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Diretor: Renato Saraiva editor: Guilherme Saraiva
Autor: Matheus Carvalho e Brenda Guimarães Direção de Arte: Samira Cardoso
Diagramação e enriquecimento:
Taíssa Bach, Juliana Andrade e Euller Camargo
Revisão: Amanda Fantini Bove Assistente de revisão: Ayme Oliveira
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Apresentação
É com grande satisfação que iniciamos mais uma edição do nosso Livro de Di-reito Administrativo da Coleção Tribunais.
Apesar do sucesso de venda das edições anteriores, nesta edição, após a revisão completa dos temas, houve a necessidade de se incluir questões comentadas em di-reito Administrativo.
Neste livro é abordado de forma completa e aprofundada os temas recorrentes nos concursos dos Tribunais, permitindo ao leitor um estudo que o levará a ter se-gurança na matéria.
Alegramos-nos com este livro principalmente após o relato de diversos leitores que obtiveram sucesso na realização de suas provas apenas com a utilização deste nosso livro como leitura bibliográfica de estudos.
Esperamos que você, caro leitor, tenha sucesso no seu pleito, seja com o obje-tivo de acrescer conhecimento ou na realização e aprovação em concursos públicos.
Um forte abraço Matheus Carvalho e Brenda Guimarães.
Princípios
01
CAPÍTUL
Capítulo 01 - Princípios
No Direito Administrativo é fundamental o estudo dos princípios uma vez que são postulados por inspirarem o modo de agir de toda administração pública, tra-zendo dinamismo ao sistema. Eles representam a conduta do Estado no exercício de suas atividades essenciais. Assim como todos os outros ramos do Direito, no direito administrativo a sua lógica é a espinha dorsal de todo este sistema, e isto se encontra no estudo de seus princípios. Em suma, os princípios são a forma de raciocinar direi-to administrativo e compreender direi-toda sua lógica.
O Estudo destes princípios é o que denominamos regime jurídico administrativo.
Regime jurídico administrativo: lógica que se baseia na ideia de limitações e prerrogativas em face do interesse público. Esses princípios devem guardar entre si essa lógica, devendo ter entre eles um ponto de coincidência.
1.1. PRINCÍPIOS BÁSICOS
1.1.1. PrincíPio da SuPremacia do intereSSe Público
So-bre o Privado
O interesse público é supremo sobre o interesse particular e sua última finalida-de é ter sua atuação voltada para o interesse coletivo”. finalida-desta forma, a conduta estatal não visa o interesse do indivíduo, mas, do grupo social em sua totalidade e, se assim não ocorrer, estaremos nos deparando com um Desvio de Finalidade. A administra-ção goza de supremacia decorrente deste princípio, nas palavras de Marcos Bitten-court em seu livro (Manual de Direito Administrativo – Editora fórum, 4.ª edição, página 28) “o princípio da supremacia de interesse público atribui um
status
especial ao Estado frente ao particular” razão pela qual vige a presunção de legalidade dosCapítulo 01 - Princípios
atos praticados pela Administração. Este princípio não está expresso. No texto cons-titucional, embora existam inúmeras regras que impliquem em suas manifestações de forma concreta. Para isso podemos nos referir a institutos correlatos dispostos na Constituição da República, tais como: a possibilidade de desapropriação. (5º, XXIV), a requisição administrativa ( 5º,XXV) entre outras prerrogativas.
Dentre estas outras prerrogativas verificamos:
a Administração Pública pode revogar seus próprios atos, quando inoportunos ou inconvenientes, o que se denomina de autotutela.
a autoexecutoriedade e presunção de legitimidade dos atos Administrativos. a possibilidade de alterar unilateralmente os Contratos Administrativos. disposições sobre proteção ao meio ambiente e relações de consumo. algumas pessoas jurídicas possuem privilégios tributários.
prazos processuais diferenciados às pessoas jurídicas de direito público, qual seja, prazo em quádruplo para contestação e em dobro para apresentação de recursos. Como privilégio processual, também se pode citar a remessa necessária em decisões proferidas contra entes públicos.
bens públicos com garantia de impenhorabilidade, criando um regime de paga-mento de débitos judiciais mediante precatórios.
o Poder de Polícia (que será abordado em tópico próprio).
É oportuno mencionar que essas prerrogativas do interesse público sobre o pri-vado não são manipuladas ao bel prazer da Administração Pública, pois, na verdade, esta não possui um Poder puro e simples, mas, um Poder-dever para bem desempe-nhar sua função que é administrar.
Capítulo 01 - Princípios
Por exemplo, o contrato administrativo possui cláusulas exorbitantes (prerro-gativas), todavia, não o dispensa de ser realizado mediante licitação, pois há uma finalidade previamente determinada que fosse se submeter ao prazo de duração de-terminado em lei. (limitações)w
É de suma importância esclarecer que em todos os casos de prerrogativas da Administração Pública, a sua incorreta utilização pode ser judicialmente corrigida por habeas corpus (no caso de ofensa à liberdade de ir e vir) e, na maioria dos casos, por Mandado de Segurança. O primordial é lembrar que essa atuação deve estar sempre nos limites da Lei.
Ainda podemos fazer uma distinção entre interesse público primário e o interesse público secundário. O primeiro seria a soma do interesse do indivíduo dessa sociedade. O segundo são os anseios e necessidades do Estado como sujeito de direito. Havendo conflitos entre os referidos interesses prevalecerá o interesse público primário.
1.1.2. PrincíPio da indiSPonibilidade do intereSSe Público
Este princípio tem como limite o fato de que a indisponibilidade do interesse público deve estabelecer ao administrador que este não pode deixar de atuar, quando o interesse público assim o exigir. “Já que o administrador não é o titular do interesse público, a ele não pertencem os bens da administração e, portanto, não tem livre atu-ação uma vez que atua em nome de terceiros.” Assim podemos dizer que este é um contrapeso do princípio da supremacia do interesse público. Segundo Fernanda Ma-rinela, “em nome da supremacia do interesse público, o Administrador pode muito, pode quase tudo, mas, não pode abrir mão do interesse público”. Logo o princípio da Indisponibilidade serve para limitar a atuação desses agentes públicos. MARINE-LA, Fernanda – Direito Administrativo. Niterói: Impetus Editora,6ª ed. 2012
Capítulo 01 - Princípios
Esses dois princípios embasam o sistema administrativo que se
re-sume nas prerrogativas que o Estado goza de determinadas
lim-itações a que o Estado se submete. A administração só pode atuar
dentro do limite do interesse público, não obstante goze de vantagens
amparadas no próprio interesse coletivo. Para Celso Antônio
Bandei-ra de Mello, esses dois princípios “são as pedBandei-ras de toque” do
Di-reito Administrativo. MELLO, Celso Antonio Bandeira – Curso de
Direito Administrativo, São Paulo: Malheiros 26ª ed. 2009
Desses dois princípios acima referidos decorrem todos os demais. De acor-do com a acor-doutrina mais moderna, toacor-dos os princípios de direito administrativo são constitucionais, sendo alguns implícitos e outros explícitos, mas todos decorrentes da Constituição Federal.
1.2. PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
No artigo 37 da Constituição Federal, estão expressos cinco princípios, quais sejam:
Legalidade impessoalidade Moralidade Publicidade eficiência
1.2.1. PrincíPio da legalidade
O administrador só pode atuar conforme determina a lei. É a garantia de que todos os conflitos sejam solucionados pela lei. Para Celso Antônio “o princípio da
Le-Capítulo 01 - Princípios
galidade é específico do Estado de Direito, é justamente aquele que o qualifica e que lhe dá identidade própria, por isso considerado é basilar para o Regime Jurídico-ad-ministrativo”. Fala-se em princípio da Subordinação à lei. Não havendo previsão legal, está proibida a atuação do ente público. MELLO, Celso Antônio Bandeira – Curso de Direito Administrativo, São Paulo: Malheiros 26ª ed. 2009
Ressalte-se que a atuação pode ser expressa ou implicitamente prevista em lei, diante da possibilidade de edição de atos administrativos discricionários.
Tal princípio decorre da indisponibilidade do interesse público. Afinal, a lógica é que o administrador não pode atuar de forma a dispor do interesse público e, portanto, sua atu-ação fica dependendo da autorizatu-ação do titular do interesse público (que é o povo), respon-sável pela elaboração das leis, por meio de seus representantes legitimamente escolhidos. Logo, a atuação administrativa se limita à vontade legal = vontade do povo.
Para Marçal Justen Filho
“O princípio da legalidade está abrangido na concepção
de democracia republicana. Significa a supremacia da lei (expressão que abrange a
Cons-tituição), de modo que a atividade administrativa encontra na lei seu fundamento e seu
li-mite de validade”.
JUSTEN FILHO, Marçal – Curso de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Editora Forum, 7ª Ed.2011Este princípio difere do principio da legalidade na esfera privada, na qual vige a autonomia privada. No que tange à atuação do direito privado, aos particulares, tudo que não está proibido está juridicamente permitido. É o chamado princípio da não contradição à lei.
Neste diapasão, se faz necessário lembrar que a Legalidade não exclui a atua-ção discricionária do agente público, tendo essa que ser levada em consideraatua-ção
QUESTÕES
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01.
(TC/DF2013) Em razão do princípio da legalidade, a administração
pú-blica está impedida de tomar decisões fundamentadas nos costumes
CERTO
QUESTÕES
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