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Apostila 02 – ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

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Academic year: 2021

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1 CURSO DIREITO

Disciplina: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - 4ª Série Professor: FLAVIO ERVINO SCHMIDT

APOSTILA 02 – ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Sumário:

2 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 2.1 COMPOSIÇÃO DE SEUS ÓRGÃOS

2.2 Tribunal Superior do Trabalho 2.3 Tribunais Regionais do Trabalho 2.4 Varas do Trabalho

2.5 Órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho

2 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 2.1 COMPOSIÇÃO DE SEUS ÓRGÃOS

A Justiça obreira sofreu modificações estruturais recentes pela EC 24/99, e também pela cognominada Reforma do Poder Judiciário (EC 45/2004).

Antes de detalhar essa estrutura, cumpre afirmar que a Justiça do Trabalho no Brasil apresentava, até a EC 45/2004, dentre suas notas características – cada dia mais escassas –, competência normativa. O poder normativo foi atingido pela EC 45/2004, que na prática o transformou em arbitragem, pois, quanto a dissídios coletivos de natureza econômica, somente se faculta recorrer ao Judiciário havendo comum acordo, pelo que vislumbramos verdadeira arbitragem facultativa, de tipo oficial. Ressalvou-se apenas o dissídio coletivo de greve (CF, art. 114, §3.º). O TST, todavia, entende que persiste o poder normativo, exigindo-se, agora, além de tentativa de negociação, como novidade, comum acordo.

Tema que será abordado em outra oportunidade com maior detalhamento, a competência normativa é uma atribuição sui generis, para muitos legiferante, da Justiça do Trabalho brasileira, que pode decidir condições e regras de trabalho, impondo-se aos suscitantes em dissídios coletivos, dentro do limite dos pedidos. Revela, ao que nos parece, imprópria interferência do Estado, travestido de Estado-juiz, nas relações coletivas de trabalho, sem paralelo moderno nos demais países do globo.

2.2 Tribunal Superior do Trabalho

É um órgão que tem sua origem na Constituição de 1946, quando a Justiça do Trabalho passou a integrar o Poder Judiciário, tendo como antecedente o Conselho Nacional do Trabalho que, conforme já explicitado, era atrelado ao Poder Executivo.

Após o advento da EC 24/99, sua composição passou a ser de 17 ministros1, em substituição à sua composição anterior, que era de 27 ministros, sendo à época 17 togados e vitalícios e 10 classistas temporários. A EC 45/2004 recompõe o TST, que agora conta, uma vez mais, com 27 ministros.

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Antes da EC 24/99, de acordo com o texto original da CF de 1988, sua composição era de 27 membros, sendo 17 togados vitalícios e 10 classistas temporários, com representação paritária de empregados e empregadores.

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Seus membros são escolhidos entre brasileiros (natos ou naturalizados) com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal (CF, art. 52, III, “a”), tratando-se, pois, de ato administrativo complexo.

Processo de escolha

Dentre os 27 ministros, temos egressos da magistratura trabalhista e um quinto é oriundo do MPT e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em se tratando daqueles provenientes dos TRTs, os ministros do TST elaboram lista tríplice, que é encaminhada ao Presidente da República para escolha e nomeação, após aprovação pelo Senado.2

Já os que têm origem no MPT e na classe advocatícia, as respectivas classes apresentam listas sêxtuplas ao TST, que as transformarão em tríplices, encaminhando-as, em seguida, ao Presidente da República para escolha e nomeação após aprovação do Senado.

Finalidade, estrutura, funcionamento e competência do TST (Lei 7.701/88 e Regimento Interno do TST) O TST é órgão de jurisdição nacional, que tem sua competência definida na Lei 7.701/88 e no Regimento Interno do TST (RITST), conforme ditames gerais estabelecidos pela CF.

Sua principal função é uniformizar a jurisprudência trabalhista. É um tribunal que julga recursos de revista, recursos ordinários e agravos de instrumento contra decisões dos TRTs, e dissídios coletivos de categorias organizadas em âmbito nacional, como bancários, aeronautas, aeroviários, petroleiros, entre outros. Aprecia, ainda, dentre outras ações, mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias.

A estrutura básica do TST é composta dos seguintes órgãos: Tribunal Pleno, Seções Especializadas em Dissídios Individuais (SDI 1 e 2), Seção de Dissídios Coletivos (SDC) e Turmas.

A EC 45/2004 vincula ao TST também o Conselho da Justiça do Trabalho, que exerce a supervisão administrativo-financeira dos órgãos de grau inferior, e cujas decisões têm caráter vinculante.

Pleno – órgão composto por todos os ministros, tendo atribuição, dentre outras, de dar posse

aos membros eleitos para os cargos de direção e aos ministros nomeados para o Tribunal. No pleno são votadas as súmulas do TST.

SDI-1 – consolida a jurisprudência do TST em demandas individuais que chegam ao

conhecimento do Tribunal em grau de recurso.

SDI-2 – também restrita à uniformização de jurisprudência em matéria oriunda de reclamação

individual, consolida a jurisprudência do TST nos temas que são de sua competência originária, a exemplo de mandado de segurança, ação rescisória, ação cautelar etc.

A competência das SDIs está prevista no artigo 3.º da Lei 7.701/88 e no artigo 73 do RITST.

SDC – tem por missão sedimentar a jurisprudência do TST em matéria de dissídios coletivos.

A jurisprudência uniformizada pelas Seções de Dissídios Individuais e Coletivos recebe o nome de orientação jurisprudencial. Há, entretanto, ainda em vigência, alguns precedentes normativos exclusivamente na SDC, oriundos do período anterior à implementação das orientações jurisprudenciais.

Turmas – são compostas por três ministros, devendo funcionar com o quórum integral. Sua

competência está definida no artigo 5.º da Lei 7.701/88 e no artigo 74 do RITST.

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Reuniões do TST

As reuniões do TST são fixadas em dias previamente determinados pelo presidente, podendo sempre convocar sessões extraordinárias (CLT, art. 700), desde que comunicadas aos membros do Tribunal com antecedência mínima de 24 horas (CLT, art. 701, §1.º).

As sessões serão realizadas em dias úteis, durante os períodos de 1.º de fevereiro a 1.º de julho, e de 1.º de agosto a 19 de dezembro de cada ano. As sessões públicas serão realizadas das 14 às 17 horas, admitindo prorrogação pelo presidente (CLT, art. 701, caput).

Deve-se frisar que a EC 45/2004 proibiu as sessões administrativas secretas nos tribunais, dando transparência ao Poder Judiciário, pelo que ficam prejudicados os dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que as previam (CLT, art. 701, §2.º).

2.3 Tribunais Regionais do Trabalho

Da mesma forma que o TST, a origem dos TRTs ocorre em 1946, quando a Justiça do Trabalho passou a integrar o Poder Judiciário. Os TRTs vieram em substituição aos Conselhos Regionais do Trabalho, criados em 1939.

Nos termos da CF, em sua redação original, estava garantida a existência de pelo menos um TRT por Estado da Federação e no Distrito Federal (CF, art. 112), redação que foi modificada pela EC 45/2004; assim, hoje não mais existe tal exigência, sendo possível cogitar mesmo a extinção de tribunais menores, exigindo simples lei federal.

Dizia-se pelo menos um TRT, visto que já existem dois TRTs no Estado de São Paulo. A EC 45/2004 permite a criação de câmaras avançadas dos tribunais, e determina instalação da Justiça Itinerante nos limites de cada TRT, fixando em sete o número mínimo de juízes. Ausente modificação da nomenclatura dos juízes dos TRTs (EC 45/2004), aos quais o Constituinte não estendeu o título honorífico de desembargador, o qual, todavia, tem sido adotado pelos TRTs.

Hoje, por força de previsão infraconstitucional (CLT, art. 674), o território brasileiro foi dividido em 24 regiões.

Composição

A composição de cada TRT3 é definida em lei federal.

A composição do quadro de juízes do TRT observa a proporção de quatro quintos de juízes oriundos da Magistratura Trabalhista de 1.º grau, e um quinto oriundos do MPT e da OAB.

Entre os juízes oriundos da carreira da magistratura, a promoção ao TRT respectivo se dará por antiguidade e merecimento.

Em se tratando de promoção por antiguidade, a rejeição do juiz mais antigo somente poderá se dar pelo voto de dois terços dos membros do tribunal, assegurada ampla defesa e contraditório (EC 45/2004) e em sessão pública. Já na que se dá por merecimento, será obrigatória a promoção do juiz do Trabalho que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas na lista de merecimento.

A escolha dos membros oriundos do quinto constitucional dar-se-á de forma semelhante no TST, devendo as respectivas classes apresentar listas sêxtuplas ao TRT, que as transformará em tríplices, encaminhando-as, em seguida, ao Presidente da República para escolha e nomeação.

3 Composição do TRT da 9ª Região Paraná http://www.trt9.jus.br/internet_base/pagina_geral.do?secao=5&pagina=INICIAL

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Estrutura e funcionamento dos TRTs

Existe ao menos um órgão obrigatório em todos os TRTs, chamado Pleno. Este, para funcionar, necessita da presença da maioria absoluta dos juízes do tribunal, além do presidente da corte, que, em regra, preside a sessão sem direito a voto. Sua composição é feita pela integralidade dos juízes do tribunal.

Alguns tribunais menores, com composição de oito juízes, que é, v.g., o caso de Sergipe (20.a região) somente funcionam em suas composições plenas (CLT, art. 672, caput).

Outros tribunais, além do Pleno, subdividem-se em outros órgãos chamados de Turmas Julgadoras ou simplesmente Turmas (CLT, art. 672, §1.º).

Nos tribunais maiores, é facultada a criação de Órgão Especial, que após a EC 45/2004 será composto por metade dos juízes mais antigos, e terá como novidade a eleição dos membros (metade) remanescentes, SDI e em SDC, atribuições que nos tribunais menores são exercidas pelo Tribunal Pleno.

Em regra, nos tribunais maiores, há o presidente, o presidente, o corregedor e o vice-corregedor, como quatro figuras distintas. Em outros regionais de menor porte, o presidente acumula a função de corregedor ou, em outros casos, essa é atribuição da vice-presidência, tratando-se de matéria regimental, que pode ensejar tratamento diverso em cada corte trabalhista.

O presidente do tribunal somente terá direito a voto de desempate nos processos que exigirem essa intervenção, bem como manifestar-se-á com voto nas questões sobre constitucionalidade de leis ou de atos do Poder Público. Também nas sessões administrativas, o juiz-presidente terá direito a voto (CLT, art. 672, §3.º). Em regra, nas demais questões, apenas presidirá a sessão, desempenhando outras atribuições administrativas, a exemplo da representação do tribunal sempre que se fizer necessária.

Competência

A competência de cada TRT é definida em lei federal. No plano da competência absoluta (material, funcional e em razão das pessoas), não há distinção entre os TRTs.

Há, por razões de ordem lógica e de política judiciária, distinção no que tange à competência territorial, de modo que cada qual julgará nos limites de sua região que, em alguns casos, compreende mais de um Estado da Federação (8ª, 10ª, 11ª e 14ª regiões) e, em outros, compreende parte de um Estado, como a 2ª e a 15ª regiões, caso específico em que as lides de extensão estadual, por força de lei federal, serão julgadas pelo TRT com sede na cidade de São Paulo (2ª região).

Em regra, os TRTs julgam recursos ordinários de decisões de Varas do Trabalho, agravos de instrumento, ações ordinárias (dissídios coletivos cuja extensão da lide não ultrapasse sua esfera de jurisdição, mandados de segurança, ações rescisórias de decisões suas ou das Varas do Trabalho etc.)

No mais, algumas particularidades da competência dos TRTs, a despeito das disposições do artigo 678, I e II, da CLT, estão dispostos nos respectivos regimentos internos, desde que essa disciplina não se choque com os comandos constitucionais e infraconstitucionais.

2.4 Varas do Trabalho

Desde o advento da EC 24/99, os órgãos de base da Justiça do Trabalho são as Varas do Trabalho, compostas por juízes singulares.

Como se sabe, esses órgãos vieram em substituição às Juntas de Conciliação e Julgamento, órgãos colegiados, formados por um juiz-presidente togado e dois juízes classistas temporários, representantes dos empregados e dos empregadores.

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Hoje, com o fim da representação classista, a feição das Varas do Trabalho em muito se assemelha à das Varas Cíveis, sendo formadas por um juízo monocrático, singular, que tanto pode ser o juiz titular da Vara do Trabalho quanto o juiz do Trabalho substituto.

O ingresso dos juízes nas Varas do Trabalho dá-se após aprovação em concurso de provas e títulos para provimento de cargo de juiz do Trabalho substituto, realizado pelo próprio TRT e válido exclusivamente para as vagas existentes no âmbito de sua região. O ingresso dos juízes foi atingido pela EC 45/2004, ao exigir, como requisito adicional, três anos de atividade jurídica.

O ingresso por meio de concurso público dá-se no cargo inicial da carreira (juiz do Trabalho substituto), e o certame compreende cinco fases, sendo uma prova objetiva, uma subjetiva, a terceira prática, a quarta oral e a quinta e última de títulos, tendo caráter apenas classificatório.

Tal qual se processa no TRT, o procedimento de promoções respeita os regramentos apontados anteriormente (merecimento e antiguidade), com os temperamentos da tão falada EC 45/2004.

A promoção a que nos referimos, ainda no âmbito das Varas do Trabalho, é para o cargo de juiz titular de Vara do Trabalho.

Competência

Em linhas gerais, as Varas do Trabalho julgam apenas dissídios individuais. Sua jurisdição é local, abrangendo um ou alguns municípios.

A competência das Varas do Trabalho é definida em leis esparsas, que criam regras de competência absoluta, bem como na lei federal que a cria e suas posteriores alterações, com destaque para a delimitação de sua esfera de atuação no campo territorial. Sobre esse tema, com as devidas adaptações, posto que o texto original trata de Juntas de Conciliação e Julgamento, os artigos 652, 653 e 659 da CLT trazem as atribuições das Varas.

Juízes de direito

Apesar de se tratar de aspecto cada vez mais residual na Justiça obreira, em virtude de a Justiça do Trabalho ainda não cobrir todo o território nacional, permanece hoje, em caráter subsidiário, o juiz de direito, da comarca (ou município) não contemplada pela atuação de uma das Varas da Justiça do Trabalho, responsável, nos termos da lei, até que surja a Vara do Trabalho respectiva4, pela competência em matéria trabalhista.

Garantias e proibições do juiz do Trabalho

Vitaliciedade (CF, art. 95, I) – pode ser obtida após dois anos de efetivo exercício da

magistratura trabalhista, subordinada hoje à frequência aos cursos das Escolas Nacionais de Magistratura (EC 45/2004), ou ao tomar posse, se o ingresso se der diretamente nos Tribunais Trabalhistas (TRTs ou TST). Derivado dessa garantia, o afastamento somente poderá se dar mediante sentença transitada em julgado ou por vontade própria do Magistrado, nos casos de vacância (provisória) ou exoneração.

Ressalte-se que até a aquisição da garantia, o magistrado poderá perder o cargo por deliberação do tribunal trabalhista ao qual estiver vinculado (CF, art. 93, X).

Distingue-se da estabilidade, em razão de a perda do cargo apenas estar autorizada mediante sentença transitada em julgado, enquanto que na estabilidade o processo administrativo é meio idôneo para a perda do cargo (CF, art. 41, §1.º).

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A vitaliciedade não obsta a aposentadoria compulsória por interesse público (CF, art. 93, VIII) aos 70 anos, ou por invalidez comprovada (CF, art. 93, VI) e ainda a disponibilidade, esta pelo voto de dois terços dos membros do respectivo tribunal assegurada a ampla defesa ou pelo Conselho Nacional de Justiça (EC 45/2004).

Inamovibilidade – refere-se à permanência do juiz do Trabalho no cargo para o qual foi

nomeado, não podendo o tribunal ou o governo designar-lhe outra localidade, salvo quando se tratar de remoção por interesse público, por voto de maioria absoluta de membros do tribunal ou decisão do Conselho Nacional de Justiça (EC 45/2004), assegurada a ampla defesa.

Irredutibilidade de vencimentos – visa conferir independência econômica ao magistrado, mas não se trata de garantia do valor real dos vencimentos, e sim mera garantia de que não haja redução de seu valor nominal. Não podem os vencimentos serem diminuídos nem em virtude de medida geral.

Proibições (garantias de imparcialidade) – exercer outro cargo ou função, ainda que em disponibilidade, salvo uma de magistério; dedicar-se a atividade político-partidária; não se pode tirar proveito econômico do processo (v.g., receber e repartir custas); não se pode receber subvenções de pessoas físicas ou jurídicas e não se pode exercer a advocacia no juízo ou tribunal no qual atuou antes de decorridos três anos (EC 45/2004).

2.5 Órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho

Os órgãos da Justiça do Trabalho são a secretaria, o distribuidor, a contadoria e o oficial de justiça avaliador.

Secretaria

Cada Vara do Trabalho terá uma secretaria (CLT, art. 710), dirigida por um chefe (diretor de secretaria), indicado pelo presidente do TRT. O termo secretaria, na esfera trabalhista, deve ser tomado como equivalente ao cartório da Justiça Comum. Sua competência e de seus chefes estão descritas nos artigos 711 e 712 da CLT.

Como bem informa Sergio Pinto Martins (2005, p. 115), na Justiça do Trabalho não existe escrivão, mas diretor de secretaria. Este a dirige, preparando os despachos para o juiz, cumprindo as determinações deste: “O ato de secretariar as audiências da Vara é delegado pelo Diretor a outro funcionário, que é o datilógrafo da audiência.”

Também os TRTs terão uma secretaria dirigida por um secretário (chamado secretário judiciário). A competência da secretaria e de seus secretários está descrita nos artigos 719 e 720 da CLT.

Distribuidor

Esse órgão só se justifica quando houver mais de uma Vara do Trabalho, para a distribuição equitativa dos processos que ingressam no tribunal. Nos TRTs também há distribuidor, cuja finalidade é distribuir de forma equânime os processos que dão entrada nos tribunais. Sua competência está discriminada nos artigos 713 e 714 da CLT.

Oficial de justiça avaliador

Conforme o artigo 721 da CLT, tem por função a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados da Vara do Trabalho e dos TRTs, que lhes forem remetidos pelos respectivos presidentes.

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Como particularidade, ressalte-se que na Justiça Federal Comum bem como na especializada trabalhista, o oficial de justiça acumula a atribuição de cumprir mandados com a de avaliar bens, especialmente para fins de penhora, não sendo necessária a figura do perito avaliador.

Além disso, os oficiais de justiça farão as citações das execuções, as notificações de testemunhas, das partes etc. Seu prazo para cumprimento dos mandados é de nove dias (CLT, art. 721, §2.º), e para avaliação é de dez dias contados da penhora, prazo que na prática não é utilizado, posto que, com a juntada do mandado de penhora cumprido, o bem já vem avaliado.

Salvo a existência de central de distribuição de mandados, cada oficial de justiça funcionará perante uma Vara do Trabalho (CLT, art. 721, §1.º).

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