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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARY GRÜN (Presidente sem voto), MIGUEL BRANDI E LUIS MARIO GALBETTI.

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Registro: 2018.0000411268

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2104276-58.2017.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que são agravantes LUIZ ALBERTO SPINOLA DE CASTRO e CARMEM VOLUZIA SPINOLA, são agravados PAULA FERNANDA AGASSI SPINOLA DE CASTRO, LUIZ FERNANDO AGASSI SPINOLA DE CASTRO e LUIZ SPINOLA DE CASTRO JUNIOR (ESPÓLIO).

ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 7ª Câmara de Direito

Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARY GRÜN (Presidente sem voto), MIGUEL BRANDI E LUIS MARIO GALBETTI.

São Paulo, 5 de junho de 2018.

Luiz Antonio Costa Relator

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Voto nº 18/35914

Agravo de Instrumento nº 2104276-58.2017.8.26.0000 Comarca: São Paulo

Agravante: Luiz Alberto Spinola de Castro e outro

Agravado: Paula Fernanda Agassi Spinola de Castro e outros

Ementa Agravo de Instrumento Indenizatória Liquidação Agravantes dizem que perito avaliou fundação de muro de arrimo presumindo que sua altura era de 2,5 m, quando na realidade era de 3,5 m Cálculo pericial justificado Altura da injeção de concreto da fundação de muro de arrimo de 3,5 m não precisa coincidir com altura do próprio muro Explicação não refutada adequadamente pelos Agravantes Recurso improvido.

Agravo de Instrumento interposto contra decisão de fls. 11/3 (fls. 552/4 dos autos principais), proferida nos autos da Ação Indenizatória proposta pelo Agravado em face da Agravante (proc. 0145776-13.2009.8.26.0100).

Os Agravantes compraram imóvel dos Agravados, mas, por força de evicção, perderam metade do bem sobre o qual haviam realizado construções e benfeitorias, razão por que propuseram ação buscando indenização (proc. 0145776-13.2009.8.26.0100), a qual foi julgada procedente (cf. sentença fls. 308/12 dos autos principais), seguindo-se liquidação.

Foi realizada perícia (fls. 405/77 ibidem), na qual o d. Experto estimou o prejuízo dos Agravantes. Seguiram-se objeções dos Agravantes (fls. 484/8), as quais foram enfrentadas pelo d. Perito (fls. 517/31 ib.). Contudo, os Agravantes não se convenceram, insistindo que

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o d. Perito fez seus cálculos tomando por premissa que o muro de arrimo tem 2,5 m de altura em média, enquanto teria, na verdade, 3,5 m de altura em média, exigindo valor maior de indenização (fls. 541/3 ib.).

Na decisão agravada (fls. 552/4 dos autos principais, 11/3 dos presentes autos), o d. Juiz afastou os argumentos dos Agravantes e ratificou o valor indicado pelo perito.

Em suas razões, os Agravantes insistem que seja preferido o cálculo de seu assistente técnico, que pressupôs que o muro tinha em média 3,5 m de altura, e não 2,5 m, ou, subsidiariamente, realização de nova prova pericial para avaliar o muro de arrimo.

Em liminar, deferi o efeito suspensivo (fls. 599), por entender que “Em se tratando de cumprimento de sentença, que se fará com base no resultado do laudo ora impugnado, devem ser suspensos os efeitos da decisão”.

Não houve contraminuta (fls. 603).

Em manifestação (fls. 609/19), o d. Perito esclareceu que, diferentemente do que dizem os Agravantes, tomou por base as informações prestadas por seu próprio assistente técnico (ou seja, dos Agravantes) e calculou o valor de muro de arrimo com 3,5 m de altura, e não 2,5 m. O d. Perito acrescenta que a menção a 2,5 m em seu laudo não se refere à altura do muro de arrimo, mas à “injeção de concreto”. Além disso, sua estimativa de valor do muro de arrimo (R$941,28 por

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metro de muro de arrimo) é bastante superior à encontrada em avaliação recente pela CDHU (R$622,39 por metro de muro de arrimo), não havendo como subscrever a avaliação do assistente técnico dos Agravantes (R$4.644,13 por metro de muro de arrimo).

É o Relatório.

Recurso tempestivo (decisão disponibilizada em 12.05.2017, cf. fls. 555 dos autos principais, e interposição em 05.06.2018). Preparo pago (fls. 15/7).

O d. Perito explicou com muita clareza ter calculado o valor do muro de arrimo com 408,45 m², medida à qual chegou multiplicando 3,5 m de altura por 116,70 m de extensão, em total concordância com as medidas informadas pelo assistente técnico dos próprios Agravantes (cf. fls. 496 dos autos principais).

Os 2,5 m objetados pelos Agravantes referem-se à “injeção de concreto”, sobre o que o d. Perito disse o seguinte:

“Assim, o valor que consta no orçamento refere-se ao muro de arrimo com área de 408,45 m² (quatrocentos e oito metro quadrados e quarenta e cinco decímetros quadrados), podendo ter uma fundação com até 02,50 m (dois metros e cinquenta centímetros), o que não determina a altura do muro” (fls. 523 dos autos principais).

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profundidade de injeção de concreto necessária para a fundação de um muro de arrimo que pode chegar a 3,5 m de altura, sendo compreensível até ao leigo que um muro de 3,5 m de altura não exija fundação de 3,5 m de profundidade.

Entendo que este esclarecimento do d. Perito não foi adequadamente refutado pelos Agravantes, que insistiram no argumento anterior:

“Ou seja, em que pese ter o perito concordado com a altura de 3,5 m, este não considerou a referida medida em seu cálculo, utilizando-se da medida de 2,5 m para o cálculo da área, o que influencia diretamente no preço unitário do muro” (fls. 542 dos autos principais).

“10. Em que pese ter o perito concordado com a altura de 3,5 m, este não considerou a referida medida em seu cálculo,

utilizando-se da medida de 2,5 m para o cálculo da área, o

que influencia diretamente no preço unitário do muro.

“11. Ora, Excelências, no laudo pericial, o perito realizou o cálculo proporcional, de forma a manter a área estimada de 408,45 m², mas desconsiderando que a altura do muro de arrimo é determinante no cálculo do valor unitário da área (R$/m²), uma vez que requer estrutura com maior resistência mecânica ao empuxo, o que resulta em maior armação e concreto por m² de muro de arrimo” (fls. 05 dos autos do Agravo).

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Agravantes não cuidaram de enfrentá-la diretamente, como poderiam fazer, por exemplo, apresentando textos técnicos respaldando que as fundações de muros de arrimo devem ter igual altura aos próprios muros, concluo que a decisão não deve ser reformada.

No mais, observo a título de “obiter dictum” que a CDHU oferece valor sensivelmente menor a muro de arrimo de dimensões semelhantes, o que também justifica a manutenção da decisão.

Destarte, entendo correta a decisão agravada, que proponho seja mantida, com ratificação de seus fundamentos como permite o art. 252 do RITJESP.

Isso posto, pelo meu voto, nego provimento ao Recurso.

Luiz Antonio Costa

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