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V Jornada das Licenciaturas da USP/IX Semana da Licenciatura em Ciências Exatas - SeLic: A

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Academic year: 2021

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INSERÇÃO DE EGRESSOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE

NÍVEL MÉDIO EM ENFERMAGEM NO MERCADO DE TRABALHO

Verônica Modolo Teixeira

Rosangela Andrade Aukar de Camargo

Caroline Morelato

Mirian Christine Olimpio Moreira

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo RUSP- Pró-Reitoria de Pesquisa da USP

Eixo: 4 Ciências da Saúde

RESUMO

Em 2009, o curso de nível médio em enfermagem foi o maior em número de inscritos no Brasil, com 75.571 de alunos matriculados, em 2012 ultrapassou 154.359 inscritos. Objetivou-se caracterizar a inserção do egresso do ensino profissional de nível médio em enfermagem no mercado de trabalho, e analisar como estes avaliam o curso que realizou na escola profissional. Trata-se de estudo descritivo,do tipo inquérito, realizado em 2 escolas privadas do interior do Estado de São Paulo. A população constituiu-se de 693 egressos, 69 aceitaram em responder as 27 questões por telefone, entre janeiro e abril de 2014, após assinatura do TCLE (Protocolo nº1473/2011). Dos participantes 84,1% era do sexo feminino; com idade média de 33 anos; 50,7%, casados, 67% tem de 1 a 2 filhos e a média da renda familiar é 3 mil reais; 62,3% estava empregado, 56,5 % na enfermagem; destes 55,6% encontrava-se na área hospitalar, 2,8% em unidade de saúde básica e 16,7% em instituições de longa permanência. A média de salário foi de R$ 1.400,00; a média de tempo para conseguir o trabalho foi de 6 a 12 meses; 85,7% tem carteira assinada; 73% afirma que curso atendeu as necessidades; 43,3% classificaram o desempenho do professor como ótimo. Conclui-se que a inserção no mercado de trabalho dos egressos do curso técnico de nível médio em enfermagem está majoritariamente nas instituições hospitalares e o curso foi considerado satisfatório.

INTRODUÇÃO

Atualmente no Brasil estão cadastradas 1.505 instituições de ensino que oferecem cursos de formação de nível médio em enfermagem (SISTEC, s/d). Os números das escolas de educação profissional apontam para uma expansão de matriculas 7,1% ao ano. Sendo os cursos de enfermagem os mais procurados nas intuições privadas e nas intuições públicas

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está em quinto lugar. No ano de 2012 o número de matriculas no curso técnico de enfermagem chegou a 154.359 (MEC, 2013). Discute-se que no Brasil ainda persiste a formação tecnicista que tem por objetivo atender as necessidade pontuais e imediata do mercado de trabalho, numa perspectiva capitalista que prepara em baixo custo e

rapidamente um profissional para consumo imediato(WERMELINGER, 2000). A inserção do egresso no mercado de trabalho nos oferece a oportunidade de analisar a dinâmica de contratação das instituições de saúde e ao analisar o grau de satisfação com o curso, este nos mostra como este tem se consolidado socialmente. Objetivo: Caracterizar e analisar a inserção dos egressos dos cursos de educação profissional de nível médio em enfermagem no mercado de trabalho e identificar como o egresso avalia o curso que realizou na escola profissional de nível médio em enfermagem.

MATERIAIS E MÉTODOS OU DESENVOLVIMENTO

Trata-se de estudo descritivo do tipo inquérito (GATTI, . Foi realizado em um município do interior do Estado de São Paulo, em duas escola privadas que oferecem o curso de nível médio em enfermagem das quatro existentes.A população de estudo é constituída por 693 egressos do curso de nível médio em enfermagem entre os anos de 2009 a 2012. O pesquisado foi convidado a responder a um questionário de 27 questões, dividido em três áreas: I dados sócio-demográfico: 9 questões, II dados gerais sobre o trabalho: 13 questões, II dados sobre o curso profissional que realizou:5 questões.

A coleta de dados com os egressos foi realizada por meio de entrevista telefônica, com um tempo médio de 10 min., após o recebimento do TCLE assinado que foi enviado pelo correio em 2 vias (Protocolo do CEP nº1473/2011). Para a analise de dados foi utilizado medidas descritivas e tabelas de freqüências e foram interpretados à luz da literatura revisada.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Dos participantes 84,1% é do sexo feminino. A idade média dos egressos foi de 33 anos, 50,7%, casados ou em união estável, 67% tem de 1 a 2 filhos e a média da renda familiar é de 3 mil reais. Na situação atual, 62,3% está empregado (Tabela1), 56,5% na enfermagem. Nas justificativas daqueles que não se encontram trabalhando na área estão o excesso de carga horária, o fato da profissão ser muito desgastante e ter baixos salários. Por outro lado,

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manifestam a necessidade de continuar no trabalho atual, por conta do salário e pela falta de oportunidade de emprego na área da enfermagem.

Tabela 1: Dados Sobre a Situação Atual do Egresso Freqüência Porcentagem Validade

Porcentual Validade 1 2 3 4 5 Total Sem resposta Total 13 43 8 1 2 67 2 69 18,8 62,3 11,6 1,4 2,9 97,1 2,9 100,0 19,4 64,2 11,9 1,5 3,0 100,0

Legenda: 1-Desempregado; 2- empregado; 3- Autônomo; 4- Do lar; 5- Estudante Destes, 55,6% está na área hospitalar, 2,8% trabalha em unidade de saúde básica e 16,7% em instituições de longa permanência (Tabela 2). Observa-se que os hospitais privados lideram este mercado para este profissional, seguido de perto pelo hospital público, secundariamente está a instituição de longa permanência.Exerce a função de auxiliar de enfermagem, 54,1%. A média de salário foi de R$ 1400,00 reais e a média de tempo para conseguir o trabalho foi de 6 à 12 meses e 85,7% tem carteira assinada. Quanto ao curso, 73 % afirmam que este atendeu as necessidades, 43,3% classificaram o desempenho do professor como ótimo

Tabela 2: Tipos de serviços de Saúde que o egresso encontra-se inserido

Legenda: 1- UBS; 4- Hospital Particular; 5- Hospital Publico; 7- Instituição de longa Permanência;

8- Consultório/ Clinica; 9- Outros.

Freqüência Porcentagem Validade Porcentual Validade 1 4 5 7 8 9 Total Sem resposta Total 1 11 9 6 2 7 36 33 69 1,4 15,9 13,0 8,7 2,9 10,1 52,2 47,8 100,0 2,6 30,6 25,0 16,7 5,6 19,4 100,0

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Quanto a formação continuada por parte do egressos a maioria, 81,5% não realizou nenhum tipo de curso posteriormente e dos 18,4% (Tabela 3) relata ter realizado pelo menos um curso, os mais citados foram: Enfermagem do trabalho e Graduação em Enfermagem.

Tabela 3: Quantidade de cursos realizado pelos egressos após a Educação Profissional

Freqüência Porcentagem Validade Porcentual Validade 0 1 2 7 Total Sem resposta Total 53 9 2 1 65 4 69 76,8 13,0 2,9 1,4 94,2 5,8 100,0 81,5 13,8 3,1 1,5 100,0

Legenda: 0- nenhum; 1-Um curso; 2- Dois cursos; 7- Sete cursos

62,2% afirma que a instituição que trabalha não oferecem nenhum tipo de curso. Porém quando indagado se desejam fazer algum tipo de curso 71,4% respondeu que sim e também apontaram a preferência pela Graduação e o Cu

rso de Enfermagem do

Trabalho.

CONCLUSÕES ou CONSIDERAÇÕES FINAIS ou IMPLICAÇÕES

Conclui-se que a inserção no mercado de trabalho de egressos do curso técnico de nível médio em enfermagem está majoritariamente nas instituições hospitalares privada e pública, e secundariamente nas instituições de longa permanência. Porém, a porcentagem daqueles que não trabalham na área é considerada elevada e a participação reduzida ou praticamente ausente da atenção básica neste universo deve ser fonte de pesquisa.

A avaliação dos cursos e dos professores foram satisfatórias.

As implicações do estudo para enfermagem e para a saúde envolve questionamentos sobre a dinâmica que envolve este mercado, pois as oportunidades para a atuação deste profissional na atenção básica deve ser revisada. Subentende-se que o espaço concedido, ou as vagas disponíveis a este profissional estão limitadas, questão que merece estudo específico, uma vez que a qualificação para o cuidado integral no SUS, necessita de profissionais diferenciados.

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REFERÊNCIAS

CERQUEIRA, M.B.R. et.al.. O egresso da escola técnica de saúde da Unimontes: conhecendo sua realidade no mundo do trabalho. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 7 n. 2, p. 305-328, 2009. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Dados estatísticos. Brasília; 2011. Disponível em: http:// www.portalcofen.org.br. Acesso: 28 fevereiro de 2014.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E INSTITUIÇÃO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISA

EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Censo da educação básica: 2012- Resumo técnico.- Brasília, p. 31; 2013.

FALCÃO, J. T. da R.; RÉGNIER, J. Sobre os métodos quantitativos na pesquisa em ciências humanas: riscos e benefícios para o pesquisador. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 81, n. 198, p. 229-243, maio./ago. 2000.

GATTI, B.A. Estudos quantitativos em educação. Educação e Pesquisa. São Paulo, v.30, n.1, p. 11-30, 2004.

SISTEC. Sistema Nacional de informações da educação profissional e tecnológica. Disponível em:http://sitesistec.mec.gov.br. Acesso 28 março de 2011.

WERMELINGER, M.; MACHADO, M.H; AMANCIO FILHO, A. Política de educação profissional referências e perspectivas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., v. 15, n.55, p.207-22,2000.

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