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ARTIGO ORIGINAL RESUMO. Palavras-chaves: atividade física, obesidade, adolescente, antropométricos. ABSTRACT

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R. Bras. De Ass. Interdisc. v.2, n.2, Jul/Dez, 2016

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ARTIGO ORIGINAL

PREVALÊNCIA DO SOBREPESO E OBESIDADE E O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES DE 15 A 17 ANOS DAS ESCOLAS PRIVADAS

DE PEDREIRAS – MA

CORTEZ, Pablo Huete Lima1 PIEROTE, Bruna Luisa Figueirêdo2

RESUMO

A obesidade tem sérios riscos à saúde, e os números apontam um crescente aumento do sobrepeso e obesidade na população mundial. O objetivo é identificar a prevalência do sobrepeso e obesidade em adolescente de 15 a 17 anos das escolas privadas de Pedreiras – MA. Os dados Antropométricos foram avaliados segundo os percentis da OMS e utilizamos o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta, para a determinação do nível de atividade física. Foram estudados 158 adolescentes, sendo 60 do sexo masculino e 98 do sexo feminino entre 15 e 17 anos. Ao analisar o estado nutricional da amostra estudada observou-se que 95 (60,1%) dos adolescentes estavam normal, ou seja, estão dentro do padrão normal segundo OMS. Os classificados pelo IPAQ 51 (32,3%) dos adolescentes estão Muito Ativo, um número bastante expressivo, o que é ótimo para esses indivíduos.

Palavras-chaves: atividade física, obesidade, adolescente, antropométricos.

ABSTRACT

Obesity has serious health risks, and the numbers show a steady increase of overweight and obesity in the world population. The goal is to identify the prevalence of overweight and obesity in adolescents from 15 to 17 years of private schools Quarries - MA. The Anthropometric data were evaluated according to the percentiles of the WHO and use the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) short version, for determining the physical activity level. They studied 158 adolescents, 60 males and 98 females between 15 and 17 years. To analyze the nutritional status of the sample was observed that 95 (60.1%) of the adolescents were normal, that is, are within the normal according to WHO standard. Classified by IPAQ 51 (32.3%) of teens are very active, a very significant number, which is great for those individuals.

Keywords: physical activity, obesity, adolescent anthropometric.

INTRODUÇÃO

1 Graduado em Licenciatura em Educação Física, pela Faculdade de Educação São Francisco –

FAESF

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142 Segundo OMS, a obesidade é definida como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no organismo que pode levar ao comprometimento da saúde dos indivíduos. A etimologia da obesidade pode ser definida como uma doença crônico sendo acúmulo excessivo de gordura corporal devido ao alto consumo de ingestão calórica e o baixo gasto energético.

A obesidade a condição em que o percentual de gordura está excedendo o nível ideal comprometendo a saúde. Atualmente é classificada como um problema de Saúde Pública, pela alta prevalência na população, independentemente da classe social, idade e situação financeira. A obesidade está associada a inúmeras doenças, como problemas cardíacos, respiratórios e articulares, além de outros males. O excesso de peso precisa ser tratado na infância para que não leve o indivíduo à obesidade mórbida com várias complicações e risco de morte. Por isso se faz tão importante estudos relacionados ao tema (NÉSPOLI, 2014).

A obesidade é uma doença complexa que apresenta graves dimensões sociais e psicológicas, afeta praticamente todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos. É considerada uma doença não transmissível, que tem como características: longo período de latência, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento, prolongado e permanentes manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação e de múltiplas determinações, com forte componente ambiental (ABRANTES, 2002). Destaca-se que há, em muitos casos, ausência de dor física, porém, com sofrimento, e dor psicossocial. Obesidade é uma doença crônica em expansão, com grau de armazenamento de gordura corporal associado a riscos para a saúde, devido a sua relação com várias complicações metabólicas e concomitância de fatores de risco genéticos e ambientais (SOTELO, 2004). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de um milhão de adultos com excesso de peso, destes pelo menos trezentos milhões são obesos.

Crianças e adolescentes com o excesso de peso aumenta o risco de doenças cardiovascular na idade adulta. O sobrepeso na infância e na adolescência triplica o risco de terem hipertensão arterial quando adultos. A hipertensão é uma doença que na maioria dos casos não apresenta sintomas, e se não tratada pode leva a sérios danos à saúde, como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, infarto agudo no

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143 miocárdio e entre outras, que se justifica investigação da prevalência de métodos e de riscos de doenças ao desenvolvimento do sobrepeso e obesidade.

A obesidade é uma doença mundial de prevalência crescente, que nos dias atuais, assume caráter epidemiológico, como um dos princípios causadores de saúde pública na humanidade. Os indivíduos que tem gordura corporal maior do que os valores aceitáveis tem grande risco de desenvolver doenças crônicas degenerativas como cardiopatias, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão, dislipidemias, diabetes mellitus, aterosclerose, cálculo biliar e neoplasias. Estas doenças, que aparentemente são vistas em adultos, estão cada vez sendo diagnosticadas em idades precoces (MIRANDA, 2011).

A prática de atividade física e alimentação adequada atua diretamente na prevenção do sobrepeso, obesidade e das doenças associadas. Tornado assim o estilo de vida da sociedade mais saudável e prevenindo os riscos de terem doenças degenerativas (PAIXÃO, 2010).

Os ganhos com os desempenhos de atividade física para a saúde e qualidade de vida de indivíduos de todas as idades andam acertadamente fundamentados na literatura cientifica. Enquanto adolescente, particularmente, conclui-se que a prática de atividade física traz ganhos relacionados à saúde esquelética e ao domínio da pressão sanguínea e do sobrepeso e obesidade (COLARES et al., 2007).

O objetivo do estudo é identificar a prevalência do sobrepeso e obesidade em adolescente de 15 a 17 anos das escolas privadas de Pedreiras – MA, onde também iremos correlacionar o nível de atividade física dos adolescentes com sobrepeso e obesidade avaliando o nível de atividade física dos alunos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi um estudo descritivo, de natureza transversal e de campo. O estudo foi realizado nas escolas privadas da cidade de Pedreiras – MA. Foram inclusos nas amostras 159 adolescentes, sendo 60 do sexo masculino e 98 do sexo feminino, com faixa etária de 15 a 17 anos, e devidamente matriculados na rede privada de ensino da cidade de Pedreiras – MA.

Para a determinação do nível de atividade física, foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta, sua classificação é descrita conforme os itens:

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1. MUITO ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de: a) VIGOROSA: ≥5 dias/sem e ≥30 minutos por sessão ou

b) VIGOROSA: ≥3 dias/sem e ≥20 minutos por sessão + MODERADA ou CAMINHADA: ≥5 dias/sem e ≥30 minutos por sessão.

2. ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de:

a) VIGOROSA: ≥3 dias/sem e ≥20 minutos por sessão; ou

b) MODERADA ou CAMINHADA: ≥5 dias/sem e ≥30 minutos por sessão; ou c) Qualquer atividade somada: ≥5 dias/sem e ≥150 minutos/sem (caminhada + moderada + vigorosa).

3. IRREGULARMENTE ATIVO: aquele que realiza atividade física, porém, de forma insuficiente para ser classificado como ativo pois não cumpre as recomendações quanto à frequência ou duração. Para realizar essa classificação soma-se a frequência e a duração dos diferentes tipos de atividades (caminhada + moderada + vigorosa).

4. SEDENTÁRIO: aquele que não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana.

Caminhada Moderada Vigorosa Indivíduos Classificação F D F D F D 1 - - - Sedentarismo 2 4 20 1 30 - - Irregularmente ativo 3 3 30 - - - - Irregularmente ativo 4 3 20 3 20 1 30 Ativo 5 5 45 - - - - Ativo 6 3 30 3 30 3 20 Muito Ativo

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7 - - - - 5 30 Muito Ativo

F: Frequência – D: Duração

O IPAQ apresenta vantagens, pois é direcionado para quatro componentes da atividade física (lazer, trabalhos domésticos, ocupacional e de transporte), (HALLAL et al., 2005). Então para a determinação do nível de atividade física, foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e, que foi preenchido pela própria pessoa avaliada.

A coleta dos dados antropométricos para avaliação do estado Nutricional segundo o IMC(Kg/m²), foi feita com as crianças utilizando-se de uniforme escolar composto por: calça e camiseta e as crianças estavam descalças, para coleta do peso utilizou-se balança digital com capacidade de 150Kg e precisão de 100g, para a medida da estatura utilizou-se estadiometro da marca Sanny com capacidade de 2,2 metros .A classificação do peso corporal segundo o IMC, para crianças e adolescentes foi classificado segundo quadro abaixo:

Tabela 1: Classificação do peso corporal segundo IMC, para crianças e adolescentes.

Idade Baixo Peso Normal Sobrepeso Obeso

6 Anos Abaixo de 13,7 13,7 – 17,0 17,0 – 17,5 Acima de 17,5

7 Anos Abaixo de 14,1 14,1 – 17,5 17,5 – 18,3 Acima de 18,3

8 Anos Abaixo de 14,1 14,1 – 18,7 18,7 – 19,8 Acima de 19,8

9 Anos Abaixo de 14,6 14,6 – 19,8 19,8 – 21,2 Acima de 21,2

10 Anos Abaixo de 14,5 14,5 – 20,7 20,7 – 22,0 Acima de 22,0

11 Anos Abaixo de 15,3 15,3 – 21,8 21,8 – 23,4 Acima de 23,4

12 Anos Abaixo de 15,6 15,6 – 23,1 23,1 – 24,6 Acima de 24,6

13 Anos Abaixo de 16,3 16,3 – 23,8 23,8 – 25,2 Acima de 25,2

14 Anos Abaixo de 17,1 17,1 – 24,7 27,7 – 26,2 Acima de 26,2

15 Anos Abaixo de 17,5 17,5 – 24,1 24,1 – 25,6 Acima de 25,6

16 Anos Abaixo de 18,3 18,3 – 25,7 25,7 – 26,8 Acima de 26,8

17 Anos Abaixo de 17,9 17,9 – 25,7 25,7 – 26,2 Acima de 26,2

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146 Foram solicitado aos pais e/ou responsáveis dos adolescentes a assinatura de duas vias do Termo de Consentimento de Livre Esclarecimento, onde concordaram com todas as etapas do estudo. Uma das vias do termo ficou com o responsável e a outra em mão do pesquisador.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A população do estudo foi de 593 adolescentes com faixa etária de 15 a 15 anos, de ambos os sexos e devidamente matriculados no ensino médio privado da cidade de Pedreiras – MA. Foram inclusos nas amostras 159 adolescentes, sendo 60 do sexo masculino e 98 do sexo feminino.

Tabela 2 – Distribuição do Nível de Atividade Física segundo o gênero das escolas privadas, Pedreiras – MA, 2014.

Variável Masculina Feminina

N % N % Muito Ativo 24 40 27 27,5 Ativo 20 33,3 34 34,7 Irregularmente 12 20 24 24,5 Ativo Sedentário 4 6,7 13 13,3 Total 60 100 98 100

O resultado do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) foi satisfatório de adolescentes muito ativo e ativo. Com 40% homens foram muito ativo e 27,5% das mulheres foram muito ativo e 33,3% dos homens e 34,7% das mulheres foram classificados como ativos. Houve diferença significativa entre homens e mulheres no aspecto de muito ativo, sendo classificados os homens muito ativo que as mulheres. O sedentarismo também foi alto nas mulheres, mais em ambos os sexos não houve uma diferença significativa (Tabela 2).

O resultado da tabela 2 do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) que foi satisfatório o número de adolescentes muito ativo e ativo. Com 32,3% para adolescentes muito ativo e 34,3% para adolescentes ativos.

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147 SEABRA et al. (2008), em estudo de revisão, encontraram 14 estudos que condizem o fato de os adolescentes do gênero masculino serem mais ativos. Afirmam que as razões para as diferenças na participação não são claras, mas apontam alguns fatores de aspecto social e biológico que podem condicionar a atividade física como: o tratamento diferenciado entre meninos e meninas pela sociedade, tendo os meninos maior permissão para explorar o seu ambiente físico. Para as meninas não era considerado aceitável sua participação em atividade com elevadas exigências físicas e em que o contato corporal estivesse presente, pós poderia comprometer sua feminilidade.

A falta de atividade física é um determinante de risco para o aumento do peso com a idade é, também, um dos fatores de ganho de peso subsequente, tanto em homens quanto em mulheres e os pesquisadores na área abordam que o excesso de gordura corporal é uma barreira para a adotar um estilo de vida fisicamente mais ativo, aumentando as chances de morbidades ou de morte prematura (NAHAS, 2012).

OEHLSCHLAEGER et al. (2004), estudando 960 adolescentes com idades entre 15 e 18 anos, em Pelotas-RS, observaram 39% de sedentarismo (não participam em nenhum tipo de atividade física, na escola ou fora dela, ou por um período menor que 20 minutos/dia e com frequência menor do que três vezes por semana). Os resultados apontam também que as meninas são mais sedentárias que os meninos com um risco de prevalência 2,35 vezes maior.

Tabela 3 – Distribuição do Estado Nutricional segundo o gênero das escolas privadas, Pedreiras – MA, 2014.

Variável Masculina Feminina

N % N % Baixo Peso 19 31,6 13 13,3 Normal 25 41,7 70 71,4 Sobrepeso 13 21,7 13 13,3 Obesidade 3 5 2 2 Total 60 100 98 100

Na tabela 3 observou-se que o estado nutricional dos adolescentes através do IMC, sendo que o gênero masculino apresentou 31,6% de baixo peso e o gênero

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148 feminino apresentou 13,3%. Já quando comparado a normal entre os dois gêneros, o gênero masculino apresentou 41,7% e o gênero feminino apresentou 71,4%.

A classificação do sobrepeso e da obesidade entre os adolescentes foi razoável, com o resultado gênero masculina 21,7% e feminina de 13,3% do sobrepeso. O gênero masculino apresentou um índice de 5% de obesidade e o gênero feminino um índice de 2%, número baixo, mais preocupante, pois estes adolescentes correm risco de doenças não transmissíveis causadas pelo excesso de peso.

No presente estudo o baixo peso foi maior nos meninos, o sobrepeso e obesidade também foram maiores nos meninos.

Na tabela 3, a classificação do sobrepeso e da obesidade entre os adolescentes foi baixa, com o resultado igual entre os gêneros masculina e feminina de 8,2% do sobrepeso. O gênero masculino apresentou um índice de 1,9% de obesidade e o gênero feminino um índice de 1,3%.

No Brasil, dados do IBGE, (2006), utilizando parâmetros antropométricos, mostram uma frequência de adolescentes com excesso de peso de 16,7%, sendo o problema um pouco mais frequente em meninos (17,9%) do que em meninas (15,4%).

A prevalência de obesidade, principalmente entre adolescentes brasileiros, pode estar associada possivelmente ao seu estilo de vida e aos níveis de atividade física reduzida.

Diversos fatores estão associados à etiologia da obesidade. Estão envolvidos fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e econômicos. A obesidade pode ocorrer em qualquer idade, desencadeada por fatores como desmame precoce, a introdução inadequada de alimentos, distúrbios de o comportamento alimentar e da relação familiar, especialmente nos períodos de aceleração do crescimento.

Embora se tenha um grande acervo de resultados que podem identificar as causas da obesidade, não é tarefa fácil caracterizar sua etiologia. Acredita-se que os determinantes do excesso de peso compõem um complexo conjunto de fatores biológicos, comportamentais e ambientais que se inter-relacionam e se potencializam mutuamente. Entre os fatores associados ao sobrepeso e à obesidade características presentes na gestação e no início da vida, como o peso pré-gestacional materno, o fumo durante a gestação e o estado nutricional na infância. Entretanto, as alterações no padrão de alimentação e de atividade física, ocorridas em diversas populações, são reconhecidamente os determinantes que mais contribuem para o aumento do excesso de peso. (ENES, 2010).

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149 Se aceita atualmente que os genes desempenham um papel permissivo no desenvolvimento da obesidade poligênica e que os fatores ambientais interagem para levar à obesidade. Vale lembrar, também, que uma variação genética que predisponha a um fenótipo de maior risco pode associar-se a maior probabilidade de complicações metabólicas. A tendência a depositar gordura na região abdominal visceral, por exemplo, pode ser geneticamente determinada, conforme demonstrado em estudos com gêmeos monozigóticos (COUTINHO, 2007).

A prevalência mundial da obesidade infantil vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial. Este fato é bastante preocupante, pois a associação da obesidade com alterações metabólicas, como a dislipidemia, a hipertensão e a intolerância à glicose, considerados fatores de risco para o diabetes mellitus tipo 2 e as doenças cardiovasculares até alguns anos atrás, eram mais evidentes em adultos. No entanto, hoje já podem ser observadas frequentemente na faixa etária mais jovem. Além disso, alguns estudos sugerem que o tempo de duração da obesidade está diretamente associado à morbimortalidade por doenças cardiovasculares (OLIVEIRA, 2003).

A prevalência da obesidade em crianças e adolescentes tem crescido na maior parte dos países tornando-se um dos mais significativos problemas nutricionais da atualidade, vem se tornando frequente mesmo em nações em desenvolvimento, nas quais persistem regiões e grupos sociais submetidos a contextos de fome e desnutrição. Estudos apontam, inclusive, que existem casos de desnutrição e obesidade em uma mesma moradia (GUIMARÃES, 2006).

No Brasil, a prevalência do sobrepeso e obesidade vem sucedendo simultaneamente com alterações no aspecto do consumo alimentar da sociedade brasileira. A população em geral, principalmente os adolescentes, estão diminuindo o hábito do consumo de alimentos saudáveis e elevando o consumo de alimentos gordurosos. Mudanças no hábito alimentar e no estilo de vida juntamente com indivíduos inativos, contribuem com o aumento das taxas de prevalência do excesso de peso (CRUZ, 2010).

Levando em consideração a etiologia de estilo de vida como um conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas parecem, ou seja, não haver mais incertezas de que o estilo de vida passou a ser um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades (NAHAS, 2012).

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150 A atividade física regular apresenta uma relação inversa com risco de doenças crônico-degenerativas e tem um efeito positivo na qualidade de vida e em outras variáveis psicológicas. Países desenvolvidos, por meio de instituições e organizações, têm concentrado seus esforços na área da saúde pública e na prevenção de várias doenças como as coronarianas e hipertensão. Para tanto, tem sido dada ênfase à redução do sedentarismo, mediante planos de adoção de atividade física regular para melhoria da saúde individual e coletiva (OEHLSCHLAEGER, 2004).

Segundo PAIXÃO (2010), o estilo de vida da sociedade é associado aos fatores de risco e tem aumentado gradativamente os desenvolvimentos das doenças crônicas não transmissíveis, devida a inatividade física e a prática da nutrição inadequada da sociedade.

CONCLUSÃO

No presente estudos pode-se observar que o sedentarismo foi baixo e que a maior porcentagem de adolescentes está dentro do peso e pratica alguma atividade física. O sedentarismo apesar de ter dando baixo, vale ressaltar que é um dos fatores para o aumento da obesidade, desta forma este presente estudo pode concluir que crianças mais ativas tendem a apresentar índices menores de peso corporal.

Os adolescentes que apresentaram um desempenho regular de atividades físicas devem ser estimulados a não parar de praticar atividades físicas, para que em conjunto com uma alimentação equilibrada e saudável, terem boa saúde e diminuem os índices de sobrepeso e obesidade entre os adolescentes.

REFERÊNCIAS

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COUTINHO, W. Consenso Latino Americano sobre Obesidade, Arquivos Brasileiros Endocrinologia e Metabolismo, 43(1):21-60, 2007.

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151 CRUZ, L.O.L.; SALLES, D.R.M. Avaliação do estado nutricional e distribuição de gordura corporal de estudante da área da saúde do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM). Ver. Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão do UNIPAM. Patos de Minas, v. 1, n. 7, p. 40-52, ago. 2010.

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GUIMARÃES, L. V., BARROS, M. B. A., MARTINS. M. S. A. S. Duarte EC. Fatores associados ao sobrepeso em escolares. Rev. Nutrição, 2006; 19(1): 5-17.

MIRANDA, João Marcelo de Queiroz; ORNELAS, Elisabete de Marco; WICHI, Rogério Brandão. Obesidade infantil e fatores de risco cardiovasculares; Childhood obesity and cardiovascular risk factors. Conscientia e saúde (Impr.), v. 10, n. 1, 2011. NAHAS, Markus Vinicius; DE BARROS, Mauro VG; FRANCALACCI, Vanessa. O pentáculo do bem-estar-base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 5, n. 2, p. 48-59, 2012. NÉSPOLI, Ana Cláudia. Obesidade infantil: um estudo sobre hábitos alimentares. 2014. OLIVEIRA, A. M. A., CERQUEIRA, E. M. M., SOUZA, J. S., Oliveira A. C. Sobrepeso e obesidade infantil: Influência dos fatores biológicos e ambientais em Feira de Santana, BA. Arq Bras Endocrinol Metab, 2003;47/2:144-50.

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