GESTÃO
ORÇAMENTÁRIA
E
FINANCEIRA
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E EXECUÇÃO FINANCEIRA
• Ocorrem concomitantemente; e
• Estão intrinsecamente relacionadas uma à outra.
A despesa não poderá ocorrer nos casos em que houver orçamento mas não existir disponibilidade financeira.
De outra forma, também não poderá haver gasto quando existir recurso financeiro mas não houver a disponibilidade orçamentária.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E EXECUÇÃO FINANCEIRA
Execução orçamentária = utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA
Execução financeira = utilização de recursos financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo Orçamento
PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
Obrigação Constitucional, que determina a necessidade do planejamento das ações de governo por meio dos seguintes instrumentos:
1. Plano Plurianual – PPA (Lei nº 12.593, de 18 de janeiro de 2012)
Plano de médio prazo (quatro anos), que organiza as ações governamentais com a finalidade de atingir objetivos e metas.
PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
2. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO (Lei nº 12.919 de 24 de dezembro de 2013)
Orienta a elaboração do orçamento. Elo entre a Lei Orçamentária Anual - LOA e as diretrizes, objetivos e metas estabelecidas no PPA.
3. Lei Orçamentária Anual - LOA (Lei nº 12.952, de 20 de janeiro de 2014)
Visa a concretizar os objetivos e metas propostas no PPA, segundo as diretrizes estabelecidas pela LDO.
ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
Executar o Orçamento = realizar as despesas previstas, seguindo os três estágios da execução das despesas previstos na Lei nº 4320/64 :
1. Empenho
Primeiro Estágio da Despesa, é o ato que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou não, de implemento de condição. (conforme disposto no art. 58 da citada Lei)
O Empenho precede a realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário (Art. 59).
ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
Todavia, estando a despesa legalmente empenhada, nem assim o Estado se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que o implemento de condição poderá estar concluído ou não.
O Empenho é a forma de comprometimento dos recursos orçamentários.
Somente no estágio seguinte será cobrada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o implemento de condição.
ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 2. Liquidação
É o segundo estágio e nele é feita a verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Etapa onde ocorre a comprovação de que o credor cumpriu todas as obrigações constantes do empenho.
A finalidade é reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a obrigação.
ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 2. Liquidação (cont.)
Verificação e conferência, desde a entrega do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa.
Ao fazer a entrega do material ou a prestação do serviço, o fornecedor deverá apresentar a nota fiscal, fatura ou conta correspondente, devendo o agente competente atestar o recebimento do material ou a prestação do serviço correspondente, mediante o devido registro.
ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 3. Pagamento
Entrega do valor financeiro ao fornecedor, encerrando o débito ou obrigação, mediante Ordem Bancária – OB que tem como favorecido o credor do empenho.
Se houver importância paga a maior ou indevidamente, sua reposição deverá ocorrer dentro do próprio exercício, mediante crédito à conta bancária da UG que efetuou o pagamento.
MODALIDADES DE EMPENHOS
Os empenhos, de acordo com a sua natureza e finalidade, podem ser classificados em:
Empenho Ordinário, que é utilizado para realizar despesas com
montante previamente conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;
Empenho Global, que atende despesas com montante também
previamente conhecido, tais como as contratuais, mas de pagamento parcelado. Exemplos: aluguéis, prestação de serviços por terceiros, vencimentos, salários, proventos e pensões, inclusive as obrigações patronais decorrentes; e
Empenho por Estimativa, que acolhe despesas de valor não
previamente identificável e geralmente de base periodicamente não homogênea. Exemplo: água, luz, telefone.
CARACTERÍSTICAS DO EMPENHO
O empenho para compras, obras e serviços só pode ser efetuado de acordo com a licitação ultimada, salvo no caso de sua dispensa, cabendo à unidade observar as instruções específicas, ou a justificação para sua dispensa ou inexigibilidade.
As despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orçamentários, e de acordo com o cronograma de desembolso da unidade, devidamente aprovado.
O empenho será formalizado através da Nota de Empenho - NE, onde se indicarão, entre outros itens requeridos no formulário, a classificação orçamentária e a importância da despesa, o nome, CNPJ ou CPF e endereço do credor, a especificação dos bens ou serviços a adquirir, e o número do processo da licitação ou, no caso de sua dispensa, o dispositivo legal autorizativo.
ANULAÇÃO DO EMPENHO
É efetuada, no decorrer do exercício, da seguinte forma:
Parcialmente - quando seu valor exceder o montante da
despesa realizada
Totalmente - quando o serviço contratado não tiver sido
prestado ou material encomendado não tiver sido entregue, ou ainda se o empenho tiver sido emitido incorretamente.
O valor correspondente ao empenho anulado reverte ao crédito, t o r n a n d o - s e d i s p o n í v e l p a r a n o v o e m p e n h o o u descentralização, respeitado o regime de exercício.
ANULAÇÃO DO EMPENHO
No encerramento do exercício, os empenhos são anulados ou, quando couber, inscritos em conta de Restos a Pagar, onde poderão permanecer até 31 de dezembro do ano seguinte.
No caso de anulação de empenho ordinário, a UG deve diligenciar no sentido de obter, se for o caso, a primeira via da NE em poder do respectivo credor.
ROTINAS DA EXECUÇÃO FINANCEIRA
Acompanhar o fluxo, financeiro e Orçamentário, referente aos contratos de serviços, contínuos ou não, prestados à Administração Direta desta Pasta;
Controlar os empenhos emitidos e saldo de empenhos a pagar; Gestão tributária, retenções de tributos e contribuições sociais na
contratação de bens e serviços.
Obs.: No SIASG, os códigos de catalogação de material e serviço
são vinculados à natureza da despesa (classificação contábil), à características do serviço ou bem que estão sendo adquiridos.
ROTINAS DA EXECUÇÃO FINANCEIRA
(Impostos Federais) A IN/RFB nº 1.234/2012 dispõe sobre a retenção de tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública pelo fornecimento de bens e serviços (tabela anexa), vencimento 3º dia útil da semana
subsequente ao pagamento da nota fiscal.
(Previdência Social) A IN/RFB nº 971/2009 dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social nas contratações de serviços de terceiros com utilização de mão de obra no Órgão, vencimento vigésimo dia do mês
ROTINAS DA EXECUÇÃO FINANCEIRA
ISS - Decreto 25.508/2005 e Lei complementar nº 116/2003 dispõem sobre a retenção de imposto relativo a prestação de serviços por pessoa jurídica e física, vencimento 02 dias
úteis após o pagamento da nota fiscal.
O Órgão atua na condição de SUBSTITUTO TRIBÚTÁRIO que consiste na atribuição da responsabilidade pelo recolhimento do imposto a terceiro vinculado ao fato gerador na condição de contratante ou fonte pagadora.
ROTINAS DA EXECUÇÃO FINANCEIRA
A unidade executora analisa se o fornecedor é isento ou não e quais impostos devem ser retidos e respectivas alíquotas.
Exemplo: isenção micro empresas e de pequeno porte que façam parte do Super Simples Nacional
Obs.: Importante destacar que deve-se atentar para o trâmite
correto dos processos, buscando obedecer aos prazos de recolhimento de tributos.
ROTINAS RELATIVAS A CONTRATOS
1° - Verificação, no relatório do fiscal do referido contrato se houve
alguma ocorrência durante a prestação dos serviços ou entrega de bens em aquisição, que possa acarretar reflexos financeiros (glosas, multas etc).
2° - Verificação se o relatório do setor de contratos corresponde ao
valor da nota fiscal e se o responsável se ateve ao relatório do fiscal, transcrevendo as informações deste último ao seu relatório final.
3° - Caso o contrato envolva despesa com pagamento de pessoal, é
verificada a apresentação da documentação relativa à regularidade da empresa, tal como folhas de ponto, relatório de recolhimento do FGTS e outros que sejam exigidos.
ROTINAS RELATIVAS A CONTRATOS
4° - Após os procedimentos anteriores verifica-se a obrigação de
retenção de tributos e, em caso positivo, efetua-se o respectivo cálculo.
5° - Verificação da regularidade da empresa junto ao SICAF. Caso
esteja tudo em conformidade, efetua-se a liquidação e é emitida a respectiva Ordem Bancária.
6° - Para concluir, a impressão dos documentos comprobatórios
ROTINAS RELATIVAS A CONTRATOS
Atenção: Há casos de pagamentos envolvendo operações de
câmbio, quando o contrato/serviço é realizado com fornecedor internacional.
Em tais situações, deve-se atentar para as peculiaridades quanto a prazos e limites para realização de determinadas operações.
Conformidade de Registro de Gestão
Consiste na certificação dos registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existência de documentos hábeis que comprovem as operações para conclusão/encerramento do processo e seu posterior arquivamento.
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
Conjunto de atividades que têm o objetivo de ajustar o ritmo da execução do Orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros objetivando a realização das ações e, consequentemente, impedir eventuais insuficiências de caixa.
Objetivo: estabelecer o fluxo de caixa, para determinado
período, no caso o mês, tendo como parâmetros os limites de
pagamento estabelecidos no Decreto de Programação
Financeira (Decreto.nº 8.197/2014) e as demandas das Unidades.
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
É realizada em três níveis distintos: • Órgão Central – STN
• Órgão Setorial – SPOA
• Órgãos Seccionais - Unidades Gestoras – UG
Órgão Setorial
• Acompanha diariamente o fluxo financeiro
• Verifica o extrato de saldo em conta das unidades • Realiza e acompanha a liberação de recursos
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
Depende do cenário econômico global, agregado ao comportamento da arrecadação dos tributos federais que compõem a receita pública.
A execução da Programação Financeira depende do real ingresso de recursos.
O ingresso de receitas que o governo arrecada nem sempre coincide, no tempo, com as necessidades de realização de despesas públicas, já que a arrecadação de tributos e outras receitas não se concentra apenas no início do exercício financeiro, mas está distribuída ao longo de todo o ano.
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
À medida que esses recursos vão ingressando nos cofres do Governo, são liberados para os órgãos setoriais dos Órgãos, baseado na programação financeira destes, para a execução de suas atividades.
A priori, fica a critério do Órgão Central executar este ou aquele projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária.
Cada órgão possui seu cronograma de desembolso (que espelha as saídas de recursos financeiros) e apresenta tal documento à STN.
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
A STN ajusta as necessidades setoriais ao fluxo de caixa do Tesouro (que engloba despesas e receitas), a fim de obter um fluxo de caixa mais adequado à política fiscal e monetária do governo.
Cada UG elabora sua programação financeira, submete-a ao Órgão setorial e este, por sua vez, consolida as demandas de todas as unidade e submete à STN.
Numa situação ideal, o Sistema permitiria um acompanhamento preciso do cronograma de desembolso dos recursos financeiros de cada UG, mas não é o que ocorre na prática.
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA SETORIAL
Unidades incluem no SIAFI as suas demandas através de uma Proposta de Programação Financeira - PF
A setorial financeira analisa, ajusta, consolida os dados financeiros e demanda, ao órgão central - STN, também via PF, os recursos que atenderão, na melhor proporção, às necessidades das Unidades
Após o repasse de recursos pela STN para a setorial, os mesmos são liberados para as Unidades, seguindo o cronograma de desembolso (limites de pagamento).
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA SETORIAL
Exemplo de Demonstrativo de Programação Financeira
A proporcionalidade dos Limites obedece aos percentuais adotados pela Portaria/MF n° 61, de 27/2/2014, que definiu a programação financeira anual.
Limite de Empenho 2014 (Portaria MP nº 58) Restos a Pagar 2013 Total Limites de Pagamento (Portaria MF nº 61) Até Agosto Até Setembro Até Outubro Até Novembro Até Dezembro UG 1 80.000 20.000 100.000 51.800 58.950 66.100 73.250 80.400 UG 2 187.000 13.000 200.000 103.600 117.900 132.200 146.500 160.800
PAGAMENTO EFETIVO
O acompanhamento da execução financeira inclui a apuração do pagamento efetivo do Ministério, seguindo os moldes estabelecidos pela STN.
Por essa metodologia se apura o quanto foi pago por cada unidade até o mês anterior subtraído do que a Unidade pode pagar até o mês corrente.
Isso define o quanto a Unidade poderá/deverá receber de recurso financeiro no mês corrente, dependendo do montante que a STN disponibilizar para o Ministério.
PAGAMENTO EFETIVO
Exemplo de Cálculo do Pagamento Efetivo – Setembro/2014
Limite para Pagamento até Setembro Pagamentos efetivados até 31/ Ago
Saldo a Executar Saldo em Caixa Valor a Liberar
UG 1 58.950 50.800 8.150 1.000 7.150
PAGAMENTO EFETIVO
Os limites financeiros definidos para as unidades correspondem a percentuais relativos ao seu limite de empenho, na mesma proporção que a STN/MF definiu para o Ministério e suas vinculadas, relativamente ao limites orçamentários definidos pela SOF/MP.
Essa proporção, para o MMA, em 2014, foi de aproximadamente 78,5%, considerando-se as Fontes do Tesouro e Arrecadação Própria.
Muito Obrigado !
Contato: (61) 2028-1396 E-mail: cgfc.spoa@mma.gov.br