito importante na economia, através da2
participação no Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar
desta importância, odesenvolvimento tecnológico e técnicas
modernas de
gerenciamento, geradaspelas universidades e centros de tecnologia e pesquisa,
não
são utilizadasefetivamente pelas micro e
pequenas
empresas.As
indústriasde
cerâmica vermelha são na sua maioria, constituídas por microe
pequenas empresas
ecom
um
sistema organizacional familiar. Essasempresas
possuem
um
processo artesanal euma
infra-estrutura antiga, cujaprodução é
baseada apenas
na experiência,sem
caráter científico, existindouma
carência muito grande de mão-de-obra qualificada ede
soluçõestecnológicas voltadas à competitividade.
Grande
parte dessasempresas
aindapossui processos
manuais,
utilizam equipamentosde
baixa eficiência e combustiveiscom
baixo rendimento para geração de calor, na produçãode
tijolos e telhas,
como
produtos principais.Estes problemas
surgem
nomercado
consumidor,que
exige produtoscom
menor
preço, não importando o atendimentode
especificações técnicasnormalizadas, tais
como
caracteristicas geométricas, mecânicas, fisicas evisuais, para a garantia da qualidade do produto.
Sendo
assim, os empresáriosnão se
preocupam
em
estruturar suas fábricas, investirem
tecnologia e namelhoria
do
processo produtivo, a fim de atender padrões de qualidade eaumentar a produtividade.
A
grande restrição domercado
atual para todo o setor da construção civil,incluindo as indústrias de cerâmica vermelha, inicia-se através de programas
de qualidade e certificação de produtos, a exemplo
do
PBQP-H
-
Programa
Brasileiro
de
Qualidade e Produtividade no Habitat. Este éum
programa criadopelo
Governo
Federal, que passa a vigorar a partir do presente ano,com
oobjetivo de contribuir de forma concreta para a competitividade das empresas,
através da racionalização, melhoria tecnológica e controle dos processos
produtivos e gerenciais.
O
seu foco está na melhoria da qualidade e napretende-se promover
uma
mudança
cultural quanto à receptividade ainovações tecnológicas, visando a
adequação
dasempresas
às exigênciasde
mercado.Nessa
perspectiva, a indústria de cerâmica vermelha necessitade
apoio para odesenvolvimento tecnológico do setor, a fim de evitar
um
colapsodo
sistema,graças às restrições
de mercado
que estão sendo impostas.Como
essesegmento
é constituído essencialmente por micro epequenas
empresas, a estrutura de pessoal é bastante enxuta e, na maior parte dos
casos, deficiente
de
capacitação técnica e gerencial, tornando dificil a busca desoluções
adequadas
para os problemas deordem
tecnológica, de formaindependente e isolada.
Sendo
assim, este trabalho propõeuma
análiseconjunta, das indústrias agrupadas na região do Vale
do
Rio Tijucasem
SantaCatarina.
1.2 Objetivos
do
TrabalhoOs
resultados finais aserem
alcançados pelo presente trabalho envolvem osseguintes objetivos gerais e especificos:
1.2.1 Objetivo Geral
O
objetivo central deste trabalho é desenvolverum
modelo
para a introduçãode
novas tecnologiasem
micro epequenas empresas de
um
setor tradicionalda economia,
baseado
em
princípioside.cooperação, atravésde
agrupamentosde empresas,
bem
-como -validar' esta metodologiaem um
determinadosegmento
com
estas características.1.2.2 Objetivos Específicos "
Os
objetivos específicos propostos no trabalho são:v Identificar os principais conceitos e metodologias
que
auxiliem a introduçãodo desenvolvimento tecnológico no processo produtivo industrial, para a
4
o Estudar a viabilidade para o desenvolvimento tecnológico
de
um
grupo deempresas do segmento
em
questão;o Identificar tecnologias utilizadas no processo produtivo
do
setor e avaliar asvantagens da nova tecnologia a ser implantada;
o Diagnosticar e selecionar
um
grupo deempresas
para aadoção
deuma
nova tecnologia, diagnóstico esse.
baseado
nos aspectos tecnológico,organizacional e cultural de
uma
determinada localidade;ø Formar
um
agrupamento deempresas
com
perfiladequado
para aimplantação
de
novas tecnologias.1.3 Limitações
A
primeira limitação desta pesquisa a ser colocada refere-se a validaçãocompleta
do modelo
proposto, através de aplicação prática,em
vista a suaextensão,
que
ultrapassaria otempo
regular deum
trabalhode
dissertação.Outra questão refere-se a limites contidos na validação da metodologia,
que
poderia ser aplicada
em
outros setores econômicos,com
a introdução deoutras tecnologias e
em
-regiões de diferentesfculturas para estudode
caso.Entretanto, a seleção do setor, tecnologia e região foi condicionada a critérios
preestabelecidos no modelo para introdução de nova tecnologia (item 4.3.1).
Finalmente, este trabalho procurou estudar
um
únicométodo de
introdução denova tecnologia
em
micro epequenas
empresas,baseado
na cooperação deempresas
deum
agrupamento. 1.4 Estruturado
Trabalho ~O
presente trabalho está estruturadoem
seis capítulos, incluindo este primeiroque
écomposto
da parte introdutória,onde
se apresenta a problemática eO
segundo
capítulo apresenta conceitos e definiçõesde
tecnologia,direcionado à competitividade e ao agrupamento
de
empresas,na
Ótica dediversos autores, ressaltando sua importância e aplicabilidade para o
desenvolvimento
do
setor industrial depequenas
empresas.O
terceiro capitulo descreve o estado atual da indústriade
cerâmica vermelha,com
ênfase ao estado de Santa Catarina, passando poruma
análise domercado
e descrevendo o processo produtivo, focado nas principais técnicas eequipamentos,
bem
como
uma
análise das fontesde
energia ,utilizadas epotenciais.
O
quarto capitulo estabelece as considerações metodológicas, nas quais estãodescritos os procedimentos e métodos propostos para a introdução de
uma
nova tecnologia, visando a área de energia, nas
empresas da
região deanálise.
O
quinto capitulo discorre sobre as aplicações efetivadas e possíveisde serem
implementadas para
uma
proposta de desenvolvimento tecnológico, assimcomo
apresenta os resultados do diagnóstico realizado.E
por fim, o sexto capítulo é reservado para o apontamento das conclusões 'do6
2
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
E
COMPETITIVIDADE
Neste capítulo apresentam-se aspectos teóricos referentes ao ambiente
externo, as
mudanças
e ameaças,bem
como
sobre tecnologia.Em
seguidasão introduzidos os conceitos de agrupamentos de empresas, e os diversos
tipos existentes, assim
como
o principio defun_ciona_mento destes modelos.2.1
Ambiente
ExternoAo
longo das últimas décadas a competição entreempresas
se intensificouem
todo o
mundo,
de tal forma que poucos são os setores remanescentes, queainda não foram afetados pela instabilidade e rivalidade no mercado.
Nenhuma
empresa
e paispodem
ignorar a necessidade de competir,sendo que
devem
procurar entender e exercer a competição,
com
habilidade e competência(PORTER,
1999).'A
economia global, o ambiente cada vez mais competitivo,incerto e mutável, o surgimento de novos paradigmas, o consumidor cada vez
mais exigente edesmassificado exigem das
empresas
mudanças
e aberturasàs influências externas para
empreender
acaminhada
aomercado
da novaeconomia
mundial.Entende-se
que
paisesem
desenvolvimento necessitam partir para avenda
deseus produtos ao
mercado
externo, e paraque
tal fato ocorra, requer-seque
asorganizações sejam flexíveis,
tenham
atitudes gerenciais eficientes e eficazes,desenvolvam projetos inovadores de alta qualidade, de alta produtividade e a
baixo custo. Desta forma, é que as
empresas
tornam-se competitivas econseguem
sobreviver nomercado
atual.A
produção ao lado de outras funções da empresa,como
marketing,vendas
efinanças, é responsável pela implementação da estratégia competitiva
configurada para o seu negócio.
Em
empresas que
trabalhamcom
produçãoseriada, o sistema operacional produtivo deve ser eficaz o suficiente para
garantir a produção
com
preços competitivos e qualidadede
produtos eO
dicionário Aurélio (1988) define o termo “competitivo"como
”...um adjetivorelativo a- competição...que causa competição".
SEIBEL
(2001, p.17) define“empresa competitiva"
como
“...aquela quecompete
ouque
instiga acompetição
num
ambiente de rivalidade e concorrência,onde
ocorre a disputapor
um
cliente" e o termo “melhorar a competitividade"como
sendo
“...melhoraras condições para as
empresas
concorrerem no ambiente externo, nomercado, onde¶o`ferecem produtos ou serviços semelhantes a outros
concorrentes".
E
2.2
Mudanças
eAmeaças
_O
termo "mudança",tem
sido muito utilizado atualmente. Alguns especialistasafirmam
que
“a única constante é a mudança". Elasempre
existiu, na históriado desenvolvimento
da
humanidade,mas
nuncacom
a velocidadeque
ocorrenos
tempos
atuais(BOOG,
1991). Essa mudança, desenvolvendo-sede
formaacelerada, jamais poderá ser detida, porque o seu combustível é o
conhecimento e o seu motor é a tecnologia (OLIVEIRA, 1987).
MASUTTI
(1998)afirma
que: ~“Para adaptação ao processo de
mudança,
não existeuma
forma, poiscada organização possui sua cultura, seu ritmo, seu ambiente,
que
asdifere
umas
das outras e dessa 'maneira suas ações e personalidadesjamais poderão ser as
mesmas."
Existem várias dificuldades para que a
mudança
seja implementada.Segundo
HAMEL
&
PRAHALAD
(1995), as lições profundamente codificadas dopassado, difundidas
de
uma
geração para a outra, criam perigos para qualquerorganização: primeiro, os indivíduos
podem
esquecer, ao. longodo
tempo, porque
acreditam no que acreditam e, segundo, elespodem
chegar a acreditar8
Uma
mudança
dos paradigmas éuma
alteração significativa nas regras, nasorientações -e nas atitudes 'vinculadasa
um
padrão estabelecido.Uma
modificação de paradigma resulta
em
um_ novo começo.As
realizaçõesdo
passado
que
ficam fortementememorizadas
no serhumano
podem
afetar eprovocar a rejeição a novas oportunidades e criar resistência à
mudança.
Mudar
é rompercom
o passado,sem
temer o futuro, atravésde
um
verdadeiroato de coragem. Destacam-se alguns fatores que criam barreiras a mudanças:
v o conservadorismo das pessoas;
ø a resistência natural às mudanças;
o o
medo
do
novo;ø a cultura, princípios e valores das organizações;
o o custo da
mudança;
` o a dificuldade
de
conscientização/sensibilizaçãode
administradores;
ø a capacidade da
empresa
ou organizaçãoem
enfrentarmudanças;
o a falta de planejamento para implementa-la
(MASUTTI,
1998).Neste cenário, as
mudanças
são tão intensasque
alguns estudiososclassificam a presente era
como
a damudança
damudança.
DRUCKER
(apudMASUTTI,
1998) afirma quenenhum
século da história dahumanidade
passoupor tantas transformações radicais quanto o século XX.
A
mudança
éum
processo que invade a vida das pessoas
(TOFFLER,
1995),bem
como
ocontexto das organizações.
O
surgimento da “Terceira Onda”, é anunciado porALVIN
&
HEIDITOFFLER,
que
definem o atualmomento
demutação
global, atravésdo
fimda “Segunda
Onda", a revolução in_d_u_strial, e o adentrar da revolução da informação,
caracterizada pela sociedade desmassificada, cujo conhecimento é o recurso
básico
de
uma
economia
avançada.As empresas
com
competência,~típicas daterceira
onda
buscam?-.uma forma de gerenciamento e tecnologiaque
consideram
em
suas ações os aspectos econômicos, estratégicos, ecológicosNa
atualidade, asmudanças
em
diferentes panoramas: politico, econômico,social, tecnológico, cultural, demográfico e ecológico
(HALL apud MASUTTI,
1998)
têm
inspirado grandes transformações nas estratégias das organizações.Assim, novas formas organizacionais estão se desenvolvendo e aprimorando para
que
possam
agircom
flexibilidade, adaptabilidade, agilidade eresponsividade às necessidades dos clientes e
do
mercado,em
função dasmudanças
nas próprias organizações(MASUTTI,
1998).2.3 Tecnologia
A
tecnologia, no passado, foi obra do artesão e propriedade de indivíduos,condição
que
confirmava a sua origemcomo
independente dos principios,portanto, independente dos
fenômenos
e das leis científicas. Nestemomento
da história, existia
somente
a experiência e a observação daquiloque
acontecequando
se faz algumacoisa. Especialistasem
inovação e tecnologia, afirmamhaver ainda tecnologistas do primeiroestágio (artesãos)
em
alguns setores,incluindo a área cerâmica (OLIVEIRA, 1987).
No começo
do
século, ahumanidade
foi alimentadacom
invenções jamaisconhecidas ou previstas através da tecnologia.
As
invençõesacabaram
porcausar
um
grande impacto sobre a sociedade, modificando inclusive seucomportamento
e relações (OLIVEIRA, 1987).Com
isso, vários autoresprocuram definir tecnologia, sendo apresentadas a seguir.
O
termo tecnologia deriva do grego techne,um
artefato-
originalmente, algoesculpido
-
e logos,pensamento
ou razão-
isto é, o estudode
algo(BOGO,
1998). Por extensão,
segundo
TORNAZTKY
E
FLEISCHER
(apudBOGO,
1998), “tecnologia significa conhecimento sistematizado transformado em, ou
manifestado por, ferramentas".
-_
Já o dicionário português da Porto Editora (apud
GOUVEIA,
1997 p. 30)expõe
diferentes definições ao termo tecnologia: estudo sistemático dos
10
matérias-primas
em
produto industrial; conjunto dos instrumentos,métodos
eprocessos específicos de qualquer arte, ofício ou técnica; explicação dos
termos peculiares às artes ou ciência; linguagem privativa.
A
tecnologia é definida por'GUEGAN
(apudPROENÇA,
1996)como
“o saberrelativo aos meios, servindo à realização de diversos fins
que
sepropõem
àatividade econômica, saber, portanto, sobre as técnicas materiais mais
diversas".
PERROW
(apudPROENÇA,
1996) consideraque
tecnologias são osmeios
de
transformar as matérias-primas (sejamhumanas,
simbólicas oumateriais)
em
bens ouiserviços desejáveis eROBBINS
(apudPROENÇA,
' -
. ~
1996) estabelece simplesmente
como
“a formacom
que
a organizaçao transforma insumosem
produtos". ParaPERRIN
(apudPROENÇA,
1996) ela éo “conjunto
de
informações utilizadas peloshomens
para transformar a matériae para organizar sua participação nesta transformação ao nível
de
uma
fábrica, ~de
um
setor industrial, deuma
nação ou entre naçoes".SABATO
(ORTIGARA,
2000, 'p.8), por sua vez, analisa a tecnologia
como
sendo:
“o conjunto ordenado de conhecimentos,
empregados
na produção ecomercialização de bens e serviços, e
que
está integrada não só porconhecimentos científicos
-
provenientes das ciências sociais,humanas
etc...
mas
igualmente por conhecimentos empíricos,que
resultam deobservações, experiências, atitudes específicas, tradição oral ou escrita...".
Segundo
STEELE
(apudGOUVEIA,
1997 p. 32), a tecnologia apresenta-secomo
“a capacidade necessária àempresa
para fornecer seusprodutos/serviços aos seusclientes, .tanto agora
como
no futuro".A
tecnologiaé
comum
nas empresas,que possuem
estruturas mais flexíveis.Nasua
dinâmica a tecnologia expressa, desenvolve e inova os valores culturaisexistentes,
bem
como
interfere na conduta da sociedade (OLIVEIRA, 1987). Jáaplicação prática da ciência para resolver
uma
necessidadede
um
produto ouprocesso ou de
uma
áreade
especialização”.Para
SALOMON
(apudGOUVEIA,
1997 p. 32), a tecnologia é“a aplicação do conhecimento e práticas racionais
-
conhecimentocientífico e
know-how
técnico-
para satisfazer necessidadeseconômicas através da criação, distribuição, organização e gestão
industrial de bens e serviços.
A
tecnologia éum
processo industrialque
se materializa através da inovação técnica". .
MORIN
(apudGOUVEIA,
1997 p. 32) define tecnologiacomo
"a arte
de
implementar,num
contexto local e no sentido de atingirobjetivos determinados, todas as ciências, técnicas e regras básicas que
estão envolvidas na concepção de produtos e processos,
métodos
de gestão e nos sistemas de informação deuma
empresa".HARVEY
(apudBOGO,
1998) vê a tecnologiacomo
mecanismos
ou processosutilizados por
uma
organização na ,execução de seu produto ou serviço.A
tecnologia, então,_
pode
incluir métodos, processos, dispositivos, conhecimentoe instalações que são usados para as tarefas
de
trabalhoem
qualquerorganização.
CHAMPION
(apudBOGO,
1998) reforça esta idéiaquando
dizque
o termo “tecnologia" pode referir-se a umaferramenta, auma
máquina
ousistema
de
máquinas e atémesmo
a idéias ou estratégias. 'Para
RODRIGUES
(apudPROENÇA,
1996) torna-se evidente não só a fortevinculação entre tecnologia e trabalho, aparecendo a primeira
como
determinante
do
modo
de execução e organizaçãodo
segundo,como
também
o objetivo
de
melhorar a eficácia da empresa.Segundo
FRIAR
e HORV_V_I_TCH (apudGOUVEIA,
1997 p.32), a tecnologia é “acapacidade
de
criaruma
forma reprodutível de gerar produtos, processos ousen/iços novos ou melhorados”.
Segundo
estes autores, a tecnologia12
enquadra-se entre a ciência e a necessidade
de
gerar novos produtos,processos ou serviços.
A
tecnologia aindapode
ser classificadaem
básica, chave e emergente, sobuma
perspectiva estratégica, segundoARTHUR
D.LITTLE
(apudGOUVEIA,
1997 p.35)
que
define: .' A V
v “Tecnologia básica: trata-se de
uma
tecnologia chavedo
passado que.atualmente está ao alcance de qualquer
empresa do
setor.Não
éuma
ferramenta estratégica,
devendo
tercomo
complemento algum
pontoforte da empresa.
'
o Tecnologia chave: é a tecnologia
que
sustenta a posição competitivaatual da empresa. É, por isso
mesmo,
a principal responsável pelaobtenção
de
benefícios e peloaumento
da produtividadeda
empresa.o Tecnologia emergente: é, a tecnologia que se encontra na primeira fase
de aplicação na indústria, demonstrando
um
elevado potencial dedesenvolvimento
acompanhado
porum
alto nívelde
incerteza. Pode-setornar,
em
curto prazo,em
uma
tecnologia chaveda
empresa, razãopela qual deverá ser fortemente considerada pelo planejamento
estratégico da empresa".
A
tecnologia é dinâmica e estáem
evolução constante, tendo grandeimportância no desenvolvimento de
uma
empresa, deum
setor industrial e deuma
nação.STEWART
JR. et al. (apudPROENÇA,
1996) a visualizamcomo
sendo
uma
nova e melhor maneira de alcançar objetivos e de permitir ocrescimento e desenvolvimento econômico.
Neste contexto, percebe-se que as definições para o termo tecnologia são
muito numerosas, assim
como
onúmero
de autores que discutem esteassunto.
Algumas
definições são bastante restritas, associadas diretamente aquestões materiais, físicas e concretas, enquanto outras se apresentam mais
abrangentes, envolvendo-
também
fatores conceituais e abstratos, e2.3.1 Transferência
de
Tecnologia .ONG
(apudPROENÇA,-
1996) diz que as buscas incessantes às inovaçõestecnológicas determinam relação entre 'aqueles
que desenvolvem
e/oudetêm
atecnologia e aqueles que vão utilizá-la
em um
processodenominado
transferência tecnológica, sendo que a introdução
pode
serde
um
processode
conhecimento tecnológico já existente,
onde
este não foi concebido ve/ouexecutado.
Segundo
VlL.LAR (apudPROENÇA,
1996) o processopode
ocorrerem
diversas áreas, como' entre laboratórios de pesquisa e empresas, entreunidades do
mesmo
setor produtivo ou entre países, ou entre região deum
mesmo
país.Na
análise do conceito mais abrangentede
tecnologia, observa-se
que
a transferência englobatambém
acombinação
dos sistemas deprodução
com
as máquinas. Envolvedesde
omodo
de utilização da tecnologiaà organização do trabalho, incluindo a manutenção, o controle
de
qualidade, aformação
do
pessoal e sua condição de vida no trabalho e fora dele, aexemplo
de alojamento, transporte, alimentação, serviços de saúde, etc.
(PROENÇA,
1996)
9
~
Emseus
relatos,PERRIN
(apudPROENÇA,
1996) enfatizaque
os atuaisobstáculos para a transferência de tecnologia para os
Novos
PaisesIndustrializados (NIP) apresenta origens diversas, diferentemente de
tempos
atrás:
ø
As
tecnologias são detidas porempresas
ou laboratórios de pesquisa.Transferir a grande diversidade de conhecimentos e 'de' experiência
adquiridos por estas
empresas
éum
processo complexo e longo;o
As
informações são fonte' de poder e asempresas
detentoras detecnologia-podendo, 'em certos casos, haver restrições comerciais,
técnicas ou de
uma
obrigação decompra de máquinas
e produtosintermediários ou de acesso privilegiado a mercados;
ø Para ser adquirida,
uma
tecnologia deve integrar-se ao sistema derepresentação daquele
que
a está adquirindo. Este processo deintegração não é espontâneo e impulsiona
mudanças
profundas. Este14
modelos socio-econômicos externos e desenvolver
uma
nova forma dedependência entre o agente vendedor e o comprador.
Quando
há inadequação da transferência tecnológica, os sistemasde
automação
são modificados, a utilização dasmáquinas não
acontece demaneira prevista pelo construtor, a
manutenção
é negligenciada, o pessoal éinsuficiente
em
número, qualificação e experiência.O
volume de
produçãoainda
pode
ocorrer dentrode
níveis aceitáveis, no entanto os Operadoresatuam de
modo
insuficiente para substituir os sistemasde
controle eautomação, desfavorecendo o funcionamento Ótimo
do
sistema,com
produçãoestável e de boa qualidade
(PROENÇA,
1996).Neste sentido, buscando
um
processobem
sucedido .de transferênciade
tecnologia, preconiza-se a realização de estudos
que
permitiram oconhecimento dos sistemas de produção, cultural, habitacional, demográfico,
climático, de transportes, técnico, sócio-econômico, organizacional e
dos
recursos
humanos
existentes na região(ORTIGARA,
2000).'
~
2.3.2
Inovaçao
.‹ V. _ ,
A
inovação é o instrumento para o futuro. Por isso, aempresa
teráque
saberconstruir e administrar o presente para poder conquistar novos espaços, já
de
instrumental preparado para a realidade que está por vir.
Os
trabalhosinovadores utilizados para preparar a
empresa
para o futuro deverão serlocalizados dentro da empresa,
em
unidades capazesde
romper paradigmas eagregar valor
com
amudança. E
amudança
que introduz emantém
o estímulo para a inovação (OLIVEIRA, 1987).Analisada a importância 'da tecnologia aliada ao processo de inovação, parte-
se para a definição
do
que seja inovação tecnológica ou nova tecnologia.2.3.3
Inovação
TecnológicaDerivada da palavra
em
latim novus, ou novo, o termo é definidoem
dicionárioscomo
“a introduçãode
algo novo", ou“uma
idéia nova,método
ou artefato"situacional, então “inovação”
também
o é, ou seja,nem
tudoque
é consideradonovo
em
determinada situação é realmenteuma
inovaçãoem
outros campos.Há
uma
diferença entre inovação e inovação tecnológica, paraBERTZ
(apudBOGO
1998), a inovação é a introduçãode
novos produtos, processos eserviços no
mercado
e inovação", tecnológica significa a introdução dessesprodutos, processos esen/iços baseados
em
'novas tecnologias.. _
inovação tecnológica é
um
evento incomum, durante o qualuma
organizaçãomuda. Completa
ROGERS
(apudBOGO,
1998) dizendoque
~f'inovaçãotecnológica se concretiza
quando
novas idéias são inventadas, difundidas esão adotadas ou rejeitadas, levando a certas conseqüências,
mudanças
sociaisocorrem".
GONÇALVES
et al. (apudPROENÇA,
1996) referemque
uma
nova tecnologianão necessita ser completamente inédita,
mas
sim ser nova para aempresa
em
questão,mesmo
que não seja nova para o mercado. Esta afirmação éreforçada por
RODRIGUES
et al. (apudPROENÇA,
1996)quando
buscam
definir inovação tecnológica
como
sendo investimentoque
implicaem
mudanças
no processo de produção e serviços, referindo-se tanto àmodernização quanto à
adoção
deuma
tecnologia completamente diferente.O
desenvolvimento urbano, através da interação entre todas as funções erelações da
empresa
e as relações entre o sistema produtivo, é afetado pelainovação. Desta forma, há relação direta de dependência da qualidade dos
empresários, da geração e difusão dos conhecimentos tecnológicos e
em
última instância do meio social, político e cultural da cidade e região (MASU`l`l'l,
1998).
Numa
conferênciaem
1995 sobre “a importância da transferência de tecnologia no processo de inovação”,SOETE
iniciou a sua apresentação enfatizando aimportância
da
tecnologiano
âmbito do processo de inovação.Na
maioria doscasos, a inovação tecnológica, através de
uma
espéciede
reaçãoem
cadeia,W
16competição
num
determinado setor industrial.A
tecnologia éum
dos principaisfatores de competitividade e de
vantagem
competitiva; é a força-motrizque
estimula a diversificação e o crescimento de muitas
empresas (GOUVEIA,
1997)
As empresas
procuram diferentes formas de ação, para conseguirem ser maiságeis e eficientes no desenvolvimento de novos produtos.
A
mudança
tecnológica e a globalização de
mercados fazem
da agilidadeum
fator chavepara a estratégia da empresa.
Além
de considerações puramente econômicase técnicas, a gestão estratégica
de
tecnologiastem de
levarem
conta fatoresorganizacionais, culturais e sociais
(GOUVEIA,
1997).Em
pesquisas de unidade de produção,RODRIGUES
et al. (apudORTIGARA,
2000, p. 17) verificaram que as razões mais freqüentes referentes aos efeitos eobjetivos da introdução de inovação tecnológica envolvem:
aumento
daprodutividade, melhor aproveitamento dos insumos, melhoria
do
produto,economia
de energia e diminuição de riscos e acidentes de trabalho.De
um
modo
geral, o sucesso deuma
unidade de produçãoem
seumercado
estárelacionado
com
a capacidade de oferecer produtosque
possam
ser vendidoscom
lucros mais elevados e a satisfação do cliente.A
capacidade estávinculada
com
a competência para introduzir inovaçõesque têm
como
objetivomelhorar a aceitação
do
produto e/ou reduzir seus custos de produção.Em
suma, inovaçãotecnológica envolve o desenvolvimento e introdução deferramentas oriundas do saber
humano,
que possibilitam avanços tecnológicosnas
empresas
e conseqüentementeaumentam
a qualidade de vida daspessoas.
Porém
o processo para a inovação tecnológica está vinculado aocontexto cultural e social, que deve
sempre
ser considerado, para deflnir os2.4
Agrupamentos
de
Empresas
Neste tópico apresentam-se alguns dados de micro e
pequenas empresas
noBrasil, caracterizando sua situação evolutiva.
Também
são mostrados osmodelos
de
redes flexíveis e de agrupamentosde
empresas, enfatizando osmodos
de cooperação entre as organizações, sob a Óticade
diversos autoresespecialistas no assunto.
2.4.1 Micro e
Pequenas Empresas
Segundo números
do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas
Empresas
-SEBRAE,
no período de 1990 a 1999 foram constituídas no Brasil4,9 milhões de empre”sa's','dentre
asquais
2,7 milhões são microempresas.Apenas
noano
de 1999 foram constituídas 475.005empresas
no país,com
asmicroempresas totalizando 267.525, representando
um
percentualde 56,32%
do total
de empresas
constituídas no Brasil.O
Sudeste foi a regiãoque
registrou o maior
número
de microempresas constituídas,com
um
total de124.147, seguida do Sul,
com
55.737, Nordeste, 45.551, Centro-Oeste, 27.366e o Norte
com
14.724(TOMELIM,
2000).Os
modelos, abordagens e sistemáticas para gerenciamento são concebidos edestinados,
em
sua maioria, paraempresas
demédio
e grande porte. Apesarda importância das micro e
pequenas empresas
nomundo
e especialmente noBrasil, poucos são os trabalhos e estudos que
permitamo
melhoramento e aconsolidação deste importante
segmento
industrial.Segundo dados
doSEBRAE
(1997), estasempresas
representam80%
dasempresas
industriais,responsáveis por
48%
da produção nacional,movimentando
42%
damassa
salarial, garantindo
70%
deempregos
e responsabilizando-se, anualmente, por21%
do Produto Interno Bruto (PIB) nacional(MAFRA,
1999).Portanto,
uma
parcela significativa do PlB brasileiro é resultantede pequenas
emédias
empresas
que,com
a globalização do mercado, estãosendo
colocadasdiante da concorrência das
grandesempresas
eacabam
se extinguindo, pornão conseguiremadministrar' seus negócios no mercado.
' '
18
Na
Tabela 1 a seguir, verifica-se a participação das micro empresas,pequenas
empresas
e médias e grandeszempresas no Brasil,em
relação aos setores.Tabela 1 - Participação das micro e pequenas empresas no Brasil
-
Setor Faixa de Receita Anual
ME
(1) 9PE
(z)MGE
tz, Total. Indústria75,07%
4 `16,74%
-8,19%100%'
Comércio85,79%
10,97%
3,24%
100%
Serviço88,97%
18,29%2,74%
100%
Total84,79%
11,25%
3,46%
100%
(1)
ME
- Micro empresa, receita bruta anual até R$ 120.000,00(2) PE - Pequenas empresa, receita bruta anual acima de R$ 120.000,00 e até R$ 720.000,00
(3)
MGE
- Média e grande empresa, receita bruta anual acima de R$ 720.000,00Fonte :
SEBRAE
(1994; apud TOMELIM, 2000)As empresas que
não estão buscando a formação de parcerias ou o trabalhode forma cooperativa estão se concentrando
em um
mercado
cada vez maisacirrado, e muitas estão fechando. Através de
uma
pesquisa realizada peloSEBRAE em
1999, obsen/ou-se que a taxade
mortalidade dasempresas
variou cerca
de
30%
até61%
no primeiro ano de existência, de40%
até68%
no
segundo
ano, e de55%
até73%
no terceiro.A mesma
pesquisa procurouidentificar os fatores condicionantes dessa mortalidade e constatou que o porte
da
empresa
parece ser elemento importante, quanto maior oempreendimento
melhores são as possibilidades de sucesso. Constatou-se ainda que, o
bom
conhecimento
do mercado
de atuação e a existênciade
um
bom
gerentefazendo uso de capital 'próprio são fatores de sucesso
(TOMELIM,
2000).Nessa
perspectiva, as micro epequenas
empresas,que atuam
nomercado de
modo
individualizado,nãopodem
mais sen/ir de referencial organizativo para ofuturo.
Nos
últimos anos, alguns modelos de redes depequenas empresas têm
se destacado perante a economia mundial, através do
empreendedorismo
nossistemas locais.
Agrupamentos
depequenas
e médiasempresas
criaramcondições para a competição no mercado, incluindo
mercado
internacional,grandes empresas, tais como: especialização, flexibilidade dos produtos, dos
processos e das relações, que
seguem
as tendênciasde
mercado,necessidades dos clientes e evolução tecnológica,
baseada
na produçãoem
rede
(CASAROTTO
&
PIRES, 1999).A
formação das redes de negócios para as micro epequenas empresas
propiciauma
vantagem
competitiva,onde
asempresas, conjuntamente, adquirem melhores condições
de
sobrevivência econtribuem
com
o desenvolvimento regional,aumentando
ainda mais as suaschances
de
sucesso.2.4.2 Tipos
de
Redes
ou
Agrupamentos
As
micro 'epequenas empresas
jáfazem
parte da nova dinâmicado
mercado,na formação de novos espaços econômicos, principalmente
baseadas
naeconomia
italianana formação de seus distritos industriais(TOMELIM,
2000).A
evolução destas
empresas
é sua formaçãoem
agrupamentos ou redes, queatuando de forma associada, permitem potencializar recursos
que
aumentem
avelocidade de reação 'à 'inovação continua, facilitando a introdução
de
novastecnologias
em
micro epequenas empresas que
se inter-relacionam(CASAROTTO
&
PIRES, 1999).PORTER
(1999) é o autor que descrevecom
mais exatidão o funcionamentodesses agrupamentos
de
empresas, denominando-asde
cluster.Do
inglês,cluster é traduzido
como
aglomerar-se, agrupar-se. Economicamente, clustertraduz-se
de
uma
formaum
pouco mais amplado que
um
agrupamento de
empresas
domesmo
setor.Os
clusterspodem
ser o determinante para acompetitividade internacional
em um
país ou região naeconomia moderna
(PORTER,
1999).Um
cluster industrial éum
grupo desegmentos
industriaisque
compartilhamencadeamentos
horizontais e verticais positivos (SILVEIRA, 1999).Em
suma,"é
um
agrupamento geograficamente concentradode empresas
inter-relacionadas e instituições correlatas
numa
determinada área,20
geográfico varia de
uma
única cidade ou Estado para todoum
país oumesmo
uma
rede de paises vizinhos"(PORTER,
1999).Os
aglomerados variamem
tamanho, amplitude e estágio de desenvolvimento.Alguns consistem, sobretudo,
em
empresas
depequeno
emédio
porte. Outrosenvolvem
empresas de
'grande epequeno
porte. Alguns giramem
tornode
pesquisas universitárias, enquanto outros não apresentam ligações importantes
com
as universidades. Essas distinções na natureza dos aglomerados refletemdiferenças na estruturados setores constitutivos.
Os
aglomerados maisdesenvolvidos apresentam bases de fornecedores mais profundas. -e
especializadas,
um
aparato mais amplode
setores correlatos e instituições deapoio mais abrangentes;
Uma
novaempresa
terá maior facilidade se tiver seuinício
em um
aglomerado,onde
a disponibilidade de ativos, pessoal, insumossão encontrados mais facilmente.
(PORTER,
1999).Existe
uma
vasta classificação, citada por vários autores,do que
seriam asredes.
Cada
uma
destas classificações é definidade
acordocom
suascaracteristicas mais marcantes, sendo pela região
em
que
se encontram, pelosetor, pela tecnologia, pelo grupo
de
pessoas, pela cadeia produtiva, entreoutros determinantes.
ALSTYNE
(apudZALESKI,
2000) apresentauma
definição comportamental, naqual
uma
“rede éum
padrãode
relações sociais deum
conjuntode
pessoas,posições, grupos ou organizações".
Também
citauma
definiçãodo
ponto devista estratégico, na qual redes são arranjos organizacionais
que
visam obtervantagens competitivas. E. por fim, segue a definição
de
um
grupo deespecialistas reunidos
em
Aspen, escrita porBOSWORTH
&
ROSENFELD
(apud
ZALESKI,
2000): V_
"Uma
rede envolve -uma _-formade comportamento associativo entrefirmas,
que
asajudam
a' expandirem seus mercados,aumentam
suasprodutividades ou agregação de valores, estimula o aprendizado e
PERROW
(1992; apud,.ZALESKl, 2000) destaca alguns benefícios dodesenvolvimento regional na formação de redes
de pequenas
e médiasempresas:
ø “maior dispersão
de
poder entre as váriasempresas da
região;o flexibilização
da
hierarquia, decorrente domenor número de
níveisverticais existentes nas
pequenas
empresas;o
mudanças
na distribuição da riqueza e nos padrõesde consumo;
ø o progresso resultante das redes
de pequenas empresas
é maisequilibrado
do que
aquele produzido por grandes empresas, queacabam
investindo fora da região;ø incentivo
ao
desenvolvimento deuma
estruturade
apoiodo
governoregional, oferecendo amplos sen/iços sociais
que apóiam
a formação deredes."
TOMELIM
(2000) ressalta que:“estas redes
acabam
sofrendoum
novo conjuntode
variações eaplicações
que
dependem
do tipo de ambienteque
estão inseridas, dascaracterísticas da região,
das
politicas governamentais existentes,do
envolvimento das pessoas,`da disponibilidade
de
tecnologia, entre outrosfatores”.
'
t
,
As
redespodem
ser classificadassegundo
seu objetivo (Produtora e Criadorade
Fatores ouRedes
Duras e Leves); sua estrutura(Repúblicaou
Reino;Vertical ou Horizontal) ou sua dinâmica (Estática ou Dinâmica), entre outros
determinantes (ZALESKI, 2000).
Segundo
a visão deCAMERON
(1993; apudZALESKI,
2000), as redespodem
ser classificadas como:
'
v Criadoras de fatores: redes que
têm
por objetivo catalisar os esforçoscoletivos na criação de infra-estrutura
adequada
parauma
determinadaindústria. Associações comerciais 'fortes ou centros de serviços
(em
redes mais desenvolvidas),