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Análise de indicadores de desempenho ambiental de empresas do setor de petróleo e gás no período de 2010 a 2014

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO

TALITA GRANZINOLI VELLOZO

ANÁLISE DE INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL DE EMPRESAS DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS NO PERIODO DE 2010 A 2014

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão do Meio Ambiente.

Orientador:

Prof. Sergio Luiz Braga França, D.Sc. Universidade Federal Fluminense

Niterói 2016

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Ficha Catalográfica V 441 Vellozo, Talita Granzinoli.

Análise de indicadores de desempenho ambiental de empresas do setor de petróleo e gás no período de 2010 a 2014 / Talita Granzinoli Vellozo. – 2016.

196 f.: il.

Orientador: Sérgio Luiz Braga França.

Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) – Universidade Federal Fluminense. Escola de Engenharia, 2016.

Bibliografia: f. 159-170.

1. Indicadores desempenho ambiental. 2. Relatórios de sustentabilidade. 3. Indústria petróleo e gás. I. Título.

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(4)

RESUMO

As empresas do setor de Exploração e Produção de petróleo e gás, cada vez mais estão incorporando a variável ambiental em seus processos, através da adoção de indicadores de desempenho ambiental. Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar os indicadores de desempenho ambiental mais divulgados pelas principais empresas do setor, signatárias do Global Reporting Iniative (GRI). Para tal, foram avaliados seus relatórios de sustentabilidade ambiental para o período de 2010 a 2014, bem como estabelecidos critérios para a seleção dos indicadores a serem estudados. Com relação aos indicadores de desempenho ambiental mais divulgados, EN3 (Consumo Energético), EN8 (Total de retirada de água por fonte), EN16 (Total de emissões diretas e indiretas de GEE), EN20 (NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas), EN22 (Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição) e EN23 (Número e volume total de derramamentos significativos); as empresas, em sua maioria, apresentaram melhora em seu desempenho ao longo dos anos. O indicador EN22, bem como o indicador EN3, foram os que apresentaram os melhores desempenhos pelas empresas. Apesar da melhoria das práticas observadas pelas empresas, observa-se que o indicador EN20 apresentou os resultados mais desfavoráveis. Com efeito, a análise crítica, quanto à aplicação dos indicadores e das práticas de melhoria adotadas pelas empresas, auxilia na avaliação do seu desempenho e gestão ambiental, sendo possível a proposição de melhorias no que está sendo realizado pelas mesmas no referente a sustentabilidade, em seu aspecto ambiental.

Palavras-chaves: indicadores ambientais, desempenho ambiental, relatórios de

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ABSTRACT

The Companies of the exploration and production sector of oil and gas are increasingly incorporating the environmental variable in their processes, through the adoption of environmental sustainability indicators. This research has as main objective to analyze the environmental sustainability indicators most publicized by the major oil companies’ signatories of the Global Reporting Initiative (GRI). To this end, the environmental sustainability reports were evaluated for the period 2010 to 2014, and criterias were established for the selection of environmental sustainability indicators to be studied. Considering the most publicized environmental performance indicators, EN3 (Energy Consumption), EN8 (Total water withdrawal by source), EN16 (Total direct and indirect GHG emissions), EN20 (NOx, SOx and other significant air emissions), EN22 (Total weight of waste by type and disposal method) and EN23 (Total number and volume of significant spills); the majority of companies showed improvement in their performance over the years. The EN22 indicator, as well as the EN3 showed the best performance by companies. Despite improvements in practices observed by the companies, it’s observed that the EN20 indicator showed the most unfavorable results. Indeed, the review of the application of indicators and improvement practices adopted by companies may assist in the evaluation of its performance and environmental management, making possible to propose improvements being carried out by them in respect of environmental sustainability.

Key-words: environmental indicators, environmental performance, sustainability reports, oil and gas industry.

(6)

“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”. Mahatma Gandhi

(7)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, pela força necessária para que pudesse iniciar esta jornada e enfrentar todas as dificuldades.

A minha família e ao meu marido Igor por todo apoio, suporte e compreensão durante os períodos de ausência do convívio familiar.

Ao Professor Sérgio França pela disponibilidade e atenção durante a elaboração dessa dissertação.

Aos funcionários da Secretaria de Pós Graduação pela paciência e cordialidade com que tratam os alunos.

Aos Professores Doutores, membros da Banca Examinadora, pelas contribuições e possibilidade de melhoria desse trabalho.

Aos colegas de mestrado e professores pelas dicas valiosas e companheirismo ao longo desta trajetória.

(8)

Sumário

1. INTRODUÇÃO ... 15

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 15

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA ... 17

1.3 OBJETIVOS ... 20

1.3.1 Geral ... 21

1.3.2 Específicos ... 21

1.4 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ... 21

1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA E CONTEXTO METODOLÓGICO ... 24

1.5.1 Tipos de Indicadores de Desempenho Ambiental ... 24

1.5.2 Seleção das Empresas ... 25

1.5.3 Período Considerado ... 25

1.6 ESTRUTURA DO ESTUDO... 25

2. REVISÃO DA LITERATURA ... Erro! Indicador não definido.

2.1 ATIVIDADES DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL .... Erro! Indicador não definido. 2.1.1 Processo Produtivo ... Erro! Indicador não definido. 2.1.2 Histórico e Perspectivas ... Erro! Indicador não definido. 2.2 AS EMPRESAS E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ... Erro! Indicador não definido. 2.2.1 Sustentabilidade e suas dimensões ... Erro! Indicador não definido. 2.2.2 Sustentabilidade Empresarial ... Erro! Indicador não definido. 2.3 GESTÃO AMBIENTAL NO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS ... Erro! Indicador não definido. 2.3.1 Sistema de Gestão Ambiental ... Erro! Indicador não definido. 2.3.2 Gestão Ambiental e os Empreendimentos de Petróleo e Gás ... Erro! Indicador não definido. 2.3.3 Avaliação de Impactos Ambientais ... Erro! Indicador não definido. 2.4 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ... Erro! Indicador não definido. 2.4.1 Conceitos e Definições ... Erro! Indicador não definido. 2.4.2 Modelos de Estruturação de Indicadores de Sustentabilidade ... Erro! Indicador não definido. 2.4.3 Vantagens e Limitações na utilização de Indicadores ... Erro! Indicador não definido.

3. METODOLOGIA DE PESQUISA ... Erro! Indicador não definido.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... Erro! Indicador não definido. 3.2 ETAPAS DA PESQUISA ... Erro! Indicador não definido.

(9)

3.3 ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS ... Erro! Indicador não definido.

4. ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE E SELEÇÃO DAS EMPRESAS E DOS INDICADORES AMBIENTAIS ... Erro! Indicador não definido.

4.1 SELEÇÃO DAS EMPRESAS ... Erro! Indicador não definido. 4.2 ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE ... Erro! Indicador não definido. 4.3 SELEÇÃO DOS INDICADORES AMBIENTAIS ... Erro! Indicador não definido.

5. ANÁLISE DOS INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL E DAS PRÁTICAS DE MELHORIA ADOTADAS PELAS EMPRESAS ... Erro! Indicador não definido.

5.1 INDICADOR EN3 - CONSUMO ENERGÉTICO ... Erro! Indicador não definido. 5.2 INDICADOR EN8 - TOTAL DE RETIRADA DE ÁGUA POR FONTE ... Erro! Indicador não

definido.

5.3 INDICADOR EN16 - TOTAL DE EMISSÕES DIRETAS E INDIRETAS DE GEE ... Erro!

Indicador não definido.

5.4 INDICADOR EN20 - NOX, SOX E OUTRAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS SIGNIFICATIVAS ...Erro! Indicador não

definido.

5.5 INDICADOR EN22 - PESO TOTAL DE RESÍDUOS, POR TIPO E MÉTODO DE

DISPOSIÇÃO ... Erro! Indicador não definido. 5.6 INDICADOR EN23 - NÚMERO E VOLUME TOTAL DE DERRAMAMENTOS

SIGNIFICATIVOS ... Erro! Indicador não definido. 5.7 PRÁTICAS DE MELHORIA ADOTADAS PELAS EMPRESAS .... Erro! Indicador não definido.

6. EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL ... Erro! Indicador

não definido.

6.1 RESULTADO CONSOLIDADO DA EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES AMBIENTAIS ...Erro

! Indicador não definido.

6.2 EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES AMBIENTAIS POR ANO ... Erro! Indicador não

definido.

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS .... Erro! Indicador não

definido.

7.1 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL REPORTADOS NOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE ... Erro! Indicador não definido. 7.2 EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL ... Erro! Indicador não

definido.

7.3 ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE MELHORIA ADOTADAS PELAS EMPRESAS .. Erro! Indicador não

definido.

7.4 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS ... Erro! Indicador não definido.

(10)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Cadeia de Valor da Indústria de petróleo e gás. ...Erro! Indicador não definido.

Figura 2. Exemplo de uma cadeia complexa de exploração e produção de petróleo e gás offhore. Fonte: EY, 2014 ...Erro! Indicador não definido.

Figura 3. Investimentos globais em E&P de petróleo e gás e o crescimento anual médio da indústria. Fonte: Bain & Company, 2009. ...Erro! Indicador não definido.

Figura 4. Modelo de relacionamento entre o SGA e o negócio da organização. .. Erro! Indicador

não definido.

Figura 5. Fluxo de trabalho para o desenvolvimento das etapas da pesquisa. ... Erro! Indicador

não definido.

Figura 6. Indicador EN3 - Consumo Energético da ExxonMobil (2010 a 2013). . Erro! Indicador

não definido.

Figura 7. Indicador EN3 - Consumo Energético da Shell (2010 a 2014). ... Erro! Indicador não

definido.

Figura 8. Indicador EN3 - Consumo Energético da BP Energy (2010 a 2012). ... Erro! Indicador

não definido.

Figura 9. Indicador EN3 - Consumo Energético da Rosneft (2010 a 2014). . Erro! Indicador não

definido.

Figura 10. Indicador EN3 - Consumo Energético da Chevron (2010 a 2014). ... Erro! Indicador

não definido.

Figura 11. Indicador EN3 - Consumo Energético da Total (2010 a 2014). ... Erro! Indicador não

definido.

Figura 12. Indicador EN3 - Consumo Energético da Petrobras (2010 a 2014). .. Erro! Indicador

não definido.

Figura 13. Indicador EN8 – Total de retirada de água por fonte da ExxonMobil (2010 a 2014).

...Erro! Indicador não definido.

Figura 14. Indicador EN8 – Total de retirada de água por fonte da Shell (2010 a 2014). .... Erro!

Indicador não definido.

Figura 15. Indicador EN8 – Total de retirada de água por fonte da BP Energy (2010 a 2014).

...Erro! Indicador não definido.

Figura 16. Indicador EN8 – Total de retirada de água por fonte da Rosneft (2010 a 2014). Erro!

Indicador não definido.

Figura 17. Indicador EN8 – Total de retirada de água por fonte da Total (2010 a 2014). ... Erro!

(11)

Figura 18. Indicador EN8 – Total de retirada de água por fonte da Petrobras (2010 a 2014).

...Erro! Indicador não definido.

Figura 19. Indicador EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de GEE da ExxonMobil (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 20. Indicador EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de GEE da Shell (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 21. Indicador EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de GEE da BP Energy (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 22. Indicador EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de GEE da Rosneft (2011 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 23. Indicador EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de GEE da Chevron (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 24. Indicador EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de GEE da Total (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 25. Indicador EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de GEE da Petrobras (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 26. Indicador EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas da

ExxonMobil (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 27. Indicador EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas da Shell (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 28. Indicador EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas da BP Energy (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 29. Indicador EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas da Rosneft (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 30. Indicador EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas da

Chevron (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 31. Indicador EN20 - emissões atmosféricas de NOx, SOx da Total (2010 a 2014). . Erro!

Indicador não definido.

Figura 32. Indicador EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas da

Petrobras (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 33. Indicador EN22 - Peso total de resíduos perigosos da ExxonMobil (2010 a 2013).

...Erro! Indicador não definido.

Figura 34. Indicador EN22 - Peso total de resíduos, por tipo, da Shell (2010 a 2014). ... Erro!

Indicador não definido.

Figura 35. Indicador EN22 - Peso total de resíduos, por tipo, da BP Energy (2010 a 2014).

...Erro! Indicador não definido.

Figura 36. Indicador EN22 - Peso total de resíduos, por tipo, da Rosneft (2010 a 2014). .... Erro!

Indicador não definido.

Figura 37. Indicador EN22 - Peso total de resíduos, por tipo, da Chevron (2010 a 2014). .. Erro!

Indicador não definido.

Figura 38. Indicador EN22 - Peso total de resíduos, por tipo, da Total (2010 a 2014). ... Erro!

Indicador não definido.

Figura 39. Indicador EN22 - Peso total de resíduos, por tipo, da Petrobras (2010 a 2014). Erro!

Indicador não definido.

Figura 40. Indicador EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos da ExxonMobil (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

(12)

Figura 41. Indicador EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos da Shell (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 42. Indicador EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos da BP Energy (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 43. Indicador EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos da

Rosneft (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 44. Indicador EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos da Chevron (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 45. Indicador EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos da Total (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 46. Indicador EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos da Petrobras (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 47. Frequência que as companhias divulgaram os indicadores ambientais em seus

relatórios de sustentabilidade no período de 2010 a 2014. ...Erro! Indicador não definido.

Figura 48. Número de companhias que divulgaram o indicador EN3 - Consumo de energia

direta discriminado por fonte de energia primária (2010 a 2014). .Erro! Indicador não definido.

Figura 49. Número de companhias que divulgaram o indicador EN8 – Total de retirada de água por fonte (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 50. Número de companhias que divulgaram o indicador EN16 – Total de emissões diretas e indiretas de GEE por peso (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 51. Número de companhias que divulgaram o indicador EN20 – NOx, SOx e outras

emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso (2010 a 2014).... Erro! Indicador não

definido.

Figura 52. Número de companhias que divulgaram o indicador EN22 – Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

Figura 53. Número de companhias que divulgaram o indicador EN23 – Número e volume total de derramamentos significativos (2010 a 2014). ...Erro! Indicador não definido.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Modelos de Estruturação de Indicadores de Sustentabilidade Ambiental. ... Erro!

Indicador não definido.

Tabela 2. Vantagens e Limitações dos indicadores. ...Erro! Indicador não definido.

Tabela 3. Classificação da pesquisa quanto à metodologia aplicada. ... Erro! Indicador não

definido.

Tabela 4. Ranking das 15 maiores companhias de Petróleo do mundo segundo a Petroleum Intelligence Weekly 2014 - Top 50. ...Erro! Indicador não definido.

Tabela 5. Versões das diretrizes GRI utilizadas pelas companhias selecionadas. Erro! Indicador

não definido.

Tabela 6. Nível de aderência pela GRI dos relatórios de sustentabilidade ... Erro! Indicador não

definido.

Tabela 7. Indicadores Ambientais selecionados dentre os mais divulgados pelas companhias entre 2010 e 2014. Fonte: O autor (2015). ...Erro! Indicador não definido.

(13)

Tabela 8. Medidas padrão utilizadas para os indicadores ambientais. Fonte: O autor (2015).

...Erro! Indicador não definido.

Tabela 9. Retirada de água doce e não doce pela Chevron no período de 2010 a 2014. ... Erro!

Indicador não definido.

Tabela 10. Principais práticas de melhoria, correspondentes a cada indicador ambiental (EN3,

EN8, EN16, EN20, EN22 e EN23), adotadas pelas companhias selecionadas. .... Erro! Indicador

não definido.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AIA Avaliação de Impacto Ambiental

ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

(14)

CAC Captura e Armazenamento de Carbono CAGR

CDP

Compound Annual Growth Rate Carbon Disclosure Project

CEBDS CEI

Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável Chemicals Energy Index

CEO CERES

Chief Executive Officers

Coalition for Environmentally Responsible Economies

CONAMA COV

Conselho Nacional do Meio Ambiente

Compostos Orgânicos Voláteis DJSI Dow Jones Sustainability Index

DS Desenvolvimento Sustentável E&P EPA FPSO GEE GGFR GHG GRI GTL Exploração e Produção

Environmental Protection Agency

Floating Production Storage and Offloading

Gás de Efeito Estufa

Global Gas Flaring Reduction Greenhouse Gas

Global Reporting Iniative Gas-To-Liquids

HAP HCNM IADC

Hazardous Air Pollutants

Hidrocarbonetos de Metano e Não Metânicos

International Association of Drilling Contractors

IAIA International Association for Impact Assessment

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis

ICA Indicador de Condição Ambiental

IDA Indicador de Desempenho Ambiental

IDG Indicadores de Desempenho Gerencial IDO

IPCC

Indicadores de Desempenho Operacional

Intergovernmental Panel on Climate Change

IPIECA International Petroleum Industry Environmental Conservation Association

ISO International Standart Organization

IUCN International Union for Conservation Nature

MEP Monitoring Environmental Progress

NEPA NOx

National Environmental Policy Act

Oxidos de Nitrogênio

OC Oil Company

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Econômico

OECD OGP

Organization for Economic Co-operation and Development International Association of Oil & Gas Producers

ONG Organização Não-Governamental

ONU OSRL PPA

Organização das Nações Unidas

Oil Spill Response Limited

Plano Plurianual P&G Petróleo e Gás PER PM Modelo Pressão-Estado-Resposta Particulate Material PNMA POP

Política Nacional do Meio Ambiente Poluentes Orgânicos Persistentes

(15)

PSR REFAP REI

Pressure-State-Response

Refinaria Alberto Pasqualini

Refinery Energy Index

SGA SIA SOx SSEs UNFCCC VOC

Sistema de Gestão Ambiental Sistema de Indicadores Ambientais Óxidos de Enxofre

Significant spills to the environment

United Nations Framework Convention on Climate Change

Compostos Orgânicos Voláteis

WB World Bank

WBCSD WRI

World Business Council for Sustainable Development World Resources Institute

1. INTRODUÇÃO

(16)

As atividades de Exploração e Produção (E&P) de petróleo e gás natural, devido a sua importância para a economia, estarão ainda por um considerável período de tempo em amplo desenvolvimento no cenário nacional. Depende-se dos derivados do petróleo para a geração de energia, para a movimentação da maior parte dos transportes, e para a produção de diversos bens de consumo essenciais, oriundos da indústria petroquímica (MARIANO, 2007).

Apesar do alerta de especialistas oriundos de vários países sobre o declínio da produção mundial de petróleo (CAMPBELL & LAHERRÈRE, 1998; ALEKLETT, 2012), a utilização do mesmo deverá manter-se numa curva ascendente até 2035, devido à demanda por mobilidade e produtos petroquímicos (IEA, 2013).

Salienta-se, no entanto, que de forma contrária ao previsto há poucos anos, o cenário da atualidade é de crise no setor petrolífero. A Agência Internacional de Energia (Internacional Energy Agency - IEA) considera que o preço do barril de petróleo possa cair ainda mais, devido ao excesso de oferta, agravado pelo nível elevado de produção dos sauditas, e a uma diminuição da procura pelos principais consumidores. Assim, espera-se uma desaceleração nos investimentos por parte das companhias ligadas ao setor (IEA, 2016).

De acordo com Plano Plurianual (PPA, 2015) o Brasil deve entrar, até 2020, no rol dos cinco países detentores das maiores reservas. Apenas com a incorporação das reservas já concedidas do Pré-Sal, que correspondem a apenas 28% da área do mesmo, o país deverá somar algo entre 35 e 40 bilhões de barris em reservas. Considerando que 72% da área do Pré-Sal ainda não foi concedida, e que esta segundo estimativas, pode acrescentar outros 40 bilhões de barris às reservas brasileiras, o país se aproximaria de grandes produtores como a Rússia, a Venezuela, os Emirados Árabes Unidos, o Irã e o Iraque.

Essa proeminência é de se destacar, dada sua importância econômica, as oportunidades que dela derivam e o contexto internacional que, à exceção do Brasil, não revela novas grandes descobertas e convive com o declínio da produção (PPA, 2015). Todavia, apesar da disponibilidade das reservas, diante do atual cenário econômico, pode-se esperar que muitos empreendimentos, relacionados a essa atividade não pode-sejam efetivados em curto prazo.

(17)

Importante salientar que as atividades de E&P também são regidas por uma gama de regulamentos relacionados com as questões de saúde, meio ambiente e segurança, a fim de satisfazer requisitos não só legais, como operacionais (ABBASPOUR, 2012). Assim, o levantamento e a divulgação de indicadores ambientais têm sido o primeiro passo na gestão das empresas de petróleo em relação às questões ambientais (SILVA, 2008).

O termo “indicador” remonta ao latim do verbo indicar, ou seja, significa divulgar ou apontar para anunciar, fazer publicidade, estimar. Os indicadores comunicam informações sobre o progresso em direção aos objetivos sociais, tais como o desenvolvimento sustentável (HAMMOND et al. 1995).

De acordo com Silva e Costa (2009), os indicadores são um dos principais instrumentos de gestão para o desenvolvimento da sustentabilidade das atividades das companhias de petróleo, que de alguma forma impactam o sistema econômico, social e ambiental. Os indicadores são instrumentos que visam simplificar, quantificar e analisar informações técnicas sobre determinada ação ou fato e são úteis para subsidiar tomadas de decisão no sentido de direcionar a atividade. Estes ainda permitem a realização de uma análise eficiente da inter-relação entre as principais práticas de gestão ambiental, adotadas pelas companhias com a sociedade.

Visto e exposto, a aplicação deste instrumento à luz da análise das práticas de melhorias empregadas, pode fornecer informações que suportem à tomada de decisão. Desta forma, este trabalho tem como objetivo a análise de indicadores de sustentabilidade ambiental, bem como das práticas de melhorias adotadas pelas empresas, como ferramenta de apoio à análise das questões ambientais das empresas do setor de E&P de petróleo.

1.1 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

O misto de oferta de energia mundial é dominado pelos combustíveis fósseis. Atualmente, carvão, petróleo e gás natural fornecem cerca de 80% da demanda de energia

(18)

primária. O uso atual e a grande dependência de combustíveis fósseis estão levando à degradação dos meios ambientes locais, regionais e globais (FAPESP, 2010).

Assegurar o acesso a recursos vitais de energia, principalmente de petróleo e gás natural, tornou-se um fator definitivo nos alinhamentos políticos e estratégias. A consequente exaustão das fontes baratas de energia terão profundos impactos sobre a segurança internacional e sobre a prosperidade econômica (FAPESP, 2010).

As previsões da Agência Internacional de Energia (AIE) em seu World Energy

Outlook (IEA, 2015) alertam que a transição energética global é necessária e se encontra

em andamento. Apesar de pressupostos conservadores sobre a hipótese de alguns países alcançarem as suas metas internas de promoção de fontes de energia limpa, a AIE destaca que as energias renováveis podem ultrapassar o carvão para se tornarem a maior fonte mundial de energia já no início de 2030. Enquanto nos últimos anos o crescimento tem sido impulsionado pela energia hídrica, a eólica e a solar, segundo a Agência, vão assumir uma posição de maior destaque nos próximos anos.

No cenário que integra o impacto de certas medidas já anunciadas pelos governos, para melhorar a eficiência energética, apoiar as energias renováveis, reduzir os subsídios aos combustíveis fósseis e, em certos casos, definir um preço do carbono, não bastam para travar o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) decorrentes da energia, que sobem, segundo previsões, 20% até 2040 (IEA, 2014).

A ainda atual forte demanda energética e o uso intensivo de energia de natureza fóssil vêm colocando em segundo plano a preocupação com os impactos causados pela atividade petrolífera e toda infraestrutura a ela associada (RAMOS, 2009).

Em âmbito nacional, com a descoberta de petróleo na camada Pré Sal, o Brasil entra no rol dos grandes produtores mundiais; porém, em consequência, é provável um aumento significativo na geração de gases de efeito estufa, no aumento das estatísticas dos acidentes ambientais, e, sobretudo, as instalações existentes para o tratamento de resíduos e efluentes, podem não comportar o volume de produção (RODRIGUES, 2011). Os problemas e desafios de sustentabilidade enfrentados na atualidade são múltiplos e complexos. Para que se possa avançar mais rapidamente e com efetividade, respondendo decisivamente, e de uma forma mais eficiente à crescente demanda da sociedade, e também dos mercados externos, é importante contar-se com a melhor

(19)

informação possível referente ao meio ambiente e sustentabilidade do desenvolvimento (CAMARGO et. al, 2004).

Um dos principais instrumentos de gestão para o desenvolvimento da sustentabilidade das atividades humanas, que de alguma forma impactam o meio ambiente, são os indicadores. Os indicadores de sustentabilidade mostram as variações de valores no tempo, que ocorrem numa variável pré-definida, sinalizando aspectos do processo analisado que afetam sua sustentabilidade (QUIROGA, 2002).

O uso de indicadores ambientais em organizações é recente no mundo, uma vez que na década de 90, é que se deu o início do desenvolvimento das normas da Organização Internacional de Normalização (ISO – International Organization for Standardization), devido à necessidade de padronização dos processos de empresas que se utilizam de recursos ambientais. A norma ISO 14001, a mais conhecida das normas da série 14000, estabelece as diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema de gestão ambiental dentro da empresa. Os documentos sobre a Avaliação de Desempenho Ambiental, ISO 14031 e ISO TR 14032, levaram cerca de seis (06) anos para serem elaborados e publicados oficialmente pela ISO (AMARAL, 2003).

Ainda segundo Amaral (2003), no Brasil, baseado em dados do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-38), sobre o uso da norma ISO 14031 (avaliação de desempenho ambiental), um número reduzido de empresas utiliza indicadores ambientais para avaliação do seu desempenho ambiental. As empresas que mais utilizam indicadores ambientais, segundo o autor, geralmente são de origem internacional ou são estatais.

Já de acordo com Pombo e Magrini (2008), com relação à norma ISO 14001, o Brasil alcançou a marca de 2.300 certificações e a excelente posição no ranking mundial, o que sugere uma postura pró-ativa das empresas brasileiras, postura esta em consonância com as exigências do mercado internacional e também com o conceito de desenvolvimento sustentável. Segundo este estudo, os setores com maior número de certificações obtidas são os setores industriais automotivo, petroquímico e químico e o setor de prestação de serviços.

Segundo dados divulgados pela Revista Meio Ambiente Industrial (2011), apontam que o Brasil, no ano de 2010, consagrou-se com o mérito de possuir 5.000

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certificados ISO 14001 emitidos e confirmou-se como o país com o maior número de certificados emitidos em toda a América Latina.

Para Dias (2011), a inserção do conceito de desenvolvimento sustentável no meio empresarial tem se pautado mais como um modo das empresas assumirem formas de gestão mais eficientes, como práticas identificadas com a ecoeficiência e a produção mais limpa, do que uma elevação do nível de consciência do empresariado em torno de uma perspectiva de um desenvolvimento econômico mais sustentável.

A preocupação com a segurança energética continua a ser importante determinador de políticas nacionais de energia, em muitos países, e uma fonte potente de tensões geopolíticas correntes e de vulnerabilidade econômica. No entanto, os limites ambientais, mais do que restrições de oferta, podem surgir como um desafio mais fundamental associado à dependência continuada de combustíveis fósseis (FAPESP, 2010).

A indústria de petróleo e gás, reconhecendo sua importância no contexto econômico mundial, bem como, os impactos que ocasiona ao meio ambiente, tem buscado por intermédio de suas organizações de classe, como a IPIECA (International

Petroleum Industry Environmental Conservation Association) e a API (American Petroleum Institute), apresentar através de relatórios aos interessados, seus indicadores

de sustentabilidade, financeiros e não financeiros e, ainda, fomentado diversas audiências públicas no sentido de discutir medidas de atenuação e mitigação de impactos (SOARES, 2013).

Uma empresa, que deseja atuar em consonância com um padrão de sustentabilidade, deve considerar as áreas econômica, social e ambiental de forma integrada, pois adequar-se a esse novo cenário é uma questão de sobrevivência, em especial para indústria do petróleo (VIEIRA et al., 2008).

Visto o exposto, esta pesquisa visa contribuir, através da análise dos indicadores ambientais mais divulgados pelas principais empresas do setor de petróleo e gás em seus relatórios de sustentabilidade da GRI, bem como das práticas de melhorias adotadas, para a avaliação do desempenho ambiental das empresas do setor, prestando auxílio para a gestão ambiental desta atividade.

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1.1.1 Geral

Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar os indicadores de desempenho ambiental mais divulgados pelas principais empresas do setor de petróleo e gás, que atuam nas atividades de Exploração e Produção, através dos seus relatórios de sustentabilidade do período de 2010 a 2014.

1.1.2 Específicos

Para o desenvolvimento do proposto como objetivo geral foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:

- Identificar as principais empresas do setor signatárias do Global Reporting

Iniative (GRI);

- Selecionar os indicadores de desempenho ambiental através da análise dos relatórios de sustentabilidade ambiental;

- Analisar os indicadores de desempenho ambiental adotados pelas principais empresas, para o período de 2010 a 2014;

- Identificar as práticas de melhoria adotadas pelas empresas selecionadas; - Avaliar o grau de evidenciação dos indicadores de desempenho ambiental; - Analisar os resultados encontrados à luz de outro estudo (Silva, 2008) já realizado sobre o tema, de modo a verificar o desempenho das empresas do setor ao longo dos anos.

1.2 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

O Petróleo e o gás estão entre os recursos mais importantes do mundo. A indústria de petróleo e gás desempenha um papel fundamental na condução da economia mundial.

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Todavia as atividades das empresas deste setor têm muitos impactos negativos sobre o meio ambiente, que estão se tornando cada vez mais significativos, devido ao aumento do uso e transporte destes recursos (ALAZZANI, & WAN-HUSSIN, 2013).

Sendo assim, um dos aspectos teóricos a ser desenvolvido neste projeto de dissertação se refere aos indicadores ambientais, que segundo Yang et al (2011) podem ser utilizados como um instrumento de avaliação do desempenho ambiental de uma empresa.

Os indicadores de desempenho, por exemplo, são úteis, uma vez que sintetizam as informações quantitativas e qualitativas que permitem a visualização da eficiência e da efetividade da empresa no uso dos recursos disponíveis para a geração de um produto final, do ponto de vista econômico, ambiental e social (CANTARINO, 2003).

Com efeito, a integração da variável ambiental nos projetos específicos, pode ser discutida, incorporada e avaliada através da utilização destes indicadores ambientais, aliado ao sistema de gestão de projetos da empresa.

A relevância da indústria do petróleo mundial está além de sua posição energética, pois impacta significativamente em outros segmentos da cadeia produtiva, influencia esta, que pode ser verificada em termos econômicos, políticos e financeiros (SILVA, 2008).

Os investimentos em meio ambiente e em responsabilidade social e empresarial refletem a solidez da Companhia, uma vez que só estão aptas a buscar o triple botton line – resultado financeiro, social e ambiental – as companhias que tem negócios sólidos, capacidade produtiva e organização (SILVA, 2008).

A adoção de um Sistema de Indicadores Ambientais (SIA) como um instrumento adicional de acompanhamento, controle e avaliação de desempenho no abatimento e prevenção da poluição, pode se mostrar como uma importante ferramenta para a verificação contínua do desempenho das empresas tanto no controle da poluição, quanto da eficácia dos programas ambientais implantados (CANTARINO, 2003).

A abordagem dos indicadores ambientais para a indústria de petróleo já é um tema discutido e difundido na comunidade científica. Muito já tem sido feito para identificar os principais indicadores ambientais (AGBON, 2004). No entanto, a abordagem voltada especificamente para a análise dos indicadores de sustentabilidade das empresas do setor de E&P de petróleo ainda é um tema a ser bastante explorado.

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Percebe-se a existência de diferenças em termos de qualidade, consciência, padronização e acessibilidade da informação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos países em desenvolvimento, além das deficiências de divulgação, há falta generalizada de capacidade de coleta e avaliação de dados ambientais, de modo a transformá-los em informação útil, dificultando o monitoramento das atividades (SALGADO, 2004).

Os indicadores podem ser usados para muitas finalidades, em vários níveis, comunitário, setorial, nacional ou internacional. Os indicadores também podem ser uma fonte para a coleta e divulgação de informações dentro das nações e para a comunicação a outras organizações. Os indicadores podem fornecer uma orientação sobre as necessidades, prioridades e eficácias das políticas adotadas (HAMMOND et al., 1995).

A partir deste conceito, com o objetivo de identificar e analisar os principais aspectos relacionados à utilização de indicadores ambientais foi realizada extensa pesquisa das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), importante referência para a elaboração de relatórios de sustentabilidade e de ampla aceitação por empresas e instituições brasileiras e internacionais.

O relato de sustentabilidade auxilia as organizações a estabelecer metas, aferir seu desempenho e gerir mudanças com vistas a tornar suas operações mais sustentáveis. Os Relatórios de sustentabilidade, que serão instrumentos de análise desta pesquisa, divulgam informações sobre os impactos de uma organização – sejam positivos ou negativos – sobre o meio ambiente, a sociedade e a economia. Assim, eles dão forma tangível e concreta a questões abstratas, ajudando as organizações a compreender e gerir melhor os efeitos do desenvolvimento da sustentabilidade sobre suas atividades e estratégias (GRI, 2013).

Salienta-se que as discussões sobre as relações entre as empresas e a sustentabilidade têm evoluído continuamente, despertando a atenção tanto da academia, que tem respondido com uma série crescente de pesquisas, como das próprias organizações, que têm se envolvido largamente nas discussões (Kolk & Mauser, 2002).

Em suma, os resultados desta pesquisa podem ser úteis para as empresas do setor de petróleo, possibilitando avaliar, em determinados aspectos ambientais, através dos

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resultados dos indicadores de sustentabilidade ambiental apresentados, as práticas de melhoria adotadas pelas empresas selecionadas.

Pretende-se demonstrar que o uso de indicadores ambientais, podem auxiliar as empresas na melhoria de sua imagem junto aos stakeholders. Da mesma forma, esta pesquisa pode trazer contribuições, tanto ao conhecimento técnico-científico e social sobre a aplicação de indicadores de sustentabilidade, quanto à análise crítica do desempenho ambiental de empresas do setor de petróleo na atualidade.

1.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA E CONTEXTO METODOLÓGICO

Esta pesquisa se limita a uma análise dos indicadores ambientais de empresas de E&P de petróleo e gás, de modo que seja avaliado o seu desempenho ambiental. Da mesma forma, com base nestes indicadores ambientais foram avaliadas as práticas de melhoria adotadas pelas empresas, sendo estes um instrumento aplicável para a avaliação das empresas do segmento.

Esse estudo se baseia em levantamento de informações, avaliação bibliográfica e consolidação da experiência acumulada em demais procedimentos adotados pelas empresas nas atividades de E&P do setor de petróleo e gás.

A seguir são elucidados os tipos de indicadores de desempenho ambiental, as empresas selecionadas e as dimensões espacial e temporal da pesquisa. Um maior detalhamento sobre os critérios para escolha das empresas e dos indicadores ambientais adotados encontra-se no Capítulo 3.

1.1.1 Tipos de Indicadores de Desempenho Ambiental

O escopo desta pesquisa enfoca os indicadores de desempenho ambiental mais utilizados e divulgados pelas companhias, voltados para o acompanhamento do controle da poluição causada pelas atividades de E&P. Os tópicos abordados incluem: as emissões atmosféricas, consumo de energia, efluentes líquidos, produtos químicos e os resíduos sólidos gerados. Os indicadores relacionados às questões sociais e econômicas não foram considerados.

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1.1.2 Seleção das Empresas

Foram selecionadas empresas do setor, considerando uma amostra inicial das 50 maiores companhias de petróleo do mundo, de acordo com a Petroleum Intelligence

Weekly 2014 (EI, 2015). Logo após, foram selecionadas dentre aquelas, as que aderem às

Diretrizes para o Relatório de Sustentabilidade GRI (Global Reporting Initiative) na elaboração do seu balanço ambiental, conforme observado mais adiante no Capítulo 4.

1.1.3 Período Considerado

O período de abrangência desta pesquisa, de 2010 a 2014, foi considerado uma vez que os resultados encontrados são discutidos à luz de outras avaliações já realizadas sobre o tema, no período de 2003 a 2007 (Silva, 2008), de modo a verificar a evolução das empresas do setor de E&P de petróleo e gás ao longo desses 12 anos.

1.2 ESTRUTURA DO ESTUDO

A seguir é apresentada, através da divisão em capítulos, como a dissertação encontra-se estruturada:

Capítulo 1 – Introdução

Neste capítulo o problema central da pesquisa é contextualizado e são especificados os objetivos gerais e específicos, a importância, justificativa e delimitação da mesma, considerando os tipos de indicadores de desempenho ambiental, a seleção das empresas e o período considerado.

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Consiste na apresentação do referencial teórico utilizado como base para o desenvolvimento do modelo proposto neste trabalho. Este capítulo também é utilizado como base para as conclusões e análises dos resultados dessa dissertação.

Neste apresenta-se o histórico e perspectivas sobre as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural; um referencial teórico e conceitos sobre a sustentabilidade na perspectiva ambiental; uma abordagem da gestão ambiental no setor e as vantagens e limitações na utilização de indicadores.

Neste capítulo também é apresentado o marco conceitual sobre os indicadores ambientais na indústria de petróleo e gás natural, com a abordagem sobre os modelos de estruturação dos indicadores de sustentabilidade, em nível nacional e internacional, de entidades tais como: International Organization for Standardization (ISO), Organization

for Economic Co-operation and Development (OECD), World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), World Bank (WB), DOW JONES e, em especial, a Global Reporting Initiative (GRI).

Capítulo 3 – Metodologia de Pesquisa

Neste capítulo apresenta-se a metodologia utilizada para desenvolver a pesquisa, segundo a classificação de VERGARA (2014) e ainda o conceitual teórico de outros autores, como Gil (2008), Stake (2000 apud Alves-Mazzotti, 2006), Yin (1984 apud Alves-Mazzotti, 2006) e Creswell (2010).

Capítulo 4 – Análise dos relatórios de sustentabilidade e seleção das empresas e dos indicadores ambientais

Neste item são estabelecidos os critérios para a seleção das principais empresas do setor de petróleo signatárias da Global Reporting Iniative (GRI) para compor este estudo, bem como, para a seleção dos indicadores ambientais, incluindo a forma e detalhamento dos mesmos, conforme preconizado pela GRI.

Os relatórios de sustentabilidade, para o período de 2010 a 2014, são analisados considerando a adesão às diretrizes da GRI como modelo de relatório de sustentabilidade público; as versões das diretrizes da GRI utilizadas; a classificação do nível de aderência e a identificação dos indicadores de desempenho ambiental.

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Capítulo 5 – Análise dos indicadores de desempenho ambiental e das práticas de melhoria adotadas pelas empresas

Neste item é apresentada uma breve descrição dos indicadores de desempenho ambiental selecionados nesse estudo, segundo a GRI (EN3, EN8, EN16, EN20, EN22 e EN23); analisados os resultados e apresentada uma discussão acerca dos mesmos. Também são abordadas as principais práticas de melhoria de desempenho ambiental, adotadas pelas empresas selecionadas, em relação aos respectivos indicadores ambientais, através da avaliação dos relatórios de sustentabilidade.

Capítulo 6 – Evidenciação dos indicadores de desempenho ambiental

Neste item é avaliado o grau de evidenciação dos indicadores de desempenho ambiental selecionados para este estudo, consolidado por empresa e por ano, através da análise dos relatórios de sustentabilidade, para o período de 2010 a 2014.

Os resultados da análise dos indicadores ambientais encontrados neste estudo (período de 2010-2014) são comparados com os resultados encontrados por Silva (2008), no período de 2003 a 2007, de modo a verificar o desempenho das empresas do setor ao longo dos anos.

Capítulo 7 – Conclusão e Recomendações para Futuras Pesquisas

Neste capítulo realiza-se uma análise crítica quanto: aos resultados dos indicadores ambientais reportados nos relatórios de sustentabilidade, ao desempenho ambiental das empresas do setor de petróleo ao longo do tempo e na atualidade, e às práticas de melhoria adotadas pelas mesmas. Também são apresentadas as conclusões da pesquisa à luz das avaliações realizadas e a proposição de novos estudos e futuros desenvolvimentos do tema.

Desta forma, através do desenvolvimento destas etapas na coleta das informações, busca-se organizar este estudo.

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