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Brasil: Desenvolvimento às avessas e geopolítica

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Academic year: 2021

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(1)

Brasil: Desenvolvimento às

avessas e geopolítica

Reinaldo Gonçalves

Professor titular

(2)

Sumário

1.

Hipóteses básicas

2.

Desenvolvimento às Avessas

3.

Geopolítica: diferentes visões

4.

Geoestratégia regional

5.

Integração sul-americana e

Mercosul

6.

Integração e multipolaridade

(3)

1. Hipóteses básicas

(situação geográfica e atuação do Brasil na arena internacional)

Hipótese 1



capacidade de articular e liderar um

bloco de países sul-americanos é

decrescente no longo prazo

Hipótese 2



capacidade de influenciar a arena

internacional é decrescente no

longo prazo

(4)

2. Desenvolvimento às Avessas

Realidade,

realismo crítico

e realpolitik

(5)

Desenvolvimento às avessas

erros estratégicos

comprometem estruturalmente o

desenvolvimento do país

(6)

Modelo Liberal Periférico

liberalização, privatização e

desregulação

vulnerabilidade externa estrutural

dominação: capital financeiro

(7)

Brasil e mundo - Índice de liberalização econômica do Brasil e do mundo - Fraser Institute: 1970-2010 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Brasil Média mundial Mediana mundial

Lula

(8)

Desenvolvimento às avessas: dimensões

Dimensões



econômica



social



ética



institucional



política

(9)

Dimensão econômica

Desenvolvimento às avessas

 fraco desempenho

 transformações estruturais fragilizantes

 crescente vulnerabilidade externa estrutural

(10)

Outras dimensões

Desenvolvimento às avessas

 invertebramento da sociedade

 deterioração do ethos

 degradação das instituições

(11)

Evidência empírica

Foco

A.

fraco desempenho

B.

transformações estruturais que

fragilizam e implicam volta ao

passado

(12)

A. Fraco desempenho

fases da história econômica

brasileira

mandatos presidenciais

(13)
(14)

Histórica econômica do país: fase



Melhor fase: Era Desenvolvimentista

(1930-79)



Pior fase: Crise, instabilidade e

transição (1980-94)



MLP:segunda pior fase da história

(15)
(16)
(17)

Variação do Produto Interno Bruto real, Brasil e Mundo (média simples e mediana) (%): 2003-2014 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Média 2003-14

Brasil - Mundo (média simples) Brasil - Mundo (mediana)

-1,0 -0,8

Menor do que a média: 10 anos Menor do que a mediana: 7 anos

Comparações internacionais

(18)

B. Transformações estruturais

• desindustrialização

• dessubstituição de importações • reprimarização das exportações • dependência tecnológica

• desnacionalização

• competitividade internacional - perda • vulnerabilidade externa estrutural

• concentração de capital • dominação financeira

(19)
(20)
(21)

Desenvolvimento às avessas:

transformações estruturais

Dominação financeira

Crescente vulnerabilidade externa estrutural

Financeira

Maior concentração de capital Desnacionalização

Produtiva

Maior dependência tecnológica

Tecnológica

Perda de competitividade internacional Reprimarização Dessubstituição de importações Desindustrialização Comercial Erro estratégico Esfera

(22)
(23)
(24)

Brasil: síntese ...

Modelo Liberal Periférico

• erros estratégicos

comprometem estruturalmente o

desenvolvimento do país

(25)

Desenvolvimento às avessas

 começa no governo FHC

 consolida-se no governo Lula  continua no governo Dilma

(26)

Crítica contundente

Ausência total



grandes transformações



reversão de tendências estruturais



predominância desenvolvimentista

(27)

Implicação principal

Desenvolvimento às avessas

=> erros estratégicos (longo prazo)

comprometem estruturalmente o

desenvolvimento do país

(28)

3. Geopolítica: diferentes visões

(doutrinas e estratégias)

Visão Alca Mercosul

Livre-cambista + + Pan-americanista + + Minilateralista +,-- + Ocasionalista +,-- + Geopolítico -- +,--Globalista +,-- +,--Bilateralista -- --E a realidade? --E a realidade?

(29)

4. Geoestratégia regional

Questão central

 Qual é a importância da integração

regional na América do Sul para o desenvolvimento de longo prazo do Brasil?

(30)

Hipótese 1: Brasil

“a política interna e externa do Brasil deve ter como objetivo fundamental a

construção do espaço econômico e político sul-americano, sem qualquer pretensão

hegemônica, com base na generosidade decorrente das extraordinárias assimetrias entre o Brasil e cada um dos seus vizinhos”

(31)

Hipótese 2: Brasil



integração regional é um objetivo

secundário



integração regional: dimensão

bilateral



Brasil deve se “integrar em si

mesmo”

(32)

5. Integração sul-americana e

Mercosul

A.

Argumento central

O avanço do processo de integração depende da convergência dos modelos de desenvolvimento de longo prazo e do dinamismo das economias nacionais

(33)

Questões principais

• padrão de inserção internacional

• Modelo Liberal Periférico

• enfoque (passivo vs ativo)

• coordenação de políticas (ex.: câmbio)

• política externa – conflito de interesses

• setores dominantes (CP)

• interesses nacionais (LP)

• papel do estado

• policy space (autonomia de política)

• Desenvolvimento às avessas

(34)
(35)
(36)
(37)
(38)
(39)

Mercosul: divergência de modelos e

(40)

B. Integração e autonomia

Trade-off:

 autonomia de política versus  acesso a mercado  tratamento preferencial

(41)
(42)
(43)

6. Integração e multipolaridade

• algoritmo da liderança regional brasileira • poder potencial não é poder efetivo

• BRICS: bloco?

• onde estão as zonas plurinacionais polarizantes?

(44)

MODELO

(45)

População, Área, Produto Nacional Bruto e Índice de Poder Potencial: Países classificados pelo Índice de Poder Potencial

País População

(milhões) (mil km2)Área NacionalProduto Bruto (PPP, US$

bilhões)

Índice de Poder Potencial (IP) 1. China 1280 9598 5792 95,9 2. Estados Unidos 288 9629 10414 91,1 3. Índia 1049 3287 2778 88,7 4. Russa, Fed. 144 17075 1165 81,9 5. Brasil 174 8547 1300 80,8 6. Indonésia 212 1905 650 74,1 7. Japão 127 378 3481 72,3 8. Canadá 31 9971 907 72,0 9. México 101 1958 887 71,9 10. Alemanha 82 357 2226 68,4 11. Austrália 20 7741 539 67,2 12. França 59 552 1609 67,2 13. Irã, Rep. Islâmica 66 1648 438 66,8 14. Paquistão 145 796 284 66,4 15. Argentina 36 2780 387 65,3 16. Itália 58 301 1510 64,8 17. Turquia 70 775 438 64,5 18. Reino Unido 59 243 1574 64,3 19. África do Sul 45 1221 445 64,0 20. Egito, Rep. Árabe 66 1001 253 63,1

Poder potencial não é poder efetivo

(46)

BRICs: bloco?

vagões de classes distintas

em comum: base material de poder

heterogeneidade

• modelos

• desempenho • políticas

(47)

China acelera Índia avança

Rússia estabiliza Brasil retrocede

(48)

Contas externas: Brasil a descoberto

(fluxos)

(49)

Brasil: Terceiro maior passivo externo líquido do mundo Vulnerabilidade externa estrutural

(50)
(51)

7. Síntese

Brasil

Argumento No. 1

capacidade de articular e liderar um

bloco de países sul-americanos é

decrescente no longo prazo

Argumento No. 2

capacidade de influenciar a arena

internacional é decrescente no

(52)

Argumento 1: A capacidade de o Brasil articular e liderar um bloco de países sul-americanos é decrescente

Determinantes

 Desenvolvimento às avessas

 crescente importância da base material

de poder da Argentina



 déficit de consenso e os conflitos de

interesses entre Brasil e Argentina

 trajetória instável e retrocesso da

(53)
(54)
(55)
(56)

Argumento 2

A capacidade de o Brasil influenciar a arena internacional é decrescente

Determinantes

 Desenvolvimento às avessas

 projeção internacional do país deverá

diminuir

 aumento do hiato de poder do Brasil

(vulnerabilidade externa estrutural)

(57)

Síntese ...

1. A capacidade de o Brasil articular e liderar

um bloco de países sul-americanos é decrescente no longo prazo

2. A capacidade de o Brasil influenciar a

arena internacional é decrescente no longo prazo

3. Desenvolvimento às avessas: capacidade

(58)

Modelo Liberal Periférico

liberalização, privatização e

desregulação

vulnerabilidade externa estrutural

dominação: capital financeiro

(59)

Desenvolvimento às avessas: dimensões

Dimensões



econômica



social



ética



institucional



política

(60)

Desenvolvimento às avessas

Dimensão econômica

• fraco desempenho

• transformações estruturais que fragilizam e implicam volta ao passado

• crescente vulnerabilidade externa estrutural

• ausência de mudanças ou de reformas que sejam eixos estruturantes do

(61)

Outras dimensões

Desenvolvimento às avessas

• invertebramento da sociedade • deterioração do ethos

• degradação das instituições

(62)

Implicações

erros estratégicos (longo prazo)

comprometem estruturalmente o

desenvolvimento do país e

(63)

Na arena internacional, qual o papel do

Brasil?

Ator protagônico?

ou

Figurante fantasiado de potência

regional?

(64)

64

Implicações de estratégia

Esperanças cegas ou conformismo?

(65)

Realismo crítica e estratégia do jacaré

2013-43 2043 em adiante

(66)
(67)

Obrigado!

Referências

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