DOCUMENTO DE PREPARAÇÃO
PARA O DESAFIO [ Professores ]
Por serem centros de actividade económica e cul-tural, as cidades atraem pessoas: é nelas que a vida é mais intensa, que surgem mais oportuni-dades, que os acontecimentos fervilham. Os es-pecialistas concluíram até que a cidade é, por excelência, o modelo escolhido pelos seres hu-manos para viver em sociedade e aqui encontrar resposta para as suas necessidades.
No entanto, a concentração de tantas pesso-as no mesmo local, origina problempesso-as em árepesso-as tão diversas como a habitação, o planeamento urbano, a gestão de águas, saneamento e resí-duos, os sistemas de transporte, o fornecimento de energia, a segurança, os espaços verdes, a poluição e a existência de serviços para todos (por ex. nas áreas da educação e da saúde). Podemos dizer que, se numa cidade não faltam pessoas… problemas também não!
Enquanto modelos de sociedade a uma escala mais pequena, as cidades precisam, assim, de ser repensadas, para que todos os que nela vivem tenham uma boa qualidade de vida, em simul-tâneo com uma utilização sensata dos recursos naturais.
É este o desafi o que lançamos aos alunos do 3.º Ciclo: a construção de novos modelos sus-tentáveis para as cidades. Esperamos que, das nossas escolas, surjam muitas ideias que pos-sam ajudar a mudar o mundo.
Números a reter
• Em 2005, a população urbana rondava os 3,17 mil milhões.
• Actualmente, 1 em cada 3 habitantes urbanos vive em bairros degradados. • Em 2007, 1 em cada 2 pessoas viverá
em cidades.
• Em 2030 prevê-se que a população urbana chegue aos 5 mil milhões. No mundo,
• 53% da população urbana vive
em cidades com menos de 500.000 habitantes. • 22% da população urbana vive em
cidades intermédias de 1 a 5 milhões de habitantes.
Uma boa notícia
Contrariamente ao que se pensa, os investimentos em infra-estruturas não só são mais baratos nas áreas urbanas, como podem ser mais sustentáveis: a concentração de pessoas e empresas reduz os custos unitários – ecológicos e económicos – da água canalizada, saneamento, estradas, electrici-dade, gestão de resíduos, etc., desde, obviamente, que sejam planeados a tempo.
Dados das Nações Unidas: www.unhabitat.orgwww.unhabitat.org
1. Destinatários
Alunos do 3.º ciclo de escolaridade. O trabalho pode ser elaborado individualmente ou em grupo (máximo 5 elementos) sendo, neste último caso, permitida a participação de um elemento fora do núcleo escolar.
2. Objectivos
Aprofundar conhecimentos sobre Ciência e Tec-nologia. Apelar à imaginação e espírito inventivo dos alunos e à refl exão sobre atitudes urgentes.
3. Tipologia
Os trabalhos devem ser apresentados sob a for-ma de infografi as de forfor-mato A3 (esquefor-ma visual com recurso a legendas) e devem ser acompa-nhados de uma pequena memória descritiva com a explicação de todas as opções tomadas (no máximo 10 páginas A4).
4. Condições de Participação
Cada trabalho deverá ser identifi cado com da-dos pessoais, escola, distrito a que pertence e nome do professor responsável.
O trabalho deverá ser enviado até ao dia 20 Abril de 2007, para a seguinte morada: Ideias que Mudam o Mundo
Avenida Magalhães Lima n.º 4, r/c Esq. 1000-147 · Lisboa
5. Avaliação e Prémios
A avaliação será feita por um júri que analisará os trabalhos baseando-se nos seguintes crité-rios: desempenho, consistência e criatividade. As suas decisões serão soberanas e defi nitivas. Será atribuído um prémio por distrito e um pré-mio nacional.
Os trabalhos só serão devolvidos caso sejam so-licitados pelo professor responsável e no prazo máximo de um mês após data de entrega.
A Bayer reserva o direito de utilizar os trabalhos para outras iniciativas.
1. Apresentação do desafi o
Apresentar, em linhas gerais, o Desafi o para o ano lectivo 2006/2007.
Explicar que estão a ser pedidas aos alunos do 3.º Ciclo soluções para problemas concretos, de maneira a tornar as cidades lugares sustentá-veis, com mais qualidade de vida (ver págs. 4 e 5 do Caderno “Ideias que Mudam o Mundo”). Anunciar alguns dados relacionados com as ci-dades que possam motivar os alunos para este tema.
2. Preparação do trabalho
Dividir os alunos por grupos.
Atribuir a cada grupo o estudo de um dos capí-tulos do Caderno “Ideias que Mudam o Mundo” (excluir o capítulo “Espaço”).
Envolver os alunos nas actividades práticas su-geridas nos Laboratórios de cada capítulo. Sugerir que preparem uma lista de problemas que existem nas cidades, relacionadas com o tema que estudaram (trabalho a ser realizado em casa ou na escola).
3. A turma reúne-se
Cada grupo apresenta o seu levantamento de temas, podendo obviamente cruzar-se opiniões e ideias entre grupos.
Tópicos para motivar o debate:
• Diferenças entre cidades grandes e pequenas (problemas específi cos de ambas);
• Análise das três vertentes do Desenvolvimento Sustentável: conduzir os alunos para a procu-ra de problemas não só no domínio ambiental, mas também nos domínios económico e social;
• Pensar em problemas reais que existem nas cidades portuguesas e, mais concretamente, na região onde vivem;
• Perguntar: o que poderá ser melhorado nas cidades, de forma a aumentar a qualidade de vida dos seus habitantes?
5. Pesquisa nas áreas das Ciências e Tecnologias e esboço de ideias
Cada grupo pensa, agora, em soluções para o problema escolhido: esta fase do trabalho exigi-rá pesquisa, discussão e esboço de ideias. Para que os trabalhos não resultem demasiado ambíguos, os alunos devem procurar documentar as suas escolhas com dados concretos (estudos que existem ou possibilidades de pesquisa, tec-nologias já disponíveis ou em desenvolvimento, etc.).
O professor pode ajudar, sendo exigente com as
O professor pode ajudar, sendo exigente com as
soluções encontradas e sugerindo áreas
soluções encontradas e sugerindo áreas
cientí-fi cas de pesquisa que permitam documentar e
fi cas de pesquisa que permitam documentar e
dar consistência às ideias.
dar consistência às ideias.
Cada grupo pode apresentar entre 1 a 3
Cada grupo pode apresentar entre 1 a 3
solu-ções para o mesmo problema.
ções para o mesmo problema.
6. Apresentação de soluções
A apresentação de soluções deverá seguir as
A apresentação de soluções deverá seguir as
regras descritas no regulamento: desenho de
regras descritas no regulamento: desenho de
um esquema visual com recursos a legendas de
um esquema visual com recursos a legendas de
apoio, acompanhado de pequena monografi a
apoio, acompanhado de pequena monografi a
(ver páginas seguintes).
(ver páginas seguintes). 4. Escolha de um problema concreto
Listar todos os problemas sugeridos. Agrupar os problemas por tipo de solução:
• Quais os que se relacionam apenas com mudanças comportamentais?
• Quais os que implicam soluções tecnológicas/ científi cas?
• Quais os que conjugam ambas as vertentes? Confrontar os alunos com a escolha de um problema que possa ser resolvido/minorado por intermédio de soluções científi cas/
por intermédio de soluções científi cas/
tecnológicas.
Qual o caso que gostariam de trabalhar
Qual o caso que gostariam de trabalhar
mais a fundo?
mais a fundo?
Os alunos podem então dividir-se
Os alunos podem então dividir-se
em novos grupos para trabalhar
em novos grupos para trabalhar
as soluções.
Nesta fase, pode acontecer que nem todos os alunos estejam interessados em concor-rer. É possível, por isso, que os alunos se organizem de outras formas:
podem concorrer individualmente, em pa-res ou em grupos mais pequenos.
O apoio do professor, nesta fase, é essen-cial, para estimular a participação e apoiar na organização inicial do trabalho.
No passado, a maioria dos produtos usados na agricultura causavam graves problemas ambientais. Não só porque eliminavam sem qualquer critério “amigos” e “inimigos” das plantas, mas também porque eram usados de forma exagerada pelos agricultores que, na época, não tinham noção das consequências da sua utilização excessiva.
Com o aumento da consciência ambiental, a utilização de produtos
para protecção das plantas alterou-se drasticamente. Em primeiro lugar, porque a nova geração de produtos é bastante selectiva, eliminando apenas o agente da doença e colocando-se ao lado dos chamados “auxiliares-naturais”. Em segundo lugar, porque estes produtos passaram a ser usados apenas em caso de necessidade, quando todas as outras soluções de protecção estão esgotadas.
COMO FUNCIONAM OS NOVOS PRODUTOS PARA PROTECÇÃO DAS CULTURAS? 2. PROTECÇÃO BIOLÓGICA 1. PROTECÇÃO MECÂNICA EQUILÍBRIO ENTRE AS NECESSIDADES ECONÓMICAS E AMBIENTAIS 4.
PROTECÇÃO QUÍMICA COM PRODUTOS CADA VEZ MAIS SELECCIONADOS 3. PROTECÇÃO BIOTÉCNICA 1. ESCOLHA ADEQUADA DO LOCAL 3. SELECÇÃO DE SEMENTES E PLANTAS MAIS RESISTENTES
2.
TRATAMENTO ADEQUADO DO SOLO
PRODUÇÃO PROTECÇÃO 4. FORNECIMENTO DOS NUTRIENTES NECESSÁRIOS HABITAÇÃO
• Planeamento urbanístico adequado às pessoas (por ex. bairros mais pequenos com zonas verdes, proximidade dos locais de trabalho)
• Habitações mais efi cientes do ponto de vista energético
• Soluções de construção com menos impacto na extracção de recursos naturais
• Recurso a energias renováveis
SAÚDE
• Construção de acessibilidades Construção de acessibilidades
para defi cientes
• Soluções para problemas específi cos da 3.ª Idade
• Prevenção de acidentes
• Medidas de controlo de epidemias/surtos de doenças
ALIMENTAÇÃO
• Equilíbrio alimentação/necessidades (para evitar obesidade/carências)
• Oferta de alimentos mais frescos/ conservação de alimentos
• Utilização de sistemas de produção agrícola ambientalmente sustentáveis
• Soluções para alimentar uma população mundial em crescimento (até 2030 a população crescerá cerca de 40%)
a população crescerá cerca de 40%)
DESPORTO E LAZER
• Acesso a equipamentos para praticar desporto
• Convívio com a natureza/espaços verdes
• Turismo sustentável
• Consumo sustentável
AMBIENTE
• Qualidade e gestão do ar e da água
• Qualidade dos espaços verdes
• Conservação da natureza
• Gestão e tratamento de resíduos
• Efi ciência energética
• Poluição (sonora, atmosférica, visual)
• Fontes de energia não poluentes, alternativas aos combustíveis fósseis
TRANSPORTES
• Transportes colectivos mais efi cazes
• Transportes amigos do ambiente (menos poluentes, mais silenciosos)
• Biocombustíveis
• Zonas próprias para peões
• Estacionamento de veículos
INFOGRAFIAS
O que são? As infografi as conjugam imagens, textos e esquemas visuais para traduzir de uma forma simples e compreensível, informações e dados mais complexos.
Como fazer? As imagens de base poderão ser fotografi as ou ilustrações feitas à mão, por meio de várias técnicas (pintura a lápis de cor, aguarela, pastel ou outras) ou através de com-putador. Podem igualmente conjugar técnicas mistas (manuais e digitais).
Os textos e legendas de apoio deverão ser su-cintos e claros.
Qual o objectivo fi nal? O objectivo é que o con-junto proporcionado desperte a atenção e curio-sidade dos leitores e uma compreensão, mais ou menos imediata, da solução encontrada.
MEMÓRIA DESCRITIVA
O que deve conter? Este documento escrito (no máximo com 10 páginas A4) deve descrever brevemente o percurso de trabalho realizado e apresentar toda a informação de apoio necessá-ria para sustentar o trabalho – pesquisas, estu-dos, e documentos consultados.
LINKS ÚTEIS http://dossiers.publico.pt/infografi a/ http://sic.sapo.pt/online/noticias/multimedias http://www.albertocairo.com/infografi a/grafi -cospreferidos/grafi cos_preferidos.html http://www.elmundo.es/grafi cos/multimedia/ http://www.elpais.es/multimedia/animaciones. html http://www.consumer.es/web/es/infografi as/
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CIDADES
United Nations Centre for Human Settlements (Habitat)
www.unhabitat.org www.unhabitat.org
Consulte o relatório (disponível no media centre): “State of the Worlds
Consulte o relatório (disponível no media centre): “State of the Worlds
Cities 2006/7: The Millennium Goals and Urban Sustainability”
Cities 2006/7: The Millennium Goals and Urban Sustainability” Eixo 21 (Disponível a Carta das Cidades Europeias para a Sustentabilidade)
www.eixo21.com/downloads/aalborg.doc www.eixo21.com/downloads/aalborg.doc
Development Education Project (Sustainable Cities)
http://www.dep.org.uk/scities/ http://www.dep.org.uk/scities/ Pegada Ecológica www.earthday.net/footprint/index.asp www.earthday.net/footprint/index.asp CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Roteiro de Ciência e Tecnologia (por Armando Vieira e Carlos Fiolhais)
http://nautilus.fi s.uc.pt/roteiro/ http://nautilus.fi s.uc.pt/roteiro/
Uma listagem não exaustiva de recursos de ciência e tecnologia
Uma listagem não exaustiva de recursos de ciência e tecnologia
(centros de investigação, bibliotecas, museus, livros, vídeos, etc)
(centros de investigação, bibliotecas, museus, livros, vídeos, etc) Portal E-escola (Portal de divulgação científi ca do Instituto Superior Técnico)
http://www.e-escola.pt/site/index.asp http://www.e-escola.pt/site/index.asp
Ciência Hoje (revista on-line dirigida por Jorge Massada)
http://www.cienciahoje.pt http://www.cienciahoje.pt
Uma publicação on-line sobre a actividade científi ca desenvolvida on-line sobre a actividade científi ca desenvolvida on-line em Portugal e no estrangeiro.
CIDADES DE REFERÊNCIA
Curitiba (Brasil)
www.curitiba.pr.gov.br/ www.curitiba.pr.gov.br/
Cidade distinguida pelas Nações Unidas pelo seu planeamento urbano e pelo inovador sistema de transportes colectivos.
Toronto (Canadá)
http://www.toronto.ca/greenguide/index.htm http://www.toronto.ca/greenguide/index.htm
Aproximar as habitações dos empregos, reduzir as emissões de CO2 e plantar fl orestas, eis algumas das medidas tomadas pela cidade para minimizar os seus impactos ambientais.
Milton Keynes (Inglaterra)
http://www.mkweb.co.uk/sustainablecity/ http://www.mkweb.co.uk/sustainablecity/
A cidade inglesa com maior índice de efi ciência energética. Descubra como e porquê.
Duas pequenas vilas cons-truídas de raiz, conhecidas pela sua efi ciência energé-tica e poupança de recursos naturais:
Village Homes (Davis Ca, EUA)
www.villagehomesdavis.org/ Projecto BedZed http://www.bedzed.org.uk/ Co nc ep çã o: L ud ic om /P la ne ta T an ge ri na · Te xt os , i lu st ra çõ es e d es ig n gr áfi c o: P la ne ta T an ge ri na