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TGD - O POSICIONAMENTO DA ESCOLA REGULAR NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO. PALAVRAS - CHAVE: Autismo. Ações pedagógicas. Escola inclusiva.

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Academic year: 2021

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¹ Mestranda do Programa Docência para Educação Básica. ² Mestranda do Programa Docência para Educação Básica. ³ Professora na UNESP/ Campus Bauru e coordenadora do Programa de Pós Graduação Docência para

TGD - O POSICIONAMENTO DA ESCOLA REGULAR NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO

Aletéia Cristina Bergamin¹ Célia Regina Fialho Bortolozo² Profª Dra Eliana Marques Zanata³ Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Eixo Temático: Práticas Pedagógicas Inclusivas

PALAVRAS - CHAVE: Autismo. Ações pedagógicas. Escola inclusiva.

1. Introdução

A escola regular de São Paulo tem apresentado uma diversidade muito grande em relação aos alunos e para garantir uma educação com qualidade se faz necessário uma reestruturação do sistema de ensino. Para tanto se faz necessário a quebra de barreiras que a impedem de ter uma cultura inclusiva.

Uma escola inclusiva não é apenas aquela que modifica as estruturas físicas do prédio, construindo rampas, banheiros adaptados, elevadores e outros, mas como diz Aranha (2004):

“...uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo, é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados”. (Aranha, 2004, p. 46)

A Constituição Federal (1988) afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e a educação inclusiva parte dessa intenção, que cada um possa procurar a plenitude do seu existir, para participar ativamente na construção de sua vida pessoal, tendo uma existência feliz e de qualidade.

O direito de todas as crianças à educação está garantido nas políticas educacionais do nosso país, porém não significa somente o acesso a ela, mas sim que essa seja de qualidade e

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garanta que os alunos aprendam, para isto é necessário saber a forma pelo qual o aluno incorpora e interage com as exigências providas do meio educacional.

Quando se fala sobre a inclusão do aluno com TGD observa-se um grande desafio. Participar do sistema escolar com estímulos adequados e intervenções apropriadas poderá tornar esse aluno cada vez mais adaptado socialmente, o que garantirá sua autonomia.

Infelizmente, ainda hoje, a cultura escolar alega a falta de informação e formação para trabalhar e formar esses alunos, consequentemente observa-se a exclusão dentro da sala de aula, onde não são proporcionadas a eles condições para que adquiram conhecimento necessário para desenvolver suas habilidades.

Na maioria das escolas públicas, o cenário que prevalece nada se difere dos pressupostos apresentados acima. Sentindo-se desconfortável com tal realidade surge o desejo de iniciar uma discussão em volta dessa problemática, analisando e identificando recursos e estratégias pedagógicas oferecidas pela escola ao aluno com autismo.

A Declaração de Salamanca (Espanha, 1994) fala sobre Princípios e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, sendo que no parágrafo 4º afirma que as escolas devem se “adequar através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro dessas necessidades”.

A partir desse documento o Brasil tem apresentado um avanço expressivo em termos de legislação quanto à inclusão escolar, concluindo que devem oferecer condições de vida compatível com suas limitações, desenvolver mecanismos para que as pessoas com deficiência possam desenvolver seu potencial incluindo-os na sociedade.

Observa se então, que ocorre uma ressignificação da escola em uma proposta inclusiva, tornando-se o lugar de luta pela igualdade de oportunidades a todos sem nenhuma distinção de raça, cor, religião, sexo, deficiência ou qualquer outra situação. A escola inclusiva é aquela que reconhece e satisfaz as variadas necessidades de todos os alunos, garantindo qualidade a todos.

Especificamente, na inclusão de crianças com Transtorno Global do Desenvolvimento – TGD, que é caracterizado pela presença de alterações no comportamento social, interações sociais, comunicação e comportamento focalizado e repetitivo, o direito é mesmo: o estudante com TGD receberá a educação adequada e adaptada às suas necessidades.

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maior no âmbito social, gerando discussão sobre sua efetivação da inclusão escolar no sistema educacional brasileiro.

1.1 Objetivo

Discutir o posicionamento da escola regular sobre a inclusão do estudante autista frente à necessidade de uma estrutura escolar complexa e abrangente.

2. Método

2.1 Universo da pesquisa

A pesquisa desenvolvida neste estudo foi realizada em uma Escola Estadual de um município de São Paulo. A escola atende aos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio com aproximadamente 835 alunos regularmente matriculados, dentro os quais 16 são Estudante Público-Alvo da Educação Especial (EPAEE), sendo que: 4 com deficiência Auditiva, 6 com deficiência Intelectual, 1 com deficiência Visual, 3 com deficiência Física e 2 com Transtorno Global do Desenvolvimento.

É importante apontar que esta pesquisa está vinculada ao Programa Redefor Educação Especial e Inclusiva intitulada “Rede de educação inclusiva: Formação de Professores nos âmbitos de Pesquisa, Ensino e Extensão”, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), UNESP, campus de Presidente Prudente, SP, sob o nº 26341614.3.0000.5402, cujo parecer nº 173.558 é datado de 07 de dezembro de 2012.

2.2 Participantes

- Alunos com TGD, de 12 e 14 anos, matriculados no 7º ano do ensino fundamental de uma escola estadual;

- A coordenadora pedagógica da unidade escolar; - A diretora da unidade escolar;

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Para coletar dados nas observações e entrevistas realizadas no campo de pesquisa, foi utilizado um Diário de Bordo.

2.4 Procedimentos para a coleta e seleção de dados

A pesquisa foi realizada com a observação em sala de aula durante dois meses, duas vezes na semana e também com a entrevista ao professor auxiliar, coordenadora pedagógica, direção e um agente escolar.

3. Resultados e discussão

A pesquisa mostra que a inclusão já é de fato algo conhecido pela comunidade escolar e aceito no que diz estar junto do diferente, mas ainda é uma situação que causa estranheza devido à falta de informação sobre a deficiência, principalmente no que diz respeito ao estudante com TGD.

As expectativas dos profissionais que não tem a formação sobre os diferentes tipos de deficiência acabam tendo uma concepção errada de suas capacidades, por isso não acreditam que possam conseguir aprender e isto também é uma das enormes barreiras para uma efetiva inclusão.

Observou se também que a aprendizagem dos estudantes com TGD eram da responsabilidade somente do professor auxiliar, pois o professor da sala de aula ministrava as aulas de acordo com o currículo do respectivo ano e o professor auxiliar realizava outras atividades para o aluno com transtorno. A justificativa encontrada foi não ter sala de recurso para estudante com TGD.

4. Conclusão

O direito a educação realiza o principio da dignidade humana no plano individual e coletivo e a legislação brasileira tem estado atenta a garantir a todos sem distinção, mas a inclusão realmente só será contemplada quando tivermos uma sociedade que a entende e saiba celebrar a diversidade e a diferença.

O estudante com TGD tem enfrentado tantas barreiras devido a dificuldade que o

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É necessária uma escola que esteja pronta para receber os alunos com as suas diferenças e peculiaridades e para que isto ocorra é preciso uma legislação forte, investimento financeiro e construção de uma cultura inclusiva no interior dos sistemas escolares.

Referências

ARANHA, M.S.F. Educação inclusiva: transformação social ou retórica? In: Inclusão e

intenção e realidade. Org. Sadao Omote, Marilia. Fundepe, 2004, pp. 37-59

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1998. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 12 mar. 2015.

BRASIL. Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Brasília: MEC/ SEESP. Disponível em portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca. Acesso em: 03 mar. 2016.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília : MEC/SEF, 1997.Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro 01pdf.

CARVALHO, E. R. Escola Inclusiva; a reorganização do trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2010

CUNHA, E. Autismo na Escola; um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar. Rio de Janiero: Wak Ed., 2009.

CUNHA, E. Autismo e Inclusão: psicopedagogia práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2014.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessárias à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2012.

MANTOAN, M.T.E.; PRIETO, R. G. Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos. São Paulo: Sumus, 2006.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e

Classes Comuns da Rede Regular. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão,

2004.

MITTLER, P. Educação Inclusiva: Contextos Sociais. São Paulo: Artmed, 2003.

Referências

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