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Produção e qualidade de forragem de trevo encarnado (Trifolium incarnatum L.) sob manejos de desfolha

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÁSSIO TOMAZI

PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FORRAGEM DE TREVO ENCARNADO (Trifolium incarnatum L.) SOB MANEJOS DE DESFOLHA

Ijuí – RS

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CÁSSIO TOMAZI

PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FORRAGEM DE TREVO ENCARNADO (Trifolium incarnatum L.) SOB MANEJOS DE DESFOLHA

Trabalho Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo no curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

Orientadora: Profa. Dra. Lisandre de Oliveira

Ijuí – RS

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CÁSSIO TOMAZI

PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FORRAGEM DE TREVO ENCARNADO (Trifolium incarnatum L.) SOB MANEJOS DE DESFOLHA

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia - Departamento de Estudos Agrários - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do

Sul, aprovado pela banca abaixo subscrita.

Ijuí, 24 de julho de 2015.

Banca examinadora

... Profa. Dra. Lisandre de Oliveira - Orientadora - DEAg/UNIJUÍ

... Profa. Dra. Sandra Beatriz Vicenci Fernandes - DEAg/UNIJUÍ

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais Jacir e Ariete Tomazi, minha avó Doralina, meus irmãos Katina e Anderson, meu cunhado Rogério, a minha namorada Linessa e a meu sobrinho Mateus. Aos colegas de curso que de uma forma ou outra contribuíram de maneira efetiva na realização deste. Dedico àqueles que não fazem mais parte desse plano, mas continuam me inspirando pelas pessoas incríveis que foram, meu avô Hércules, minhas tias Marlene e Rita e a meu primo Agner. Dedico também esse trabalho a minha professora e orientadora Dra. Lisandre de Oliveira a quem tenho imenso respeito e consideração.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por estar sempre guiando meus passos, me dando forças para vencer os obstáculos da vida e iluminando meus caminhos que por mais obscuros que sejam não fizeram desistir desse sonho.

Aos meus pais Jacir A. Tomazi e Ariete Tomazi por acreditarem na minha capacidade e me apoiarem incansavelmente para que todo esse sonho torna-se realidade, agradeço o amor.

Aos meus irmãos Katina e Anderson, meu cunhado Rogério e minha namorada Linessa, que de todas as formas me auxiliaram nessa jornada, sempre apoiando e acreditando na minha vocação.

A minha família Fumagalli, a quem devo muito apoio, força e inspiração para superar os obstáculos e aprender com as derrotas e valorizar as vitórias.

A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), pelo por ter me dado a oportunidade de ser acadêmico da instituição, pela estrutura e comprometimento com o aprendizado e formação de seus alunos.

Ao Departamento de Estudos Agrários, professores e funcionários, pelo apoio e disponibilidade de recursos que se fizeram úteis e indispensáveis ao desenvolvimento deste.

A professora Dra. Lisandre de Oliveira, pelos ensinamentos, paciência, apoio e orientações que foram imprescindíveis ao desenvolvimento e a conclusão deste trabalho.

Aos demais professores que participaram do processo de minha formação acadêmica, obrigado por tudo.

Aos colegas do curso de Agronomia, Francisco Borghetti, Mateus Maziero, Everton Garcia, Ricardo Copetti, Bruno Gai, Henrique Bigolin, Jaqueline Tomm, Nailene Dreilich, e demais que dividiram comigo as angustias e tristezas, mas principalmente os momentos de alegria e diversão nesses quatro anos e meio de curso.

Aos funcionários da UNIJUÍ César responsável pelo IRDeR e a Tânia laboratorista do laboratório de bromatologia, pela paciência e auxílio na realização deste trabalho.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Imagem caracterizando o tipo de folha do trevo encarnado. (IRDeR, Augusto Pestana, 2014). ... 11 Figura 2. Inflorescência do trevo encarnado. (IRDeR, Augusto Pestana RS, 2014). 12 Figura 3: Produção acumulada nos distintos tratamentos em produção total em kg ha-1 de MSe produção total de folhas em kg ha-1 de MS. ... 20 Figura 4. Variação da altura e PB no tratamento FORRAGEM e análise de regressão do fator PB. ... 21 Figura 5: Produção total, de folhas e Proteína em Kg MS.ha-1 para o tratamento FORRAGEM. Tratamentos com letras diferentes diferem significativamente a 5% de probabilidade pelo GLM do pacote estatístico SAS (2011). ... 21 Figura 6: Relação da proteína bruta (PB) ao longo do ciclo produtivo do trevo encarnado (Trifolium incarnatum L.). ... 23 Figura 7. Área experimental e trevo encarnado no mês de maio/2015. (IRDeR, Augusto Pestana RS, 2015). ... 24

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Produção e qualidade de forragem para o Trevo Encarnado (Trifolium

incarnatum L.) manejado sob 1 corte, N cortes ou Sem cortes 19

Tabela 2 Qualidade bromatológica do Trevo Encarnado (Trifolium incarnatum L.) ao longo do ciclo produtivo demonstrados em % do tratamento FORRAGEM 22

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PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FORRAGEM DE TREVO ENCARNADO (Trifolium incarnatum L.) SOB MANEJOS DE DESFOLHA

Aluno: Cássio Tomazi

Orientadora: Prof°. Dra. Lisandre de OLiveira

RESUMO

No Rio Grande do Sul a utilização de pastagens hibernais é de grande importância para a produção de bovinos de corte e de leite, sendo essas principalmente, gramíneas como aveia e azevém consorciadas com ervilhaca ou trevo vesiculoso, na grande maioria dos casos. Outras espécies poderiam ser utilizadas para consórcio, como por exemplo o trevo encarnado (Trifolium incarnatum L.), espécie exótica de origem europeia, da qual existe pouca informação sobre sua adaptação e produtividade no Brasil e principalmente no Rio Grande do Sul. O objetivo desse trabalho foi avaliar a produção e qualidade de forragem e sementes dessa espécie. O experimento foi conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR/DEAg/UNIJUÍ), nos meses de julho a dezembro de 2014. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, com três tratamentos e duas repetições. Os tratamentos foram 1 corte, “N” cortes e sem cortes, com os objetivos produtivos de mimetizar uma utilização de duplo propósito, utilização como forrageira ou produção de sementes, respectivamente. A utilização do trevo encarnado em pastagens, tem produtividade e qualidade semelhante as espécies mais implantadas no estado, como o trevo vesiculoso e a aveia preta. Os melhores resultados são encontrados quando o trevo encarnado é submetido a maiores regimes de desfolha. O trevo encarnado não produziu sementes em nosso experimento, não justificando a sua não utilização ou sub-utilização.

PALAVRA CHAVE: Trifolium incarnatum L., produção de forragem, leguminosas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 9

1 REVISÃO DE LITERATURA ... 11

1.1 O TREVO ENCARNADO ... 11

1.2 ADAPTAÇÃO E NECESSIDADES EDAFOCLIMÁTICAS ... 12

1.3 UTILIZAÇÃO, PRODUTIVIDADE E QUALIDADE ... 13

2 METODOLOGIA ... 15

2.1 ÁREA EXPERIMENTAL ... 15

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO ... 15

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 17

3.1 PRODUÇÃO DE FORRAGEM ... 17

3.2 QUALIDADE BROMATOLÓGICA DO TREVO ENCARNADO ... 22

3.3 PRODUÇÃO DE SEMENTES ... 23

CONCLUSÃO ... 25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 26

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INTRODUÇÃO

A Região Noroeste do Rio Grande do Sul vem se constituindo como um importante pólo de produção leiteira, sendo hoje responsável por aproximadamente 16% do leite produzido no Estado. A sua localização, segundo Critérios de Zoneamento agroclimático de plantas forrageiras (Westphalen, 1975) a torna apta para a produção de leite com base em pastagens, principalmente aquelas tropicais perenes, pois permite mais de 6 meses de pastejo, no entanto, também é apta as forrageiras temperadas, criando um grande leque de opções de plantas forrageiras para a região. Para dar suporte alimentar ao crescente rebanho leiteiro, uma das principais alternativas encontradas pelos produtores é a utilização de pastagens, em sua grande maioria gramíneas, pela sua boa produção de forragem. No caso das prostradas rizomatosas, como o Tifton, a mais utilizada na região, ainda há o benefício de grande capacidade de suporte, por tolerar o pisoteio animal, protegendo o solo. As gramíneas possuem alto potencial produtivo, porém, em comparação com as leguminosas, perdem na qualidade nutricional, pois leguminosas apresentam, em geral, maior digestibilidade e teores de proteína bruta. Tendo isto em vista o cultivo de leguminosas de forma consorciada com gramíneas, poderia aumentar a qualidade da pastagem, retornando em melhor desempenho dos animais. Outra forma de utilização é o cultivo isolado, que pode ser utilizado em pastejo livre, pastejo horário ou ainda como banco de proteína, também disponibilizando aos animais melhores níveis nutricionais o que poderia reduzir custos com ração e trazer maior rentabilidade ao produtor. Outro efeito importante

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10 das leguminosas é a sua capacidade de fixar nitrogênio atmosférico, diminuindo a necessidade de adubação com insumos externos, melhorando a qualidade do solo e também repercutindo na rentabilidade da propriedade.

As leguminosas mais utilizadas na região são o Cornichão (Lotus

corniculatus L.), Trevo Branco (Trifolium repens L.), e o Trevo Vesiculoso (Trifolium vesiculosum), porém ainda se buscam alternativas, a exemplo do Trevo encarnado

(Trifolium incarnatum L.) que é uma espécie exótica de origem européia a qual é utilizada na forma de pastagem, feno e adubação verde em diversos locais do mundo, devido a sua boa capacidade de adaptação aos diferentes tipos de solo e clima, podendo se concretizar como uma opção para os sistemas de produção de leite na Região Noroeste.

No entanto, pouquíssimos trabalhos com esta espécie foram realizados no Brasil. Em busca nos Periódicos Capes com o termo “Trifolium incarnatum” e “Brasil” apenas 5 artigos foram localizados e nenhum deles trata da produção e qualidade nutricional. A hipótese do trabalho é que se desconhece o potencial produtivo e a adaptação do trevo encarnado na Região Noroeste do Rio Grande do Sul e esta poderia ser uma alternativa de forrageamento sustentável e de qualidade para o rebanho leiteiro. Portanto esse trabalho tem como principal objetivo, avaliar a produção de forragem do Trifolium incarnatum, sob dois regimes de cortes, bem como a qualidade nutricional e a produção e qualidade de sementes.

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1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 O TREVO ENCARNADO

O trevo encarnado é uma espécie anual hibernal de origem sul europeia, utilizada como feno e adubação verde em diversos países dessa região, tais como Itália, Espanha e Alemanha desde meados do séc. XVIII. Também é utilizada como pastagem em outras regiões do mundo devido sua boa adaptação a diferentes tipos de solo e clima, segundo Knight e Hoveland1, apud Diaz e Sempere (1987). O trevo encarnado é uma planta leguminosa dicotiledônea, de crescimento cespitoso e hastes eretas que podem chegar a uma altura média de 60 cm, com um desempenho maior durante a primavera, possui sistema radicular pivotante como as demais leguminosas e capacidade de tolerar solos com pH entre 4,8 a 7, porém não tolera salinidade e baixa drenagem (NEW SOUTH WALES, 2007; NATURAL RESOURCES CONSERVATION SERVICE, 2013).

Suas folhas são compostas por 3 folíolos de forma ovalada com tamanhos variando de 1 a 3 cm de comprimento e com aproximadamente a mesma largura, possuem pilosidade em ambas as faces, nervuras centrais bem visíveis e raramente possuem manchas (FERNANDES, 2001).

Figura 1. Imagem caracterizando o tipo de folha do trevo encarnado. (IRDeR, Augusto Pestana, 2014).

1 Knight, W.E., Hoveland, C.S. 1985. Arrowleaf, crimson, and other annual clovers. In Forages. The Science of Grassland Agriculture. Ed. M.E. Heath, R.F. Barnes, D.S. Metcalfe. Fourth edition. Iowa state. University Press.

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12 Sua inflorescência é composta por 75 a 125 flores, em média com 5 cm de comprimento e 3 cm de largura, sendo de forma espiga cilindro-cônica. Possuem corola de cor vermelha, podendo casualmente ocorrer o aparecimento de manchas esbranquiçadas, na maioria dos casos a corola é maior que o cálice que apresenta pelos alongados, sua fecundação é cruzada, e sua semente é de forma elíptico-ovóide, de cor brilhante, castanho claro, segundo Kappel2, apud Lange (2001).

Figura 2. Inflorescência do trevo encarnado. (IRDeR, Augusto Pestana RS, 2014).

1.2 ADAPTAÇÃO E NECESSIDADES EDAFOCLIMÁTICAS

O trevo encarnado é uma espécie adaptada a vários tipos de solos, mas tem um melhor desenvolvimento em solos argilosos, férteis e bem drenados com pH próximo a 6,0 (NRCS, 2013). Na Austrália, teve uma boa produtividade quando implantado em regiões onde ocorreram precipitações de 500 a 600 mm durante o seu ciclo (NSW, 2007).

2 KAPPEL, A. Os trevos: espécies do gênero Trifolium L. Porto Alegre: Secretária da Agricultura do Estado do RS – Dpto. Produção animal, 1967. 48p. (Boletim Técnico, V.9).

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13 É uma espécie que tem capacidade de se desenvolver em temperaturas bastante baixas, por isso de sua aplicação em países e regiões de inverno rigoroso, como Ucrânia, França, Itália, sul da Argentina e Chile (OVALLE et al., 1997). As densidades de sementes variam de acordo com tipo de implantação, se consorciadas, de 10 a 15 kg ha-1 e puras de 20 a 25 kg ha-¹ (FERNANDES, 2001), semeadas com profundidade que não ultrapassem os 2 cm (DEMANET et al., 1989).

Para fertilização, as necessidades variam de acordo com a análise de solo previamente coletada, assim variando de 50 a 100 kg ha-1 de P2O5 e 50 a 120 kg ha-1 de K2O, outro fator que reduz a utilização de adubação química são as culturas antecessoras (DEMANET et al., 1989; FERNANDES, 2001). Para adubação nitrogenada, quando não ocorrer inoculação é necessário a aplicação de 20 a 30 kg ha-1 de nitrogênio. (FERNANDES, 2001).

Deve-se ter uma atenção a pragas e doenças, principalmente fungos causadores de podridões das hastes (Sclerotinia spp.) e das raízes (Fusarium spp.), esse sendo potencializados em solos com alta umidade e mal drenados (NSW, 2007).

1.3 UTILIZAÇÃO, PRODUTIVIDADE E QUALIDADE

Segundo Demanet e Garcia3, apud Escobar (2006) é uma espécie com amplas possibilidades de utilização, sendo as principais, pastejo, corte para ensilagem ou fenação e ainda a produção de sementes. Quando implantado em solos vermelhos, existe uma boa resistência ao pisoteio animal (OVALLE et al., 1997). Outra forma muito utilizada dessa cultura é a cobertura vegetal ou adubação verde, que oferece vantagens de baixar o volume de nitrogênio sintético aplicado nas lavouras e assim refletindo em menor custo e menor impacto ambiental, (WEST VIRGINIA UNIVERSITY, 2008).

A produtividade de matéria seca do trevo encarnado varia de acordo com o local implantando, pois obteve altas produtividades em locais de baixa precipitação, porém quando exposto a ambientes com maiores índices pluviométricos, outros trevos mais utilizados como exemplo o trevo vesiculoso, conseguem produzir

3 Demanet, Rolando. E García ,Juan. 1992. Trébol encarnado. Instituto de Investigaciones Agropecuarias (INIA). Estación Experimental Carillanca. Serie Carillanca N° 26. Temuco, Chile 2p.

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14 maiores volumes (NSW, 2007). A produção de matéria seca pode atingir 7,9 ton.ha-1 (WVS, 2008), mas a média atingida varia de 2,5 a 5 ton.ha-1 de MS, (FERNANDES, 2001).

Em relação a sementes, é uma espécie com alta produtividade quando comparada a outros trevos, com índices variando de 500 a 750 kg ha-1 e chegando a um valor de 250 mil sementes por quilo (NSW, 2008; DEMANET et al., 1989). Dificilmente ocorre ressemeadura natural, principalmente pelo baixo percentual de sementes duras produzidas (NRCS, 2013).

A qualidade da forragem atinge níveis de proteína bruta (PB) de 9 a 21 % (DIAZ E SEMPERE, 1987; FERNANDES, 2001), fibra em detergente ácido (FDA) 23 a 56,9 %, Diaz e Sempere (1987) e fibra em detergente neutro (FDN) 32,9 a 39 %, (FERNANDES, 2001), todas essas variando de acordo com o estádio vegetativo da cultura.

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15 2 METODOLOGIA

2.1 ÁREA EXPERIMENTAL

Este trabalho foi desenvolvido na área experimental do IRDeR (Instituto Regional de Desenvolvimento Rural) no município de Augusto Pestana - RS, localizado geograficamente a 28º26’30” de latitude S e 54º00’58” de longitude W, apresenta altitude de aproximadamente 280 metros acima do nível do mar. O solo da unidade experimental se caracteriza como Latossolo Vermelho distroférrico típico (Unidade de Mapeamento Santo Ângelo), apresentando um perfil profundo, bem drenado, coloração vermelho escuro, com altos teores de argila e predominância de argilominerais 1:1 e oxi-hidróxidos de ferro e alumínio.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO

Em uma área de 50 m2 que possuía como cultura antecessora a soja, foi semeada a lanço com trevo encarnado (Trifolium incarnatum cv. Dixie) no dia 16 de julho de 2014, à razão de 23 kg ha-1 de sementes comerciais (peso antes da inoculação/peletização) (20 kg ha-1 de sementes puras viáveis) (Pureza: 99,74%; Germinação: 86,25%; sementes duras: 3,25% - análise feita em julho/2012), sendo essas inoculadas com Rhizobium específico e peletizadas com calcário filler. Para controle de plantas invasoras foi executada uma dessecação com os produto ZAPP QI 620 (GLIFOSATO POTÁSSICO) na dose de 2 L.ha-1 em mistura com o produto ALLY (METSILFUROM METÍLICO) na dose de 10 g ha-1 aos 45 dias antes da semeadura, e no dia da semeadura foi feita uma gradagem superficial.

Para as coletas foi utilizado um quadro de medidas 0,5 x 0,5 m e tesoura de poda, sendo que as plantas foram amostradas na altura mínima de 10 centímetros do solo, simulando o pastejo animal. Foram realizadas duas amostras aleatórias por tratamento.

Foram propostos três tratamentos, com base nas distintas formas de utilização:

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16 DUPLO PROPÓSITO: visando a produção de forragem e semente (‘1’ corte);

SEMENTES: visando principalmente à produção de sementes (sem corte). O delineamento experimental adotado foi blocos casualizados, com 3 repetições. A unidade experimental (UE) foi formada por parcelas de 1,66 x 3,33 m, delimitadas após a semeadura da pastagem, sendo que os blocos foram definidos conforme a declividade do terreno.

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17 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 PRODUÇÃO DE FORRAGEM

O primeiro corte foi efetuado quando as plantas atingiram altura próxima aos 20 cm, no dia 02 de outubro, aos 76 dias pós semeadura. Na Tabela 1, estão apresentados os dados referentes a produtividade da planta nos distintos tratamentos. No primeiro corte, realizado nos tratamentos DUPLO PROPÓSITO e FORRAGEM, as plantas apresentavam altura média de 17 e 16,5 cm, teores de MS de 14,1 e 14,2 % e produção em kg ha-1 de MS de 935 e 941, respectivamente. Os dois tratamentos apresentaram neste momento 39,8 % de folhas, o que resultou em uma produção de 577 kg ha-1 de MS.

Para o tratamento FORRAGEM, foram efetuados 2 cortes antes da finalização do experimento, produzindo assim no segundo corte, realizado no dia 07 de novembro, 2102 kg ha-1 de MS. Neste momento o dossel apresentava aproximadamente 56 % de folhas, o que gerou uma produção de 1177 kg ha-1 de MS de folhas. Neste corte a forrageira apresentou teores de proteína bruta de 21,4% e 13,9 % de MS (tabela 1), com um dossel medindo em média 21,5 cm.

O corte final foi realizado no dia 03 de dezembro para todos os tratamentos. Os tratamentos DUPLO PROPÓSITO, FORRAGEM e SEMENTES apresentaram neste momento 41,7 cm, 30,3 cm e 50 cm de altura, respectivamente (Tabela 1). Cabe ressaltar que a altura do dossel no 3° corte, são elevadas quando comparadas aos anteriores, pelo motivo de que nessa fase as plantas estavam em floração plena e assim ocorreu a elongação dos colmos para o desenvolvimento das inflorescências. Os teores de matéria seca foram de 25,3%, 21,1% e 26,6%, respectivamente. A produção de folhas foi de 919, 530 e 1021 em kg ha-1 de MS respectivamente, mostrando que o número de cortes ou a maior utilização influência na produção de folhas. A maior utilização resultou em menor altura do dossel e também menor produção de folhas, quase metade da produção do tratamento sem corte, no último corte. Já a produção de folhas do tratamento DUPLO PROPÓSITO (919 kg MS.ha-1) é muito semelhante a produção de folhas do tratamento FORRAGEM (1021 kg MS.ha-1), o que significa que a utilização não impacta

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18 negativamente na produção deste componente e pode ser até mesmo benéfica pois permite que a forrageira seja utilizada na alimentação animal.

Os teores de MS aumentaram do primeiro corte para o segundo e terceiro, independente do tratamento, devido a grande influência da relação folha/colmo com o avanço da maturidade da planta (Cruz et al.,). Já os teores de PB diminuem com o avanço da maturidade da planta, o que também é conhecido na literatura (VAN SOEST, 1994), portanto os maiores teores de nutrientes e proteína bruta são detectados nas folhas (ZIMMER et al., 1995). Plantas mais jovens apresentam maiores teores de PB em comparação a mais velha (VAN SOEST, 1994). A maturidade é o fator mais importante que afeta a qualidade da forragem, visto que quanto mais velha for a planta, maiores serão as proporções das paredes celulares e lignina, afetando diretamente a qualidade da forragem (PACIULLO et al., 2001;RIBEIRO E BARRETO4 apud Gomes e Reis, 1999). Esta qualidade nunca é estática: as plantas mudam continuamente a qualidade da forragem conforme a maturidade (CHERNEY e HALL, 2000).

No primeiro corte, os tratamentos DUPLO PROPÓSITO e FORRAGEM apresentaram produção de MS semelhantes, como já era esperado e até mesmo desejado, para que assim fossem possíveis efetuar comparações após a aplicação dos diferentes tratamentos. No segundo corte, efetuado 111 dias após semeadura somente no tratamento “N” cortes, ocorreu um incremento de aproximadamente 2,2 vezes em relação ao primeiro corte. O terceiro corte foi executado em todos os tratamentos e pode-se afirmar que para o tratamento 1 corte aumentaram em relação ao primeiro corte, 2,9 vezes em relação ao corte inicial, e para o tratamento “N” cortes já demonstra queda na produção de MS.ha-1 em 43% quando comparado ao segundo corte.

4 RIBEIRO, J.A.R., BARRETO, I. L. Efeito da altura e freqüência de corte sobre a produção de matéria seca, composição botânica e teor de proteína bruta em uma consorciação de: azevém (Lolium multiflorum Lam.), cornichão (Lotus corniculatus L.) e trevo branco (Trifolium

repens L.). In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 9 , 1972, Viçosa.

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Tabela 1

Produção e qualidade de forragem de Trevo Encarnado (Trifolium incarnatum L.) manejado sob 1 corte, N cortes e Sem cortes.

A Figura 3 demonstra o efeito do uso da pastagem na produção expressas em kg ha-1 de MS. O tratamento DUPLO PROPÓSITO apresentou uma produção total de 3658 kg de MS.ha-1 e produção de folhas de 1291 kg ha-1 de MS, sendo que nesse, foram efetuados os cortes nos dias 02 de outubro e o final no dia 03 de dezembro. O tratamento FORRAGEM, obteve uma produção total de 4237 kg ha-1 de MS e 2284 kg ha-1 de MS de folhas, sendo esses valores a soma dos 3 cortes realizados nos dias 02 de outubro, 07 de novembro e a finalização do experimento no dia 03 de dezembro. O tratamento que seria destinado a produção de SEMENTES, foi cortado apenas no dia da finalização do experimento, obtendo uma produção total de 3084 kg ha-1 de MS e 1021 kg ha-1 de MSde folhas.

Segundo Peres et al., (2001), a produção total de folhas do trevo vermelho (Trifolium pratense L.) atinge valores próximos a 2586 kg MS.ha-1, e o tratamento FORRAGEM, produziu em 3 cortes o valor de 2284 kg ha-1 de MS, o que é bastante significativo para um ano adverso, no quesito condições climáticas.

Primeiramente, visualiza-se que quanto maior o número de cortes, maior a produção de forragem, pois o tratamento FORRAGEM, que recebeu 3 cortes, possui a maior produção de MS acumulada, seguido do tratamento 1 corte e por último o tratamento sem cortes, que recebeu apenas o corte final. Esta maior produção é esperada visto que o corte estimula o perfilhamento e a produção de novo material já que houve remoção de material vegetal (DEMANET et al., 1989).

Estes diferentes tratamentos, como mencionado anteriormente, visaram mimetizar três formas de utilização diferentes da pastagem. O tratamento DUPLO PROPÓSITO aquele que se pretende realizar um corte para fenação ou mesmo um pastejo e após a colheita de sementes e o tratamento FORRAGEM aquele que visa a utilização da pastagem ao máximo possível e posteriormente verificar se esta

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20 utilização impacta na produção de sementes. Desta forma, a partir de agora o trabalho terá como foco a avaliação do tratamento FORRAGEM.

Figura 3: Produção acumulada nos distintos tratamentos em produção total em kg ha-1 de MSe produção total de folhas em kg ha-1 de MS.

Em relação a proteína bruta (PB), a Figura 4 demonstra que para o tratamento FORRAGEM, a cada corte, os teores de proteína bruta reduziram em quase 3%, isso se explica basicamente pelo estádio vegetativo em que as plantas se encontram e também pela sua composição botânica no momento do corte, segundo 5 Vilela et al., apud Moojen e Saibro (1981).

5VILELA, H.; OLIVEIRA, S. de. & NASCIMENTO, CJTI.F. Efeito de pastagens de gramínea e de gramínea e leguminosa sobre o ganho em peso de novilhos (1) Época da "seca". Rev. Soc. Bras. Zootec., Viçosa, 5:236-247, 1976.

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Figura 4. Variação da altura e PB no tratamento FORRAGEM e análise de regressão do fator PB.

A maior produção de forragem por área expressa em kg ha-1 de MS ocorreu no segundo corte do tratamento FORRAGEM, não diferindo entre o primeiro e último. O mesmo ocorreu para a produção de Proteína por área, pois além de obter bons teores de PB (21,4%), também houve a maior produção de forragem. Não houve diferença entre o primeiro e o último corte para estes parâmetros.

Figura 5: Produção total, de folhas e Proteína em Kg ha-1 de MS para o tratamento FORRAGEM. Tratamentos com letras diferentes diferem significativamente a 5% de probabilidade pelo GLM do pacote estatístico SAS (2011).

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3.2 QUALIDADE BROMATOLÓGICA DO TREVO ENCARNADO

Observa-se que avanço no período vegetativo influencia nos teores de nutrientes da planta. O período influência de forma linear todos os teores testados, no entanto, a MS, MM e a MO também foram significativas para função quadrática e apresentou neste caso, coeficiente de determinação maior. Os teores de PB e EE diminuem conforme avança o período vegetativo da planta, enquanto os teores de FDN e FDA aumentam com o tempo, sendo que as porcentagens de FDN e FDA afetam a quantidade de material digerido pelo animal, assim quanto maiores as percentagens, menores serão as taxas de digestibilidade (VALENTE, 2011).

O aumento nos teores de FDN e FDA, e eventual redução nos teores de PB, estão relacionados a grande deposição de lignina nas paredes celulares, e a relação entre folhas e colmos novos ou velhos, conforme o avanço da maturidade fisiológica da planta (PACIULLO et al., 2001).

Tabela 2

Qualidade bromatológica do Trevo Encarnado (Trifolium incarnatum L.) ao longo do ciclo produtivo demonstrados em % do tratamento FORRAGEM.

O impacto do avanço na maturidade fisiológica da forrageira pode ser observado quando constata-se que o teor de PB diminui 0,09% a cada dia (Figura 6).

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Figura 6: Relação da proteína bruta (PB) ao longo do ciclo produtivo do trevo encarnado (Trifolium

incarnatum L.).

3.3 PRODUÇÃO DE SEMENTES

O experimento foi oficialmente finalizado no dia 03 de dezembro, e até este momento nenhum dos tratamentos apresentou capacidade produtiva de sementes, pois em avaliações visuais dos distintos tratamentos, a maioria das inflorescências possuíam flores com evidente abortamento e consequentemente não produziriam sementes viáveis. Dessa forma podemos afirmar que a não utilização do trevo como pastagem, causaria prejuízo ao produtor, pois ele deixaria de aproveitar até 4237 Kg ha-1 de MS de forragem de ótima qualidade e até 908 kg de PB.ha-1, de modo que a

qualidade de forragem tem decréscimos significativos do inicio da floração até o final produtivo (NSW, 2008). Esta produção de forragem se equivale a muitas aveias encontradas no mercado, com valores muito próximos, com trabalhos apontando produtividade de aveia preta (Avena strigosa Schreb.) variando de 3427 a 6803 Kg ha-1 de MS, (GOMES E REIS, 1999), de mesmo modo a produtividade do trevo

vesiculoso (Trifolium vesiculosum Savi) de 1866 a 4641 Kg ha-1 de MS (GOMES E

REIS, 1999; BARRADAS et al., 2001), e do trevo vermelho (Trifolium pratense L.) com 3321 kg MS.ha-1 (PERES et al., 2010), assim utilizando os benefícios extras de uma leguminosa, pois o trevo, além de ser uma forrageira de alta qualidade também realiza fixação biológica de nitrogênio no solo, melhorando a qualidade do solo

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24 aumentando os níveis de matéria orgânica e ação biológica do solo (PERIN et al., 2003).

Não há uma resposta clara sobre o fator que levou a não produção de sementes pelo trevo, no entanto as possíveis hipóteses para isso são de que o atraso na semeadura e os altos índices pluviométricos ocorridos em praticamente todo período de condução do experimento interferiram diretamente na não produção de sementes.

Outro fato importante deste trabalho é que, ao contrário do que a bibliografia sugere, de que o trevo encarnado seria precoce e que a ressemeadura natural dessa espécie seria também muito baixa (HOVELAND E EVERS6 apud Lang (2001)), o que visualizamos é que no dia 06 de maio de 2015 em visita a área experimental, após meses da finalização do experimento, foi verificada a presença de grande número de plantas na área em que havia sido utilizada para o desenvolvimento do trabalho. Fica, portanto a dúvida se as plantas presentes em maio eram as mesmas de dezembro e enfim haviam sementado ou já eram plantas de ressemeadura natural. O mais provável é que as plantas tenham entrado em algum tipo de dormência e que tenham se mantido parcialmente viáveis até maio e, se isso for verdade, o trevo encarnado é bastante tardio e resistente a altas temperaturas.

Figura 7. Área experimental e trevo encarnado no mês de maio/2015. (IRDeR, Augusto Pestana RS, 2015).

6HOVELAND, C.S.; EVERS, G.W. Arrowleaf, Crimson, and other annual clovers. In BARNES, R. F.; DARRELL, A . M.; NELSON, C. J. An introduction to grass agriculture. Lowa: Lowa University Press, 1995. P. 249 – 260.

(26)

25

CONCLUSÃO

O trevo encarnado produziu até 4237 kg ha-1 de MS com três cortes e apresentou teores médios de proteína bruta (PB) 21,7%.

O tratamento FORRAGEM mostrou-se superior aos demais na produção total, de folhas e proteína bruta por ha, já que nenhum dos tratamentos propostos para a uma possível produção de sementes foi efetivo, sendo assim não recomendados, pois acarretaria na perda de um material de qualidade, que poderia ser destinado a alimentação animal.

Ao contrário do que a literatura expõe sobre a precocidade produtiva, o trevo encarnado, quando implantado nas condições climáticas da Região Noroeste do Rio Grande do Sul, não reforça essa hipótese, possuindo um ciclo bastante tardio nessas condições. Mais pesquisas são necessárias para estudar a viabilidade na produção de sementes desta espécie forrageira.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

CROQUI DO EXPERIMENTO

SEM CORTE 1 CORTE “N” CORTES

1 CORTE “N” CORTES SEM CORTE

“N” CORTES SEM CORTE 1 CORTE

N

ÍNDICES PLUVIOMÉTRICOS (Estação meteorológica IRDeR – Augusto Pestana/RS)

Mês Quantidade (mm) Julho 90,25 Agosto 48,75 Setembro 275,5 Outubro 145 Novembro 159 Dezembro 3,25

Observação: alguns meses não tiveram todos os dados coletados pela estação meteorológica do IRDeR.

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RELATÓRIO DE CAMPO

Este relatório tem como principal objetivo expor os possíveis problemas a serem enfrentados e minimizados em um futuro trabalho com o trevo encarnado.

Primeiramente o trevo encarnado é bastante produtivo, como observamos nos resultados do trabalho, porém pode-se tentar aumentar a produtividade se tomarmos alguns cuidados relativos a implantação e manejo.

O primeiro ponto a se observar é a dessecação em áreas onde frequentemente possui ocorrência de Nabo Forrageiro (Raphanus sativus L.), pois os produtos utilizados para controle deste (ex: ALLY), podem deixar residual para o trevo, então a devemos respeitar o que a literatura diz de no mínimo 60 dias antes da implantação fazer a dessecação. Caso isso não seja possível e a infestação seja muito persistente, o que podemos indicar é um rebaixamento da área a “zero”, pois o nabo não possui capacidade de rebrote, fazendo com que o trevo venha em área limpa ou com menos competição, já que o mesmo após o 1°corte possui uma alta capacidade de rebrote, abafando de certa forma plantas invasoras.

O segundo fator que pode influenciar na implantação da cultura é a não cobertura das sementes, ou seja, semear a lanço e não as cobri-lás. Esse fator é extremamente suscetível a fatores climáticos, principalmente a altos índices pluviométricos, onde ocorre um escorrimento superficial, carregando as sementes para um ponto de acúmulo, fazendo com que a cobertura da área seja ineficiente.

No terceiro ponto a se observar, o trevo possui um crescimento inicial extremante lento em nossa região, e para melhor aproveitamento deste, o que observamos, foi que ao forçar o rebrote a planta respondeu muito bem, então se ela não estiver com crescimento inicial responsivo, pode-se fazer um rebaixamento de toda área a uma altura mínima de 10 cm do solo, como foi executado no experimento, com isso a planta respondeu de forma positiva, rebrotando muito forte e vigorosa.

Como sugestões para implantação de novos experimentos, indicamos adiantar as épocas de semeaduras, pois nesse trabalho devido a grande ocorrência de chuvas no ano, foi muito tardio, acreditamos que final de maio ou início de junho sejam épocas de melhor semeadura, porém cabe ressaltar que não possuímos dados na nossa região e nem no país, então tudo que for feito, servirá como aprendizado, e assim ajustado. Porém, é uma cultura muito interessante, e para a nossa região mostrou-se bastante tardia e mesmo assim muito produtiva e de excelente qualidade bromatológica, quando comparamos as culturas que comumente são utilizadas. Outro possível experimento a ser conduzido é a utilização de consórcio com gramíneas hibernais, para sabermos se mesmo assim será responsiva em produtividade e qualidade.

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