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Gestão social: panorama das experiências de orçamento participativo no Brasil

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Academic year: 2021

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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Gestão Social: Panorama das Experiências de Orçamento Participativo

no Brasil.

Alexssandro Pereira Maldonado Carreira – Pólo Volta Redonda - alexssandro_maldonado@hotmail.com – UFF/ICHS Jéssica da Silva Rebouças – Pólo Volta Redonda

-jessik_rebousas@yahoo.com.br – UFF/ICHS Soraia Rita Luiz Gouvêa – Pólo Volta Redonda -

soraiagouvea@yahoo.com.br – UFF/ICHS

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a prática da gestão social a partir da efetividade das experiências do Orçamento Participativo nas cidades brasileiras, com intuito de responder se de fato elas atendem as demandas da população, observando também seus avanços e desafios. Após vinte anos da implantação desta ferramenta no Brasil motivou-se identificar teoricamente sua funcionalidade, para isto, foram escolhidas cinco cidades brasileiras acima de um milhão de habitantes e com mais de 10 anos desde sua primeira experiência. Optou-se por evidenciar o Orçamento Participativo como ferramenta social nas cidades com metodologia qualitativa teórica e argumentos de diversos autores sobre o conceito do estudo. Dessa forma, após análise foram encontradas dificuldades que deverão ser superadas, como falta de transparência e divulgação das informações. Porém, houve avanços, tais como o uso da tecnologia pela população e governo, permitindo traçar um panorama desta ferramenta e contribuindo para que fosse possível identificar as características desta ferramenta.

Palavras-chave: Orçamento participativo, Gestão social, Participação social.

1 – Introdução

Na história brasileira a participação social não era algo considerado pelos senhores; os índios, os escravos e, posteriormente os cidadãos não eram ouvidos sobre suas necessidades, pensava-se somente em enriquecer Portugal. No século XIX a intervenção popular era marcada por revoltas e movimentos, na época, formas de articulação social. Com a evolução nos processos democráticos e tecnológicos no Brasil, tornou-se indispensável a intervenção da população na administração pública, através da voz e do voto, surgindo assim a Gestão Social.

A Gestão Social é um instrumento do século XX, uma forma de gerenciar os bens públicos com as mãos da sociedade (Tenório, 2008) e compreende-se como a integração das pessoas nos processos de administração em prol de sua eficiência. Com este avanço contemporâneo, foi possível intervir na gestão orçamentária dos municípios através do Orçamento Participativo, promulgado na Constituição brasileira de 1988,

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tornando-se uma ferramenta da gestão participativa para atender as demandas da população.

Com pesquisa bibliográfica, destacam-se autores que abordam as temáticas, características e dimensões que envolvem o Orçamento Participativo, foram considerados textos de sites municipais, artigos acadêmicos e livros, comparando as experiências.

O objetivo geral da pesquisa é analisar a prática da Gestão Social, a partir da efetividade das experiências de Orçamento Participativo no Brasil. Os objetivos específicos consistem em identificar as metodologias utilizadas, destacar os avanços obtidos e os desafios que ainda precisam ser vencidos.

1.2 – Problema

Segundo Tenório (2008), “a Gestão Social implica em administrar bens, organizações e interesses públicos com a participação coletiva de cidadãos, empresas privadas, empresas de terceiro setor e governantes”. Assim, a Gestão Social destaca-se de forma ampla, como um instrumento democrático e de integração de vários entes da sociedade, permitindo que os mesmos auxiliem no gerenciamento da máquina pública. A Gestão Social tem como uma de suas vertentes o Orçamento Participativo, que se compreende inicialmente, com a definição da verba direcionada no Plano Plurianual do município e posteriormente com reuniões e plenárias características dos mesmos, em prol da escolha das prioridades. Dentro deste processo democrático, o Orçamento Participativo segundo Dias (2008) em sua obra, citando Santos (1998) “implica na participação dos cidadãos na definição das prioridades de investimento público”.

Sabe-se que as experiências de Orçamento Participativo no Brasil ocorrem durante mais de 20 anos, no entanto, as mesmas são de fato efetivas e visam atender as demandas da população?

Para este fim foram analisadas experiências de Orçamento Participativo em cinco cidades brasileiras que realizaram a primeira experiência há mais de 10 anos. Caracterizou-se o tamanho da população, gestão, etapas e características destas experiências, dessa forma será destacada a efetividade destes processos democráticos. São elas: Manaus/Amazonas, Distrito Federal, Fortaleza/Ceará, Belo Horizonte/Minas Gerais e Porto Alegre/Rio Grande do Sul.

2 – Referencial Teórico

2.1. Participação popular para eficiência da Gestão Social

A gestão social “pode ser apresentada como a tomada de decisão coletiva, sem coerção, baseada na inteligibilidade da linguagem, na dialogicidade e no entendimento esclarecido como processo, transparência como pressuposto e na emancipação enquanto fim último” (CANÇADO, TENÓRIO E PEREIRA, 2011). Dessa forma, compreende-se a transparência como objetivo da gestão social, principalmente por meio de decisões

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coletivas através da capacidade de compreensão, diálogo e entendimento do processo realizado.

Cançado (2011) citando Fischer (2002, p.29), ”apresenta a gestão social como gestão do desenvolvimento social, definido pela autora como um espaço reflexivo das práticas e do conhecimento constituído por múltiplas disciplinas”. Ou seja, a interação da sociedade gerando o seu desenvolvimento por meio da contribuição de cada um.

Conforme (Carvalho e Araújo,2010, p.109, apud Brandão, 2005), “sem a participação popular não há democracia, menos ainda cidadania, desenvolvimento da consciência de cidadão, consciência crítica e consciência política”. A participação cidadã é uma diretriz da Gestão Social, para o autor ela possibilita a conscientização e a formação de um sentido político e cultural, de ações e conquistas coletivas e tem a finalidade de superar as desigualdades sociais, políticas, culturais e econômicas.

“A participação pode resultar na mudança da consciência do povo que deixa de ser mero consumidor e passa a agir e ver-se como executor e desfrutador da execução e desenvolvimento de sua capacidade. Consequentemente, pode gerar um círculo vicioso pautado nas relações entre participação cidadã, mudança da consciência política e redução das desigualdades sociais (MACPHERSON 1978, p.102-103)”.

Observa-se que, a participação cidadã traz para a população um olhar e agir mais crítico, assim é possível que a mesma compreenda suas demandas e necessidades. Segundo descreve Pedro Luiz Cavalcante (2007), “Democracia participativa é como um conjunto de prescrições e planos de ação para se atingir uma democracia política, baseada na educação política que se dá em várias esferas da sociedade”.

2.2. Orçamento Participativo: a ferramenta social

Em meio aos instrumentos da Gestão Social observa-se o Orçamento Participativo, que implica na colaboração de outros agentes, além de governantes, no orçamento de algumas cidades brasileiras, surgindo com a redemocratização e a promulgação da Constituição de 1988. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicado (IPEA 2014) o Orçamento Participativo em 2014 era um mecanismo usado por cerca de 300 municípios no país.

Com a criação do Orçamento Participativo no final dos anos 80 no Brasil, Filho (2013) destaca o país como o primeiro a instituir o Orçamento Participativo, apesar dos muitos fracassos devido a falta de informação do assunto. Ainda segundo o autor, os primeiros relatos de experiências que se aproximam com o que chamamos de Orçamento Participativo ocorreram entre 1978 a 1988.

No que se refere à participação cidadã, Panteman (1992, p.105), defende que a participação da população em mecanismos de gestão social como o Orçamento Participativo, conduz uma democracia política e o entendimento funcional da política na sociedade. Dessa forma, será evidente para os cidadãos a análise da eficiência da gestão pública em relação às necessidades da população.

O Orçamento Participativo tem como objetivo estabelecer a garantia da participação da sociedade na elaboração dos projetos de lei referentes ao Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias a ao Orçamento Público das administrações

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direta e indiretas dos estados ou municípios. A implementação do Orçamento Participativo no município torna possível a realização de um dos princípios firmados na Constituição Cidadã que é promover a iniciativa popular nas arenas decisórias. O governo municipal ao impulsionar o Orçamento Participativo estaria portanto, fomentando a educação cidadã dos munícipes.

“A própria dinâmica do Orçamento Participativo é dotada de grande potencial educativo, significando ganhos em várias dimensões da cidadania. Tal como concebido, o processo através da qual é elaborado permite que, a partir das demandas particularistas e através de um processo de filtragem e de negociações sucessivas, sejam discutidas questões mais amplas da cidade. Permite, ainda, a implementação de políticas redistributivas e compensatórias de solidariedade ante os mais necessitados que se diferenciam das tradicionais (AZEVEDO e MARES GUIA, 2005, apud ARAUJO 2010 p.462)”.

2.3. Metodologia do Orçamento Participativo

O Orçamento Participativo é considerado por Dias (2008) apud Santos (1998), “como estrutura e processo de participação dos cidadãos na tomada de decisão sobre os investimentos públicos municipais assente em três princípios:

 Participação aberta dos cidadãos, sem discriminação positiva atribuída às organizações comunitárias;

 Articulação entre democracia representativa e direta, que confere aos participantes um papel essencial na definição das regras do processo;

 Definição das prioridades de investimento público processado de acordo com critérios técnicos, financeiros e outros de carácter mais geral, que se prendem, sobretudo, com as necessidades sentidas pelas pessoas”.

Sobre uma definição da metodologia do Orçamento participativo, Dias (2008) destaca Yves Sintomer (2007) de acordo com cinco critérios:

1. “O Orçamento Participativo deve contemplar um debate explícito da dimensão financeira e orçamental;

2. O Orçamento Participativo necessita de ser organizado ao nível de estruturas de governo local;

3. Tem que ser um processo continuado e repetido no tempo;

4. Tem que incluir alguma forma de deliberação pública sobre a componente orçamental;

5. Tem que promover publicamente a prestação de contas relativamente aos resultados do processo”.

Em sua obra, Dias (2008) cita Yves Cabannes e Sergio Baierle (2004:44-62) sobre a “possibilidade de diferenciar as experiências de Orçamento Participativo em 4 dimensões:

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1. Orçamental: Autarquias que identificam as verbas de Orçamento Participativo e as que não o fazem.

2. Participativa: Com sistemas de participação individual, representação comunitária e misto.

3. Normativa e Jurídica: O meio de formalizar o processo, regulamento interno, resoluções, decretos, leis e constituições diversas.

4. Territorial/Setorial: supra municipal, municipal, inframunicipal e setorial ou temático”.

3 – Metodologia

O método utilizado neste trabalho foi a pesquisa qualitativa teórica em fontes bibliográficas e documentais, baseado em cinco artigos sobre as experiências do Orçamento Participativo nas cidades pesquisadas, onde coletou-se as formas de implantação, execução e características das mesmas. Foi realizado um estudo comparativo das experiências do Orçamento Participativo. Realizou-se um estudo a fim de descrever a aplicação e conceitos da Gestão Social e experiências do Orçamento Participativo e buscou-se nas referências citadas sua melhor compreensão de forma clara e concisa para a eficácia do mesmo.

Para realizar um panorama de experiências de Orçamento Participativo limitou-se o campo de conhecimento na escolha de cinco cidades do país com população de um milhão de habitantes que obtiveram implementação da Gestão Social por meio de Orçamento Participativo há mais de 10 anos, com objetivo de fazer uma comparação de experiências. As cidades escolhidas foram: Manaus/Amazonas, Distrito Federal, Fortaleza/Ceará, Belo Horizonte/Minas Gerais e Porto Alegre/ Rio Grande do Sul.

4 – Resultados e discussões

4.1. Orçamento participativo: experiências analisadas

Foram analisados cinco artigos que descrevem os períodos e formas de implementação do Orçamento Participativo nas cidades brasileiras de Manaus, Distrito Federal, Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre; relatam também as particularidades destas experiências que foram caracterizas em avanços ou desafios.

Destaca-se para a análise de governos a relação da população (em milhões) de habitantes das cidades escolhidas. De acordo com o Gráfico 1, observa-se que as cidades de Belo Horizonte e Fortaleza quase se equiparam em nível populacional, o Distrito Federal se sobressai, o menor nível populacional está em Manaus e Porto Alegre.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO 6 0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000 População (Milhões) Manaus (AM) Distrito Federal (DF) Fortaleza (CE) Belo Horizonte (MG) Porto Alegre (RS) Fonte: IBGE 2014

Independentemente do nível populacional, analisa-se o ano de implantação da primeira experiência de Orçamento Participativo nas cidades destacas de acordo com a tabela 1. Neste caso, Porto Alegre tem pioneirismo na implantação destas experiências. Fortaleza foi a última cidade apresentar essa ferramenta da gestão social aos seus munícipes.

Tabela 1 – Implantação do Orçamento Participativo

Cidade Ano de Implantação

Porto Alegre (RS) 1989

Belo Horizonte (MG) 1993

Distrito Federal (DF) 1995

Manaus (AM) 2002

Fortaleza (CE) 2005

Fonte: Sites cidades – Adaptada pelo autor

O início do Orçamento Participativo em Manaus é destacado por Hagino (2012) com a criação do “Plano Diretor estabelecido pela Lei municipal n° 671 de 04 de novembro de 2002. Esse plano apresenta [...] a construção da cidade e da gestão democrática (art. 2º do Plano Diretor de Manaus). O Orçamento Participativo, previsto no Plano Diretor, foi implementado sob o nome de Orçamento Democrático”. Ainda sobre as diretrizes do Plano Diretor de Manaus, o autor descreve:

“[...] estabelece que o desenvolvimento urbano e ambiental deste município tem como premissa o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, nos termos da Lei Orgânica do Município, de forma a

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garantir a gestão democrática, participativa e descentralizada da cidade (HAGINO 2012, p.90) ”.

Dessa forma é possível observar que a implantação do Orçamento Participativo por meio do Plano Diretor foi com premissas de participação popular e democrática, para que o desenvolvimento da cidade beneficiasse a todos os cidadãos. Outro objetivo do Plano seria integração de órgãos da administração pública, com o intuito de que as metas previstas no mesmo sejam cumpridas.

“O plano diretor de Manaus pretende a integração entre os órgãos, entidades e conselhos municipais, visando à atuação coordenada no cumprimento das estratégias fixadas no Plano Diretor na execução dos planos, programas e projetos a ele suplementados. Contudo, não menciona de que forma se dará esta integração. (HAGINO, 2012, p.91)”.

Sobre a metodologia adotada pelo Orçamento Participativo, caracteriza-se a dimensão participativa em quatro etapas:

Tabela 2 – Etapas do Orçamento Participativo em Manaus

Fonte: Tabela adaptada de HAGINO (2012)

Sobre os desafios do Orçamento Participativo em Manaus, Hagino (2012) ressalta: 1. Ausência da participação de setores da sociedade civil;

2. Ausência da transparência na divulgação das atas das reuniões e; 3. Os conselheiros são nomeados pelo prefeito, não havendo eleição.

Segundo Hagino (2012) a experiência de Manaus caracteriza-se por não ter a participação aberta dos cidadãos, não há democracia direta, uma vez que os conselheiros são nomeados pelo prefeito. Dessa forma não há como afirmar a representatividade deste processo, há definição das prioridades, no entanto, não é possível afirmar se estas estavam entrelaçadas às necessidades das pessoas.

Sobre os cinco critérios de Dias (2008) citando Yves Sintomer (2007) o primeiro refere-se à discussões explícitas em dimensões financeiras e orçamentárias, no entanto,

ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4

Assembleias, onde a população elege seus representantes. Plenárias distritais para a escolha de delegados e obras prioritárias. Realizado o Fórum Municipal de Delegados, onde se define os investimentos serão aplicados prioritariamente no município. Plano de Empreendimentos, resultado do Fórum, é entregue pela prefeitura à câmara de vereadores.

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Hagino (2012) destaca falta de transparência e o uso de uma linguagem técnica com difícil compreensão da população no processo. Sua metodologia prevista está representada pela Tabela 2 acima. Por estar embasado em um plano diretor destaca que este processo deve ser continuo, porém, o estudo não pode afirmar se houve continuidade do processo, assim como a deliberação pública orçamental. Com a falta de transparência na experiência não pode-se afirmar a prestação de contas do Orçamento Participativo.

De acordo com as dimensões de Dias (2008), citando Yves Cabannes e Sergio Baierle (2004, p. 44-62), a experiência de Manaus caracteriza-se como não orçamental; autarquias não identificam as verbas do orçamento participativo com participação individual no início do processo e representativa, teoricamente, de acordo com a tabela 2. Normativa, conforme o Plano Diretor que inclui o Orçamento Democrático, ocorrendo em todo o município. GREGÓRIO (2012) destaca a implantação do Orçamento Participativo no Distrito Federal da seguinte forma “[...] surgiu no governo petista de Cristovam Buarque (1995-1998). Sua nova fase veio recheada de justificativas e compromissos de ampliar a democracia no Distrito Federal por meio de instrumentos de participação popular na gestão de recursos públicos [...]”.

Tabela 3 – Etapas do Orçamento Participativo no Distrito Federal

ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4 ETAPA 5

Plenárias públicas. Assembleias regionalizadas. Votação de prioridades com participação direta. Definição de ações governamentais por meio de representantes eleitos pela comunidade local. Voto pela internet, envolvendo toda a população do Distrito Federal.

Fonte: Tabela adaptada de GREGÓRIO (2012)

A metodologia do Orçamento Participativo no Distrito Federal segundo os princípios de Dias (2008) citando Yves Sintomer (2007) e relacionadas ao texto Gregório (2012), a participação dos cidadãos é aberta, pois as comunidades podem se inscrever através da página virtual do orçamento, onde é democracia direta e representativa, há definição das prioridades, no entanto, de acordo com o autor a execução das obras não acompanha as prioridades. Sobre os critérios de Dias (2008), Gregório (2012) descreve que no Distrito Federal não estava explícito a dimensão financeira e a deliberação pública feita foi de baixo valor, no entanto, o processo tem sua organização metodológica, tem sido continuado e com prestação de contas das obras realizadas.

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Em relação às dimensões o Orçamento Participativo do Distrito Federal caracteriza-se como não orçamental, pois não identifica suas verbas, participação mista, embasado em leis e supra municipal, pois envolve todo o Distrito Federal.

Sobre a metodologia GREGÓRIO (2012) destaca:

“A metodologia utilizada foi a de se constituir num “processo de definição de políticas públicas através do diálogo crítico e construção de consenso entre o governante e a população que se organiza para tal” (COORDENADORIA DAS CIDADES, 2012). Notou-se que a baixa capacidade de execução das demandas do Orçamento Participativo no Distrito Federal diminui a participação e, consequentemente, diminui a confiabilidade no governo. A falta de transparência no acompanhamento das prioridades, a falta de comunicação, a dificuldade de se obter informações dos órgãos e falta de dotação específica do Orçamento Participativo dentro da Lei Orçamentária Anual são outros aspectos que se opõem à governança e a governabilidade”.

O processo de Orçamento Participativo relatado em Fortaleza de acordo com ARÃO (2012) caracteriza-se com participação aberta dos cidadãos, articulação democrática e definição das prioridades conforme as demandas da população, no entanto, pela falta de execução das mesmas questiona-se a efetividade desta ferramenta. Dentre os critérios de Dias (2008), não há clareza na dimensão orçamental, há organização, de acordo com as etapas da tabela 4, há continuidade no processo, há conflitos na forma de deliberação pública e falha da divulgação referente aos resultados do processo.

Tabela 4 - Etapas do Orçamento Participativo em Fortaleza/CE

Fonte: Tabela adaptada de ARÃO (2012)

ETAPA 1 – PARTICIPAÇÃO DIRETA ETAPA 2 – PARTICIPAÇÃO INDIRETA Assembleias preparatórias e deliberativas; Representantes da população designados por votação que compunham os Fóruns de delegados e Conselho do Orçamento Participativo.

Acontecem as assembleias

deliberativas, em que todos os participantes podem apresentar e votar as propostas para definição do orçamento de Fortaleza e também escolher os seus representantes, que depois de eleitos compõem o Fórum de Delegados.

Os delegados acompanham e fiscalizam as ações do Orçamento Participativo e informam a comunidade sobre o andamento das demandas aprovadas e ainda elegem os conselheiros do OP, os quais são responsáveis pela negociação das propostas eleitas pela população junto ao poder público municipal.

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Em relação às dimensões do Orçamento Participativo de Dias (2008) em Fortaleza se caracterizam não orçamental, devido à falta de clareza nas discussões financeiras, participação mista, formalização por meio de regimento interno instituído em 2006 e englobando todo o território municipal. Sobre os desafios que ainda precisam ser superados para a eficiência do Orçamento Participativo em Fortaleza, ARÃO (2012) destaca:

“a imprecisão das informações acerca dos recursos disponíveis para a execução das demandas aprovadas e o conflito entre dois entendimentos distintos sobre estas demandas, o da realidade, observável entre os conselheiros e delegados e o do saber técnico, presente entre os técnicos da prefeitura fica como desafios a serem vencidos”.

Caracterizando os três princípios de Dias (2008) ao estudo de Belo Horizonte, obtém-se participação aberta dos cidadãos, articulação entre as democracias e definição das prioridades de investimento público, com fóruns regionais e municipais. Sobre o Orçamento Participativo em Belo Horizonte o Caderno de Orçamento Participativo (2015-2016) da Prefeitura Municipal da cidade destaca como:

“[...] principal canal de participação social da cidade, demonstra uma nova forma de administrar o município em parceria do governo-cidadãos na definição de obras e investimentos a serem realizados. A Prefeitura já investiu, de forma democrática, mais de R$ 1,8 bilhão nas quatro modalidades do Orçamento Participativo: Orçamento Participativo Regional, Orçamento Participativo Digital, Orçamento Participativo Habitação e Orçamento Participativo da Criança e do Adolescente.”

Dentre os critérios destacados por Dias (2008) caracteriza-se: há clareza na dimensão orçamental, há organização das estruturas do processo e de acordo com a tabela 5 tem um processo continuado, há deliberação pública sobre o componente orçamental e publicidade das informações; pela Internet é possível que o munícipe acompanhe do o processo orçamentário, dos resultados até as obras.

As autarquias identificam o contingente de verbas destinadas para o processo, com participação mista, regulamento interno e atuação em âmbito municipal. Observa-se ainda que o Orçamento Participativo Observa-se encontra dividido por níveis temáticos, como o Orçamento Participativo Habitação e da Criança e do Adolescente.

Tabela 5 - Etapas do Orçamento Participativo em Belo Horizonte Evento Inicial Reunião de abertura do Orçamento Participativo. Primeira Etapa

Aberturas regionais, reuniões de bairros, triagem (pré-seleção das demandas), troca de formulário (caso necessário, conforme o item anterior) e perecer técnico.

Segunda Etapa Reuniões de Território de Gestão Compartilhada e

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11 Terceira Etapa Caravana de Prioridades (Visitas dos delegados aos

empreendimentos pré-selecionados).

Quarta Etapa Fórum Regional de Prioridades Orçamentárias. Quinta Etapa Fórum Municipal de Prioridades Orçamentárias.

Sexta Etapa

Eleição da Comissão de Acompanhamento e

Fiscalização da Execução do Orçamento Participativo Municipal.

Fonte: Tabela adaptada do Caderno de Orçamento Participativo de Belo Horizonte (2015-2016)

De acordo com Amado (2012) a experiência do Orçamento Participativo em Porto Alegre foi implementada em 1989, ainda segundo autor a cidade desenvolveu um observatório que “passou a disponibilizar informações georreferenciadas e estudos, como forma de subsídio para a articulação social. Em consonância, o programa de habilitação passou a capacitar lideranças comunitárias e servidores públicos”.

Tabela 6 - Etapas do Orçamento Participativo em Porto Alegre

Fonte: Tabela adaptada de AMADO (2012)

Em relação aos princípios de Dias (2008), de acordo com Amado (2012) afirma-se que há participação aberta dos cidadãos, articulação entre democracias direta e representativa e definição das prioridades de investimento público. Orçamento Participativo conta com os critérios de debate explícito orçamental, tem sua organização estrutural conforme a tabela 6, com processo contínuo, com prestação de contas de todas as etapas de processo por meio do acompanhamento pela Internet. Em suas dimensões, conta com autarquias que identificam as verbas do orçamento, sistema de participação mista, abrangência e com regimento interno analisado anualmente pelos participantes.

Sobre as melhorias do Orçamento Participativo desde a sua implantação em Porto Alegre, Amado (2012) destaca:

ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4

Assembleias, onde a população elege seus representantes. Plenárias distritais para a escolha de delegados e obras prioritárias. Realizado o Fórum Municipal de Delegados, onde se define os investimentos serão aplicados prioritariamente no município. Plano de Empreendimentos, resultado do Fórum, é entregue pela prefeitura à câmara de vereadores.

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“Desde sua implementação foram verificadas diversas melhorias em toda a cidade, que é reconhecida por construir políticas públicas que priorizam o diálogo, o respeito e a solidariedade, planejando de forma estratégica o território e suas comunidades. Fortalecimento dos centros administrativos regionais, ampliou-se o processo de descentralização política e administrativa da gestão governamental nas regiões, melhoria no transporte público, triplicação do número de creches, aumento de investimentos no setor de saúde, transparência, responsabilização, eficácia na gestão municipal, redução da corrupção, eliminação da relação patrão-cliente no processo orçamentário e aprendizado de democracia e de cidadania. Mesmo após sua consolidação o Orçamento Participativo ainda tem desafios para serem superados, como por exemplo, as constantes mudanças partidárias e os procedimentos adotados pelos governantes que retardam o aumento da participação popular neste processo construtivo de cidadania. (AMADO 2012)”.

Tabela 7 - Características das experiências de Orçamento Participativo Fortaleza Porto Alegre Belo

Horizonte Distrito Federal Manaus Falta de transparência dos recursos Acompanhamento das obras pela

internet Identificação contingente de verbas Baixa capacidade de execução das demandas Ausência da participação de setores da sociedade civil Conflitos entre a demanda e a realidade observada pelos agentes envolvidos Orçamento Participativo Digital Orçamento Participativo dividido por níveis de demanda Orçamento Participativo Digital Conselheiros nomeados pelo prefeito Falha na divulgação dos resultados Capacitação das lideranças comunitárias e servidores Acompanhamento das obras pela

internet

Falta de transparência

Ausência de transparência

Fonte: Artigos e Sites cidades

5 – Conclusão

Conclui-se que nas experiências de Belo Horizonte e Porto Alegre, em que seus processos se encaixam nas metodologias citadas por Dias, (2008) há efetividade no Orçamento Participativo por meio da execução das demandas e por causa de seus avanços. Onde se destaca o acompanhamento pela Internet de todo andamento das

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etapas e dos recursos usados, os orçamentos temáticos; que consistem em tratar de forma específica das demandas da população; como o Orçamento da Criança e do Adolescente, por exemplo. Em Porto Alegre há capacitação dos funcionários públicos e dos cidadãos que participam do orçamento. Pode se identificar os desafios do Orçamento Participativo as experiências de Fortaleza, Distrito Federal e Manaus, com falta de transparência tanto de recursos quanto de informação.

A cidade de Porto Alegre, além de ser a precursora no processo de implementação do Orçamento Participativo, obteve outros resultados positivos, como melhoria na qualidade de vida, aumento da satisfação de necessidades básicas, redução da corrupção e forte inclusão das mulheres. Em Belo Horizonte foram feitos aperfeiçoamentos que se fizeram necessários de acordo com as alterações promovidas pela dinâmica social, intervenções no espaço urbano e fortalecimento de políticas públicas.

Em Manaus, Fortaleza e Distrito Federal, devem ser reavaliadas, pois não estão atendendo efetivamente as demandas da população. Dentre os desafios cita-se, além falta de transparência e de divulgação das atas das reuniões, a ausência da participação ativa da população em virtude da falta de publicidade pelo governo, a dificuldade de comunicação, as informações imprecisas quanto aos recursos, em outras palavras, a gestão participativa encontra-se “limitada”.

Conforme exposto, a participação cidadã como diretriz da Gestão Social forma um indivíduo mais crítico, dessa forma capaz de utilizar o Orçamento Participativo para decidir, controlar, fiscalizar e avaliar as ações governamentais sua efetividade. Com tudo, se expressa a dificuldade de apurar a efetividade da participação social nas experiências, uma vez que não foi possível encontrar literatura constando os números em todas as cidades. Constatou-se também que algumas experiências mostram interesses políticos e pessoais intervindo erroneamente neste processo. O texto contribuiu para mostrar exemplos de políticas sociais e incentivar a participação social.

Dessa forma, para a eficiência do Orçamento Participativo é necessário que os avanços sejam ressaltados para os cidadãos, incentivando essa prática para os mesmos e outros governos; com campanhas, oficinas preparatórias e a publicação de informações podem mostrar o orçamento menos complexo; pois também será possível a compreensão do impacto que a participação neste mecanismo pode causar. Sendo ainda muitos os desafios que a Gestão Social, por meio da participação cidadã e o Orçamento Participativo precisa se sobrepor, visando sua implementação de forma efetiva.

6 - Referências

AMADO, Kayo, Orçamento Participativo: Dar voz aos verdadeiros “donos” do

“poder”! Sim, eu quero participar!, disponível em:

https://kayoamado.wordpress.com/tag/participacao-social/. Acesso em: 10 de abril de 2016;

ARAUJO, Geraldo Jose Ferraresi de e Carvalho, Cesar Machado, Artigo: O Orçamento Participativo: Avanços E Desafios Do Orçamento Participativo De Araraquara Em

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Direção À Ampliação Da Cidadania Local, GES – Revista Gestão e Sociedade CEPEAD/UFMG vol. 4, nº 7, Jan/Abr 2010, disponível em: www.spell.org.br/documentos/download/10481. Acesso em: 05 de maio de 2015; ARCOS- INFORMAÇÕES JURÍDICAS, disponível em: http://www.arcos.org.br. Acesso em: 29 de outubro de 2015;

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Referências

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