Técnico em eletrônica Quarto módulo
2019/1
Diagrama básico do televisor
Sinal de vídeo composto
Filipe Andrade La-Gatta filipe.lagatta@ifsudestemg.edu.br
Transmissão de TV SVC
SVC
Para transmissão o sinal de vídeo deve ser modulado.
No padrão M, o sinal de áudio é modulado em frequência (FM) numa portadora localizada 4,5 MHz acima da de vídeo, com um desvio máximo de 25 kHz para cada lado.
SCV é modulado em amplitude, com a banda superior plena, correspondente à máxima frequência de vídeo (4 MHz), e a inferior de apenas 0,75 MHz - vestigial, de modo a obter um canal menor: tal modulação denomina-se AM/VSB.
O canal de TV no padrão M tem largura de 6 MHz, acomodando as duas portadoras (aural e visual) e os intervalos de guarda.
Transmissão de TV SVC
Os canais distribuem-se nas bandas de VHF e UHF.
VHF (Very High Frequencies): canais 2 a 6 (54-88 MHz - canais baixos de VHF) e 7 a 13 (174-216 MHz - canais altos de VHF).
Em UHF os canais vão do 14 ao 83, sem intervalos, porém os canais acima do 69 foram designados para outros serviços.
Tal distribuição vale para a transmissão atmosférica.
Para sinal digital, somente haverá transmissão em UHF, previsto do canal 14 ao 51.
Pela faixa de frequência da telefonia celular 4G, os canais 48, 49, 50 e 51 (674-698 MHz) sofrerão forte interferência.
Transmissão de TV SVC
SVC modulado: polaridade oposta àquela adotada para o trânsito em banda básica.
Sincronismo no pico da modulação (100%), o apagamento em 75% e o branco em 12,5%.
A transmissão chamada de negativa: economia de potência no transmissor, pois os níveis mais altos - 75 a 100% - duram pouco tempo.
O nível mínimo transmitido não pode ser zero, para que sempre esteja presente a portadora de vídeo, de modo a permitir, no receptor, seu batimento com a de áudio, originando a chamada interportadora de som (4,5 MHz), a qual torna a demodulação do som pouco sensível a variações na sintonia.
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
Seções funcionais
Para melhor entendimento, todo televisor pode ser representado por um diagram de blocos com todas as funções necessárias para a reprodução do vídeo.
Os blocos funcionais são:
1 Circuito de sintonia 2 Circuito de vídeo 3 Circuito de som
4 Circuito de varredura do tubo 5 Circuito de alimentação
6 Circuito de controle remoto (nos aparelhos mais atuais)
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
SINTONIA: Trabalha com o sinal modulado.
Seleciona o canal desejado, eliminando canais adjacentes e frequências intereferentes.
Faz a conversão para FI, com isso mantém sintonia estável e amplitude do sinal constante.
VÍDEO:
Recebe sinal modulado em FI e faz sua detecção, obtendo o SVC.
Se o receptor é monocromático, amplifica esse sinal (ignorando a sua componente de croma) até o nível adequado ao Cinescópio (TRC).
Em um receptor a cores, a componente de luminância é amplificada e tratada para ser entregue à Matriz; a croma é amplificada (em 3,58MHz) e demodulada, obtendo-se os sinais diferença de cor, que também são entregues à Matriz, emergindo desta os sinais de cores primárias (R, G e B), que são tratados e amplificados até o nível adequado ao TRC.
Ainda no Detetor de Vídeo ocorre o batimento entre as portadoras de som e vídeo, resultando na interportadora de som em 4,5 MHz, que é entregue ao SOM.
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
SOM:
Amplifica e filtra o sinal de 4,5 MHz de modo que reste apenas a modulação de FM.
É feita, então, a demodulação, obtendo-se o sinal de áudio, que é amplificado para ser entregue ao alto-falante.
Em se tratando de um receptor estereofônico, após a demodulação ocorre a decodificação, para obterem-se os sinais L e R, que serão amplificados por canais de áudio distintos.
VARREDURA
Responsável pela geração das formas de onda que produzem correntes dente-de-serra nas bobinas defletoras associadas ao cinescópio.
Para que a varredura do receptor coincida com a da fonte de programa, os pulsos de sincronismo que acompanham o SVC são separados da informação de vídeo e aplicados aos respectivos osciladores - vertical e horizontal.
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
FONTE DE ALIMENTAÇÃO
Não atende diretamente a todos os circuitos, pois, como visto no parágrafo anterior, a Saída Horizontal fornece algumas tensões.
Na posição de espera (stand-by) a fonte alimenta apenas a seção de Controle, que fica aguardando o comando ligar, do controle remoto ou do painel.
CONTROLE
Seção que ganhou importância com a evolução tecnológica, servindo de interface entre os comandos do usuário (através do painel do aparelho ou do remoto) e os circuitos, além de executar tarefas como a colocação de caracteres na tela e até supervisionar o funcionamento de todo o aparelho.
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
Acoplador:
Entrada dos sinais modulados no receptor.
Entre a antena e o seletor, geralmente localizado na tampa traseira do aparelho. A antena pode ser ligada ao receptor por dois tipos de cabos: o coaxial e a fita paralela.
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
Desacoplamento da antena ao chassi, evitando choque elétrico; faz o casamento de impedâncias (300-75 ohms) e faz a proteção contra descargas atmosféricas, através de centelhadores.
Televisores atuais aceitam apenas o cabo coaxial, com impedância de 75 ohms, que é o tipo empregado nos sistemas de antena coletiva, nos quais caminham juntos os canais de VHF e UHF.
Se for necessário ligar a um televisor destes uma fita paralela, cuja impedância característica é de 300 ohms, deve-se usar um adaptador denominado Balun (de Balanced-Unbalanced), que faz o casamento de impedâncias e a adequação de conectores.
Figura: Balun 300 para 75 e balun 75 para 300.
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
Fita paralela: receptor antigo, apenas com entrada de 300 ohms (paralela), o tipo de balun é diferente.
Ao Acoplador seguem-se filtros para evitar que a FI seja irradiada pela antena, para cortar frequências abaixo do canal 2 e para atenuar a faixa de broadcasting em FM (88 a 108 MHz).
Diagrama básico do televisor Seções funcionais
Obrigado.
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