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Sondagem de Serviços Públicos. Sondagem de Serviços Públicos

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SERVIÇOS PÚBLICOS: A PERCEPÇÃO DE CARIOCAS E

PAULISTANOS ANTES E DEPOIS DAS OLIMPÍADAS

A Sondagem de Serviços Públicos, realizada em duas etapas de coleta de dados, entre junho e novembro de 2016, procurou captar a percepção da população das duas maiores cidades do país em relação à qualidade dos serviços públicos oferecidos nestes grandes centros urbanos e sua relação com o bem-estar de seus habitantes1.

A demanda latente por melhores serviços públicos no Brasil sofreu um novo contratempo nos dois últimos anos, quando a recessão interrompeu projetos que vinham sendo realizados ou planejados em anos anteriores. No Rio de Janeiro, o assunto ganhou notoriedade devido aos desafios de trazer para cidade o maior evento esportivo do mundo em meio a esta conjuntura econômica adversa. Ainda assim, o período dos Jogos Olímpicos propiciou a concretização de vultosos investimentos na cidade, principalmente na área de transportes.

As datas de realização do evento esportivo coincidiram com as do cronograma de implantação da Sondagem de Bem-Estar, que a FGV/IBRE realizaria de forma piloto em 2016 e cujos resultados serão divulgados publicamente ainda no primeiro semestre de 2017.

Ao final do ano passado, numa primeira etapa, a FGV/IBRE divulgou os resultados da primeira fase de coleta de dados da Sondagem de Serviços Públicos2. Este documento analisa os resultados completos, comparando as respostas de um conjunto significativo de entrevistados que participaram das duas fases de coleta de dados: uma imediatamente antes das Olimpíadas, entre junho e julho de 2016, e outra depois das Olimpíadas, entre setembro e novembro de 2016.

O questionário da Sondagem de Serviços consiste de duas perguntas. A primeira procura captar a percepção do entrevistado em relação à qualidade dos

1

A Sondagem de Serviços Públicos é um dos módulos da Sondagem do Bem-Estar, pesquisa focada na avaliação do bem-estar subjetivo de cariocas e paulistanos e na identificação dos fatores internos e externos que o determinam ou influenciam.

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serviços públicos da cidade em que reside O segundo quesito buscou obter opiniões dos entrevistados em relação a diversos aspectos do ambiente urbano comumente associado ao sentimento de bem-estar, como a poluição, segurança, nível ruídos, etc.

Avaliação sobre a qualidade dos Serviços Públicos

No primeiro quesito, as avaliações sobre os serviços públicos na cidade de residência do entrevistado foram feitas com base em uma escala de 0 a 10 em que 0 representa uma percepção de baixíssima qualidade e 10 significa percepção de altíssima qualidade. A formulação e os tipos de serviços a serem avaliados são os seguintes:

De modo geral, como você classificaria a qualidade dos seguintes serviços públicos da sua cidade? Responda em uma escala de 0 a 10 em que 0 significa baixíssima qualidade e 10 significa altíssima qualidade.

o Saúde pública o Transporte público o Segurança pública

o Escolas públicas (incluindo creches) o Universidade públicas.

S

AÚDE E SEGURANÇA SÃO OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE

PIOR QUALIDADE NA AVALIAÇÃO DOS BRASILEIROS

Considerando apenas as respostas dos respondentes que participaram das duas rodadas de coleta de dados da pesquisa, constata-se que, entre os serviços públicos avaliados, a pior avaliação foi para a Saúde Pública, com média de 2,6 pontos na primeira rodada e de 3,2 pontos na segunda. O serviço melhor avaliado no período pré-Olimpíadas foi a educação em escolas e creches públicas (4,1); no período pós-Olimpíadas foi o transporte público (4,7). Apesar de todos quesitos avaliados terem apresentado melhores avaliações no segundo período, médias abaixo de 5 pontos

(4)

Gráfico 1 – Satisfação com os Serviços Públicos da Cidade

(escala de 0 a 10)

Fonte: FGV/IBRE

B

RASILEIROS ATRIBUEM NOTA

2,9

PONTOS À SAÚDE PÚBLICA NUMA ESCALA DE

0

A

10.

N

A

U

NIÃO

N

OS PAÍSES EUROPEUS

,

A MENOR NOTA É A DA

B

ULGÁRIA

,

COM

4,5

PONTOS

Pergunta idêntica foi realizada na Quality of Life Survey 2012, realizada pela Eurofound nos países da União Europeia. A média das respostas ao sistema educacional, por exemplo, ficou em 6,3. A média mais alta foi a da Finlândia (8,2) e a mais baixa, da Grécia (4,6).

4,1 2,6 4,0 2,8 4,2 3,5 4,6 3,2 4,7 3,6 4,6 4,1 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Universidades Saúde Transporte Segurança Escolas e creches

Total

(5)

Tabela 1 - Qualidade dos serviços públicos por país (média) País Sistema de saúde Sistema educacional Sistema de transporte Áustria 8,0 7,3 7,3 Finlândia 7,1 8,2 6,8 Bélgica 7,7 7,4 6,6 Luxemburgo 7,5 6,5 7,5 Dinamarca 7,4 7,5 6,5 Suécia 7,3 7,1 6,8 Holanda 7,2 6,9 6,6 Espanha 7,0 6,6 6,9 Reino Unido 7,0 6,8 6,6 Alemanha 6,6 6,5 7,0 França 6,9 6,1 6,6 Eslovênia 6,4 6,8 6,2 República Tcheca 6,5 6,6 6,1 Malta 7,2 7,6 4,0 Estônia 5,8 6,2 6,4 Chipre 5,4 5,9 6,8 Letônia 5,2 5,9 6,5 Irlanda 4,9 6,8 5,8 Lituânia 5,2 6,0 6,2 Portugal 5,5 5,8 5,8 Itália 5,5 5,8 5,4 Hungria 5,1 5,7 5,5 Polônia 4,7 5,9 5,7 Eslováquia 4,9 5,7 5,7 Romênia 4,7 5,3 6,2 Grécia 4,8 4,6 5,6 Bulgária 4,5 4,9 5,3 Brasil (RJ e SP)¹ 2,9 4,4 ² 4,4 Fonte: Eurofound (2013)

1 - Resultado da Sondagem do Bem-Estar. Amostragem criada com moradores dos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo. Valores representam as respostas médias das duas coletas.

2 - O item avaliado no questionário da Sondagem do Bem-Estar era "escolas e creches públicas".

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Comparação entre resultados no Rio de Janeiro e em São Paulo

A análise comparativa das avaliações dos serviços públicos por cidade revela que, nos dois períodos de coleta, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, a saúde pública foi o serviço com avaliações médias mais baixas. No período pré-Olimpíadas, os moradores do Rio de Janeiro atribuíram uma avaliação mais alta para as escolas e creches públicas (4,0) enquanto os moradores de São Paulo melhor avaliaram as universidades e o transporte (4,5). No período pós-Olimpíadas, as percepções dos cariocas melhoraram e a avaliação das escolas e creches públicas empatou com a dos transportes públicos, em 4,5 pontos. Em São Paulo, as universidades e o transporte permaneceram à frente, com 4,9 pontos.

Gráfico 2 - Satisfação com os Serviços Públicos do Rio de Janeiro

(escala de 0 a 10) 3,8 2,2 3,6 2,5 4,0 3,2 4,4 3,0 4,5 3,4 4,5 4,0 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Universidades Saúde Transporte Segurança Escolas e creches

Total

(7)

Gráfico 3 - Satisfação com os Serviços Públicos de São Paulo

(escala de 0 a 10)

Fonte: FGV/IBRE

Análise por subdivisões municipais

A cidade do Rio de Janeiro foi dividida conforme as áreas de planejamento criadas pela prefeitura (Anexo 1). A área de planejamento 1 (AP1) é formada pelos bairros na região do centro, a área de planejamento 2 (AP2) abrange os bairros da Zona Sul, a área de planejamento 3 (AP3) é formada por bairros da Zona Norte e da Ilha do Governador, a área de planejamento 4 (AP4) inclui os bairros da região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá e a área e planejamento 5 (AP5) é formada pelos bairros da Zona Oeste mais distantes do centro da cidade.

A amostra criada para a Sondagem foi estratificada de forma a obter um resultado que retrate o perfil médio do carioca. Desta forma, 4% dos informantes selecionados para responder a pesquisa moram na área AP1. Contudo, para esta análise, as respostas médias desta região destoariam das outras regiões por ter menos informação. Assim, na análise comparativa entre as áreas de planejamento do Rio de Janeiro, foi excluída a área AP1.

4,5 3,0 4,5 3,3 4,4 3,9 4,9 3,3 4,9 3,8 4,8 4,3 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Universidades Saúde Transporte Segurança Escolas e creches

Total

(8)

O

OTIMISMO TRAZIDO PELAS

O

LIMPÍADAS NO

R

IO DE

J

ANEIRO INFLUENCIOU POSITIVAMENTE NAS

AVALIAÇÕES DOS CARIOCAS SOBRE TRANSPORTE PÚBLICO PRINCIPALMENTE NAS REGIÕES BENEFICIADAS

PELAS OBRAS

.

O resultado da primeira fase da coleta constatou que os moradores da região AP2, que abrange a Zona Sul e Grande Tijuca, tiveram as melhores percepções sobre as universidades, o transporte, a saúde e a segurança pública. A melhor avaliação sobre escolas e creches públicas foi atribuída pelos moradores da região AP5, formada por bairros da Zona Oeste.

Os resultados após os Jogos, na segunda fase da coleta, evidenciam uma melhora nas percepções dos cariocas em todos os quesitos. As avaliações sobre o transporte público se tornaram mais homogêneas e as percepções sobre a segurança pública apresentaram melhoras entre 0,8 a 1 ponto.

Tabela 2 - Satisfação com os Serviços Públicos por região do Rio de Janeiro 3

Período pré-Olimpíadas

Serviços públicos avaliados AP2 AP3 AP4 AP5

Universidades 4,4 3,7 3,6 3,6 Saúde 2,8 2,0 1,8 2,2 Transporte 4,1 3,5 3,7 3,2 Segurança 3,0 2,1 2,2 2,7 Escolas e creches 4,0 3,7 3,7 4,6 Total 3,7 3,0 3,0 3,2 3

A regiões apresentadas são as Áreas de Planejamento (AP) da cidade do Rio de Janeiro. AP1 representa o Centro e bairros adjacentes, AP2 engloba os bairros da Zona Sul e a região da Grande Tijuca, AP3 representa os bairros da Zona Norte e Ilha do Governador, AP4 concentra a Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e bairros de Jacarepaguá e AP5 representa os demais bairros da Zona Oeste.

(9)

Período pós-Olimpíadas

Serviços públicos avaliados AP2 AP3 AP4 AP5

Universidades 4,8 4,4 4,2 4,1 Saúde 3,1 2,9 2,7 3,3 Transporte 4,6 4,6 4,6 4,2 Segurança 3,8 3,1 3,1 3,6 Escolas e creches 4,3 4,3 4,4 4,8 Total 4,1 3,9 3,8 4,0 Fonte: FGV/IBRE

A amostra da cidade de São Paulo foi estratificada por regiões definidas pela Coordenadoria de Saúde de São Paulo para assegurar a representatividade populacional (Anexo 2). A Coordenadoria Regional 1 (CR1) representa o centro demográfico de São Paulo, a Coordenadoria Regional 2 (CR2) é formada pelos bairros da região leste, a Coordenadoria Regional 3 (CR3) abrange os bairros do norte, a Coordenadoria Regional 4 (CR4) representa a região sudeste, Coordenadoria Regional 5 (CR5) compreende o sul e a Coordenadoria Regional 6 (CR6) é formada pelos bairros da região oeste de São Paulo.

Assim como a amostra do Rio de Janeiro, a amostra de São Paulo foi estratificada para assegurar representatividade populacional e por isso, apenas 4% do desenho amostral era referente a região CR1, que foi excluída da análise estratificada por regiões.

O resultado comparativo entre as regiões da cidade de São Paulo mostra que, assim como no Rio de Janeiro, as avaliações dos paulistas se elevaram na segunda fase da pesquisa. No entanto, as percepções dos moradores da região CR2, que compreende bairros da região leste, se mostraram mais resistentes a alterações se comparadas às avalições das outras regiões.

(10)

Tabela 3 - Satisfação com os Serviços Públicos por região de São Paulo 4 Período pré-Olimpíadas

Serviços públicos avaliados CR1 CR2 CR3 CR4 CR5 CR6

Universidades 5,0 4,3 4,1 5,1 4,0 5,4 Saúde 3,1 2,9 2,9 3,2 2,8 3,5 Transporte 4,3 5,1 4,3 4,3 4,0 5,0 Segurança 4,6 3,7 3,2 3,0 3,1 3,7 Escolas e creches 3,8 4,9 4,7 4,0 3,8 4,8 Total 4,1 4,2 3,8 3,9 3,5 4,5 Período pós-Olimpíadas

Serviços públicos avaliados CR1 CR2 CR3 CR4 CR5 CR6

Universidades 5,7 4,8 4,6 5,0 4,6 5,7 Saúde 3,6 3,2 3,1 3,4 3,3 3,9 Transporte 4,9 4,8 4,7 5,2 4,7 5,5 Segurança 3,5 3,9 3,8 4,0 3,5 4,1 Escolas e creches 4,2 5,0 4,8 4,7 4,4 5,3 Total 4,3 4,3 4,2 4,4 4,1 4,9 Fonte: FGV/IBRE 4

A regiões apresentadas são Coordenadorias Regionais (CR) de Saúde da cidade de São Paulo. CR11 representa o Centro e bairros adjacentes, CR2 engloba os bairros da região leste, CR3 abrange a região norte, CR4 representa os bairros da região sudeste, CR5 engloba os bairros da região sul e CR6 representa a região oeste.

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Percepção sobre diferentes aspectos da vida urbana

A segunda pergunta da Sondagem de Serviços Públicos procurou obter avaliações sobre diferentes aspectos da vida urbana no bairro ou região próxima à residência do entrevistado, contando com a seguinte formulação:

Considerando o lugar onde você mora como o seu bairro ou região próxima à sua casa, qual é o seu grau de satisfação em relação aos seguintes aspectos da vida urbana? Responda em uma escala de 0 a 10 em que 0 significa “nada satisfeito” e 10 significa “totalmente satisfeito”.

o Barulho

o Qualidade do ar

o Qualidade da água potável o Segurança

o Limpeza das ruas/Coleta de lixo

o Urbanização (iluminação, ruas, calçadas) o Trânsito

o Disponibilidade de hospitais

o Disponibilidade de infraestrutura para prática de esportes o Acessibilidade para pessoas com deficiência

O

S BRASILEIROS ATRIBUEM MAIORES NOTAS PARA

ÁGUA POTÁVEL

,

LIMPEZA DE RUAS OU COLETA DE LIXO

E URBANIZAÇÃO NUMA ESCALA DE O A

10.

Embora nenhum aspecto tenha sido avaliado de forma extremamente favorável, no período pré-Olimpíadas os aspectos melhor avaliados, em ordem decrescente, nos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo, foram: qualidade da água potável, limpeza das ruas/coleta de lixo, urbanização, barulho e qualidade do ar. Os aspectos com as piores avaliações, também em ordem decrescente, foram trânsito, disponibilidade de infraestrutura para a prática de esportes, disponibilidade de hospitais, segurança e acessibilidade para pessoas com deficiência.

(12)

No período pós-Olimpíadas, as avaliações médias mantiveram a ordenação anterior, mas o valor médio das notas aumentou discretamente, à exceção da avaliação sobre a qualidade da água potável.

Tabela 4 – Satisfação com aspectos relacionados com o bairro e/ou região Aspecto avaliados Período

pré-Olimpíadas

Período pós-Olimpíadas

Qualidade da água potável 6,9 6,8

Limpeza das ruas/Coleta de lixo 6,3 6,6

Urbanização 6,1 6,2

Barulho 5,7 6,1

Qualidade do ar 5,6 5,8

Trânsito 4,5 4,9

Infraestrutura para a prática de esportes 4,5 4,5

Disponibilidade de hospitais 4,4 4,5

Segurança 4,1 4,4

Acessibilidade para pessoas com deficiência 3,0 3,2

Média geral 5,1 5,3

Fonte: FGV/IBRE

A análise comparativa entre as cidades permite constatar que, em geral, as avaliações dos cariocas e dos paulistas foram parecidas. Destaca-se a melhora na percepção de cariocas em relação ao trânsito logo após os Jogos Olímpicos. Na primeira fase da pesquisa, as percepções sobre o trânsito no Rio e em São Paulo encontravam-se no mesmo patamar: os cariocas atribuíram 4,6 e os paulistas atribuíram 4,5 pontos ao trânsito. Já na segunda fase, o grau de satisfação média dos paulistas manteve-se relativamente constante enquanto a dos cariocas aumentou para 5,2 pontos.

B

RASILEIROS ESTÃO INSATISFEITOS COM A ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

(13)

Tabela 5 - Satisfação com Aspectos Relacionados ao Bairro por Cidade

Rio de Janeiro São Paulo

Aspecto avaliados Período pré-Olimpíadas Período pós-Olimpíadas Período pré-Olimpíadas Período pós-Olimpíadas

Qualidade da água potável 6,8 6,7 7,1 6,9

Limpeza das ruas/Coleta de lixo 6,2 6,6 6,4 6,5

Urbanização 5,9 6,3 6,4 6,1

Barulho 5,7 6,3 5,8 5,8

Qualidade do ar 5,7 6,3 5,3 5,4

Trânsito 4,6 5,2 4,5 4,6

Infraestrutura para a prática de esportes 4,6 4,7 4,4 4,3

Disponibilidade de hospitais 4,1 4,2 4,8 4,8

Segurança 3,8 4,3 4,3 4,5

Acessibilidade para pessoas com deficiência 2,9 3,0 3,2 3,3

Média geral 5,1 5,4 5,3 5,4

Fonte: FGV/IBRE

Nos dois períodos de coleta, a avaliação média da região da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá (região AP4) se mostrou mais baixa em relação às outras regiões. Apesar da melhora nas avaliações de todas as áreas depois das Olimpíadas, a região AP4 manteve a menor classificação para o trânsito (4,4).

A

PERCEPÇÃO DOS CARIOCAS QUANTO AO TRÂNSITO

MELHOROU APÓS AS

O

LIMPÍADAS

.

A

DOS PAULISTANOS FICOU ESTÁVEL

A região AP2, que engloba a Zona Sul e Grande Tijuca, apresentou a melhor avaliação sobre a disponibilidade de infraestrutura para a prática de esportes nos dois períodos de entrevistas, aumentando de 5,6 pontos para 5,9 na segunda fase da pesquisa. A região da Barra da Tijuca (AP4) recebeu investimentos em estruturas esportivas como o Parque Olímpico e o campo de golfe, mas os moradores daquela região não alteraram suas percepções de maneira a superar as avaliações dos moradores da Zona Sul.

(14)

As avaliações sobre a disponibilidade de hospitais permaneceram estáveis antes e depois das Olimpíadas. A Zona Oeste da cidade (AP5) atribuiu a menor avaliação para este serviço público nos dois períodos de coleta.

Outro quesito observado foi a segurança. Por mais que as avaliações tenham melhorado no segundo período de coleta em comparação ao primeiro, a região AP3 que abrange a Zona Norte e a Ilha do Governador manteve a pior avaliação em relação à segurança pública. Por outro lado, a região da Zona Sul e da Grande Tijuca, AP2, apresentou a maior elevação do grau de satisfação com a segurança pública.

Tabela 6 - Satisfação com Aspectos Relacionados ao Bairro por Região do Rio de Janeiro

Período pré-olimpíadas

Aspecto avaliados AP2 AP3 AP4 AP5 Qualidade da água potável 7,0 6,5 7,2 6,7 Limpeza das ruas/Coleta de lixo 5,9 6,0 6,3 6,6

Urbanização 6,0 5,7 6,6 5,7

Barulho 5,4 5,0 6,1 6,4

Qualidade do ar 6,5 5,2 6,6 6,0

Trânsito 4,7 4,7 3,7 4,9

Infraestrutura para a prática de esportes 5,6 4,2 4,9 4,0 Disponibilidade de hospitais 4,8 3,9 4,3 3,4

Segurança 4,4 2,9 4,1 4,3

Acessibilidade para pessoas com deficiência 3,3 2,7 3,3 2,5

Média geral 5,4 4,7 5,3 5,1

Período pós-olimpíadas

Aspecto avaliados AP2 AP3 AP4 AP5 Qualidade da água potável 7,3 6,4 6,7 6,4 Limpeza das ruas/Coleta de lixo 6,6 6,5 6,6 6,8

Urbanização 6,7 6,2 6,1 6,2

Barulho 6,7 5,7 6,2 6,9

Qualidade do ar 7,2 5,5 6,3 6,2

Trânsito 5,2 5,2 4,4 5,3

Infraestrutura para a prática de esportes 5,9 4,2 5,1 4,2 Disponibilidade de hospitais 4,7 4,2 4,2 3,7

Segurança 5,2 3,6 4,4 4,7

Acessibilidade para pessoas com deficiência 3,6 2,5 3,9 2,9

Média geral 5,9 5,0 5,4 5,3

(15)

A comparação das avaliações atribuídas aos diferentes aspectos da vida urbana dos bairros de São Paulo por região mostra que as notas entre as regiões paulistanas foram mais homogêneas do que das regiões cariocas.

Tabela 7 - Satisfação com Aspectos Relacionados ao Bairro por região de São Paulo

Período pré-olimpíadas

Aspecto avaliados CR2 CR3 CR4 CR5 CR6

Qualidade da água potável 7,1 7,2 7,2 6,9 7,5

Limpeza das ruas/Coleta de lixo 6,5 6,4 6,4 6,3 6,6

Urbanização 6,4 6,4 6,2 6,3 6,8

Barulho 5,7 5,7 5,9 5,8 6,1

Qualidade do ar 5,3 5,3 5,1 5,5 5,6

Trânsito 4,7 4,5 4,9 3,8 4,8

Infraestrutura para a prática de esportes 4,5 4,0 5,0 3,7 5,3 Disponibilidade de hospitais 4,1 4,4 5,7 4,3 6,0

Segurança 3,9 4,3 4,6 4,1 5,0

Acessibilidade para pessoas com deficiência 2,9 2,9 3,8 2,8 3,8

Média geral 5,1 5,1 5,5 5,0 5,8 Período pós-olimpíadas

Aspecto avaliados CR2 CR3 CR4 CR5 CR6

Qualidade da água potável 6,8 7,1 7,0 6,6 7,3

Limpeza das ruas/Coleta de lixo 6,7 6,1 6,6 6,6 6,5

Urbanização 6,2 5,7 6,5 6,4 6,3

Barulho 6,1 5,6 5,5 5,8 6,0

Qualidade do ar 5,6 5,6 4,9 5,5 5,2

Trânsito 4,6 4,8 4,9 4,3 4,7

Infraestrutura para a prática de esportes 3,9 3,9 5,0 4,1 5,3 Disponibilidade de hospitais 4,3 4,5 5,6 4,5 5,5

Segurança 4,6 4,7 4,6 4,0 4,8

Acessibilidade para pessoas com deficiência 2,9 2,8 3,9 3,2 3,9

Média geral 5,2 5,1 5,5 5,1 5,6

Fonte: FGV/IBRE

Os resultados por faixa de renda familiar permitem observar que no Rio de Janeiro houve uma melhora na avaliação da segurança dos bairros com exceção dos informantes com renda familiar até R$1200,00. Além disso, a avaliação dos

(16)

SONDAGEM DO BEM-ESTAR  FGV/IBRE – Instituto Brasileiro de Economia Diretor do IBRE: Luiz Guilherme Schymura de Oliveira

Superintendente de Estatísticas Públicas: Aloisio Campelo Jr. Coordenadora da Sondagem: Viviane Seda Bittencourt

Equipe Técnica: Fernanda Maria dos Santos Machado João Renato Leripio Gomes e Ana Flávia de Paula Atendimento à imprensa: Insighte-mail: assessoria.fgv@insightnet.com.br | (21) 2509-5399

Central de Atendimento do IBRE: (21) 3799-6799 / e-mail: ibre@fgv.br/ portalibre.fgv.br

informantes com renda familiar de R$ 1201,00 até R$ 2600,00 sobre o trânsito aumentou consideravelmente de 4,4 para 5,5 pontos.

C

ARIOCAS AVALIAM MELHOR A SEGURANÇA NOS

BAIRROS APÓS AS

O

LIMPÍADAS COM EXCEÇÃO

DAQUELES COM RENDA FAMILIAR ATÉ

R$

1.200,00

Em São Paulo a segurança melhorou para os informantes com renda familiar de R$ 1201,00 até R$ 2600,00 em 0,7 ponto. Já aqueles que têm renda até R$ 1200,00 diminuíram a avaliação da qualidade da água potável em 1,5 pontos e da disponibilidade de hospitais em um ponto.

Tabela 8 – Satisfação com a Segurança no Rio de Janeiro e em São Paulo por Faixa de Renda Até R$ 1200,00 De R$ 1201,00 até R$ 2600,00 De R$ 2601,00 até R$ 5250,00 Mais de R$ 5251,00 Avaliação sobre segurança

Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois

Rio de Janeiro 4,0 3,8 3,2 4,0 3,8 4,5 4,3 4,8

São Paulo 3,8 4,0 3,2 4,0 4,6 4,4 5,0 5,2 Fonte: FGV/IBRE

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