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Nome da Unidade: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio / FIOCRUZ. Plano de Curso para: Habilitação:

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Academic year: 2021

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Nome da Unidade: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio / FIOCRUZ C CNNPPJJ:: 3333..778811..005555//00001177--0000 D Daattaa:: Á ÁrreeaaddooPPllaannoo::ÁÁrreeaaPPrrooffiissssiioonnaallSSaaúúddee

Plano de Curso para:

Habilitação:

Técnico de Laboratório em Análises Clínicas (Biodiagnóstico em Saúde)

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1. Justificativa e Objetivos.

Desde 1988, a EPSJV/FIOCRUZ oferecia, dentre outras, as habilitações técnicas em Patologia Clínica e Histologia, nos termos da Lei no 5.692/71. As mudanças ocorridas nos processos de trabalho em saúde, inclusive no âmbito laboratorial, demonstravam que essas habilitações não mais correspondiam à totalidade do processo de trabalho em saúde no campo da ciência, da tecnologia e dos serviços. Verificava-se, por exemplo, a inserção de técnicas do campo da Biotecnologia e da Química Fina, além da automação microeletrônica e da informatização. Com certeza, essas mudanças, que colocavam o campo da saúde no contexto das transformações produtivas do final do século, implicavam também mudanças no campo da educação profissional em saúde.

Face a essa constatação e considerando que a formação realizada pela EPSJV/FIOCRUZ tem o trabalho como princípio educativo, concluiu-se sobre a necessidade de se estudar sistematicamente essa realidade, com vistas à reformulação das referidas habilitações. Assim, a EPSJV/FIOCRUZ desenvolveu, em 1996, o projeto “Formação Técnica em Biotecnologia em Saúde”, financiado pelo PCDT/CNPq, com o objetivo de investigar o processo de trabalho em saúde nos campos da produção, da pesquisa e do serviço, tendo como foco de análise a inserção do técnico nesses campos. A Biotecnologia foi privilegiada enquanto eixo de estudo, pelo relevo que as técnicas biotecnológicas vinham assumindo no quadro das transformações tecnológicas na área da saúde.

Procedeu-se, então, a um mapeamento dos processos de trabalho nos setores de produção, pesquisa e serviços em saúde, visando identificar: a) o tipo de produção e sua articulação com outros locais; b) a relação entre divisão do trabalho e qualificação profissional; c) as formas e os conteúdos da aprendizagem no e do trabalho; e d) as inovações tecnológicas e seus impactos, especialmente relacionadas ao campo da Biotecnologia. Foram analisados os processos de trabalho em oito unidades da FIOCRUZ e três outras instituições públicas e privadas.

O estudo evidenciou algumas características contemporâneas e perspectivas do processo de trabalho nos citados setores da saúde, de acordo com o que se propôs a identificar, com resultados publicados na 19a Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (1996) e no V Congresso da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (1997). Com isto, o estudo permitiu concluir sobre a possibilidade e mesmo sobre a necessidade de se construir uma única habilitação técnica voltado para o trabalho em laboratório. Tal habilitação congregaria conhecimentos científicos e tecnológicos que estruturam o processo de trabalho em laboratórios de saúde, associados aos setores de produção, de análise, de pesquisa e de serviço em saúde. Propôs-se, assim, a habilitação de “Técnico em Biodiagnóstico em Saúde”. O advento da Reforma da Educação Profissional no Brasil, após a promulgação da Lei no 9.394/96, mediante a publicação do Decreto no 2.208/97, entretanto, levou a EPSJ/FIOCRUZ a efetuar determinadas mudanças na organização de seus cursos que limitaram o aproveitamento pleno dos resultados do estudo no

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sentido de uma formação abrangente, tal como descrita no parágrafo anterior. Um perfil profissional com aquelas características exigiria que a formação técnica se articulasse estreitamente e organicamente com a formação básica realizada ao longo de todo o curso, além de demandar um tempo de formação significativamente superior aos mínimos apregoados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico.

1. Objetivo.

O curso de Formação de Técnicos em Análises Clínicas (Biodiagnóstico) tem por objetivo fornecer base teórica e prática atualizadas, de modo a permitir que seus egressos sejam capazes de atuarem em variados postos de trabalho, se ocupando tanto das tarefas de análises clínicas, como de pesquisa biológica e de controle de qualidade.

2. Requisitos de Acesso.

O acesso ao curso se dará por aprovação em seleção pública, cujas normas deverão estar contidas em edital amplamente difundido através dos órgãos de divulgação competentes.

Os candidatos deverão ter comprovação de conclusão do Ensino Fundamental, demonstrando especial domínio de conhecimentos científicos relacionados a aspectos biológicos, físicos e químicos da natureza e suas respectivas aplicações e de todas as demais áreas de conhecimento (Língua Portuguesa, Matemática, Geografia e História); bem como aspectos da vida cidadã, tais como: saúde, sexualidade, vida familiar e social, meio ambiente, trabalho, ciência e tecnologia, cultura e linguagens, previstos na Resolução CEB/CNE nº 02 de 07/4/1998.

3. Perfil Profissional de Conclusão.

Ao final do curso, o Técnico em Análises Clínicas (Biodiagnóstico) deverá ter desenvolvido conhecimentos profissionais gerais e específicas que lhe permitam exercer, com eficiência e eficácia, as seguintes atividades profissionais:

 auxiliar e executar atividades padronizadas em laboratórios de análises clínicas (Biodiagnóstico) utilizadas na busca ou confirmação de diagnósticos;

 implantar, testar e colocar em rotina novas tecnologias que venham a surgir neste campo, em especial aquelas que envolvam conhecimentos biomédicos; Tais atividades dos técnicos deverão ter necessariamente a supervisão de um profissional de Nível Superior com habilitação nesta área, não sendo permitido ao técnico a assinatura dos laudos, que fica sob responsabilidade do profissional de Nível Superior.

Os laboratórios de rotina, principal área de trabalho pretendida para os egressos deste curso, deverão estar de acordo com as normas vigentes para esta atividade sendo dever do técnico comunicar a falta de condições adequadas de trabalho, assim como, a solicitação dos equipamentos e materiais de proteção individual e coletiva. Os técnicos desta atividade deverão estar em dia com o protocolo de vacinação previsto para os profissionais da área de Saúde.

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4. Organização Curricular. (DESENVOLVER “IDENTIDADES EPISTEMOLÓGICAS” E INCLUIR AULAS EXPOSITIVAS)

Optou-se pela organização curricular em disciplinas, com os componentes curriculares agrupados segundo uma identidade epistemológica. Durante todo curso, os conteúdos das diversas disciplinas serão abordados através de situações - problemas, projetos, seminários, aulas práticas e outras estratégias pedagógicas.

Optou-se pela organização curricular em disciplinas, com seus componentes distribuídos de maneira que, na primeira série as disciplinas sejam básicas para as demais que seguirão nos anos seguintes. Durante todo curso, os conteúdos das diversas disciplinas serão abordados através de situações - problemas, projetos, seminários, aulas teóricas (expositivas) e práticas (em laboratório didático ou de serviço) e outras estratégias pedagógicas.

4.1. Componentes curriculares

Curso Técnico em Análises Clínicas ( Biodiagnóstico)

Série Disciplina CHT

1 Animais de Laboratório 45 1 Técnicas Básicas em Laboratório 60 1 Boas Práticas Laboratoriais e

Biossegurança 30

1 Manutenção Preventiva 45 1 Fundamentos de Química Analítica 60

1 Morfologia 120

1 Iniciação a Educação Politécnica

(IEP) 240 Total 600 Série Disciplina CHT 2 Bioquímica 120 2 Biologia Molecular 60 2 Técnicas Histológicas 120 2 Imunologia 60 2 Hematologia 60 2 Fluidos Corporais 30 2 Bioestatística 30 2 IEP 120 Total 600

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Série Disciplina CHT 3 Protozoologia 45 3 Helmintologia 45 3 Micologia 30 3 Virologia 45 3 Bacteriologia 45 3 Estágio 300 3 IEP 90 Total 600

Total incluindo estágio: 1800 horas Total sem estágio: 1500 horas

4.2. Informações sobre a estrutura da Disciplina Iniciação à Educação Politécnica - IEP

Os objetivos do IEP são:

• Discutir a relação entre território e sociedade, refletir sobre a construção histórica do processo saúde-doença, apresentar noções de epidemiologia e informação em saúde;

• Refletir sobre a dimensão histórica e ontológica do trabalho, sobre a constituição e organização do trabalho em saúde, e apresentar noções sobre gestão e planejamento;

• Discutir os conceitos de estado, sociedade e cidadania, a história das políticas públicas de saúde e o Sistema Único de Saúde;

• Desenvolver a capacidade de leitura e produção de textos; • Iniciar os alunos no processo de investigação científica;

• Aproximar os alunos da realidade do trabalho no campo da saúde;

Trabalho de Integração (TI):

Por meio de um trabalho investigativo acerca de um tema da saúde, problematizar e exemplificar esses objetivos do IEP. Assim, durante o primeiro semestre os

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alunos irão discutir uma questão de saúde e uma política referente à mesma. E, no segundo semestre, discutirão a organização do sistema de saúde, de um serviço de saúde e do processo de trabalho em saúde.

Carga Horária: 60 hs/aula

Oficina de Leitura:

Desenvolvimento de oficinas com o objetivo de fortalecer o processo de leitura e produção crítica de textos, articulada com a discussão sobre o processo de produção e difusão do conhecimento nas diversas linguagens.

Carga Horária: 60 hs/aula

Acompanhamento da Monografia:

Durante o terceiro ano, os alunos terão reservados horários para orientação, seminários de apresentação do desenvolvimento da monografia e para defesa da monografia.

Carga horária: 90hs

Eixos Teórico – Práticos: estruturam os conteúdos a serem discutidos no IEP e PTCC, mantendo o objetivo sistematizar os conteúdos comuns das formações técnicas, e que são estruturantes para a formação politécnica em saúde:

 TRABALHO  POLÍTICA  CIÊNCIA  SAÚDE

Tabela da distribuição da carga horária 1o. semestre 2o. semestre 3o. semestre 4o. semestre 5o. semestre 6o. semestre 2x /semana 2x/semana 1x/semana 1x/semana 1x/semana Quinzenal 120hs/aula 120hs/aula 60hs/aula 60hs/aula 60hs/aula 30hs/aula

Total= 450hs/aula

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5. Critérios de Avaliação da Aprendizagem

A avaliação dos alunos procurará verificar os conhecimentos apreendidos durante o processo de aprendizagem, de modo a possibilitar aos docentes pronunciar-se sobre os avanços educativos dos estudantes e, a estes últimos, fornecer de referência para que julguem onde estão, aonde podem chegar e do que vão necessitar para continuar aprendendo. Desta forma, a avaliação será planejada considerando-se 3 (três) de suas dimensões fundamentais, a partir das quais será conferido o diploma, a saber:

a) Diagnóstica inicial: permitirá detectar os atributos que os alunos já possuem, contribuindo para a estruturação do processo de ensino-aprendizagem a partir dos pré-conhecimentos dos mesmos. A avaliação diagnóstica inicial deverá tentar recolher evidências sobre as formas de aprender dos alunos, seus conhecimentos e experiências prévias, seus erros e preconcepções. Caberá ao professor, se possível em conjunto com os alunos, interpretar as evidências, percebendo o ponto de vista deles, o significado de suas respostas, as possibilidades de estabelecimento de relações, os níveis de compreensão que possui dos objetos a serem estudados. Essa dimensão da avaliação caracterizará também os processos seletivos no sentido de verificar os requisitos de acesso ao curso. Os instrumentos utilizados nesse tipo de avaliação, conjugados entre si ou não, podem ser:

 exercícios de simulação;

 realização de um micro-projeto ou tarefa;  perguntas orais;

 exame escrito;

b) Formativa: permitirá identificar o nível de evolução dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Para os professores, implicará uma tarefa de ajuste constante entre o processo de ensino e o de aprendizagem, para se ir adequando a evolução dos alunos e para estabelecer novas pautas de atuação em relação às evidências sobre sua aprendizagem. A análise dos trabalhos será feita não sob a ótica de se estão bem ou mal realizados, mas levando-se em conta a exigência cognitiva das tarefas propostas, a detenção dos erros conceituais observados e as relações não previstas, levantando-se subsídios para o professor e para o aluno, que o ajudem a progredir no processo de apreensão dos conhecimentos, desenvolvimento e aprimoramento de destrezas, construção de valores e qualidades pessoais. Nesse momento de avaliação serão utilizados as mesmas estratégias/instrumentos de recolhimento de informação da avaliação diagnóstica inicial, porém, necessariamente conjugadas entre si.

c) Recapitulativa: apresentar-se-á como um processo de síntese da aprendizagem, sendo o momento que se permitirá reconhecer se os estudantes alcançaram os resultados esperados em função das situações de ensino e aprendizagem planejadas. Este tipo de avaliação será proposta aos alunos mediante estratégias/instrumentos das dimensões anteriores, porém, aproximando-se mais diretamente das situações de trabalho.

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A dimensão certificativa, que legitimará a promoção dos estudantes de um módulo a outro do curso, será o ápice do processo de formação, como inferência viabilizada pelo completo sistema de avaliação implementado durante o curso, objetivando-se segundo padrões de desempenho acordados entre equipe de formação e alunos. Os princípios de avaliação aqui dispostos aplicam-se também ao estágio curricular, em relação ao qual exigir-se-á o cumprimento da carga horária mínima definida na estrutura do curso.

Estudos de recuperação, critérios e instrumentos de avaliação de componentes curriculares pendentes serão estabelecidos conjuntamente entre aluno e professor, ficando claro que parâmetros de desempenhos avaliados em componentes curriculares específicos devem evidenciar a construção dos conhecimentos exigidos nas disciplinas.

Além da aprovação nas disciplinas que fazem parte da estrutura curricular o aluno deverá apresentar, ao final do curso, uma monografia de conclusão, que será desenvolvida no decorrer do curso com a orientação dos docentes e avaliada por banca formada por três professores.

Referências

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