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ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE CEMAm PRESIDÊNCIA

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ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CEMAm

PRESIDÊNCIA

RESOLUÇÃO N.O 029 / 2003

O Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEMAm, previsto pela Lei 13.456 de 16 de abril de 1999, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto no 2.730 de 5 de junho de 1987, pelo Decreto no 5.253 de 6 de julho de 2000 e pelo Decreto no 5.417 de 26 de abril de 2001, observando o disposto em seu regimento interno;

Considerando a inexistência de legislação que trata da realização de pesquisas científicas nas Unidades de Conservação,

Considerando a necessidade de regulamentar a realização de pesquisas científicas nas Unidades de Conservação, RESOLVE:

Art. 1 - A realização de estudos, pesquisas ou atividades de cunho técnico-científico em Unidades de Conservação Estaduais, envolvendo seus elementos bióticos, abióticos e antrópicos, fica condicionada às normas desta resolução, devendo ser autorizada pelo órgão responsável pela Unidade de Conservação.

Parágrafo único – As atividades técnico-científicas de prospecção, exploração, topografia e mapeamento de cavidades naturais subterrâneas e outras que implicarem na coleta de dados espeleológicos, também estarão sujeitas às normas desta Portaria.

Art. 2 - A autorização para pesquisa somente será concedida quando:

I – os dados, resultados ou conhecimentos a serem gerados contribuírem, direta ou indiretamente, para a melhoria dos trabalhos de administração, gestão e manejo das Unidades de Conservação, ou para o interesse público;

II – sua realização não implicar em danos aos ecossistemas ou às populações de animais, de microrganismos, de vegetais, bem como de populações locais abrangidas pelas Unidades de Conservação;

§ 1 - A autorização somente será concedida a técnicos ou pesquisadores ligados a instituições científicas ou entidades diretamente voltadas para os objetivos do trabalho, ou quando por estas devidamente credenciados, neste caso responsabilizando-se por seus atos.

§ 2 - No caso de entidades espeleológicas, as mesmas deverão estar cadastradas junto à Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e apresentar curriculum de atividades com carta de recomendação da SBE.

§ 3 - Os pedidos de autorização para pesquisa, subscritos por pesquisadores estrangeiros, deverão ser traduzidos na língua portuguesa e acompanhados do credenciamento e designação fornecida por instituição técnico-científica de seu país, além de obrigatoriamente autorizados pelo Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq, conforme legislação e normas vigentes.

Art. 3 - A concessão da autorização de que trata esta resolução dependerá da análise e aprovação de projeto, a ser apresentado pelo requerente.

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§ 1 - Para a autorização de pesquisa, as propostas devem incluir os seguintes documentos:

I - Projeto de pesquisa contendo: título da pesquisa, objetivos, justificativa, revisão bibliográfica, metodologia, resultados esperados, cronograma de execução e equipe executora; constando ainda se haverá coleta, captura ou marcação de espécies animais e vegetais;

II – Preenchimento do formulário específico (em anexo);

III – Curriculum vitae do pesquisador responsável e de todos os pesquisadores e integrantes da equipe;

IV – Carta de apresentação da instituição;

V – Anotação de Responsabilidade Técnica ou documento equivalente junto ao órgão fiscalizador da categoria profissional à qual pertencer o pesquisador.

Art. 4 - O projeto, acompanhado por toda a documentação exigida, deverá ser encaminhado ao órgão responsável pela Unidade de Conservação em até 60 dias antes do início previsto dos trabalhos na Unidade de Conservação, que emitirá parecer conclusivo em, no máximo, 30 dias.

Art. 5 - A coleta de material deverá ser acompanhada da descrição e quantificação aproximada do tipo de material ou dados a serem coletados, bem como indicação de seu uso e destino, especificando, sempre que possível, o número máximo de amostras a serem coletadas.

§ 1 - Quando o material coletado for de interesse da Unidade de Conservação, este deverá ser entregue à mesma após a conclusão dos trabalhos de pesquisa.

§ 2 - Só será permitida a marcação de animais e plantas conforme caracterizado na proposta de pesquisa autorizada e quando for absolutamente necessária, desde que não cause danos aos mesmos. O pesquisador deve também informar previamente ao supervisor da unidade sobre os padrões de marcação utilizados na área da Unidade. Após o término da pesquisa, as marcações na área que não forem de interesse da Unidade de Conservação deverão ser retiradas pela própria equipe executora da pesquisa.

§ 3 - Projetos de pesquisa que envolvam a coleta ou captura de espécies de fauna e/ou flora constantes da lista oficial de Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção somente serão considerados para análise nos casos em que não implicarem em risco de vida para o espécime coletado/capturado; os objetivos da pesquisa forem diretamente vinculados à sua preservação; e não confrontarem as normas e legislações federais vigentes.

Art. 6 - O envio de material coletado nas pesquisas para fora dos limites da Unidade de Conservação somente será permitida em casos especiais, mediante autorização do órgão responsável pela Unidade de Conservação e observadas as normas e legislações vigentes. Art. 7 Todo desempenho para execução da pesquisa cabe ao pesquisador, que deverá se comprometer a:

I - Comunicar com antecedência mínima de 30 (trinta) dias qualquer tipo de alteração no cronograma de fases de campo na Unidade de Conservação.

II - Antes de empreender qualquer trabalho de campo, destinar um período para familiarização com o ambiente de trabalho e apresentação informal dos objetivos e da execução do projeto ao corpo técnico da Unidade de Conservação.

Art. 8 - O pesquisador autorizado a desenvolver trabalhos em Unidades de Conservação deverá enviar ao órgão responsável, a cada seis meses, relatórios parciais que deverão conter, entre outros:

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I) dados coletados e observações conduzidas no período; II) resultados parciais ou totais alcançados;

III) principais obstáculos ou dificuldades encontradas;

IV) discriminação e quantidade do material coletado, bem como o seu destino; V) informação sobre quaisquer agressões e/ou danos ao equilíbrio ecológico e ao meio ambiente que porventura forem observadas na Unidade de Conservação. Art. 9 - O relatório final das atividades de estudo e pesquisa autorizadas deverá ser entregue até 3 meses após a sua conclusão, independentemente do alcance dos objetivos e metas estabelecidas.

§ 1 - No prazo máximo de 3 meses após a conclusão dos trabalhos de campo na Unidade de Conservação, todos os dados coletados (tratados ou não) deverão ser encaminhados ao órgão responsável pela mesma, acompanhados de relatório preliminar. Caso não o faça dentro dos prazos estabelecidos, o pesquisador fica sob pena de seus pedidos posteriores serem indeferidos.

Art. 10 - É de responsabilidade do pesquisador analisar, publicar e divulgar os resultados obtidos com a implementação da pesquisa, mencionando o apoio do órgão responsável pela Unidade de Conservação, os quais deverão ser enviados , no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de publicação, pelo menos duas cópias de todo o material escrito (relatório técnico, tese, dissertação, trabalho apresentado em congresso ou publicado em revista nacional ou estrangeira) ao mesmo, sendo uma das cópias encaminhada para o acervo documental da Unidade trabalhada e outra para a biblioteca do órgão.

Art. 11 - Para o órgão responsável pela Unidade de Conservação, o pesquisador titular/coordenador dos trabalhos será o responsável pelos procedimentos técnicos dos demais pesquisadores e auxiliares, e atuará como interlocutor junto ao órgão e à respectiva Unidade de Conservação.

§ 1º - A Unidade de Conservação não se responsabilizará por acidentes e perdas que ocorram durante a execução da pesquisa, sendo ainda responsabilidade do pesquisador os riscos e contingências decorrentes da execução do projeto de pesquisa aprovado. Art. 12 - O pesquisador deverá estar disponível, durante o desenvolvimento da pesquisa, para ministrar palestras sobre os estudos realizados e sobre sua área de atuação quando solicitado, além de zelar pela imagem, nome e reputação da Unidade de Conservação e do órgão responsável por ela.

Art. 13 - A autorização expedida na forma desta resolução terá validade correspondente ao período de até um ano, podendo ser renovada, de acordo com a duração do projeto, desde que a instituição ou o pesquisador esteja em dia com as obrigações definidas por esta resolução e não haja nada que reprove ou desabone sua permanência na Unidade de Conservação.

Art. 14 - A eventual prorrogação da autorização de pesquisa além do prazo inicialmente assumido no respectivo projeto, dependerá da avaliação do(s) resultado(s) alcançado(s) até então, e das justificativas e razões apresentadas.

Art. 15 - As atividades de pesquisa deverão obedecer as legislações e normas legais vigentes para as Unidades de Conservação, e o(s) pesquisador(es) e demais integrantes da equipe devem observar rigorosamente as normas de conduta social e aquelas definidas pelas regras de uso e plano de manejo da Unidade de Conservação.

Art. 16 - A pesquisa deverá ser acompanhada, a critério do órgão responsável pela Unidade de Conservação, por um representante do mesmo, designado para este fim.

Art. 17 - Sem prejuízo da responsabilidade civil e penal, a infração às normas desta resolução e legislação vigente importará, segundo a gravidade do fato:

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I) a suspensão imediata da atividade em curso, com a comunicação da infração cometida ao dirigente da entidade a que o infrator esteja vinculado;

II) o cancelamento da autorização concedida;

III) a declaração de inidoneidade do infrator, com conseqüente impedimento, temporário ou permanente, para empreender pesquisa científica nas Unidades de Conservação do Estado;

IV) a apreensão e a perda do equipamento utilizado nos trabalhos, bem como do material coletado, nos termos da legislação.

Parágrafo Único – Qualquer pessoa física ou jurídica que constatar o desenvolvimento de atividades em desacordo com o disposto nesta resolução e outras normas legais e regulamentos vigentes, poderá comunicar o fato ao órgão responsável pela Unidade de Conservação que determinará a sua apuração e tomará as medidas cabíveis.

Art. 18 - A autorização para estudos e pesquisas em Unidades de Conservação concedida pelo órgão responsável pela Unidade de Conservação, não obriga o órgão a propiciar apoio logístico ao desenvolvimento dos trabalhos.

Art. 19 - Os casos omissos nessa resolução serão decididos por uma comissão de técnicos designados pelo órgão responsável pela Unidade de Conservação.

Art.20 - A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Art. 21 – Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES DO CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, aos 20 dias do mês de maio de 2003.

PAULO SOUZA NETO

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FORMULÁRIO PARA AUTORIZAÇÃO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS

1. DADOS PESSOAIS DO TITULAR DA PESQUISA Nome:

Instituição:

Área de atuação:

ENDEREÇO PROFISSIONAL Rua:

Bairro: Cidade: UF: CEP: Fone:

Fax: e-mail:

2. DADOS PESSOAIS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA PESQUISA Nome do responsável:

Instituição:

Área de atuação:

Declaro para os devidos fins que sou o responsável pelo graduando acima identificado, bem como por todos os procedimentos que ocorrerão durante o desenvolvimento da pesquisa.

Assinatura do responsável técnico pela pesquisa ENDEREÇO PROFISSIONAL

Rua:

Bairro: Cidade: UF: CEP: Fone:

Fax: e-mail:

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3. DADOS SOBRE A PESQUISA Título do projeto:

Objetivos da pesquisa: Metodologia:

RELAÇÃO DA EQUIPE DO PROJETO QUE TERÁ ACESSO À UNIDADE DE CONSERVAÇÃO, DESTACANDO A FUNÇÃO NO PROJETO

Nome: Função no projeto: Telefone de contato/e-mail: Nome: Função no projeto: Telefone de contato/e-mail: Nome: Função no projeto: Telefone de contato/e-mail:

GUIA DE COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO

COLETAS

Espécie Família Nome Comum da

espécie

Especificar Quantidade

Por parte (ex. sangue, pelo,

flor, fruto,etc)

INFORMAÇÕES ADICIONAIS DA COLETA Instituição que utilizará o material coletado:

Instituição depositária: Curador Responsável: Telefone para contato:

(7)

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO

Declaro que sou responsável por todas as informações prestadas neste formulário, bem como em cumprir e fazer cumprir com as normas e regulamentos pertinentes às Unidades de Conservação, especificados na Lei do Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC (Lei n.º 14.247/2002) e ao que determina a legislação que regulamenta o acesso ao patrimônio genético de amostras de material biológico.

Autorizo o órgão responsável pela Unidade de Conservação a utilizar as informações geradas por este trabalho no manejo técnico da (s) Unidade (s) de Conservação alvo deste trabalho.

Comprometo-me em fornecer ao órgão, os dados do tombamento das amostras do material biológico depositados em coleções científicas, duas cópias das publicações científicas originárias desta pesquisa, sendo uma para o acervo documental da Unidade e outra para a biblioteca do órgão, bem como uma cópia do material fotográfico e filmes eventualmente produzidos.

_______________________________ _________________________________ Local - Data Assinatura

_______________________________ _________________________________ Local - Data Assinatura

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