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Não é um comboio. É um enorme verme monstruoso. O Vermúngulo. Agora, porque é que estamos a fugir de um enorme verme monstruoso? É uma pergunta muito

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Academic year: 2021

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Texto

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Título original: The last Kids on Earth and The Zombie Parade Autor do texto: Max Brallier

Ilustrações da capa e miolo: Douglas Holgate Texto © 2016 by Max Brallier Ilustrações © 2016 by Douglas Holgate Tradução © Editorial Presença, Lisboa, 2019

Tradução: Catarina Gândara

Revisão: Nuno Telheiro Martins/Editorial Presença Composição: Ana Seromenho

Impressão e acabamento: Multitipo — Artes Gráficas, Lda. Depósito legal n.º 454 317/19

1.ª edição, Lisboa, maio, 2019 Reservados todos os direitos para a língua portuguesa, exceto Brasil, à

EDITORIAL PRESENÇA Estrada das Palmeiras, 59

Queluz de Baixo 2730-132 Barcarena

info@presenca.pt www.presenca.pt

(2)

capítulo 1

Muito bem, então… vamos ser comidos. Devorados. Engoli- dos inteiros. Ou talvez engolidos aos bocadinhos. A sério, intei-ros ou aos bocadinhos? Será que isso interessa? O resultado: COMIDOS.

Porque… estão a ver o monstro do tamanho de um com-boio que está atrás de nós?

(3)

Não é um comboio. É um enorme verme monstruoso. O Vermúngulo.

Agora, porque é que estamos a fugir de um enorme verme monstruoso?

É uma pergunta muito boa.

(4)

Em busca de

aventuras!

de aventuras

Em busca

heroicas!

É que, há cerca de um mês, eu derrotei um enorme mons-tro malévolo chamado Blarg. E, portanto, foi do tipo: «Somos heróis! Heróis de ação pós-apocalípticos. E os heróis de ação pós-apocalípticos precisam de andar em busca de aventuras!» Basicamente, somos a versão moderna dos cavaleiros do rei Artur. E os cavaleiros do rei Artur andavam sempre em busca de aventuras por todo o lado. Foi então que o meu melhor amigo, o Quint Baker, fez a seguinte afirmação: «Devíamos criar um bestiário, amigo!»

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Também é uma boa pergunta! Eu perguntei a mesma coisa ao Quint. O Quint olhou para mim como se eu não fosse dotado de um cérebro, pegou no dicionário e leu: «Um com-pêndio enciclopédico ilustrado que mostra pormenorizadamente uma miríade de criaturas míticas.»

— Isso parece apenas uma maneira finória de dizer «Caderno de Apontamentos de Monstros» — comentei eu.

— Mas é melhor do que isso! — respondeu o Quint. — «Caderno» implica escola e estudo. «Bestiário» implica CRIATURAS BESTIAIS. Um livro cheio de páginas quebra-diças e amareladas que cheiram a história antiga.

Aquilo estava a agradar-me imenso, por isso respondi-lhe… Sou

COMPLETAMENTE A FAVOR de criarmos

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Não estou a tirar macacos

do nariz.

Estou numa busca aventureira para apanhar uma enorme ranhoca

há muito adormecida! E agora estamos a criar um bestiário completo de todas as criaturas estranhas que chegaram à cidade de Wakefield depois de o Apocalipse dos Monstros ter começado, no verão passado. São precisas duas coisas para cada definição que consta do bestiário. A primeira: uma fotografia. Essa é a minha função. E vocês sabem que essa é a minha função porque eu sou o Jack Sullivan, o extraordinário fotógrafo de monstros.

A segunda: são precisas INFORMAÇÕES. Tipo, factos sobre os monstros — pontos fortes, pontos fracos, onde é que vivem, o que é que comem, quais são os seus passatempos, se cheiram mal como o diabo, blá, blá, blá, blá.

Agora, eu sei que, em termos de, tipo, derradeira busca de aventuras heroicas de todos os tempos, «escrever um livro» não está exatamente ao mesmo nível do Frodo a levar o anel para o Monte da Condenação, mas isso não interessa nada. Aprendi que se dissermos que qualquer tarefa aborrecida é uma busca de aventuras, podemos tornar a vida MUITO mais divertida.

Por exemplo…

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Por sua vez, a busca de aventuras do nosso amigo Dirk é plantar uma horta de vegetais. Isto não é uma piada. Aparen- temente, o Dirk adora tomates frescos. Ele diz que não con-segue manter o seu enorme corpanzil em forma se sobreviver exclusivamente à base de Cheetos e de chocolates. O que é uma LOUCURA, porque tenho quase a certeza de que se tratam de dois grupos alimentares importantes.

O Dirk faz parte do meu bando de combate aos mons-tros. Antes do fim do mundo, ele era um rufião assustador, mas agora é um destruidor de monstros assustador… com uma faceta delicada, como se pode constatar pela sua aventura de plantar uma horta de vegetais.

O Dirk disse-nos que, se tivesse alguns tomates, provavel-mente conseguia fazer umas pizas a martelo em cima de uma fogueira. E há meses que eu não como uma piza — nem feita a martelo nem autêntica.

A June Del Toro (que é, tipo, a minha rapariga preferida em todo o mundo) estava de acordo com o Dirk em relação a isto — estava desejosa de comida saudável. São uma cambada de alucinados, na minha opinião.

Seja como for, estas duas aventuras épicas são o motivo pelo qual o Quint, a June, o Dirk e eu estamos no centro comercial Círculo Um neste preciso momento. São o motivo pelo qual estamos a atravessar o corredor principal do centro comercial a toda a velocidade. São o motivo pelo qual esta-mos a ser perseguidos pelo Vermúngulo. São o motivo pelo qual…

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Viro-me para trás, enquanto os meus pés continuam a mar-telar o chão. Ah, bolas — está a ganhar terreno!

O meu coração bate descompassadamente contra o peito quando dobro a esquina a correr, passo pela luxuosa loja de

SEPAREM-SE! Ele só consegue comer um de nós de cada vez! Eu voto para regressarmos à casa na árvore!

Esquece a

fotografia!

É PARA O

BESTIÁRIO!

Não! Preciso de lhe tirar uma fotografia!

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chocolates europeus, pela loja de peluches e pela sempre sabo-rosa loja de bolachas.

Subitamente…

SLAP! SLAP! SLAP! SLAP!

Oiço passos atrás de mim. Tanto quanto sei, os vermes — mesmo os vermes monstruosos — não têm pés.

Viro a cabeça para trás. Fico ao mesmo tempo muito ali-viado e extremamente aborrecido por ver que é o Quint.

— Quint! — rosno eu. — Eu disse para nos separarmos. Porque é que não te separaste?!

— Eu separei-me! — responde-me ele. — Quando me sepa-rei, separei-me para a esquerda. Foi assim que me separei!

— Separarmo-nos não é difícil, Quint! — grito. — Toda a gente vai em direções diferentes! É essa a definição de «sepa-rar»! Não é ciência aeronáutica!

— Jack, eu acho que a ciência aeronáutica é muito mais fácil de entender do que os teus disparatados planos de ação!

Berro para o Quint, mas ele não me ouve. É difícil ouvir o que quer que seja por cima do barulho que o verme faz ao deslocar-se, deslizando de esquina para esquina.

— Bonito serviço, Quint! — grito. — Como somos dois, o Vermúngulo decidiu vir atrás de nós!

Ouve-se um KA-BAM quando o verme atravessa a loja de desporto Foot Locker. O som de vidros a estilhaçarem-se,

(10)

— O BOOMerangue —

(uma arma que faz

boom

)

Quint — Artefactos de Ação Pós-Apocalípticos, Lda.® Marca Registada

Bombas de fumo. Formato de bumerangue clássico. Lançadores de faíscas. de metal retorcido e de ténis Nike a voar pelo ar ecoa pelo corredor fora.

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Cá vai o

BOOMerangue!

Como é evidente, o Quint é o inventor desta engenhoca específica. Supostamente, a sua função é «distrair e desorientar» os monstros. Levanto a mão, pronto para lançar e…

Referências

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