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O Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Arrozal, no município de Piraí-RJ, na busca pela efetividade no atendimento às famílias

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

1 O Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Arrozal, no município de

Piraí-RJ, na busca pela efetividade no atendimento às famílias.

Anderson Monteze– andersonmonteze@hotmail.com – UFF/ICHS

Resumo

Este trabalho apresentará os Centros de Referência de Assistência Social do município de Piraí – RJ e buscará compreender, através de pesquisa bibliográfica e de campo, as peculiaridades do CRAS Arrozal, particularmente. Comparando suas realidades e deficiências com a proposta apresentada pelo Governo Federal quando da criação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), verificar-se-á se efetivamente atende às necessidades das famílias vulneráveis. Um estudo sobre os aspectos que definem o CRAS como uma ferramenta de inclusão social, suas atribuições e as responsabilidades de entes e de agentes públicos, permitirá identificar em quais pontos específicos existem impedimentos para que isso ocorra. Finalmente, serão apresentadas sugestões baseadas em teorias da Administração Pública para que o atendimento às famílias tenha maior efetividade.

Palavras-chave: Assistência Social; família; efetividade.

1- Introdução

A Assistência Social no Brasil é resultado de uma evolução histórica e cultural. Desde a colonização é possível verificar traços assistencialistas nas relações entre aqueles que detêm o poder e pessoas que se encontram em algum tipo de situação socialmente vulnerável. Por muitas vezes, essas relações acabavam criando laços de dependência dos vulneráveis.

Com o passar do tempo e especialmente depois da Constituição Federal de 1988, a Assistência Social deixa para trás o caráter assistencialista, de caridade, e passa a ser vista como um direito de todos os cidadãos e um dever do Estado. Neste sentido, a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) foi aprovada em 1993 para regulamentar os artigos da Constituição Federal acerca do tema. Dez anos depois, em 2003, foi criado o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) com dois eixos estruturantes bem definidos: benefícios e serviços.

O papel e as obrigações do município foram definidos e esses passaram a ter que criar conselhos, planos e fundos de assistência social para terem acesso aos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) figura nesse cenário como um espaço físico estruturado para garantir, às famílias que vivem em território de vulnerabilidade ou de risco social, acesso às políticas públicas de assistência social. A família é o núcleo fundamental, assim sendo, o CRAS procura manter ações preventivas de manutenção dos laços familiares. O território é aspecto de grande importância tanto para implantação do CRAS quanto para definições da abrangência de sua atuação.

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2 O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) define claramente quais são os critérios para a instalação, providências para a implantação, condições de funcionamento, capacidade de atendimento às famílias, quantidade de CRAS por município, horário de funcionamento, as características das equipes de atendimento e das instalações do CRAS, dentre outros.

Toda essa estrutura legislativa, administrativa, física e de pessoas deve ser empregada no sentido de garantir o acesso de todas as pessoas às políticas públicas de assistência social. No entanto, é preciso verificar se realmente isso ocorre e se o discurso de ter a garantir de acesso faz com que as famílias de Arrozal tenham suas necessidades sociais atendidas ao ponto de tornar a vida delas melhor.

A escolha desse tema deve-se a importância local da atuação do Estado ao implantar política públicas efetiva de assistência social. As famílias referenciadas pelo CRAS Arrozal carecem serem assistidas pela política pública de Assistência Social que é muito mais abrangente que os programas de distribuição de renda, que têm papel importante na inclusão dessas famílias na sociedade economicamente ativa, porém é uma especificidade que precisa ser tratada à parte por equipe específica. A criação do serviço de cadastro é necessária para desonerar o CRAS e possibilitar o aumento de sua capacidade e consequentemente de sua efetividade.

Procura-se com esta pesquisa, identificar no CRAS Arrozal (3º distrito do município de Piraí - RJ), o acúmulo de atribuições entre os agentes do centro pode estar contribuindo para que essa efetividade no atendimento às famílias não seja alcançada da forma que se pretende. Diante disso, partindo do conhecimento da política pública de assistência social do Governo Federal, como ela é descentralizada para os municípios e como esses assumem e executam suas atribuições, tem-se por objetivo geral desse trabalho levantar hipóteses relacionadas às diversas visões da assistência pública no Brasil, como instrumento de inclusão ou de dominação social.

Para que seja possível alcançar esse objetivo geral, o município de Piraí, no estado do Rio de Janeiro, será apresentado com os CRAS's lá existentes e suas respectivas abrangências territoriais. E então, os objetivos específicos serão conhecer a realidade do CRAS Arrozal e apontar soluções para sanar as deficiências administrativas que podem influenciar diretamente no atendimento às famílias vulneráveis sob responsabilidade desse centro, tendo em vista que o acúmulo de tarefas desempenhadas pelos agentes pode ser uma causa de baixa efetividade no atendimento.

Serão analisadas as políticas públicas de assistência social implantadas no país e as responsabilidades dos municípios e de seus agentes, com base em documentos publicados pelo Governo Federal, inciando-se pela Constituição Federal, leis específicas e outras publicações. O confronto dessa análise com pesquisas bibliográfica e de campo permitirá uma visão crítica da realidade do CRAS. A apresentação do CRAS Arrozal, especificamente, um dos CRA's de Piraí será subsídio para entender como é feita a distribuição de tarefas nesse centro e também possibilitará a apresentação de proposta de plano de trabalho para que haja maior efetividade no atendimento das famílias em situação de vulnerabilidade, considerando que tal eficiência pode estar sendo prejudicado pelo acúmulo de tarefas impostas à equipe desse CRAS.

Será realizada coleta de dados, para pesquisa no CRAS Arrozal, através de entrevista do coordenador da instituição, para identificar os problemas que a equipe enfrenta diariamente.

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3 2 - Apresentação do Caso

Arrozal é distrito de Piraí - RJ e por isso, para iniciar o estudo, faz-se necessário uma breve apresentação do município.

2.1 - O Município de Piraí

O município de Piraí pertence ao estado do Rio de Janeiro e está localizado numa microrregião denominada Vale do Paraíba Fluminense, delimitado pela Serra do Mar e pela Serra da Mantiqueira. Sua maior referência geográfica é o Rio Piraí. Tem território de 505,375

km2 e população estimada em 27.579 habitantes (IBGE, 2014).

Figura 1 – Mapa do Município de Piraí

Fonte: AR – Agência Rio de Notícias

De acordo com o IBGE, a densidade demográfica do município de Piraí é de 52,07

hab/km2, enquanto a do estado do Rio de Janeiro é de 365,2 hab/km². Percebe-se uma grande

diferença que resulta em vazios demográficos no interior do município. Piraí possui um centro comercial e administrativo, onde se concentra a maioria da população e áreas de povoamento

que se situam afastadas desse centro. Administrativamente ésubdividido nos distritos de Piraí

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4 2.1.1- A Assistência Social em Piraí

O quadro abaixo mostra como a administração municipal fez a divisão territorial do município de Piraí para que os CRAS's possam desempenhar seu papel.

Quadro 1- Áreas de Abrangência dos CRAS em Piraí

ÁREAS TERRITÓRIOS Área 1 Território 1 Arrozal Território 2 Varjão Território 3 Jaqueira Área 2 Território 1 Asilo

Território 2 Centro, Capelinha, Fazenda Brasil, Nova Esperança e Vale Verde

Território 3 Country, 4 de Abril, KM 03 e Santa Tereza

Área 3

Território 1 Casa Amarela, Sossego I e II e Vila das Palmeiras

Território 2 Prefeitura, Cruzeiro e Sarole

Área 4

Território 1 Ponte das Laranjeiras, Enseada das Garças, Toca do Lobo e Ponte de Cimento

Território 2 Rosa Machado e Sanatório da Serra

Território 3 Santanésia, Fazendinha e Tomazes

Área 5

Território 1 Ribeirão das Lajes, Lambari e Rocinha

Território 2 Caiçara e Serra das Araras

Território 3 Cacaria e Serra do Matoso

Fonte: Prefeitura Municipal de Piraí (Secretaria Municipal de Assistência Social).

A Prefeitura Municipal de Piraí conta no seu organograma com uma secretaria voltada para o desenvolvimento da Política de Assistência Social através do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), é a Secretaria Municipal de Assistência Social.

A Rede de Serviços Socioassistenciais é composta por cinco áreas e cada uma delas é subdividida em dois ou três territórios. Existem apenas dois Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) em todo o município (Disponível em: <http:// www.pirai.rj.gov.br/ administracaoespecifica> Acesso em 28 ago 2015).

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5 O mapa seguir demonstra Rede de Serviços Socioassistenciais e áreas e territórios de abrangência de CRAS no Município de Piraí:

Figura 2 - Mapa da Rede de Serviços Socioassistenciais do Município de Piraí

Fonte: Prefeitura Municipal de Piraí (Secretaria Municipal de Assistência Social).

Conforme pode ser observado no material divulgado pela Prefeitura de Piraí, existem duas áreas (área 4 e área 5) que não têm cobertura de CRAS. Isso obriga as famílias a fazerem um longo deslocamento até o centro da cidade onde está instalado o CRAS Piraí, que acumula o atendimento com as áreas 2 e 3.

Além dos CRAS, a Rede de Serviços Socioassistenciais de Piraí também conta com um Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS); Unidade de Acolhimento Casa Abrigo, responsável pelo atendimento de todo município, nos casos de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar. O município conta também com o Gestor do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família.

A prefeitura afirma possuir uma relação de Benefícios Eventuais que são mantidos com recursos próprios do município. São eles: passe livre municipal para deficientes, passe livre municipal para gestantes, distribuição de casas populares por programas habitacionais,

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6 Programa Bolsa Aluguel Social. Além de interlocução com os programas do Governo Federal através do Gestor Municipal do Cadastro Único.

Também possui conselhos municipais importantes para a interação da população com os serviços públicos. São eles: Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDIM), Conselho Municipal do Idoso (CMI), Conselho Municipal de Pessoas Portadoras de Deficiência (CMPPD), Conselho Municipal de Segurança Alimentar (CMSA) e Conselho Municipal Antidrogas (COMADPI) e o Conselho Tutelar, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente (Disponível em: <http:// www.pirai.rj.gov.br/administracaoespecifica> Acesso em 28 ago 2015).

2.2 - O CRAS Arrozal

O Centro de Referência em Assistência Social “Arrozal” fica localizado na Rua Theodora Barbosa Ribeiro, 61, Arrozal, Piraí-RJ. Como visto, tem uma área de responsabilidade composta por três territórios (Arrozal, Varjão e Jaqueira). A equipe de atendimento do CRAS Arrozal é formada por um coordenador com formação superior em Assistência Social, o Sr.° Ailton da Silva Carvalho, 02 (dois) psicólogos, 02 (dois) assistentes sociais, uma equipe administrativa e outra de apoio. Não possui educadores sociais.

A equipe tem sua capacidade de prestação de serviço de Assistência Social reduzida em razão de acumular a atribuição de inscrição de famílias no Cadastro Único e atendimento do Programa Bolsa Família. Este problema é gerado pela ausência de equipe específica para a realização dessas atividades.

Em entrevista ao coordenador do CRAS Arrozal foi possível identificar um problema que está trazendo uma sobrecarga de trabalho para a equipe de atendimento e ao mesmo tempo inviabilizando a maior efetividade no atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade.

Não há, no município de Piraí, uma estrutura (equipe, espaço físico, equipamentos, veículos, etc) exclusivamente dedicada ao atendimento das famílias com perfil para o Programa Bolsa Família.

O Gestor Municipal do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família, com o auxílio de um estagiário, faz visitas periódicas ao CRAS com a finalidade de fazer atendimentos que necessitam de acesso ao sistema do MDS, pois é necessário que o usuário do sistema tenha senha de acesso para a inserção de dados das famílias com perfil para os programas do Governo Federal, especialmente o Bolsa Família.

No entanto, ordinariamente, o atendimento às famílias é feito mesmo sem a presença do Gestor Municipal no CRAS, pois o horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00 horas, ou seja, período integral durante toda a semana. Nesse caso, o coordenador do CRAS designa um servidor administrativo para realizar as entrevistas com as famílias candidatas ao benefício e o preenchimento de um caderno de cadastro que futuramente é entregue ao Gestor Municipal para que esse faça a inclusão no sistema do MDS.

Segundo relatou o coordenador do CRAS Arrozal, além da entrevista e preenchimento do caderno de cadastro, a equipe de atendimento do CRAS recebe diariamente famílias que procuram resolver algum problema especificamente relacionado ao benefício Bolsa Família, como bloqueio, suspensão e outros que necessitam de dedicação de tempo para que essas famílias sejam devidamente atendidas (CARVALHO, 2015).

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7 Essa sobrecarga de tarefas da equipe de atendimento gera um problema com duas vertentes importantes: por um lado o atendimento e acompanhamento às famílias beneficiárias do PBF não são realizados de acordo com os critérios estabelecidos pelo MDS e por outro os trabalhos ligados diretamente à Assistência Social de famílias em situação de vulnerabilidade também são realizados de forma menos eficiente.

A equipe de atendimento do CRAS não tem as atribuições definidas pelo Programa Bolsa Família e nem é competente para sanar a maior parte dos problemas apresentados pelas famílias beneficiadas. No entanto, é a única referência de assistência social para essas famílias, o que gera um conflito de conceitos entre o entendimento da população e as reais atribuições do CRAS.

As características geográficas e demográficas do município demonstram que o usuário dos benefícios da Rede de Serviços Socioassistenciais de Piraí muitas vezes precisam se deslocar para receber o atendimento no CRAS. Foi relatado pelo coordenador do CRAS Piraí que o transporte público não é eficiente para a aproximação das famílias aos serviços públicos.

Somadas as atribuições do Gestor Municipal aos aspectos apresentados, verifica-se que para que as famílias em situação de vulnerabilidade sob a responsabilidades do CRAS sejam atendidas conforme os critérios do SUS e para que as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família sejam acompanhadas segundo o que determina o MDS, é necessária a criação de estrutura específica para este fim. Composta por pessoal capacitado, espaço físico adequado, equipamentos e veículos que possibilitassem o deslocamento da equipe às residências das famílias com dificuldade de locomoção.

Essa estrutura daria ao Gestor Municipal as condições para o cumprimento de suas atribuições, em especial a de coordenar a relação entre as secretarias municipais de assistência social, educação e saúde. E acompanhar verdadeiramente as condicionalidades das famílias beneficiárias nessas três áreas. Esse acompanhamento poderia concretizar o conceito moderno da Assistência Social, afastando o assistencialismo e oferecendo às famílias possibilidades de crescimento socioeconômico para que um dia não seja mais necessário receber tais benefícios do Governo Federal.

2.2.1 - O Programa Bolsa Família (PBF) e o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único)

Para que as famílias em condições de vulnerabilidade tenham acesso aos programas sociais do Governo Federal, como o PBF, por exemplo, necessariamente devem estar incluídas no Cadastro Único. Porém, a simples inclusão ainda não garante o acesso aos programas e o recebimento de benefícios. É feita uma seleção dessas famílias, que determinará aquelas que realmente têm esse direito de acordo com os critérios estabelecidos pelo Governo Federal.

O município é responsável por registrar e manter atualizadas as informações das famílias no Cadastro Único. Para que isso seja viabilizado, o Prefeito precisa designar um Gestor Municipal que será responsável pela coordenação das atividades do Cadastro Único e do PBF no município.

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8 Com a conclusão desse projeto, espera-se que o CRAS Arrozal seja capaz de exercer suas atribuições de maneira a resgatar a dignidade das famílias assistidas por meio da política de Assistência Social.

A matriz SWOT servirá como base para o projeto, as análises dos ambientes interno e externo, com os pontos fortes e pontos fracos, suas oportunidades e ameaças, será feita com referências colhidas das informações que foram disponibilizadas durante o estudo de caso desse relatório.

2.4 - Plano de Ação Resumido do Projeto: Definição das Atividades e Estimativa de Prazos Para demonstrar as atividades a serem realizadas, com suas respectivas estimativas de prazo e a prioridade de execução de cada atividade para a criação do caminho crítico, será utilizado o diagrama de Gantt.

Quadro 2 - Gráfico de Gantt: Serviço de Cadastro e Acompanhamento

Or de m Atividade P re ce dê n cia Dur aç ão Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1 Autorização do sec. de assistência social - 2 2 Reunião com especialistas 1 1 3 Estudo jurídico da proposta 2 1 4 Aprovação do Conselho de Assistência Social 3 2 5 Apreciação pela Câmera de Vereadores 4 2

6 Envio e apreciação pelo prefeito 5 2 7 Alocação de recursos orçam. e financeiros 6 4 8 Definição do local de funcionamento 6 2 9 Empenho de materiais 8 1 10 Seleção e capacitação do pessoal 6 4 11 Recebimento de materiais 9 1 12 Montagem dos 11 2

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equipamentos

Fonte: Adaptado de Carvalho (2011)

Obviamente que cada uma dessas atividades sugere sub atividades relacionadas que deverão ser pormenorizadas pelo gestor responsável pelo projeto, que poderá ser o próprio Gestor Municipal do Cadastro Único. Caberá também ao gestor definir os custos do projeto, definidos em cada atividade, verificar as possibilidades de aproveitamento de estruturas físicas existentes e de equipamentos que possam ser relocados. Inclusive a seleção do pessoal poderá ser feita internamente para que o processo seja mais célere.

O monitoramento e a avaliação do projeto deverão ser feitos, pelo Gestor Municipal, em todas as suas fases, desde o planejamento até a conclusão, para que possam ser sugeridas mudanças e ajustes necessários.

3 - Referencial Teórico

A Constituição Federal de 1988 trata a assistência social como um direito de todos e um dever do Estado e traz alguns artigos importantes que inserem o assunto no regulamento jurídico brasileiro. A previsão constitucional ampara as pessoas que estão em situação de maior vulnerabilidade. O objetivo desse direito vai além de promover uma vida digna a essas pessoas, buscando também a reintegração na sociedade para que, em um tempo determinado, elas sejam capazes de seguir suas vidas independentes da assistência.

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988).

Para regulamentar esse e outros artigos específicos sobre assistência social foi publicada, em 07 de dezembro de 1993, a Lei Orgânica de Assistência Social e em 06 de julho de 2011, a Lei do Sistema Único de Assistência Social altera a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e cria o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Com essa lei, os objetivos da assistência social são regulamentados. Nela a questão territorial começa a ser tratada como importante fator de influência na vida das famílias.

Art. 2º A assistência social tem por objetivos:

I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;

d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e

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e) a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;

III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.

Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais (Lei n.° 12.435/11, que dispõe sobre a organização da Assistência Social. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/ lei/l12435.htm> Acesso em 15 jun 2015).

O livro Gestão do Trabalho e Educação Permanente do SUAS em Pauta auxiliou na compreensão teórico-prática das atividades dos CRAS nos municípios perante as famílias em situação de vulnerabilidade. O material trata do forma muito clara da estruturação dos Centros de Referência em Assistência Social, reforçando a ideia territorial de seu funcionamento (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Sistema Único de Assistência Social. Gestão do Trabalho e Educação Permanente do Suas em Pauta. Brasília: Secretaria Nacional de Assistência Social, 2014).

O CRAS é a unidade pública estatal, que possui execução descentralizada, distribuído nos municípios e no Distrito Federal, em regiões com maior concentração de famílias vulneráveis socialmente. A composição da equipe interdisciplinar é estabelecida pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS). Cabe ao CRAS a identificação de famílias que precisam ser assistidas. A equipe é responsável pela inclusão dessas famílias no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CRUS et al, 2014).

O MDS contém informações detalhadas a respeito do CRAS e define cada ação desde a instalação até a atuação de pessoal especializado dentro de cada nível do conhecimento. Segundo Toniato et al (2010), o CRAS pode proporcionar auxilio para as famílias que se encontram em situações de precariedade social, tendo em vista que o CRAS é uma porta de entrada para solucionar problemas através de análise da história de vida, fazendo com que a família possa compreender sua própria realidade e detectar a origem do problema, para que se conscientizem de que podem melhorar, se houver empenho para um futuro melhor.

Depois de desenvolver um trabalho didaticamente explicativo, Costa et al (2010) mencionam a questão territorial do CRAS e a importância da implantação dos centros em locais de fácil acesso à população, pois é exatamente essas famílias que mais necessitam dos serviços do transporte público. E se esses serviços são precários, a aproximação a outros serviços públicos, através do CRAS, será prejudicada.

O território é também o terreno das políticas públicas, onde se concretizam as manifestações da questão social e se criam os tencionamentos e as possibilidades para seu enfrentamento (COUTO et al, 2010).

No entanto, existe controvérsia sobre o assunto. A maioria dos autores é a favor do CRAS, porém, não é um assunto pacificado. Diferentemente da maioria dos autores pesquisados, existe a tese que apresenta uma visão política bastante crítica dos CRAS. Os

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11 centros de referência, que são vistos como uma possibilidade de acesso aos serviços públicos, neste artigo são observados por outro ângulo. É possível fazer um contraponto, uma vez que surge o conceito de que são na verdade ferramentas que possibilitam a manutenção das famílias nas situações em que se encontram. A utilização dos CRAS vem gerindo e mantendo a miséria, visto que as práticas  da  Assistência  Social atualmente “vêm sendo utilizada para sustentar a miséria, com profissionais que atuam na manutenção do mínimo  necessário  a  sobrevivência  da  miséria” (OLIVEIRA et al, 2013, p. 64).

Para que seja possível fazer uma interligação entre os trabalhos teóricos desenvolvidos pelos autores citados neste estudo e os conceitos formulados pelo Governo Federal que nortearão as responsabilidades dos entes públicos, principalmente os municipais e seus agentes; serão citados esses conceitos de acordo com as respectivas publicações. O sítio do MDS, conceitua o Cadastro Único.

O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, entendidas como aquelas que têm renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa; ou renda mensal total de até três salários mínimos.

O Governo Federal, por meio de um sistema informatizado, consolida os dados coletados no Cadastro Único. A partir daí, o poder público pode formular e implementar políticas específicas, que contribuem para a redução das vulnerabilidades sociais a que essas famílias estão expostas.

O Cadastro Único é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), devendo ser obrigatoriamente utilizado para seleção de beneficiários de programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família (Disponível em: <http://www.mds.gov.br> Acesso em 12 jun 2015).

O sitio do MDS faz referência detalhada ao Programa Bolsa Família, e define que “é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país”. Três eixos são as bases que sustentam o Bolsa família, que são:

- a transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza;

- as condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social;

- e as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade (Disponível em: <http://www.mds.gov.br> Acesso em 12 jun 2015).

Para que as famílias que possuem o perfil de vulnerabilidade sejam incluídas no Cadastro Único e cadastradas no Programa Bolsa Família, é exigido ao prefeito que indique um Gestor Municipal. Ele tem suas atribuições definidas pelo MDS, dentre outras:

São atribuições do Gestor Municipal:

- assumir a interlocução entre a prefeitura, o MDS e o estado para a implementação do Bolsa Família e do Cadastro Único. Por isso, o Gestor deve ter poder de decisão, de mobilização de outras instituições e de articulação entre as áreas envolvidas na operação do Programa;

- coordenar a relação entre as secretarias de assistência social, educação e saúde para o acompanhamento dos beneficiários do Bolsa Família e a verificação das condicionalidades;

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- assumir a interlocução, em nome do município, com os membros da Instância de Controle Social do município, garantindo a eles o acompanhamento e a fiscalização das ações do Programa na comunidade;

- coordenar a interlocução com outras secretarias e órgãos vinculados ao próprio governo municipal, do estado e do Governo Federal e, ainda, com entidades não governamentais, com o objetivo de facilitar a implementação de programas complementares para as famílias beneficiárias do Bolsa Família (Disponível em: <http://www.mds.gov.br> Acesso em 12 jun 2015).

Resta então verificado que o conceito de assistência social é muito mais amplo que um programa de transferência de renda. O primeiro remete ao objetivo de aproximar as famílias em situação de vulnerabilidade aos seus direitos, para que a inclusão social seja real e efetiva. Enquanto o segundo trata-se de programa destinado a corrigir falhas na distribuição de renda tão somente. De acordo com Costa el al (2010) a proteção social tem por princípios: a matricialidade sociofamiliar; territorialização; a proteção pró-ativa; a integração à seguridade social e a integração às políticas sociais e econômicas.

Assim, verifica-se uma aproximação muito grande com programas de distribuição de renda, porém no sentido de que esses podem estar inseridos nas políticas públicas de assistência social e não igualados ou confundidos de forma simplista e equivocada. Estas distinções devem ser muito claras tanto para os agentes quanto para o público atendido no CRAS. Pois faz parte da política de assistência social a conscientização das famílias e dos indivíduos de são cidadãos e de que têm tanto direito aos serviços públicos e a uma vida digna quanto aqueles que não são assistidos (TEIXEIRA, 2011).

Ações concretas e visíveis por todos são essenciais nesse processo. Inclusive o engajamento dos administradores públicos para que projetos locais sejam implementados no sentido de viabilizar as políticas de assistência social. Gimenez (2006) destaca que a gestão pública tem por finalidade o planejamento democrático dos serviços para a prestação dos mesmos com qualidade, com objetivo de atendimento às demandas que lhes são requeridas pela sociedade, visando garantir a cidadania e a dignidade da pessoa humana (PEREIRA, 2011).

Todo programa, projeto ou ação da administração pública exige um planejamento para que os objetivos sejam atingidos de forma eficaz, eficiente e efetiva. Um dos componentes de todo plano é a definição dos recursos necessários para colocá-lo em prática. A gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros deve ser aliada na política de Assistência Social. A institucionalização do Sistema Único de Assistência Social é um avanço considerável na gestão e financiamento da política de Assistência Social. No entanto, os gestores para o financiamento possui muitos desafios, tendo em vista a fragilidade da gestão, planejamento e financiamento público, pois implica diretamente na perda de espaços políticos e recursos. Esse é um ponto muito importante que reafirmam as teses contra esse movimento, sendo que expressões como “práticas de cunho assistencialistas” ou “fisiologistas” dão uma conotação pejorativa a política de Assistência Social (MADEIRO, 2013).

Dois problemas importantes foram identificados durante o estudo do caso do CRAS Arrozal, que podem ter influência direta na efetividade no atendimento às famílias. Um diz respeito a questão territorial, quando se percebe a dificuldade da aproximação das famílias aos centros de referências em razão das deficiências no transporte público. Outro é a ausência de equipe especialmente definida para o cadastramento e acompanhamento de famílias ligadas ao Cadastro Único e ao Bolsa Família para que a equipe do CRAS possa realizar as atribuições

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13 voltadas para o conceito mais amplo da Assistência Social. No próximo capítulo será apresentado um plano de ação para tratar o problema apresentado.

4 - Plano de Ação

Nesse plano de ação será abordado somente o segundo problemas, na tentativa de estabelecer uma solução viável com a formação de equipe de cadastro e acompanhamento, definição de espaço físico para o atendimento e dos recursos materiais necessários, incluindo os móveis, equipamentos e veículo para o deslocamento da equipe.

A solução que será apresentada tem caráter indireto, pois não incide diretamente sobre o CRAS ou sobre suas atividades, mas tem por finalidade que a equipe do CRAS seja destituída de obrigações que estão sobrecarregando os atendentes e fazendo com que as famílias assistidas deixem de receber o tratamento adequado.

Visando a formalização da ação gerencial, deverá ser elaborado um projeto que terá por objetivo final a reunião de todos os recursos necessários para a criação do serviço de cadastro da Secretaria Municipal de Assistência Social de Piraí. Carvalho (2011) ratifica que a esse esforço gerencial temporário desenvolvido especificamente com o intuito de analisar e de subsidiar a decisão sobre se uma ideia inovadora ou sugestão comunitária ou proposta de governo beneficia ou não a sociedade denominamos projeto. Devido às limitações de espaço e tempo, neste trabalho será apresentado apenas o escopo do projeto com base no estudo do caso, que pode ser considerado o estágio de iniciação do projeto.

Para auxiliar na fase de planejamento do projeto será utilizada a ferramenta denominada matriz Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats (SWOT) ou matriz Pontos Fortes, Oportunidades, Pontos Fracos e Ameaças (FOFA). Essa ferramenta é amplamente usada no planejamento estratégico, mas no caso em tela será útil mesmo tratando-se de um planejamento operacional Foi criada pelos professores da Harvard Business School: Kenneth Andrews e Roland Christensen, e possui relação com as condições externas e internas relativas à organização. A análise feita pela ferramenta consegue identificar as ameaças externas que pode afetá-la, e ainda verificar forças e fraquezas internas (FUSCALDI at al, 2008)

Como essa matriz servirá de base para o projeto, as análises dos ambientes interno e externo, com os pontos fortes e pontos fracos, suas oportunidades e ameaças, será feita com referências colhidas das informações que foram disponibilizadas durante o estudo de caso desse relatório.

Serão considerados os ambientes interno e externo relativos especificamente ao CRAS Arrozal para que a análise possa adquirir caráter personalizado. Apesar de que, por vezes, será necessário observar aspectos mais abrangentes que influenciam direta ou indiretamente nesses ambientes ao ponto de modificá-los.

4.1- Matriz FOFA

Quadro 3: Matriz FOFA – CRAS Arrozal

(14)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO 14 P ON T OS F OR TES

O conhecimento técnico do coordenador deve ser utilizado, aproveitando da capacidade intelectual dos demais profissionais, para conscientizá-los da existência das leis e da Assistência Social e da participação do município de Piraí no SUAS;

A grande demanda pelos serviços do CRAS Arrozal;

Relativa acessibilidade ao prefeito possibilita que a equipe encaminhe projetos plenamente fundamentados.

O conhecimento do coordenador associado às capacidades e dedicações dos servidores devem ser direcionados à realização de campanha de divulgação do verdadeiro conceito de Assistência Social. Isso pode ajudar a evitar a utilização dos serviços como moeda de troca ou como marketing institucional. Os projetos devem prever os recursos necessários e promover a integração com as Secretarias de Saúde, de Educação e de Transportes, para viabilizar o acesso às políticas públicas.

P ON T OS F R ACOS

O ambiente externo, com a grande demanda por serviços, existência de leis específicas, participação no SUAS;

Razoável facilidade de comunicação com os gestores municipais, pode utilizado para sanar a carência de educadores sociais no CRAS Arrozal e promover a distribuição de tarefas.

Visão distorcida do conceito de Assistência Social;

Necessidade de recursos;

Falta de integração entre as secretarias, Deficiências do transporte público;

Utilização dos serviços de forma leviana tendem a potencializar os pontos fracos. Para oferecer resistências a esse fenômeno, faz-se necessário que a equipe esteja completa e que seja feita a distribuição das tarefas para os reais responsáveis.

Fonte: Elaborado pelo autor.

5 - Conclusão

Com este estudo foi possível conhecer a política pública de assistência social do Governo Federal, o Cadastro Único e o Programa Bolsa Família, e ainda, como é feita a descentralização das atribuições aos municípios. Em especial o município de Piraí foi apresentado para que fossem conhecidas as peculiaridades do CRAS Arrozal e os problemas enfrentados pela equipe de atendimento.

O objetivo desse trabalho foi definir uma ação de gestão pública que fosse capaz de promover maior efetividade ao trabalho desenvolvido pelo CRAS Arrozal. Nesse sentido, após o estudo do caso, foi realizada uma análise ambiental do centro e, em seguida, foi proposto um projeto para a criação de um serviço de cadastro e acompanhamento que trate o Cadastro Único e o Programa Bolsa Família de maneira que não percam sua ligação com o CRAS, mas que sejam conduzidos por uma equipe própria.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

15 A questão territorial se mostrou de elevada relevância para que as famílias tenham acesso as políticas públicas. No entanto, esse estudo não foi capaz de sugerir uma ação para a solução das deficiências do transporte público, que foi um dos problemas identificados. Será necessário um planejamento que verifique a demanda pelo serviço e compare com a oferta existente; analise os contratos de concessão existentes e verifique as condições favoráveis para a ampliação desses ou a celebração de novos contratos, dentre outras atividades.

É necessário aprofundar mais nos problemas do CRAS Arrozal para que o objetivo pretendido seja plenamente alcançado. Novos estudos voltados para a gestão de pessoas e a gestão de processos podem influenciar nesse sentido. Ainda devem ser feitas as pormenorizações indicadas no projeto proposto e sua elaboração formal e completa para a concretização do objetivo específico.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

16 6 – Referências

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