Es ola de Engenharia de Pernambu o
Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédi a
Charles Nilton do Prado Oliveira
Sistema Dosimétri o Portátil
Sistema Dosimétri o Portátil
sem fio para uso em Radiologia
Dissertação de Mestrado apresentada ao
ProgramadePós-GraduçãoemEngenharia
Bi-omédi a da Universidade Federal de
Pernam-bu o omo parte dosrequisitos para obtenção
dotítulode Mestreem Engenharia
Bio-médi a.
Orientador: Prof. Dr. Edval José Pinheiro Santos.
Coorientadora: Profa. Dra. Helen Jamil Khoury.
Re ife,Agosto de2015.
Catalogação na fonte
Bibliotecária Margareth Malta, CRB-4 / 1198
O48s
Oliveira, Charles Nilton do Prado.
Sistema dosimétrico portátil sem fio para uso em radiologia / Charles Nilton do
Prado Oliveira. - Recife: O Autor, 2015.
181 folhas, il., gráfs., tabs.
Orientador: Prof. Dr. Edval José Pinheiro Santos.
Coorientadora: Profa. Dra. Helen Jamil Khoury.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, 2015.
Inclui Referências e Apêndices.
1. Engenharia Biomédica. 2. Radiologia intervencionista. 3.
Detectores semicondutores. 4. Dosimetria. I. Santos, Edval José Pinheiro.
(Orientador). II. Khoury, Helen Jamil. (Coorientadora). III. Título.
UFPE
Sistema Dosimétri o Portátil sem fio
para uso em Radiologia
Esta Dissertação foi julgada adequada para a
obtenção do título de Mestre em Engenharia
Biomédi a eaprovada em suaforma nalpelo
Orientador e pela Ban aExaminadora.
Prof. Dr. EdvalJosé PinheiroSantos, UFPE
Ph.D.pelaCornellUniversity,Itha a,EUA
Orientador
Ban a Examinadora:
Prof. Dr. EdvalJosé PinheiroSantos, UFPE
Ph.D.pelaCornellUniversity,Itha a,EUA
Profa. Dra. Carmen Ce íliaBueno, IPEN-CNEN/SP
DoutorapeloInstitutodePesquisasEnergéti as
eNu leares/USP,São Paulo,Brasil
Prof. Dr. Vini ius SaitoMonteiro de Barros,UFPE
DoutorpelaUniversidadeFederaldePernambu o,Re ife,Brasil
Profa. Dra. RosaAmaliaFireman Dutra
CoordenadordoProgramade
Ao Dr. Edval José Pinheiro Santos pela sua orientação dedi ada que muito ontribuiu
para onsolidação deste trabalho.
À Dra. Helen Jamil Khoury pela orientação, por sua amizade in ondi ional e onança
depositadaemmim.
Ao meuamigo Antnio Negreiros pela indispensável ontribuição té ni a para realização
destapesquisa.
AosamigosDaniel, Lenon,Leonardo, Mar ose Williamqueajudaram emvários
momen-tosdurantea realização dotrabalho.
Atodosos olegaseamigosdoGrupodeDosimetriaeInstrumentaçãoNu learpeloapoio
epelas dis ussões.
Aosalunosefun ionáriosdoLaboratóriodeDispositivoseNanoestruturaspelaorientação
etro a deexperiên ias.
AosmeuspaisNiltonLinse AnaMaria, ea minhaesposaÍrisSantosquesempre
in enti-varamminha evolução prossionale meapoiaram emtodososmomentos.
A Deus peloexistir.
Charles Nilton do Prado Oliveira
Universidade Federal de Pernambu o
a boa, agradável e perfeita vontade deDeus".
obtenção dograude Mestre emEngenharia Biomédi a
Sistema Dosimétri o Portátil sem fio
para uso em Radiologia
Charles Nilton do Prado Oliveira
Agosto/2015
Orientador: Prof. Dr. EdvalJoséPinheiro Santos.
Coorientadora: Profa. Dra. Helen JamilKhoury.
Área de Con entração: Bioengenharia.
Palavras- haves: Radiologiainterven ionista, dete tores semi ondutores,dosimetria.
Número de páginas: 164.
Para medira doseempro edimentosque utilizamraiosX foidesenvolvido umsistema
dosi-métri o. Oequipamentodesenvolvido onsistedeumdosímetro portátildeleituradireta om
base emdete tores semi ondutores e um sistema omputa ionalde pro essamento de dados
instalado em um omputador. A omuni ação entre o dosímetro portátil e o sistema
om-puta ional pode ser realizada via rede sem o ou onexão USB. Diversos dosímetros podem
ser one tados a um mesmo sistema omputa ional. Os dados que trafegam pela rede são
transmitidosem tempo real paratodos osusuários atravésde um proto olo de omuni ação
desenvolvido espe ialmenteparaeste projeto. Osistematempoten ialde apli açãotanto na
dosimetria de pa iente omo na monitoração o upa ional. O sistemadosimétri o foitestado
nasqualidadesde radiodiagnósti o denidas pela IEC61267 denominadas de RQR3, RQR5,
RQR8,RQR10. Namonitoraçãoo upa ionalforam utilizadasasqualidadesderadioproteção
denidas pela ISO4037 onhe idas omo N40, N60, N80, N100 e N120. Além disso, o
dosí-metro foitambém avaliado om energias dos raios gama do Cs-137 e Co-60. Com base nos
resultados,pode-seobservarquearespostadodosímetropossui oe ientedevariação menor
Portable Wireless Dosimetri System for
use in Radiology
Charles Nilton do Prado Oliveira
August/2015
Supervisor: Prof. Dr. EdvalJosé PinheiroSantos.
Cosupervisor: Profa. Dra. Helen Jamil Khoury.
Area of Con entration: Bioengineering.
Keywords: Interventionalradiology,semi ondu tor dete tors,dosimetry.
Number of pages: 164.
A dosimetri systemhas been developed for dose measurement inpro edures whi h makes
useofX-rays. Thedeveloped instrument onsistsofasemi ondu tor-dete tor basedportable
wirelessdosimeteranda omputationaldatapro essingsysteminstalledina omputer.
Com-muni ationbetween theportabledosimeterandthesysteminstalledon the omputer anbe
performedvia wirelessnetwork or USB.Several portable dosimeters anbe onne ted toone
omputational system. The data that travel over the network are transmitted in real time
to allusers through a ommuni ation proto olspe i ally designed for thisappli ation. The
systemhaspotential appli ation inboth for patient dosimetryand o upational monitoring.
The dosimetri system has been tested at the IEC 61267 radiation qualities RQR3, RQR5,
RQR8andRQR10,for radiology,and,ISO4037 N40,N60, N80,N100and N120,for
o upa-tionalmonitoring. Moreover,the dosimeterhasalsobeenevaluatedingammarayenergiesof
Cs-137 and Co-60. Based on the results, one an observe that thedosimeter response has a
oe ientof variationbelow1%,and astandard deviation lower than 10%for
reprodu ibi-litytests. Thesystemdisplays a linearresponsewhenexposedto Air Kermafor thestudied
1.1 Esquemabási o de uma âmara deionização. . . 8
1.2 Esquemabási o de umtransdutorsemi ondutor (KHOURY,1999). . . 9
1.3 Respostado fotodiodoAXUV100G.. . . 12
1.4 Dosímetros omdete torGieger-Müller. . . 14
1.5 Dosímetros om âmara de ionização. . . 14
1.6 Formato do sinalnomodo pulso. . . 15
1.7 Formato do sinalnomodo orrente. . . 16
1.8 A oplamento dodete tor nomodo fotovoltai o. . . 17
1.9 A oplamento dodete tor nomodo foto ondutividade.. . . 17
1.10 Probabilidade deinteração dosraiosX (HAMAMATSU, 2015). . . 18
1.11 Reduçãodadependên ia energéti a omltros(SILVA, M.C.,1992). . . 19
1.12 Curva respostadosedosfotodiodos(BATISTA,2006). . . 19
1.13 Dosímetro omdete tor semi ondutor. . . 22
1.14 Dosímetrodo tipo lmeradiográ o (MARTIN, 2008). . . 23
1.15 Dosímetros dotipotermolumines entes (ALMEIDA etal., 2008). . . 24
1.16 Diagramae o equipamento HarshawTLD
T M
modelo 3500.. . . 241.17 Geometriadasgrandezas dosimétri as emradiodiagnósti o (ICRU,2005). . . 25
1.18 Aparelhospara ontrole de qualidadeem equipamentos de raiosX. . . 27
1.19 Dosímetros DoseAware, RaySafe i2etela de exibiçãode dose. . . 30
2.1 Diagramade asos de uso. . . 36
2.2 Diagramade implementação. . . 38
2.3 Diagramade estados. . . 39
3.1 Transdutores semi ondutores analisados. . . 44
3.2 Esquemado en apsulamento dosfotodiodos. . . 46
3.3 Equipamento de raios X PantakmodeloHF320. . . 46
3.4 IrradiadorOB-25e o ontrole de posi ionamento. . . 47
3.5 Arranjoexperimentale posi ionamento do fotodiodo. . . 48
3.6 Reprodutibilidadedo fotodiodo SFH206. . . 50
3.7 Reprodutibilidadedo fotodiodo SFH205. . . 51
3.13 Respostadosfotodiodosemfunção daenergia da radiação.. . . 57
3.14 Correntesgeradas no fotodiodo BPW34. . . 58
4.1 Ampli ador opera ional AD8605. . . 62
4.2 Chave de ontrole digital ADG888do tipo CMOS. . . 63
4.3 Esquemabási o doeletrmetro om integrador não-inversor. . . 64
4.4 Esquemabási o doeletrmetro om integrador inversor. . . 65
4.5 Simulação doampli ador onversor I-V. . . 67
4.6 Simulação doampli ador inversor. . . 67
4.7 Simulação doampli ador integrador inversor. . . 68
4.8 Tempo de integração dosinalno ampli ador integrador inversor. . . 69
4.9 Simulação doeletrmetro om integrador não-inversor. . . 69
4.10 Simulação doeletrmetro om integrador inversor. . . 70
4.11 Comparação dostemposbaseados nas orrentes dofotodiodo BPW34. . . 72
4.12 Tempo de integração paraa orrente de 4,71pA. . . 72
4.13 Tempo de integração paraa orrentede 42,75pA.. . . 73
4.14 Cir uitodoeletrmetro montado dentro deuma aixa. . . 74
4.15 Os ilograma dafrequên ia de orte dosampli adores. . . 74
4.16 Os ilograma davelo idadede omutação dosampli adores. . . 75
4.17 Os ilograma daintegração depulsosdosampli adores. . . 76
4.18 Tensõesen ontradas nos ir uitos doeletrmetro. . . 76
4.19 Ampli ador opera ional LMP7721. . . 78
4.20 Cir uito ompletodo medidorradiológi o (fa esuperior).. . . 78
4.21 Cir uito ompletodo medidorradiológi o (fa einferior). . . 79
4.22 Esquemade um ir uito omredundân ia de hardware. . . 80
4.23 Dosímetro omredundân ia deeletrmetros. . . 81
4.24 Bateriasavaliadasparaalimentaro dosímetro. . . 82
4.25 Avaliaçãoda apa idade de orrentedasbaterias. . . 83
4.26 Cir uitoreguladorde tensão ombaterias de9 V. . . 84
4.27 En apsulamento tipoTQFP doMCU ATMega328. . . 86
4.28 Ambientes dedesenvolvimento AVRStudio 4e CodeBlo ks. . . 88
4.29 Conversor USBparaRS232 om hipFT232RL. . . 89
4.30 Programa de onguração domódulo APC220. . . 91
4.31 Conexãodo APC220ao omputador via onversor RS232/TLL. . . 92
4.32 Conexãodo APC220ao mi ro ontrolador. . . 93
4.33 Cone tandoo omputadorao mi ro ontroladorvia APC220. . . 93
4.34 Testesdos ontroladores digitais ommóduloAPC220. . . 94
4.35 Frame doproto olo de omuni ação de dados. . . 95
4.38 Telade aquisiçãode dadose nível deexposição. . . 102
4.39 Componentes visuaisda barrade nível deexposição. . . 103
4.40 Telade aquisiçãode dadosde pa iente ouprossional. . . 103
4.41 Telado históri o de dosede pa ientes eda equipe médi a. . . 104
4.42 Telade adastrode usuário. . . 104
4.43 Telade pesquisado ban o de dados. . . 105
4.44 Telade onguração e omuni ação serial. . . 106
4.45 Telade alibração do sistemadosimétri o . . . 106
4.46 Telade ajuda omtutorial daapli ação. . . 107
4.47 Ban ode dadosdo sistemadosimétri o DoseSeguraV1.0. . . 108
5.1 Reprodutibilidadedo dosímetro na qualidadeRQR8. . . 112
5.2 Respostaemfunção do kerma noar qualidadesde radiodiagnósti o. . . 113
5.3 Respostaemfunção do kerma noar paraCs-137 eCo-60. . . 113
5.4 Respostado dosímetro emfunção da energia daradiação. . . 115
5.5 Reprodutibilidadedo dosímetro na qualidadeN80. . . 116
5.6 Respostaemfunção do kerma noar nasqualidadesde radioproteção. . . 117
5.7 Respostaemfunção do kerma noar na qualidade N120. . . 118
5.8 Respostaemfunção do kerma noar para Cs-137 eCo-60. . . 118
5.9 Respostado dosímetro emfunção da energia daradiação. . . 119
A.1 Esquemadasgrandezas da radiação ionizante (ICRP,2007). . . 123
A.2 Relaçãoentreasgrandezas radiológi as. . . 131
B.1 Cir uitoparaajustar tensãode saída dosampli adores. . . 132
B.2 Ajustedo primeiro estágiodo eletrmetro. . . 133
B.3 Ajustedo segundoestágio doeletrmetro. . . 134
1.1 Limiaresparao orrên iade efeitosdeterminísti osna pele(VAÑOet al.,2001). 2
1.2 Limitesdedoses anuais(CNEN, 2011). . . 5
1.3 Qualidades daradiação X pararadiodiagnósti o (IEC61267, 2005). . . 6
1.4 Qualidades daradiação X pararadioproteção (ISO 4037,1999). . . 7
1.5 Té ni as paradesenvolverdependabilidade (AVIZIENISetal.,2011). . . 22
1.6 Níveis de referên iaem radiodiagnósti o (LACERDA, 2007). . . 26
1.7 Cara terísti asdosaparelhosA u-Pro da Rad ale RaySafe Xi. . . 28
1.8 Cara terísti asdosdosímetros eletrni osRaySafe-i2e DoseAware. . . 30
2.1 Espe i açõesdo dosímetro eletrni o apli ado em radiodiagnósti o ou radio-proteção.. . . 42
3.1 Cara terísti aselétri asdostransdutores fotodiodos. . . 45
3.2 Parâmetros dasqualidadesemradioproteção doLMRI/UFPE. . . 47
3.3 Estudoda reprodutibilidadedo fotodiodo SFH206. . . 49
3.4 Estudoda reprodutibilidadedo fotodiodo SFH205. . . 50
3.5 Estudoda reprodutibilidadedo fotodiodo BPW34. . . 51
3.6 Estudoda reprodutibilidadedo fotodiodo BPX90. . . 52
3.7 Equaçõesdasrestas e oe ientes
R
2
dosfotodiodos. . . 563.8 Coe ientes angulares dosfotodiodosnormalizados om Co-60. . . 57
3.9 Correntesdo fotodiodo BPW34 emfunção dasenergiasda radiação. . . 58
4.1 Consumodo dosímetro em ada estado defun ionamento. . . 82
4.2 Funçõesdospinosdo mi ro ontrolador ATMega328. . . 87
4.3 Des riçãodospinosdo módulode omuni ação APC220. . . 91
4.4 Parâmetros de onguração do móduloAPC220. . . 92
4.5 Comandosenviadosao mi ro ontroladorATMega328.. . . 95
4.6 Informaçõesre ebidas do mi ro ontroladorATMega328. . . 96
5.1 Estudoda reprodutibilidadedo dosímetro na qualidade RQR8. . . 111
5.2 Energiasdaradiação e oe ientesangulares dodosímetro. . . 114
A.1 Fatores de pesoda radiação W
R
(ICRP,2007). . . 127 A.2 Fatores de pesoWT
parate idosou órgãos(ICRP,2007). . . 128 A.3 Valores dofator dequalidade daradiação Q(ICRP,2007; CNEN,2011). . . . 1291 Introdução 1
1.1 Prin ípio da Proteção Radiológi a . . . 3
1.1.1 Filosoa da proteção radiológi a . . . 4
1.1.2 Normasde qualidade parafeixesde raios X . . . 5
1.2 Cara terísti as dos Transdutores . . . 7
1.2.1 Câmarade ionização. . . 7
1.2.2 Transdutores semi ondutores . . . 8
1.2.3 Outrostransdutores . . . 13
1.3 Tipos de Dosímetro . . . 13
1.3.1 Dosímetros eletrni os. . . 13
1.3.2 Dosímetros omlmesradiográ os . . . 22
1.3.3 Dosímetros ommateriais TL. . . 23
1.4 Dosimetria de Pa iente e O upa ional . . . 25
1.5 Objetivos do Trabalho . . . 31
1.6 Organização da Dissertação . . . 32
2 Captura de Espe ifi ação do Projeto 33 2.1 Des rição do Sistema . . . 33 2.2 Casos de Uso . . . 34 2.3 Implementação do Sistema . . . 36 2.3.1 Visão estáti a . . . 37 2.3.2 Visão dinâmi a. . . 38 2.4 Espe i ações do Dosímetro . . . 41 2.5 Considerações Finais . . . 42
3 Cara terização dos Dete tores Semi ondutores 43 3.1 Pro edimentos de Cara terização dos Fotodiodos . . . 43
3.2 Resposta dos Fotodiodos . . . 49
3.2.1 Repetibilidadee reprodutibilidade . . . 49
3.2.2 Respostaem função dokerma no ar . . . 53
4.1 Desenvolvimento do Eletrmetro Integrador . . . 60
4.1.1 Cara terísti as dos ir uitoseletrni os . . . 61
4.1.2 Simulaçõese resultados dos ir uitoseletrni os . . . 66
4.1.3 Testes deban adae resultados dos ir uitoseletrni os . . . 73
4.1.4 Avaliaçõese resultados de baterias . . . 81
4.2 Desenvolvimento do Controlador Digital . . . 84
4.2.1 Sistema embar ado . . . 85
4.2.2 Módulosde omuni ação sem o . . . 89
4.3 Desenvolvimento do Proto olo de Comuni ação . . . 94
4.4 Desenvolvimento do Sistema Computa ional . . . 98
4.4.1 Desenvolvimento dasinterfa esgrá as . . . 99
4.4.2 Desenvolvimento do ban o dedados . . . 107
4.5 Considerações Finais . . . 108
5 Cara terização do Dosímetro 110 5.1 Estudo do Dosímetropara Radiodiagnósti o . . . 111
5.1.1 Repetibilidadee reprodutibilidade . . . 111
5.1.2 Resposta emfunção dokerma no ar . . . 112
5.1.3 Resposta emfunção daenergia da radiação . . . 114
5.2 Estudo do Dosímetro para Radioproteção . . . 115
5.2.1 Repetibilidadee reprodutibilidade . . . 115
5.2.2 Respostaem função dokerma no ar . . . 117
5.2.3 Respostaem função daenergia da radiação . . . 119
5.3 Considerações Finais . . . 120
6 Con lusão e Trabalhos Futuros 121 6.1 Contribuições . . . 121
6.2 Trabalhosfuturos . . . 122
Apêndi e A Grandezas e Unidades Radiológi as 123 Apêndi e B Ajustes do Dosímetro 132 B.1 Regular Tensão de Saída dos Ampli adores . . . 132
Apêndi e C Esquema Completo do Dosímetro 135 C.1 Layout e Esquemáti o do Dosímetro . . . 135
Apêndi e D Máquina de Estados do Controlador Digital 137 D.1Algoritmo do Sistema Embar ado . . . 137
E.3 Tela de Dose Pa iente ou O upa ional . . . 147
E.4 Tela de Cadastro de Usuário. . . 149
E.5 Tela do Históri o de Dose . . . 150
E.6 Tela de Comuni ação Serial . . . 151
E.7 Tela de Calibração dos Dosímetros . . . 152
E.8 Tela de Ajuda om Tutorial . . . 153
Introdução
Aapli açãodasradiaçõesionizantesestádifundidanosmaisdiversossetoresdaatividade
humana, omo saúde, indústria, pesquisa e outras. Estas apli ações empregam té ni as
ra-diográ as para gerar imagens que podem ser utilizadas para diagnósti o ou tratamento de
doenças diversas, e nosetor industrialserve para ontrole de pro essosde produtos, ontrole
dequalidade de soldas,medidores de nívele irradiaçãode alimentos (ARCHER, 2005).
As radiações ionizantes mais utilizadas em saúde são denominadas de raios X e raios
gama, por razões históri as. Este tipo de radiação são ondaseletromagnéti as ou fótons de
altaenergia,sendoosraiosXapli adosnasensibilizaçãodelmeseraiosgamanotratamento
dedoenças. Asmodalidades dodiagnósti o porimagemé aárearela ionada àutilizaçãodos
raios Xparaobtenção de imagensanatmi as e siológi asdo orpo humano omoobjetivo
de diagnosti arpatologias. Estasmodalidadesestão in luídas emdiversasatividades, dentre
asquaisestãoà radiologia onven ional(FREITAS,2005).
A radiologia onven ional é o pro esso de obtenção de imagens bidimensionais do orpo
humano utilizando feixes de raios X e lme fotográ o. O exame é realizado om um
apa-relho simples, ommesa e tubo de raios X, ujosraios atravessam o orpo e registram uma
imagemdo órgãoemestudo,sendoapli adona avaliaçãode tórax, olunavertebral, seiosda
fa e, mãos,dedos eossos emgeral. Oavanço te nológi o ontribuiuno aperfeiçoamento das
té ni as radiográ as e equipamentos de raios X dando origem a outras modalidades omo
in-de diversasté ni as, nasquaisosmédi os utilizama imagemradiológi a omoguia nos
pro- edimentos irúrgi os outerapêuti os (NCRP,1989). Em radiologia interven ionista existem
asseguintesté ni as: ahemodinâmi a, onde ardiologistas observam o oração nasdistintas
fasesdo i lo ardía o;aneurorradiologia,queseen arrega dosvasosdosistemanervoso
en-trale a radiologia vas ular periféri a, queexplorao restantedo orpo(SILVA,E.C., 2004).
Hoje aradiologia interven ionistaabrangeumnúmeromuitograndedeexames
diagnósti- oseterapêuti os,etem res idoemtodomundo,devidoaoseu aráterpou oinvasivo, urto
tempo deinternação,rápido retorno dopa iente àssuasatividadese possibilidade deusoem
diversas espe ialidades médi as. Os pro edimentos interven ionistas apli am-se também no
tratamento de ertasdoenças, substituindoemalguns asosas irurgias onven ionais
(SAN-CHEZetal.,2010).
Apesar dos benefí ios, osraios X podem provo ar danos à saúde dos indivíduos quando
expostos à elevadas dose de radiação. Todas as atividades que envolvam o uso das
radia-çõesdevemser monitoradas a mde evitarlesões induzidasna pele, omo o ân er e efeitos
hereditários (CNEN, 2011). Foram relatadas pela International Commission on Radiation
Prote tion -ICRPao orrên iade efeitosdeterminísti osempa ientes eprossionaisdaárea
deradiologiainterven ionista (ICRP,2000),entreosquaissedesta amos asosde atarata e
sériosdanosnasmãosdosmédi osquerealizamosexames(KOENIGetal. 2009). NaTabela
1.1podemser observadososlimiaresparao orrên ia deefeitosdeterminísti os napele.
Tabela 1.1: Limiares parao orrên ia de efeitos determinísti osnapele (VAÑOetal., 2001).
Efeito Limiaraproximado Tempode aparição
de dose(Gy) do efeito
Eritemaimediatotransiente 2 2-24horas
Depilaçãotemporária 3 Aproximadamente3semanas
Depilaçãopermanente 7 Aproximadamente3semanas
Es amaçãose a 14 Aproximadamente4semanas
Es amaçãoúmida 18 Aproximadamente4semanas
Ul eraçãose undária 24 >6semanas
Ne rosedérmi aisquêmi a 18 >10semanas
Silva, M.S. (2011) mostrou que nos pro edimentos interven ionistas os valores da dose
absorvida máxima na pele do pa iente podem variar entre 612 e 8642 mGy, sendo que 53
%
foram maiores que 2000 mGy, valores estes que podem ausar efeitos determinísti os. Com
relação aos médi os, a dose efetiva média por pro edimento foi de 11
µ
Sv e os valoresmé-dios do equivalente de dose nas extremidades foram os mais altos, em torno de 923
µ
Sv nopé esquerdo, 514
µ
Sv no pé direito, 382µ
Sv na mão esquerda e 150µ
Sv no olho esquerdo.Dependendo do número de pro edimentos, as doses re ebidas pelos médi os podem ex eder
osvaloreslimitesde dosesestabele idos pelas normas na ionais einterna ionais.
Dadooexposto, per ebe-searelevân iademonitoraraexposição depa ientese
prossio-naisempro edimentosqueutilizamraiosX,tendo omoexemploaradiologiainterven ionista
devidoasdosesmaiselevadas. Oobjetivodestetrabalhoédesenvolverumdosímetro portátil
sem o de leitura direta om base em dete tores semi ondutores, que forneça informações
emtempo realsobre adosede radiação,possibilitandoarealização demedidas preventivas e
orretivas paraminimizaresta exposição.
1.1 Prin ípio da Proteção Radiológi a
Apesardosbenefí ios dousodasradiaçõesionizantes, osseus efeitosno sistemabiológi o
representam umpoten ial ris oparaoser humano.
A proteção radiológi atem por objetivo apresentar o uso adequado dasradiações om o
menorris opossível. AComissãoInterna ionaldeProteçãoRadiológi aou(doinglês
Interna-tionalCommisionon Radiologi al Prote tion -ICRP),estabele e asnormasere omendações
paraaproteção radiológi a nasapli açõesdasradiaçõesionizantes.
Ao nível na ional, a Comissão Na ional de Energia Nu lear - CNEN, regulamenta o uso
e aquisição de fontes radioativas. O Ministério da Saúde, através da Agên ia Na ional de
Vigilân ia Sanitária - ANVISA, regulamenta o uso das radiações ionizantes na área de
ra-diodiagnósti o. Em 01 de junho de 1998 o Ministério da Saúde lançou a Portaria 453 que
regulamenta asdiretrizes bási asparaa áreade radiodiagnósti o médi oeodontológi o.
Devidoao aumento napreo upaçãoquanto aosdanos ausados àsaúdedoindivíduopela
exposição à radiação ionizante, grandezas radiológi as foram denidas om o propósito de
Interna-sãodes ritasno Apêndi e A.
1.1.1 Filosoa da proteção radiológi a
De a ordo om aICRPas exposiçõessão lassi adas em o upa ionais, médi ase
públi- as. A exposição o upa ional éaquelao orrida noambientede trabalho; aexposição médi a
é a exposição de pessoas omo parte de seu tratamento ou diagnósti o, in lui também
vo-luntários a ompanhantes que auxiliam na ontenção de pa ientes e a exposição do públi o
que ompreendetodasasexposiçõesquenão sãomédi asou o upa ionais (ICRP,2007;IRD,
2011).
O sistema de proteção radiológi a re omendado pela ICRP (2007) está baseado nos
se-guintesprin ípios gerais.
•
Prin ípio da justi ação: A práti a deve produzir benefí ios, para os indivíduos expostos ouparaa so iedade, su ientespara ompensar o detrimento orrespondente,tendo-seem onta fatoresso iais,e onmi os ou outros.
•
Prin ípio da otimização (ALARA): Este prin ípio estabele e que todas as apli a-ções das radiações ionizantes, devem ser realizadas de modo que sejam tomadas todasasprovidên iasamde maximizar obenefí iolíquido,levando em onta fatores
e on-mi os e so iais. Este objetivo pode ser al ançado om pro edimentos de segurança,
instrumentação adequadae pessoalquali ado (SHERERetal.,2002).
•
Limites individuaisdedose: Asnormas estabele emumlimitededoseanualparaos indivíduostrabalhadores edo públi o omoresultado de todasaspráti asexe utadas.ACNENeANVISAsãoosórgãosregulamentadores queestabele emasdiretrizesbási as
deproteção radiológi a, na qualsão apresentados oslimitesde doses anuais parao públi o e
parao indivíduo o upa ionalmente exposto. A exposição dos indivíduosdeve ser restringida
detalmodoquenemadoseefetivanemadoseequivalentenosórgãosoute idosde interesse
ex edamoslimites dedoses anuaisestabele idos (CNEN,2011).
Na Tabela 1.2podem serobservadososlimites de exposição o upa ionalque atualmente
são: 20 mSv para a doseefetiva anual em qualquer período de in o anos onse utivos, que
Tabela 1.2: Limitesdedoses anuais (CNEN,2011).
Grandeza Órgão Limiteanual Indivíduo do públi o
DoseEfetiva Corpointeiro 20mSv
(a)
1mSv
(b)
Cristalino 20mSv 15mSv
DoseEquivalente Pele
(c)
500mSv 50mSv
Mãosepés 500mSv
-(a)Médiaaritméti aem5anos onse utivos,desdequenãoex eda50mSvemqualquerano.
(b)Em ir unstân ias espe iais,aCNENpoderáautorizarumvalordedoseefetivadeaté5mSvemum
ano,desdequeadoseefetivamédiaemumperíodode5anos onse utivosnãoex edaa1mSvporano.
( )Valormédioem1
cm
2
deáreanaregiãomaisirradiada.
Paragarantirqueoslimitesdedoseanualnãosejamex edidosérealizadoomonitoramento
dolo alde trabalho denominadode monitoração deáreaoulevantamento radiométri o,e do
indivíduotrabalhador onhe ido omomonitoração o upa ional. Portanto, apli andonormas
de ontrole de qualidade e realizando o monitoração individual é possível estimar as doses
efetivasedoses equivalentes emte idosexpostos,e prover informaçõesvaliosas para atuação
daproteção radiológi a (ICRP,2007).
1.1.2 Normas de qualidade para feixes de raios X
Asradiaçõesionizantessãodenidaspor normasdequalidadequedeterminamoespe tro
do feixe de raios X após sofrer modi ações pela adição de ltros metáli os om espessura
al uladaatravés daatenuação dofeixe primário(IRD, 2011; CNEN,2011;MCT, 2011). As
normas dequalidade que denemas ara terísti as do feixede radiação em radiodiagnósti o
onven ionale radioproteção sãodes ritasa seguir.
a) Radiodiagnósti o: Asmedições de radiação, nestaárea, sãofundamentais para os
pro-gramasde ontrole dequalidade dosequipamentosde raios X e paramedirou estimar doses
a que estão submetidosos pa ientes, ou seja, na dosimetria do pa iente. Para o ontrole de
qualidade, a grandeza kerma no ar é su iente, tanto na ara terização e ontrole da fonte
( ampoderadiaçãoin identenopa iente)quantoparaaavaliaçãododesempenhodosistema
tabele easqualidadesdaradiação hamadadeRQR(RadiationQualityinRadiationBeams)
para medidas de feixe de raios X em radiodiagnósti o (IEC 61267, 2005). Na Tabela 1.3
podemservistas algumas qualidadesderadiação RQR.
Tabela 1.3: Qualidades daradiação Xpararadiodiagnósti o(IEC61267, 2005).
Qualidade da Energiamédia Tensão dotubo Filtrosadi ionais
radiação (RQR) (keV) (kVp) (mmAl)
RQR3 29,0 50 2,46
RQR5 34,8 70 2,83
RQR8 44,2 100 3,36
RQR10 61,2 150 4,38
b)Radioproteção: Naáreaderadioproteção,okermanoartambémpodeserutilizadopara
determinarasgrandezas opera ionais nomonitoramento pessoal, ujasdeniçõesefatoresde
onversãopodemseren ontrados na literatura(IRD, 2011;CNEN,2011; MCT,2011).
A International Organization for Standardization - ISO através da sua publi ação 4037,
re omenda ospro edimentos de alibração de dosímetros pessoais de a ordo oma resposta
emfunção da energia e ângulo de in idên ia de raios X ou radiação gama (ISO 4037,1999).
Estanorma foidenida pela ComissãoInterna ional de UnidadeseMedidas de Radiação ou
(do inglês International Commission on Radiation Units and Measurements - ICRU), om
propósito de medidas de grandezas opera ionais (ICRU, 1992)e para proteção ontra as
ra-diações ionizantes (IAEA, 2008). Aliás, esta norma dá orientações sobre a de laração de
in ertezas,na preparação de registrose erti ados de alibração(ICRU,1993).
A razãoparaousodasgrandezas opera ionais baseia-se nofatode quea doseefetivae a
doseequivalente não podem sermedidas diretamente na práti a líni a (ICRP,2007; ICRU,
1993). A grandeza opera ional utilizada para monitoração de indivíduos é o equivalente de
dosepessoalH
p
(d), que vaiser des ritaposteriormente.NaTabela1.4podemserobservadososvaloresdosltrosadi ionaiseatensãodotubode
Tabela 1.4: Qualidades daradiação Xpararadioproteção (ISO4037,1999).
Qualidadeda Energiamédia Tensão do Filtros
radiação (N) (keV) tubo(kVp) adi ionais (mm)
N40 33 40 4Al+0,21Cu
N60 48 60 4Al +0,6Cu
N80 65 80 4Al +2Cu
N100 83 100 4Al +5Cu
N120 100 120 4Al+5Cu+1Sn
Asnormas dequalidadesãoapli adasna ara terizaçãodofeixederadiaçãoparagarantir
oadequado fun ionamento doequipamento de raios X.Para isso, utilizam-seinstrumentos e
dete tores espe iais para medir durante um pulso de radiação, os valores da tensão de pi o
(kVp) forne ida ao tubo, o kerma no ar, taxa de kerma no ar e o tempo de exposição. Os
transdutorese dete tores deradiação ionizante são des ritosaseguir.
1.2 Cara terísti as dos Transdutores
O Instituto de Engenheiros Eletri istas e Eletrni os ou (do inglês Institute of Ele tri al
and Ele troni s Engineers - IEEE) através da sua publi ação 1451, dene transdutor omo
umdispositivo apazde onverterumtipode energiaemoutro. Nestaapli açãoé onvertida
a radiação ionizante (raios X) em sinal elétri o ( orrente ou tensão elétri a). O transdutor
de entrada do ir uito também édenominado de sensor e o transdutor de saída é onhe ido
omoatuador (IEEE 1451,2007).
Em algumas áreasdo onhe imento éutilizado o termo dete torparaidenti ar osensor
ou transdutor de entrada. No entanto, dete tor é um termo que deve ser reservado para o
sensora oplado a umaeletrni a de ondi ionamento de sinal. São apresentadas a seguiras
prin ipais ara terísti as dostransdutoresgasosose semi ondutores apli ados emradiologia.
1.2.1 Câmara de ionização
A âmara de ionização é um transdutor gasoso onde são produzidos íons por ação da
in idên iadaradiação ionizante. Estetransdutoroperanaregião desaturaçãodeíonsepara
ada par de íon gerado pela partí ula no interior do volume sensível do mesmo um sinal é
oletado. Apesar disso, a orrente é muito baixa normalmente da ordem de 10
−12
materialdebaixo número atómi o(Z),utiliza oar ougássobpressão omoelemento gasoso,
são apazes demedirdiretamentea grandeza kermano ar (OLIVEIRA,2008).
A Figura 1.1apresenta o esquema bási o de fun ionamento de uma âmara de ionização
a oplada aumamperímetro pararegistrar a orrente produzida.
Figura 1.1: Esquemabási ode uma âmarade ionização.
Quandoaradiaçãoionizanteatravessaasparedesda âmaraproduz argaselétri asdevido
à ionização do ar em seu interior. Estas argas podem ser oletadas e mensuradas a partir
de um ampo elétri o obtido por uma diferençade poten ialapli adaexternamente entreas
paredes da âmara. As argas geradas pelas ionizaçõeso orridas dentro do volume de ar da
âmara sofrema ação desse ampo elétri o e deslo am-se onforme a polaridade, originando
uma orrente elétri a, que pode ser medida. A intensidade da orrente elétri a medida está
asso iadaàquantidadedeionizaçõesdentrodovolumedearda âmarapor ausadain idên ia
daradiação.
1.2.2 Transdutores semi ondutores
Ostransdutoressemi ondutores sãodispositivosformadosnormalmentepormateriais
se-mi ondutoresdo tipo silí ioougermânio. A região dedepleção dossemi ondutores onstitui
o seu volume sensível. Quando a radiação ionizante atravessa o transdutor produz pares de
elétron-la una que são separados pela açãodo ampo elétri o apli ado à junção, resultando
Apesar desta semelhança, há diferenças entre essesdois tiposde transdutores omo, por
exemplo,otempo de oleta dosportadoresde arga. Notransdutorgasoso,amobilidade dos
elétronsé er ade1000 vezesamobilidade dosíonspositivos,enquanto quenosemi ondutor
amobilidadedoselétronsé er adeduasoutrêsvezesamobilidadedasla unas. Otempode
oleta detodososíons dotransdutor gasoso éda ordemde milissegundos eno semi ondutor
é da ordem de
10
−7
s. Além disso, a energia ne essáriapara produzir umpar elétron-la una
nosemi ondutor éda ordem de3 eV (KHOURY etal.,1987).
Portanto, o número de argas produzidas no semi ondutor, por uma dada partí ula, é
er a de 10 vezes maior do que num transdutor gasoso, o que a arreta menor utuação na
amplitudedo sinal, permitindo obtermelhor resoluçãona energia daradiação in idente. Por
estas ara terísti as existe umgrandeinteresse no usodossemi ondutores paraa dosimetria
eespe trometriadasradiaçõesionizantes (SILVA,M.C., 1992).
A Figura 1.2 apresenta o esquema bási o de um transdutor semi ondutor, mostrando
omosãogerados ospares deelétron-la una no volume sensíveldomesmo quandoexposto à
radiação.
Figura 1.2: Esquemabási ode umtransdutorsemi ondutor(KHOURY,1999).
orrente que é diretamente propor ional a esta radiação. A orrenteproduzida tende a uir
nosentido inverso dodiodo,ou seja, do átodo (K) para oânodo (A).Paramedira orrente
produzidasãoutilizadoseletrmetros que ondi ionameampli am osinal. As argas
elétri- as que forem geradas fora da região de depleção não são registradas devido ao pro esso de
re ombinação o orridono transdutorsemi ondutor.
Ostransdutoressemi ondutores,maisespe i amenteosdiodos,possuemumajunçãoPN
formadapordoistiposdemateriais,otipoNquetemelétronsetipoPquetemla unas omo
argasmajoritárias. NajunçãoPNdodiodosemi ondutoréformadaaregiãodedepleçãoque
onstituioseuvolumesensível. Quandoodiodoéa opladoaum ir uitode ondi ionamento
e ampli ação de sinais forma um dete tor, que pode produzir tensão ou orrente elétri a
quandoexpostoà radiação(SEDRA, A.S.,SMITH,K.C., 2007).
Asprin ipais ara terísti as analisadasnostransdutores semi ondutores omodete tores
deradiação ionizante sãoapresentadasa seguir.
a) Corrente de fuga: É onhe ida omo orrente de fuga, a orrente que ui através do
dete tor na ausên ia da radiação. Essa orrente afeta a relação sinal-ruído, inuen iando o
limite de dose a ser examinado. Além da orrente reversa através da estrutura ristalina,
existe uma baixa orrente na superfí ie do mesmo, hamada de orrente de fuga super ial.
Aintensidade desta orrentedepende do tipo de en apsulamento, das ondiçõesde
ontami-naçãodasuperfí ie dodete tor devido aomanuseio (KHOURY,1999).
b)Capa itân ia: Odete torsemi ondutorpodeser en arado omo um apa itor, umavez
queé onstituído por umazona de altaresistividade (regiãode depleção) om arga espa ial
situada entre duaszonas om portadoresde argalivres, isto é,regiõesrelativamente
ondu-toras. Portanto, asua apa itân ia depende diretamente daformaedotamanhodo dete tor.
No asodo dete torplanaré dado pela Equação1.1:
C =
ε.A
d
(1.1)onde,A éárea dodete tor;
ε
é a onstante dielétri a domaterial; dé espessurada região de) Tempo desubida dopulso: Osdete tores semi ondutoressãonormalmenteos
dete to-resde radiação ionizantes queapresentam maior velo idade de resposta. O tempo de subida
dopulsogeradono dispositivosemi ondutoré daordemde 1a10ns, enquanto osdete tores
intiladores e osgasososrespondemna ordemde mi rosegundos.
O tempo de trânsito, ou de oleta das argas no dete tor semi ondutor ontribui na
for-mação do pulso de sinal. O tempo de trânsito orresponde ao tempo de movimentação de
elétrons e la unas, produzidas pela radiação, através da região de depleção do mesmo. Este
tempodependedadistân iaaserper orridapeloportadorde argaedavelo idadedederiva
(
υ
), dada pelaEquação 1.2:υ = µ.E
(1.2)onde,
µ
éamobilidade doportador de arga(elétronoula una); Eéaintensidadedo ampoelétri o apli adoajunção.
Quando os ampos possuembaixa intensidade a mobilidade é quase onstante,mas para
amposmuito intensosa velo idade dederiva nãoaumenta propor ionalmente om o ampo
eatinge asaturação. Portanto, deve-se apli arnodete torum ampo elétri osu ientepara
garantir quetodososportadores de argaestejam om velo idade máxima.
d) Dependên ia energéti a: A variação da resposta de um dete tor semi ondutor para
uma determinada dose em função da energia da radiação hama-se de dependên ia
enérge-ti a. Épossívelreduziradependên iaenergéti ausandoltrosdealumínio ououtromaterial
adequado emvolta dosdete tores (SILVA,M.C., 1992).
e) Dependên ia angular: Adependên ia angularou isotropia éuma ara terísti a
impor-tante na dosimetria e mede a resposta do dete tor em relação ao ângulo de in idên ia do
feixederadiação. Oânguloperpendi ulargaranteamelhor oletadeinformação, enquanto o
ângulotangen ial provo a variaçãode resposta dodosímetro. Por isso,torna-sefundamental
aotimização dageometria de posi ionamento do dete torsemi ondutor(MELO, 2002).
f) Sensibilidade: A sensibilidade da resposta se refere à apa idade do dete tor
semi on-dutor em medir as mínimas variações da dose de radiação, pode ser observada através da
in linação das urvasde resposta dose. Estas urvas de alibração rela ionam o sinal
obtida pela razão entre a foto orrente gerada (IPD) e a fonte de luz in idente (P)expressa
por A/W,sendoA orrente e Wpotên ia, onforme Equação 1.3:
R(λ) =
I
P D
P
[A/W ]
(1.3)Na literatura en ontra-se o fotodiodo AXUV100G que possui adequada responsividade
para apli ação em dosimetria. Este diodo é onsiderado um dete tor padrão devido a sua
resposta plana omasenergias da radiação. Odiodo AXUV100G possui umaárea ativa em
tornode100mm
2
,velo idadederesposta10
µ
s,sensívelao omprimentodeonda0,04a1100nm e apa itân ia 44 nF. A Figura 1.3 mostra a região de resposta plana desse fotodiodo
analisado om omprimento deonda 25 nma1100 nm.
Figura 1.3: Resposta dofotodiodo AXUV100G.
h)Potên iadissipada: Apotên iadissipadanosemi ondutorédenida omoaquantidade
de energia térmi a que passa por ele durante um intervalo de tempo. Os diodospossuem a
espe i açãode orrentemáxima,estanãodeveserultrapassadaparaevitarsobreaque imento
1.2.3 Outros transdutores
Existem outros tipos de transdutores que podem ser apli ados na medição de radiação
ionizante. Entre eles, estão os transdutoresdo tipo lme fotográ o e alguns materiais
ris-talinos.
Otransdutor do tipo lme baseia-se no prin ípioda sensibilização de hapas fotográ as
por interação da radiação oma emulsão doslmes, produzindo umaimagem. Este tipo de
transtudor possibilita a do umentação do registro dosimétri o para várias análises. Existem
alguns materiais ristalinos que possuem a propriedade físi a de emitir luz visível quando
expostos à radiação ionizante, esta propriedade é onhe ida omo radiolumines ên ia - RL.
Damesmaforma,outros ristaisirradiadosapenas omradiaçãoionizanteemitemluzquando
submetido a uma taxa de aque imento térmi o, denominados ristais termolumines entes
-TL. Estes transdutoresapli ados omo dosímetro serão des ritosposteriormente.
1.3 Tipos de Dosímetro
Osmedidoresderadiação,oudosímetros, sãoequipamentos, sistemasoumesmomateriais
que,em onjunto omo sistemade leitura, medem aradiação ionizante,sejade formadireta
ouindireta. Osdosímetrosdeleitura diretasãodispositivoseletrni os queforne ema
infor-mação da dosede radiação sem nenhum pro essamento. Enquanto, os dosímetros de leitura
indireta requerem umpro essamento adi ional parainterpretar asinformações de dose.
En-treosdosímetrosde leituraindiretadesta am-seosdosímetrosdotipo lmeradiográ oeos
termolumines entes.
1.3.1 Dosímetros eletrni os
Nestaseçãosãodes ritossomenteosdete toreseletrni osrelevantesaotrabalho. Dentre
eles,estão osdete tores agáse osdete tores semi ondutores. Osdete tores agás,de a ordo
om a tensão apli ada entre o ânodo e átodo, podem ser quali ados omo âmaras de
ionização, dete tores Geiger-Müller ou ontadores propor ionais, que têm omo prin ípio de
fun ionamento a produção de íons pela interação da radiação ionizante om um volume de
gás.
(a) (b)
Figura 1.4: Dosímetros omdete tor Gieger-Müller.
AFigura1.5amostraumdosímetro om âmarade ionizaçãodaVi toreenmodelo451B,
ea Figura1.5bo dosímetro da Babylinemodelo 81.
(a) (b)
Figura 1.5: Dosímetros om âmarade ionização.
Os dete tores semi ondutores fun ionam a partir do prin ípio de ex itação dos elétrons,
quepassamdasbandas de valên ia paraasbandasde ondução, permitindo assim a oleção
desses elétrons dando origem a um sinal, que pode ser medido de a ordo om o modo de
operação do dete tor.
Os modosde operaçãodosdete toressemi ondutores sãobasi amentedois tipos,o modo
pulsoe modo orrente des ritosaseguir.
a) Modo pulso: Para este modo, o diodo é ligado om uma tensão reversa de algumas
dezenas ou mesmo algumas entenas de volts, obtendo-se uma zona de depleção bem larga.
Osinalproduzido estáemfunção do tipo dediodo utilizado sedotipoP outipo N,e da
suarespe tiva tensão reversa. Neste modo de operação o sinalde saída forne e informações
sobre a interação de ada partí ula ou fóton individualmente, permitindo portanto obter
informações tanto da intensidade quanto da energia da radiação. Por esta razão este modo
égeralmente usadoparaespe trometia deradiação ionizante(KHOURY,1999;SILVA,J.O.,
2000). A Figura 1.6 mostra o formato do sinal en ontrado na onguração do dete tor no
modopulso, oqual pode ser al uladopelaEquação 1.4:
V
max
=
Q
C
=
Eq
W C
(1.4)ondeQéa argaproduzidaporevento,Céa apa itân ia,Eéaenergiamédiadepositadapor
evento,qéigual1,6.10
−19
C,eWéaenergiamédia paraformaçãodeumparelétron-la una.
Como q,We Csão onstantes, assim o
V
max
é propor ionala E.Figura 1.6: Formatodo sinal nomodo pulso.
b)Modo orrente: Nestemodo,osistemaeletrni oé one tado nasaída dodete torpara
registrar a arga produzida pela radiação in idente durante um dado tempo de exposição.
Faz-se aindaaintegração detodosospulsosda orrenteproduzidapelos fótonsoupartí ulas
in identes, o que permite apenas a avaliação global das interações o orridas no dispositivo.
Estemodo de operação é geralmenteutilizado emapli açõesdosimétri as.
A Figura1.7mostraa variação da orrenteproduzidaemfunção do tempo deexposição.
Porestagurapode-seobservarque adapartí ula, oufóton,iráproduzir ertaquantidadede
argasemumintervalodetempomuito urto. Quandoseoperaodete tornomodo orrente,
registra-se a orrente (I)pelarelaçãoda Equação1.5:
I(t) =
1
T
Z
i(t
′
).dt
′
Figura 1.7: Formato dosinal no modo orrente.
Portanto, este modo de operação faz a integração da orrente em um urto intervalo de
tempo. Obtém-seassim,aintensidademédiaproduzidaportodososeventosindividuais
gera-dospelodete tor naqueleintervalode tempo, realizandoumaavaliação globaldasinterações
o orridas no dispositivo.
Omodo orrente éempregadotipi amente quando ataxa deeventosé muito alta,ouem
apli ações dosimétri a. Ofatodo sinal seapresentar, não emforma de pulsos elétri os, mas
de orrente ontínua, depende do ir uito eletrni o queseen ontra emsérie omo dete tor
deradiação (MELO, 1988).
Em ambosospro essosodete torsemi ondutorpodeser one tadonomodo fotovoltai o
oufoto ondutividade, estestiposdea oplamento sãodes ritosa seguir.
a) Conexão no modo fotovoltai o: Neste modo de operação, nenhuma diferençade
po-ten ialexternaé apli adanajunção PN.Assim,o dete toratua omoumafontede orrente
e apresenta resposta linear om a taxa de dose. Esta resposta é diretamente propor ional à
taxade exposiçãoda radiação ionizante.
A Figura1.8 mostraumesquema de a oplamento do dete torsemi ondutor nomodo
fo-tovoltai o. Neste aso, apolaridade da tensão de saída (
V
out
) do ir uito depende da forma omo o fotodiodo é a oplado ao ampli ador opera ional. Se o terminal átodo do diodofor one tado ao terra e o ânodo na entrada do ampli ador haveráuma tensão positiva na
saída. Invertendo a posição do diodo semi ondutor a saída do ampli ador terá tensão om
Figura 1.8: A oplamentododete tornomodofotovoltai o.
b) Conexão no modo foto ondutividade: Nestemodo de operação, umatensão reversa
é apli ada na junção PN om propósito de aumentar a região de depleção. Se a tensão e o
ampo elétri o forem baixos a oleta dos elétrons e das la unas pode ser in ompleta,
resul-tandoemperdapor re ombinação das argas ena redução daamplitude do pulso.
Quando aumenta o ampo elétri o estaperdadiminui atéque apartir de umdado valor
detensão,aamplitudedopulsopermane e onstante,independentedovalordatensão. Esta
região de operação é denominada de região de saturação e é semelhante à en ontrada para
as âmaras de ionização, onde o orre a ompleta oleta dos íons produzidos pela radiação
in idente (BOGART, T.F.,2000).
A Figura1.9mostra o esquemade a oplamento dodete tor semi ondutorno modo
foto- ondutividade.
Figura1.9: A oplamentodo dete tornomodo foto ondutividade.
Odete torsemi ondutorrespondedediferentesformasemfunçãodaenergia daradiação,
este omportamento é denominado dependên ia energéti a. Esta dependên ia está
Figura 1.10: Probabilidade de interaçãodos raios X(HAMAMATSU, 2015).
Observa-senaFigura1.10queome anismodeinteração dominanteéoefeitofotoelétri o
paraenergiasmenoresque50keV.Oefeitofotoelétri o éemissão deelétronsdasuperfí ie de
um material, geralmente metáli o, devido à in idên ia de ondas eletromagnéti as ou fótons
de alta frequên ia. A energia ontida na onda eletromagnéti a é totalmente absorvida pelo
elétron no material que adquire assim energia su iente para ser ejetado de sua superfí ie.
Esseelétron gerapareselétron-la una queé dete tado pelo ir uito.
Se a energia dosraios X for a ima de 50 keV passa apredominar o espalhamento
Comp-ton. Noespalhamento Comptonoelétronre ebeparteda energiadaradiação in idente, esta
radiação interage om o elétron ini ialmente em repouso, após a olisão, o fóton e elétron
são espalhados em determinados ângulos, podendo ainda produzir novas interações. Para
este aso, o átomo vibra om a olisão da radiação in idente. Essa vibração do átomo leva
ageração de pares elétron-la unaque é tambémdete tado pelo ir uito. No entanto, osinal
produzidotem menorintensidade de orrente quando omparado ao efeito fotoelétri o.
Silva, M.C. (1992) mostrou que a utilização de ltros de alumínio, obre ou outros
me-taispodemreduzirsigni ativamente adependên iaenergéti adossemi ondutores, onforme
Figura 1.11: Reduçãoda dependên ia energéti a om ltros(SILVA,M.C., 1992).
A dependên ia energéti a dos semi ondutores interfere na sensibilidade de dete ção do
dosímetro. Além disso, a sensibilidade dos dete tores semi ondutores depende do tipo do
transdutor fotodiodo e do ir uito de ondi ionamento de sinala oplados na entrada do
do-símetro eletrni o.
Batista(2006)apresentou arespostadedete toressemi ondutores nodesenvolvimento de
um aparelho para ontrole de qualidade de equipamentos mamográ os. Foram obtidos os
seguintes oe ientesangularesnas urvasde alibraçãodosdiodos: SFH206(0,064),BPW34
(2,544), XRA24(5,932) e XRA50 (24,513). Ofotodiodo XRA50 teve sensibilidade quase 10
vezesmaiorqueodiodo BPW34. AFigura1.12apresenta a urvade alibração desses
mente indi ando para apli ações em dosimetria das radiações ionizantes. Este fotodiodo
possui apa itân ia de14pF, orrente dees uro0,3nA,tensãoreversamáxima 100V,euma
áreaativa emtorno de 25mm
2
,quesão melhores queo diodo BPW34. Além disso, o diodo
XRA50nãopossuinenhuma amadaprotetorasobrearegiãoativa,issomelhorasuaresposta
devido ajanela deentrada terespessuradesprezível.
Portanto, adependên iaenergéti a ea sensibilidade sãoproblemasobservadosquandose
projeta um dosímetro eletrni o a base de dete tores semi ondutores. Para minimizar esta
de iên ia podem ser utilizados ltros metáli os e transdutores semi ondutores om maior
sensibilidade, a opladosa umaeletrni a de ondi ionamento de sinais. Apli am-se também
nosdosímetros eletrni ossistemasembar ados pararealizar otratamento dosinaldosensor
deentrada, otimizando assim osistemade dete ção e pro essamento de dados.
O dosímetro de leitura direta pode ser onsiderado um sistema eletrni o embar ado.
Quando se projeta um sistema eletrni o embar ado é ne essário onsiderar os aspe tos de
dependabilidade. Adependabilidadeé apropriedadequedene a apa idade dossistemas
de prestar umserviço que sepode justi adamente onar (AVIZIENIS etal., 2011). Além
disso, devem ser realizados os estudosde repetibilidade e reprodutibilidade paraque o
dosí-metro possa ofere er um serviço de alta qualidade. A repetibilidade refere-se a realização
do ensaio sob ondições as mais onstantes possíveis, deve ser exe utada durante um urto
intervalo de tempo, em um laboratório por um operador utilizando o mesmo equipamento.
Enquanto,areprodutibilidaderefere-searealizaçãodoensaioem ondiçõesdiferentes omo
operador,dia,equipamentoe ondiçõesambientais detemperatura,umidade epressão(VIM,
2012).
Entre os requisitos de dependabilidade estão onabilidade, segurança e inviolabilidade
des ritosaseguir.
a) Conabilidade: O sistema deve ser apaz de forne er o serviço orreto e esperado a
qualquer momento, ou seja, estar sempredisponível. A disponibilidade do sistemapode ser
al uladapelaEquação 1.6:
A =
M T BF
onde, A é disponibilidade (availability); MTBF é o tempo médio entre falhas (mean time
between failure) eMTTR é otempo médiode reparo (mean time to repair).
Por exemplo, em um sistema ujo tempo médio de fun ionamento é de 3 anos (ou seja,
26280horas entre asfalhas - MTBF),e otempo médio dereparo (substituição de bateria) é
de1 hora, obtém-se:
A =
26280
26280 + 1
= 0, 99996
(1.7)Pode-se interpretar este resultado de maneira por entual, ou seja, a disponibilidade do
sistemaexempli ado édemaisde99,99%do tempodeoperação. Quandoovalorfora ima
de99,9%é onsideradoex elente, assimadisponibilidadenesteexemplo estáadequada
(LA-FRAIA,2001).
b)Segurança: Orequisitode segurançarefere-se às ondiçõesapropriadas paraoadequado
fun ionamento do sistema sem provo ar dano a outros sistemas ou pessoas que dele
depen-dam. A segurança é a medida da apa idade do sistemade se omportar de forma livre de
falhas(fail-safe).
Paraexempli ar este aso, onsidere um sistemade transporte ferroviário onde os
on-troles de um trem providen iam sua desa eleração e parada automáti a quando não mais
onseguirem garantir o seu fun ionamento orreto. Em um sistema fail-safe, ou a saída é
orretaou osistemaé levado a umestado seguro (KANEKAWA etal.,2010).
) Inviolabilidade: Ainviolabilidade temporobjetivo al ançar priva idade,autenti idade,
integridadeeirrepudiabilidade dosdados. Por exemplo,osdadosquetrafegamporumarede
de omputadores devem ser protegidos ontra invasão a idental ou proposital ausadas por
indivíduosmalinten ionados(ha kers),estainvasãopodeproduzirseverosdanosaosistema.
Aimplementaçãodesterequisitodeve-setambémautilização derewall,antivírus,umarede
parti ular virtual ou(do inglêsVirtual Private Network - VPN) e monitores dedesempenho
(BASILIetal.,2004).
A prevenção e remoção de falhas não são su ientes quando o sistema exige alta
oualgoritmos espe iais diversos(AVIZIENIS etal., 2011).
Na Tabela 1.5podemser observadasasprin ipaisté ni as paraal ançar os requisitos de
dependabilidade.
Tabela 1.5: Té ni asparadesenvolver dependabilidade (AVIZIENISetal., 2011).
Té ni a Função
Prevençãodefalhas Impedeao orrên iaouintroduçãodefalhas. Envolveaseleção
demetodologiasdeprojetoete nologiasadequadas.
Forne eoserviçoesperadomesmonapresençadefalhas.
Tolerân iaafalhas Té ni as omuns: mas aramentodefalhas,dete çãodefalhas,
lo alização, onnamento,re uperação,re onguraçãoe
tratamento.
Validação Remoçãodefalhas,veri açãodapresençadefalhas.
Previsãodefalhas Estimativassobrepresençadefalhaseestimativassobre
onsequên iadefalhas.
A Figura 1.13 apresenta um exemplo de dosímetro eletrni o apli ado na monitoração
o upa ional omtransdutor semi ondutorda mar aRados modeloRad-60S.
Figura 1.13: Dosímetro omdete torsemi ondutor.
1.3.2 Dosímetros om lmes radiográ os
Os dosímetrosdo tipolme, utilizamlmesradiográ os omdimensõesde 3X4 m om
duas emulsões de diferentes sensibilidades. Estes lmes são olo ados dentro de um badge 1
que ontém ltrosdeCu ePb omdiferentes espessuras.
Quandoo dosímetro éexpostoà radiação ionizante, estainterage omaemulsãodolme
produzindo uma imagem latente. Após o pro essamento do lme, a região irradiada ará
opa aà luz. A presença dos ltrosno badge possibilita a estimativa da energia da radiação
que in idiu no lme. Através da medida de densidade óti a em diversos pontos do lme é
possível estimar também a dose re ebida, om base nas urvas de alibração previamente
determinadas(SOARES,2001).
A Figura1.14a mostraolmedosimétri o apósirradiação,e aFigura1.14baimagem do
badge omosltrosmetáli os devidamente posi ionados.
(a) (b)
Figura1.14: Dosímetrodo tipolme radiográ o(MARTIN, 2008).
Oequipamento utilizado paraleituradedosímetros omlme éodensitmetroóti o,que
onsistebasi amentenamedidadaopa idadedolmeàluz. Adensidadeóti aéumamedida
da atenuação da luz transmitida pelo lme em relação à intensidade da luz in idente, om
issoépossívelavaliaro valor dedose a umulada numdeterminado período.
1.3.3 Dosímetros om materiais TL
Os dosímetros baseados em material TL ou (do inglês Thermolumines ent dosimeter
-TLD) utilizam omo sensor ristais termolumines entes. O fenmeno da TL é a emissão de
luzdevido ao aque imento desse ristal previamenteirradiado. A quantidade de luz emitida
durante o aque imento é propor ional à dose absorvida pelo dosímetro. Os dosímetros TL
têmo formato de pastilhas e, geralmente, sãoutilizados emumporta-dete tor quea omoda
vários ltros, om a mesma nalidade daqueles utilizados nos dosímetros fotográ os. Os
ente(TLD),nesteseen ontramos ristaisdosimétri osenormalmenteosltros(Cu,Al,Pb
eSn).
Figura 1.15: Dosímetrosdo tipotermolumines entes (ALMEIDAetal., 2008).
O equipamento de leitura do TLD onsiste de um sistemapara ontrole de aque imento
do ristaltermolumines ente,umaválvulafotomultipli adoraeumsistemaeletrni o de
pro- essamento dosdados. O ristal emite luzao seraque ido, essa luzé onvertida em orrente
elétri a na válvulafotomultipli adora. Na sequên ia, é realizado o pro essamento dosdados
paraavaliara doseabsorvida.
AFigura1.16aapresentaodiagramadosistema,eaFigura1.16boequipamentoHarshaw
TLD
T M
modelo3500 paraleitura dedosímetros TL.
(a) (b)
Figura 1.16: Diagrama e oequipamentoHarshaw TLD
T M
1.4 Dosimetria de Pa iente e O upa ional
Asprin ipaisgrandezas e unidades para adosimetria depa ientee monitoração
o upa i-onalsãoapresentadas aseguir. Essasgrandezas sãodetalhadasno Apêndi e A.
a)Dosimetriadepa iente: Adosimetriapodeserfeitadiretaouindiretamente. Ométodo
direto medeo kermaar na entradada pele om dosímetrostermolumines entes posi ionados
sobre a pele. Essesdosímetros são muitosensíveis e sua resposta depende da energia, sendo
então ne essáriosua alibração. Apesar de medir o kermaar na entrada da pele, a dosenos
órgãos pode ser al ulada. Já asmedidasindiretas são feitas om âmaras de ionização, que
utilizam as informações de kerma no ar, fator de retroespalhamento, energia e tamanho do
ampo,paradeterminar o kerma ar naentrada dapele(SILVA,M.S., 2011).
A dose no pa iente pode ser obtida om a utilização das grandezas dosimétri as
re o-mendadas pela Comissão Interna ional de Unidades e Medidas de Radiação ou (do inglês
International Commission on Radiation Units and Measurements - ICRU). Estas grandezas
são: K
a,i
(kermaarin idente),Ka,e
(kermaarnasuperfí iedeentrada),PKA
(produtokerma ar-área)esuasrespe tivastaxas. AFigura1.17apresentaageometriaparadeterminaçãoraios X inter epta o plano perpendi ular orrespondente a entrada na pele do pa iente. Já
o P
KA
é obtido numa área perpendi ular ao feixe, normalmente, na saída do olimador. A relaçãoentre Ka,i
e Ka,e
pode ser obtida pelaexpressão Ka,e
= Ka,i
.B, onde Bé o fator de retroespalhamento. A unidade de medida para Ka,i
e Ka,e
é o gray (Gy) e para PKA
é o Gy. m2
(ICRU,2005; IAEA,2005).
As organizações interna ionais ICRP,NCRP e IAEA re omendam a utilização de níveis
dereferên ia dedose emradiodiagnósti o paraotimizar a proteção dopa iente. Osníveis de
referên ia são estabele idos em função dos dados oletados que reúnem informaçõessobre a
magnitudedeparâmetrosdosimétri osnospro edimentos líni osem entrosdereferên iano
país(IAEA, 2009;ICRP,2007).
Na Tabela 1.6 podem ser observados os níveis de referên ia em radiodiagnósti o
adota-dospeloMinistériodaSaúde brasileiro,pelaComunidadeEuropéiaepeloGovernoBritâni o
(LACERDA,2007).
Tabela 1.6: Níveis de referên ia emradiodiagnósti o(LACERDA,2007).
Exame K
a,e
de referên ia Ka,e
de referên ia PKA
de referên ia (BRASIL, 1998) (CE, 1996a) (HART etal., 2002)(mGy) (mGy) (Gy. m
2
) Coluna lombar AP 10 10 1,6 LAT 30 30 3,0 JLS 40 40 3,0 Abdomen AP 10 10 3,0 Pelve AP 10 10 3,0 Tórax PA 0,4 0,3 0,12 LAT 1,5 1,5 -Crânio AP 5 5 -PA - 5 -LAT 3 3Padovani et al. (2005) mostraram que os te idos na entrada da pele do pa iente podem
re eber altas doses de radiação, por isso possui maior ris o de sofrer efeitos biológi os em
pro edimentos interven ionistas. Opa iente re ebe um feixe de radiação 100 vezes mais
in-tensoqueofeixequesaidotubode raios X(AIEA,2005). Sendoassim,adoseabsorvida na
superfí ieda pele éa prin ipal medida aser determinada nessespro edimentos.
Na realização da dosimetria de pa ientes são utilizados dosímetros termolumines entes
(TLDs),lmesradiográ os onven ionais (debrometo deprata) ou radio rmi os, âmaras
de ionização de pla as paralelas de grande volume denominadas de âmara P
KA
, e o rendi-mento dotuboderaios X,apli andoosfatoresdeexposição dopa iente(ICRP,2000;ICRU,2005;IEC, 2000).
Podem ser utilizados também dispositivos eletrni os omo, por exemplo, A u-Pro da
Rad al e RaySafe Xi na dosimetria de pa iente. Estes aparelhos são apazes de estimar a
dosea umuladaeataxadedoseemgray(Gy),röentgen(R)ou oulomb(C),sendomedidas
apósopro edimento omosparâmetrosdoequipamentoderaiosX.Alémdisso,sãoapli ados
no ontrole de qualidade dessesequipamentospara mediraalta tensão (kVp), pulsos,tempo
deexposição, orrentese a argado tubode raios X(RADCAL,2015; RAYSAFE,2015).
AFigura1.18aapresentaoaparelho A u-Pro daRad al,enaFigura1.18boRaySafeXi
omosseus respe tivos dete toresde estado sólido.
(a) (b)
Figura 1.18: Aparelhos para ontrole de qualidade emequipamentosde raios X.
Na Tabela1.7 podemserobservadasasprin ipais ara terísti as dosaparelhos A u-Pro
Tabela 1.7: Cara terísti asdos aparelhos A u-Proda Rad al eRaySafeXi.
Espe i ações A u-Pro
∗
RaySafe Xi
Intervalodedose 150nGya100Gy 10nGya9999Gy
17
µ
Ra11kR 1µ
Ra9999R Taxadedose 150nGy/sa350mGy/s 10nGy/sa1mGy/s1.0mR/mina2.4kR/min 70
µ
R/min a7R/minTempo 1msa300s 1msa999s
+0.2ms +0.2ms
Comuni ação USB RS-232oubluetooth
Dimensões 180X80X130mm 28X74X142mm
Peso 750g 250g
(
∗
) Tolerân ias: Intervalodedoseetaxadedose om±
5%etempo om±
0.1 %.ExistemnaliteraturaosprogramasPemnetSystemeoCoregraphSoftwarequesãouma
alternativaparaquanti ar eapresentaradistribuição dedosena peledopa ienteemtempo
real,durante ospro edimentos interven ionistas. Em função dosparâmetros de irradiação e
geométri osutilizadosnoequipamento deuoros opiaépossívelobteramagnitudeea
distri-buiçãodadosenapeledopa iente. Apesardisso,nenhumdessesre ursos omessanalidade
estádisponívelnosequipamentosfabri adosatéopresentemomento (STECKERetal. 2009;
WAGNER,2008).
b) Monitoração o upa ional: No aso do monitoramento pessoal é determinado o nível
da dose de radiação re ebida pelo prossional omo de orrên ia de seu trabalho. A
dosi-metria individual possibilita a determinação da dose de ada usuário e permite ainda uma
indi ação das ondições de fun ionamento dos equipamentos. A dose elevada pode indi ar
maneirain orreta detrabalho, instalação omproblemas de blindagemou aparelhos
defeitu-osos(WAGNER,2008).
Em pro edimentos interven ionistas a exposição o upa ional tem omo prin ipal origem
aradiação espalhada pelopa ienteem todasasdireções. Esse espalhamento não é uniforme
e surge por ausa da interação da radiação do feixe primário om objetos interpostos nesse
feixe omoa mesa dopa iente e o próprio pa iente. Além da radiação espalhada, aradiação
A exposição o upa ional externaedo públi oé determinada omagrandeza doseefetiva
(E), e para avaliar a exposição nas extremidades ou em órgãos espe í os omo a pele e o
ristalinoére omendadaadoseequivalente(H
T
)(ICRP,2007;ICRU,1993). Estasgrandezas são utilizadas para avaliar efeitos esto ásti os e HT
também é utilizada para avaliar efeitos determinísti os sendo expressas emunidades de sievert (Sv) (ICRP,2000). Todavia, a doseefetiva não é mensurável de forma práti a, porque o ál ulo ne essário para sua obtenção
requerosomatório dasmedidasde doseequivalentemultipli adapelofatordeponderação de
te idose váriosórgãos do orpo.
Devido a isso, sãoutilizadas asgrandezas auxiliares onhe idas omo grandezas
opera i-onais,para estimar o valor da doseefetiva e da doseequivalente emórgãos e te idos (ICRP,
2007; ICRU, 1993). A grandeza opera ional utilizada paramonitoração individual é o
equi-valente de dose pessoal Hp(d) querepresenta a dose emte idos moles, a uma profundidade
d(mm), medidaa partirde umponto espe í o na superfí iedo orpo.
A grandeza opera ional Hp(d)podeser utilizada para estimar a doseefetiva avaliando a
dosede radiação em umaprofundidade de 10 mm,representado por Hp(10). Para estimar a
dose equivalente na superfí ie da pele, mãos e no olho ( ristalino) seutiliza a profundidade
de 0,07 mm, representado por Hp(0,07). Também pode ser utilizado na profundidade de 3
mm, hamadode Hp(3), paraavaliara doseno ristalino(ICRP,2007;ICRU,1993).
AgrandezaHp(10)éindi adoparamonitoraçãoderadiaçõesfortementepenetrantes omo,
por exemplo,fótons om energias a ima de 12 keV; e Hp(0,07) é indi ado paramonitoração
de radiação fra amente penetrantes omo raios X de baixa energia e radiação de partí ulas
beta(ICRP,2007;ICRU,1993).
San hez etal. (2010) apresentaram umsistemade monitoração dadose o upa ional, que
mostra emtempo real o equivalentede dose pessoalnos prossionais dentro da sala de
pro- edimentos líni os. Osistema apta e grava a ada segundo as medidas dosdosímetros de
adaprossionalpresentenasalaetransmitesemosparaumpainelemfrenteaomédi o. O
sistematambémalertaseodosímetro estámalposi ionado eseataxade radiaçãoespalhada
nasala está alta.
(a) (b)
Figura 1.19: DosímetrosDoseAware, RaySafei2 etela de exibiçãode dose.
Na Tabela1.8podemser observados osdosímetros RaySafe-i2 eDoseAware, onde se
des-ta ao intervalo de dosepararaios X ou gamaem tornode 1
µ
Sva 10Sv, reprodutibilidadede 10 % orrespondente a 1
µ
Svde variação, sensibilidade para asenergias de 33 keV a 101keV omaespe i açãodadependên iaenergéti apara adaqualidadedofeixe,dependên ia
angulare outros fatores(PHILIPS, 2014;RAYSAFE,2014).
Tabela 1.8: Cara terísti asdos dosímetros eletrni osRaySafe-i2eDoseAware.
Cara terísti as RaySafe-i2 DoseAware
Equivalente dedosepessoalHp(d) Hp(10) Hp(10)
Intervalodetaxadedose 40
µ
Sv/ha300mSv/h 40µ
Sv/ha300mSv/h FaixadedoseraiosX/γ
1µ
Sva10Sv 1µ
Sva10SvReprodutibilidade 10%ou1
µ
Sv 10% ou1µ
SvDependên iaenergéti araiosX/
γ
±
20%N40-N100-(33a101keV)
±
30% N100-N120±
5% om±
5◦
Dependên iaangular
±
30% om±
50◦
-±
200% e-100% om±
90◦
Dependên ia omatemperatura
±
5% om20-26◦
C
-±
25% om15-35◦
C
Vida útildabateria 3a5anos 3a5anos
Dependên iadatensãodebateria
±
2%-Pesododosímetro 30g 30g
Dimensõesdodosímetro 44X45X10mm 44X45X10mm
Comuni açãodedados USBeEthernet 10/100 USBeEthernet10/100
Frequên iaderádio 868,3MHz,918,3MHz 868,3MHz,918,3MHz
ou927,9MHz ou927,9MHz
1.5 Objetivos do Trabalho
Este trabalho tem omo objetivo desenvolver um dosímetro portátil sem o de leitura
direta ombaseemdete tores semi ondutores,queforneça informaçõesemtemporeal sobre
a dose de radiação nos pro edimentos que utilizam raios X. Este dosímetro pode ser
utili-zado para medir o kerma no ar nas qualidades de radiação para dosimetria de pa iente ou
monitoração o upa ional. Além disso, este trabalho tem o propósito de al ançar inovação
te nológi a ao nívelna ional, projetando umequipamento de fá il manuseio, baixo usto de
desenvolvimento e instalação.
São apresentados a seguir os objetivos espe í os desse trabalho, indi ando algumas
a-ra terísti asdesejáveis aosistemadosimétri o.
•
Na dosimetria de pa iente o sistema deve realizar a leitura do kerma ar na entrada da peledo pa ienteutilizando osparâmetros do equipamento deraios X;•
Na monitoração o upa ionalo dosímetro deve terpesoe dimensõesapropriados, e ali-bradopara mediro equivalente de dosepessoalHp(10);•
O dosímetro deve possuir adequada sensibilidade e baixa dependên ia energéti a para medir uma ampla faixa do espe tro de energias da radiação de a ordo om as normasde qualidadeem radiodiagnósti o e radioproteção;
•
O sistemadeve permitiro armazenamento dasinformaçõesda dose de radiação do pa- iente etrabalhador no própriodosímetro outransmití-las via redesem o;•
Osistemadosimétri o deveterbaixo onsumo deenergia parafun ionar durantelongos períodosdeoperação. Odosímetroportátildeveseralimentadoporbateriaslevese ompequenasdimensões;