• Nenhum resultado encontrado

Desempenho da cultura da soja sob diferentes plantas de coberturas do solo

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Desempenho da cultura da soja sob diferentes plantas de coberturas do solo"

Copied!
34
0
0

Texto

(1)

1

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE AGRONOMIA

FELIPE SCHNITZLER

DESEMPENHO DA CULTURA DA SOJA SOB DIFERENTES PLANTAS

DE COBERTURAS DO SOLO

IJUÍ, RS 2017

(2)

2

FELIPE SCHNITZLER

DESEMPENHO DA CULTURA DA SOJA SOB DIFERENTES PLANTAS

DE COBERTURAS DO SOLO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Gerusa Massuquini Conceição

(3)

3

FELIPE SCHNITZLER

DESEMPENHO DA CULTURA DA SOJA SOB DIFERENTES PLANTAS

DE COBERTURAS DO SOLO

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido

perante a banca abaixo subscrita.

Banca Examinadora

_____________________________________________

Prof.ª Dr.ª Gerusa Massuquini Conceição – Orientadora - DEAg/UNIJUÍ

_____________________________________________ Prof. Dr. Emerson André Pereira - DEAg/UNIJUÍ

(4)

4

DEDICATÓRIA

Ao Deus Pai, por minha vida, família.

Aos meus pais, Cristiano e Karin, por todo amor, carinho e auxilio.

(5)

5

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por estar sempre presente em minha vida, iluminando e guiando meu caminho, protegendo e dando - me forças a cada dia para enfrentar os obstáculos, chegando assim ao fim desta graduação.

Aos meus pais, Cristiano Germando Schnitzler e Karin Ardice Schnitzler, pelo amor e apoio durante o curso. E por nunca medirem esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida.

A toda à minha família, pela contribuição valiosa.

Ao Engenheiro Agrônomo Cleiton da Luz Bonini que prontamente se colocou a disposição para que eu pudesse fazer o estágio em sua empresa, agradecer por todos os ensinamentos que por ele foram passados, por toda a ajuda, paciência e disposição que teve durante o período do meu estágio, sempre com uma grande simpatia e profissionalismo.

À Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, pela oportunidade de fazer o curso.

À minha orientadora professora Gerusa Massuquini Conceição, pelos ensinamentos, na orientação do meu Trabalho de Conclusão de Curso.

Ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), corpo docente e funcionários, que foram muito importantes na minha vida acadêmica e na minha formação profissional. Agradeço aos amigos pela ajuda mútua durante o curso de graduação, pela parceria, aprendizado e companheirismo, cito: Andrei Bussler, Rodrigo Rutz, Maiquel Windmöller, Daniel Bronstrup, Daison Martins, Marcio Neumann, Rafael Bronzatto e Charleston Lima.

Agradeço aos colegas de curso e bolsistas da pesquisa que me ajudaram desde a semeadura das parcelas até a elaboração de algumas etapas para construção desse trabalho.

Agradeço a vocês esta vitória e serei eternamente grato por tudo o que fizeram por mim. Esta conquista também é de vocês.

(6)

6

“Lembre da minha ordem: “Seja forte e

corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for!”” Josué 1:9

(7)

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Temperatura do ar e precipitação durante o ciclo da cultura da soja ... 22 Figura 2. Emergência das plântulas de soja aos 7 e 15 dias após a semeadura. ... 25 Figura 3. Estande de plantas de soja com (A) e sem (B) competição interespecífica com a cultura do nabo. ... 26 Figura 4. Comparação da emergência de plântulas aos 15 dias comparado com o número de legumes por planta. ... 27

(8)

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Quadrados médios (QM) da análise de variância dos testes de emergência aos 7 (EMER7) e 15 dias após a semeadura (EMER15), número do legumes por planta (NLP), número de grãos por legume (NGL), massa de cem grãos (MCG) e produtividade de grãos (PG) na cultura da soja submetida a doze diferentes coberturas de solos. ... 24 Tabela 2. Emergência aos 7 ( EMER7, plantas m-1) e 15 dias ( EMER15, plantas m-1) após a semeadura, número de legumes por planta (NLP) número de grãos por legumes (NGL) massa de cem grãos (MCG) produtividade de grãos (PG) na cultura da soja semeada sobre diferentes plantas de cobertura. UNIJUÍ, Ijuí, RS. ... 28

(9)

9

DESEMPENHO DA CULTURA DA SOJA SOB DIFERENTES PLANTAS

DE COBERTURAS DO SOLO

RESUMO

A prática de sucessão de culturas tem contribuído com o desenvolvimento da cultura de soja, que evoluiu muito e acabou sendo utilizada em todo o país buscando aumento na produtividade de grãos e uma diminuição na necessidade de adubação química. O objetivo deste estudo foi avaliar a influencia de diferentes plantas coberturas de inverno sobre o desenvolvimento e produtividade da cultura da soja. Os tratamentos foram constituídos de 12 coberturas de solo sendo eles: Aveia branca na densidade 120 kg ha-1, aveia preta na densidade 70 kg há-1, aveia preta na densidade 60 kg ha-1 em consórcio com azevém na densidade 15 kg ha-1, aveia preta na densidade 50 kg ha-1 em consórcio com ervilhaca na densidade 30 kg ha-1, aveia preta na densidade 50 kg ha-1 em consórcio com e nabo forrageiro na densidade 12 kg ha-1, azevém na densidade 25 kg ha-1, centeio na densidade 50 kg ha – 1, centeio na densidade 40 kg ha - 1 em consórcio com cultivar de nabo forrageiro na densidade 12 kg ha-1, ervilhaca na densidade 50 kg ha-1, nabo forrageiro na densidade 20 kg ha-1, trigo na densidade 180 kg ha-1, pousio. Foi avaliado o estabelecimento do estande de plantas, aos 7 e 15 dias após a semeadura, número de legumes por planta, número de grãos por vagem, massa de 100 grãos e produtividade. As diferentes coberturas do solo influenciaram positivamente o desempenho da cultura da soja. A maior produtividade de grãos foi obtida no consórcio de nabo + aveia preta e aveia preta.

(10)

10

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11 1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 13 1.1 SUCESSÃO DE CULTURAS ... 13

1.2. PRECEDENTES CULTURAIS DA SOJA ... 15

1.2.1AVEIA PRETA ... 15 1.2.2AZEVÉM... 16 1.2.3NABO FORRAGEIRO ... 16 1.2.4ERVILHACA ... 16 1.2.5CENTEIO ... 17 1.2.6TRIGO ... 17 1.2.7AVEIA BRANCA ... 18

1.3. SISTEMA DE SUCESSÃO DE CULTURAS E O CULTIVO DE SOJA ... 19

2. MATERIAL E MÉTODOS ... 20

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 24

CONCLUSÃO ... 29

(11)

11

INTRODUÇÃO

A sucessão de culturas é uma prática agrícola que vem sendo bastante utilizada nas lavouras, principalmente pela possibilidade de aumento no rendimento real da propriedade, em um mesmo ano agrícola. Além disso, mantém uma determinada área ocupada por culturas entre as safras de inverno e verão, consequentemente, diminuindo a infestação de plantas daninhas e controlando pragas e doenças. Além disso, o aumento da palhada no solo, incrementando a matéria orgânica auxilia a reduzir os problemas com erosão.

A cobertura de solo traz como principais contribuições à diminuição da erosão especialmente em terrenos com maior declividade, proteção de fontes de água, manutenção da umidade do solo, diminui a evapotranspiração, aumenta a infiltração de água no solo, diminui o escoamento superficial, contribuindo para melhor estruturação do solo.

Entretanto, a produção de palha fica restrita a curtos espaços de tempo, uma vez que, nas palhadas de gramíneas há tendência de maior imobilização de nitrogênio, o que implica na redução da disponibilidade para as culturas sucessoras. Por outro lado, a utilização de leguminosas constitui um manejo favorável ao aumento do teor e da disponibilidade de nitrogênio, entretanto com a consequência da sua rápida decomposição. Neste sentido, há possibilidade de que a utilização do consórcio entre gramíneas e leguminosas para produção de palha, associe a menor taxa de decomposição com uma maior sincronização entre o fornecimento de nitrogênio pela palhada e as fases de maior demanda das culturas pelo nutriente.

De acordo com Burle et al, (1997) dependendo da quantidade de fitomassa produzida e do fornecimento de nitrogênio pela leguminosa, a adição de palha, antecedendo a cultura principal pode ser suficiente para atender à exigência da cultura em sucessão ao nutriente, o que pode implicar na substituição parcial ou total do nitrogênio suprido pelo adubo mineral. Diante de diferentes precedentes culturais para a cultura de verão, poderemos buscar resultados distintos para cada condição de manejo. A cultura da soja, cultivada no verão, é uma das quais tem grande resposta a diferentes manejos de cobertura de solo no inverno.

(12)

12

A soja é a principal aleuro - oleaginosa cultivada no mundo, e de grande importância para a economia do Brasil, tendo um bom crescimento nos últimos anos com safras recordes, como a de 2016/2017 (CONAB, 2017). Sua importância é por ser uma das principais fontes de matéria-prima para alimentação, tanto humana quanto animal, para a produção de biocombustíveis devido ao seu alto teor de óleo e proteínas, e ainda sendo um produto que tem grande exportação. Dessa forma o estudo de práticas de manejo que proporcionem melhores condições para o desenvolvimento da cultura e consequente aumento de produtividade são fundamentais. No entanto ainda restam dúvidas a respeito da real contribuição na produtividade e consequentemente econômica que as plantas de cobertura podem proporcionar para a cultura da soja.

Diante disso o objetivo deste estudo foi avaliar a influencia de diferentes plantas coberturas de inverno sobre o desenvolvimento e produtividade da cultura da soja.

(13)

13

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 SUCESSÃO DE CULTURAS

Durante muito tempo a atividade agrícola apenas explorou os recursos naturais, com base no constante ciclo das culturas. Posteriormente, começou um processo de resgate dos nutrientes que até então eram somente extraídos do solo, sem reposição. A prática de culturas surgiu então como potencial para melhorar esse aspecto, pois consiste em alternar espécies em uma mesma área, visando maior produtividade, bem como a recuperação física, química e biológica do solo (REZENDE et al., 2003).

Conforme Medeiros e Calegari (2006), na sucessão de culturas devem ser observados períodos mínimos sem o cultivo de uma mesma espécie na mesma área. O conhecimento detalhado do histórico da área e o acompanhamento criterioso das atividades realizadas são fundamentos indispensáveis no estabelecimento de um esquema racional e compatível de rotação de culturas, utilizando plantas de cobertura em sucessão a culturas comerciais. Seus efeitos favoráveis podem ser percebidos em todo o sistema, a médio e longo prazo, sendo que as plantas de cobertura poderão ser implantadas em cultivo singular ou em associações (CALEGARI, 2002).

A escolha das espécies utilizadas em sucessão é determinante no sucesso de um sistema de rotação (ARGENTA et al., 2001; OLIVEIRA et al., 2002). Segundo Ceretta et al. (2002), isso depende da manutenção de sistemas capazes de gerar quantidades de matéria seca suficientes para manter o solo coberto durante todo o ano, o que significa que áreas destinadas às culturas de primavera - verão, não devem permanecer em pousio durante o inverno. Assim, Fontaneli (1991) e Aita et al. (2004) afirmam que as gramíneas têm papel importante na ciclagem de nutrientes e sobretudo, devido a ter uma alta relação C/N, possuírem uma lenta decomposição, dando resultados significativos para adição duradoura de matéria seca ao solo.

Com a manutenção dos resíduos vegetais no solo, com ou sem incorporação, e as práticas de conservação do solo, favorecem a atividade microbiana e reduzem-se os impactos negativos na qualidade dos solos agrícolas (MOREIRA; SIQUEIRA, 2002), proporcionando efeitos benéficos às culturas. A compactação do solo é uma importante causa de perdas na produtividade da soja e milho, em razão de modificações físicas no ambiente radicular. Essas alterações englobam a redução da disponibilidade de oxigênio e água e o aumento da resistência do solo ao crescimento radicular (CAVALIERI et al., 2006), o que limita a

(14)

14

profundidade e o volume de solo explorado pelas raízes. Assim, os efeitos da compactação sobre a produtividade das culturas são mais evidentes sob condições de excesso ou deficit hídrico (BEUTLER et al.,2005).

Em sistema plantio direto (SPD), a escarificação tem sido indicada como opção para o rompimento de camadas compactadas de solo (KLEIN; CAMARA, 2007). Porém, os efeitos da escarificação normalmente persistem por curto período, igual ou inferior a um ano (REICHERT et al., 2009). Além disso, a escarificação nem sempre favorece aumentos na produtividade (KLEIN; CAMARA, 2007), especialmente em solos de textura arenosa a média (RODRIGUES DE LIMA et al., 2006), em que o grau de compactação crítico é mais elevado (REICHERT et al.,2003).

Outras medidas de manejo da compactação vêm sendo recomendadas, como o uso de plantas de cobertura, com elevada produção de fitomassa e sistema radicular abundante, capazes de romper camadas compactadas e produzir bioporos, através dos quais as raízes das culturas podem se desenvolver (SILVA; ROSOLEM, 2002).

Ao contrário dos poros produzidos pela mobilização mecânica, os bioporos são longos e contínuos, efetivos na condução de água e ar (OADES, 1993). Além disso, os resíduos das plantas de cobertura colaboram para a manutenção de maiores conteúdos de água na superfície do solo (ANDRADE, 2008), diminuem os efeitos da compactação e promovem a ciclagem de nutrientes. Contudo, ainda persistem dúvidas quanto à eficiência dessa prática, principalmente no que se refere à produtividade das culturas.

Segundo Capeche et al. (2008) e Rossi et al. (2002), os benefícios das plantas de cobertura podem ser ainda complementados, como na manutenção de elevadas taxas deinfiltração de água pelo efeito combinado do sistema radicular e da cobertura vegetal; promoverem grande e contínuo aporte de massa vegetal ao solo, de maneira a manter, ou até mesmo elevar o teor de matéria orgânica; atenuarem a amplitude térmica e diminuírem a evaporação, e assim apresentando múltiplos usos na propriedade rural.

Atualmente, o conceito de plantas de cobertura tem evoluído para, não somente a incorporação da massa produzida, mas também, como participante do processo de conservação do solo, através da prática de rotação de culturas, sucessão ou consorciação, sendo deixada na superfície do solo, sem incorporação, e deste modo visando a proteção do solo contra as variações de temperatura, impacto das gotas da chuva e ação dos ventos

(15)

15

1.2. PRECEDENTES CULTURAIS DA SOJA

1.2.1 Aveia preta

A origem da aveia cultivada, assim como a de todos os cereais, se perdeu na antiguidade. O trigo e a cevada foram inicialmente mais importantes do que a aveia para o homem, e existem evidências de que este cereal persistiu como planta espontânea nas lavouras por séculos, antes de vir a tornar-se uma espécie cultivada. Atualmente, a aveia constitui um dos principais cereais, juntamente com o trigo, milho e cevada, representada por um grupo de espécies do gênero Avena, que possui adaptação ecológica mais ampla do que a do trigo e da cevada (TAVARES et al., 1993).

É uma gramínea anual, pertencente à família Poaceae, tribo Aveneae e gênero Avena. Este gênero compreende varias espécies silvestres, daninhas e cultivadas, distribuídas em seis continentes. Aparentemente a Avena sativa teve origem na Ásia, enquanto que a A. byzantina e a A. sterillis no Mediterrâneo e Oriente Médio (ARRUDA, 2011). As aveias branca (Avena

sativa L.) e amarela (Avena byzantina Koch) se destinam à produção de grãos de alta

qualidade industrial, enquanto que a A. strigosa destina-se à produção de forragem verde e cobertura de solo.

A aveia preta é uma planta rústica, exigente em água, com excelente capacidade de perfilhamento, produção de massa verde e resistente a pragas e doenças (MONEGAT, 1991). É também chamada de aveia forrageira por produzir mais forragem que a aveia branca e amarela, sendo muito cultivada para cobertura do solo em áreas de cultivos comerciais e também para corte e fornecimento aos animais no cocho (EMBRAPA, 2006). É uma Poacea que cresce e se desenvolve rapidamente, auxiliando no controle de erosão e das plantas espontâneas (PEREIRA et al., 2011). Este destaque da aveia é merecido, segundo Rabelo (1991), pelo fato da elevada disponibilidade de sementes, sua rusticidade e economia na implantação da cultura. É uma excelente forrageira para o período de inverno, servindo tanto para o pastoreio como para corte e ensilagem, sendo uma das plantas preferidas para dar cobertura ao solo em período de entressafra, também diminuindo a pressão de diversas espécies de invasoras, tanto pela sua cobertura plena quanto por apresentar forte efeito alelopático (KISSMANN, 1991).

O plantio é realizado entre abril e meados de maio na Região Sul, sendo a quantidade de sementes de 60 kg por hectare, e feita em sulcos espaçados em 20 cm, com população média de 300 plantas m-² e as sementes distribuídas a uma profundidade máxima de 5 cm, atingindo uma cobertura plena do solo entre 45 a 60 dias, e inicia sua floração aos 100 dias

(16)

16

(MONEGAT, 1991). A produção média de massa seca desta espécie é de 6 a 8 Mg ha-1 (CALEGARI, 2002).

1.2.2 Azevém

O azevém é uma gramínea rústica, agressiva e perfilha em abundância, razão pela qual é uma das gramíneas hibernais mais cultivadas no sul do país, tanto para corte como para pastagens, sendo adaptada a temperaturas baixas, desenvolvendo se somente durante o inverno e a primavera (EMBRAPA, 2006). É cespitosa, que possui folhas finas e tenras, cujo porte chega a atingir 1,2 metros de altura (MONEGAT, 1991).

Devido a sua grande capacidade de ressemeadura natural, permanece na área de um ano para outro, sendo a época de plantio concentrada entre março e abril, com espaçamento de 17 á 20 cm entrelinhas, utilizando 25 kg de sementes por hectare, atingindo uma cobertura plena do solo entre 50 a 60 dias, com população média de 600 plantas m-2 iniciando sua floração aos 100 dias. (EMBRAPA, 2006; MONEGAT, 1991). A produção média de massa seca desta espécie é de 6 a 8 Mg ha-1 (CALEGARI, 2002).

1.2.3 Nabo forrageiro

O nabo forrageiro é uma planta da família das Crucíferas, muito utilizada para adubação verde no inverno, rotação de culturas e alimentação animal, sendo uma planta muito vigorosa, que em 60 dias cobre cerca de 70% do solo (COSTA et al., 1992). Seu sistema radicular é pivotante, bastante profundo, atingindo em média 40 cm, com o florescimento ocorrendo entre 65 a 75 dias após o plantio, atingindo sua plenitude aos 100 dias, com a altura variando de 1,00 a 1,60m e, devido ao seu rápido crescimento, compete com as plantas espontâneas desde o início, diminuindo os gastos com herbicidas ou capinas, o que facilita a cultura seguinte (MONEGAT, 1991). É excelente para cobertura do solo no inverno produzindo grande volume de palha para a prática do plantio direto, sendo a recomendação de 15 Kg ha-1 de sementes, com população média de 60 plantas m-2 (COSTA et al., 1992). A produção média de massa seca desta espécie é de 2 a 5 Mg ha-1 (CALEGARI, 2002).

1.2.4 Ervilhaca

A ervilhaca comum (Vicia Sativa L.) é uma leguminosa forrageira muito utilizada como adubo verde, pois permite consórcio com gramíneas, produz forragem de elevado teor proteico e de boa palatabilidade, tendo ciclo mais curto que a ervilhaca peluda, florescendo aos 100-130 dias (MONEGAT, 1991). Esta espécie desenvolve-se em solos corrigidos ou já

(17)

17

empregada com forrageira para animais ou como planta de cobertura, podendo ser consorciada com aveia (Avena strigosa Schreb) ou centeio (Secale cereale L.) (EMBRAPA, 2006). É recomendada para o cultivo principalmente antecedendo milho (aporte de 80 a 100 kg de nitrogênio ha-1), mas também e utilizada antes de soja (Glycine max (L) Merrill), arroz (Oryza sativa L.) e sorgo (Sorghum bicolor Mench), onde se recomenda 50 kg ha-1 de sementes, sendo o espaçamento de 50 cm entre linhas com 100 a 120 sementes m-2, e população média de 100 plantas m - 2 (EMBRAPA, 2006; MONEGAT, 1991). A produção média de massa seca desta espécie é de 2 a 5 Mg ha-1 (CALEGARI,2002).

1.2.5 Centeio

O centeio destaca-se pelo crescimento inicial vigoroso, pela rusticidade e pela resistência ao frio, à seca e à acidez do solo (BAIER, 1994). Sendo uma cultura adaptada aos solos pobres e pouco exigente em insumos, o centeio assume relevância social, especialmente para o pequeno agricultor (ROEMER; RUDORF, 1962). Em outras épocas, esse cereal era conhecido como a cultura da ultima chance para agricultores a beira da falência.

O centeio apresenta adaptação muito ampla. Destaca-se pelo crescimento inicial vigoroso e pela rusticidade - resistência ao frio, à seca, a acidez nociva do solo, ao alumínio tóxico e as doenças - possuindo sistema radicular profundo e agressivo capaz de absorver nutrientes indisponíveis a outras espécies. Suas raízes secretam nitrato, que tem capacidade de liberar fosfato no solo através de troca aniônica (MARSCHNER, 1986). E o mais eficiente dos cereais no aproveitamento de água, pois produz a mesma quantidade de matéria seca com apenas 70 % da água que o trigo utiliza. O centeio tem adaptação muito ampla, pois é cultivado desde o circulo polar ártico até altitudes de 4300 m acima do nível do mar, no Himalaia (BRUCKNER; RAYMER, 1990).

1.2.6 Trigo

O trigo é uma gramínea de ciclo anual, cultivada durante o inverno, podendo ser irrigado ou não, sendo um alimento básico do povo brasileiro, consumido em diferentes formas como pães, massas alimentícias, bolos e biscoitos.

A densidade de semeadura indicada é de 250 sementes viáveis/m² para cultivares semitardias e tardias e de 300 a 330 sementes viáveis/m² para cultivares médias e precoces. Para cultivares tardias, quando semeadas para duplo propósito (pastejo e colheita de grãos ou somente pastejo), a densidade indicada é de 330 a 400 sementes viáveis/m² (EMBRAPA, 2016). No final do período recomendado, deve-se dar preferência ao nível superior de densidade. Essas densidades são indicadas tanto para semeadura em linha como a lanço. A

(18)

18

semeadura em linha tem algumas vantagens, como a distribuição mais uniforme de sementes; a maior eficiência na utilização de adubo; melhor cobertura da semente; menor possibilidade de dano às plantas quando da utilização de herbicidas em pré-emergência.

O espaçamento normalmente utilizado para trigo e triticale é de 17 cm entre linhas. Outros espaçamentos são possíveis, mas, de preferência, não devem ultrapassar 20 cm. A profundidade de semeadura deve ficar entre 2 e 5 cm, com preferência para a semeadura em linha, por distribuir mais uniformemente as sementes, pela maior eficiência na utilização de fertilizantes e menor possibilidade de danos às plantas quando da utilização de herbicida em pré-emergência (EMBRAPA, 2016).

1.2.7 Aveia Branca

A cultura da aveia já desempenha grande papel nos sistemas de produção da região Sul do Brasil, caracterizando-se como uma das alternativas para a utilização das pastagens no período de inverno, com o objetivo de produção de forragem, grãos ou simplesmente para cobertura morta em sistemas de plantio direto (TERRA - LOPES et al., 2009).

A germinação da aveia-branca ocorre entre 4 e 31°C, situando-se de 20 a 25°C a faixa ideal de temperatura, mas em alguns casos a temperatura na superfície do solo pode exceder isso em áreas quentes, reduzindo o estande final (PENNING de VRIES et al., 1989).

A densidade recomendada para semeadura de aveia é de 200 a 300 sementes viáveis por m², com espaçamento de 0,17 a 0,20 m, onde a expressão de potencial de afilhamento está diretamente relacionada com o manejo desta espécie (FERREIRA; AQUILA, 2005).

A cultura de aveia branca desenvolve-se melhor quando recebe, na primeira parte do seu ciclo, temperaturas do ar relativamente baixas que não são prejudiciais ás plantas, pois há resistência a esta condição meteorológica sendo a aveia, dentre as gramíneas anuais, a que exige temperaturas mais moderadas. Aproximando-se da floração a aveia-branca é prejudicada por baixas temperaturas do ar, não tolerando aquelas inferiores a 2 a 3 °C que podem causar danos às folhas e colmos e, principalmente, esterilidade às flores. As baixas temperaturas são igualmente prejudiciais durante o período de formação dos grãos; geadas podem paralisar o crescimento resultando, na colheita, em grãos enrugados e de baixo peso (LEONARD; MARTINELLI, 2005).

(19)

19

1.3. SISTEMA DE SUCESSÃO DE CULTURAS E O CULTIVO DE SOJA

A prática de sucessão de culturas tem contribuído com o desenvolvimento da cultura de soja, que evoluiu muito e acabou sendo utilizada em todo o país. A cultura de soja foi semeada em 33,89 milhões de hectares na safra 2016/17. O nono levantamento consolida a performance recorde da safra brasileira de soja, apresentando um crescimento na área plantada de 1,9%, totalizando 33.889,9 mil hectares, com uma expectativa de produção de 113.923,1 mil toneladas, comparado com o observado na safra anterior. O excelente desenvolvimento da oleaginosa foi ajudado pelo comportamento do clima em praticamente todas as regiões do país (CONAB, 2017). Isso coloca esta cultura como uma das principais atividades do agronegócio brasileiro, tendo sua tecnologia de produção atualizada constantemente.

Por ser uma cultura de verão, nos sistemas de rotação de culturas, as principais culturas de inverno antecessoras da soja são o trigo e também as plantas de cobertura de inverno. Segundo Girardello (2010), alguns problemas atuais surgem na utilização dos sistemas de rotação com plantas de cobertura, mais associados às pressões econômicas que afetam os produtores do que a falta de conhecimento técnico. Uma das principais falhas é a não utilização de plantas com potencial de ciclagem de nutrientes e de descompactação do solo, pois na sua maioria, segundo o autor, estas culturas não apresentam retorno financeiro direto e imediato ao produtor, que se vê obrigado a fazer o plantio de monoculturas comerciais como o trigo (Triticum aestivum), soja (Glycine max L.) e o milho (Zea mays).

(20)

20

2. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi desenvolvido no campo experimental do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR) o qual se encontra sob responsabilidade do Departamento de Estudos Agrários (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). E localizado geograficamente no município de Augusto Pestana no estado do Rio Grande do Sul. A área experimental apresenta uma altitude próxima a 250 metros acima do nível do mar, com um solo classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico típico (Unidade de Mapeamento Santo Ângelo). Apresenta um perfil profundo, bem drenado e coloração vermelho escuro.

O clima da região é classificado como Cfa (subtropical úmido) segundo a classificação climática de Köeppen, sendo caracterizado pela ocorrência de verões quentes e sem estiagens prolongadas, com inverno frio e úmido, com ocorrência frequente de geadas. Quanto ao volume pluviométrico anual é de em média 1600 milímetros, com maiores precipitações no inverno. O experimento foi conduzido durante o ano agrícola de 2016/17, em área de sistema de semeadura direta consolidada.

O Delineamento experimental foi blocos ao acaso com 4 repetições. Os tratamentos foram constituídos por:

1. Aveia branca na densidade 120 kg ha-1. 2. Aveia preta na densidade 70 kg ha-1.

3. Aveia preta na densidade 60 kg ha-1 em consórcio com azevém na densidade 15 kg ha -1

.

4. Aveia preta na densidade 50 kg ha-1 em consórcio com ervilhaca na densidade 30 kg ha-1.

5. Aveia preta na densidade 50 kg ha-1 em consórcio com e nabo forrageiro na densidade 12 kg ha-1.

6. Azevém na densidade 25 kg ha-1. 7. Centeio na densidade 50 kg ha-1.

8. Centeio na densidade 40 kg ha-1 em consórcio com nabo forrageiro na densidade 12 kg ha-1.

9. Ervilhaca na densidade 50 kg ha-1. 10. Nabo forrageiro na densidade 20 kg ha-1. 11. Trigo na densidade 180 kg ha-1.

(21)

21

A semeadura das plantas de coberturas foi realizada na segunda quinzena de junho sendo constituída de quinze linhas de cinco metros de comprimento e espaçamento entre linhas de 20 centímetros, correspondendo a uma unidade experimental (parcela) de quinze metros quadrados (m²). A densidade de semeadura utilizada foi conforme a recomendação para cada espécie e efetuada com semeadeira mecânica. A adubação realizada foi de 200 kg de DAP (18-46-00) na base e 70 Kg de nitrogênio ha-1 em cobertura em estádio vegetativo quatro (V4), a adubação foi definida respeitando as indicações técnicas de cada cultura pelo tipo de precedente cultural, teor de matéria orgânica do solo e da expectativa de rendimento. O controle de plantas invasoras foi realizado de acordo com a necessidade, mediante aplicação de herbicida e/ou capina manual.

A dessecação das plantas de coberturas foi realizada dia 08 de novembro de 2016, com uma mistura dos produtos de nome comercial Zap Qi (Principio Ativo – GLIFOSATO POTÁSSICO) com dose de 1,8 lt/ha + Select (Principio Ativo – CLETODIM) com dose de 0,5 lt/ha + 2,4D Nortox (Principio Ativo – 2,4-D) com dose de 1,5 lt/ha.

Foi realizada uma segunda dessecação com produto de contato de nome comercial Paradox (Principio Ativo – DICLORETO DE PARAQUATE) com dose de 2 l/ha, dois dias antes da semeadura. O tratamento das sementes foi realizado com produto de nome comercial Standak Top (Principio Ativo – PIRACLOSTROBINA + TIOFANATO METÍLICO + FIPRONIL).

Após o encerramento do ciclo das culturas de inverno foi realizada a semeadura da cultura da soja, no dia 22 de novembro de 2016. A cultivar utilizada foi a TMG 7062 RR de ciclo médio, hábito de crescimento semi-determinado e grupo de maturação 6.2. A densidade populacional foi 220 mil plantas por hectare, com espaçamento entre linhas de 50 cm. A adubação de base foi realizada no sulco e constou da aplicação de 250 kg ha-1 do adubo formulado 05-25-25 (N-P2O5-K2O).

Os dados de precipitação pluvial e temperatura do ar durante o período de execução dos experimentos estão apresentados na Figura 1.

(22)

22

Figura 1. Temperatura do ar e precipitação durante o ciclo da cultura da soja

O controle de doenças, pragas e plantas daninhas foi realizado conforme indicações técnicas para a cultura da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, safras 2016/2017 e 2017/2018.

Para a avaliação do desempenho da cultura da soja nos diferentes manejos de plantas de cobertura foram utilizadas as 3 linhas centrais de cada parcela sendo descontado 0,5 metros de cada extremidade para fins de bordadura. As variáveis analisadas foram:

Estabelecimento do estande de plantas: Contabilizado pelo número de plântulas emergidas aos 7 e 15 dias após a semeadura, sendo o resultado expresso pelo número de plântulas por metro linear.

Para a avalição do número legumes por planta, número de grãos por legume e número de entre nós por planta foram coletadas cinco plantas por parcela.

A colheita dos experimentos ocorreu de forma manual, os grãos foram trilhados em colheitadeira estacionária e direcionados ao laboratório para as avaliações da massa de cem grãos e produtividade.

Massa de 100 grãos: do total de grãos produzidos por parcela foram compostas oito amostras de 100 grãos cada, contadas ao acaso. As amostras foram pesadas em balança de precisão 0,001 g e valores médios expressos em gramas e corrigidos para 13% de grau de umidade.

Produtividade em grãos: as plantas que constituíam a área útil foram colhidas 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 5 10 15 20 25 30 35 40 1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 1 0 1 1 0 6 1 1 1 1 1 6 1 2 1 1 2 6 1 3 1 1 3 6 1 4 1 1 4 6 Ciclo da Cultura P re cipita çã o ( m m ) T em pera tura ( ºc)

(23)

23

foram limpos e sua massa determinada. Os valores de massa de grãos obtidos em cada parcela foram transformados para kg ha-1, e corrigidos para 13% grau de umidade.

Na analise estatística os dados foram submetidos à análise de variância e para aquelas variáveis que apresentaram significância pelo teste F (Anova), as medidas foram comparadas pelo teste Scott–Knott a 5% de probabilidade de erro. Foi utilizado o programa Sisvar (FERREIRA, 2008).

(24)

24

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados do desempenho da cultura da soja sobre as diferentes coberturas do solo estão apresentados nas Tabelas 1 e 2. Pelo resumo do quadro da análise de variância (Tabela 1) pode-se observar que houve efeito significativo de tratamento para as variáveis emergência de plantas aos 7 (EMER7), e 15 dias (EMER15) após a semeadura, número de legumes por planta (NLP), massa de cem grãos (MCG) e produtividade (PG). Isso evidencia que as plantas de coberturas tem efeito sobre o desempenho da cultura de soja em função das diferentes quantidades de biomassa, nutrientes deixados para próxima cultura, regulações térmicas do solo, níveis de evapotranspiração e teores de matéria orgânica, conforme já relatado por Santos e Reis (1990) ao concluírem que as culturas antecessoras a soja tiveram efeito sobre a altura de plantas, número de vagens e de grãos, peso de grãos por planta e de 1000 sementes.

Para a variável número de grãos por legume (NGL) não houve efeito significativo de tratamento. Isso porque, dentre os demais componentes de rendimento, é o que apresenta menor variação entre diferentes situações de cultivo. Isso demonstra uma uniformidade do melhoramento genético na busca de plantas com produção de, em média, três grãos por legume (MUNDSTOCK; THOMAS, 2005).

Tabela 1. Quadrados médios (QM) da análise de variância dos testes de emergência aos 7 (EMER7) e 15 dias após a semeadura (EMER15), número do legumes por planta (NLP), número de grãos por legume (NGL), massa de cem grãos (MCG) e produtividade de grãos (PG) na cultura da soja submetida a doze diferentes coberturas de solos.

QUADRADO MÉDIO FV GL EMER7 EMER15 NLP NGL MCG PG BLOCO 3 2,726* 1,352* 38,727* 0,012ns 156,518* 24,899* TRAT. 11 7,505* 15,31* 222,738* 0,01ns 557,806* 229,486* ERRO 33 0,739 1,409 58,338 0,005 81,542 11,017 TOTAL 47 - - - - CV(%) - 16,21 11,69 10,74 3,04 4,81 4,96 Média - 5,306 10,157 71,086 2,38 187,905 66,913

* Significativo pelo teste F a 5% de probabilidade de erro. ns= não significativo

Na figura 2 podemos observar a quantidade de plantas estabelecidas aos 7 e 15 dias após a semeadura. Nota-se que nos tratamentos que contém nabo como planta de cobertura a taxa de emergência de plântulas é menor quando comparada aos demais tratamentos com medias entre 7,11 e 7,94 plantas estabelecidas por metro linear (Tabela 2). Isso se deve pelo fato da maior competição interespecífica ente as plantas de nado e a cultura da soja, o que correu em função da não realização da dessecação do nabo antes do mesmo produzisse

(25)

25

soja. Em função disso, a emergência aos 7 dias após a semeadura não foi prejudicada, porém, aos 15 dias após a emergência verificou-se baixa emergência de novas plantas. Essas diferenças podem ser também observadas na figura 3, justificando a necessidade de controle de plantas invasoras nos estádios iniciais de desenvolvimento (EMBRAPA, 2014). Uma vez que a competição que ocorre nas fases iniciais de desenvolvimento por recursos do solo (SEMERE; FROUD - WILLIAMS, 2001) e a modulação do crescimento devido à quantidade e qualidade de radiação solar interceptada definem o padrão de crescimento futuro de uma planta em relação aos seus vizinhos (BALLARÉ; CASAL, 2000; ALMEIDA; MUNDSTOCK, 2001). De acordo com estudo realizado por Bianchi et al (2006) avaliando a partição da competição por recursos do solo e radiação solar entre cultivares de soja e genótipos concorrentes, e a proporção entre plantas de soja e plantas competidoras e as relações de interferência mútua, concluíram que durante a fase vegetativa de crescimento da cultura, a proporção entre plantas de soja e de nabo altera as relações de competição entre as espécies, sendo que o nabo exerce maior interferência sobre os cultivares de que estes sobre o nabo. Há competição por recursos do ambiente entre soja e nabo.

Figura 2. Emergência das plântulas de soja aos 7 e 15 dias após a semeadura.

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 E m er n cia d e p lân tulas EMER7 EMER15

(26)

26

Figura 3. Estande de plantas de soja com (A) e sem (B) competição interespecífica com a cultura do nabo.

No tratamento que foi utilizado o pousio (Tabela 2), observa-se que na avaliação da emergência de plantas 7 dias após a semeadura o número é de 2,45 plantas passando para 10 aos 15 dias após a semeadura, o que pode ser explicado pela adequada disponibilidade de água para germinação entre o 4º e 6º dia após a semeadura (figura 1). O volume de chuvas foi de 35,75mm, assim as sementes que supostamente ainda não haviam germinado encontraram condições adequadas para emergirem até os quinze dias após a semeadura. Além disso, em pousio há vegetação espontânea, e não uma cobertura de palha homogênea como nos demais tratamentos, dessa forma o solo poderia estar mais seco em relação aos tratamentos, onde havia palhada o que contribui para uma maior disponibilidade de água por mais tempo. Sob baixa disponibilidade de água, a velocidade de germinação é reduzida e a emergência de plântulas é prejudicada (FRANÇA-NETO, 2007). De acordo com Chabat (2010) quando analisou a influência dos resíduos vegetais na superfície do solo na dinâmica de evaporação da água e temperatura do solo, concluiu que a cobertura de um solo com resíduos de aveia, resultou em maior armazenamento de água no solo, nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura da soja. A taxa de evaporação diária da água na camada superficial, nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura da soja, foi 50% menor no solo mantido com cobertura de resíduos de aveia. Além disso, a presença de resíduos vegetais de aveia na superfície resultou em temperatura máxima 6 ºC menor, temperatura mínima 2 ºC maior e amplitude térmica 40% menor, nas profundidades de 5 cm e 10 cm do solo.

Quanto ao número de legume por plantas, de um modo geral, nota-se que nos tratamentos com maior estande de plantas aos quinze dias após a emergência, obteve-se redução no número de legumes por planta (Tabela 2). Esses resultados se confirmam ao

(27)

27

azevém+aveia preta e aveia branca onde haviam entre 10,78 e 12,55 plantas por metro quadrado, a quantidade de legumes por planta nos tratamentos foi de 60,67 à 67,60. Isso porque, as plantas de soja compensam a redução da densidade, aumentando a produção individual de legumes, o que contribui para maior tolerância a essa variação (PEIXOTO, 1998). Para Procopio et al (2013) a soja possui alta habilidade em compensar menores densidades de plantas, principalmente formando maior número de legumes por indivíduo. No entanto, essa capacidade se dá até um determinado limite. De acordo com Pinto (2010), compensação apresentada pelo aumento da produção das plantas duplas nas bordas das falhas, não foi suficiente para manter o nível de produtividade por área das populações de soja.

Figura 4. Comparação da emergência de plântulas aos 15 dias comparado com o número de legumes por planta.

Observa-se que os tratamentos de aveia preta, trigo e azevém apresentam maior estande de plantas aos 15 dias, e consequentemente menor numero de legumes por planta o que acabou tendo influencia sobre massa de cem grãos (MCG). Sabe-se que a mesma possui valores caraterísticos de cada cultivar, no entanto, pode variar dependendo das condições ambientas e de manejo que a cultura é submetida. Weber et al. (1966), Thomas e Costa (2010) afirmam ter encontrado aumento desta característica relacionado ao aumento da população de plantas que ocorre pelo efeito compensatório dos componentes do rendimento da soja, pois quando se aumenta a densidade de plantas o número de grãos por planta é menor, a tendência é de elevar a massa de mil grãos e vice - versa.

As maiores produtividades foram encontradas nos tratamentos em que foram utilizados de nabo + aveia preta, aveia preta, aveia branca e ervilhaca sendo, 78,76, 78,27,

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 E m er n cia 15 d ias L egu m es p or p lan ta NLP Média NLP EMER15

(28)

28

73,77 e 73,65 sacos por hectare, respectivamente .(Tabela 2). O melhor desempenho produtivo da cultura da soja quando cultivada após o consórcio aveia+nabo forrageiro pode ser explicado pelo fato de que o mesmo tem a capacidade de melhorar a qualidade física de Latossolos argilosos até 0,20 m de profundidade conforme relatado por Nicoloso et al. (2008) ao comparar o desempenho da soja semeada após o uso do consórcio com aveia em cultivo solteiro. Gazola (2008), avaliando o desempenho de cultivares de soja transgênica em sucessão a culturas de inverno (aveia branca, nabo forrageiro, cevada, trigo e ervilhaca), verificaram que a produtividade de grãos de soja da cultivar BRS 243 RR, foi influenciada pelas culturas de inverno semeadas anteriormente, e que entre estas, o nabo forrageiro se destaca, tanto no número de nódulos nas raízes, como para a massa de matéria seca de nódulos em planta de soja, sendo este aumento na nodulação, a possibilidade de estar diretamente ligado a maior produtividade.

Tabela 2. Emergência aos 7 ( EMER7, plantas m-1) e 15 dias ( EMER15, plantas m-1) após a semeadura, número de

legumes por planta (NLP) número de grãos por legumes (NGL) massa de cem grãos (MCG) produtividade de grãos (PG) na cultura da soja semeada sobre diferentes plantas de cobertura. UNIJUÍ, Ijuí, RS.

*Médias seguidas com as mesmas letras não diferem significativamente pelo teste de Scott - Knott ao nível de 5% de probabilidade.

De acordo com Galerani (2005), a monocultura da soja pode levar a um desbalanceamento das condições físicas, químicas e biológicas do solo, podendo causar em longo prazo perdas de produtividade e danos ao solo, como desagregação do solo, compactação, erosão e decréscimo de matéria orgânica, além de dificultar a absorção de nutrientes, favorecimento de doenças, pragas e plantas daninhas, em especial a buva. As consequências do monocultivo de soja aparecem mais cedo ou mais tarde, ficando o produtor

TRATAMENTO EMER7 EMER15 NLP NGL MCG PG

Ervilhaca 4,67b 8,66b 77,60a 2,41a 185,67b 73,65b

Aveia preta 5,78a 12,55a 64,30b 2,36a 198,93a 78,27a

Ervilhaca + Aveia preta 4,33b 9,85b 78,00a 2,37a 184,53b 65,67c

Nabo 4,78b 7,55c 75,13a 2,30a 187,43b 60,91d

Nabo + Aveia preta 5,00b 7,11c 77,33a 2,34a 171,43c 78,76a Nabo + Centeio 7,67a 7,94c 62,80b 2,40a 163,70c 55,55d

Centeio 6,22a 12,11a 84,40a 2,39a 189,67b 63,18c

Trigo 5,33b 12,33a 67,53b 2,44a 202,90a 65,82b

Azevém 6,66a 12,00a 60,67b 2,44a 204,57a 65,79b

Azevém + Aveia preta 6,45a 11,00b 64,87b 2,31a 186,90b 63,17b

Pousio 2,45c 10,00b 72,80a 2,36a 185,93b 58,42d

(29)

29

observarmos os resultados obtidos neste estudo em que foram observadas diferenças expressivas na produtividade final sob as diferentes coberturas de solo. Isso se afirma comparando a produtividade final do tratamento com pousio, com os tratamentos de nabo + aveia preta e aveia preta, onde a diferença de produtividade foi de 20 sacos por hectare. Pode-se ressaltar também que as condições meteorológicas favoráveis, ocorridas no ano, principalmente pela pequena deficiência hídrica, podem ter favorecido a menor população de plantas por metro linear, em relação a produtividade final. Isso ocorreu porque, nessa situação, a disponibilidade de água, luz e nutrientes para cada indivíduo é maior, conferindo maior produção por planta e melhores condições para a ramificação (RAMBO et al., 2003; BOARD; KAHLON, 2001; LUCA; HUNGRIA, 2014).

CONCLUSÃO

As diferentes coberturas do solo influenciaram o desempenho da cultura da soja. A maior produtividade de grãos foi obtida no consórcio de nabo + aveia preta e aveia preta.

(30)

30

REFERÊNCIAS

AITA, C. et al. Plantas de cobertura de solo como fonte de nitrogênio ao milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.25, p.157 - 165, 2004.

ALMEIDA, M. L.; MUNDSTOCK, C. M. A qualidade da luz afeta o afilhamento em plantas de trigo quando cultivadas sob competição. Ci. Rural, v. 31, p. 401 - 408, 2001.

ANDRADE, J.G. Perdas de água por evaporação de um solo cultivado com milho nos sistemas de plantio direto e convencional. 2008. 93p. Dissertação (Mestrado) ‑ Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.

ARGENTA, G.; SILVA, P. R. F.; da; FLECK, N. G.; BORTOLINI, C. G.; NEVES, R.; AGOSTINETTO, D. Efeitos do manejo mecânico e químico da aveia preta no milho em sucessão e no controle do capim papua. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.36, p.851 - 860,2001.

ARRUDA, M. P. de Herança da resistência a ferrugem do colmo em genótipos brasileiros de aveia (Avena sativa L.).Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado, Porto Alegre, RS, 2011.

BAIER, A.C., NEDEL, J.L., REIS, E.M. et al. 1994. Triticale: cultivo e aproveitamento. Passo Fundo: EMBRAPA - CNPT. 72p (EMBRAPA - CNPT. Documentos, 19).

BALLARÉ, C. L.; CASAL, J. J. Light signals perceived by crop and weed plants. Field Crops Res., v. 67, p. 149 - 160, 2000.

BEUTLER, J.F. Parâmetros de solo e máquinas na semeadura direta de milho e soja em duas coberturas de solo sobre campo natural. 2005. 107p. Tese (Doutorado) ‑ Universidade Federal do Rio Grande Sul, Porto Alegre.

BIANCHI, Mário Antônio; FLECK, Nilson Gilberto; DILLENBURG, Lucia Rebello. Partição da competição por recursos do solo e radiação solar entre cultivares de soja e genótipos concorrentes. Planta Daninha. Londrina, PR. Vol. 24, n. 4 (out./dez. 2006), p. 629 - 639, 2006.

BOARD, J. Light interception efficiency and lightquality affect yield compensation of soybean at lowplant population. Crop Science, Madison, v. 40, n. 5,p. 1285 - 1294, 2001.

(31)

31

BURLE, M.L.; MIELNICZUK, J. & FOCCHI, S. Effect of cropping systems on soil chemical characteristics, with emphasis on soil acidification. Plant Soil, 190:309 - 316, 1997.

CALEGARI, A. Rotação de culturas e uso de plantas de cobertura. Revista Agroecologia Hoje, ano II, n.14, maio a junho de 2002 – Botucatu - SP.

CAPECHE, C. L. et al. Estratégias de recuperação de áreas degradadas, EMBRAPA, Riode Janeiro, 2008.

CAVALIERI, K.M.V.; TORMENA, C.A.; VIDIGAL FILHO, P.S.; GONÇALVES, A.C.A.; COSTA, A.C.S. da. Efeitos de sistemas de preparo nas propriedades físicas de um Latossolo Vermelho distrófico. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.30, p.137‑147, 2006.

CERETTA, C. A. et al. Manejo da adubação nitrogenada na sucessão aveia preta/milho, no sistema plantio direto.

CHABAT, M. M. Influência dos resíduos vegetais na superfície do solo na dinâmica de evaporação da água e temperatura do solo. 2010 .Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010

CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira:39 grãos. Junho de 2017. Disponível em <http://www.conab.gov.br>, acesso em 15 de Jun 2017.

COSTA, M. B. B. da et al. Adubação Verde no Sul do Brasil. AS - PTA, Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa. 1992. 346p.

EMBRAPA. Gado de Leite, Instrução Técnica para o produtor de leite, Maurílio José Alvim, Juiz de Fora – MG, 2006.

EMBRAPA. Indicações técnicas para a cultura da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, safras 2013/2014 e 2014/2015. / XL Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul ; organizada por Ana Claudia Barneche de Oliveira e Ana Paula Schneid Afonso da Rosa. – Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2014

EMBRAPA. Informações técnicas para trigo e triticale – safra 2016 / 9ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale; Gilberto Rocca da Cunha, Eduardo Caierão e André Cunha Rosa, editores técnicos. – Passo Fundo, RS : Biotrigo Genética, 2016. FERREIRA, A.G.; AQUILA, M.E.A.: Alelopatia. Cereais de estação fria (aveia), uma área emergente da ecofisiologia. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, 2005. v. 11, p.175 - 204 FERREIRA, D.F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium, v.6, p.36 - 41, 2008.

FONTANELI, R. S.; PIOVEZAN, A. J. Efeito de cortes no rendimento de forragem e grãos de aveia. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, n.26, p.691 - 697, 1991.

(32)

32

FRANÇA - NETO, J. de B. et al. Tecnologia da produção de semente de soja de alta qualidade. Embrapa Soja - Documentos (INFOTECA - E), 2007.

GALERANI, P; Perdas repetidas. Revista Cultivar. p.42 - 46, 2005. Disponível em: < http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/71325/1/1D - 25583.pdf> Acesso em: 23 de junho de 2017. p. 42 - 46.

GAZOLA, Eduardo. Desempenho de cultivares transgênicas de soja em sucessão a culturas de inverno em semeadura direta. 2008. ix, 83 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, 2008. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/86368>.

GIRARDELLO, V. C. Qualidade física de um latossolo submetido a escarificação sitio específico e o rendimento da soja sob plantio direto. Dissertação de Mestrado, UFSM, RS,2010.

KISSMANN, K. G. Avena strigosa Schreb. In: Plantas infestantes e nocivas. BASF, São Paulo, 1ª ed., 1991, 603 p.

KLEIN, V.A.; CAMARA, R.K. Rendimento da soja e intervalo hídrico ótimo em Latossolo Vermelho sob plantio direto escarificado. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.31, p.221‑227, 2007.

LEONARD K.J., MARTINELLI J.A. Virulence of oat crown rust in Brazil and Uruguay. Plant Disease, n.89, p.802 - 808, 2005.

LUCA, M. J.; HUNGRIA, M. Plant densities and modulation of symbiotic nitrogen fixation in soybean. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 71, n. 3, p. 181 - 187, 2014

manejo. Ciência Rural, v.36, p.1172‑1178, 2006.

MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. London: Academic Press, 1986. 403p

MEDEIROS, G. B. de; CALEGARI, A. Rotação de culturas. Cap. 9, p.135 - 142, In: CASÃO JUNIOR, R.; SIQUEIRA, R.; MEHTA, Y. R.; PASSINI, J. J. Plantio direto com qualidade. Londrina: IAPAR, Fóz do Iguaçú: ITAIPU Binacional, 2006, 200p.

MONEGAT, C. Plantas de cobertura do solo; características e manejo em pequenas propriedades. Chapecó/SC, 1991. 337 p.

MOREIRA, F.M.S.; SIQUEIRA, J.O. Microbiologia e bioquímica do solo. Lavras: Ed. UFLA, 2002. 625p.

MUNDSTOCK, C. M.; THOMAS, A. L. Soja: Fatores que afetam o crescimento e o rendimento dos grãos. UFRGS, Departamento de plantas de Lavoura da Universidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2005. 31p.

NICOLOSO, R. da S.; AMADO, T.J.C.; SCHNEIDER, S.; LANZANOVA, M.E.; GIRARDELLO, V.C.; BRAGAGNOLO, J. Eficiência da escarificação mecânica e

(33)

33

incremento do rendimento de soja. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.32, p.1723 - 1734, 2008.

OADES, J.M. The role of biology in the formation, stabilization and degradation of soil structure. Geoderma, v.56, p.377‑400, 1993.

OLIVEIRA, T.K. de; CARVALHO, G.J. de; MORAES, R.N. de S. Plantas de cobertura e seus efeitos sobre o feijoeiro em plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.37, p.1079-1087, 2002.

rosse

PEIXOTO, C.P. Análise de crescimento e produtividade de três cultivares de soja em três épocas de semeadura e três densidades de plantas. Piracicaba, 1998. 151f. Tese (Doutorado em Fitotecnia), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.

PENNING de VRIES, EWT.; JANSEN, D.M.; TEM BERGE, H.F.M.; BAKEMA, A.H. Simulation of ecophysiological processes in several annual crops. Wageningen: PUDOC, 271 p., 1989.

PEREIRA, R. A.; ALVES, P. L. da C. A.; CORRÊA, M. P.; DIAS, T. C. de S. Influência da cobertura de aveia preta e milheto sobre comunidade de plantas daninhas e produção de soja. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v.6, n.1, p.1 - 10, 2011.

PINTO, J.F. Comportamento de plantas de soja frente a falhas e duplas dentro de uma população. 2010. 45f. (Tese) Doutorado em Ciências, Programa de PósGraduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Universidade Federal de Pelotas.

PROCÓPIO, S. O.; BALBINOT JUNIOR, A. A.; DEBIASI, H.; FRANCHINI, J. C.; PANISON, F. Plantio cruzado na cultura da soja utilizando uma cultivar de hábito de crescimento indeterminado. Revista de Ciências Agrárias/Amazonian Journal of Agriculturaland Environmental Sciences, Belém, v. 56, n. 4, p. 319 - 325, 2013.

RABELO, R. R. Levantamento da situação atual de rotação de culturas e adubação verde naregião Centro - Sul. In: Reunião Centro - Sul de Adubação Verde e Rotação de Culturas, 3. Cascavel, PR, 1991. Ata da II Reunião Centro - Sul de Adubação Verde e Rotação de Culturas. Cascavel, OCEPAR, 1991. P.53 - 95.

RAMBO, L.; COSTA, J. A.; PIRES, J. L. F.; PARCIANELLO, G.; FERREIRA, F. G. Rendimento de grãos da soja em função do arranjo de plantas. Ciência Rur.al, Santa Maria, v. 33, n. 3, p. 405 - 411, 2003

REICHERT, J.M.; KAISER, D.R.; REINERT, D.J.; RIQUELME, U.F.B. Variação temporal de propriedades físicas do solo e crescimento radicular de feijoeiro em quatro sistemas de manejo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.44, p.310‑319, 2009.

REICHERT, J.M.; REINERT, D.J.; BRAIDA, J.A. Manejo, qualidade do solo e sustentabilidade: condições físicas do solo agrícola. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 29., 2003, Ribeirão Preto. Anais. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2003. p.1‑17.Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 26, n. 1, p. 163 - 171, 2002 b.

(34)

34

REZENDE, C. P.; CARDOSO PINTO, J.; EVANGELHISTA, A. R.; SANTOS, I. P. A. Alelopatia e suas interações na formação e manejo de pastagens. Boletim Agropecuário,Lavras, n.54, p.1 - 55, 2003.

RODRIGUES DE LIMA, Cláudia Liane et al. Qualidade físico-hídrica e rendimento de

soja (Glycine max L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) de um Argissolo Vermelho distrófico sob diferentes sistemas de manejo. Ciência Rural, v. 36, n. 4, 2006

ROEMER, Th.; RUDORF, W., ed. Hindbuch der pflanzenmechtung. 2.ed. Berlin: Parey, 1962. 6v.

ROSSI, F.; VALLE, J. C. V.; VALLE, C. R. P. Como tornar sua fazenda orgânica. Viçosa MG, CPT, 2002. 364p.

SANTOS, H. P. dos; REIS, E. M. Efeito de culturas de inverno sobre o rendimento de grãos e sobre algumas características agronômicas da soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 25, n. 11, p. 1637 - 1645, 1990.

SEMERE, T.; FROUD - WILLIAMS, R. J. The effect of pea cultivar and water stress on root and shoot competition between vegetative plants of maize and pea. J. Appl. Ecol., v. 38, p. 137 - 145, 2001.

SILVA, R.H. da; ROSOLEM, C.A. Crescimento radicular de soja em razão da sucessão de cultivos e da compactação do solo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.37, p.855‑860, 2002.

TAVARES, M. J. C. M. S.; ZANETTINI, M. H. B.; CARVALHO, F. I. F. Origem e evolução do gênero Avena: suas implicações no melhoramento genético. Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira. v.28, n.4, p.499 - 507, 1993.

TAVARES, R. L. et al. Curso de recuperação de áreas degradadas: a visão da Ciência do Solo no contexto do diagnóstico, manejo, indicadores de monitoramento e estratégias de recuperação. Manual publicado pela EMBRAPA – Rio de Janeiro, 2008. 228p.

TERRA - LOPES M.L., CARVALHO P.C.F., ANGHINONI I., SANTOS D.T., AGUINAGA A.A.Q., FLORES J.P.C., MORAES A. Sistema de integração lavoura - pecuária: efeito do manejo da altura em pastagem de aveia preta e azevém anual sobre o rendimento da cultura da soja. Ciência Rural, n.39, p.1499 - 1506, 2009.

THOMAS, A. L.; COSTA, J. A. Soja: manejo para alta produtividade de grãos. Porto Alegre: Evangraf, 2010. 248p.

WEBER, C. R.; SHIBLES, R. M.; BYTH, D. E. Effect of plant population and row spacing on soybean development and production. Agronomy Journal, v. 58, p. 99 - 102, 1966.

Referências

Documentos relacionados

Assim, a abordagem foi feita com o intuito de alcançarmos o nosso objetivo geral, a saber: identificar elementos que apontam para a narrativa Le livre d’Élise (2014), como

In the first step, an initial segmentation of the frames is achieved with watershed-based segmentation. The result is a fine partition of the image into regions with similar

&TDPMB B4VQFSJPS5FDOPMPHJB 4 JB4 BÞEF-JTCPB -JTCPB MJMJOP OPNFOEFT!FTUFTMJQMQU ."3¶-*"$3"70 PTQJUBM#FBUSJ[¬OHFMP -P PVSFT NBSJMJBDSBWP!TBQPQU ."3*4"$&#0-"

Compreende-se, deste modo, que realização de negócios jurídicos processuais torna o processo um espaço democrático para o diálogo participativo, tendo em vista que a

The Closet é assim, uma loja online baseada no CMS OpenCart que é uma plataforma e-commerce open-source, desenvolvida em PHP. O projeto The Closet é uma plataforma com um de-

Jogo de tabuleiro para dar apoio ao ensino de Gerência de Projetos de Software, especificamente, as Áreas de Conhecimento Escopo, Tempo e Custo do PMBok.. O jogo tem como

O segundo capítulo deste trabalho é composto pela fundamentação teórica, que apresenta os principais tópicos necessários para o desenvolvimento do trabalho, tais como,

Nina, quando volta do buffet, encontra seu lugar vago e senta-se sem perceber o que tinha acontecido (Relato de Campo, em 15 mar. Janta G5A). Tais regras já existem; já estão