• Nenhum resultado encontrado

O suplemento literário do Diário de Notícia nos anos 50

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O suplemento literário do Diário de Notícia nos anos 50"

Copied!
63
0
0

Texto

(1)

(815.3)

: , ,

I

CPOOC

o

SUPLEMENTO LITERÁRIO DO DIÁRIO

DE NOTICIAS NOS ANOS

50

Andrl

Luis Faria

Co�to

.

FUNDICão GETULIO YlRGIS

CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENT AçAO DE

HISTÓRIA CONTEMPORANEA DO BRASIL

RIO DE JANEIRO

(2)

I

fUNOAC:J

,,,,CeIO

VA"AS

C?JOC

-" . .'

. .

o

SUPLEMENTO LITERARIO DO DIARIO

.

DE NOTICIAS NOS ANOS

50

DfO

.• �1 (Si

C �i.! 1.)

c p o o c

André Luis Faria

Co�to

� .

FUNDAÇAO GETULIO VARGAS

CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇAO

DE HISTORIA CONTEMPORANEA DO BRASIL

(3)

t

r'J

i.JD

_

A_

Ç

_t.

_O_

-

. I

_

�_

r.

_�

_

!

O

_

V

_A

_

R

_

GA

S

_

...J

_

L

_

c;:,::;cc

Coordenação editorial:

Cristina Mar� Paes da Cunha

Revis�o de teKto:

Dora Rocha

Digitação: Diná Leal As.sis

C87 1

s

Couto, Luis

'

André F

a

ri

a

.

L

O

suplemento literário do

Diário de Notícias

nos anos 50 / L

u

is

André'

Faria Couto. -

Rio

de Janeiro: Centro de Pesquisa e Documentaçãol

de História Contemporânea do Brasil,

19 9 2 . 5 6 f .

-'(TeKto CPDOC)

Bibliografia: f.

55 - 5 6 .

1.

Intelectuais - Rio

de Janeiro tR.J.}

2.

Imprensa. I. Centro de Pesquisa e Docum�n­

tação de

História

Contemporânea do Brasil.

11.

Titulo.

CDU

3 1 6 . 3� (8 1 6 . 5)

CDD

30 1 . 44509 8 1 . 53

(4)

---� -�--�

JJ,. J.,j 9 !J J.

-····TD9)��

9� )

(5)

_�-FUNDAÇÃO r,�TC'8 VARGAS

1

CPDDC

SUMARIO APRESEIH AÇ;.O INTRODUÇ':'G O DIARIG DE NOTIcr;.s. O SUPLEMENTO LITERARIO. I. O POSICIONAMENTO POLITICO ... : . . o o • • • o • • • • • • • • o • • • o 0 0 0 o

aI. POLITICA NACIONAL.

bl. POLITICA INTERNACIONAL.

11. O PENSAMENTO CATOLICO .. 111. A PRODUÇriO LITERARIA ..

IV. AS CIENCIAS SOCIAIS E SEU VIES FOLCLORISTA . .. o . o o o 0 0 . V. O SLDN E OS TEMAS DE SUA EPOCA.

01 04 08 08 21 26 32 42 48 �� BIBLIOGRAFI'; . . . . ..J oJ

(6)

APRESENTACAO

Este' tt::'xto, "

Ci�ncias SOCl�lS no RIO de Janeiro" "desenvolvIda sob minha

coo

r

denação.

Uma de minh as preocupações lnlCl�l� f 01 nla�ldar ü

campo lnt,electual carlOCà

nos

anDo,; 50 , p rocu r-ã nd

o

c.onhec.l::'( fllC'lnu(

outro�

esp�çu�

de ulvulgaç;ü 00 �aber . Se, na cldade do Rl0 de

JaneIro , a unIverSIdade n�o o

p

e rava ent�o coma centro da �ld�

intelectu"l � cil?ntLfica, tor

n

a-se relevante conhecer

est"vam

estes

outros

esp"ços

de debate,

ünde de

interseç;o

entre questões da s ocledade e

do

mundo

lnte·lectual.

Decidi pr1Vllegi"r

os

espaços

abertos na grande lmpren s

a

at ravjs

dos suplementos lit

er

ár IO S dos JornaIS carIocas, na SUPOSIção J�

que ali

estariam re

la

c

ionados a

produç;o

sociológica da �poca e o

leque

de qu

es

t�es culturaiS, eccin5micas e politlcas-�resentes na

sociedade.

Optei pela pesquisa no Suplemento Litert.,-io do

Di4,-io

Noticias,

ji que, nos dep oi ment

o

s que me concederam, Costa Pinto

e

Guerreiro

Ra

m

o

s declararam ter "i publicado artlgos. Tamb�fll,

neste

suplemento

Afr�nio Coutinho havia publicado a coluna

"Correntes Cru2adas", procurando

c

on

st

ru

lr um novo perfil para u

critlco llterirlo.

(7)

A an�llse vela revelar qU� o Suplem�nto do

Diá(lQ d�

NoticldS

Tal um veiculo de ldélas conservadoras, que mesmo na

área de cI�nClas oclais enfatIzoU uma v�rt�nte

�epresentada pelos est�dos folcl6rlLos.

tradIcionalista,

o resultado d� p esquIsa ficou p ortdn t o aqu�m J� Mlnha

hlP6tes� Por outro lado, o trabal h o de ·Andr� LUIS FarIa Couto

fICOU além de mInha e�pectatlva, e são suas qualidades

levam a dlvul g

-lo no Te�to CPDOC.

que me

LuCl� Ll�Pl 01iV�I(�

(8)

INTRODUÇAO

campo 1ntelectual car10ca nos anos 50. Para 1SSO concentramos ..

no ssa (SLDN) veiculado

no " 5 u p 1 em,=, n t o L 1 t fn-i.. ,-1 o" d o ...

ULII..

·

_

-

'

j,J"j

Q'--"'

d

--'e

'--

--'N""

Q",-"t�ll..· -...11 ... 01=> LI.

aª'"'-'

procuramo�' estabel�cer o que �rd.

por u dfllblldnte

intelectual dQ periodo. A e�colhd do

Dl�rlQ de NQli,

la> se Jevt<u

ao c.nt t!,-

10'-como órgão veíc.u10

boa parte da r�fratárla dO aufor i tarismo do Estado Novo. A opç;o �or um suplem�nto l'it�rárlü

como objeto pr1v i leg1ado de trabdl h o se deveu, �or �Ud ve�, dO

papel que tais publicaç5es cumprem ao proporC1onar um cana I de entre a produç�u intelectual e mesmo acaJ imica, em suas

diversas áreas, e um público mr.ic:. 't1implo, c.onc.lJmidnr dl?�s'?c;. ben�

culturais, mas n�o necessariamente espec1alizado. Por outro

lado, os suplementos, �lém de abrlr espaço para que a produç�o � a critica 11tercl.'-ldS, a. hlstó'-la, eiS cl�nLid.':J '=tOCla.!S, CiS

·amp I iem o �eu P�bl i co, dc�ba.m mUltas vezes, num pais carente de

publicaçaes especializadas como o nosso,. por supr1r necess1dades

relativ�s à c lrculaç:o de ldéias �ntr� um p�bllCO nl�is restrito .

s�o os

Dessa temas

form a, nosso trabalho procurou

pr1v1 l eg1ados pelo "Suplemento"

determinar no

déc�da. a manelra como tals temas são abordado�, os autores

1

quai..,

da malS

(9)

recorrentes. Procuramos tamb�m apontar a ausincla de temas e

autores que fazem parte da lmagem que hoje temos da década de 50,

e que no ent�nto ��o aparece� em suas p�91nas, a não S�r

esporadlcament",. Uma avaliaçio da llnha edl torial do jornal

na quele per iodo nos pareceu fundamental para que compreendissemos melhor o por quê da preferincla por cer tos assun tos e abor dagens e

do desi nteresse por outros.

Destacamos os se9uint�s temas, que pudemos constatar

serem o� mais recorrentes e que ti veram,' cad� um de1es , um

capftulo específic.o para serem melhor abordados : 1) o

·PosiClonamento politico fren te às grandes ques tões naClonalS e

i nternacionais; 2 ) o pensamento c�t6Iico; 3) A an álise da

produçio liter ária do período e o deba te teórico d cer ca do papel

da crítica llterár la; 4) As clênclas SOClalS e seu viés

folclorista, amplamente dominante no SLDN.

a forma como os grandes temas da (naciona l ). s mo,

desenvolvimentismo, novos mbvimentos çulturais . etc.) SdO

tratados (ou não o sio) pelos colabo,-adores do "Suplemen to". Como

se pOde notar, trata-se de temas diversificados, sem vinculo

entre si e que obvi amente não seria abordados com pr ofundidade .

Nosso objetivo é apenas mapear de forma sumária os assuntos que

tiveram destaque. Optamos pela trin�cri�io de partes dos artigos

para que a próprla "voz" dos autores possa deixar mais cla,-o o

tipo de enfoque que era privi legiado por eles.

o DIARIO DE NOTICIAS

o Di'(io de

Notícias

foi fundado em 12 de j unho de 1930

por Orlando Ribeiro Dantas e circulou até o ano . de

1974.

principio o Jornal demonstrou simpatias pela Revo luçio Je 30 e

(10)

pelo tenentismo. No entanto, Jd

em

1932 distanciou-se do

governo

a o apOlar o movimento constitucionalista. O apoio às candidaturas

presidenciais de Borges de Medelros em 1934 e de Armando Sales

de Oliveira em 1937

demonstram

claramente a posiç�o contrária a

Vargas, POSiÇ�O essa Que ganharia toda a sua força durante o

Estado Novo. Ness� perlodo, o

Di4['IQ de

Noticias

a ssumlU

o

papel

d� ÜPOSIÇ�O a o regime, um

do�

�nicos a

resistir às press5es politica� e econômicas provenientes do

governo federa 1 . Tal postura garantiu a Orlando Dantas' . grande prest igio, e o jornal atingiu �xatamente ai o seu auge. Nelson .Werneck Sodré, em sua

�istÓciª da

imprensa braSIleira

ao

comentar a censura e a cooptaç�o dos jornais pelo Estado Novo,

nos dIZ; "Entre os jornais t?mpresarials, '-êat-1SS1WOS foram os que

n�o se corromperam. ConstitUiU exemplo digno

de

lembrança o caso

excepCIona l do

Dl � rlQ de NotiCIas,

do Rio, em que Orla ndo Ribeiro

Dant a s manteve atitude de compostura" ( Sodré, 1966, P . 439).

Samuel Wainer em suas mem6rlasl a o falar ' da lmprensa

bra sileira nos anos 40 e 50 , ressalta a import�ncia do j ornal

"Os grandes jornais brasileiros, .os que rea lmente contavam,

editados no Rio de Janeiro. O maior deles era o

Correio da Manhg,

o poderoso feudo de Paulo Bittencourt, seguido pelo DldriQ de

Noticias, da familla Dantas" (Wairier', 89, P. 1 33).

A redemocratizaç�o do pais em 1945 encontrou o

DIário

J�

Noticias no auge d

e

seu prestigio, Que iria durar pelo menos até 1953, ano da

morte

de Orlando Dantas. Iniciou-se a partir dai um processo lento mas

irreversivel

de decadência.

A�é

o fin"l da

década, o jornal

manteve

sempre .uma postura militante, criticando governos duramente,

politicamente

candidaturas em periudos eleitorals, abrindo espaço e danJo 3

(11)

destaque a determinadas correntes

polillCi<S

o posiclonamento politlCO do J orna

l

, QU8 S8 refletia lntt:'n':Jõ.mentt:'

nas páginas d� �eu suplemento, sera �sludGdo malS adiante.

o SUPLEMENTO LITERARIO

50 conheceram uma verdadelra " onda'" de .suplem�r,tu';;J culturu.J.'.:1 publicados por diversos Jornais do RiO de.Janeiro e sg:o Paui.ú.

Nessas publiCaçÜ"., escrt!Vla.

lntelectualldade braslleira do p�riodo. O "Suplemento

do de

Jardim, f 01 espaço d� dlfus;ü da poeS.la concreta e contava dlnJa

com mUltos colaboradores presti giados. No "Suplemento LIL�(�rlO"

do Estado dté S. Paula escre�lanl Antanio Cindido, Wl!';;Jon Mdrlins,

Louriv a

l

Gomes Machadú, Skbato Magaldl, Paulo Emi,iJ Sdlt:'';;J Gomes,

NOIte,

entre outros. Outros jornals, como �

Folhd

da

o �Co.!d..!...r.!.r..l ", !!....!.M.!.a!!.!J n",h!.;:;�... , p a r a f 1 C a r mos restritos apenas ewi-,o,--, d · o

alguns exemplos, tamb�m publicavam seus. cadernos de cultur • .

O "Sup

l

em., n t o do

Diáclo

publlcado sempre aos dOmlngos, teve o seu lanc.mténto

���

��

--

Contudo, suas origens remontam ao iniclo do

19-16. 1930,

quando já .,Xlstia um supl.,mento de varledades mIsturava

artigos feminlnos com artlgos re ferentes a literatur. e

sociaIS. A partir de 1946 ele é ampliado, mas permanece

dedicando e sp a ço d assuntos como moda femlnlna, palavras cru�adas

etc. Durant e certo tempo havla i n clusive colunas

assuntos agropecuá'-lOS ("Produç:;o ("u�-d.l") t1 à hom'1opatia é a h omeopat la"). No decol-t-er dos anos 50 essas seç0tc!';, '-'dU

(12)

"Suplemento" POSSUI uma estrutura �dltorlal prÓXI0ld U (,1 do.

Durante todo o periodo �QUI estudado o SLDN fei dirigido por Raul LImei, que assinava coluna C "Movlnlt::'nll..i poste'-lormente denominada ("Livros .. fatos") Tal

corno sugerem seu� titulas, essa co�una se r�suml� a 11ÜllCLa('

lançdmentos do mercado editorial braslleIro. Raramente �ra -feito

um coment�rlO rndlS aprofundado �obre um �lvro, e Quando ISSO

acontecla invariavelmente era para tecer el09i o� � obr� dU

autor. Do ponto de vista da critlc� literária proprlamente d!ta, essa coluna nio tinha maior lnter�sse.

o SLDN possuia um corpo de cplaboradores flxos, entr�

eles alguns que estiveram pr�sentes durante tod� � d�c�d� d8

regularmente, outros que tamb�m �sllveram sempre presentes , mas

n�D de form ... t�o r�yular; hdvla os durante alguns anos

assinaram uma coluna, e havla ainda os colaboradores oca91un�1�.

Entre que colãboraram durante tod� � décadét

pOdemos Alceu Amoroso Lima, o Trlst;;o de Ath a�dl2

("Letras e problemas unlversais"), figura centr .. 1 fIO SLDNj

colabor�dor mesmo nos periodo� em que esteve ause�te do país,

autor de artigos sobre os mais diversos assuntos: pol1ticêl,

fi losofia, literatura etc. Afrânio Cüullnhu

("Correntes cruzadêlS"), U-ltlC.O .-espon sáve 1

divulgaç;;o dos postulados do new crlticism no Brasil;

Gersen, comentarista do panoramét cultuial europeu1 Raquel

Queiroz (crônicas) j (Cl-ôfllcas) i Henrlqu.t:'

(teatro); Manoel DlEgUes J�nlor, que �S�lnava a coluna "Fülclüt-e

(13)

Sing, D a nie l de Carval ho, que esc

r

eV lô sobr� SUaS da

República Velha;

Enelda; Oswaldino Marques (poesla); Geir

Campüs

(poesia)

Entre os colaboraaore� que estlveram mais presentes atê a metade da décoda de 50 temos: Josué de Costro,

GeupolHF" tom!:! oblerodu

naquele momento , �

" .

("A ntologla da p o e';;)

l

a unlve rs al") ; Renato Alm",da

f o l c l ó,-,COS ) ; A d e r b a l J u r e ma; E d u a r d o Tourlnho e Ivan

Mar t·,ns .

cUJa üb,.-d.

Pedro de

D a m e t a d e d a década em diante destacam-se. Mirlo Saroto ("Arte's plástlcas"), Théo Srand;;o, figu'-d

muito imp or tante, católlCO Que escrevia

sobre

assu n tos v a r l a d o s; Din a h Silveira de OUelrQ2; Cecilia

D a lt on T r eV1 S a nj Telmo Vergara; Ade

l

i no Temisloclt::''::)

Linha re s; A . Casemi ro d a Silvd ; Luis

.Clt::'ment.::-Maga l hães Bastos; Mlroel Silvei

r

a.

Entre os colaboradores oca S

l

on al S encontramos alguns

dos principais intel�ctuais brasileiros em atlvidade na �poca,

tais c omo S e rgio B u a r q u e d e Hola nd a , Gilberto Fr e�re, Guerrei,-Q

Ramo s , J o s ué M o n t e l o , Car l os D rumm o n d d e A n d r a d e , Edlson

Carnelro

e outros. Destacamos ainda a existlncla, por períodos maIS ou

menos l on g os, d e c o 1 un a s e s P e c i a 1 i �z;! a!.: d �a:.:s�--=e=-:::....m_ m �ú"" .. · ,;, l ...

ç

"'

''-

''

-c

b

r

a

=

,,

-

i

l

e

l

:..:

'...:

-

a

("Brasil sonoro a c a rgo d e Mari.za arquit�turrt

urbanismo (a cargo de Rubens do Amaral Portela, dlSCQS ("No mundo d o s d i s c o s " , p o r AluislO R'och a ) e uma seção de contos

p o r Paulo R6nal e Aurélio Buarque de �olanda.

Mas s e eXlstla um a " on d a " d e suplementus cultu(d.l�

(14)

superfiCialidade, No fdld

"decadênCla dos suplementos llterárlos", abrlndo

claro� para o suplemento em que eSCr-ev.id ("Pr-t?s�nça." -' 06. 09. 33)

Uma cri tlca maiS contundente f 01 felta por N elson Werneck

e m uma série de artlgos publlcados no Jornal

u

aceSSÓriO, para o subalterno, para 'o secundário, as

páginas dos JornalS, mas prlncl palmen te �s. da Impr ensa da capltal

do país, com a literatura b em domlnguelra dos supl ementos, A

força de ,se fazer aSSlm domlnguelra, aSSlm chela de gala e aSSlm

efi?mera, essa llteratura já assumiu traços partlculares, tem um

quadro

geral

seu. constltuiu-se como que COisa � parte na atlvld .. d"

da literatua do mom ento",

R

essalta

lnequivoca subalternldade em qu e se os

su plementos, seu caráter efêmero, sua dlretrlz ao lazer, à Pet.U5d., à oClosidade, COlsa domlnguelfa, aos d�as em que, com a trégud

no trabalho , é possível cUldar de alguma COisa sem import âr,c iô,

gratuita, fác 1 1 e vazia ,(, , ) E o dia do pijama, da calma, da.

familia, do ajan tarado burguês, das longas manhãs quentes, em que

o corpo p ed e uma cadeira confortável, o re pouso macld e os

suplementos, Neles, como nas fitas de farwest, nadd perturba d

santa paz da consciªncia, não toca nas causas sagradas, não bi<te

com os santuários do pensamento, e também nia 91niistlCCi

nenhuma de raciocinlo , é tudo mUlto plano, muito chão, mUlto

domingueit-o, muito plácido," (Sod,-é, 1990', p .83-85)

Ao analisar o SLDN, especiflcament�, Nels6n W��n��k (\:0 é menos r Igoroso: "No suplemento do

DIáriO dt;' NQtíçla,«,

t?m Que a. inovaç�o de cor re presentou algo de revolucloná�lo, contlnu�ffi as mesmas criaturas a dlzer as mesma'o C.Ol'odS, ':>ub d

(15)

caprichosa de Raul Llma, que pagIna �qull0 ludu LonlO qu�nl organlza

interior.

o s u p l e m e n t o do Jorn a l de algum semlná'-lO do

. ) Raul Llma COPla rellglosamente a orelh. dOb

1 1vros ... ·Em outro art i go: "Com o suplemento do D i áriO

de NQtiçlçt

.... estamos em pleno tradlclonallsmo lller�(lo. Tradlclonallsmo �ue TlgU',-CiS, nQS

mesmos lugares, t r a t a n d o p o u c o m� l s ou menos dos �I esmo� t �m�� . "

(Sodr é , "Resenha dos suplementos", Ultima Hora, 04 e 11/04/::;7).

I - O POSICIONAMENTO POLITICO

Al POLITICA NACIONAL

Famoso durante o Estado Novo por s u a s

contrtt.ria5 ao reglme, man t t?v�. d.PÓ� Cf.

redemocratlzaç�o do pais o costume de manlfestar suas opç��s

p

oliticas de manelra eHP l iclta. Asslm se deu nos anos 50 ,

p a r t i c u l a r m e n t e n os periodos ele l torals , Q�ando.podemos notar a

forma p e l a Q u a l o J6rn a l s e p o sic i on a va. PosiClonamentos esses

Que acabarIam por s e

Literário".

refletlr nas pá9inas do "Suplemento

A OPOSIção a Vargas e à sua herança Tal

principal da ori entação política do jornal nos anos 50.

a rnaxc.a Já nil.s e l e ições presldenclals de 1950 o

Diário

de

Notijlas,

c o m o de

resto quase toda a g rande i mprensa brasileIra, se 'Jogou no apOlO

de c ldldo à candd atura do Brlgadelro Eduard o Gomes, lançado peia

UDN. Em 1 de o u t u b r o de 1950, dOI S dlas ant�� Jo p l e ito,

Jornal conclamava em 'sua prImelra pá\llna: "Pela segunda vez e'ln

sua e�lstênc l a quebra o

Dl�ClQ

d=

NQtíçlas

a sev�rldade com qu�

(16)

u m a p e l o a o s q u e o l êe m, e q u e , p e l a t i r a g e m s up e r l o r a cem mll

ewe m p l a r e s d a s edlções d o s d omlng os d ev e m ap rOW l m a r-se de q u a s e me i o m i l h�o de l e l t o re s . ( . . . ) Ma i s u m a vez n o s· . empenhamos na

peleja c om a plen i t ude d e noss� convlcç�o democr'tlca.( . . ) E

f a z end o-o com e s s e f or t e s�nt l ment o , mal� uma v�� u fazemo� �em

nada ac e l t a r d a c am p an h a a que demos

abso l u t amen t e n ad a , p l elt e a r d a vit órla,

t ud o e s em nada ,

q u e a n t evemos . "

( 0 1 . 1 0 . 50 ) A c om p a n h a o t ewt o u m g rand e r e t ra t o do c�ndidato u d en l s t a .

Durante t od a o s e g un d o per1odo presldenclal de Va rgas a Jorn a l

v o l t ou·

m ant e v e POS1Ç�0 de comba t e a o g o v e rno . Essa post ura Que a s e man l fe s t a r d u r ant e o g o ve rna Juscel1nü

Kub l t sc heck A t r ans c r l ç ão de p e q uenos t r e c h os de d01S editorlals

d o j orria l q u e se r e f e r e m ao g o verno J K , u m no c o meço e ou t ra n o f i m d e s u a g e s t �o , d e m on s t r a a dlSPOS1Ção d o J ornal :

"Ao en f r ent a r o g o v e rno o t e r c e l r o m�s de sua ew i s t ê n c i a , lmpossível ao obse r v a d o r d o s acon t ec lme n t os Dol í t ico�

e v i t a r a ewclamação : Tão n ov o e t ão d e c rjp l fo' E , · com eTelta,

, ... fJ,·táculo de u m a d ec replt u d e Que se nos d e p a r a em t odas as

s e t o r e s d e a t i vld a d e g o v e rnament a l , s e j a o PDI1t l c o , Q ec on 6mlco

o u o a d m i n i s t r a t i vo . " (05 . 04 . 56)

" A p ó s a n unClar r e l t e r a d a s v e z e s o seu p ropós!t o de s a n e a r as f i n an ç a s púb l i c as, c h e g and o a deno m l na r 1960 o a n o da recuperação d a mo eda , o Sr. Kub l t s c h e c k pa r e c e t�r t om ado , n a s últlmas sema n a 6 , r u m o d l a m e t r a l m e n t e opos t o , que.se a j u s t a , no e n t anto, p e r f e i t ame� t eJ � s u a c o n d uJa nos Qua t ro a n o s p recede n t e s d o s e u g o v e rno , s e é ·que aSS l m pode s e r d en ominad a s u a n e fas t a p assag e m pe la adminlstração d o país." < 19.04 . 6 0 )

E m 1 958 , por ocas i:o das elelç�es para o Congre�so e

(17)

g o v e r n os e s t a d u a i s , a a l lança e n t r e o PTS e o PC8 e r a d i arlamen t e d e n un c i ad a p e l o j o r n a l , que u t i l lz a v a f or t e l i n g u a g e m

ant i c omunlst a . E m e d i t or i a l q u e t ra z o t i t u l o d e " I n o c e n t e s

út e i s " p od e m o s l er: "Os ú l t i m o s a c o n t ec i men t os d a v i d a p o l í t i c ... n a c i on a l , que a. oPlnl�o p ú bl l c a v em a c o mp a n h an d o c o m Just i f i c ' vel i n t e r e sse, p ro v a m à �ocle d a d e que n ã o e r am d es t lt u í das d e fun d amen t o a s n oss as r e i t e r a d a» ad v e r t ên c i as s o b r e os pe r i g o s d a· p s e u d o- i n a t i v i d ad e d os b o l c h e v i s t as p a t ric l os . O Sr. L u í s C a r l os P r e s t es f o i l i b e r a d o e m t e rmos p e l a j us t lç a c r l m i n a l· n uma � p o c a d ev e r as p ro p i c i a às a g i t aç ões q u e e l e a g o r a e s t ' p r ovoca n d o com a s i mp l es c a t á l l se d a sua p resença E s t amos a g ora , t odos , p ag a n d o o

,

p e s a d o t r i b u t o p o r a q u e l a t o l e rânc i a c omp l a c en t e . " (24.09. 58) Um o u t ro e d i t or i a l ( d e 2 1 .09 . 58) se r e fe r e ":s, c o m un h ão

d e i n t e r e s s e s q u e un e , pub l i c amen t e , h o m e n s c omo o Sr . Jo�o Gou l a r t e Lu is C a rlos P res t es , a mbos susp elt os , p a r a n ã o diz e r f r a n c amen .t e d e s l e a i s ao· r e g l m e . "

T a i s p os i ç õ e s p ol í t i c a s �e r e f l et i rã o e m art i g os

p ub l i c ad o s no SLDN , o n d e T r i s t �o de �t h �� d e ,· R a q uel de Que i r o z e

Gust a vo C o r ç ã o e m d i ve rsas oc a�lões se man i fes t a r ã o a t es e s s e m e l h an t es às d a l i n h a e d i t o r l a l d o j or n a l .

E m 1 950 T r i s t ão d e A t h a � d e e R a c q u el d e Q u e l roz m l l i t am i n t e n s amen t e e m f a v o r d a c an d i d a t u r a E d u a r d o Gomes . o p r i me l ro q ua l i f i c a a c am p a n h a d o B r l g a d e i r o c omo " u m a o n d a d e autêntl.co i d e a l ismo q u e s e l e van t ou d e n ov o em t od o o pais,que par eceu,por

u m m o me n t o , v o l t a r a o t em p o d a s l u t a s d e R u i 8 a r b o s a cont r a P i n h e i r o M a c h a d o". E m e s mo l ame n t an d o a a p r o K i m a ç ã o c om os i n t eg r a l i s t a s a f i r ma: " d e q u a l quer f o r m a a v i . t ór i a do 8 r lgade l r o

(18)

democracia brasIlelra, tão yreCárIa e InCIPIente, um futurü men üS incerto." (01.10.50)

Ra que l de Queil'OZ é tamb�m bastante· di reta e

pergunta. " até onde Irá realmente o saudoslsmo das grandes massas

urbanas p e la obra demagÓg ic a do pela

propaganda tl'aba1hista?( No momento, s6 uma COISó lmporta. a sobreVlvênCIa d o regIme d emocrátIco. lmp o rta

GetúliO". (0110.50)

Duas semanas depois, Ja c onstatada a derrota de su as POSiÇões, Tristão de Atha�de " O POVO manIfestou

nitidamente pela OPOSlÇ�o ao governo e pela· recusa da revoluç;ü

mora l , pre fe rind o a volta ao passado d ltatoric.1 pela.

hiPnotização das massas e sua docll adesão a um mlto: o mlt

0-GetúliO , O mito-Vargas. O p e rsonallsmo , .t 111' ,·1

de Atha�de d emons tra, pa I' sln a1, bastante clare2a ao

an a li sar O fenÔmeno getu1ista. Mesmo condenando veementemente a

ditadura do Estado Novo, reconh ece ele que ".pe1a .prlmeira vez se

atendia a uma eXigênCia justa dos nossos tempos, a ascensão das

classes trabalhadoras. Fal a aspecto slmpát ico do Estado Novo.

Fal a segredo de sua popularidade entre as massas".(2�.09.50) Sua

interpretação da vitórla e 1 eltora 1 de Vargas segue a mesma linha:

"Na tentat iva de uma exegese do 3 de outubro, comeÇamos

POI-destaca r o seu aspect o reac i onár I O e neo-fascista. E log o em segu id a o seu as p ecto autentlcamente popular .

incontestável que o fenameno qUeremista 'tem uma f e ição de massa e

representa em no s sa hist6rla socI al. a repe r cus sio e a e><pressão

po1 ít lca de um movimf!nto unive t-sal j a Que tantas ve2es temüs

feito a l usão nessas colunas: a ascensão do trabalho, Que Junlo a

eman cI Pação são os dOiS fenômenos SOClalS malS

(19)

impo rtantes do século X X.(" ,) é um tato incontestável Que

Getúl i o foi o candi dato das massas trabalhadoras,"(05,11.50) A

própr i a heterogene i dade das forças antl-getulistas era percebida e apontada por Trlstão de Atha�de como uma grave debl lldade: "E um fato g rave que grande pa�te da oPoslção de Vargas não

arte do

seu oportunlsmo polítlco ou das suas ameaças às liberdade s

democráticas Que são o s verdadeiros motlvos pelos QUalS o devemos repudiar e Slm do medo de uma polítlca s oc i al avançada,(" ,) Esse anti-queremlsmo capitallsta baseado no temor da ascensão das massas e na leglslação soclal avançada, foi a causa ma i S eVi dente da derrota do brlg adeirlsm o e de sua apresentação ao elei torado como um fenÔmeno de c l asse e não de ldélas, " (15.10,50) A ausincla do povo no mOVimento que derrubou o Estado Novo também é lembrada em artlgo seu (01,10 50),

Os lamentos peja derrota, contudo, n ã o o fazem adepto de soluções golplstas. Ao cont ,-árlo" combate-as convlctamente:

"Nosso dever de democratas, que consideram ,infeliz e pet-lgos a a escolha das urna�, em 3 de outubro, é de armar desde 1090 a

vig ilância na oPoslção e mostrar que não é aderlndo, coligando-se

e mui t o menos apelando pra qualquer solução ' golplsta ,

mi I itarlsta, e><tralegal, que se conseguirá elevar o nivel

político naci onal e preparar um futuro menos sombrlO para os

nossos filhos,(, ,) Não é o voto que está err.do como s i stema de

seleção polítlca,(" ,) Seu erro está em ter escolhldo para

consertar os erros passados, o mesmo home�,( :,l

eleições malS democrata do Que nunca," (22,10,50)

Raquel de

Q

u

elroz também se POSlClona contra o golpe

representado pe l a e><lgêncla de malorla absoluta para se dar posse

(20)

l amen t a o p e q uen o p a p e l que os esc r i t o res e j or n a l i s t a s a c a b am

desempen�a n d o n os p ro c e s s o s e l e ltora i s , um ve l h o d ra m a que insls t e em perse g uir o s · i n t e l ec t ua i s : . . f ra c a ss a m o s c omp l et a men t e t od o s os que , j o r n a l lst as e esc rlt o res , n o s

i m a g l n á v amos em c o n t a t o c om o povo , n os l l udia mo s , cUld a n d o q u e

é r a m o s i n t érpre t e s d o seu pen sam e n t o . � d o l o r o s a v e r d a d e é q u e o

p ov o n � o n o s l i , o povo n�o n o s. c o n hece . E a p e que�a p a r t e d ele

que nos lê n�o n o s esc u t a . O povo n �o se lnt eressa a b s o l �t amen t e

pe l o que d lzemo s . No f u n d o o que n ó s somos é u m dlv e r t i men t o d e

g r � - f i n os - o u quan d o mUlt o , d e pe q u e n o s b u rg u e ses . ( . . . ) Que será

que há en t re n 6 s e o p o v o? Que será

i n t e ressar?" (29.10.50)

que n o s f a l t a para

O g o ve r n o D u t r a , que t e r m l n a va , me receu e l og 10s c on t i d os a c o m p anha d o s d e alg u m a s r e s s a l va s : " D u t ra f o i i lllPOP U 1 ar . Um

l ou v o r , en t ret a n t o , l he n ã o pode ser n e g a d o: manteve as

l i b e r d ades p o l i t l c a s e de �odo p a r t i c u l a r a l lb e r d a d e d e

i mp ren s a . " ( A t ha�d e , 01.10.50) T rls t �o de A t h a � d e ressa l va a

c as s a ç �o d o s m an d a t o s c om u n l s t as , Que f o i u m a vlolincla a n t i demo c r á t lc a e u m a t át l c a e r r ad a " . R

a

q u el de Queli-oz a n allsa o g over n o D u t ra n a mesma l i nha , adlc i o n an d o c ont u d o um t oque de

i ron l a e u m a dose de a l a r ml s m o d i an t e d a v o l t a de V arg as:

de i xa o g o v e r n o e , apesar de n � o ser g ra n de COI s a , v a i

s a u d a d es . ( . .) que v a l i a , q ue i mp or t gn c i a ' t i nha u m a

" D u t r a d e i x a r l i g e i ra

c a s sa ç�o d e mandatos, que a fin a l f 01 fei t a c om t od a a máscara d a l eg a l i d ade e r e l a t i vo re spei t o às c on ven i inc i as - se v e m por

a i o fechamento d o C on g r e s s o?(

:

. .) O F i l i n t o es t á desempregado, esp e r an d o vez. ( . ) o d o u t o r L o u r i val r ec a l c ado e ain da por Clm� disp o s t o a ser o ma l o r homem d o reg l me . ( ) V�O voltar em massa

13

(21)

os desfiles de menlnos em camIsetas, desmalando a o so 1, em homenagem à raça." ( 1 4 . 0 1 . 51)

A crlse do governo Vargas em 1954 também se refletiu no

"Suplemento", que altura Já contava com a

semanal do pensador católICO Gu�tavo Corç;o, wscrItor de es t 1 i o

bastante agresslvo

matou nlsto

o maJor Rubens Vaz, Corç:o escrevia: "0 Ineu maior

tudo, é que os fatos devorem os fat.os, que os ilssuntos puxe.m os assuntos, e que o clamor de lnd19ndç�O pública venha

esmorecer, deIxando sem desag ravo o sangu� do Júvem OfiCial (.

Um pt.V" ',1'11. mt"it t',rla não é um povo. Quando mUlto será massa Que se

move por determinlsmos hlstórlcos, como dlzem os marxIstas." (15.08',54)

O sUicídIO de Vargas não fez com que desaparecessem as

aCusações de corrupção ao seu governo Trlstão de Atha�de, apesar

de lamenta r o episódlo, man�ém-se duro em suas ao

presldente, demonstrando alnda plena consciêncla dos efeltos Que

o suicidlo teria sobre a oposi'çd:o; "EvadIndo-se voluntal"lamente

da vlda, Getólio Vargas não entrou par� a hl jt6ria como diz no

documento que deiHou para a posterldade,(, Por orgulho ou por

temor, seja porque for, o fato é que" longe de trazer ao Brasil a

solução para os seus males presentes, essa morte velO anular ou

pelos menos atenuar de muito os beneficIos' que adviriam o

nosso pais, de uma ren�ncia voluntári a e digna, que lhe

permltido passar O poder leg almente ao seu sucessor

constltu.Clona1, sem qu�bra da ordem jurid!Cd. ) nadó

dlsso a tenU3.r� 05 erl-05 do seu governo, que arruinou O Br as i 1

material e moralmente," (29.0 8,54)

(22)

v i olenta . C h a m a V a r g a s d e " p r e s i d e n t e s u i c i d a " e o d u p l i c i d a d e:

" Nã u h

.. d o u t r l n a m a l S d i, íCll d " c a r a c t e r l z a l- , m a i s d i f i o l d e d o q u e a o b r a p o l í t l c a d o p r e s i d e n t e . S e u t r a ç o c a r a c t e r í s t I c o p r l n c l P a l - se l S t o �e p o d e c h a m a r d e t r a ç o c a r a c t e r i s t 1 c o - f ql s�mpre o d � u m a l n J � c l ; r á v� � d u p l l c l d a d e Se e r � b o a a l n t e n ç � o , s e e r a S l n c � r o 'o s e u amo r p e l o s h � m l l d e s , en t �o e s s e h o m � m singula r t e r á r e a � l � a d o a m a l s e N t r a o r d 1 n i r l a d 1 s s o c 1 a ç i o e n t r e a p a r t e l n t e r l o r e a p a r t e e N t e r 1 0 r d e s u a o b r a . " C on t u d o , m e s m o Çl u l t r a - c o n s e r v a d o r ! ,, ", o d o;, Co r ç i o n i o f e z c om q u e e l e d e i Na s s e d e r e c o n h e c e r n o m e s m o a r t l g o a o r i g 1 n a l 1 d a d e d o g e t u l i s m o: " G e t ú l i o V " y· y a s l o r n o u p úb l I C O v 1 va a gran de r e a l i d a d e d o s t e m p o s p res o;, n tes : o p r o b 1 e rfld. J u s t 1 ç a s o c i a l , Q u e a s c l a s s e s c o n s e }- v a d o r a s o b s t 1 n a d a m e n t e 1 9 n o r a r . a t é q u e g r a n d e b u r g u e sia q u e h O J e s e a l e g r a c o m a m udan ç a d o r e g l Ol f! s e c r e t a .e sper a nç a de Que o f 1 m d" G " t ú l i o V a r g a s s e J a Q u e r e m p a r t e t e n h a t amb é m d a a o f i m d a s r e 1 v i n d 1 c a ç 5 e s t r a b a l h i s t a s . E s s e " o d etes t a v am p e l o q u e e l e t i n h a d e b om, se é v e rdad e q u e e �a

G

o a a s u a l � t e n ç ; o . O l a t o incon t

e

stáve l é q u e e l e f a l ou nOS nu m1 lde s. C om s l n c e r l d a d e o u s ó De u s s a b e - e l e d i r l g l u - s e a e s s a humanl da de c á l c u l o r e l e g a d a a o e squ ec lme n t o, t o r n a n d o - o s con s ci e nt e d e s u a e N i s t ê n c l a . " ( 05 . 09 . 54 ) C o m o s e s a b e , o s u i c i d i o d e V a r g a s c a u s o u g r a n d e c om o ç : o n o p a i s . C o n t u d o o c a l endá r I O e l " , t o r a l T o i ma n tld o, e l o g o e m s e g u i d a t I v e m o s e l e i ç 5 e s p a r a o C o n g r e s s o N a c i o n a l e o EN ecut l vo L e g i s l a t i v o e s t a d u a l s . C o m o e r a d e p l e i t o f o i p r o f u n d a m e n t e m a r c a d o . p e l o Imp ac to d o s rece n t es , e a f i g u r a d e Vargas e s t e v e n o centro d " s " s u p l e m e n t o " m a l s u m a v e 2 a b r l u e s p a ç o l S p a r a s e e s p e ri:t r , o a c on t e c l ln e n t ú s a t en ç Je s . o ITI l l 1 t f&. n c l o

(23)

e le 1to r al d e s eu s c o l ab or a dores, ent re o s qua i s d e A t h a � d e e C o r ç ã o c o n t i n u a v a m a s e d e s t a c a r . O p r i m e i r o c h a m a v a a a t en ç ã o p a r a o s " t r ê s g r a n d e s p e r 1 g o s Q u e s e m p r e a c ompan ha m a s urnas: a a b s t e n ç ã o ; .0 f a n a t 1 S OlO e a r e b e l dia" . E m a l S u ma v e z r e c u sa.va " o p ç ã o p e l o 9 0 1 p e : " S e r e c o r r e m o s à s u rn as. c o mo m e l O d e m o c rát 1 co d e e s c o l her o s n O S S 0 5 governa n tes, a p rIm eIr a. r e g r a d o J o g o é re spel tar o r e s u l t a Q o d e s s a s u rnas, Q ualqu e r Q u e e l e s eja ( 26 . 09 . 54 ) C o r ç ã o a p a r e c e u u m n ú m e r o m a 1 0 r d e v e z e s p a r a fa l ar d a s e l e l ç 5 e s ,· c om e ç a n d o p o r u m c h a m a m e n t o à s c la ss e s m é d i a s p ar a que a s s u m i s s e m o pap

e

l

que segundo eles

l h e s c " b i a . A q u i f l c a c l a r a "

sua v l s lI o <i l l t i s t a d o p r o c e s s o p o l í t lC'O; s u a s p os lçüe s q u a s e Q u e cO\'"res pond em a c ent u a nd o o c a r l c a t u r a d i UDN fe i t a e t e r n o di s tancla me nt o p o r s e u s a d v e r s á r l o s , en tre o p a r t i d o o e l e 1 t o r a d o : " S ub s 1 s t e um p r o b l e m a a s e r r e s o l v i d o : c o m o c o n s e g u l r q u e o s h o mens m a l s c a p a z e s , i n f l u ê n c 1 a ú t i l s o c i e d a d e , p o s s a m i n f l u i r e f 1 c a z m e n t e e p r o p o r c i o n a l m e n t e à s suas c apac i d a d e s?" C or c;ão · i nsis t e r es t a b eleça A p e s a r d e se d 1 z e r um � e f e n s o r d o v o t o e m u m a s o l u ç ão p a r a " o pro ble m a d e a o. n i ve l d e c u l t u r a o u d e p o s s e a just iça apar ent e m e n t e f e r 1 d a u n l v e r s a l , l n f l u i! n c 1 a a l g o p e l o q u e v o t o q u a n t i t a t i v o e ig ua lit árlo " . S u g e r e , p o r t a n t o , q u e a c l a s s e m é d i a m i l i t e i n f l u a s o b r e o e l e i t o r a d o : " N lIo b a s t a P 0 1 S v o t a r c e r t o . E b o m m a s é p o u c o . ( . E r ea l me n t e r l d í c u l o Q u e um c o l o q u e n a ur n a u m s 6 v o t o 1 9 u a l a o d a s u a l a v a d e i r a . N ó s n lI o s o n h a m o s u m a s o c 1 e d a d e s e m c l a s s e . A o c on t r � r 1 o , n 0 5 S O 1 d e a l d em

o

crátI C O é o d e u ma s o c l, e d a d e f 1 n a m e n t e e r l c a m en t e h 1 e r a r q u i z a d ,, " . ( 1 9 . 0 9 . 5 4 ) A s a r t i c u l a ç 5 e s g olpls tas q u e a n t e c e d e r a m a � l e i ç ;o

(24)

J K e que e n v o l v e r a m o p r e s l d en t e C a f é F l l h o e s e t o r e s C l V l S e m i l i t a r e s f o r a m d e sd e o p r i m e l r o momen t o v i o l en t amen t e c o mb a t i d a s p o r T r i s t ã o d e A t h a � d e e C o r ç ão . E s t e s e p e r g un t a s e n ão e r a m os a n t i g os a d v e r s á r l o s d a d l t a d u r a q u e p e d i a m uma n ov a d i t a d u r a ( 04 . 09 . 5 5 ) E a c u s a o s g o l p l s t a s d e " p r e g a d o r e s d a . s u b v e r s ão " , t í t u l o d e u m d e s e u s a r t l g os . Já n o i n i c i o d e 1 95 5 , an t e s p or t a n t o d o q u a d r o e l e i t o r a l s e d e f i n i r , C o r ç ã o c o b r a v a de C a r l os L a c e r d a u m a p o s l ç ão ma i s c l a r a s o b r e a s o l u ç ã o g o l p i s t a n o c as o d a c o n so l l d a ç ã o d a c a n d l d a t u r.a d e J K : " S e o j Ol- n a l l s t ;i n ã o a d m l t e o g o l p e e n t ão d e v e t o r n a r m a l S c l a r a e m a i s e fe t i va a s u a r e p u g n ân c l a . ( T i ve s s e eu o p r e s t i g l o e a c o r a g e m d o S r . C a r l os L a c e rd a , d l r l a a o p r e s i d en t e Ca f é F i l h o que o man i f es t o d o s m i l i t a r e s , m a l g ra d a s u a a � a rªn c l a c on v e n c l o n a l , p a r e c e u - m e d e u m a i n s up o r t á v e l i mp e r t i n ê n c i a . " (06 . 02 . 55 ) T r i s t ã o d e A t h a � d e , p or s u a v e z , d i z l a q u e " o M a n l f e s t o d o s M i l i t ar e s e o e n d os s o q u e l h e d eu o d i g n o p re s i de n t e d a R e p � b l i c a r e p �e s en t a m p a ssos d e r e t r o c e s s o n o c a m l n h o i n t e t- n o d e n o s s a p re p a r a ç ã o à d em o c r a c i a " . A s e u v e r , a c an d i d a t u r a J K , a p e s a r d.e s e c o n s t i. t u i r n o " e xp o e n t e máx i mo · d o saud o s l smo g e t u l i a n o , e p o r p i o r que e l e se j a , é u m a

1 e g a.! m e n r e j eg i t l m a , t io l eg i t i ma c omo s e r l a a c a n d i d a t u r a d e qua l q u e r d o s o f i c i a i s g e n e r a i s q u e a s s i n a r a m

o

i n fe l i z M a n i fe s t o " . (06 . 0 2 . 55 ) M e s e s d e p o i s , c o m o quad r o d e .c an d i d a t u r a s j á d e f i n i d o , os l i d e r es c a t ó l i C O S s e e n g a j a r a m c om e n t u s i a s mo n a c am p a n h a d e J u a r e z Távo r a . T r l s t ã o de A t h a � d e n os d l z a p ou c o s d l a s d a e l e i ç ão : " Q u a n t o m a i s se a p r ox i ma o d i a 3 d e O U t u b l- O e ma i s se

e x a l t am o s â n i mos , m a i s me c onvenç o d e que s ó h á um c a m l n h o c e r t o : v o t a r n a c h a p a J u a r e z - M i l t on S�O t rê s o s c aln i n h o s

e r r a d o s o g o l p e ; a a b s t e n ç ã o ou o vo to e m b ra n c o ; e o vo t o e m

(25)

i

.

rUNOACÃO

r;FTúUQ

vt,RGAS

c oce

q u a l q u e r d o s o u t r o s t r ê s c a n d i d a t o s . C o m J u a r e z e c o n t r a o g o l p e , q u a l q u e r q u e s e J a o r e s u l t ad o d a s e l e I Ç õe s . " ( 1 1 . 09 . 55 ) O s o u t r o s t r ê s c a n d l d a t os e r a m o g o v e r n a d o r m l n e l r o J u s c e l i n o K u b i t s c h e c k , · o e H - g o v e r n a d o r p a u l i s t a A d e m a r d e B a r r o s e o l i d e I" l n t e g r a l l s t a · P l i n l o S a l g a d o . G u s t a v o C o r ç ;;o c a r a c t e r l z a v a a c a n d l d a t u r a d e J u s c e l i n o c o mo u m a " c omp o s l çc ;; o d " n e g o c l s m o p e s s e d l s t a , d e q U e � e m l s m o J a n g u l s t a e d e c o olun i sffio , t r ê s C O l s a s d i f e r e n t e s q u e se e n c o n t r a m n o d e n o m l n ad o r c om u m d a d e s o r d e m e d a c o r r u p ç ã o , e � p i o r q u e · o a d e m a r l s m o " . ( 1 1 . 09 . 5 5) J á a c a n d l d a t u r a d e P l i n l o S a l g a d o p r e o c u p a v a C o r ç ;; o d .- V l d o à s u � p e n e t r a ç ã Q e n t r e o e l e i t o r a d o c o n s e r v a d o r . P o r I S S O [ o r ç ;; o d e d l c a p e l o m e n o s d 0 1 S a r t l g o s n o p e r i o d o p r é - e l e i t o r a l p a r a a t a c a r a f l g u r a d o a n t l g o l i d e I" l n t e g r a l i s t a , e d e f e n d e r a n e c e s s l d a d e d e c o n c e n t r a r e s f o r ç o s n o a p

O

l O a J u a r e z T á v o r a ( 1 8 .- 25 . 09 . 5 5 ) . T r l s t � o d e A t h a � d e t a m b é m c l as s l f l c a J K c o m o a a l l a n ç a d o a l t o n e g óC 1 0 � o m o t r a b a l h l s m o q U e r e m l s t a e o c o mu n i s m o ; A d e m a r d e B a r r o s r e p r e s e n t a o " p o p u l i s m o d e magÓ gico" , e P l i n i o Salgad o o " m e s s i a n i s m o n e o f a s c i s t a " . ( 23 . 1 0 . 55 ) C u r i o s a m e n t e , n a s e l e i ç õ e s d e 1 9 58 e 1 9 6 0 n ã o h o u v e a r t i g o s q u e t r a t a s s e m d a q u e s t � o e l e i t o r a l n o SLDN . E i s s o a p e s a r d a

i

n tensa p a r t i c i p a ç ã o d o J o r n a l n a s c am p a n h a s , e H P r e s s a e m s e u s e d i t o r i a i s . O g o v e r n o J K n u n c a f o i Ob j e t o d e c r i t l c a s d i r e t a s p o r p a r t e d o s c o l a b o r a d o r e s d o " S u p l e m e n t o " , n e m m e s m o d e T r l s t ão d e A t h a � d e e G u s t a v o C o r ç l o . q u e c o n t l n u a r a � a esc r e v e r r e g u l a r m e n t e p a r a o j o r n a l . A n a l i sa n d o e m c o n j u n t o o s a r t igos q u e t l" a t a v " rn d i r e t a m e n t e d a p o l i t i c a b ra s l l e i r a n o d e c o r r e r d a d é c a d a d e 50 , p o d e m o s c o n s t a t a r q u e s u a p r i n c i p a l m a r c a f 0 1 g e t u l l s rn o e à s u a h e r a n ç a . N o r m a l m e n t e t a l o c. o m b a t e ê:l. ú

(26)

l evando ao apO l O a candl daturas d a U D N , principal p a r t i d o d ó<

O P 0 5 1 Ç � O , m a s n � o p o d e m o s d i z e r Q u e o

DIárIo de Notic1as

o u O s e u

" S up l e m e n t o L i t e r á r l o " e � p r e s s a s s e m u m a m l l l t â n c l a ud enis t a. T r l s t l o . d e A t h a � d e , . o c o l a b o r a d o r m a l S l l ust r e e as s

í

duo

d o

"Sup l e ment o " , a f l r m a v a q u e jamais havia pertencido a·um p a r t H J ú p o l í t i C O � que J a ma i S p e r t e n c e r i a , a p e s a r d e v e r n o s p a r t l d os u m elemento fund ament a l para a v i da d emoc r á t l ca 1 0 8 . 0 8 . 5 4 1 . R a q u e l

d e Q u e i r o z , que dedl cou muito s d e s e u s art i gos a comb ater o

g e t u l l s m o , e m u m d e l e s f e z uma r á p i d a . c a r a c t e r i z a ç � o· d o qua d r o

p a r t i d á r i O b r a s i l e i r o . S o b r e a U D N d i z i a e l a : " T e m a env e r gad u ra e o s dirig ente s c apa zes d e o e l e v a r e m à P OS i Ç �O de me lho r p a r t i do d e m o c r á t i c o - n o s e n t i d o d o l iber a l is�o b u r g u i s . I n f e l i z m e n t e a

U D N não t e m co r r e s p on d i do á s espe ranç a s que p rov o cou.

Cont rad l Ç ões d e sua pr

ó

prl a Torm ação i d e o l ó g i c a , p e r s o n a l i s m o

e�cessivo das s u a s f i g u r a s m a i S e m i nentes, é a U D N u m part i d o che i o d e. b oas i n t e n ç õe s e de grandes homens e q u e e n t r e t a n t o

marcha de capitulaç ã o e m C àP i t u l aç �o , d e d e l- r o t a e m d e l-r ota."

Ainda para Raquel de Queiro z " o P T B e· o P S P s :;'o m e r a s e � p r e s s õ e s

d o personal ismo de V argas e Ad.ema r " , e o PSD " é u l)1 a e s p écie d e

a j untamento de ch·e f es d e t od o s o s m a t i ze s P O l i t i C O S , g e n t e Que se arran j a d e qua l quer maneir al . . 1 e n ã o s o f r e s e q u e r a s p e r i ó d i c a s

m o r d i d a s d e c o n s c i ê n C i a q u e a t a c a m a U D N " . 1 1 6 . 0 9 . 5 1 1 Gustavo

e�i stent e s se

C o r ç ã o t a m b é m c o n c o r d a

acham em mau esta d o ,

q u e o s p a r t i d o s s � o lncoet-entes e i n c o n s e qU e n t e s , s ã o in e f i c aze s n a 1 i n h a d o q u e d e v i a m s e r " : M a s

faz a ressalva: o que n � o s e j u s t l f i c a � a t l- a n s m u t a ç ã o e m

filoso f ia e a co n se qUente p re gaç ;o de um a p ol

í

t i c a ap a r t idária,

s u p r a p a r t i d á r i a o u a n t l P a r t i d á r i a , Q u e s ó p o d e r � a g r a v a r o

p r o b l e m a e p r e p a r a r a a t o m i 2 a ç � o s ocla l , que é a D r e p a r a ç � o d Q � 1 9

(27)

r e g i m es t o t a l i t á r- i os . " (31 . 10 . 5 4 ) D a U D N C o r- ç i: o p o r dlver sas v e z e s c ob r o u c o e r ê n c l a p o l i t. i c a e d o utr Iná r I a. F e z r e s s a l v a s ude nls t a a o s d e p u t a d o s q u e a p e s a r d e e l e i t o s p e la l e g e n J " p o s i ç i; o n ã o p o s s u í a m , s e g u n d o e l e , u m a p a r t l d is r l a " P o r f l m , u m out r o a s p e c t o r e f e r e n t p a o P O S 1 C 1 0 n a m e n t o p o l i t l C O Q u e m a r c a o S L D N é a Q u a � e a u s ê n c l d d a " e s ' lU e r d a " em s u a s p á g l n a s. Já pu d e mos p e r c e b e r Q u e o J o r n a l p o s s u i a u m a f e l ç ã o f o r t e m e n t e a n t l c o m u n l s t a , o q u e s e e V l d e n C l O U t a m b é m n a d e p e s s o a s l l g a d a s a o P C B n a s p á g l n a s d o " S u p l e m e n t o " . a u s ê n C I a. Re ssa lte -s e q u e e r a -s l g n l f l c a t i v o o n úmer o d e l n t e l e c t u a l s b r a s l l e l r o s Q u e d u r a n t e d e s s e s o s a n o s 50 m l l l t a v a m ou s l m p a� l z " v a m c o m O P C B . i n t e l e c t u a l s t I v e r a m a c e s s o a o J o r n a l , m e s m o q u e P o u c o s p a r a e scr e v e r s o b r e a s s u n t o s s e m v i n c u l o s d i r e t os c o m a p o l i t l c a . A s p o u c a s r e f e r ê n c i a s a o P C B e r a m s e m p r e d e c a r á t e r n e g a t l v o , m e s m o q u a n d o n �o a s s u m I a m u m t o m f r a n c a m e n t e a g r e s S I V O . E m a r t i g o d e 1 9 5 0 , R a q u e l d e Q u e i r o z c o m e n t a a a p r o M l �a ç � o .e n t r e o P C B V a r g as e r e s s a l t a q u e a car act e r ist lc a m ai s' n otável d a s d o p a r t l d o d e P r e s t e s n o B r a s i l t e m s l d o u m a r e a l i z a ç õ e s p e r m a n ê n c i a 110 f r a c a s s o , u m a c o n s t â n c l a n o g o l p e .e r r a d o " . A a u t o r a p r e vê, en t ão , n o v o f r a c a s s o p a r a o P C B : A g o r a o s c o m u n l s t a s e s t �o s e me t e n d o c o m G e t ú l l o ( o d i a b o , p a ,-a e l e s , é q u e o C a p o e l r a V e l h o é G e t ú l i o . A f i n a l a c a r r e l r a d o h om e m j á é h i s t 6 r l a . D e u r a s t e I r a n o s t e n e n t e s , d e u r ast eIr a e m P e d r o E r n e s t o , d e u r as t e i r a e m Zé Amérl co , e m 'A n t 6 n l o C a r l o s , q u a n t o s , q u a n t o s . . ) O r a , o s c o m u n l s t a s � e l h o r do que t l1 n g u é m s a b e m d i s s o " . E t e r m I n a d I z e n d o : " O d u e l o v a I s e r d u r o ; p I o r é Q u e c o m tal s a d v e r s á r I o s o e s p e c t a d o r n � o e n c o n t r a n I n g u é m t o r c e r : S 6 l h e res t a d e s e J a r Q u e , felto a b r i g a d a p o r

(28)

c o m a v e r d e , c a d a u m a e n g u l a a ou t r a e a c a b e m d e s a p a r e c e n d o d u a s . " < 1 2. 1 1 . 5 0 ) o d a P a r t l d o S o c l a 1 1 s t a B r a s l l e l r o ( P S B ) a l n d a t e v e , n o , n i c i o d é c a d a , u m - � s p a ç o r a 2 o � v e l n o S L D N . ' O e n t � o d e p u t a d o D o m l n g o s V e l a s c o , e m u m a S�rle d e ar t l g o s d e n ·om l n a d o s " E s P l r l t u a 1 1 2 a ç ã o f a v o r d e u m s o c l a 1 1 s m o c o n t r á r l o a o m a t e r l a 1 i s m o m a r x l s t a e m a I S p r Ó X l m o d o c r l s t l a n l s m o - s oC l a 1 . F e z a l n d a a d e a l g u n s p a r t l d o s d e o r l e n t a ç ã o s o c l a 1 - d e m o c r a t a n a d e f e s a E u r o p a ( S u é C: l a e I n g l a t e r r a ) . No f l n a 1 d e d é c a d a , Q u a n d o o s e d l t o r l a i s d o N o t iÇlas e 1 e l ç õ e s l nsl s t la m e m d e n ú n c l a s c o n t r a a a l l a n ç a P T B - P C B . n a s d e 1 9 5 8 , o S L D N n ã o a b r l U e s p a ç o p a ra a r t l g os t e m a , a t é p o r q u e n e s s e p e r í o d o a p o 1 i t l c a f 0 1 p r a t l c a m e n t e a u s e n t e d e s u a s p á g l n a s . o a n t l c o m u n l s m o s o b r e o a s s u n t o e s t e v e p r e s e n t e d e u m a f o r m a m a i s i n t e n s a n o " S u p l e me n t o " e x a t a m e n t e n o i n f c l o d a d é c a d a , n o s a n o s d e a u g e d a G u e r r a F r l a , q u a n d o o S L D N p o s s u i a u m a p á g i n a i n t e i r a m e n t e d e d l c a d a à p o l í t l c a i n t e r n a c i o n a l . A n a l i s a r e m o s m e l h o r e s s e a s p e c t o a s e g u l r . B ) P O L I T I C A I N T E R N A C I O N A L A o l n i c i a r - s e a d é c a d a d e 5 0 , a G u e r r a d a C o r é i a 1 e v a v d o m u n d o a o a u g e d a G u e r r a F r i a . N o B r a s l l , a i n d a n o s a n o s 4 0 , os c o m u n i s t a s j á h a v l a m p a rl am e nt a res h a V l a m s i d o p o s t o s n a l l e g a l l d a d e , s

d o c a s s a d o s . A G u e r r a d a C o r é i a e s e u s t r o u x E! n o v o s d e b a t e s e m t o r n o d e u m m a l o r o u m e n o r a l l n h a m e n t o d o B r a s i l a o s E s t a d o s U n l d o s n o p l a n o m u n d i a l T a l S d l S C u S S õ e s g a n h a r a. m c o r p o n o s m e i o s m i l i t a r e s , o n d e h d v l a p a r t � d á r l O s d a D a r t l c l P a ç � o 2 1

(29)

e d a n � o p a r t l c l p a ç i o b r a s l l e l r a n o c o n f l l t o c o r e an o . N e s s e m o me n t o , o Dlá r

Io

dp

Notirias

a s s u m I U u m d isc u rso f o r t e men t e a n t l c omun i s t a '. A s u a c o b e r t u r a d a Gue r r a d a Cor � l a s e f a Z I a c o m m a n c h e t e s q u e m l s t u r a v a m a p o l o g i a p r ó - o c l d e n t a l c o m d e n

ú n

cia s d o p e r l g o c o m u n l s t a ' · . E m m a i o d e 1 9 5 1 , p o r e x e m p l o , o J o r n a l a p n , s " n l a v " a se g ul

n

te m a n c h e t e : " V l g o r o s a o f en

s

l v

a

p a r a a c a b a r c om o s c o m u n I s t a s ". Em a g o s t o , d e l >< a n d o d e l ad o o t o m E s s e t r l u n f a l i s t a , a f l r m a v a : " Ev i ta r a g u e r r a e c o n s e r v a r a p a i!. o p r o P

ós

it

o

d e t o d a a p o l í t l c a e >< t e r n a d a G r ã - B r e t a n h a e d o s p o v o s o c i d e n t a l s que se "rm am n u m m o v l m e n t o d e l e g i t i m a d e f e s a . " (01 .08 . 51 ) Esse " c l l ma " de G u e r r " F r l a, chego u ao S L D N a t r a v é s d e u m a p á g i n a d e d l c a d a à p o l í t l c a l n t e r n a c l o n a l Q u e a c a d a n ú m e r o r e pr od u z

i

a a r t l g o s d e c o l a b o r a d o r e s e s

t

ra

n

ge l

r

o s , e n t r e 0 5 q u a l s de s t a c� ram-s e W a l t e r L' P

p

ma n n, D o r o t h � T h o m p � o n e G e o r g e F , e l d l n g E l l i o t . E s s e s a r t l g O s r e p

i

o du z i a m em l i n h a s g e r a l s a ' re t Ó r l c a p r ó - o c l d e n t a l e a n t l c om u n l s t a , n ã o i m p e d l n d o Q u e t a n s p a r e c es s e m , é v e r d a d e , oc i d e n tal . a s d i v e r g ê n c l a s e >< i s t e n t e s n o l n t e r l o r d o b l o c o O s t e m a s t r a t a d o s s � o o s t·e m a s c l á s s i c o s d a G u e r r a F r i a: a s c o n d i ç õ e s p a r a o r e a r m a m e n t o d a A l e m a n h a , a e f e t i v a ç i o e c o n s o l i d a ç i o d e u m a a l l a n ç a m l l i t a r e n t r e o s p a í s e s d o b l o c o o c

i

den t a l , a p a r t l c l P a ç ã o d e p a í s e s c o m g o v e r n o s d e i n s P

l r

a ç

ã

o di r e i t i s t a (E s pa

n

ha. e T u r q u i ,, ) n e s s a m I l i t a r , a i n st a b l l i d ad e n os B á l c ã s ( G r i c l a e I u g o s l áv l a ) , o m a c a r t h i s mo n o s Es t a d o s'Un i d o s , a l ém , i c l a r o , d o. c on f l l t o c o r e an o . W a l t e r L l p p m a n n c a r a c t e r l z a v a s e u s a

r

t

i

go s p o r u m � d e f e s a i n c o n d l c i o n a l d o s E s t a d o s U n l d o s e d o· b l o c o o C ld e n t a l A o s e r e f e r

i r

à U R S S , L i p p m a n n i n s l s t l a e m e s t e r e ó t l P o s a n t l

(30)

-c o m u n i s t a s. , c o m o s e p od e p e r c e b e r n es t a passagem em q u e c o m e n t a o s p r o n un c i a m e n t o s d o g ov e r n o s o v i é t i c o : " O t? s t i l o s ov i é t i c o é a e s p é c i e d e a s s e r ç ã o Q u e s e f a z c om c a r a d e b r o n z e . N ã o V l s a a j u d a r o u p e r s u a d i r . E u m e s t i l o 'ap r o p r i a d o à i n s t r u ç�o d e au tôm a t o s . B a s e i a - s e nB s u p o s i ç ã o � e Q u e a q u e l e s a q u e m é d i r i g i d o n � o r e p l

i

c a r ã o E m c a d a f r a s e e x p r e s s a a s e g u r a n ç a d e q u e o q u e d i z é v e r d � d e p o r q u e f o i d i t o ,. e n a d a s e p r e c i s a p rovar , p o r q u e s 6 o s I n i m i g o s d o E s t a d o S ov i é t i c o t e r i a m a l g o a C OÍl t € s t õ. �- . " D o r o t h !j p o r s u a ve z , m e s m o m a n t e n d o u m a p o s i ç ã o f r a ri c a m e n t e p r 6 - o c l d e n t � l , a n a l i s a o s a c o n t e c i m e n t o s d e u m a f o r m a. m a i s e

u i l i b r a d a e m e n o s m a n i q u e i s t a . E o Q u e s e n o t a q u a n d � e l a s e r e f e r e ao c o m p o r t amen t o d as p o t � n c i a s oC i d e n t a i s d i a n t " d a O N U : " O s fl o S S O S p o r t a - v o z e s c a l r am n o h á b i t o d e r e f e r i r - s e à s N a ç õ e s U n i d a s c o m o s e f o s s e m e l a s a p e n a s a q u e l a p a r t e d a o r g a n i z a ç ã o l n t e r n a C l o n a l q u e e s t á a s s o c l a d a , s o b a l i d e r a n ç a a m e r I c a n a , �a r a r e s l s t l r à a g r e s s ã o e m q u a l q u e r p a r t e " ( 2 8 0 1 . 5 1 l E m o u t r o s a r t i g o s s e u s e n c on t r a m o s u m a c r l t � c a à h i s t e r l a a n t l c o m u n l s t a : " N o p r o c e s s o d e t r a v a r , o u d e p r e p a r a r -s e . p a r a t r a v a r , d u a s g u e r r a s c on t r a g o v e r n o s t o t a l i t á r i o s , o s E s t a d o s U n i d o s e s t ã o d a n d o p a s s o s g l g a n t e s c o s n a d i r e ç ã o d o t o t a l i t a r l s m o . U m d e s s e s g r a n d e s p a s s o s é a c h a m a d a 'L e i C on t r o l e d o's V e r m e l h o s , ap r o v a d a p o r a m b a s a s C a s a s. d o d o C o n g r e s s o . ( . . l e s t á - s e t o r n a n d o p e r l g o s o t e r q u a l q u e r m o d o d e p e n s a r p � ó p r I o , p e r l g o s o m e s m o c o m b a t e r - s e o c o m u n I s m o , a n ã o s e r" p e l o m é t o d o o f i c i a l m e n t e p r e s c r l t o d o s j u r a m e n t os d e l e a l d a d e . " ( 22 . 1 0 . 50 l O S e n a d o r M a c C a r t h !j t a m b é m é a l v o d e c r í t l c a s : " O M c C a r t h i s m o p a r e c e t e r a t i n g i d o a t a i s p r o p o r ç õ e s q u e t o d o s t e m e m f a z e r q ua i s q u e r c r i t i c a s à o r d e m s o c � a l c o m 2 3

(31)

r e c e I O d e s e r e m c o n s i d e r a d os c omun i s t a s ou s i m p a t i z an t e s . " ( 09 . 0 9 . 5 1 > P ro t e s t a a i n d a c o n t r a a c o n d e n a ç ã o u e J u l i u s e E t h e l R o s e mb e r g , s e g u n d o e l a i n j u s t amen t e a c u s a d o s . E s s a c o l u n a o e " p o l i t i c a i n t e r n a c i o n a l " p e r m a n e c e u a t é f i n s d e. 1 95 2. A l ém d e l a , e n t r e t a n t o , d o i s . o u t r o s c o l a b o r a d o r e s t ra t a r a m d e a s s u n t o s r e l a t i v o s à p o l í t i c a l n t e r n a c l o n a l c o m c e r t a f r e qUin C l a n o t ra n s c o r r e r d a d é c ad a . s ã o e l es T r i s t ão d e A t h a � d e. e J o s u é d e C a s t r o . T r i s t ã o d e A t h a � d e r e p r o d u z t am b ém , e m l i n h as '' 0 c om e n t a r s u a s· l mp re s S õe s a p ó s v i a g e m à E u r o p a , p ",- C/ c ti ;-a n o s d i z e s t ar

c o n ven c i d o de q u e ·a g ue r r a e·ra a Ú l t l m a e s p e r a n ç a dos c om u n i s t a s ,

i �c ap az e s d e s e a f i rm a r p o r m e l O S e c o n ôm i c o s , p o l í t i c o s ou

i n t e l ec t ua i s . A c u s a a p o l i t i c a e >.< t e r n a sov l é t i c a d e " i m p e r i a l i s t a " e c o m e n t a o s a c on t e c i me n t os n a C o r é i a c omo u m a a g r e s são d o l mp e r i a l i sm o s ov i é t l C O " . ( 1 7 . 1 2 . 5 0 ) P o r ém. s u a p o s t u r a

n ão Q i mp e d e d e c on d e n a r o a n t i c omun i smo exac e r b a d o : ." 0

m a c a r t i s m o Mac A r t h u r ) ( Se n a d o r M c Ca r t h � ) e o m a c a r t u r l smo ( g e n e r a l s ã o a s d u a s f o r ma s , l n fe r i o r e s u p e r l o r , Doug l a s d o n e o -f a s c i s mo n o r t e - a m e r i c an o . ( ) O q u e se vi é a f i g u r a m a r c l a l d e M a c A r t h u r , a g l Ó r l a m l l i t a r , o p o d e r mun d l a l d o s E s t a d o s Un i d o s , a n e ce s s i d a d e d e v e n c e r o c om u n i smo p e l as a r m a s e p e l a p o l i C i a , a e f l C l en C l a p r o d u t i va d o c ap i t a l i s m o , o p ro t e c i o n i s mo ame r i c an o s o b r e a E u r o p a e a A S l a , a n e c e s s l d a d e d e s e a p o i a r t od o s o s r e g i m e s a ut or l t ár i os d o mun d o , d e s d e q u e se m a n l f e s t e m c on t r á r l oS à U n i ão S o v i é t i c a . " ( 1 3 . 0 5 . 5 1 l . C on t ra d i t o n a m e n t e , p o r é m , a f i rma

que o s EUA d evem d a r a p o i o à d i t ad u r a f' as c l s t a ( s e g u n d o e l e p r Óp r i o ) d e F r a n c o n a E s p a n h a , em t ro c a d a c e s s ã o d e b a s e s a é r e a s em t e r r i t ór i o e s p an h o l ( 1 8 . 1 1 . 5 1 1 . P o u c o s a n o s d e p o i s , c o m o d e c l i n i o d a G u e r r a F r l a , a l n va s ã o n o r t e - am e r i c a n a n a G u a t e ma l a é

Referências

Documentos relacionados

O Processo Seletivo Interno (PSI) mostra-se como uma das várias ações e medidas que vêm sendo implementadas pela atual gestão da Secretaria de Estado.. Importante

Para atender às duas questões de investigação, elegemos duas Escolas da Rede Municipal de Limeira - um Centro Infantil (Creche), e uma Escola Municipal de Educação Infantil –

da equipe gestora com os PDT e os professores dos cursos técnicos. Planejamento da área Linguagens e Códigos. Planejamento da área Ciências Humanas. Planejamento da área

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Sou aluno do curso de Mestrado Profissional do Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública PPGP - CAED - UFJF e desenvolvo

Para a validação do código Ecoterra foi considerado como georreferenciamento padrão de latitude e longitude a precisão de milésimo de minuto para que, por meio de

O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (BRASIL,

Taking into account the theoretical framework we have presented as relevant for understanding the organization, expression and social impact of these civic movements, grounded on