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Influências antropogênicas na hidroquímica da bacia do rio quilombo (Cubatão-SP)

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Academic year: 2021

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(1)INFLUÊNCIAS ANTROPOGÊNICAS NA HIDROQU(MICA DA BACIA DO RIO QUILOMBO (CUBATÃO - SP). OLGA MARIA DANELON. Orientadora : Dra. LYCIA M. MOREIRA - NORDEMANN. Dissertação apresentada à Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, p�ra obtenção do título de Mestre em Agronomia. Area de concentração: Energia Nuclear na Agricultura,. PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil Dezembro - 1988.

(2) o. ii.. Aos meus pais, meus irmãos e familiares DEDICO.

(3) .iii~. AGRADECIMENTOS. A Dra.. Lycia M. Moreira-Nordemann, orientadora e amiga, que. com paciência e segurança me conduziu na elaboração. deste. trabalho.. - A Diretoria. do INPE, que permitiu e incentivou a. realiza-. ção deste trabalho. Ao CENA por ter me concedido a oportunidade de iniciar minha carreira, na pessoa do Dr. Enéas Salati, Diretor. naqu~. la época.. A CETESB,. pelo apoio logístico e, em especial ao. químico. Ivan Ronaldo Horal com quem sempre pude contar nas. análi-. ses químicas. -. À CNEN,. pelo suporte financeiro durante o período que cur-. sei as disciplinas. - Ao DAEE, pela presteza com que foram cedidos os dados pluviométricos e fluviométricos. - Aos Amigos do Grupo de Geoquímica Ambiental, M.. Cristina. Forti, Clóvis M. do Espírito Santo e Domingos D.. Sardela,. pela grande cooperação nos trabalhos de campo e. laborató-. rio, incentivo, críticas e sugest6es apresêntadas, que mui to contribuíram para a conclusão deste trabalho..

(4) .iv. - Ao. Dr~. Daniel Nordernann, Dra. M. Marlficia Santiago, Or. Je. sus Marden dos Santos e Dr. Elias A.G. Zagatto pela amizade, críticas e sugestões apresentadas. - Aos amigos João C. Lopez e Bruno Maset. Filho pela amizade. e colaboração nas coletas das amostras. - Ao Dr. Eichii Matsui e em especial a M. Antonia. Zambetta. Perez pelas análises de 0018 realizadas na Seção de Isótopos Estáveis e Hidrologia no CENA. - Ao amigo Joaquim Godoi Filho que executou os desenhos. com. paciência e perfeição. -. À Neide Cavalcanti pela eficiência e carinho com que dati-. lografou este trabalho. - Aos motoristas do INPE, pela dedicação com que. participa-. ram nos trabalhos de campo. - Aos amigos Waldemar Tornisielo e Marilda Z. Abbas pelo incentivo. À todas as pessoas aqui n~o citadas, mas que. contribuíram. de alguma forma para a realização deste trabalho, meu muito obrigada..

(5) o. v.. N D I C E. Í. página LISTA DE FIGURAS LIs'rA DE 'l'ABELAS RESUMO. o. ~. o o. ~. G. ~. o o. Q. •. ~. o o o o o. G. o •. ~. 8. G •. o o o. ~. ~. o o O •. ~. o o. o o o o o o o. •. Q. •. o o. o. ~. o o. p. o o o o o o c. e o o o o o •. o o o. Q. q. o o o o o a o o o. o o o o o o •. o. a. vii. o o o o. ix. m o o o o o o o •. Q. o o. Q. ~. 8. o o o •. o o. xi xii. SUMMARY 1. INTRODUÇÃO. 1. 2. CARACTERíSTICAS GERAIS DA REGIÃO. 8. 2.l. Clima. 11. 2.2. Geologia. o. •. o. •. G. o. •. Q. o. o. •. •. o. o. o. o. •. ~. •. •. o. •. o. o. o. •. o. o. o. o. ~. o. o. •. •. 14. 2.3. Solos. 17. 2.40 ves;etação. 18. ;2. fi. 5. O>. Hidrologia. I». o. o. o. .,. •• o. n. 0'6. ~. o. f)'. •. .,. o. 00. o. o. •. o. •. o. o. o. CI. o. o. .,. o. •. li. 18. 20. 3. METODOLOGIA 3.1. Amostragem de aguas do rio. 23. 3.20 Coleta de aguas de chuvas. 25. 303.. Co~eta. 27. de amostras de solos. 3.4. Métodos analíticos. o •. o. c o. •. o o o o o •. o o. ~. o o •. o. ~. o o o o. 9. 28. 3.5. Tratamento Estatístico. 32. RESULTADOS E DISCUSSÃO. 35. 4.1. Aguas de chuva. 35. 401.1. Contribuição iônica efetiva das aguas de chuva. 4.2.. ~.gtla. do Rio Quilombo. 4.201. Determinação de 80 18 00 ••••• 000 •• 00 .•. 41 42 49.

(6) . vi.. Eágina 54. 4.2.2. Balanço iSnico 5. CONCLUs3ES. o o o o o e o •. 6. LITERATURA CITADA. o o o o o o. Q. o o. o •. o o o o o •. o o o. Q. o o o. Q. •. o •. o o. 64. 68.

(7) · vii. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Ciclo do enxofre, segundo. Nguyen. (1976), adaptado de Friend (1973) e Kellog et alii. (1972). ..... 000..................... Figura 2. Localização da bacia estudada em. 5. relação. ao estado de são Paulo, vendo-se ainda região industrial de Cubatão (V. a. assinala. as indústrias ai existentes). 9. Figura 3. Bacia do Quilombo mostrando o local de co,leta das amostras. 10. Figura 4. Fluxo do vento entre a brisa terrestre e o vento catabático (resfriamento da montanha) observado sob condições de anticiclone (aI ta pressão), durante a noite (adaptado Oliveira, 1985). ..•. de. 0.... 0.................. 12. Figura 5. Fluxo do vento combinado entre a brisa maritima e o vento anabático (aquecimento da montanha), observado sob condições de anti ciclone (alta pressão durante o dia (adaptado de Oliveira, 1985). 13. Figura 6. Precipitação mensal no Vale do Quilombo Cuba tão . . . . . . . . . . . • • . . . . . . . . . . .. o. •. o. •. •. •. •. e •. •. •. 15.

(8) . viii. página Figura 7. Frequência de vazão para o período de 21. 10.71 -. 31.12.83 ..•. 0.•..•. 00 •• 0.00....... 21. Figura 8. Curva chave (vazão x cota) do Rio Quilomvo segundo dados fornecidos pelo DAEE, de 1979 a. ]~983. oO.GO<;lO(ilOOOOQO(lUO"IP(lOOO~""'oo". 22. Fisura 9. Relação pluviometria versus vazao observa da no Rio Qui lombo .. o. •. o. o. o. •••••. o. •. o. o. •••••••. 24.

(9) ·ix. LIST.A. DE TABELAS. página Tabela 1. Valores máximos, mínimos, média padrão do pH e íons Na+, CI (em mg.l. --I. e. desvio. 2-. e. 804. f. ) e intervalos de confiança. de. 90% para águas de chuva no Vale do Quilombo. 36. Tabela 2. ~ontribuição efetiva dos ions Na+':. CI-,. 2+ 804 ' N0 3 e NH 4 das aguas de chuva em km. --2 o. ano. t.. -1 co. li. .... o. op. •. .". o. (I. '". Q. o. o. ". o. <Il. o. Q. o. o. o. o. o. •. Tabela 3. -Valores máximos, mínimos, médios e. o. o. o. li. ". 41. ". desvio. 3 padrão do pH, vazão (m /s), sais totais. e. . 10ns Na + , C 1- ,8° 2 4. e. - ( -1) NH + 4 e N0 3 mg.l. I. os intervalos de confiança ao nivel de 90%. 44. para as aguas do Rio Quilombo Tabela 4. Comparação entre os valores iônicos médios obtidos para o Rio Quilombo com vários dos. 1. 46. rios do Brasil e do Globo (mg.I- ) e Na + em amostras. Tabela 5. Valores de 6° 18 / Cl. de. água do Rio Quilombo e as vazoes correspo~ dentes às datas de coleta. 53. .-. (t.k fi -2 .ano -1) na b ' Ta b e 1 a 6 . Ba.anço 10n1CO aC1a 1. Rio Qllilombo. o. (). \li. o. o. o. o. o. ••. o. ... ..,. u. o. o. ••• o. li. OI. ••••. do o. o. .,.. 55.

(10) . x.. página -1. Tabela 7. Médias das três "la.vagens" (mg.l). dos. perfis de solos coletados no Vale do Mogi, no Quilombo e no ma.ngue. 0.... 0.000......... 58.

(11) · xi. INFLU~CIAS. ANTROPOGENICAS NA HIDROQulMICA DA. BACIA DO RIO QUILOMBO (CUBATÃO - SP). Autora: OLGA MARIA DANELON Orientadora: Dra. LYCIA Mo MOREIRA-NORDEMANN. RESUMO. No periodo de abril de 1984 a outubro. de. 2~ 1985, estudou-se a concentração de 804 nas aguas do Rio Qui l~mbo,. em 'função das contribuiç6es de origem natural e antro. pogenlcao Ale'm d o 8042- ' N0. foram dosados os íons: Na + ,Cl - ,. - e NH + nas aguas de chuva e do rio com a finalidade 4 3. possibilitar comparações, estabelecer possíveis e fornecer subsídios para o balanço de. de. correlações. massa~. A lixiviação dos solos da região,. avaliada. ~ -' 2em 1aboratõrio demonstrou que ha adsorçao de 504 e C1 . Para. 2o S04 em especial, a adsorçâo pelo solo e sobretudo a reten çao no mangue, justifica. oi. baixos teores do mesmo nas aguas. do Rio Quilornbo, embora á introdução deste íon na bacia, via atmosfera, seja bastante significativa..

(12) .xii. Al'\JTHROPOGENIC INFLUENCES IN THE HIDROCHEMICAL OF QUILOMBO RIVER BASIN (CUBATÃO -. SP). Author: OLGA MARIA DANELON Adviser~. Dra. LYCIA M. MOREIRA-NORDEMANN. SUMMARY. From April 1984 through October 1985 the concentrat-ion of SO~- in the Q~iJ_ombo River water as a function of natural and anthropogenic contributions was studied. Na + f C 1 ,N0. 3. an d NH +.lons were a 1 so measure d , 4. both in rain and river water, in order to study possible correlations and to establish a general budget of. these. ions in the basin. The lixiviation of this region soils was 2performed in laboratory and showed that S04 and Cl ions are adsorbed by t~em.. Specially for SO~- this adsorption by. soils and mainly the retention by the mangrove, explains the low leveI concentration found in the Quilombo River waters, although its input in the Quilombo Valley through the atmosphere i8 very high..

(13) lo INTRODUÇÃO. A atividade humana em geral, a progressiva in dustrialização em particular, provocam urna crescente injeção, de substâncias poluentes na atmosfera, alterando a sua compQ sição quimica, e consequentemente influindo das. ~guas. getação. ~guas. na. composição. superficiais, poluindo os solos e degradando a veOs estudos de variação da composição quimica. dos rios, corno consequência de poluentes via. das. atmosfe-. ra, por ações antrópicas, são ainda relativamente raros. Alguns no entanto podem ser citados tais como os de. CHRISTO-. PHERSEN et alii (1981), FELLER e KIMMINS (1979);. GALLOhlAY. (1988) e SANHUEZA et alii (1988), sendo que todas estes mesmos trabalhos foram realizados em paises estrangeiros.. No. Brasil, estudos cientificos sobre poluição atmosférica surgi ram a partir da década de 70 e dentre eles podem ser citados ORSINI. (1977. r. 1982, 1983), FORTI. 1988), EspíRITO SANTO (1987). (1985), de MELLO. (1987. f. e MOREIRA-NORDEMANN (1987).. Estudos considerando a. influ~ncia. atmosférica.

(14) · 2~. no comportamento geoquimico de águas superficiais, por exemplo, que considerem a interação atmosfera e águas. fluviais. sao ainda mais raros: recentemente um trabalho deste. genero. foi efetuado na Floresta da Tijuca, RJ· (OVALLE, 1985,. SILVA. FILHO, 1985) e anteriormente um outro trabalho foi realizado na Bacia do Rio Preto, Bahia (MOREIRA-NORDEMANN, 1978). ambos os estudos citados, apenas foram estudados o. Em. sódio,. cálcio, potássio, magnésio e cloreto nas águas atmosféricas e superficiais das bacias. s~o. e recentes em nosso país ç~o. atmosférica e suas. Por outro lado, ainda mais raros os estudos considerando. consequ~ncias. polui-'. em bacias fluviais,pois. os mesmos.só agora começam a ser realizados. Uma preocupaçao recente no meio cientifico tem sido o estudo do comportamento dos compostos de· enxofre e nitrogênio na biosfera.. Estes compostos têm sido. aponta-. dos como agentes principais da acidez das águas de chuva. Por sua vez, a. acidificaç~o. das águas pluviais pode nao so acar-. retar as mudanças acima especificadas çao das águas superficiais,. (alteraç~o. acidificaç~o. na composi-. dos solos) mas tam-. bém proporciona prejuízos sensiveis para a fauna e a flora. A. injeç~o. de compostos de. nitrog~nio. e. fre na atmosfera vem sendo verificada desde o inicio da. enxoera. industrial e intensificando-se à medida em que a industrial! zaçao progride, podendo trazer sérias consequências e rar o ambiente.. alte-. O comportamento destes compostos na nature-.

(15) · 3.. za, a médio e longo prazo, nao e conhecido, pois somente agQ ra também tais estudos começam a ser realizados, embora o ci elo do enxofre na atmosfera esteja, relativamente, bem deter minado (NGUYEN, 1976; KELLOG et alii, 1972).. o. objetivo deste trabalho é efetuar o balanço. de massa do sulfato na bacia. hidrogr~fica. do rio Quilombo, e. a partir deste balanço, tentar estabelecer o comportamento do sulfato tanto de origem natural quanto bacia.. antropog~nica. nesta. Paralelamente objetiva-se também obter o balanço. de. massa de s6dio, cloreto, nitrato e am6nio nesta mesma bacia,. ã fim de se obter informaç5es suplementares. e. estabelecer. possiveis correlaç5es entre os resultados obtidos. A justificativa da escolha do enxofre. ( sob. forma de sulfato) como elemen"to a ser estudado, o método adQ tado na realização do trabalho, assim como a bacia. hidrogr~­. fica selecionada serão discutidos a seguir. Os principais compostos de enxofre, de origem antropog~nica,. injetado na atmosfera são o 80. 2. produzido so-. bretudo pela combustão de matéria orgânica e queima da. bio-. massa, e o H S, originado principalmente da refinação de pe2 tr6leo.. Outras fontes de origem natural, tais como o. ocea-. no, os solos, as erupções vulcânicas e a decomposição da matéria orgânica também apresentam uma contribuição em 802 em H 8. 2. e.

(16) .4.. o. ciclo do enxofre é apresentado de forma es-. quemática na Figura 1 (NGUYEN, 1976, KELLOG et alii, FRIEND, 1973).. 1972;. Oxidações sucessivas do 802 e H 8, em 2. meio. aquoso e em presença de oxigênio dissolvido e de agentes catalisadores, conduzem rapidamente a- formaçao do 8042- '. (H 80 ). 2 4. e. Este ácido pode se dissociar em presença de agua e. produzir 8°. 2. 4. As gotas de H 80 e os aerossõis 2 4. contendo. 2. 804 transltam na atmosfera e se depositam no oceano. continentes.. e. nos. Os sulfatos contidos na água e no solo, absor-. vidos pelas plantas, transformam-se em sulfatos orgânicos la açâo das bact~rias redutoras (NGUYEN, 1976).. Estes. p~. com-. póstos oxiaam-se no ar segundo mecanismos e uma cinética ain da mal conhecidos.. No momento da sua decomposição, as plan-. tas liberam H 8 por reduçâo e assim recomeça o ciclo. 2 Um estilo do comportamento de um. determinado. composto quimico no ambiente deve compreender a entrada. at-. mosférica,o exutõrio natural, passando pelos seguintes compartimentos: 1. vegetação; 2.. solo, subdividido em zona. raizes, zona não-saturada e zona saturada. e~. de. 3. substrato ro. choso. Tal estudo seria completo e abrangente, porem de dificil execução, aléffide requerer um longo per iodo ser realizado.. para. Por outro lado, um balanço geoquimico é exe-. quivel, aplicando-se um modelo simplificado, numa bacia drográfica.. Como entrada do sistema considera-se a. hi-. chuva,.

(17) .5.. PLANTAS ACTERIAS. ENXOFRES. ROCHAS SEDIMENTARES. $ 03. l. ~(h.. "2. " INTEMPÉRIES. .,.. H2 Cl. SEGUNDOS. 804. -:-. I. I +. '"~I&.I S[La. Figura 1. Ci6lo do enxofre, segundo Nguyen (1976) adaptado de Friend (1973) e Kellog et alii (1972)..

(18) · 6.. principal agente de "lavagem" e. precipitaç~o. na. atmosfera,a~. sim como uma das principais fontes de elementos quimicos nas aguas superficiais.. ° rio,. exutório natural das águas da. cia é considerado como saída do sistema.. b~. Efetua-se o balan-. ço pela medida dos teores dos elementos nas águas de chuva e do rio, considerando-se a pluviometria da bacia e a descarga do rio.. Deste modo, através do balanço hidrológico e da con. centraç~o. dos elementos obtem-se também o balanço de. massa.. Conforme o resultado seja positivo ou negativo, e haja. ou. nâo equilíbrio no sistema, e em funçâo do grau de detalhamen to que se planeja investigar, efetua-se se possivel um estudQ nos. out~os. compartimentos do sistema, a fim de determinar. o ciclo completo do elemento no ambiente. Este modelo simplificado foi adotado na reali zaçao do presente trabalho.. O enxofre foi escolhido por ser. um excelente parâmetro indicador da existência num determinado meio.. de. poluição. Por outro lado, como foi visto. ante-. riormente (NGUYEN, 1976; KELLOG et alii, 1972), compostos de enxofre sâo transformados rapidamente em sulfatos, num ciclo conhecido.. Procurou-se dosar sulfato nas águas de chuva. do rio e efetuou-se o balanço.. e. Com a finalidade de possibi-. tar comparações e estabelecer possiveis correlações, os teores de outros íons foram medidos tanto na entrada corno. na. ' sal"'d a ' d o slstema~ Na + ,C 1- I NH + e N0 . 4 3. A pequena bacia do Rio Quilombo, na regiâo de.

(19) .7.. Cubatão, foi selecionada para a realização deste estudo. Nes ta area, está instalado um polo industrial do qual fazem. pa~. te siderúrgicas, indústrias químicas, de fertilizantes, refi narias etc., situado em área geograficamente muito limitada. A presença deste pala industrial é responsável pela. injeção. de gases e materiais particulados na atmosfera, poluindo-a . Essa poluição atmosférica foi anteriormente determinada. por. OR8INI et alii (1982) e MILLER et alii (1985) que demonstraram existir um alto teor de material particulado em sao na atmosfera com elevadas taxas de enxofre.. suspen-. MORElRA-NOR. DEMANN et alii (1983) efetuaram medidas preliminares águas de. ~huva. nas. da região de Cubatão, encontrando altos. teo-. 2+ res de 804 e NH , sobretudo nas coletas realizadas em 4. Vila. Parisi, o que sugere que existe (NH4)2S04 incorporado à chuva, sendo possivelmente evacuado pelas águas de drenagem. Por outro lado, a Companhia de Tecnologia de Saneamento tal (CETESB) mantém uma rede de monitoramento da do ar conitante na região, e os resultados obtidos. Ambienqualidade revelam. que altos teores de S02 são frequentemente aí detectados. Os resultados obtidos nos trabalhos anteriormente citados,. a. existência de medidas de descarga durante longo período e. a. facilidade de acesso ao local, determinaram a escolha da bacia do Rio Quilombo para-realização do presente estudo..

(20) .8.. 20 CARACTERíSTICAS GERAIS DA REGIÃO. o. município de Cubatão está localizado na Bai. xada Santista, litoral do Estado de são Paulo, entre. 28°27'. 20" e 29°56'25 19 de latitude sul e 46°18'00" e 46°29'30 1' ' 2 1,ongltude,oeste, formando uma area de 160 km . p. de. Figura 2. Na. está mostrada a região estudada, sua localização, assim como estão assinaladas as indfistrias aí existentes.. O Vale. Quilombo, local onde foi realizado este estudo, e urna 2 verde de 66,7 km , incluida no município, situada na. do area altura. do quilômetro 66 da estrada Piaçaguera-Guarujá,entre a Serra do Quilombo e a Serra do Morrão.. A. configu~ação. da bacia es. tá mostrada na Figura 3. A Serra do Mar na região estudada, altitudes de. at~. apresenta. 1000 m, sendo que a área urbanizada e indus. 2 trializada situa-se em partes planas (aproximadamente 40 km ), alguma~. das quais correspondem a aterros de antigos mangues,. entrecortados por alguns morros cujas altitudes em média não ultrapassam 200 m..

(21) .9.. v. v. ~UBATAO@. SANTOS. ®. ESTADO DE sAO PAULO. Figura 20 Localização da Bacia estudada em relação ao Estado de são Paulo, vendo-se ainda a região industrial de Cuba tão (V assinala as industrias ai existentes) ..

(22) GUARUJA. ~-. LOCAL DE COLETA ESCALA: ':35000. Figura 3. Bacia do Rio Quilombo mostrando o local de coleta das amostras.. CUBATÃO. ~t~. ~. N. I-'. o.

(23) .11.. 2 1. Clima Q. o. clima, no litoral paulista é tropical. do, do tipo "Af" na classificação de Kõeppen (clima. úmisempre. úmido; com temperatura média do mês mais frio superior o igual a 1a C) e, nos pontos mais altos, nCfa". (clima. ou sempre. úmido, onde o mês mais frio registra temperatura inferior 0. laoe e no mês mais quente superior a 22 C). a. (SANTOS, 1965).. , Segundo OLIVEIRA (1985), toda a região tropical do Atlântico Sul é dominada por um anticiclone sub-tropl ' 0. cal marítimo com centro entre as latitudes de 20 S e No invernG, oscila para o norte e intensifica-se. 30 0 S.. dominando. completamente o continente; o avanço do anticiclone é caracterizado pelo aumento da pressão atmosférica de abril a. se-. tembro, cuja média é 1013,2 mb. Em uma análise detalhada da direção dos. ven-. tos na re9ião de eubatão e Vila Parisi, OLIVEIRA (1985) mostra que, com exceção dos meses de setembro a dezembro quando se observa um forte domínio dos fluxos de oeste-sudoeste durante grande parte do tempo,. °. fluxo de nordeste predomina à. noite (Figura 4) e está associado ao vento de drenagem Serra do Mar g enquanto o fluxo de sudoeste ocorre com. da maior. frequência durante o dia (Figura 5), coincidindo com a maior intensidade da brisa marítima..

(24) Figura 4.. \. o. I. catabático (resfriamento da montanha) observado sob condições de anticiclone (alta pressão) du rante a noite, (adaptado de Oliveira, 1985).. Fluxo do vento entre a brisa terreEtre e o vento i---'. IV.

(25) Figura 5.. o. pressão) durante o dia, (adaptado de Oliveira, 1985). e o vento anabático (aquecimento de montanha) observado sob condições de anticiclone (alta. Fluxo do vento combinado entre a brisa mar I tima. ~o. V'-\S. /!/. h< ~~. f-'. W.

(26) .14 . Com relaç50 as faixas de velocidades do. ven-. to, OLIVEIRA (1985) verificou que em qualquer epoca do. ano,. as faixas mais frequentes se situam entre 0,0 a 1,5 m/s mais de 50% de ocorrência, e entre 1,6 a 2,5 m/s ocorrência.. com. com 30% de. Rajadas máximas podem ocorrer, inclusive nos me. ses de inverno, atingindo valores superiores. ~. 15 m/s. A dis. tribuiç50 anual das porcentagens de calmaria indicam que estas podem atingir entre 16% e 20%, ocorrendo sobretudo entre a madrugada e o amanhecer, periodo onde é frequente- o fenôme no da inversão térmica, sobretudo no inverno (junho a setembro) , com duraç50 média de apenas três horas). A precipitação pluviométrica total anual região de Cuba tão é superior a 2400 mm (média 1983).. de. No Vale do Quilombo a pluviometria vem sendo. trada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica. da. 1940. a. regis(DAEE). desde 1980 e apresenta uma média anual até 1985 de 2694. mm.. Observa-se na Figura 6 a distribuição dos valores médios men sais obtidos para os dois locais, e que, mesmo nao. havendo. uma estação seca, os meses de maio, junho e julho apresentam urna diminuição considerável na precipitação.. 2.2~. Geologia O trecho da Baixada Santista apresenta uma. se geológica muito-simples, em que a área é constituida. b~. por.

(27) .15.. 400. '\ \ \. \ \. \ ~. \. \. ~. 300. '""-..... .... '\ I. ....... I. \. E E. \. /. -o. I. I. I. D<C ~200. I. \. I. \. I. \. ,J. I. \. I. I-. \i. I. ~. f I. U. tu lZ D... I \ I. .f. (.lo.. I f. \. I. I I I I ..... .0...... .... ~d. I. 100. J. F. M. A. M. J. J. A. QUILOMBO. (1980-1985). CUSPITÃO. (1940-1983). s. o. N. MESES. Figura 6.. Precipitação mensal do Vale do Quilombo e Cubatão.. D.

(28) .16 .. um embasamento cristalino de idade pré-devoniana e uma cober tura sedimentar (RODRIGUES, 1965). No embasamento cristalino há predominância de rochas metamórficas, principalmente gnaisses e, em menor. pr~. porção, migmatitos, ocorrendo também invasão por. emanaçoes. de magmas graníticos nas rochas metamórficas.. numerosas. As. ilhas que aparecem além da linha de costa correspondem. aos. afloramentos do embasamento. A cobertura sedimentar cenozóica, constituída de sedimentos não-litificados, com grãos soltos ou frouxamen t~. ligado~. entre si, constituem as planícies. (RODRIGUES,. 1965), resultantes de processos recentes de sedimentação fl~ vial e marinha.. Estes depósitos sedimentares. quaternários. constituem uma pequena faixa que tem largura máxima de 24 km. Apresentam-se praticamente sem declividade. j. o que. dificulta. o escoamento das águas. Observa-se, portanto, a presença de planos na area de. sedimentaç~o. trechos. onde estã9 instaladas as. ln-. dústrias, e trechos mais acidentados na reglao da serra, cor respondentes ao embasamento..

(29) .17 .. 2.3. Solos. " De acordo com QUEIROZ-NETO e KUPPER (1965), o gnaisse foi progressivamente agredido nas superficies expostas por urna série de agentes de intemperismo, originando assim o solo "terra", que vem a formar sobre o gnaisse o manto do intemperismo.. Esse manto de intemperismo escorrega e. se. acumula nos sopés ou nas regiões de baixa declividade na for ma de argilas, areias, seixos e solo orgânico.. Os solos dos. grupos latos solo vermelho-amarelo e litossol, formados diretamente da decomposiçâo da rocha cristalina primâria s6 ~ncontrad<?s. nas encostas da serra e nos morros. formando portanto os limites da Baixada. PER (1965) relataram que na planicie, encontrados "aluviões ll. ,. sao. (BRANCO, 1984),. " QUEIROZ NETO e KUP. junto às encostas, sao. solos mais férteis da planicie,. recebem a denominaçâo regional de "barro-boi".. O solo. que pre-. dominante nas partes secas da Baixada é do tipo podsol hidro m6rfico, solo arenoso, muito ácido e pouco fértil. Ocupando largas extensões junto às. embocadu-. ras dos rios, em terrenos baixos atingidos pela água das mares estão os manguezais, um solo lodoso, semi-liquido (QUEIROZ NETO e KÜPPER, 1965)..

(30) .18 . 2.4. Vegetação Ao observar a região do Vale do Quilombo. num. raio de 30 km, tendo como centro o rio, percebe-se que. esta. é a única area ainda recoberta por vegetação nativa na quase totalidade de sua bacia hidrográfica (HIDROBRASILEIRA 1985) .. S.A.,. A exuberância da antiga Mata Tropical Atlântica. ou. floresta latifoliada úmida de encosta, com folhas perenes hidrófilas, caracteriza-se por uma vegetação densa, na destacam-se árvores de grande porte, apresentando 20 ou metros de altura.. e. qual 25. COUTINHO (1962) relaciona como ocorrenCla. comum, entre outras espécies, as sinúsias: arbória, arbustiva, das 1ianas, das epifitas e herbácea. Outras formações vegetais ocorrem condicionadas a fatores especiais do meio ambiente, como por exemplo a invasão de marés, que determina a ocorrência de vegetação de mangue em alguns pontos da região. Observa-se também a existência de. pequenas. areas de culturas de subsistência e de bananais e seringais.. 2.5. Hidrologia A bacia hidrográfica da região de Santos. apr~. senta rios com dois tipos de escoamento: no primeiro tipo en.

(31) .19 . contram-se os rios que nascem no alto da serra e sao dos diretamente para o oceano.. Devido ao grande. - 700 a 1000 m - e à pequena distância entre a. drenadesnível. nascente e a. planície, estes cursos d'água assumem um aspecto torrencial, transportando grandes quantidades de sedimentos que sâo depQ sitados no estuário.. Pertencem a esse tipo os rios Quilombo. e Mogi, além dos rios Cubatão, Piaçaguera, perequê e Jurubatuba. No segundo tipo, acham-se os rios de pequenos, praticamente de planícies.. cursos. Duas vezes ao dia, de-. vido ao movimento das marés, entram em contato direto com agua salobra.. Os rios Casqueiro, Boturoca ou Branco,. a. Santo. Amaro, Cascalho, Saboó etc., constituem exemplos deste tipo. A vazao do rio Quilombo é medida sistematicamente pelo DAEE desde 1971, e a vazão média obtida até e. de. 3 4 m /s.. 1985. Detalhes sobre a vazão do rio Quilombo assim. como o histograma de frequências das vazoes serao apresentadas no capitulo Metodologia..

(32) .20.. 30 METODOLOGIA. Este capítulo trata dos métodos utilizados na coleta das águas de chuva, rio e solos, assim como os. méto-. dos de análise química das amostras e o -tratamento estatísti co. aplica~o.. A Figura 7 mostra a frequência de vazao obti3 da entre 1971 e 1985, a vazao média (4 m /s) está também assinalada na mesma figura. Os valores de vazoes anotados no momento coleta e usados para os cálculos da média ponderada,. da foram. obtidos através da leitura da altura do rio em uma régua linimétrica. Segundo dados fornecidos pelo DAEE, esta ra medida. relaciona-~e. ã vazão do rio através de uma. alt~. curva-. -chave "(Figura 8) que, para o Rio Quilombo, pode ser expressa pelas equações:.

(33) -. .... u.... (\). ::::l C". i<\). c:. 'õ. 1:1. Ê. 10. o. 2. ". +-'-i-Y. -. 2 10 -. I-. I. G. t-. n-hr I I~. 1°'1II. f-. o. I. f-. 10. r-. 12. I-. r-. 14. 16. ~-rlLI f-r. H. ..I ,-". 20. 22. 2·~. Figura 7.. 13. 20. 22. 30. 32. 34. r-. 21/10/71 a. 37. .... Frequência. ~f.L+-,+LjLfJ-~~L]Jll[. t-. 42. -. 44. ~. , 46. 4'1. 5'). I" 52. n W.,. 57. ~9. 63. "I 65. .'" 67. 31/12/83.. de vazao para o período de. 3'). r-. .... I· 7"j. 89. 92. 106 148. IG9 3;>~. Vazão (m~sl). 101. I'~"~~'~"~'~~"r 7'). N f-'.

(34) r. E. ü. O. r-. <!. (,). 100. 150. 4. o. 6. Figura 8.. 1979 a. 1983.. , _,. ,. -iii:>. :3 -I. 12. ". Vazao Llquida(m.S). 10. Curva-chave (vazão x cota) do Rio Quilombo segundo dados fornecidos pelo DAEE, de. ,. e. 8. 2. o. I /'. 00. Q. O. 200. t. N. N.

(35) .23.. 7,30 (H -. 0,80)1,74. para H ~ 1,74. Q = 13,60 (H -. 1,00)2,41. para H > 1,74. Q =. onde: Q = vazao. H. altura observada na regua linimétrica Os valores diários de precipitação na. bacia. do Rio Quilombo e a altura do rio observados no local durante o periodo de coleta foram plotados.. Observou-se que. tempo de resposta do Rio Quilombo é pequeno. pode se atribuida ~. ~. Esta. o'. resposta. topografia acidentada da região e também. pequena área da bacia hidrográfica.. Pode-se verificar es-. ta relação na Figura 9, a qual apresenta os valores de preci pitação e cota diárias durante os meses de fevereiro-março e abril de 1985.. 3 10 Amostragem de aguas do rio 0. As amostras de água do Rio Quilombo foram coletadas aproximadamente a 11 km da sua foz. (FIgura 3).. O. acesso ao ponto de coleta é através da estrada municipal terra, com uma extensão aproximada de 4.500 metros a. de. partir. do quilômetro 66 da Via Piaçaguera a esquerda no sentido Cubatão-Guarujá.. As coletas das amostras de água no Rio. Qui-.

(36) 24'. -------COTA {em}. ---PLUV10 METRiA (mm). ,. ~. 11. r, li 11 11 11. 1 I. 11 1I. ,. 11 11 11 11 11. 11 11 11 I ' I' I II 11, I I~ I 11 1 I I i I I I I I I ~. d. !. 120. ,. 'r. I •. I 100. E E '. ~I,. 11. 11 11 I: 11 11 11 11 11 11 11 I' 11 I1 I1 ,I 11 11 11. I," 'I. " 11 II. . ,. 1~. I I I. \. ~. I1 I, 11 I, I1 11 I~. ' I. I. ~. !J. ~. 11. 11 \I. I' 1I 11 11 I, 1° ' I I I I I. ,,. ' I I. ,, ,. ,. ~ \. t. • \, ~ \. I. ~. \. "v~ I ...r~. o. \ :"\. ,. ~. \.. ,. ~,. ,. I I I. ~\. 200. ,,. 'I. ". \, '"",/1 I ..,. 11. " 11 'I 11 'I I, 1I 'I 'I. ç. ~:. -. .!. I'. ,/ q. \,. "\/ ~. >. ::I 60 -l. a... 100. 40. 20. O. .\f\. 2e. FEV. Figura 9.. \J\~\ .r 10. ]\ 20. MAR. \ 50. l. 20. 10. <·'~'7""50 30'. ABR. Relação pluviométrica versus vazao obser vada no Rio Quilombo (pluviometria forne cida pelo DAEE, e observações da autora).. de. cotas.

(37) .25.. lombo foram realizadas, sempre que possível, a cada 15 dias, iniciando-se em abril de 1984 e estendendo-se até outubro de 1985, num total de 40 coletas. As amostras foram coletadas em 3 frascos. de. polietileno de 1 litro, sendo o primeiro conservado em H S0 2 4 -1 + + (lml.l ) para análise de NH e N0 , o segundo com HN0 4 3 3 1 (lml.l- ) para análise de SO~- e o terceiro foi mantido em temperatura baixa, entre 2 e 4 o e, para análise dos íons restantes (el - e Na + ). (STANDARD METHODS, 1975).. As amostras fi. caram armazenadas durante urna semana após as coletas. Para análise de 0018 nas aguas do Rio Quilombl, coletaram-se as amostras em frascos de polietileno 100 ml.. de. Tornaram-se cuidados especiais para evitar evapora-. ção, de forma a manter-se a relação isotópica.. As mesmas fo. ram transportadas em caixas de isopor e mantidas sob. temper~. tura baixa (-Soe) até o momento da análise.. 3 020 Coleta de aguas de chuva Para amostragens da água de chuva utilizou-se um hemisfério de acrílico com 54 cm de diâmetro, apoiado. em. um tripé de madeira, protegido por urna tela de " ny l on " e ligada a um recipiente de polietileno de 10 litros de de, por urna mangueira do mesmo material.. capacid~. Este coletor. pos-.

(38) .26 .. sui. (86. + 8)% de rendimento e estava situado a um metro. do. solo. A metodologia estudada foi amplamente testada (RIBEIRO FILHO, 1975; FERREIRA e MORE I RA-NORDEMANN, 1984 TAVARES et alii, 1983).. Tornou-se toda precaução para. não houvesse contaminação, sendo todo o sistema. e que. previamente. lavado, primeiramente com detergente e bastante agua de torneira, para completar utilizou-se uma solução 50% de. ácido. nítrico e, finalmente/água deionizada até completa. remoça0. do ácido. Os recipientes coletores eram substituídos manalmente, havendo ou não amostras de chuva. tras de chuva corresponderam portanto precipitaç~o. ~. Essas. s~. amos-. uma média semanal da. ocorrida, obtendo-se assim amostras representa-. tivas médias da deposição total.. Estas amostras correspon-. dem também a 208 eventos ocorridos durante o período de amostragem.. total. Considera-se evento uma precipitação indiviSegundo LIKENS et alii. dual, ou seja! uma chuva.. (1977). os. intervalos de amostragens de uma semana são suficientes para se obter dados acurados na química das precipitações. Tomou-se uma alíquota de l I d o total da amos tra para as análises químicas.. A essas amostras não se adi-. cionou qualquer tipo de preservante, somente foram 0. mantidas. em temperatura entre 2 e 4 C e ao abrigo da luz até o momen-.

(39) .27. to da análise. A pluviometria correspondente a cada. coleta. foi obtida no Posto Quilombo, prefixo E3-252, monitorado pelo DAEE.. 3030 Coleta de amostras de terra No mes de outubro de 1984, coletou-se um. to-. tal de 26 amostras de terra em vários pontos da região.. Co-. letaram-se algumas amostras de superfícies e 5 amostras. de. terra em profundidade variada distribuídas da seguinte. for-. ma:. o. um solo na região do Vale do Quilombo em um barranco a mar gem direita do Rio Quilombo, e. o. 4 solos na região do Vale do Mogi, sendo 3 coletados barrancos próximos à indústria Copebrás à margem. em. direita. do Rio Mogi e um em profundidade na encosta da Serra. do. Morrão à esquerda do rio.. Os solos coletados sao do tipo latossol verme lho, am.arelo, podzólico e. de aluvião. o. Coletaram-se também 3 amostras de terra de su perfície no manguezal, sendo uma na área dragada, outra. na.

(40) .28. região arenosa porem seca e a última a uma distância de aprQ ximadamente 150 metros da area dragada.. As amostragens. terra foram efetuadas em outros locais além do vale do. de Qui-. lombo, O que não afeta a representatividade das amostras urna vez que a região do Vale do Mogi apresenta caracteristicas si milares a do Vale do Quilombo, do ponto de vista. geológico,. orográfico e climático. É necessário salientar a dificuldade encontra. da na coleta de amostras de solo na região: a maior parte da área plana estando ocupada por indústrias e/ou estando urbanizada to~na impossível a obtenção de tais amostras.. Os mor. ros também são inacessiveis pois embora nao urbanizados. sao. propriedades de indústrias da região, e que dificultam qualquer tentativa de penetração e consequentemente de. obtenção. das referidas amostras: foi encontrada grande resistência por parte das indústrias, na obtenção da permissão para. coleta. de amostras nestas areas.. 3040 Métodos analíticos. As análises químicas foram efetuadas nos labo ratórios da CETESB e do instituto de Pesquisas. Espaciais. (INPE), aproximadamente 10 dias após a coleta e os. métodos. analíticos empregados para as águas de chuva, rio e. solução. do solo foram os mesmos..

(41) 029.. Para a determinação do Na + usou-se o espectrQ fotômetro de absorção atômica que apresenta um limite de detecção de 0,01 mgol. -1. ° NH~. para esse elemento. foi determinado pelo método. automático. do fenato, o CI- pelo método do tiocinato férrico e o pela redução por cádmio seguida de colorimetria. do. (NO;)N nitrato. resultante, todos utilizando-se de um aparelho de marca TecQ nicon tipo. Auto~Analyser. ção de 0,5 mg.l mg.l. -1. -1. C8M6 que possui um limite de detec-. para o Cl ,. para0 N0 . 3. 0,005 mg.l. -1. para o NH. + e 0,05 \ 4. A precisão dos resultados obtidos. atra-. ves deste~ métodos é melhor que 10%. 2Para se determinar 804 utilizou-se o. método. turbidimétrico, que possui uma precisão boa, porém o. limite. de detecção desse método é muito alto (2 mg/l), o que significa que somente concentraçôes mais altas que este valor puderam ser detectados.. Infelizmente este era o único. método. disponível no decorrer do presente estudo, e e forçoso reco-. -. nhecer que um resultado mais preciso poderia ter sido obtido caso um método mais sensível fosse disponível. Para o cálculo dos valores médios ponderados, no caso de amostras com concentraçôes abaixo do limite de de sendo. tecção do aparelho! considerou-se os resultados como metade deste limite. exceção do. Para todos os métodos utilizados,. 80~-, estes limites são baixos e poucas. com. amostras.

(42) .30. apresentaram tais valores.. 2Para o S04 ' cujo método utiliza. do para sua determinação apresenta um limite de detecção mui to alto (2 ppm) , preferiu-se considerar como teor zero todas as amostras que apresentaram valores abaixo do limite de detecção, que embora subestimados são mais representativos por corresponderem a valores minimos definidos. As medidas de pH das amostras de água do. rio. foram todas realizadas, no máximo, até 4 horas após a coleta. Para tal medida utilizou-se um potenciômetro de marca Imbracrios modelo IA-601 e eletrodo de vidro marca Analion; a. pr~. cisão das medidas foi melhor que 5%. As concentrações de sais totais em. suspensao. na agua do rio foram obtidas por gravimetria. As análises de variações das concentrações de 00. 18. foram realizadas no Centro de Energia Nuclear na. Agri-. cu1 tura (C,ENA), utilizando-se um espectrômetro de massa cromass 602E.. Mi-. As amostras foram preparadas segundo o método. do equilibrio isotópico entre a água e o dióxido de carbono, proposto por EPSTEIN & MAYEDA (1953). v. e o método de. análise. foi o descri"to por MATSUI (1980). Os solos,apos serem secos ao ar (TFSA), ram peneirados, obtendo-se grânulos iguais ou menores 250. ~m.. Na tentativa de se determinar os ions. que. sol~veis. agua, e portanto facilmente lixiviados para os rios,. fo-. em. proce-.

(43) .31.. deu-se a lavagem dos solos homogeneizando 50 g desse solo em 500 ml de água deionizada, durante 30 minutos.. Após a. gem, a mistura foi separada através de centrifugação. lava a. uma. velocidade de 4500 rpm (rotação limite da centrífuga) duran-· te um tempo de 15 mino. A parte líquida foi armazenada em re. 0. frigerador a 4 C até a análise química, e a fase sólida. foi. o seca em estufa a 45 C por 24 horas e sofreu todo processo de. lavagem, centrifugação e secagem por mais duas vezes.. O mé-. todo de lavagem dos solos foi adotado e pode ser justificado devido ao objetivo deste trabalho.. Não houve a intenção. de. efetuar um estudo pedológico na região, tão pouco caracterizá-los do 'ponto de vista geoquimico.. Deste modo, não se de-. terminaram os íons trocáveis e nem o teor total em nos solos.. elemento. A finalidade era apenas constatar, se a deposição. seca e úmida, via atmosfera, era retida nos solos ou mente lixiviada para o rio. seria suficiente.. Neste caso, apenas uma. facillavagem mais. Embora fosse possivel obter teores. elevados, com ataque levemente ácido (ENSMINGER, 1954). I. foi. preferível utilizar apenas agua para simular ao ~áximo possl vel as condições naturais.. O so~- por exemplo, poderia. ser. mais intensamente lixiviado, se os solos fossem tratados com 0,5 M de acetato de amônia e 0,25 M de ácido acético 1979). o. Para as medidas do pH, homogeneizaram-se 20 g de solo em 50 ml de água desmineralizada e obteve-se os valo.

(44) .32.. res de pH (RAIJ, 1986) com o auxilio de um pHmetro. Imbra-. crios.. 3eSe Tratamento estatistico. A fim de verificar a representatividade amostragens efetuadas, empregaram-se tratamentos COSo. das. estatísti-. Foram efetuadas amostragens aleatórias (casuais). sim-. pIes, isto é, admitindo-se que todos os elementos da amostra gem têm. ~gual. probabilidade de pertencerem à população e to-. das as possíveis amostras têrntambém igual probabilidade. de. ocorrer. Admitindo-se como hipótese que a distribuição de probabilidade das amostras obtidas (chuva e rio). obede-. ciam a urna distribuição normal, calcularam-se as médias e os desvios (Sx) para as concentrações através das. (x). expres-. soes I e 11 abaixo: N. I. x =. Pi Ci. i=l. I. N. I. pi. i=l. I<Ci Pi)2 i (N -. (I Ci 1. 1). 11.

(45) .33.. onde: N. =. numero de elementos da amostragem. Ci. =. concentração. =. pluviometria para a chuva. =. vazao para o rio. Pi. {. As médias (y) e os desvios-padrão para a pluviometria (Sy), para a vazao e pH foram estimadas a. partir. das expressões 111 e IV:. L Yi Y. =. 111 N. (Yi ~) 2 _i_ _ N - 1. L. Sy =. /. IV. onde: N. = numero de elementos da amostragem. yi. =. pluviometria ou vazão, conforme a amostra tratada. ~. =. média da série histórica obtida para a"pluviometria (5 anos) e vazão (14 anos) .. Os intervalos de confiança para as médias das concentrações foram estimados através do teste t-Student, para os desvios através do teste Qui-quadrado, ao nivel 90% de confiança.. de. O número de elementos coletados para. amostragem da chuva e do rio é suficiente aceitando-se. e. a como. precisão, para as médias, o intervalo de confiança obtido..

(46) .34.. Aplicando-se o teste de igualdade entre a media para uma sirie de 5 anos de medidas. (1980-1984). I. de. pluviometria. e a midia obtida durante o período da. amostra-. gem, verificou-se que, a um nível de 95% de confiança, a hipõtese de igualdade entre as mesmas deve ser aceita.. Portan. to, pode-se afirmar que o período de amostragem da chuva representativo.. Este mesmo teste foi aplicado para a. e. vazao. do rio, considerando uma série de 14 anos de medidas e. este. mostrou que a um nível de 95% de confiança deve-se rejeitar a hipõtese de igualdade entre elas. Considerando-seque no caso específico da Bacia do Quilombo, o período de 14 anos é muito longo, e. pode. ter havido modificações no quadro natural em decorrência. de. influências de caráter antropogênico, aplicou-se o mesmo tes te de igualdade, porém utilizando-se a média de uma série de vazao de 5 anos (1980-1984), coincidente com o utilizado para a pluviometria.. O teste mostrou que a um nível de 99% de. confiança as midias sao iguais, donde conclui-se que o periQ do de amostragem do rio e representativo. A fim de verificar a existência de alguma relação entre os vários parâmetros estudados, utilizou-se coeficiente de correlação de Pearson.. Os resultados. rentes do tratamento estatistico empregado serão no Capítulo 40. o. decor-. discutidos.

(47) 035 .. 40 RESULTADOS E DISCUSSÃO. 4010 Águas de chuva A agua de chuva desempenha um papel fundamental na lavagem da atmosfera, levando consigo praticamente t2 dos os elementos solúveis nela contidos.. Observaram-se atra. ves de estudos cientificos recentes, alteraç6es na. composi-. çao química da água de chuva decorrentes sobretudo das ativi dades humanas (LIKENS e BORMANN. j. 1974; FROHLIGER. e. KANE,. 1975; GALLOWAY, 1988; McDOWELL, 1988; DIANWU e JILLING,1988). As concentrações dos elementos naturais ou artificiais trados na chuva estão relacionados à frequência e ao de água precipitada.. Para minimizar o efeito destes. enco~. volume sobre.

(48) .36. as concentrações de íons, pondera-se as mesmas com as pluvio metrias correspondentes, obtendo-se assim valores médios pon derado (equação I, item 305) o. Efetuaram-se estes. cálculos. para todas as amostras de chuva disponíveis e para todos. os. íons analisados, gerando assim a Tabela I, onde também. sao. mostrados os valores máximos, mínimos, médias, desvios. pa-. drão, e os intervalos de confiança para as mesmas.. Tabela 10 Valores máximos, mínimos, médiase desvios padrão do. ..... +. -. 2-. pH e lons Na , Cl , S04 ' N0. -. 3. e NH. + 4. (em mg.l. -1. ). e. intervalos de confiança de 90% para águas de chuva no Vale do Quilomboo. Máximo. Mínimo. Média. Na+. 17,00. 0,20. 1,88. CI. 35,00. 1,00. Desvio padrão. Intervalo de confiança. 0,79. 2,11. 1,68-2,86. 4,60. 2,04. 5',42. 4,32-7,36. 10,00. 0,00. - 2 ,91. 1,82. 4,70. 3,73-6,44. 2,04. 0,09. 0,74. 0,56. 1,49. 1,19-2,02. NH+ 4. 0,54. 0,01. 0,09. 0,06. 0,17. 0,14-0,24. pH. 7,20. 4,52. 6,01. 0,36. 0,94. 0,77-1,32. 80 2 -. 4. N0. 3. Intervalo de confiança. Observando-se a Tabela 1 ve-se que a agua. de.

(49) .37. chuva do Vale do Quilombo apresenta uma tendência à neutrali dade.. Não se registrou nenhuma amostra com pH inferior. 4,5, e o valor médio apresentado foi 6,0.. a. Estes valores sao. apenas indicativos, uma vez que a maioria das. determinações. foi feita num tempo superior a 48 horas após a coleta. No en tanto, em outros pontos da mesma região, determinações de pH foram feitas logo após a coleta das amostras, e os. valores. obtidos apresentando médias em torno de 6 (MOREIRA-NORDEMANN et alii, 1986). o. A área de Cubatão pode ser comparada a. um. grande cadinho, onde processam reações químicas e onde. nao. faltam temperaturas elevadas, elementos catalizadores e agua para acelerar essas reaçoes e o Vale do Quilombo não. escapa. a esta observação. Os valores médios de CI- e Na+ nas aguas chuva sao elevados (Tabela I). o. Os íons Na + e Cl. de. encontra-. dos na atmosfera são de origem predominantemente marinha. teor em cloro do oceano e em rochas ígneas e. 19000 ppm, contra.300 e 140. sedim~ntares. respectivamente.. O ppm. No caso do. Na + , temos 10500 ppm no oceano contra 28300 ppm em rochas í3 neas (MASON, 1971).. No en-tanto f o Na + é liberado das rochas. apenas quando se dá a alteração das mesmas, e esta liberação é também função da solubilidade, restando o oceano como maior fonte natural de Na + f. a. sobretudo em regiões costeiras. - o Mg 2+Deste modo o Na + (ou tambem ) e sempre utilizado elemento de referência na assinatura de pontos naturais. como ou.

(50) 038.. em balanços geoquimicoso. ... Os lons Na + e C1. no entanto sofrem um. quecimento antrópicono Vale do Quilombo, e o mesmo cendo com o. 2- o. ~04. Calculando-se. -. das as raz5es iônicas CL /Na. +. atrav~s. das. m~dias. enriaconte-. pondera-. 2+ e S04 /Na nas ãguas de chuva,. encontramos os valores 2,45 e 1,49 respectivamente, e ao com pará-los com os valores tipicos encontrados na água do. mar. 1,77 e 0,25 respectivamente (WILSON, 1985), verifica-se. que. + as aguas da chuva do Vale do Quilombo apresentam Cl /Na. e \. SO~-/Na+1,4 a 6,0 vezes mais altos do que as razões encontradas na.água do mar. A titulo de ilustração pode ser citado o lor da razao Cl-/Na+ observado em Ubatuba (VIEIRA et 1987),. tamb~m. vaalii,. região costeira, mas não poluida, onde se obte. ve o valor de 1,84, bastante próximo da razão encontrada. na. agua do mar.. na. Neste caso, devido a influência antrópica. região estudada utilizou-se como referência o teor em Na + ob tido por VIEIRA et alii (1987}f que foi 0,8 mg.l cálculo do fator de enriquecimento de Cl. -]. ., para. 2e S04 na. Este valor foi considerado por ser Ubatuba uma região. o. região. litor~. nea e próxima a região estudada, possuindo as mesmas caracte ristic~s climáticas e geológicas do Vale do Quilombo,. al~m. de não apresentar sinais de influência de origem antropogêni. ca..

(51) .39. Pode-se calcular o fator de enriquecimento (E) (WARBURTAN et alii, 1980) dos íons Cl. e SO~- nas chuvas pe-. la equação:. E =. (X/Na +) chuva (Y/Na+). mar. onde: X. =. concentração de Cl. ou S02- nas amostras de agua de chu4. va Y. = concentração de Cl. 2 ou uC0 4 - na agua do mar.. Através deste cálculo, obteve-se um enriqueci mento de 3,29 de Cl Quilombo.. 2e 14,5 de S04 na água de chuva do Vale. Tais resultados podem ser comprovados quando com-. parados aos obtidos por MILLER et alii (1985), que denotaram a existência de fontes de Cl. de origem antropogênica, e aos. de ORSINI et alii (1982), que demonstraram enriquecimento de mesma origem de Na + na atmosfera de Cubatão e Vila Parisi. A título de exemplo, e para salientar o enriquecimento em Cl. e Na+ obtido nas. ~guas. de chuva do Va-. le do Quilombo, podem ser citados os resultados obtidos aguas de chuva em Salvador, Bahia, por FERREIRA e -NORDEMANN (1985): 1,22 e' 2,36 rng/l tivamente.. p~ra. alto. nas. MOREIRA-. o Na + e Cl - respec-. Os altos teores observados nas chuvas do Quilom-. bo, dificultam a realização de um balanço iônico na. região,.

(52) .40 . como sera visto posteriormente. Com a finalidade de verificar se a. poluição. de vila parisi e Cubatão exerce alguma influência sobre chuva do Vale do Quilombo, fez-se uma análise de. a. regressao. ~ + 2+ linear para os lons Cl , Na , S04 ' N0 e NH encontrados nas 3 4. chuvas de Vila parisi e Cubatão com os encontrados nas vas do Vale do Quilombo. para o Cl. Observou-se uma melhor. chu-. correlação. e o Na+ entre Cubatão e o Vale do Quilombo, o que. pode ser explicado pela direção preferencial dos ventos, co-, mo foi demonstrado no item 2.1. e pode ser observado na. Fig~. ra 5: a chuva do Quilombo sofre então influência maior de Cu batão que de Vila parisi, embora este último local mais próximo ao Quilombo.. esteja. Do mesmo modo a concentração. de. SO~- não apresenta correlação entre as chuvas de Vila parisi e Quilombo, porém, foi obtida uma melhor correlação entre as chuvas de Cubatão e Quilombo, pelas razões acima discutidas. Não foram obtidas boas correlações para os lores de N0. 3. e NH~ nas aguas de chuva nem entre Vila. e Quilombo nem entre Cubatão e Quilombo, 0,41; 0 1 46 e. v~. parisi 0,04;. 0,21, respectivamente, o que parece indicar que, além de uma possivel contribuição que deve existir no Quilombo devido Vila parisi e. Cubatão/~xistem. fontes destes compostos. a bem. distintas e bem localizadas para os três locais em questão..

(53) .41.. 4al~lo. Contribuição iônica efetiva das aguas de chuva Os cálculos da contribuição efetiva dos. ele-. mentos foram efetuados multiplicando-se os valores das. me-. dias ponderadas apresentados na Tabela 1 pela. pluviometria. média de longo periodo (1980 a 1985) para a região do do Quilombo.. Vale. A contribuição efetiva está expressa em unida-. des de massa por unidade de área por ano (t.km. -2. .ano. -1. ).. Os valores obtidos sao mostrados na Tabela. 2. e, comparando-os com os encontrados em locais próximos. ao. Vale do. no. . Quilombo. por MORElRA-NORDEMANN et alii (1986). I. centro das cidades de Santos e Cubatão, pode-se observar que a região do Vale do Quilombo recebe uma quantidade de. Cl ,. Na+ e S02- bastante alta. 4. Tabela 2. Contribuição efetiva dos ions Na e NH Ions. *. **. + . I. 2-. Cl , S04. I. + da agua ~ -2 -1 de chuva em t.km .ano 4. Vale do Quilombo**. Cubatão*. Santos*. 5,06. 4,75. 7,09. 12,39. 11,34. 14,95. 7,54. 8,63. 4,35. 1,99. 2,66. 1,47. 0,24. 1,19. 0,41. MORElRA-NORDEMANN et alii Este trabalho.. (1986).

(54) • 42.. Os teores iônicos obtidos nas águas de. chuva. do Vale do Quilombo, na verdade, são o resultado da deposição seca e úmica, uma vez que as telas de "nylon " utilizadas nao evitaram totalmente a contribuição das particulas finas amostras de águas pluviais.. nas. Não foi possivel obter apenas a. deposição úmida por falta de coletores adequados para tipo de coleta (não disponivel no INPE ou CETESB) .. este Também. não é possivel fazer uma correção tentando eliminar a. ln-. fluência da deposição seca por não serem disponiveis tais da dos no Vale do Quilombo.. Medidas de material particulado fo. ram apenas realizadas em Cubatão e Vila Parisi (ORSINI. et. alii, 1982; MILLER et alii, 1985) não possibilitando portanto tal correção para o Vale do Quilombo.. 4 20 Água do'Rio Quilombo 0. A precipitação atmosférica é a principal responsável pela alimentação dos aquíferos continentais (superficiais e subterrâneos) assim como pela. ~renagem. dos. e, portanto, essa mesma precipitação é uma das. solos. principais. fontes de substâncias quimicas nas águas continentais. No item anterior foi mostrado que a. composi-. çao química da água de chuva da região do Vale do Rio. Quilo~. bo está alterada, devido a injeção de grandes quantidades de poluentes na atmosfera.. A deposição desses elementos. pela.

(55) .43 . chuv~ possivelmente vem tamb~m alterando a composiçâo quimi-. ca das águas dos rios da região de Cubatão.. A Tabela 3 apr~. senta os valores máximos, minimos,média ponderada e. desvio. padrão e intervalos de confiança com probabilidade de 90% p~ ra as médias e para os desvios padrão, obtidos nas de água do Rio. amostras. Quilombo~. Quando comparamos os resultados. apresentados. na Tabela 3, observamos que os desvios obtidos para os. ele-. mentos são relativamente altos, devido à larga faixa de. va-. riação encontrada nos teores medidos. Em particular no caso 2- . do 804 ' isto se agrava, porque foi grande (86,5%) a quantidade de amostras medidas cujos resultados estavam abaixo. do. limite de deteção, em consequência do método utilizado. Observa-se que os valores de pH. encontrados. na bacia estão entre 6,10 e 7,20; estes valores estâo dentro da faixa observada em águas superficiais por diversos res. auto-. (FELLER et alii, 1979; 8ZIK8AY, 1973 e OVALLE, 1985). Po. 2de-se observar também que~ embora a entrada de 804 e N0 na 3 ocorrendo. bacia, via atmosfera, seja importante, não está acidificação na água do rio,. pelo menos até agora.. Dentre os íons analisados, o CI. apresenta. a. mais alta concentração, e o Na + aparece em segundo lugar,. o. que é esperado pois o Rio Quilombo recebe a forte influência marinha.. Não deve ser d~sprezada também a contribuiçâo. de.

(56) 4,83. N0. 3. 1,19. 0,01. 0,39. 4. 0,00. 2,50. 11,00. 6,50. Cl -. 0,60. 15,00. 50 2 4 NH+. 4,50. Na+. 50,00. 0,44. 6,55. Vazão. Sais totais. 6,10. Mínimo. 7,20. Máximo. pH. Parâmetros. Valores. max~mos,. 2,38. 0,06. 0,32. 4,13. 2,71. 37,06. 2,07. 6,61. Média. 2,17. 0,21. 0,06 0,59. 0,92. 3,80. 1,94. 34,66. 2,57. 0,36. Desvio padrão. 0,26. 1,01. 0,52. 10,23. 0,69. 0,11. Intervalo de confiança. 1,83-2,69. 0 1 17-0,26. 0,77-1,14. 3,18-4,60. 1,64-2,40. 28,90-43,74. 2,15-3,12. 0,30-0,46. In"tervalo de confiança. 3 (m /s), mínimos, médios e desvio padrão do pH, vazao + 3+ -1 intervalos sais totais e íons Na , Cl I 504 ' NH 4 e N0 3 (mg.l ) e os de confiança ao nível de 90% para as águas do Rio Quilombo.. Tabela 3. Valores. ..t:> ..t:>.

(57) .45 . ~ . devido a- alteraçao - das rochas, e conseNa + nas aguas do rlO. quente solubilização dos minerais. Ainda na Tabela 3 verifica-se que a. concentr~. çao média do NH~ é baixa em relação às de NO; que por. sua. vez são relativamente altas em relação à média mundial. (LI-. VINGSTONE, 1963).. Este resultado pode ser explicado em par-. te, considerando que o Rio Quilombo é um rio de. montanha,po~. suindo portanto um aspecto torrencial e como tal, oxigenado. conforme descrito anteriormente.. bastante. Não se descarta,. porem a hipótese da contribuição de fonte antropogênica ~03. de. nas aguas do citado rio, talvez através de um de. seus. afluentes. Ao compararmos os valores médios obtidos para o Rio Quilombo com alguns rios do Brasil, e com a média. dos. rios do globo apresentados na Tabela 4, verifica-se que. as. concentrações dos elementos analisados no Quilombo sao. bai-. xas, com exceção do NO; que mostrou-se relativamente. alta,. sendo ultrapassado somerite pelo Rio Tietê (SZIKSZAY, 1973) e Mogi (MORElRA-NORDEMANN et alii, 1986). f. 'altamente poluidos.O. Rio Mogi, também situado na região de Cubatão, é separado do Rio Quilombo somente pela Serra do Morrão, recebendo. despe-. jos industriais diretaménte em seu leito, o que faz com apresente teores elevados em todos os elementos.. que.

(58) ,,16, O 4,5 3p2. 5,5 3,1 1,2 6,3. Rio Tietê. Rio Paranapanema. Rio Cachoeira. Rio Amazonas. ,Ao Colurnbia. Rios do Mundo. 2,7. Na+. Rio Mogi ,. Rio Quilombo. Rios. 7 ,8. 0,9. 3,9. 8,9. 2,4. 26,0. 4,1. Cl. 11,2. 1,9. 3,0. 3,4. 4,3. 5,9. 0,3. 4. 80 2 -. 0,0. 0,1. 0,1. 4. NH+. 1,0. 0,4. 0,2. -O I 3. 6,4. 17,5. 2,2. .J. NO.,. 6,8. 6,3. 6,6. 6,5. 6,5. 6,5. pH. com vários dos rios do Brasil e do Globo (mg/l).. LIVINGSTONE (1963). FELLER e KIMMINS (1979). GIBBS (1972). OVALLE (1985). SZIKSZAY (1973). SZIKSZAY (1973). MORElRA-NORDEMANN (1986). Este estudo. Autores. Tabela 4. Comparação entre os valores iônicos médios obtidos para o Rio Quilombo. "'" 0'\.

(59) .47.. 2- nas aguas O valor de S04 do Rio Quilombo. e. muito inferior ao encontrado em outros rios: no entanto e ne cessário não esquecer que este valor está subestimado,. cor-. respondendo na verdade ao limite mínimo de teor de so~-. que. realmente apresenta o Rio Quilombo, devido, corno já foi. di-. to, ao alto limite de. detecç~o. do. m~todo. utilizado.. Se considerarmos como 2 mgol- 1 (limite de dem~todo). tecção do. todos os resultados abaixo do limite, obte. 2remos um valor médio de S04 de 2,14 ppm.. Em vista do. foi exposto, o que pode ser afirmado e que o teor. que \. m~dio. de. SO~- do Rio está num intervalo de 0,32 a 2,14 ppm (Tabela 3). A resposta do Rio Quilombo. à precipitação. e. bastante rápida, assim como é rápida a sua volta ao nível de base (Figura 9).. Por outro lado, foi demonstrado também (i-. tem 3.5) que a amostragem em termos de vazão foi bem sentativa.. repre~. Baseando-se em tais fatos, foi calculado o coefi. ciente de correlação de Pearson com a finalidade de. .. car se os 10ns Na. +,. CI - ! 8°42- '. N0 31. verifi-. e NH+4 bem como os. sais. totais e a precipitação se correlacionam com a va.zao no. mo-. mento da coleta.. pe-. Estes cálculos foram efetuados para o. riodo total de coleta e os resultados mostram que existe urna correlação de 85% entre a vazão e a precipitação, porem, estes mesmos resultados não apresentam correlação entre as con centrações dos elementos e a vazão do rio no momento da amos tragem.. Segundo LIVINGSTONE. (1962), esta concentração. nas.

(60) .48.. aguas do rio tem uma relação inversa a descarga, o mesmo. te~. do sido observado por FELLER e KIMMINS (1979) e BORMANN e LI KENS (1970) em relação ao elemento Na+.. Por outro lado,. FE~. LER e KH1MINS (1979) também não encontraram correlação entre as concentrações de N0. - e NH + , 8042- e Cl 4 3. com a descarga. rio em estudo realizado na Columbia Britânica.. Para o. 2+ Quilombo somente o 804 e o Na apresentaram correlações. do Rio de. -0,24 e -0,37 respectivamente.. Calculou-se também o coeficiente de çao de Pearson entre as concentrações iônicas. correla-,. encontradas. nas águas da chuva coletada na região do Quilombo, e as concentrações iônicas obtidas nas aguas do rio, durante o perio do de janeiro a outubro de 1985.. Os resultados obtidos mos-. traram que os teores encontrados nas águas do Rio. Quilombo. nao se correlacionam com os encontrados nas águas de do Vale dn Quilombo.. Este resultado era esperado urna. chuva vez. que, conforme mostrado anteriormente, o rio responde rapidamente à quantidade de água precipitada.. ° ideal. teria. sido. coletar as amostras de água do rio, no máximo até duas horas apos um evento de chuva, o que não foi feito por não dispormos absolutamente de. infra~estrutura. para tal.. Em. consequê~. cia, a água de chuva coletada não corresponde a água imediatamente evacuada no rio logo apõs a precipitação, e neste ca so, fica explicada a baixa correlação entre os teores dos elementos no rio e na chuva..

(61) · 49.. o. tr~s. elemento oxigªnio apresenta. is6topos. estáveis na natureza 16 0 , 17 0 e 18 0 , o que determina que. as. possíveis espécies isotópicas da água sejam H2 16 0 I H2 17 0. e. Em relação ao elemento. oxig~nio,. as. aguas. naturais terrestres apresentam em média 420 moléculas ~. 2.000 moleculas de H. 2. 18. O para cada 10. 6-. moleculas. d e a b un d. , -, 18 O;16 O e A re 1 açao anCla lsotoplca. 0,002. (0,2%). (FERRONSKY e POLYAKOV, 1982).. de. Esta. de. então proporçao. sofre variações quando a água é submetida a mudanças de fase. No caso da evaporaçao, as moleculas de H 16 O por serem re1a2 tivamente mais leves tendem a se evaporar mais facilmente 18 que as moleculas de H O, produzindo~se umOenriquecimentoda 2 o. _. o. água remanescente em isótopos mais pesados.. Como a abundân-. cia isotópica exata em cada caso é determinada pela origem e , -, d e uma agua, 18 O;16 O, usada como h lstorla a re 1 açao. traça-. dor, é utilizada em inúmeros estudos de hidrologia isot6pica.. Como exemplo, podemos citar a sua utilização na. minação das perdas por evaporação direta do espelho. deterlíquido. em águas superficiais ou em perdas ocasionadas em fluxos sub terrâneos (SANTIAGO, 1984).. Outro exemplo é a possibilidade.

(62) .50.. de permitir a identificação dos componentes precipitação ~gua. e. de rolamento num determinado reservatõrio, o que nao se. ria distinguível com outro métodq. No caso da precipitação em particular, o processo mais importante envolvido na formação da. composição. isotõpica e a condensação do vapor d'água, e o fracionamento isotõpico é pois função da temperatura.. Consequentemente, a. composição isotõpica da precipitação é também função do clima de uma determinada região.. Além disto, observou-se. que ,. outros fatores tais como altitude, latitude, quantidade. de. precipitação e distância à costa oceânica influem na composi ção isotõpica da precipitação (FRISCHKORN, 1984;. SANTIAGO,. 1984) . No caso de. ~eservatõrios. superficiais. fatores intervém na composição isotõpica:. v~rios. (1) a prõpria com-. posição isotõpica da precipitação que alimenta o reservatõrio;. (2) a composição isot6pica da água superficial e subter. rânea de recarga do reservatõrioi. (3) a composição isotõpica. do vapor d'água atmosférico e também a' umidade do ar; descarga;. (4). (5) o processo de evaporaçao do reservatõrio.. a Os. resultados das análises de 0018 são expressos em (0/ 00 ) e de finidos pela equação:. o 0018 ( /00). =.

(63) .51.. ° SMOW. (Standard Mean Ocean Water) ,. definido. por CRAIG (1961), é o padrão internacional mais utilizado.Na. ° ° ut1'I'1zam-se. , - d a re I açao - 18 /16 determ1naçao. padroes secunda-. rios, corrigindo-se os resultados em relação ao SMOW. CENA (Centro de Energia Nuclear na Agricultura). No. utilizam-se. os padrões secundáriosdenorninados CENA I e CENA 11. Na bacia do Rio Quilombo, aqui estudada, foram feitas determinações de 0°. 18. na água do rio e foi feita tam-. bém urna tentativa de realização destas medidas na precipita-. \. çao. Infelizmente apenas foram obtidos dois resultadoB deoO 02.85. (ÕO. lS. U3 =. em águas de chuva no Vale do Quilombo, em -6,1. o. /00). e em 30.04.85 (8018. =. -2,6. o. 01.. /00) .Os. poucos resultados obtidos para as aguas de chuva podem. ser. justificados pela impossibilidade de se coletar amostras com os requisitos necessários para que fossem determinados valores de 8018 ou seja, amostras sem sofrer processo de evapor~ ção, embcramínimo que -fosse.. Embora tivessem sido. tornadas. precauções para minimizar e até mesmo evitar evaporação. da. ,. amostra após a coleta, não se dispunha de infra-estrutura. p~. ra coletar logo após a precipitação, que é condição absoluta , ,. mente.necessária para que os valores de 8018 obtidos confiáveis.. sejam. Um outro fator intervindo na impossibilidade de. obtenção de tais resultados, e sem dúvida o mais importante I é o fato de que apenas resultados a longo prazo seriam. repr~.

(64) .52. sentativas para caracterizar a composição isotópica das guas durante vários anos consecutivos, o que foge. a-. evidente-. mente ao contexto deste trabalho. Por outro lado, foram efetuadas determinações de 6018 em 15 amostras de água de rio (Tabela 5).. O fato de. serem as amostras coletadas in loco e transportadas logo seguida ao laboratório, evitando-se qualquer risco de. em. evapor~. ção, permitiu que fossem obtidos resultados confiáveis.. Pe-. los resultados apresentados na Tabela 5 fica evidenciado. q~e. provavelmente é o fluxo de base o responsável pelos resultados obtidos para as amostras do dia 23.05 a 10.10.85, 0. cujos. Este conjunto de. amos-. tras corresponde justamente ao período de estiagem e. conse-. 6018 variam entre -4,1 e -4,7. /00.. quentemente foram registradas vazões mais baixas.. É lamentá. ve1 a ausência de poços subterrâneos no local, pois a comparaçao entre os resultados obtidos eventualmente na agua. do. poço e agua do rio, permitiria a verificação de tal hipótese. Os resultados obtidos para as amostras do dia 21.11.84 a 30. 04.85 parecem indicar contribuição das águas de chuva ou das. aguas de percolação na composiçâo isotópica das aguas do rio. Este conjunto de amostras corresponde justamente a registros de vazoes mais elevadas..

(65) .53.. Tabela 50 Valores de 60. 18. Cl. - e Na + em amostras de agua. Rio Quilombo e as vazoes correspondentes as. do datas. de coleta.. Data. v~zão. (m Is). 60. 18. (° /00 ). Cl (ppm). Na+ (ppm). 21.11. 84. 4,02. -4,7. 5,0. 2,5. 11.12.84. 2,26. -5,1. 3,5. 2,8. 15.01.85. 3,63. -5,0. 5,0. 2,9. 29.01.85. 5,17. -5,3. 5,1. 2,5 '. 14.02.85. 3,36. -5,5. 4,5. 2,8. 08.03.85. 3,17. -5,2. 4,5. 2,7. 03.04.85. 3,45. -5,1. 5,0. 2,6. 18.04.85. 3,17. -5,0. 4,5. 3,6. 30.04.85. 2,66. -5,1. 4,5. 2,5. 23.05.85. 1,96. -4,4. 2,5. 2,4. 14.06.85. 1,61. -4,6. 2,5. 0,6. 27.06.85. 1,23. -4,1. 4,0. 3,0. 10.07.85. 0,89. -4,7. 4,0. 3,4. 18.07.85. 0,85. -4,4. 3,5. 2,8. 10.10.85. 0,37. ~4,4. 3,0. 4,3. Baseando-se nos dados apresentados na Tabela 5 foi feita uma correlação linear, a fim de verificar se. os.

(66) • 54 •. valores de 8018 obtidos se correlacionam com os teores CI - ,Na + e descarga.. Observou-se que. de. n~o h~ correlaç~o. com. o Na + (0,07), e no caso de 0018 versus descarga, onde obteve -se um melhor resultados (-0 / 73).. Isto provavelmente porque determin~. baixas vazoes correlacionam-se com valores de 8018. dos principalmente pelos fluxos de base, enquanto que. altas. vazões refletem este mesmo fluxo e mais a entrada atmosférica, conforme discutido anteriormente.. Por outro lado, o re-. gime torrencial do rio explica estas fracas correlações obti das, no total, assim como para os íons.. Do mesmo modo, como. foi mostrado no Capítulo anterior que as correlações íons e vazão eram igualmente tos neste item e no anterior. pobres. s~o. entre. Os resultados descri-. pois concordantes.. 4.2.2. Balanço iBnico Relacionando-se os dados. da~rea. drenada pelo. rio e seus afluentes, da nascente até o local de coleta, com a vazão média do rio (de 1980 a 1985) e as concentrações média e ponderada para cada íon, pode-se estimar a total evacuada pelo rio em t.km. -2. .ano. -1. ma tabela é mostrado o,valor estimado da va da. ~gua. de chuva em t.km. -2. .ano. -1. '. quantidade. (Tabela 6). contribuiç~o. Na mesefeti-. na bacia, obtido multi-. plicando-se os teores iônicos médios (Tabela 1) pela pluviometria média da bacia (1980-1985)..

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