• Nenhum resultado encontrado

Estudo comparativo entre os conversores boost e boost quadrático

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo comparativo entre os conversores boost e boost quadrático"

Copied!
62
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE TECNOL ´OGICA FEDERAL DO PARAN ´A DEPARTAMENTO ACAD ˆEMICO DE EL ´ETRICA

CURSO DE ENGENHARIA EL ´ETRICA

RICARDO BRANCALIONE MENEGATTI

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS CONVERSORES

BOOST E BOOST QUADR ´

ATICO

TRABALHO DE CONCLUS ˜AO DE CURSO

PATO BRANCO 2017

(2)

RICARDO BRANCALIONE MENEGATTI

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS CONVERSORES

BOOST E BOOST QUADR ´

ATICO

Trabalho de Conclus ˜ao de Curso de graduac¸ ˜ao, apresentado `a disciplina de Trabalho de Conclus ˜ao de Curso 2, do Curso de Engenharia El ´etrica da Coordenac¸ ˜ao de Engenharia El ´etrica - CO-ELT - da Universidade Tecnol ´ogica Federal do Paran ´a - UTFPR, C ˆampus Pato Branco, como requisito parcial para obtenc¸ ˜ao do t´ıtulo de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Prof. Dr. Diogo Vargas

PATO BRANCO 2017

(3)

TERMO DE APROVAC¸ ˜AO

O Trabalho de Conclus ˜ao de Curso intitulado ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS CONVERSORES BOOST E BOOST QUADR ´ATICO do acad ˆemico Ri-cardo Brancalione Menegatti foi considerado APROVADO de acordo com a ata da

banca examinadoraN158 de 2017.

Fizeram parte da banca examinadora os professores:

Prof. Dr. Diogo Vargas

Prof. Dr. Carlos Marcelo de Oliveira Stein Prof. Dr. Juliano De Pelegrini Lopes

(4)

Dedico este trabalho `a minha m ˜ae, Idovilde Brancalione Me-negatti, e minha av ´o, Antonia Brancalione, que, com muito carinho e apoio, n ˜ao mediram esforc¸os para que eu che-gasse at ´e esta etapa de minha vida.

(5)

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos: `

A Universidade Tecnol ´ogica Federal do Paran ´a - UTFPR, C ˆampus Pato Branco, pelo excelente ambiente oferecido aos seus alunos e os profissionais qua-lificados que disponibiliza para nos ensinar.

Ao professor Diogo Vargas, pela orientac¸ ˜ao, apoio e confianc¸a.

Aos professores, Carlos Marcelo de Oliveira Stein e Juliano De Pelegrini Lopes, por aceitarem participar da banca e por todas as suas contribuic¸ ˜oes.

`

A minha m ˜ae, Idovilde Brancalione Menegatti, e minhas irm ˜as, Manuela e Sabrina Brancalione Menegatti, por tudo que fizeram por mim ao longo desses anos de formac¸ ˜ao.

Aos meus av ´os, Antonia Brancalione e Greg ´orio Carlos Brancalione, pelo apoio e exemplo de pessoas que foram e sempre ser ˜ao para mim.

`

A minha namorada, Maria Eduarda Castanha, pelo apoio e atenc¸ ˜ao em todos os momentos durante esse tempo.

Aos amigos, que fizeram parte da minha formac¸ ˜ao e que v ˜ao continuar presentes em minha vida com certeza.

`

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formac¸ ˜ao, o meu muito obrigado.

(6)

RESUMO

MENEGATTI, Ricardo Brancalione. Estudo comparativo entre os conversores boost e boboost quadr ´atico. 2017. Monografia. (Trabalho de Conclus ˜ao de Curso)

-Curso de Engenharia El ´etrica, Universidade Tecnol ´ogica Federal do Paran ´a, 2017. O presente trabalhou buscou estimar e comparar a efici ˆencia dos conversores boost e boost quadr ´atico, aproximando as condic¸ ˜oes de operac¸ ˜ao, como ganho est ´atico e pot ˆencia, de uma aplicac¸ ˜ao em um sistema nanogrid fotovoltaico isolado. Para tanto, foram realizadas an ´alises matem ´aticas considerando os conversores ideais e n ˜ao ide-ais, buscando nas equac¸ ˜oes ideais um meio de projet ´a-los e nas equac¸ ˜oes n ˜ao ideais compar ´a-los de maneira mais precisa com a pr ´atica. Posteriormente foram realizadas simulac¸ ˜oes e tamb ´em a implementac¸ ˜ao, em malha aberta, de ambos os converso-res, para comparac¸ ˜oes com os resultados te ´oricos e discuss ˜ao dos mesmos. Os resultados te ´oricos e pr ´aticos foram pr ´oximos e o conversor boost apresentou maior efici ˆencia que o conversor boost quadr ´atico para o mesmo ganho est ´atico e mesma pot ˆencia.

(7)

ABSTRACT

The present work sought to estimate and compare the efficiency of the con-verters to increase and increase the quadratic, approaching as operating conditions, as static generator and power, of an application in an isolated photovoltaic nanogrid sys-tem. For this, mathematical analyzes were performed considering ideal and non-ideal converters, searching in the ideal equations a means of designing them and non-ideal equations more precisely compared with a practice. Simulations and also an open-loop implementation of both converters were performed for comparisons with the theoreti-cal results and discussion of the same. The theoretitheoreti-cal and practitheoreti-cal results were close and the boost converter was more efficient than the quadratic boost converter for the same static gain and power.

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Estrutura gen ´erica de um sistema nanogrid fotovoltaico isolado. 17 Figura 2 – Topologia do conversor boost. . . 20 Figura 3 – Sinal de acionamento da chave para controle da tens ˜ao de

sa´ıda do conversor. . . 20 Figura 4 – Comparac¸ ˜ao entre os ganhos est ´aticos ideal e n ˜ao ideal (com

efeito ESR do indutor) do conversor boost. . . 21 Figura 5 – Topologia do conversor boost em cascata. . . 22 Figura 6 – Topologia do conversor boost quadr ´atico. . . 23 Figura 7 – Comparac¸ ˜ao entre os ganhos est ´aticos ideal e n ˜ao ideal (com

efeito ESR dos indutores) do conversor boost quadr ´atico. . . . 24 Figura 8 – Comparac¸ ˜ao entre o ganho est ´atico n ˜ao ideal (com efeito ESR

dos indutores) do conversor boost e conversor boost quadr ´atico. 24 Figura 9 – Conversor boost n ˜ao ideal considerado na an ´alise matem ´atica. 26 Figura 10 – Conversor boost quadr ´atico n ˜ao ideal considerado na an ´alise

matem ´atica. . . 29 Figura 11 – Relac¸ ˜ao entre ganho est ´atico e rendimento do conversor boost

em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica. . . 42 Figura 12 – Relac¸ ˜ao entre ganho est ´atico e rendimento do conversor boost

quadr ´atico em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica. . . 43 Figura 13 – Comparac¸ ˜ao do ganho est ´atico do CB e do CBQ em func¸ ˜ao

da raz ˜ao c´ıclica. . . 43 Figura 14 – Comparac¸ ˜ao do rendimento do conversor boost e do

conver-sor boost quadr ´atico em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica. . . 44 Figura 15 – Tens ˜ao sobre SWB e D1B do conversor boost. . . 45 Figura 16 – Tens ˜ao sobre SWBQ, D1BQ, D2BQ e D3BQ do conversor boost

quadr ´atico. . . 45 Figura 17 – Tens ˜ao de entrada e de sa´ıda do prot ´otipo do conversor boost. 48

(9)

Figura 18 – Sinal de acionamento, com frequ ˆencia e tempo de chave ativa permitindo a estimativa da raz ˜ao c´ıclica do prot ´otipo do con-versor boost. . . 48 Figura 19 – Tens ˜ao sobre o diodo D1B do prot ´otipo do conversor boost. . 49 Figura 20 – Tens ˜ao sobre a chave SWB do prot ´otipo do conversor boost. . 49 Figura 21 – Tens ˜ao de entrada e de sa´ıda do prot ´otipo do conversor boost

quadr ´atico. . . 50 Figura 22 – Sinal de acionamento, com frequ ˆencia e tempo de chave ativa

permitindo a estimativa da raz ˜ao c´ıclica do prot ´otipo do con-versor boost quadr ´atico. . . 50 Figura 23 – Tens ˜ao sobre o diodo D1BQ do prot ´otipo do conversor boost

quadr ´atico. . . 51 Figura 24 – Tens ˜ao sobre o diodo D2BQ do prot ´otipo do conversor boost

quadr ´atico. . . 52 Figura 25 – Tens ˜ao sobre o diodo D3BQ do prot ´otipo do conversor boost

quadr ´atico. . . 52 Figura 26 – Tens ˜ao sobre a chave SWBQ do prot ´otipo do conversor boost

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Grandezas el ´etricas do painel KM185. . . 35

Tabela 2 – Par ˆametros do CB. . . 36

Tabela 3 – Valor m ´edio das vari ´aveis do CB ideal. . . 36

Tabela 4 – Valores m ´aximos e m´ınimos das vari ´aveis do CB ideal. . . 37

Tabela 5 – Valores das n ˜ao idealidades consideradas para o CB. . . 37

Tabela 6 – Comparac¸ ˜ao entre valores m ´edios te ´oricos e simulados do CB n ˜ao ideal. . . 38

Tabela 7 – Comparac¸ ˜ao entre valores m ´aximos e m´ınimos te ´oricos e si-mulados do CB n ˜ao ideal. . . 38

Tabela 8 – Comparac¸ ˜ao entre a estimativa de rendimento te ´orico e simu-lado do CB n ˜ao ideal. . . 38

Tabela 9 – Componentes do CBQ. . . 39

Tabela 10 – Valor m ´edio das vari ´aveis do CBQ ideal. . . 39

Tabela 11 – Valores m ´aximos e m´ınimos das vari ´aveis do CBQ ideal. . . 40

Tabela 12 – Valores das n ˜ao idealidade consideradas para o CBQ. . . 40

Tabela 13 – Comparac¸ ˜ao entre os valores m ´edios te ´oricos e simulados do CBQ n ˜ao ideal. . . 41

Tabela 14 – Comparac¸ ˜ao entre valores m ´aximos e m´ınimos te ´oricos e si-mulados do CBQ n ˜ao ideal. . . 41

Tabela 15 – Comparac¸ ˜ao entre a estimativa de rendimento te ´orico e simu-lado do CBQ n ˜ao ideal. . . 42

Tabela 16 – Vari ´aveis para os projetos dos indutores. . . 44

Tabela 17 – Comparac¸ ˜ao entre valores pr ´aticos e te ´oricos das resist ˆencias dos indutores dos prot ´otipos CB e CBQ. . . 47

Tabela 18 – Comparac¸ ˜ao entre valores te ´oricos e pr ´aticos das vari ´aveis do prot ´otipo do CB para estimativa do rendimento. . . 48

(11)

Tabela 19 – Comparac¸ ˜ao entre valores te ´oricos e pr ´aticos da tens ˜ao do di-odo e da chave do prot ´otipo do CB. . . 49 Tabela 20 – Comparac¸ ˜ao entre valores te ´oricos e pr ´aticos das vari ´aveis do

prot ´otipo do CBQ para estimativa do rendimento. . . 51 Tabela 21 – Comparac¸ ˜ao entre valores te ´oricos e pr ´aticos da tens ˜ao dos

diodos e da chave do prot ´otipo do CBQ. . . 53 Tabela 22 – Comparac¸ ˜ao dos valores pr ´aticos da estimativa de rendimentos

dos prot ´otipos do CB e CBQ. . . 54 Tabela 23 – Comparac¸ ˜ao entre os valores te ´oricos de tens ˜ao e corrente na

(12)

SUM ´ARIO

1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 12

1.1 OBJETIVOS GERAIS . . . 12

1.2 OBJETIVOS ESPEC´IFICOS . . . 12

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA . . . 13

2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA . . . 13

2.1.1 Princ´ıpio de funcionamento e caracter´ısticas . . . 15

2.2 SISTEMA NANOGRID . . . 17

3 CONVERSOR CHAVEADO ELEVADOR CC-CC N ˜AO ISOLADO . . . 19

3.1 PRINC´IPIO DE FUNCIONAMENTO E CARACTER´ISTICAS . . . 19

3.1.1 Conversor boost . . . 20

3.1.2 N ˜ao idealidades dos componentes do conversor . . . 21

3.1.3 Conversor boost em cascata . . . 22

3.1.4 Conversor boost quadr ´atico . . . 23

4 AN ´ALISE MATEM ´ATICA DOS CONVERSORES . . . 25

4.1 CONSIDERAC¸ ˜OES INICIAIS DE AN ´ALISE . . . 25

4.1.1 Conversor boost n ˜ao ideal . . . 25

4.1.2 Conversor boost ideal . . . 27

4.1.3 Conversor boost quadr ´atico n ˜ao ideal . . . 29

4.1.4 Conversor boost quadr ´atico IDEAL . . . 32

5 PROJETOS E SIMULAC¸ ˜OES DOS PROT ´OTIPOS DOS CONVERSORES BOOST E BOOST QUADR ´ATICO . . . 35

5.1 CONSIDERAC¸ ˜OES INICIAIS DE PROJETO . . . 35

5.1.1 Conversor boost . . . 36

5.1.2 Conversor boost quadr ´atico . . . 39

5.2 RELAC¸ ˜AO DE GANHO EST ´ATICO E RENDIMENTO . . . 42

(13)

6.1 IMPLEMENTAC¸ ˜AO DOS PROT ´OTIPOS DO CB E CBQ . . . 46

6.1.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de implementac¸ ˜ao . . . 46

6.1.2 Conversor boost . . . 47

6.1.3 Conversor boost quadr ´atico . . . 50

6.2 AN ´ALISE DOS RESULTADOS . . . 53

7 CONCLUS ˜AO . . . 55

(14)

12

1 INTRODUC¸ ˜AO

1.1 OBJETIVOS GERAIS

Realizar um estudo comparativo entre os conversores de topologia boost e boost quadr ´atico por meio de an ´alise te ´orica e simulac¸ ˜ao. Tamb ´em projetar e realizar a implementac¸ ˜ao, em malha aberta, dos prot ´otipos dos conversores com caracter´ısticas de uma aplicac¸ ˜ao em um sistema nanogrid fotovoltaico isolado, com o objetivo de realizar uma comparac¸ ˜ao de ganho est ´atico e rendimento entre os resultados te ´oricos e pr ´aticos dos mesmos.

1.2 OBJETIVOS ESPEC´IFICOS

1. Analisar, projetar e simular o conversor boost;

2. Analisar, projetar e simular o conversor boost quadr ´atico;

3. Apresentar um estudo comparativo entre os conversores pelos resultados obti-dos por an ´alise e simulac¸ ˜ao;

4. Implementar, em malha aberta, os prot ´otipos dos conversores baseados em um sistema nanogrid fotovoltaico isolado;

5. Analisar e discutir os resultados pr ´aticos obtidos nos prot ´otipos dos conversores em relac¸ ˜ao aos seus resultados te ´oricos.

(15)

13

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA

Neste cap´ıtulo ser ˜ao abordadas algumas definic¸ ˜oes e princ´ıpios de funcio-namento da energia solar fotovoltaica, buscando explicar e caracterizar a aplicac¸ ˜ao de conversores elevadores CC-CC nessa ´area.

2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

Durante a evoluc¸ ˜ao da humanidade, o ser humano observou algumas for-mas de energia que existem no universo e notou que poderia utiliz ´a-las em seu be-nef´ıcio. Buscou compreend ˆe-las e domin ´a-las, chegando ao ponto de poder gerar algumas delas por meio de convers ˜oes de energia. Dentre elas, a energia el ´etrica tornou-se muito importante, sendo considerada recurso vital e estrat ´egico para o de-senvolvimento de muitos pa´ıses, incluindo o Brasil.

A energia el ´etrica ´e uma das formas de energia mais conveniente ao ho-mem, devido ao conhecimento adquirido sobre a mesma, e mais vers ´atil, devido `as diversas maneiras que ´e poss´ıvel obt ˆe-la e aplic ´a-la. Pode ser obtida por meio da convers ˜ao de energias n ˜ao renov ´aveis, como a queima de combust´ıveis f ´osseis ou o uso de subst ˆancias radioativas, ou renov ´aveis, como o uso do vento, luz solar, quedas de ´agua, entre outras (ANEEL, 2008).

Durante anos as principais formas de gerac¸ ˜ao de energia el ´etrica foram por meio das usinas hidrel ´etricas e termoel ´etricas. A usina hidrel ´etrica, apesar de ser considerada como fonte de gerac¸ ˜ao de energia el ´etrica com recurso renov ´avel, pode causar grandes impactos ambientais durante sua construc¸ ˜ao, como desvio do curso de um rio, realocac¸ ˜ao de pessoas e alagamento de grandes ´areas. Nos alagamentos, al ´em do perigo de rompimento da barragem, geralmente essas ´areas s ˜ao de produc¸ ˜ao ou cont ´em uma grande diversidade biol ´ogica, alterando o habitat natural de diversos animais e plantas. ´E uma estrutura que leva anos para ser constru´ıda e geralmente causa discuss ˜oes por seus impactos ambientais.

A usina termoel ´etrica utiliza a queima de combust´ıveis, como carv ˜ao e g ´as natural, para realizar a gerac¸ ˜ao de energia el ´etrica. Al ´em dos recursos serem finitos, outro problema ´e a emiss ˜ao de poluentes na atmosfera terrestre, principalmente os

(16)

2.1 Energia solar fotovoltaica 14

gases mais nocivos respons ´aveis pelo efeito estufa, como o di ´oxido de carbono (CO2), metano (CH4) e o ´oxido nitroso (N2O). Parte das mudanc¸as clim ´aticas do planeta Terra nas ´ultimas d ´ecadas s ˜ao atribu´ıdas ao aumento desses gases na atmosfera e parte deles s ˜ao decorrentes da gerac¸ ˜ao de energia el ´etrica (ANEEL, 2005).

Com a crescente preocupac¸ ˜ao com o meio ambiente e sustentabilidade a n´ıvel mundial, surgiram outras alternativas de gerac¸ ˜ao como a energia e ´olica e a ener-gia solar, consideradas como fontes de enerener-gia limpa, ou seja, fontes de gerac¸ ˜ao de energia que n ˜ao liberam ou liberam quantidades muito baixas de poluentes `a atmos-fera. Com incentivos de governos e ambientalistas, esses m ´etodos de produc¸ ˜ao est ˜ao sendo aprimorados e cada vez mais utilizados.

O Brasil possui caracter´ısticas naturais que favorecem a gerac¸ ˜ao de ener-gia el ´etrica atrav ´es da enerener-gia solar. O pa´ıs recebe uma insolac¸ ˜ao (n ´umero de horas de brilho do Sol) superior a 3000 horas por ano e possui a maior taxa de irradiac¸ ˜ao solar do mundo. A m ´edia anual de irradiac¸ ˜ao solar no Brasil ´e muito maior do que em pa´ıses como a Alemanha, Franc¸a e Espanha, onde a gerac¸ ˜ao solar ´e difundida e incentivada pelo governo (MARTINS et al., 2008). Em 2002 foi criado o Programa de Incentivo `as Fontes Alternativas - Proinfa por meio da Lei no 10.438/2002. O Proinfa tem como objetivo aumentar a participac¸ ˜ao das fontes alternativas renov ´aveis na ma-triz energ ´etica do pa´ıs, beneficiando empreendedores que n ˜ao possuam v´ınculos so-ciet ´arios com empresas de gerac¸ ˜ao, transmiss ˜ao ou distribuic¸ ˜ao de energia el ´etrica. Posteriormente, em 2012, entrou em vigor a Resoluc¸ ˜ao Normativa no 482/2012, pu-blicada pela ANEEL, em que o consumidor poderia gerar sua pr ´opria energia el ´etrica por meio de fontes renov ´aveis, para consumo ou cogerac¸ ˜ao, inclusive podendo for-necer o excedente para a concession ´aria de energia local. Essa resoluc¸ ˜ao aborda a microgerac¸ ˜ao (menor ou igual a 100 kW ) e minigerac¸ ˜ao (maior que 100 kW e me-nor ou igual a 1 M W ) distribu´ıda de energia el ´etrica, formas de gerac¸ ˜ao que aliam economia, preservac¸ ˜ao ambiental e sustentabilidade. Em 2015, a ANEEL publicou a Resoluc¸ ˜ao Normativa no 687/2015, que revisa a Resoluc¸ ˜ao Normativa no 482/2012, com o objetivo de reduzir custos e tempo na implementac¸ ˜ao dos sistemas, compati-bilizar o Sistema de Compensac¸ ˜ao de Energia El ´etrica com as Condic¸ ˜oes Gerais de Fornecimento, aumentar o n ´umero de consumidores e melhorar as informac¸ ˜oes na fatura de energia el ´etrica.

(17)

2.1 Energia solar fotovoltaica 15

2.1.1 PRINC´IPIO DE FUNCIONAMENTO E CARACTER´ISTICAS

Quase todas as formas de gerac¸ ˜ao de energia el ´etrica envolvem indireta-mente a energia solar. Por ´em existem formas de convers ˜ao direta da luz solar em energia el ´etrica. Atrav ´es da exposic¸ ˜ao de materiais semicondutores a luz solar, sur-gem alguns efeitos como o efeito termoel ´etrico e o efeito fotovoltaico, originando a energia heliot ´ermica, proveniente do calor, e a energia solar fotovoltaica, proveniente da luz. O uso comercial da energia heliot ´ermica tem sido impossibilitado para gerac¸ ˜ao de energia el ´etrica devido ao baixo rendimento apresentado no processo de convers ˜ao e pelo alto custo de implementac¸ ˜ao (ANEEL, 2005).

O princ´ıpio da convers ˜ao de energia solar fotovoltaica ´e baseado na in-cid ˆencia dos f ´otons da luz solar sobre os ´atomos de dois semicondutores, geral-mente sil´ıcio combinados diferentegeral-mente com outros elementos, ent ˜ao criando uma polarizac¸ ˜ao positiva forte e uma negativa, assim surgindo uma diferenc¸a de potencial el ´etrico. O equipamento que realiza essa convers ˜ao ´e denominado de c ´elula solar ou c ´elula fotovoltaica, e a tens ˜ao gerada depende de alguns fatores como a temperatura e a irradiac¸ ˜ao solar incidente sobre a c ´elula fotovoltaica (SACE, 2010). A tens ˜ao ge-rada pelas c ´elulas fotovoltaicas geralmente ´e na ordem de d ´ecimos de Volt. Assim, as c ´elulas s ˜ao associadas em s ´erie para aumentar a tens ˜ao, formando um painel solar. A tens ˜ao resultante muitas vezes n ˜ao ´e suficiente para acionar uma carga CC ou ser convertida para um n´ıvel CA 127 ou 220 VRM S. Uma soluc¸ ˜ao comumente utilizada ´e o uso de um conversor elevador CC-CC, que eleva a tens ˜ao de sa´ıda do painel at ´e o n´ıvel necess ´ario (SACE, 2010).

As principais limitac¸ ˜oes desse sistema de gerac¸ ˜ao s ˜ao: a ´area ocupada pelas placas solares, o custo das c ´elulas fotovoltaicas e o rendimento do sistema. O sistema fotovoltaico deve utilizar uma grande ´area para a captac¸ ˜ao de energia, para tornar o sistema economicamente vi ´avel em larga escala. Isso n ˜ao se torna um fator cr´ıtico quando comparado a outros sistemas de gerac¸ ˜ao como o hidr ´aulico ou o e ´olico, que utilizam ´areas maiores ainda. O tamanho ocupado tamb ´em n ˜ao apresenta proble-mas na micro ou minigerac¸ ˜ao, e ´e geralmente o sistema mais escolhido para gerac¸ ˜ao em resid ˆencias e centros urbanos.

Nas adversidades de implementac¸ ˜ao est ´a o custo, principalmente dos pain ´eis fotovoltaicos. Com os estudos e o avanc¸o das tecnologias, o custo dos dispositivos do conjunto de gerac¸ ˜ao est ´a diminuindo. De acordo com Shankleman e Martin (2017), o custo m ´edio global ponderado de um sistema de gerac¸ ˜ao fotovoltaico em escala

(18)

2.1 Energia solar fotovoltaica 16

economicamente vi ´avel em 2009 era quase 5 mil d ´olares por kW gerado, mas com previs ˜ao de custar menos de mil d ´olares no ano de 2025. Tamb ´em ´e apresentada uma previs ˜ao de que a partir do ano de 2030 a energia solar ter ´a um custo m ´edio glo-bal de gerac¸ ˜ao menor que o das energias e ´olica, carv ˜ao e usinas de ciclo combinado, conforme (SHANKLEMAN; MARTIN, 2017). Dessa maneira, a energia fotovoltaica tem-se tornado muito promissora e atrativa, tanto na gerac¸ ˜ao quanto na ´area de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que venham a auxiliar o processo, reduzindo custos e aumentando a efici ˆencia.

Com incentivos governamentais e a reduc¸ ˜ao de custo da implementac¸ ˜ao, houve um aumento no n ´umero de unidades geradoras que utilizam energias renov ´aveis no Brasil. Segundo ANEEL (2016), a gerac¸ ˜ao distribu´ıda conectada a rede, quando entrou em vigor a Resoluc¸ ˜ao Normativa no482/2012 em 2012, houve tr ˆes conex ˜oes a rede de energia. Esse n ´umero aumentou e em Marc¸o de 2016, ap ´os entrarem em vigor as novas regras da Resoluc¸ ˜ao Normativa no 687/2015 aprovadas pela ANEEL, houve um aumento de conex ˜oes, praticamente dobrando o n ´umero de instalac¸ ˜oes, contando com 6670 conex ˜oes at ´e Novembro de 2016, totalizando 60, 895 kW de pot ˆencia ins-talada em que 77% ´e proveniente de fonte solar. De acordo com ANEEL (2017), a pot ˆencia fiscalizada gerada por centrais geradoras solar fotovoltaicas ´e de 418, 325 M W , representando aproximadamente 0, 27% da matriz energ ´etica nacional. Esse tipo de gerac¸ ˜ao conta ainda com mais 1, 06 GW de pot ˆencia outorgada provenientes de em-preendimentos em construc¸ ˜ao e mais 1, 47 GW de pot ˆencia outorgada proveniente de empreendimentos com construc¸ ˜ao ainda n ˜ao iniciada, sinalizando investimento e crescimento da energia solar fotovoltaica no pa´ıs.

A efici ˆencia de um sistema de gerac¸ ˜ao fotovoltaico ´e um fator importante na relac¸ ˜ao custo x benef´ıcio, devido ao custo da implementac¸ ˜ao do sistema em relac¸ ˜ao ao desperd´ıcio de energia. A efici ˆencia relaciona a energia solar irradiada sobre o painel e a energia el ´etrica entregue `a carga. Esse rendimento, dito total, do sistema ´e diretamente proporcional aos rendimentos individuais dos dispositivos envolvidos na convers ˜ao. Assim, a melhoria do rendimento total aumenta conforme os rendi-mentos individuais dos dispositivos aumentam, `a medida que avanc¸a a tecnologia de construc¸ ˜ao dos mesmos.

(19)

2.2 Sistema Nanogrid 17

2.2 SISTEMA NANOGRID

Nanogrid ´e um pequeno sistema de gerac¸ ˜ao distribu´ıda aplicada em re-des de baixa tens ˜ao que pode operar de maneira isolada ou interligada `a rede de distribuic¸ ˜ao da concession ´aria local. Os sistemas fotovoltaicos isolados s ˜ao utilizado em lugares remotos, onde n ˜ao h ´a energia el ´etrica cabeada, o acesso ´e muito restrito ou simplesmente para economia de energia el ´etrica. O sistema nanogrid mant ´em a mesma estrutura f´ısica do sistema microgrid, apenas com pot ˆencias geradas menores, geralmente atendendo um pequeno sistema ou uma ´unica carga (SCALA et al., 2017). Para Bryan et al. (2004), a pot ˆencia enquadrada para nanogrid ´e abaixo de 2 kW , enquanto Devi e Prabha (2015) define que a pot ˆencia vai de centenas de Watts at ´e 5 kW. Uma explicac¸ ˜ao mais espec´ıfica sobre as cargas do sistema nanogrid ´e dada por Nordman (2009), em que autor descreve que as cargas podem ser de qualquer pot ˆencia, mas geralmente s ˜ao menores que 100 W . A Figura 1 apresenta a estrutura de um sistema nanogrid fotovoltaico isolado gen ´erico, com baterias, transformador, atendendo cargas CC e CA.

Painel solar

Carga CC Conversor

CC-CA Transformador Carga CA Conversor CC-CC bidirecional Conversor CC-CC Baterias

Figura 1 – Estrutura gen ´erica de um sistema nanogrid fotovoltaico isolado. Fonte: Adaptado de Beena (2015).

No sistema apresentado na Figura 1, um dos elementos principais e obje-tivo de estudo desse trabalho ´e o conversor CC-CC, que eleva a tens ˜ao de sa´ıda do painel para o n´ıvel necess ´ario de acordo com a aplicac¸ ˜ao.

O painel fotovoltaico possui uma relac¸ ˜ao n ˜ao linear entre a tens ˜ao e a cor-rente el ´etrica fornecida. Devido a isso, existe uma curva de relac¸ ˜ao entre pot ˆencia e tens ˜ao que tamb ´em ´e n ˜ao linear, de modo que existe somente um Ponto de M ´axima Pot ˆencia (Maximum Power Point, MPP) dispon´ıvel que pode ser entregue pelo painel. A curva que relaciona pot ˆencia e tens ˜ao varia conforme a irradiac¸ ˜ao solar e a tempe-ratura no painel, assim a mesma varia ao longo do dia, criando diferentes MPPs. O ponto de operac¸ ˜ao sobre essa curva varia conforme a imped ˆancia de entrada do

(20)

con-2.2 Sistema Nanogrid 18

versor associado, assim para alcanc¸ar o MPP ´e necess ´ario a variac¸ ˜ao de imped ˆancia do conversor, que ´e realizada atrav ´es da variac¸ ˜ao raz ˜ao c´ıclica do mesmo. Por causa disso, s ˜ao utilizados algoritmos que rastreiam o MPP, conhecidos como Seguidor do Ponto de M ´axima Pot ˆencia (Maximum Power Point Tracking, MPPT) com o objetivo de maximizar a extrac¸ ˜ao de pot ˆencia cedida pelo painel, aumentando a efici ˆencia do sistema. (ALTIN; OZTURK, 2016). O controle via MPPT n ˜ao ser ´a implementado nos prot ´otipos desse trabalho.

(21)

19

3 CONVERSOR CHAVEADO ELEVADOR CC-CC N ˜AO ISOLADO

Neste cap´ıtulo ser ´a apresentado o princ´ıpio de funcionamento e algumas caracter´ısticas do conversor elevador CC-CC, assim como a escolha dos conversores e a caracterizac¸ ˜ao das n ˜ao idealidades consideradas no desenvolvimento do trabalho.

3.1 PRINC´IPIO DE FUNCIONAMENTO E CARACTER´ISTICAS

A eletr ˆonica de pot ˆencia est ´a interessada no processamento de energia el ´etrica por meio de dispositivos eletr ˆonicos. O elemento principal ´e o conversor cha-veado. A utilizac¸ ˜ao de um conversor chaveado no lugar de um regulador linear de tens ˜ao se deve a baixa efici ˆencia do linear em relac¸ ˜ao ao chaveado (HART, 2001). As an ´alises dos conversores ser ˜ao realizadas considerando que os mesmos est ˜ao operando em Modo de Conduc¸ ˜ao Cont´ınua (Continuous-Conduction Mode, CCM).

O conversor chaveado cont ´em basicamente tr ˆes portas: a de entrada da energia, a de entrada do controle e a porta de sa´ıda de energia. A energia de entrada total ´e processada conforme a ac¸ ˜ao de controle, produzindo uma energia de sa´ıda condicionada. Em um conversor CC-CC, a tens ˜ao CC de entrada ´e convertida em uma tens ˜ao CC de sa´ıda com maior ou menor amplitude, com a possibilidade de ter polaridade oposta ou com isolamento da refer ˆencia entre entrada e sa´ıda, variando conforme a topologia do conversor (ERICKSON; MAKSIMOVIC, 2007).

Para a aplicac¸ ˜ao na sa´ıda do painel fotovoltaico, ´e necess ´ario um conversor elevador unidirecional, j ´a que h ´a fluxo de energia somente do painel ao conversor. A aplicac¸ ˜ao n ˜ao exige a isolac¸ ˜ao do conversor, assim topologia escolhida ´e n ˜ao isolada a qual torna o circuito el ´etrico equivalente reduzido. Das topologias de conversores chaveados elevadores n ˜ao isolados b ´asicos encontradas na literatura est ´a o Conver-sor Boost (CB). Devi e Prabha (2015) apresentam algumas topologias de converConver-sores para sistema nanogrid, citando que o CB ´e utilizado devido ao fluxo de corrente de en-trada cont´ınua e a elevac¸ ˜ao de tens ˜ao realizada sem transformador. Outra vantagem do CB ´e a posic¸ ˜ao do chave, que n ˜ao exige isolac¸ ˜ao entre acionamento e conversor.

(22)

3.1 Princ´ıpio de funcionamento e caracter´ısticas 20

3.1.1 CONVERSOR BOOST

A topologia do CB ´e apresentada na Figura 2. O controle da tens ˜ao, que eleva a tens ˜ao de entrada (V IN ) at ´e a tens ˜ao de sa´ıda (V OU T ), do conversor ´e feito por meio da chave SW , que recebe um sinal de acionamento, representado na Figura 3, com frequ ˆencia f fixa e consequentemente um per´ıodo T fixo, pois o per´ıodo de um sinal ´e igual ao inverso de sua frequ ˆencia, conforme Equac¸ ˜ao (1). Ent ˜ao ´e definida a raz ˜ao c´ıclica D do sinal, que teoricamente pode variar de 0 a 1 e ´e representada na Equac¸ ˜ao (2), e essa forma de acionamento ´e denominada Modulac¸ ˜ao por Largura de Pulso (Pulse-Width Modulation, PWM) (MARTINS; BARBI, 2006).

V_IN

L

D1

SW

C

R

V_OUT

Figura 2 – Topologia do conversor boost. Fonte: Autoria pr ´opria.

Te n sã o (V ) Tempo (s )

T

t t

Figura 3 – Sinal de acionamento da chave para controle da tens ˜ao de sa´ıda do conver-sor.

Fonte: Autoria pr ´opria.

f = 1

T (1)

D = ton

T (2)

A relac¸ ˜ao de tens ˜ao de sa´ıda e tens ˜ao de entrada, conhecida como ganho est ´atico G, do CB ´e dada na Equac¸ ˜ao (3), assim sendo poss´ıvel o controle do ganho est ´atico em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica (MOHAN; UNDELAND, 2007). Assim, na teoria, seria poss´ıvel que o CB tivesse valores grandes de ganho est ´atico, t ˜ao grandes que quando Dse aproximasse de 1 o ganho est ´atico tenderia ao infinito. O sub´ındice B ser ´a usado quando algum componente ou valor pertencer ao conversor boost.

(23)

3.1 Princ´ıpio de funcionamento e caracter´ısticas 21 GB = V OU TB V INB = 1 1 − DB (3)

3.1.2 N ˜AO IDEALIDADES DOS COMPONENTES DO CONVERSOR

Na pr ´atica, o valor do ganho est ´atico do CB ´e limitado devido as suas n ˜ao idealidades. Dentre as n ˜ao idealidades do conversor real est ˜ao alguns efeitos para-sitas intr´ınsecos dos elementos do circuito, como o efeito de Resist ˆencia em S ´erie Equivalente (Equivalent Serie Resistance, ESR). Dessa forma a representac¸ ˜ao de um elemento do circuito ´e feita com a inserc¸ ˜ao de uma resist ˆencia em s ´erie, que causa perdas no circuito e limita o ganho do conversor (TSENG; LIANG, 2004). A Figura 4 apresenta uma comparac¸ ˜ao, considerando somente o efeito ESR do indutor, entre o ganho est ´atico ideal e o n ˜ao ideal do CB (TSENG; LIANG, 2004). A resist ˆencia conside-rada para o indutor foi de 1 Ω e a resist ˆencia da carga igual a 625 Ω.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

3

6

9

12

15

G

B

Ganho estático CB ideal Ganho estático CB não ideal

D

B

0

1

Figura 4 – Comparac¸ ˜ao entre os ganhos est ´aticos ideal e n ˜ao ideal (com efeito ESR do indutor) do conversor boost.

Fonte: Autoria pr ´opria.

Conforme a Figura 4, o ganho est ´atico n ˜ao ideal do CB cresce at ´e um certo valor e logo ap ´os decai, conforme DB se aproxima do valor unit ´ario. Assim, o ganho est ´atico n ˜ao ideal desse conversor ´e limitado. Al ´em disso, quando DB aumenta, os valores de tens ˜ao e corrente dos componentes aumentam, elevando a pot ˆencia dis-sipada nos mesmos e com isso diminuindo a efici ˆencia do conversor (TSENG; LIANG, 2004). De forma objetiva, Saadat e Abbaszadeh (2016) mencionam que, para siste-mas fotovoltaicos, o CB ´e um dos conversores mais comuns para elevar tens ˜ao, por ´em

(24)

3.1 Princ´ıpio de funcionamento e caracter´ısticas 22

quando necess ´ario altos ganhos est ´aticos a alta raz ˜ao c´ıclica ´e um problema que re-sulta na reduc¸ ˜ao da efici ˆencia. Dessa forma, o ganho m ´aximo limitado do CB pode n ˜ao ser suficiente para atingir o valor de ganho necess ´ario exigido na aplicac¸ ˜ao, e caso seja projetado para ganhos muito pr ´oximos do limite o rendimento se torna baixo e inviabiliza a aplicac¸ ˜ao.

Al ´em do efeito ESR dos indutores, ser ´a considerada, na an ´alise matem ´atica e na simulac¸ ˜ao, a resist ˆencia de conduc¸ ˜ao RDS(on)da chave MOSFET, resist ˆencia essa que surge entre o dreno e fonte (drain e source) enquanto a chave estiver condu-zindo, e tamb ´em a tens ˜ao de conduc¸ ˜ao dos diodos, visando uma modelagem mais fiel dos conversores (TSENG; LIANG, 2004). Choudhury e Nayak (2016) apresentam uma an ´alise de ganho est ´atico em que ´e poss´ıvel notar que o efeito ESR dos capacitores possui pouca influ ˆencia no ganho est ´atico, assim optou-se por desconsiderar tal efeito nas an ´alises.

3.1.3 CONVERSOR BOOST EM CASCATA

Uma alternativa para elevar o ganho de tens ˜ao seria o arranjo de dois CB em s ´erie, para que a tens ˜ao fosse elevada duas vezes . Essa topologia resultante ´e co-nhecida como boost em cascata, se tornando um conversor quadr ´atico com duas cha-ves controladas, apresentado na Figura 5, e tem como ganho est ´atico o resultado do produto do ganho est ´atico dos dois conversores CB em s ´erie, conforme Equac¸ ˜ao (4) (LOPES, 2014).

V_IN

SW1

C1

SW2

C2

R

V_OUT

L1

D1

L2

D3

Figura 5 – Topologia do conversor boost em cascata. Fonte: Autoria pr ´opria.

G = V OU T V IN = 1 (1 − D) × 1 (1 − D) = 1 (1 − D)2 (4)

Essa topologia possui vantagem sobre o CB em relac¸ ˜ao ao ganho est ´atico, por ´em possui desvantagem em relac¸ ˜ao ao n ´umero de chaves e a efici ˆencia. Assim como o ganho est ´atico, o rendimento do conversor boost em cascata ´e produto dos rendimentos individuais dos conversores associados em s ´erie, resultando em um ren-dimento total menor que o renren-dimento individual de cada conversor (LOPES, 2014).

(25)

3.1 Princ´ıpio de funcionamento e caracter´ısticas 23

3.1.4 CONVERSOR BOOST QUADR ´ATICO

Da topologia boost em cascata, ´e poss´ıvel obter um outro conversor com o mesmo ganho est ´atico e com apenas uma chave ativa. A alterac¸ ˜ao se deve a troca de uma chave ativa por uma chave passiva, tornando o circuito equivalente uma associac¸ ˜ao de um conversor passivo em s ´erie com um conversor ativo. Mudando a posic¸ ˜ao da chave SW 1 e substituindo-a por um diodo D2 tem-se o Conversor Boost Quadr ´atico (CBQ), apresentado na Figura 6. A reduc¸ ˜ao de uma chave diminui as per-das e simplifica o acionamento (LOPES, 2014). Kummar et al. (2016) e Choudhury e Nayak (2016) apresentam o ganho est ´atico do CBQ, sendo esse id ˆentico ao do boost em cascata, conforme Equac¸ ˜ao (5), validando a substituic¸ ˜ao da chave.

V_IN

C1

SW

C2

R

V_OUT

L1

D1

L2

D3

D2

Figura 6 – Topologia do conversor boost quadr ´atico. Fonte: Autoria pr ´opria.

GBQ = V OU TBQ V INBQ = 1 (1 − DBQ)2 (5) No estudo comparativo de conversores para nanogrid, Devi e Prabha (2015) apresentam os m ´eritos do CBQ como o alto ganho de tens ˜ao e a reduc¸ ˜ao de esforc¸os de tens ˜ao e corrente sobre os componentes, sendo usado em aplicac¸ ˜oes de alta pot ˆencia e indicado para sistemas fotovoltaicos.

Assim como o CB, o ganho ideal do CBQ diverge do seu ganho n ˜ao ideal devido ao efeito ESR. A Figura 7 apresenta uma comparac¸ ˜ao entre o ganho est ´atico ideal e o n ˜ao ideal do CBQ (CHOUDHURY; NAYAK, 2016). As resist ˆencias consideradas para ambos os indutores foram de 1 Ω e a resist ˆencia da carga igual a 625 Ω. O sub´ındice BQ ser ´a usado quando algum componente ou valor pertencer ao conversor boost quadr ´atico.

Na Figura 8 ´e poss´ıvel constatar que o CBQ apresenta um ganho est ´atico maior que o CB para a mesma raz ˜ao c´ıclica, at ´e o ponto que as curvas se intercep-tam, ou seja, o ganho est ´atico do CBQ necessita uma raz ˜ao c´ıclica menor que o CB para alcanc¸ar o mesmo valor de ganho est ´atico. Nos ganhos est ´aticos ´e considerado

(26)

3.1 Princ´ıpio de funcionamento e caracter´ısticas 24

apenas o efeito ESR dos indutores, ilustrando a limitac¸ ˜ao do ganho com a inserc¸ ˜ao de tal efeito. Posteriormente ser ˜ao realizadas an ´alises de relac¸ ˜ao de ganho est ´atico e rendimento dos conversores em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica considerando todas as n ˜ao idealidades citadas anteriormente.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

3

6

9

12

15

G

BQ

Ganho estático CBQ ideal Ganho estático CBQ não ideal

D

BQ

0

1

Figura 7 – Comparac¸ ˜ao entre os ganhos est ´aticos ideal e n ˜ao ideal (com efeito ESR dos indutores) do conversor boost quadr ´atico.

Fonte: Autoria pr ´opria.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

3

6

9

12

15

G

Ganho estático CB não ideal Ganho estático CBQ não ideal

D

0

1

Figura 8 – Comparac¸ ˜ao entre o ganho est ´atico n ˜ao ideal (com efeito ESR dos indutores) do conversor boost e conversor boost quadr ´atico.

(27)

25

4 AN ´ALISE MATEM ´ATICA DOS CONVERSORES

Neste cap´ıtulo ser ˜ao apresentadas as considerac¸ ˜oes, simplificac¸ ˜oes e as an ´alises matem ´aticas, n ˜ao ideal e ideal, dos conversores boost e boost quadr ´atico.

4.1 CONSIDERAC¸ ˜OES INICIAIS DE AN ´ALISE

As an ´alises dos conversores, j ´a em regime permanente, ser ˜ao realizadas considerando uma fonte de tens ˜ao CC na entrada, visando que a implementac¸ ˜ao dos mesmos ser ´a da mesma maneira. A utilizac¸ ˜ao de uma fonte CC n ˜ao representa rigo-rosamente um painel fotovoltaico, por ´em ´e suficiente para que se fac¸a as an ´alises e discuta-se os resultados de ganho est ´atico e rendimento dos conversores.

Outros fatores a serem mencionados sobre a modelagem ´e que em ambos os casos ser ´a considerado que o conversor est ´a operando em CCM, pois esse modo geralmente apresenta rendimento mais elevado e menor esforc¸o de tens ˜ao e/ou cor-rente sobre os componentes (NAVAMANI et al., 2015). Tamb ´em ser ´a considerado em alguns casos que as variac¸ ˜oes de tens ˜ao nos conversores s ˜ao suficientemente pe-quenas a ponto de serem consideradas nulas, sendo que essa aproximac¸ ˜ao auxiliar ´a em alguns c ´alculos (HART, 2001).

4.1.1 CONVERSOR BOOST N ˜AO IDEAL

A Figura 9 apresenta o CB com as resist ˆencias que representam as n ˜ao idealidades e os instrumentos de medic¸ ˜ao com o nome das vari ´aveis do conversor. R L1B representa a resist ˆencia do indutor L1B, R SWB a resist ˆencia de conduc¸ ˜ao da chave SWBe a tens ˜ao de conduc¸ ˜ao do diodo D1B(V D1B(on)) surge quando o mesmo entra em conduc¸ ˜ao.

O CB opera em duas etapas. Na primeira etapa a chave SWB est ´a em conduc¸ ˜ao e o diodo D1B est ´a bloqueado. Na segunda etapa a chave SWB bloqueia e o diodo D1B entra em conduc¸ ˜ao. Com isso, ´e poss´ıvel obter o ganho est ´atico do conversor, o rendimento e as equac¸ ˜oes necess ´arias para determinar os componentes do mesmo.

(28)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 26 V_IN L1 R_L1 D1 A A I_D1 I_L1 V_D1 V I_SWV V_SW A I_R C1 R_SW R_OUT PWM SW A V V_OUT

Figura 9 – Conversor boost n ˜ao ideal considerado na an ´alise matem ´atica. Fonte: Autoria pr ´opria.

As Equac¸ ˜oes (6) e (7), em valores m ´edios, representam o ganho est ´atico (GB) e rendimento do conversor (ηB), respectivamente.

GB = V INB− V D1B(on)· (1 − DB) V INB × R OU TB· (1 − DB) (R SWB+ R L1B) · DB+ (R OU TB) · (1 − DB)2+ R L1B· (1 − DB) (6) ηB = P OU TB P INB ∼ = V OU TB· I RB V INB· I L1B = V OU TB V INB · (1 − DB) (7) As Equac¸ ˜oes de (8) a (11), em valores m ´edios, representam a corrente no indutor L1 (I L1B), corrente no resistor R OU T (I RB), indut ˆancia L1 (L1B), capa-cit ˆancia C1 (C1B), respectivamente.

I L1B = V OU TB R OU TB· (1 − DB) (8) I RB = V OU TB R OU TB (9) L1B = (V INB− I L1B· (R L1B+ R SWB)) · D B · TB ∆I L1B (10) C1B = V OU TB· DB· TB R OU TB· ∆V OU TB (11) As Equac¸ ˜oes de (12) a (15), em valores m ´edios, representam a tens ˜ao na chave SW (V SWB), corrente na chave SW (I SWB), tens ˜ao no diodo D1 (V D1B) e corrente no diodo D1 (I D1B), respectivamente. Por estarem em paralelo, a tens ˜ao sobre o capacitor C1B ser ´a tratada como a tens ˜ao de sa´ıda sobre o resistor R OU TB.

(29)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 27

V SWB = (V OU TB+ V D1B(on)) · (1 − DB) + (R SWB· I L1B) · DB (12)

I SWB = I L1B· DB (13)

V D1B= (−V OU TB+ I L1B· R SWB) · DB+ V D1B(on)· (1 − DB) (14)

I D1B = I L1B· (1 − DB) (15)

Barbi (2014) apresenta uma deduc¸ ˜ao, por outro m ´etodo do utilizado aqui, do ganho est ´atico do CB. O conversor analisado possui as mesmas n ˜ao idealidades do proposto aqui e a equac¸ ˜ao resultante ´e igual a Equac¸ ˜ao (6), assim validando essa. As Equac¸ ˜oes de (16) a (19) referem-se, respectivamente, a tens ˜ao m ´axima na sa´ıda (V OU TB(pk)), tens ˜ao m´ınima na sa´ıda (V OU TB(min)), corrente m ´axima no indutor L1 (I L1B(pk)) e corrente m´ınima no indutor L1 (V OU TB(min)).

V OU TB(pk) = V OU TB+ ∆V OU TB 2 (16) V OU TB(min) = V OU TB− ∆V OU TB 2 (17) I L1B(pk) = I L1B+ ∆I L1B 2 (18) I L1B(min) = I L1B− ∆I L1B 2 (19)

As Equac¸ ˜oes de (20) a (23) referem-se, respectivamente, a tens ˜ao m ´axima na chave SW (V SWB(pk)), corrente m ´axima na chave SW (I SWB(pk)), tens ˜ao m ´axima no diodo D1 (V D1B(pk)) e a corrente m ´axima no diodo D1 (I D1B(pk)).

V SWB(pk) = V OU TB+ ∆V OU TB 2 + V D1B(on) (20) I SWB(pk) = I L1B+ ∆I L1B 2 (21) V D1B(pk) = −(V OU TB+ ∆V OU TB 2 ) + (I L1B− ∆I L1B 2 ) · R SWB (22) I D1B(pk) = I L1B+ ∆I L1B 2 (23)

4.1.2 CONVERSOR BOOST IDEAL ´

E poss´ıvel obter as equac¸ ˜oes do CB ideal por meio das equac¸ ˜oes do CB n ˜ao ideal. Considerando as n ˜ao idealidades nulas, ou seja, considerando zero a

(30)

re-4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 28

sist ˆencia do indutor, da chave e tamb ´em a tens ˜ao de conduc¸ ˜ao do diodo obt ´em-se as Equac¸ ˜oes de (24) a (33), que representam analogamente as equac¸ ˜oes, de valores m ´edios, apresentadas na Sess ˜ao 4.1.1.

GB = 1 1 − DB (24) ηB = P OU TB P INB ∼ = V OU TB· I RB V INB· I L1B = V OU TB V INB · (1 − DB) (25) I L1B = V OU TB R OU TB· (1 − DB) (26) I RB= V OU T.B R OU TB (27) L1B = V INB· D B · TB ∆I L1B (28) C1B = V OU TB· DB· TB R OU TB· ∆V OU TB (29) V SWB = V OU TB· (1 − DB) (30) I SWB = I L1B· DB (31) V D1B = −V OU TB· DB (32) I D1B = I L1B· (1 − DB) (33)

O CB ideal ´e muito difundido e abordado em livros did ´aticos de eletr ˆonica de pot ˆencia. Erickson e Maksimovic (2007) e Hart (2001) apresentam equac¸ ˜oes do CB ideal que s ˜ao id ˆenticas as mencionadas acima. Em alguns casos algumas equac¸ ˜oes s ˜ao escritas em func¸ ˜ao da frequ ˆencia e n ˜ao do per´ıodo.

As Equac¸ ˜oes de (34) a (41) referem-se, analogamente, as equac¸ ˜oes de m ´aximos e m´ınimos apresentadas na Sess ˜ao 4.1.1. Os valores de m ´aximos e m´ınimos de tens ˜ao e corrente no conversor ideal auxiliam no dimensionamento dos componen-tes do circuito. V OU TB(pk) = V OU TB+ ∆V OU TB 2 (34) V OU TB(min) = V OU TB− ∆V OU TB 2 (35) I L1B(pk) = I L1B+ ∆I L1B 2 (36) I L1B(min) = I L1B− ∆I L1B 2 (37)

(31)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 29 V SWB(pk) = V OU TB+ ∆V OU TB 2 (38) I SWB(pk) = I L1B+ ∆I L1B 2 (39) V D1B(pk) = −(V OU TB+ ∆V OU TB 2 ) (40) I D1B(pk) = I L1B+ ∆I L1B 2 (41)

4.1.3 CONVERSOR BOOST QUADR ´ATICO N ˜AO IDEAL

A Figura 10 apresenta o CBQ com as resist ˆencias que representam as n ˜ao idealidades e os instrumentos de medic¸ ˜ao com o nome das vari ´aveis do con-versor. R L1BQ e R L2BQ representam as resist ˆencias dos indutores L1BQ e L2BQ, respectivamente, R SWBQ a resist ˆencia de conduc¸ ˜ao da chave SWBQ e as tens ˜oes de conduc¸ ˜ao dos diodos D1BQ (V D1BQ(on)), D2BQ (V D2BQ(on)) e D3BQ (V D3BQ(on)) surgem quando os mesmos entram em conduc¸ ˜ao.

R_L1 V_IN L1 I_L1 C2 R_OUT PWM I_R D3 V_D3 I_D3 V_SW I_SW SW R_SW I_D1 L2 R_L2 I_L2 V_C1 C1 D1 V_D2 V_D1 D2 I_D2 A A A A A A V V V V A V V_OUT V

Figura 10 – Conversor boost quadr ´atico n ˜ao ideal considerado na an ´alise matem ´atica. Fonte: Autoria pr ´opria.

O CBQ tamb ´em opera em duas etapas. Na primeira etapa, a chave SWBQ e o diodo D2BQest ˜ao em conduc¸ ˜ao enquanto D1BQe D3BQ est ˜ao bloqueados. Na se-gunda etapa, SWBQ e D2BQbloqueiam enquanto D1BQe D3BQ entram em conduc¸ ˜ao. As Equac¸ ˜oes (42) e (43), em valores m ´edios, representam o ganho est ´atico (GBQ) e o rendimento do conversor (ηBQ), respectivamente.

(32)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 30 GBQ =(−V D3BQ(on)· (1 − DBQ) − V D2BQ(on)· DBQ 1 − DBQ − V D1BQ(on)+ V INBQ (1 − DBQ) )× (V INBQ· (A + B + E + (1 − DBQ)))−1 em que : A = R L1BQ+ R SWBQ· DBQ R OU TBQ· (1 − DBQ)3 B = 2 · R SWBQ· DBQ R OU TBQ· (1 − DBQ)2 E = R L2BQ+ R SWBQ· DBQ R OU TBQ· (1 − DBQ) (42) ηBQ = P OU TBQ P INBQ ∼= V OU TBQ· I RBQ V INBQ· I L1BQ = V OU TBQ V INBQ · (1 − DBQ)2 (43) As Equac¸ ˜oes de (44) a (51), em valores m ´edios, representam a corrente no indutor L1 (I L1BQ), corrente no indutor L2 (I L2BQ), corrente no resistor R OU T (I RBQ), indut ˆancia L1 (L1BQ), indut ˆancia L2 (L2BQ), capacit ˆancia C1 (C1BQ), capa-cit ˆancia C2 (C2BQ), respectivamente.

I L1BQ = V OU TBQ R OU TBQ· (1 − DBQ)2 (44) I L2BQ = V OU TBQ R OU TBQ· (1 − DBQ) (45) I RBQ = V OU TBQ R OU TBQ (46) V C1BQ =− V OU TBQ· (R L1BQ+ R SWBQ· DBQ) R OU TBQ· (1 − DBQ)3 − V D1BQ(on)− V OU TBQ· R SWBQ· DBQ R OU TBQ· (1 − DBQ)2 +V INBQ− V D2BQ(on)· DBQ (1 − DBQ) (47) L1BQ = (V INBQ− I L1BQ· R1− I L2BQ· R SWBQ− V D2BQ(on)) · D BQ · TBQ ∆I L1BQ em que : R1 = R L1BQ+ R SWBQ (48) L2BQ = (V C1BQ− I L2BQ· R2− I L1BQ· R SWBQ) · D BQ · TBQ ∆I L2BQ em que : R2 = R L2BQ+ R SWBQ (49) C1BQ = V OU TBQ· DBQ· TBQ R OU TBQ· ∆V C1BQ· (1 − DBQ) (50) C2BQ = V OU TBQ· DBQ· TBQ R OU TBQ· ∆V OU TBQ (51)

(33)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 31

As Equac¸ ˜oes de (52) a (59), em valores m ´edios, representam a tens ˜ao na chave SW (V SWBQ), corrente na chave SW (I SWBQ), tens ˜ao no diodo D1 (V D1BQ) , corrente no diodo D1 (I D1BQ), tens ˜ao no diodo D2 (V D2BQ), corrente no diodo D2 (I D2BQ), tens ˜ao no diodo D3 (V D3BQ) e corrente no diodo D3 (I D3BQ), respectiva-mente. V SWBQ =(V OU TBQ+ V D3BQ(on)) · (1 − DBQ)+ R SWB· (I L1BQ+ I L2BQ) · DBQ (52) I SWBQ = (I L1BQ+ I L2BQ) · DBQ (53) V D1BQ =(−V C1BQ+ V D2BQ(on)+ R SWBQ· (I L1BQ+ I L2BQ)) · DBQ+ V D1BQ(on)· (1 − DBQ) (54) I D1BQ = I L1BQ· (1 − DBQ) (55) V D2BQ =(V C1BQ− V OU TBQ− V D3BQ(on)+ V D1BQ(on)) · (1 − DBQ)+ V D2BQ(on)· DBQ (56) I D2BQ = I L1BQ· DBQ (57) V D3BQ =(−V OU TBQ+ R SWBQ· (I L1BQ+ I L2BQ)) · DBQ+ V D3BQ(on)· (1 − DBQ) (58) I D3BQ = I L2BQ· (1 − DBQ) (59)

As Equac¸ ˜oes de (60) a (67) referem-se, respectivamente, a tens ˜ao m ´axima na sa´ıda (V OU TBQ(pk)), tens ˜ao m´ınima na sa´ıda (V OU TBQ(min)), tens ˜ao m ´axima no capacitor C1 (V C1BQ(pk)), tens ˜ao m´ınima no capacitor C1 (V C1BQ(min)), corrente m ´axima no indutor L1 (I L1BQ(pk)), corrente m´ınima no indutor L1 (I L1BQ(min)), cor-rente m ´axima no indutor L2 (I L2BQ(pk)), corrente m´ınima no indutor L2 (I L2BQ(min)).

V OU TBQ(pk) = V OU TBQ+ ∆V OU TBQ 2 (60) V OU TBQ(min) = V OU TBQ− ∆V OU TBQ 2 (61) V C1BQ(pk) = V C1BQ+ ∆V C1BQ 2 (62) V C1BQ(min) = V C1BQ− ∆V C1BQ 2 (63) I L1BQ(pk) = I L1BQ+ ∆I L1BQ 2 (64) I L1BQ(min) = I L1BQ− ∆I L1BQ 2 (65)

(34)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 32 I L2BQ(pk) = I L2BQ+ ∆I L2BQ 2 (66) I L2BQ(min) = I L2BQ− ∆I L2BQ 2 (67)

As Equac¸ ˜oes de (68) a (75) referem-se, respectivamente, a tens ˜ao m ´axima na chave SW (V SWBQ(pk)), corrente m ´axima na chave SW (I SWBQ(pk)), tens ˜ao m ´axima no diodo D1 (V D1BQ(pk)), corrente m ´axima no diodo D1 (I D1BQ(pk)), tens ˜ao m ´axima no diodo D2 (V D2BQ(pk)), corrente m ´axima no diodo D2 (I D2BQ(pk)), tens ˜ao m ´axima no diodo D3 (V D3BQ(pk)) e corrente m ´axima no diodo D3 (I D3BQ(pk)).

V SWBQ(pk) = V OU TB+ ∆V OU TB 2 + V D3BQ(on) (68) I SWB(pk) = (I L1BQ+ ∆I L1B 2 ) + (I L2BQ+ ∆I L2BQ 2 ) (69)

V D1BQ(pk) = −V C1BQ+ V D2BQ(on)+ R SWBQ· (I L1BQ(min)+ I L2BQ(min)) (70) I D1BQ(pk) = I L1BQ+ ∆I L1BQ 2 (71) V D2B(pk) = (V C1BQ− ∆V C1BQ 2 ) − (V OU TBQ− ∆V OU TBQ 2 ) (72) I D2BQ(pk) = I L1BQ+ ∆I L1BQ 2 (73) V D3BQ(pk) =−(V OU TBQ+ ∆V OU TBQ 2 )+ R SWBQ· (I L1BQ(min)+ I L2BQ(min)) (74) I D3BQ(pk) = I IL2BQ+ ∆I L2BQ 2 (75)

4.1.4 CONVERSOR BOOST QUADR ´ATICO IDEAL ´

E poss´ıvel obter as equac¸ ˜oes do CBQ ideal por meio das equac¸ ˜oes do CBQ n ˜ao ideal. Como feito anteriormente, considerando as n ˜ao idealidades nulas, ou seja, considerando zero as resist ˆencias dos indutores, a resist ˆencia de conduc¸ ˜ao da chave e tamb ´em as tens ˜oes de conduc¸ ˜ao dos diodos obt ´em-se as Equac¸ ˜oes de (76) a (93), que representam analogamente as equac¸ ˜oes, de valores m ´edios, apresentadas na Sess ˜ao 4.1.3. GBQ = 1 (1 − DBQ)2 (76) ηBQ = P OU TBQ P INBQ ∼= V OU TBQ· I RBQ V INBQ· I L1BQ = V OU TBQ V INBQ · (1 − DBQ)2 (77)

(35)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 33 I L1BQ = V OU TBQ R OU TBQ· (1 − DBQ)2 (78) I L2BQ = V OU TBQ R OU TBQ· (1 − DBQ) (79) I RBQ = V OU TBQ R OU TBQ (80) V C1BQ = V INBQ (1 − DBQ) (81) L1BQ = V INBQ· D BQ · TBQ ∆I L1BQ (82) L2BQ= V C1BQ· D BQ · TBQ ∆I L2BQ (83) C1BQ = V OU TBQ· DBQ· TBQ R OU TBQ· ∆V C1BQ· (1 − DBQ) (84) C2BQ = V OU TBQ· DBQ· TBQ R OU TBQ· ∆V OU TBQ (85) V SWBQ = V OU TBQ· (1 − DBQ) (86) I SWBQ = (I L1BQ+ I L2BQ) · DBQ (87) V D1BQ = −V C1BQ· DBQ (88) I D1BQ = I L1BQ· (1 − DBQ) (89) V D2BQ = (V C1BQ− V OU TBQ) · (1 − DBQ) (90) I D2BQ = I L1BQ· DBQ (91) V D3BQ = −V OU TBQ· DBQ (92) I D3BQ = I L2BQ· (1 − DBQ) (93)

As Equac¸ ˜oes de (94) a (109) referem-se, analogamente as equac¸ ˜oes de m ´aximos e m´ınimos apresentadas na Sess ˜ao 4.1.3.

V OU TBQ(pk) = V OU TBQ+ ∆V OU TBQ 2 (94) V OU TBQ(min) = V OU TBQ− ∆V OU TBQ 2 (95) V C1BQ(pk) = V C1BQ+ ∆V C1BQ 2 (96) V C1BQ(min) = V C1BQ− ∆V C1BQ 2 (97) I L1BQ(pk) = I L1B+ ∆I L1B 2 (98)

(36)

4.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de an ´alise 34 I L1BQ(min) = I L1BQ− ∆I L1BQ 2 (99) I L2BQ(pk) = I L2BQ+ ∆I L2BQ 2 (100) I L2BQ(min) = I L2BQ− ∆I L2BQ 2 (101) V SWBQ(pk) = V OU TBQ+ ∆V OU TBQ 2 (102) I SWBQ(pk) = (I L1BQ+ ∆I L1BQ 2 ) + (I L2BQ+ ∆I L2BQ 2 ) (103) V D1BQ(pk) = −(V C1BQ+ ∆V C1BQ 2 ) (104) I D1BQ(pk) = I L1BQ+ ∆I L1BQ 2 (105) V D2BQ(pk) = (V C1BQ− ∆V C1BQ 2 ) − (V OU TBQ− ∆V OU TBQ 2 ) (106) I D2BQ(pk) = I L1BQ+ ∆I L1BQ 2 (107) V D3BQ(pk) = −(V OU TBQ+ ∆V OU TBQ 2 ) (108) I D3BQ(pk) = I L2BQ+ ∆I L2BQ 2 (109)

(37)

35

5 PROJETOS E SIMULAC¸ ˜OES DOS PROT ´OTIPOS DOS CONVERSORES BOOST E BOOST QUADR ´ATICO

Neste cap´ıtulo ser ˜ao apresentados os par ˆametros de projeto baseados na aplicac¸ ˜ao do conversor em um sistema nanogrid fotovoltaico n ˜ao isolado, o projeto dos conversores boost e boost quadr ´atico e tamb ´em uma comparac¸ ˜ao entre os resultados te ´oricos e os resultados da simulac¸ ˜ao. Posteriormente ´e apresentada uma an ´alise sobre a relac¸ ˜ao entre ganho est ´atico e rendimento em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica para ambos os conversores.

5.1 CONSIDERAC¸ ˜OES INICIAIS DE PROJETO

O projeto dos prot ´otipos ´e baseado no MPP do painel solar monocristalino KM185 da Komaes Solar, buscando definir um valor de ganho est ´atico e de pot ˆencia para a comparac¸ ˜ao dos conversores. As principais caracter´ısticas do MPP do painel s ˜ao apresentadas, conforme Tabela 1. Esses valores s ˜ao obtidos na condic¸ ˜ao padr ˜ao de teste, com irradiac¸ ˜ao solar de 1000 W/m2 e temperatura do painel de 25 oC ( KO-MAES, 2017).

Tabela 1 – Grandezas el ´etricas do painel KM185. Pot ˆencia Tens ˜ao Corrente

185 W 36, 79 V 5, 04 A Fonte: Adaptado de KOMAES (2017).

Outras considerac¸ ˜oes de projeto foram que a tens ˜ao de sa´ıda CC ser ´a de 250 V, valor esse geralmente utilizado para a convers ˜ao em 127 VRM S, a ondulac¸ ˜ao de corrente nos indutores de 30% e a ondulac¸ ˜ao de tens ˜ao nos capacitores de 5% da tens ˜ao de sa´ıda e a frequ ˆencia de chaveamento em 30 kHz. O valor de tens ˜ao da fonte CC de entrada ser ´a de 36, 79 V e a resist ˆencia de carga do conversor R OU T igual a 337, 83784 Ω, de modo a obter 185 W na sa´ıda do conversor. Visando tal pot ˆencia na sa´ıda e considerando que existem perdas no conversor real, a fonte precisa suprir a pot ˆencia demandada pela carga e compensar as perdas, assim a pot ˆencia fornecida pela fonte ´e maior que 185 W , o que n ˜ao seria poss´ıvel utilizando o painel fotovoltaico. A fonte CC n ˜ao representa precisamente um painel fotovoltaico, por ´em dessa maneira

(38)

5.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de projeto 36

´e poss´ıvel analisar os conversores pr ´oximo da pot ˆencia a qual os mesmos iriam operar.

5.1.1 CONVERSOR BOOST

O projeto do conversor ´e realizado utilizando as equac¸ ˜oes ideais. Com isso s ˜ao determinados os componentes e os valores de suas n ˜ao idealidades e posterior-mente ´e desenvolvida a an ´alise do conversor considerando tais n ˜ao idealidades.

Utilizando as equac¸ ˜oes da Sess ˜ao 4.1.2 foi poss´ıvel determinar os valores dos componentes e de algumas vari ´aveis importantes do CB ideal, conforme Tabelas 2 e 3, respectivamente. O valor do capacitor C1Bfoi alterado de 1, 683 µF para 2, 2 µF , sendo esse o valor comercial superior mais pr ´oximo visando aproximar ao que ser ´a utilizado posteriormente.

Tabela 2 – Par ˆametros do CB.

Par ˆametro Valor

DB 0, 85284

L1B 693, 28675 µH

C1B 2, 2 µF

R OU TB 337, 83784 Ω

Fonte: Autoria pr ´opria.

Tabela 3 – Valor m ´edio das vari ´aveis do CB ideal. Vari ´avel Valor

V INB 36, 79 V V OU TB 250 V GB 6, 79532 I L1B 5, 02854 A I RB 0, 74 A V SWB 36, 79 V I SWB 4, 28854 A V D1B −213, 21 V I D1B 0, 74 A

Fonte: Autoria pr ´opria.

Tamb ´em foram calculados os valores de m ´aximos e m´ınimos de tens ˜ao e corrente sobre os componentes do CB, conforme Tabela 4.

Baseado nos valores das Tabelas 3 e 4, foi optado por utilizar o diodo 30ETH06 e a chave MOSFET IRFP460PbF. Dado seus respectivos datasheets, para o diodo em sua curva de tens ˜ao de conduc¸ ˜ao, a 175 oC, determinou-se uma tens ˜ao de conduc¸ ˜ao de 0, 5 V e para a chave determinou um RDS(on), ou aqui descrito como R SWB, t´ıpico de 0, 27 Ω (IR, 2001) (IR, 2003). Tamb ´em foi poss´ıvel projetar o

(39)

indu-5.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de projeto 37

tor L1B, onde determinou-se o valor te ´orico de R L1B em 0, 11857 Ω, considerando o condutor em uma temperatura de 100 oC (BARBI et al., 2002). Os valores das n ˜ao idealidades s ˜ao apresentados na Tabela 5.

Tabela 4 – Valores m ´aximos e m´ınimos das vari ´aveis do CB ideal.

Vari ´avel Valor

∆V OU TB 9, 56215 V ∆I L1B 1, 50856 A V OU TB(pk) 254, 78107 V V OU TB(min) 245, 21893 V I L1B(pk) 5, 78282 A I L1B(min) 4, 27426 A V SWB(pk) 254, 78107 V I SWB(pk) 5, 78282 A V D1B(pk) −254, 78107 V I D1B(pk) 5, 78282 A

Fonte: Autoria pr ´opria.

Tabela 5 – Valores das n ˜ao idealidades consideradas para o CB. Vari ´avel Valor

V D1B 0, 5 V R SWB 0, 27 Ω

R L1B 0, 11857 Ω

Fonte: Autoria pr ´opria.

Com componentes e n ˜ao idealidades definidos, ´e poss´ıvel simular o CB e comparar os resultados com valores te ´oricos. Com a inserc¸ ˜ao das n ˜ao idealidades do efeito ESR a tens ˜ao de sa´ıda n ˜ao ´e a mesma da projetada, sendo necess ´ario ajustar a raz ˜ao c´ıclica de modo a obter a tens ˜ao desejada, sendo a nova raz ˜ao c´ıclica DB de 0, 86057. Assim, as Tabelas 6 e 7 apresentam a comparac¸ ˜ao dos resultados da simulac¸ ˜ao do CB n ˜ao ideal com os resultados das equac¸ ˜oes n ˜ao ideais apresentadas na Sess ˜ao 4.1.1. O software utilizado para ambas simulac¸ ˜oes foi o PSIM Vers ˜ao 9.0, com um tempo total de simulac¸ ˜ao de 0, 1001 s, com passo de simulac¸ ˜ao de 5 ns e utilizando os ´ultimos tr ˆes per´ıodos do sinal para a determinac¸ ˜ao dos resultados.

A Tabela 7 apresenta o valor m´ınimo da corrente no indutor L1B maior que zero, garantido o modo de operac¸ ˜ao CCM (MOHAN; UNDELAND, 2007). Um fator im-portante ainda n ˜ao calculado ´e o rendimento do conversor, que relaciona pot ˆencia de entrada e pot ˆencia de sa´ıda, e que pela Equac¸ ˜ao (43) permite estimar um valor de rendimento por meio da tens ˜ao e corrente de entrada e de sa´ıda.

(40)

5.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de projeto 38

Tabela 6 – Comparac¸ ˜ao entre valores m ´edios te ´oricos e simulados

do CB n ˜ao ideal.

Vari ´avel Valor te ´orico Valor simulado

V INB 36, 79 V 36, 79 V V OU TB 250 V 249, 77253 V GB 6, 79532 6, 78914 I L1B 5, 30727 A 5, 29982 A I RB 0, 74 A 0, 73933 A V SWB 36, 1607 V 36, 16846 V I SWB 4, 56727 A 4, 56037 A V D1B −213, 8393 V −213, 60407 V I D1B 0, 74 A 0, 73945 A

Fonte: Autoria pr ´opria.

Tabela 7 – Comparac¸ ˜ao entre valores m ´aximos e m´ınimos te ´oricos

e simulados do CB n ˜ao ideal.

Vari ´avel Valor te ´orico Valor simulado

∆V OU TB 9, 6488 V 9, 63853 V ∆I L1B 1, 4369 A 1, 43699 A V OU TB(pk) 254, 8244 V 254, 58282 V V OU TB(min) 245, 1756 V 244, 94429 V I L1B(pk) 6, 02573 A 6, 01587 A I L1B(min) 4, 58882 A 4, 57888 A V SWB(pk) 255, 3244 V 255, 08287 V I SWB(pk) 6, 02573 A 6, 01589 A V D1B(pk) −253, 58542 V −253, 34594 V I D1B(pk) 6, 02573 A 6, 01559 A

Fonte: Autoria pr ´opria.

A comparac¸ ˜ao entre as estimativas de rendimento te ´orico e simulado, por meio da Equac¸ ˜ao (7), ´e apresentada na Tabela 8.

Tabela 8 – Comparac¸ ˜ao entre a estimativa de rendimento te ´orico e

simulado do CB n ˜ao ideal.

Vari ´avel Valor te ´orico Valor simulado

ηB 0, 94748 0, 94709

Fonte: Autoria pr ´opria.

Os resultados entre teoria e simulac¸ ˜ao apresentados nas Tabelas 6, 7 e 8 s ˜ao pr ´oximos, sendo o maior erro percentual relativo de aproximadamente 0, 216% (sobre o valor da corrente m´ınima no indutor L1B). O c ´alculo do erro relativo percentual

(41)

5.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de projeto 39

Erro (%) = Valor te´orico − Valor pr´atico Valor te´orico · 100

5.1.2 CONVERSOR BOOST QUADR ´ATICO

O procedimento para o projeto do CBQ ´e semelhante ao do CB. Utilizando as equac¸ ˜oes da Sess ˜ao 4.1.4 foi poss´ıvel determinar os valores dos componentes e de algumas vari ´aveis importantes do CBQ ideal, conforme Tabelas 9 e 10, respec-tivamente. O valor dos capacitores C1BQ e C2BQ foram alterados de 3, 17072 µF e 1, 21633 µF para 3, 3 µF e 2, 2 µF , respectivamente, sendo esses os valores comerciais superiores mais pr ´oximos visando aproximar ao que ser ˜ao utilizados posteriormente.

Tabela 9 – Componentes do CBQ. Componente Valor DBQ 0, 61639 L1BQ 501, 06934 µH L2BQ 3, 40493 mH C1BQ 3, 3 µF C2BQ 2, 2 µF R OU TBQ 337, 83784 Ω

Fonte: Autoria pr ´opria.

Tabela 10 – Valor m ´edio das vari ´aveis do CBQ ideal. Vari ´avel Valor

V INBQ 36, 79 V V OU TBQ 250 V GBQ 6, 79532 I L1BQ 5, 02854 A I L2BQ 1, 92902 A I RBQ 0, 74 A V SWBQ 95, 9036 V I SWBQ 4, 28854 A V D1BQ −59, 1136 V I D1BQ 1, 92902 A V D2BQ −59, 1136 V I D2BQ 3, 09952 A V D3BQ −154, 0964 V I D3BQ 0, 74 A

Fonte: Autoria pr ´opria.

Tamb ´em foram calculados os valores de m ´aximos e m´ınimos de tens ˜ao e corrente sobre os componentes do CBQ, conforme Tabela 11.

(42)

5.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de projeto 40

Tabela 11 – Valores m ´aximos e m´ınimos das vari ´aveis do CBQ ideal.

Vari ´avel Valor

∆V C1BQ 12, 01031 V ∆V OU TBQ 6, 91099 V ∆I L1B 1, 50856 A ∆I L2B 0, 57871 A V OU TBQ(pk) 253, 4555 V V OU TBQ(min) 246, 5445 V I L1BQ(pk) 5, 78282 A I L1BQ(min) 4, 27426 A I L2BQ(pk) 2, 21837 A I L2BQ(min) 1, 63967 A V SWBQ(pk) 256, 25 V I SWBQ(pk) 8, 00119 A V D1BQ(pk) −102, 1536 V I D1BQ(pk) 5, 78282 A V D2BQ(pk) −154, 0964 V I D2BQ(pk) 5, 78282 A V D3BQ(pk) −256, 25 V I D3BQ(pk) 2, 21837 A

Fonte: Autoria pr ´opria.

Foi escolhido utilizar novamente o diodo 30ETH06 e a chave MOSFET IRFP460PbF. As tens ˜oes de conduc¸ ˜ao dos diodos foram de 0, 7 V , 0, 8 V e 0, 7 V para os diodos D1BQ, D2BQ e D3BQ, respectivamente. A resist ˆencia R SWBQ se mant ´em em 0, 27 Ω e as resist ˆencias te ´oricas R L1BQe R L2BQ foram calculadas em 0, 08469 Ω e 0, 44657 Ω, respectivamente. As n ˜ao idealidades do CBQ foram considerados nas mesmas condic¸ ˜oes que as do CB e s ˜ao apresentadas na Tabela 12.

Tabela 12 – Valores das n ˜ao idealidade consideradas para o CBQ. Vari ´avel Valor

V D1BQ 0, 7 V V D2BQ 0, 8 V V D3BQ 0, 7 V R SWBQ 0, 27 Ω R L1BQ 0, 08469 Ω R L2BQ 0, 44657 Ω

Fonte: Autoria pr ´opria.

Com a inserc¸ ˜ao das n ˜ao idealidades a tens ˜ao de sa´ıda n ˜ao ´e igual a proje-tada, como visto anteriormente, sendo a nova raz ˜ao c´ıclica DBQ de 0, 6347.

As Tabelas 13 e 14 apresentam uma comparac¸ ˜ao entre os resultados simu-lados e te ´oricos, baseados nas equac¸ ˜oes da Sess ˜ao 4.1.3, do CBQ n ˜ao ideal.

(43)

5.1 Considerac¸ ˜oes iniciais de projeto 41

Tabela 13 – Comparac¸ ˜ao entre os valores m ´edios te ´oricos e

simu-lados do CBQ n ˜ao ideal.

Vari ´avel Valor te ´orico Valor simulado

V INBQ 36, 79 V 36, 79 V V OU TBQ 250 V 249, 87508 V V C1BQ 93, 78358 V 93, 80505 V GBQ 6, 79532 6, 79193 I L1BQ 5, 5453 A 5, 543 A I L2BQ 2, 02571 A 2, 03054 A I RBQ 0, 74 A 0, 73963 A V SWBQ 92, 87895 V 92, 90341 V I SWBQ 4, 8053 A 4, 80341 A V D1BQ −57, 46323 V −57, 48495 V I D1BQ 2, 02571 A 2, 03047 A V D2BQ −56, 55861 V −56, 58331 V I D2BQ 3, 51958 A 3, 51252 A V D3BQ −157, 12105 V −156, 97167 V I D3BQ 0, 74 A 0, 73965 A

Fonte: Autoria pr ´opria.

Tabela 14 – Comparac¸ ˜ao entre valores m ´aximos e m´ınimos

te ´oricos e simulados do CBQ n ˜ao ideal.

Vari ´avel Valor te ´orico Valor simulado

∆V OU TBQ 7, 1163 V 7, 10999 V ∆V C1BQ 12, 98701 V 13, 03825 V ∆I L1BQ 1, 41346 A 1, 41342 A ∆I L2BQ 0, 5644 A 0, 56463 A V OU TBQ(pk) 253, 55815 V 253, 34227 V V OU TBQ(min) 246, 44185 V 246, 23228 V V C1BQ(pk) 100, 27708 V 100, 03704 V V C1BQ(min) 87, 29007 V 86, 99879 V I L1BQ(pk) 6, 25202 A 6, 23865 A I L1BQ(min) 4, 83857 A 4, 82523 A I L2BQ(pk) 2, 30791 A 2, 30897 A I L2BQ(min) 1, 74351 A 1, 74434 A V SWBQ(pk) 254, 25815 V 254, 04229 V I SWBQ(pk) 8, 55994 A 8, 54765 A V D1BQ(pk) −97, 69992 V −97, 46310 V I D1BQ(pk) 6, 25202 A 6, 23867 A V D2BQ(pk) −159, 15178 V −159, 23397 V I D2BQ(pk) 6, 25202 A 6, 23866 A V D3BQ(pk) −251, 78099 V −251, 56786 V I D3BQ(pk) 2, 30792 A 2, 30884 A

(44)

5.2 Relac¸ ˜ao de ganho est ´atico e rendimento 42

A Tabela 14 apresenta os valores m´ınimos das correntes no indutor L1BQ e no indutor L2BQ maiores que zero, garantido o modo de operac¸ ˜ao CCM (NAVAMANI et al., 2015).

A comparac¸ ˜ao entre das estimativas de rendimento te ´orico e simulado, por meio da Equac¸ ˜ao (43), ´e apresentada na Tabela 15.

Tabela 15 – Comparac¸ ˜ao entre a estimativa de rendimento te ´orico

e simulado do CBQ n ˜ao ideal.

Vari ´avel Valor te ´orico Valor simulado

ηBQ 0, 90681 0, 90628

Fonte: Autoria pr ´opria.

Novamente os resultados entre teoria e simulac¸ ˜ao, apresentados nas Tabe-las 13, 14 e 15 s ˜ao pr ´oximos, sendo o maior erro percentual relativo de aproximada-mente 0, 395% (sobre o valor da variac¸ ˜ao de tens ˜ao no capacitor C1BQ).

5.2 RELAC¸ ˜AO DE GANHO EST ´ATICO E RENDIMENTO

Atrav ´es das equac¸ ˜oes n ˜ao ideais dos conversores, foi realizada uma an ´alise do ganho est ´atico e do rendimento de cada conversor em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica. As Figuras 11 e 12 apresentam as curvas de ganho est ´atico e rendimento do CB e do CBQ respectivamente. As Figuras 13 e 14 apresentam as comparac¸ ˜oes entre ganho est ´atico e rendimento do CB e CBQ, respectivamente.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

3

6

9

12

15

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

η

1

0

G

B

D

B Ganho estático CB Rendimento CB B

Figura 11 – Relac¸ ˜ao entre ganho est ´atico e rendimento do conversor boost em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica.

(45)

5.2 Relac¸ ˜ao de ganho est ´atico e rendimento 43

0

0,2

0,4

0,6

0,8

3

6

9

12

15

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

η

1

0

G

BQ

D

BQ Ganho estático CBQ Rendimento CBQ BQ

Figura 12 – Relac¸ ˜ao entre ganho est ´atico e rendimento do conversor boost quadr ´atico em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica.

Fonte: Autoria pr ´opria.

Apesar de, teoricamente, os conversores poderem trabalhar com um ganho est ´atico maior, a medida que a raz ˜ao c´ıclica se aproxima do valor unit ´ario o rendimento cai, inviabilizando aplicac¸ ˜oes que exigem alto rendimento, conforme Figuras 11 e 12.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

3

6

9

12

15

G

Ganho estático CB não ideal Ganho estático CBQ não ideal

D

0

1

Figura 13 – Comparac¸ ˜ao do ganho est ´atico do CB e do CBQ em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica. Fonte: Autoria pr ´opria.

A Figura 13 apresenta os ganhos est ´aticos do CB e CBQ, onde o ganho do CBQ apresenta vantagem, at ´e o ponto de interceptac¸ ˜ao das curvas, por alcanc¸ar um maior ganho est ´atico para uma mesma raz ˜ao c´ıclica.

(46)

5.2 Relac¸ ˜ao de ganho est ´atico e rendimento 44

0

0,2

0,4

0,6

0,8

0,2

0,4

0,6

0,8

1

η

Rendimento CB Rendimento CBQ

D

0

1

Figura 14 – Comparac¸ ˜ao do rendimento do conversor boost e do conversor boost quadr ´atico em func¸ ˜ao da raz ˜ao c´ıclica.

Fonte: Autoria pr ´opria.

Na Figura 14 ´e not ´avel que para a mesma raz ˜ao c´ıclica, em nenhum mo-mento o rendimo-mento do CBQ ´e maior que CB, s ´o sendo poss´ıvel tal evento se conver-sores trabalhem com diferentes valores de raz ˜ao c´ıclica.

Os valores das vari ´aveis utilizadas para os projetos dos indutores s ˜ao apre-sentados na Tabela 16, conforme projeto apresentado por Barbi et al. (2002).

Tabela 16 – Vari ´aveis para os projetos dos indutores.

Vari ´avel L1B L1BQ L2BQ

Bmax 0, 3 T 0, 3 T 0, 3 T

Jmax 450 A/cm2 450 A/cm2 450 A/cm2

Kw 0, 7 0, 7 0, 7 I Lpk 5, 78282 A 5, 78282 A 2, 21837 A I Lmin 4, 27426 A 4, 27426 A 1, 63967 A I Lrms 5, 04736 A 5, 04736 A 1, 93624 A N ´ucleo N EE − 42/21/15 N EE − 42/21/15 N EE − 42/21/15 Condutor AW G 22 AW G 22 AW G 22 Node condutores 4 4 2

Fonte: Autoria pr ´opria.

Por meio da simulac¸ ˜ao, tamb ´em foram obtidas as formas da tens ˜ao sobre alguns componentes dos conversores. A Figura 15 apresenta as formas de tens ˜ao sobre a chave SWB e o diodo D1B, e a Figura 16 apresenta as formas de tens ˜ao sobre a chave SWBQ, D1BQ. D2BQ e D3BQ.

(47)

5.2 Relac¸ ˜ao de ganho est ´atico e rendimento 45 0 50 100 150 200 250 300 V_SW 0,1 0,10002 0,10004 0,10006 0,10008 0,1001 Tempo (s) 0 -100 -200 -300 V_D1

Figura 15 – Tens ˜ao sobre SWBe D1Bdo conversor boost. Fonte: Autoria pr ´opria.

0 50 100 150 200 250 300 V_SW 0 -20 -40 -60 -80 -100 20 V_D1 0 -50 -100 -150 -200 50 V_D2 0,1 0,10002 0,10004 0,10006 0,10008 0,1001 Tempo (s) 0 -100 -200 -300 V_D3

Figura 16 – Tens ˜ao sobre SWBQ, D1BQ, D2BQ e D3BQ do conversor boost quadr ´atico.

Fonte: Autoria pr ´opria.

Portanto, nesse cap´ıtulo foi poss´ıvel comparar os valores te ´oricos e simu-lados, considerando as n ˜ao idealidades de efeito ESR dos indutores, resist ˆencia de conduc¸ ˜ao da chave e tens ˜ao de conduc¸ ˜ao dos diodos. Para as condic¸ ˜oes de projeto, o CB apresentou um rendimento superior ao CBQ, assim a raz ˜ao c´ıclica reduzida do CBQ n ˜ao ´e suficiente para compensar a sua topologia e o n ´umero de componentes para elevar a efici ˆencia do mesmo.

Referências

Documentos relacionados

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Quando contratados, conforme valores dispostos no Anexo I, converter dados para uso pelos aplicativos, instalar os aplicativos objeto deste contrato, treinar os servidores

• Quando o navegador não tem suporte ao Javascript, para que conteúdo não seja exibido na forma textual, o script deve vir entre as tags de comentário do HTML. <script Language

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Dos fatores analisados (ratio do meio de aquecimento e temperatura e idade de produção dos ascósporos), o que causou maior efeito no aumento da resistência térmica deste fungo

A partir do procedimento metodológico de pesquisa bibliográfica, uma revisão foi feita e utilizamos os autores Alessandra Oliveira Araújo, Tarcísio Bezerra Martins Filho

O sistema de cultivo da bananeira terra consorciada com açaizeiro em diferentes espaçamentos pode ser considerado como boa alternativa no primeiro ciclo, pois não