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Componentes da Síndrome Metabólica e níveis séricos de óxido nítrico em população jovem não obesa

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Academic year: 2021

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CURSO DE GRADUAÇÃO DE BIOMEDICINA

LUANA ARRUDA DE CASTRO

COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E NÍVEIS SÉRICOS DE ÓXIDO NÍTRICO EM POPULAÇÃO JOVEM NÃO OBESA

NITERÓI, RJ 2013

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LUANA ARRUDA DE CASTRO

COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E NÍVEIS SÉRICOS DE ÓXIDO NÍTRICO EM POPULAÇÃO JOVEM NÃO OBESA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em Biomedicina, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial do título de Bacharel com Habilitação em Análises Clínicas.

Orientador:

Prof. Dra. Patrícia de Fátima Lopes de Andrade Co-orientador:

Leda Maria Ferraz da Silva

Niterói, RJ 2013

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LUANA ARRUDA DE CASTRO

COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E NÍVEIS SÉRICOS DE ÓXIDO NÍTRICO EM POPULAÇÃO JOVEM NÃO OBESA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Biomedicina com Habilitação em Análises Clínicas.

Aprovada em 11 de dezembro de 2013.

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Dr.ª Patricia de Fátima Lopes de Andrade (orientadora) Universidade Federal Fluminense

Prof. Dr. Jorge Reis Almeida (orientador) Universidade Federal Fluminense

Prof.ª Dr.ª Andrea Alice da Silva Universidade Federal Fluminense

Esp. Natalia Fonseca do Rosário (suplente) Universidade Federal Fluminense

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AGRADECIMENTOS

A Deus, o que seria de mim sem a fé que eu tenho n’Ele.

À toda minha família, minha mãe Sula, meu pai Claudio, minha tia Fátima e minhas primas Lívia e Luiza, pela capacidade de acreditar e investir em mim, que com muito carinho e apoio não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

À minha orientadora professora Patrícia Lopes, por seu apoio e incentivo que serviram de inspiração para ampliar meus conhecimentos e contribuir na minha trajetória acadêmica, tornando possível a conclusão desta monografia.

A todos os professores da Biomedicina da UFF, em especial, Andrea Alice e Jorge Reis, pelo incentivo que me deram durante toda a pesquisa. É um prazer tê-los na banca examinadora.

À Leda, Natalia e Thalia, pela ajuda na confecção desta monografia e pelo convívio e apoio constantes.

À todos os meus amigos da faculdade, em especial Lia, Thaize, Suzane, Vanessa, Luis, Thays, Vinicius, Lucas e Anderson com quem dividi a ansiedade das provas e a alegria das comemorações, por compreenderem minha ausência, mas que sempre tiveram por perto dispostos a me ajudar, ouvindo minhas incertezas e sempre me apoiando.

Aos meus amigos de longa data, em especial Mariane, David, Edna, Lennon mesmo quando distantes, estavam presentes em minha vida e acreditaram em mim. É com vocês que compartilho angústias, felicidades e tantas outras coisas que a amizade faz.

A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim, fazendo minha vida valer cada vez mais a pena.

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RESUMO

A Síndrome Metabólica (SM), primeiramente descrita por Gerald Reaven (1988), consiste numa doença plurimetabólica que tem como principais mecanismos patológicos a perda do controle glicêmico e da homeostase insulínica, associados à hipertensão e a um estado dislipidêmico com altos níveis plasmáticos de triglicerídeos e baixos níveis plasmáticos de HDL-colesterol. Além disso, o óxido nítrico está envolvido com a formação da placa aterosclerótica e desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e seus níveis circulantes estão relacionados com circunferência de cintura, um dos componentes da SM, e índice de massa corporal em indivíduos obesos. O presente estudo tem como objetivo correlacionar os componentes de SM com as concentrações de NOx, o IMC e o porcentual de gordura corporal. A obesidade é um fator de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes e vêm aumentando sua prevalência na população mundial. Visto isso, é muito importante um diagnóstico precoce da SM e o estabelecimento da relação dos fatores desencadeantes e a concentração de óxido nítrico sérico. A amostra foi composta por adultos jovens, sendo de ambos os sexos. Foram coletadas, dos voluntários, amostras de sangue, dados antropométricos e questionário. Avaliação dos fatores que predispõem a gênese da SM, principalmente na população jovem, possibilita intervenção que modifica substancialmente o curso natural doença. Nossos resultados mostraram correlações significativas entre índice de massa corporal, porcentagem de gordura corporal e circunferência de cintura. Além de relação entre índice massa corporal e pressão arterial. Por outro lado, a correlação de NOx e componentes da síndrome não foi significativa. Com o aumento significativo da obesidade, o diagnóstico precoce da SM é importante, uma vez que os jovens não possuem tanta preocupação com seus hábitos alimentares e à prática de atividade física voltada para saúde. A partir dos nossos estudos podemos concluir que o elevado %GC encontrado em 80% dos indivíduos com IMC normal, pode levar ao risco de desenvolver doenças relacionadas à obesidade. Apesar de a obesidade ser bem caracterizada são necessários índices e parâmetros para diagnosticá-la, além do IMC e o aumento da circunferência de cintura. Além disso, a correlação de NOx com os componentes da SM não foram significativas em nosso estudo, mostrando que os níveis de NOx provavelmente não é um marcador precoce para SM, fazendo-se necessários mais estudos sobre essa correlação.

Palavras-chave: síndrome metabólica, obesidade, óxido nítrico, fatores de risco.

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ABSTRACT

Metabolic syndrome (MS ) , first described by Gerald Reaven (1988 ) , consists of a plurimetabolic disease whose pathologic mechanisms leading to loss of glycemic control and insulin homeostasis , associated with hypertension and a dyslipidemic state with high plasma triglycerides and low plasma levels of HDL- cholesterol. In addition, nitric oxide is involved in atherosclerotic plaque formation and development of cardiovascular disease, and its circulating levels are correlated with waist circumference, one of the components of MS, and body mass index in obese individuals. This study aims to correlate the components of MetS with NOx concentrations, BMI and percentage of body fat. Obesity is a risk factor for developing cardiovascular disease and diabetes, and its prevalence has been increasing in the world population. Therefore, it is very important an early MS diagnosis and the establishment of its relationship with triggering factors and the concentration of serum nitric oxide. The sample is composed of young adults, and of both genders. The blood samples from volunteers were collected, as well as the anthropometric data and questionnaire. Evaluation of the factors that predispose to the MS genesis, especially in the young population, allows intervention that substantially modifies the natural course of disease. Our results showed significant correlations between body mass index, percentage body fat and waist circumference. Besides the relationship between body mass index and blood pressure were verified. Moreover, NOx and the correlation components of the syndrome were not significant. With the significant increase in obesity, early diagnosis of MS is important, since young people do not have so much concern about their eating habits and physical activity focused on health. From our studies we conclude that the high % GC found in 80% of subjects with normal BMI, can lead to the risk of developing obesity-related diseases. In spite of obesity has been well characterized, it is necessary to establish the indexes and parameters to diagnosis, beyond BMI and increased waist circumference. Moreover, the correlation of NOx with MS components were not significant in our study, showing that NOx levels is probably not an early marker for MS, by making necessary more studies on this correlation .

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LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

% GC Porcentagem de Gordura Corporal

AHA/NHLBI American Heart Association / National Heart Lung, and Blood Institute ATP Adult Treatment Panel III

CC Circunferência da Cintura DM II Diabetes Mellitus tipo II GC Gordura Corporal

HDL-c Colesterol associado a lipoproteína de alta densidade HUAP Hospital Universitário Antonio Pedro

IDF International Diabetes Federation IMC Índice de Massa Corporal

iNOS Óxido nítrico sintase indutível JIS Joint Interim Statement

LAMAP Laboratório Multidisciplinar de Apoio à Pesquisa

LDL-c Colesterol associado a lipoproteína de baixa densidade NCEP National Cholesterol Education Program

NHANES National Health and Nutrition Examination Survey NO˙ Radical óxido nítrico

NOS Óxido nítrico sintase NOx Nitrito e nitrato circulantes SM Síndrome Metabólica

SPSS Statistical Package for the Social Sciences TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UFF Universidade Federal Fluminense

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO --- 9 1.1 JUSTIFICATIVA --- 14 2 HIPÓTESE --- 14 3 OBJETIVOS --- 14 3.1 OBJETIVO GERAL --- 14 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS --- 15 4 METODOLOGIA --- 15 4.1 VOLUNTÁRIOS --- 15

4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO --- 16

4.3 COLETA E ARMAZENAMENTO DAS AMOSTRAS --- 16

4.4 TESTES LABORATORIAIS --- 17

4.5 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA --- 17

4.6 AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES DE SÍNDROME METABÓLICA --- 17

4.7 QUESTIONÁRIOS --- 17

4.8 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA --- 18

4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA --- 19

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO --- 20

5.1 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL E CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA --- 21

5.2 COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E NOX --- 26

5.3 NOx, ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL E IDADE --- 31

5.4 CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA --- 33

6 CONCLUSÃO --- 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --- 36

APÊNDICE I --- 42

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1 INTRODUÇÃO

A Síndrome Metabólica (SM), primeiramente descrita por Gerald Reaven (1988), consiste em uma doença plurimetabólica que tem como principais mecanismos patológicos a perda do controle glicêmico e da homeostase insulínica, associados à hipertensão e a um estado dislipidêmico com altos níveis plasmáticos de triglicerídeos e baixos de colesterol associado à lipoproteína de alta densidade (HDL-c). Hoje, é sabido que a SM também induz a um estado pró-trombótico e pró-inflamatório (WAINE et al., 2005; REAVEN, 2006; DESROCHES e LAMARCHE, 2007; GRUNDY, 2008).

A prevalência de SM cresceu substancialmente em todo mundo nos últimos anos. Ford e colaboradores (2004) fizeram uma reanálise comparando o National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) III com o NHANES 1999-2000 usando o critério da National Cholesterol Education

Program Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII), e mostraram que a

prevalência de SM entre americanos adultos era de 23,1% (1988-1994) atingindo 26,7% em 1999-2000. Em termos absolutos a estimativa é que no ano de 2000 havia aproximadamente 55 milhões de americanos com SM. Esse dado reflete o aumento paralelo da prevalência de obesidade (7,6% entre o NHANES III e NHANES 1999-2000), um dos principais determinantes da SM (FORD, GILES E MOKDAD, 2004; GRUNDY, 2008).

No Brasil, esses estudos ainda são escassos. Em 2005, estudo realizado em área rural do semi-árido baiano utilizando a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, a frequência de SM em indivíduos com idade entre 25-34 anos de idade era de 7,0%; entre aqueles com 35-44 anos, era de 21,9% e entre os com 65 anos ou mais, era de 47,9% (OLIVEIRA, SOUZA E LIMA, 2006). Salaroli e colaboradores (2007) em estudo populacional feito em Vitória (ES) em 2000 coletaram dados de 1.630 indivíduos, sendo 743 (45,6%) homens e 887 mulheres (54,4%). Observaram, de acordo com o critério da NCEP-ATPIII, que 485 (29,8%) indivíduos eram portadores da SM, sendo 218 do sexo masculino e 267 do sexo feminino. Em outro estudo realizado em 2012 em área rural do Rio Grande do Sul com indivíduos entre 20 e 49 anos, utilizando os critérios da NCEP-ATPIII,

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observaram a prevalência de 15,6% da SM na população, sendo a prevalência de 8,5% para homens e 22% para mulheres. Nesse mesmo estudo, foi observado que a prevalência de SM entre os homens aumenta a partir dos 49 anos de idade, enquanto, entre as mulheres ocorre a partir dos 30 anos (HAAB, BENVENGNÚ E FISCHER, 2012).

O conjunto das modificações metabólicas na SM atua sinergicamente como fator de risco, favorecendo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio, doença coronariana), além do desenvolvimento de diabetes mellitus tipo II (DM II). A SM está associada ao aumento de 1,5 vezes na mortalidade geral e de 2,5 vezes na mortalidade por evento cardiovascular (I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2005). Diferentes critérios diagnósticos da SM são utilizados na prática, o que dificulta o trabalho dos médicos e dos epidemiologistas. A unificação dos critérios seria importante, pois (1) funcionaria como uma ferramenta prática para o uso dos clínicos na detecção de populações de alto risco; (2) funcionaria como um método de investigação usado pelos epidemiologistas para estabelecer a associação com ocorrência de obesidade, DM II e outros fatores; (3) estabelecer-se-ia a prevalência e incidência orientando as políticas públicas para tratamento e prevenção; (4) o impacto social da doença seria avaliado (Desroches e Lamarche, 2007).

A I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (2005) sugere que seja usado o critério da NCEP-ATPIII. Esse critério, idealizado para o uso clínico, não exige a comprovação da resistência à insulina, o que facilita seu emprego. Entretanto, existem algumas limitações intrínsecas ao método como o valor preditivo da circunferência da cintura, que é, por exemplo, subestimado em indivíduos de etnia asiática (DESROCHES e LAMARCHE, 2007). Segundo a NCEP-ATPIII, um indivíduo é diagnosticado com SM quando preenche três ou mais dos seguintes parâmetros: obesidade abdominal (circunferência de cintura > 102 cm para homens, e > 88 cm para mulheres), triglicerídeos ≥ 150 mg/dL, HDL-c < 40 mg/dL para homens e < 50

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mg/dL para mulheres, pressão arterial sistólica ≥ 130 mmHg ou diastólica ≥ 85 mmHg, glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL. Recentemente, o International Diabetes

Federation (IDF) e American Heart Association/National Heart Lung, and Blood Institute (AHA/NHLBI, 2009) propuseram adequação, o Joint Interim Statement

(JIS), que leva em consideração a circunferência de cintura de acordo com a etnia, sendo ≥ 90 cm para homens e ≥ 80 cm para mulheres na população sul-americana e diminui o valor da glicemia de jejum de 110 para 100 mg/dL (figura 1). O indivíduo para ser diagnosticado com SM deve apresentar três ou mais dos parâmetros relacionados, em ambos os critérios NCEP-ATP III ou JIS. (GRUNDY, 2008; ALBERTI et al., 2009).

Figura 1 - Critérios de diagnóstico de Síndrome Metabólica NCEP-ATPIII e JIS para população latino-americana

Homem (H), Mulher (M), Pressão Arterial (PA), Sistólica (Sist), Diastólica (Dias), Lipoproteína de Alta Densidade- colesterol (HDL-c), National Cholesterol Education

Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII) e Joint Interim Statement (JIS).

Sabe-se que a obesidade é o principal fator de risco para o desenvolvimento da SM, e vêm crescendo substancialmente na população. A obesidade contribui para diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares como a hipertensão, hiperglicemia, e níveis aumentados de

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colesterol. Visto isso, a circunferência de cintura elevada é o melhor preditor para diagnóstico de SM (PENALVA, 2008).

Nem todos os indivíduos obesos ou com sobrepeso são doentes, entretanto a maioria é insulinorresistente. A combinação de obesidade, dieta hiperlipídica e hipercalórica, e sedentarismo é a protagonista da gênese da resistência à insulina (CORNIER et al., 2008). O tecido adiposo não é só um órgão de estoque de lipídios, funcionando como um tecido metabolicamente ativo com funções endócrinas e que responde a múltiplos estímulos de diversas origens, incluindo o sistema nervoso central. Ele é fonte majoritariamente de ácidos graxos, que afetam paralelamente a vias de sinalização de insulina no fígado, músculo esquelético e vasos sanguíneos (JOHNSON e WEINSTOCK, 2006).

Nos adipócitos a insulina é responsável por inibir a liberação de ácidos graxos livres, tratando-se de um hormônio anabólico. Numa baixa resposta ao estímulo insulínico (resistência à insulina) a lipólise deixa de ser suprimida e os ácidos graxos livres atingem a corrente sanguínea ocasionando uma hiperlipidemia. O excesso de lipídeos circulantes é documentadamente o principal agente para a formação de placas de ateroma, desencadeadoras de diversas doenças cardiovasculares (CORNIER et al., 2008).

Sabe-se que o NO˙ é uma das moléculas sinalizadoras mais importantes no corpo humano (MURAD, 2006). Embora esteja envolvido em, virtualmente, todos os sistemas, ele é conhecido primariamente por manter a pressão sanguínea normal e o fluxo sanguíneo para os tecidos, bem como na proteção do sistema cardiovascular de injúrias. Uma deficiência na produção de NO˙ ou de sua disponibilidade é a marca registrada de várias doenças. Sua determinação quantitativa é feita indiretamente pela dosagem de nitrito e nitrato circulantes (NOx), isto porque o NO˙ proveniente da via dependente da enzima óxido nítrico sintase (NOS) é, imediatamente, oxidado a nitrato e nitrito nos tecidos (LUNDBERG, WEITZBERG E GLADWIN, 2008).

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Além disso, estudos experimentais e clínicos evidenciam que defeitos na função endotelial de óxido nítrico (NO˙), referida como disfunção endotelial, não está somente ligada ao maior risco cardiovascular, hiperlipidemia, diabetes, hipertensão e severidade da aterosclerose, mas também como profundo preditor para progressão futura de doença aterosclerótica (SCHÄCHINGER, BRITTEN E ZEIHER, 2000; HALCOX ET AL., 2002; BUGIARDINI et al., 2004; LERMAN e ZEIHER, 2005)

O índice de massa corporal (IMC) individualmente não possui alta precisão diagnóstica tanto para indivíduos obesos quanto para os de peso normal. Estudos recentes mostram que indivíduos de IMC e peso normais podem apresentar riscos elevados de desenvolvimento de doenças relacionadas à obesidade como hipertrigliceridemia e pré-disposição para doenças cardiovasculares, além de apresentarem elevada porcentagem de gordura corporal (MADEIRA et al., 2013). Ruderman e colaboradores (1981) descreveram tais indivíduos como obesos metabólicos de peso normal. Romero-Corral e colaboradores (2010) observaram que a alta porcentagem de gordura corporal em indivíduos de peso normal estava associada a maiores chances de desenvolver SM. O aumento da porcentagem de gordura também estava relacionado ao risco de doenças cardiovasculares, acompanhado de alta prevalência de dislipidemia e hipertensão em população com menos de 20 anos de idade.

Estudos recentes mostram que níveis de NO˙ estão relacionados com o IMC. Ghasemi e colaboradores (2013) observaram um aumento nos níveis de NOx em mulheres obesas e com sobrepeso em relação a indivíduos com peso normal. A mesma relação não foi encontrada em homens. Por outro lado, Kondo e colaboradores (2006) observaram que a circunferência de cintura está associada inversamente com a concentração de NOx em população saudável.

Associado a isso, com o aumento do consumo das chamadas “junk food”, os jovens não possuem tanta preocupação com seus hábitos alimentares e à prática de atividade física voltada para saúde, com isso apresentam maior risco de desenvolver os fatores que desencadeiam a SM, além da obesidade.

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Baseado nisso, o presente estudo tem por finalidade observar a relação entre os níveis de NOx, composição corporal e os fatores predisponentes de SM em jovens não obesos. (VIEIRA et al., 2002)

1.1 JUSTIFICATIVA

O aumento da obesidade observado mundialmente está intimamente relacionado a alterações de hábitos alimentares e sedentarismo. O desenvolvimento da SM está diretamente relacionado a ganho de peso corporal por maus hábitos alimentares e falta de prática de atividade física. Sabe-se, que os níveis circulantes de NOx estão relacionados com IMC e porcentagem de gordura corporal. A investigação da correlação entre esses componentes e o NO˙ seria importante na tentativa de estabelecer possíveis marcadores precoces da SM em população jovem não obesa.(VIEIRA et al., 2002)

2 HIPÓTESE

A presença e números de componentes da SM apresentam correlação direta com o NOx sérico, a porcentagem de gordura corporal e o índice de massa corporal em população de jovens adultos não obesos.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Correlacionar os fatores desencadeantes de SM com as concentrações de NOx circulantes, o índice de massa corporal (IMC) e o porcentual de gordura corporal (% GC) entre os estudantes universitários não obesos da Universidade Federal Fluminense.

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3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

a) Realizar perfil bioquímico (glicemia, colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos);

b) Determinar o NOX sérico dos voluntários;

c) Determinar a prevalência de componentes da SM nestes universitários; d) Determinar o IMC e a % GC dos voluntários.

4 METODOLOGIA

Esse estudo foi realizado no Laboratório Multidisciplinar de Apoio à Pesquisa (LAMAP) localizado no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF). Este projeto faz parte do projeto em andamento intitulado “ Prevalência dos fatores desencadeantes de Síndrome Metabólica” e passou por avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal Fluminense com número 378/2011. A coleta de material foi realizada após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice I).

4.1 VOLUNTÁRIOS

O recrutamento dos indivíduos foi realizado através de palestras sobre o presente estudo e explicando sua metodologia, objetivos e importância de ser voluntário. Aqueles que concordaram em participar agendaram uma data para a realização da coleta de sangue e avaliação antropométrica. Vale ressaltar que as coletas não foram realizadas às segundas-feiras, devido ao fato do domingo ser um dia atípico.

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Participaram do estudo adultos jovens, estudantes de graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF), que após concordarem em participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Os critérios de inclusão na pesquisa foram: ambos os sexos, adultos jovens não obesos (IMC < 30 kg/m2) de 18 a 30 anos de idade da Universidade Federal Fluminense.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Os critérios de exclusão foram: doenças genéticas e mulheres grávidas.

4.3 COLETA E ARMAZENAMENTO DAS AMOSTRAS

Amostras de sangue venoso foram coletadas após jejum noturno de 12h, via punção venosa, em tubo seco a vácuo com gel, no período da manhã. O soro foi fracionado em cinco alíquotas com volume de 250 µL cada e mantidos em freezer -80o C até o momento da detecção de NO˙. Após publicação dos resultados em revista científica especializada, as amostras de soro armazenadas serão descartadas (Resolução 441/11). Todas as outras metodologias propostas neste projeto são realizadas em amostras frescas, não sendo necessário o armazenamento do material biológico.

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4.4 TESTES LABORATORIAIS

PERFIL BIOQUÍMICO: As dosagens de glicemia em jejum, colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos foram realizadas no aparelho automatizado Siemens - Dimension® RxL Max®, no Serviço de Patologia Clínica do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP).

DETECÇÃO INDIRETA DE ÓXIDO NÍTRICO (NOx): Foi feita através da reação modificada de Griess, onde nitrato é reduzido a nitrito, em presença de vanádio. Essa reação permite a mensuração do NO˙ total (nitrato + nitrito = NOx) presente no sangue periférico (Ghasemi, Zahediasi e Azizi, 2010). O Protocolo utilizado foi validado pela Profª Patricia de Fátima Lopes de Andrade baseado em Miranda e colaboradores (2001).

4.5 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A verificação da pressão arterial foi feita usando o aparelho G TECH MA 100. Foram realizadas no dia da coleta de sangue três medidas com intervalo de 3 min entre elas. Os voluntários ficaram em repouso na posição sentada por no mínimo 10 min antes da aferição.

4.6 AVALIAÇÃO

DOS

COMPONENTES

DE

SÍNDROME

METABÓLICA

Os Indivíduos foram classificados para SM segundo os critérios de NCEP-ATPIII e JIS, apresentados na figura 1.

4.7 QUESTIONÁRIOS

O instrumento utilizado nas entrevistas será constituído por um protocolo composto por perguntas abertas e fechadas, aplicado pelos pesquisadores. Serão coletados dados referentes à história clínica, ao estado nutricional e aos hábitos alimentares (Apêndice II).

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4.8 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Para esta avaliação foram utilizados os seguintes indicadores: peso atual (kg), altura (m), IMC (kg/m²), circunferência da cintura (CC) e medidas de quatro dobras cutâneas (triciptal, biciptal, subescapular e suprailíaca, em mm) para avaliar o percentual de gordura. O IMC foi interpretado de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde (World Health Organization, 1995 e 1998). Foi tomada medida da CC tomada na metade da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior (I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2005). As quatro dobras cutâneas foram obtidas pela média aritmética de três medidas consecutivas no mesmo ponto usando o adipômetro modelo Lange Skinfold Caliper (Cambridge

Scientific Industries) (World Health Organization, 1995). A % GC total para

cada sexo foi estimada a partir da somatória das quatro dobras cutâneas, utilizando-se as equações de regressão de Durnin e Womersley (1974). A classificação foi realizada segundo a tabela 1, baseado em Lohman (1992). Os indicadores antropométricos utilizados, expressos em porcentagem, foram correlacionados com os valores-padrão e categorizados conforme a classificação de Blackburn e colaboradores (1977).

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Tabela 1. Valores de referência para porcentagem de gordura corporal segundo Lohman e colaboradores (1992)

Classificação

Porcentagem de Gordura Corporal (%GC)

Homens Mulheres

Risco de doenças associados à

desnutrição ≤ 5 ≤ 8

Abaixo da média de normalidade 6 -14 9 - 22

Média- normalidade 15 23

Acima da média– excesso de gordura 16 - 24 24 - 31

Risco de doenças associados à

obesidade ≥ 25 ≥ 32

4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram expressos como média ± desvio-padrão na dependência da distribuição da amostra. Para tal, os mesmos foram submetidos a testes para investigação da normalidade, ou foram considerados não paramétricos em casos de amostras pequenas e com distribuição biológica desconhecida. Posteriormente, os dados foram analisados através de testes paramétricos ou testes não paramétricos, de acordo com os resultados de tais análises prévias. Para dados não paramétricos considerou-se ainda o padrão de pareamento e dependência dos grupos entre si, de modo que ao analisar mais que 3 grupos usou-se o teste de Friedman para amostras dependentes, e no caso de grupos pareados e dependentes o teste de Wilcoxon. Frequências foram comparadas pelo teste de Fisher. Correlação múltipla e regressão linear foram usadas para identificar associações entre variáveis. Foi considerado significativo valor de p<0,05. Todas as análises foram realizadas utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, Chicago: EUA) versão 18.0.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram do estudo 48 indivíduos, dentre eles 46 não fumam e 2 são fumantes, 26 voluntários praticam atividade física e 22 não praticam atividade física. A idade média foi de 23,06 ± 2,78 anos e a média do IMC desses indivíduos, de 23,08 ± 3,24 kg/m2. A % GC apresentou média de 25,48 ± 6,72 % e CC média de 79,08 ± 8,59 cm. O perfil bioquímico e pressão arterial apresentaram-se dentro dos valores de referência (tabela 2). A média de NOx sérico na população foi estimado em 21,69 ± 10,60 µM. Esses valores de NOx encontram-se dentro dos valores de referência propostos por Ghasemi e colaboradores (2010) (Mulheres: 10,1 – 65,6 µM, Homens: 11,5 – 76,4 µM e população: 10,3 – 66,8 µM) para uma população iraniana.

Tabela 2 - Caracterização antropométrica e bioquímica da população estudada

Características

dos Indivíduos Homens (n=21) Mulheres (n=27) Total (n=48) p

Idade (anos) 23,20 2,82 23,00 2,80 23,06 2,78 0,002** Peso (kg) 67,23 13,26 64,79 11,67 66,45 13,01 9,985 Altura (m) 1,70 0,08 1,68 0,08 1,69 0,08 7,969 IMC (kg/m²) 23,23 3,27 22,81 3,08 23,08 3,24 0,012* Gordura Corporal (%) 25,29 6,79 26,44 6,56 25,48 6,72 1,107 Circunferência da Cintura (cm) 79,79 8,52 78,55 8,54 79,08 8,59 0,0002** Pressão Sistólica (mmHg) 113,58 11,13 112,66 11,47 113,22 10,93 1,314 Pressão Diastólica (mmHg) 73,45 8,07 73,44 7,88 13,33 7,76 0,007** Glicose (mg/dL) 83,11 6,82 82,33 6,78 82,81 6,70 0,013* Colesterol Total (mg/dL) 159,77 26,57 161,24 24,04 159,77 27,68 0,225 Triglicérides (mg/dL) 71,14 30,07 71,19 33,65 70,25 34,15 0,961 HDL-c (mg/dL) 55,00 12,40 56,45 12,08 55,81 12,36 0,0001** LDL-c (mg/dL) 91,63 23,55 91,73 20,73 90,87 23,76 0,714 NOx (µM) 21,38 10,88 20,34 6,53 21,69 10,60 0,412

Índice de Massa Corporal (IMC), Colesterol associado a lipoproteína de Alta Densidade- colesterol (HDL-c), Colesterol associado a lipoproteína de Baixa Densidade- colesterol (LDL-c), Nitrito e Nitrato circulantes (NOx). Nota: Os valores representam a média ± desvio padrão.* Significativo para p < 0,05; ** Significativo para p < 0,01.

(21)

5.1 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, PORCENTAGEM DE

GORDURA CORPORAL E CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA

O gráfico 1 mostra que dos 48 voluntários não obesos, IMC < 30 kg/m2, incluídos no estudo, 31 foram classificados eutróficos, 14 com sobrepeso e 3 com baixo peso. Contudo, é importante destacar que aproximadamente 30 % da população estudada apresenta sobrepeso.

Gráfico 1 - Índice de Massa Corporal (IMC). Classificação dos voluntários do estudo, segundo IMC (n=48)

Quando analisamos a %GC podemos destacar que dos 48 voluntários, 40 (83%) tinham %GC acima da média e riscos associados à obesidade (figura 2). Dos 31 indivíduos eutróficos, 25 apresentam %GC elevada (acima da média e com riscos associados à obesidade), enquanto, somente 6 apresentam porcentagem de gordura dentro da normalidade. Dos 14 indivíduos com sobrepeso, 9 estão com %GC acima da média e 5 com riscos associados à obesidade. Já dos 3 indivíduos com baixo peso, 1 está com %GC acima da média e 2 estão abaixo da média.

(22)

Figura 2 - Porcentagem de gordura corporal após estratificação segundo o IMC (n=48) BAIXO PESO n = 3 % GC acima da média n = 1 (33%) % GC abaixo da média n = 2 (67%) EUTROFIA n = 31 % GC abaixo da média n = 5 (16%) % GC média n = 1 (3%) % GC acima da média n = 16 (52%) % GC com riscos de doenças associados à obesidade n = 9 (29%) SOBREPESO n = 14 % GC acima da Média n = 9 (64%) % GC com riscos de doenças associados à obesidade n = 5 (36%)

Embora, o IMC seja frequentemente utilizado para classificar obesidade, hoje já se sabe que esse índice isoladamente não é totalmente adequado para tal avaliação. A CC e a %GC associados com o IMC podem ser utilizados para melhor avaliação da obesidade. Estudos recentes mostram que indivíduos com peso e IMC normais apresentam adiposidade semelhante a obesos. A porcentagem de gordura elevada, dos chamados obesos metabólicos de peso normal, caracteriza uma nova classificação de obesidade sugerida por Ruderman e colaboradores em 1981. Em se tratando de população jovem universitária e em sua maioria com alimentação desbalanceada (dados não mostrados) a elevada % GC revela a necessidade de ações de prevenção das comorbidades associadas com o acúmulo excessivo de gordura corporal, especialmente da visceral (RUDERMAN,

(23)

SCHNEIDER E BERCHTOLD, 1981; ROMERO-CORRAL et al., 2010; PHILLIPS, 2013).

Quando observamos a relação entre IMC e %GC, observamos significância estatística somente quando a população é analisada segundo gênero (gráfico 2). Stulbach e colaboradores (2011) observaram que mulheres com IMC normal ou com sobrepeso apresentaram elevada porcentagem de gordura corporal quando comparados aos homens. Corroborando nossos resultados visto que as mulheres apresentaram maior %GC com risco de doenças associadas à obesidade quando comparadas aos homens que se apresentaram apenas acima da média no estudo.

Gráfico 2 - Correlação de porcentagem de gordura corporal (%GC) e índice de massa corporal (IMC) em população jovem não obesa

Relação de %GC e IMC em população jovem não obesa gênero feminino (n=27) (A) e gênero masculino (n=21) (B).

(24)

Observando o gráfico 3, temos que a correlação entre IMC e CC é significativamente positiva (R2=0,704) avaliando-se tanto a população total quanto caracterizando-a segundo o gênero. Estudos recentes mostram que indivíduos com CC elevada têm maiores riscos de mortalidade, e a CC elevada associada ao IMC também elevado pode ser um indicador de risco de doenças cardiovasculares em população mais idosa, além de estar envolvida no desenvolvimento da SM (SHEN et al., 2006).

Gráfico 3 – Correlação circunferência de cintura (CC) e índice de massa corporal (IMC) em população jovem não obesa

Correlação positiva de IMC com circunferência da cintura dos 48 voluntários (A). Relação de IMC com circunferência da cintura nas mulheres (n=27) (B) e nos homens (n=21) (C).

(25)

Analisando a relação CC e %GC, observamos correlação fortemente positiva quando avaliamos as mulheres (R2 = 0,718), e entre os homens essa correlação é fracamente positiva, podendo haver uma tendência quando comparado às mulheres (gráfico 4). Entretanto, observamos maior relação no sexo masculino quando avaliamos a relação entre CC e IMC (gráfico 2). Em estudo realizado com 54 estudantes, com idade entre 17 e 33 anos, no Rio Grande do Sul, Dumith e colaboradores (2009) demonstraram que a %GC aumentava com a circunferência de cintura. Além disso, demonstrou que a relação entre os sexos ocorre de forma diferente. Entre os homens, a CC é mais bem associada com a %GC e entre as mulheres a circunferência de cintura é mais bem associada com o IMC. Porém essa associação não foi vista no nosso estudo, uma vez que a relação de CC, IMC e %GC foi mais significativa entre as mulheres do que em homens, isso pode ser devido à diferença regional com etnias diferentes ou o número pequeno de voluntários no nosso estudo.

Gráfico 4 - Circunferência de cintura (CC) e porcentagem de gordura corporal (%GC) em população jovem não obesa

Relação de CC e %GC segundo gênero feminino (A) e masculino (B).

(26)

5.2 COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E NOx

A população estudada foi classificada segundo os critérios NCEP-ATPIII (2001) e JIS (2009). No gráfico 5, usando critério NCEP-NCEP-ATPIII observamos que dos 48 voluntários participantes avaliados temos 14 (30%) que apresentaram pelo menos 1 componente que predispõe à SM e 34 indivíduos com ausência de componentes da SM. Entretanto, quando aplicamos o critério JIS, que é mais sensível quanto à circunferência de cintura e a glicemia de jejum, observamos que 21 indivíduos da população estudada (44%) apresentam pelo menos 1 componente e 27 tem ausência de qualquer componente da SM. Embora a SM não tenha sido diagnosticada nessa população, esses dados são preocupantes por se tratar de uma população jovem não obesa que já apresenta componentes de SM. A associação da presença dos componentes com o desenvolvimento de SM é bem conhecida. Xu e colaboradores (2013) em estudo realizado com chineses observaram a presença de componentes da SM em indivíduos com obesidade abdominal e seu desenvolvimento a partir do surgimento do segundo componente, além do aumento da circunferência da cintura. Concluíram que o desenvolvimento da síndrome ocorre aproximadamente após 5 anos do surgimento do segundo componente, daí a importância de se avaliar a presença dos componentes precocemente.

Em nosso estudo observamos maior prevalência em pelo menos 1 dos componentes, sendo a circunferência de cintura elevada e HDL-c diminuídos os mais pontuados, importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares (JUÁREZ-LÓPEZ et al., 2010; MEDEIROS et al., 2011; XU et al., 2013). Oliveira e colaboradores (2010) em estudo feito em Alagoas com hipertensos observaram maior prevalência de SM em adultos jovens quando comparados aos idosos. Verificaram também que as mulheres apresentam 2,34 vezes mais chances de desenvolvimento da SM do que os homens. Além disso, observaram maior prevalência de obesidade abdominal e níveis baixos de HDL-c dentre os componentes da SM.

(27)

Gráfico 5 - Prevalência dos componentes que predispõem a Síndrome Metabólica. Comparando os critérios National Cholesterol Education

Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII) e Joint Interim Statement (JIS)

Por outro lado, quando analisamos o número de componentes da SM e sua relação com o nível sérico de NOx não observamos relação significativa entre eles (gráfico 6). Esses resultados podem ser devido ao n pequeno de voluntários no estudo, além de haver poucos indivíduos pontuando para SM e por se tratar de uma população jovem não obesa. Ghasemi e colaboradores (2013) observaram que o aumento dos níveis de NOx está relacionado com o aumento da porcentagem de gordura corporal e obesidade em mulheres.

(28)

Gráfico 6 – Relação do número componentes de Síndrome Metabólica (SM), segundo os diferentes critérios National Cholesterol Education Program - Adult

Treatment Panel III (NCEP-ATPIII) e Joint Interim Statement (JIS) e níveis séricos de

NOx.

No gráfico 7, quando analisamos a frequência dos componentes, adotando o critério NCEP-ATPIII, observamos que níveis baixos de HDL-c predominam na população, enquanto, adotando o critério JIS o componente circunferência da cintura é o que mais pontua, uma vez que o JIS utiliza valores menores para caracterizar a circunferência de cintura quando comparado com o NCEP-ATPIII. Gavrila e colaboradores (2011) demonstraram em seu estudo que a prevalência de SM é maior quando é utilizado o critério de JIS comparado com o NCEP-ATP III, sendo observada maior frequência dos componentes circunferência de cintura elevada e hipertensão. Shalini e colaboradores (2013) observaram também maior prevalência de circunferência de cintura elevada seguido da diminuição do HDL-c em população urbana. Isso confirma com nossos resultados, uma vez que nossos achados foram também a circunferência de cintura elevada pelo critério JIS. Sabe-se que somente a circunferência de cintura não é um bom preditor para caracterizar obesidade, por isso é importante conhecer outras medidas antropométricas como %GC além do IMC para avaliar a composição de GC dos indivíduos. Em nosso estudo avaliamos a %GC, IMC e circunferência de cintura, porém para diagnóstico da SM os critérios utilizam somente a circunferência de cintura.

(29)

Grafico 7 - Frequência de cada componente que predispõem a síndrome metabólica na população estudada (n=48) segundo critérios National Cholesterol Education Program - Adult

Treatment Panel III (NCEP-ATPIII) e Joint Interim Statement

(JIS)

Circunferência da cintura (CC), triglicerídeos (TAG), pressão arterial (PA), glicemia de jejum (GLI) elevados.

Quando analisamos cada componente da SM isoladamente e relacionamos aos níveis séricos de NOx podemos observar uma leve diferença entre as médias de NOx de cada componente, embora não exista diferença significativa entre eles (tabela 3). Dados na literatura sobre tais correlações são escassos. Embora tenhamos observado uma tendência de correlação entre NOx e alguns componentes pode ser que não tenhamos encontrado significância devido ao número pequeno de voluntários e por se tratar de uma população não obesa.

(30)

Tabela 3 - Caracterização dos níveis séricos de NOx em relação aos componentes da síndrome metabólica (SM) segundo National

Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III

(NCEP-ATPIII) e Joint Interim Statement (JIS)

Componentes

da SM

NOx (µM)

CC ♂ NCEP-ATPIII > 102 cm < 102 cm ----(n=0) 23,13 ±14,43 (n=21) JIS ≥ 90 cm < 90 cm 23,74 ± 11,00 (n=5) 22,93 ±16,66 (n=16) CC ♀ NCEP-ATPIII > 88 cm < 88 cm 18,94 ± 2,93 (n=2) 20,69 ± 6,51 (n=21) JIS ≥ 80 cm ≤ 80 cm 20,58 ± 5,00 (n=8) 20,19 ±6,91 (n=20) GLI NCEP-ATPIII ≥ 110 mg /dL < 110 mg /dL ----(n=0) 21,68 ± 10,59 (n=48) JIS ≥ 100 mg /dL < 100 mg /dL 13,48 (n=1) 21,86 ±10,64 (n=47) HDL-c ♂ > 40 mg /dL < 40 mg /dL 24,83 ± 15,45 (n=17) 15,88 ± 5,34 (n=4) HDL-c ♀ > 50 mg /dL < 50 mg /dL 21,19 ± 6,23 (n=23) 16,94 ± 6,24 (n=4) PA SIST ≥ 130 mmHg < 130 mmHg 20,39 ± 11,90 (n=3) 21,77 ±10,64 (n=45) DIAST ≥ 85 mmHg < 85 mmHg 23,55 18± 14,96 (n=2) 21,60 ±10,59 (n=46) TAG ≥ 150 mg /dL <150 mg /dL 19,96 ± 6,49 ( n=2) 21,76 ±10,78 (n=46)

Nota: Os valores representam a média ± desvio padrão.

Circunferência da cintura (CC), triglicerídeos (TAG), pressão arterial (PA), glicemia de jejum (GLI).

(31)

5.3 NOx, ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, PORCENTAGEM DE

GORDURA CORPORAL E IDADE

Na tabela 4, podemos observar os níveis sérico de NOx em relação ao IMC e %GC. Apesar de visualizarmos uma pequena diferença entre as médias de NOx dos indivíduos eutróficos e com sobrepeso e também em indivíduos com elevada porcentagem de gordura quando comparados à indivíduos com baixa porcentagem de gordura corporal, essas relações não foram significativas. Embora existam estudos que demonstram relações não significativas dos níveis de NOx com IMC, aumento da porcentagem de gordura corporal e obesidade em mulheres tais estudos são contraditórios.

Tabela 4 – Caracterização dos níveis séricos de NOx em relação ao IMC e % GC

NOx (µM)

IMC

Baixo Peso

16,01 ± 5,44

(n=3)

Eutrófico

21,16 ± 10,77

(n=31)

Sobrepeso

24,06 ± 10,92

(n=14)

% GC

Acima da Média

21,14 ± 8,21

(n=40)

Abaixo da Média

24,41 ± 19,18

(n=8)

Índice de Massa Corporal (IMC), Porcentagem de Gordura Corporal (%GC).

Ghasemi e colaboradores (2013) observaram que o aumento de níveis de NOx está relacionado com obesidade e IMC em mulheres, acreditam-se que esse aumento ocorre da estimulação de NO pelas citocinas relacionadas com excesso de peso que induz a produção de iNOS. Além disso, sugere que esse aumento pode se dar através de compensação contra as mudanças relacionadas a obesidade. Por outro lado, Di Renzo e colaboradores (2010) observaram uma diminuição nos níveis de NOx em indivíduos obesos quando

(32)

comparados ao indivíduos de peso normal. Acredita-se que essa diminuição deve-se ao aumento do estresse oxidativo, além da disfunção endotelial em indivíduos obesos.

Em nosso estudo observamos uma contradição quando observamos os níveis de NOx. Em indivíduos com sobrepeso há um aumento nos níveis de NOx quando comparados ao indivíduos eutróficos, entretanto, quando observamos a porcentagem de gordura, há um pequeno aumento dos níveis séricos de NOx em indivíduos com baixa porcentagem de gordura quando comparamos com aqueles com alta porcentagem de gordura corporal. Por ser tratar de uma população jovem não obesa, nossos resultados estão de acordo com o estudo de Di Renzo, pois mostraram uma diminuição nos níveis séricos de NOx quando comparado com o aumento da %GC nos estudantes.

Na população estudada observamos no gráfico 8 uma correlação positiva, porém fraca entre NOx e idade. Apesar da correlação positiva podemos observar pequena tendência ascendente de aumento da concentração de NOx com o aumento da idade no nosso estudo.

Gráfico 8 - Correlação entre concentração de NOx e idade dentre os 48 voluntários

(33)

Ghasemi e colaboradores (2013) observaram também um aumento dos níveis de NOx em relação ao aumento da idade em indivíduos saudáveis. Sua análise gerou valores de referencia para cada década. Como nossa população tem idade média de 23,06±2,82 era de se esperar que fosse observado um aumento do nível de NOx com o aumento da idade. Porém nessa faixa etária e em indivíduos saudáveis não seria significativo. A presença de mais fatores da SM e mesmo obesidade provavelmente alterariam os resultados.

5.4 CORRELAÇÃO ENTRE IMC E PRESSÃO ARTERIAL

SISTÓLICA

A relação entre IMC e pressão arterial sistólica (gráfico 9) também se apresentou fracamente positiva, porém quando analisada separadamente por sexo não houve correlação (dados não mostrados). Por outro lado, quando agrupamos os indivíduos eutróficos, baixo peso e sobrepeso, observamos diferença significativa da pressão arterial em indivíduos com sobrepeso comparado com aqueles indivíduos com IMC normal, gráfico 10. Converso e colaboradores (2009) mostraram que há relação positiva entre pressão arterial e IMC. Peixoto e colaboradores (2006) observaram em seu estudo a prevalência de hipertensos entre indivíduos eutróficos e obesos, sendo maior a prevalência em indivíduos obesos. Segundo Converso e colaboradores (2009) mulheres com sobrepeso ou obesidade apresentam pressão arterial aumentada e o excesso de gordura pode estar relacionado com a hipertensão arterial. Esses resultados não foram observados em nosso estudo, apesar de haver mulheres com sobrepeso, não há nenhuma com obesidade e com hipertensão. Entretanto, podemos observar uma pequena tendência na população em relação ao aumento da pressão arterial relacionado ao IMC.

(34)

Gráfico 9 – Relação de pressão arterial e IMC na população estudada (n=48) y = 1,397x + 80,96 R² = 0,172 88,00 98,00 108,00 118,00 128,00 138,00 148,00 17,00 19,00 21,00 23,00 25,00 27,00 29,00 PR ESSÃ O A R T ER IA L SI ST Ó L IC A (m m H g )

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (kg/m2)

Gráfico 10 – Box plot da relação de pressão arterial com IMC separadamente

(35)

6 CONCLUSÃO

A partir dos nossos estudos podemos concluir que o elevado %GC encontrado em 80% dos indivíduos com IMC normal, pode levar ao risco de desenvolver doenças relacionadas à obesidade. Apesar de a obesidade ser bem caracterizada são necessários índices e parâmetros para diagnosticá-la, além do IMC e o aumento da circunferência de cintura.

Estudos de prevalência dos componentes da SM são importantes para diagnóstico precoce, uma vez que a presença de pelo menos um fator está associado ao desenvolvimento da SM.

Além disso, a correlação de NOx com os componentes da SM não foram significativas em nosso estudo, mostrando que os níveis de NOx provavelmente não é um marcador precoce para SM, fazendo-se necessários mais estudos sobre essa correlação.

(36)

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(42)

APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Dados de Identificação

Título do Projeto: “Prevalência dos Fatores Desencadeantes de Síndrome Metabólica em Estudantes Universitários”

Pesquisador Responsável: Profa. Dra. Patricia de Fátima Lopes de Andrade

Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Universidade Federal Fluminense

Nome do voluntário: _________________________________________________ Idade: _________ anos

R.G.: ________________________

Telefone para contato: ______________ /_________________

O(A) Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa “Prevalência dos Fatores Desencadeantes de Síndrome Metabólica em Estudantes Universitários”, sob responsabilidade da pesquisadora : Profa. Dra. Patricia de Fátima Lopes de Andrade, do Departamento de Patologia da UFF.

Este projeto tem como principal objetivo analisar a prevalência dos fatores que predispõem ao desenvolvimento da Síndrome Metabólica em estudantes universitários ingressantes do curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), guiando esforços preliminares de prevenção no intuito de identificar os distúrbios metabólicos que estão associados aos maus hábitos alimentares e sedentarismo. Como objetivo secundário, dependendo dos resultados obtidos, realizar trabalhos de prevenção e conscientização sobre os riscos inerentes.

Os dados sobre peso, altura e gordura corporal serão coletados, de forma indolor, com trajes adequados para a coleta. A aplicação de questionários baseia-se em perguntas sobre hábitos alimentares, consumo de tabaco e álcool e atividade física, com duração de cerca de 30min. As amostras de sangue e aferição da pressão arterial serão coletadas antes do questionário conforme os procedimentos rotineiros. O exame de sangue será feito após jejum de 12 horas. Os riscos são aqueles comuns ao procedimento padrão de coleta de sangue, onde a retirada do sangue pode levar ao surgimento de hematomas (manchas roxas) no local da picada. O aparecimento

(43)

destes hematomas serão minimizados pois a coleta será realizada por profissional bem treinados.

O voluntário participará por sua própria vontade, sem receber qualquer incentivo financeiro ou ter qualquer ônus e com finalidade exclusiva de colaborar para o sucesso da pesquisa. As informações oferecidas pelo voluntário estão submetidas às normas éticas destinadas a pesquisa envolvendo seres humanos. O acesso à análise dos dados será feita apenas pelos pesquisadores envolvidos e orientador. O voluntário poderá se retirar dessa pesquisa a qualquer momento, sem prejuízo para seu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos.

Para maiores esclarecimentos sobre o procedimento, riscos, benefícios ou outros assuntos relacionados à pesquisa, deve-se procurar os responsáveis pela pesquisa: a professora orientadora: Profa. Dra. Patricia de Fátima Lopes de Andrade, e os professores colaboradores da Faculdade de Medicina da UFF, Analúcia Rampazzo Xavier, Luciene de Carvalho Cardoso, Salim Kanaan .”

O voluntário receberá uma cópia assinada do Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento.

Niterói, _____ de _______________________ de 2013.

_____________________________________________________________

Nome e Assinatura do paciente ou seu responsável legal

_______________________________________________________________

Testemunha

_______________________________________________________________

Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento

(44)

APÊNDICE II

I - IDENTIFICAÇÃO:

Nome:... Sexo: ( ) M ( ) F Data de Nasc.: ( .../.../... ) Idade: ... anos Data da avaliação: (

(.../.../... )

Endereço residencial:... Telefones: E-mail:...

II - AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:

1. História Clínica

Tabagista: ( ) Sim ( ) Não / Desde quando: ... Quanto: ... Atividade física: ( ) Sedentário ( ) Praticante

Se praticante: tipo de atividade: ... Duração: ... minutos, ... x / semana. História pregressa de hipertensão: ( ) Sim ( ) Não

diabetes: ( ) Sim ( ) Não

diabetes gestacional: ( ) Sim ( ) Não doença arterial coronariana: ( ) Sim ( ) Não acidente vascular encefálico: ( ) Sim ( ) Não síndrome de ovários policísticos: ( ) Sim ( ) Não doença hepática gordura não alcoólica: ( ) Sim ( ) Não hiperuricemia: ( ) Sim ( ) Não

História familiar de hipertensão: ( ) Sim ( ) Não diabetes: ( ) Sim ( ) Não

doença cardiovascular: ( ) Sim ( ) Não

Uso de medicamentos hiperglicemiantes (corticosteroides, betabloqueadores, diuréticos): ( ) Sim ( ) Não

2. História Dietética

Refeições do dia: ( ) Café da manhã ( ) Colação ( ) Almoço ( ) Lanche da tarde ( ) Jantar ( ) Ceia

Preferências alimentares: ... Intolerâncias ou alergias alimentares: ...

(45)

Aversões alimentares: ...

Abuso de alimentação noturna: ( ) Não ( ) Sim Tipos de alimentos: ... Ingestão de Sal: ( ) Normal ( ) Alta ( ) Baixa / Usa Temperos Prontos: ( ) Não ( ) Sim

Gordura Utilizada: ( ) Vegetal ...Animal ... Quantidade de latas de óleo no mês: ... (Nº de pessoas: ...) Ingestão de água (em copos): ( ) < 02 ( ) 02 a 04 ( ) 05 a 06 ( ) 07 a 08 ( ) > 08 Bebe algum líquido no lugar da água? ( ) Não ( ) Sim

Tipo de bebida: ( ) Suco ( ) Chá ( ) Refrigerante ( ) Outro ... Ingestão de líquido junto com as principais refeições: ( ) Não ( ) Sim ... Tipo de bebida: ( ) Suco ( ) Água ( ) Refrigerante ( ) Outro ...

2.1 Recordatório Alimentar de 24 horas

Alimento Quantidade

Café da Manhã

Lanche da Manhã

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Lanche da Tarde

Jantar

Referências

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