Princípios do Direito Ambiental

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Princípios Do Direito Ambiental Princípios Do Direito Ambiental

André Ricardo Franco André Ricardo Franco11

FRANCO, André Ricardo. Princípi

FRANCO, André Ricardo. Princípios do direito ambientos do direito ambiental. Rev. de Ciên. Jur. e al. Rev. de Ciên. Jur. e S

Soc. da Un ipar. v.7, n.2, oc. da Un ipar. v.7, n.2, p.p.205-205-218218,, jul./dez., 2004. jul./dez., 2004. RESUMO

RESUMO:: Assevera que o Direito não pode permanecer estanque considerando Assevera que o Direito não pode permanecer estanque considerando as novas tendências sociais, com vistas, ainda, à preocupação de melhoria das as novas tendências sociais, com vistas, ainda, à preocupação de melhoria das condições de vida da população. Analisa os princípios do direito ambiental condições de vida da população. Analisa os princípios do direito ambiental como ponto de partida para uma aplicação do direito aos pleitos da sociedade, como ponto de partida para uma aplicação do direito aos pleitos da sociedade, preocupando-se com a interação homem e meio ambiente, também para as preocupando-se com a interação homem e meio ambiente, também para as gerações futuras.

gerações futuras. PALAVRAS-CHAVE

PALAVRAS-CHAVE: : direitodireito ambiental ambiental; ; princípiosprincípios..

1. Direito ambiental 1. Direito ambiental

O mundo sofre uma série de problemas ambientais que demandam um O mundo sofre uma série de problemas ambientais que demandam um posicionamento protetivo da sociedade, evitando-se que eventuais providências posicionamento protetivo da sociedade, evitando-se que eventuais providências futuras tornem-se sem efeito, exigindo-se, desta forma, uma resposta do Estado, futuras tornem-se sem efeito, exigindo-se, desta forma, uma resposta do Estado, detentor do Poder Jurisdicional.

detentor do Poder Jurisdicional.

Deste modo, para regulamentar a vida em sociedade, Deste modo, para regulamentar a vida em sociedade, utiliza-se do disciplinamento de condutas, por intermédio do direito. O direito, se do disciplinamento de condutas, por intermédio do direito. O direito, instrumentalizado também por um conjunto de normas e princípios, amadurece instrumentalizado também por um conjunto de normas e princípios, amadurece de forma a proporcionar condições reais de uma convivência sadia entre os seres de forma a proporcionar condições reais de uma convivência sadia entre os seres humanos e o meio-ambiente.

humanos e o meio-ambiente.

Então, surge o direito ambiental que é conceituado na doutrina pátria Então, surge o direito ambiental que é conceituado na doutrina pátria de diversas formas, com designações variadas, visando melhor determinar de diversas formas, com designações variadas, visando melhor determinar o conjunto de normas e princípios que regem e regulamentam a proteção e a o conjunto de normas e princípios que regem e regulamentam a proteção e a utilização do meio ambiente pelo homem.

utilização do meio ambiente pelo homem.

A doutrina de Moreira Neto (1977, p. 26), explicitando que Direito A doutrina de Moreira Neto (1977, p. 26), explicitando que Direito Ecológico é o conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos sistematizados Ecológico é o conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos sistematizados por princípios apropriados, que tenham por fi m a disciplina do comportamento por princípios apropriados, que tenham por fi m a disciplina do comportamento relacionado ao meio ambiente

relacionado ao meio ambiente. Entende que o Direito Ambiental não possui . Entende que o Direito Ambiental não possui autonomia científi ca

autonomia científi ca (FERRAZ(FERRAZ apuapudd MUKAY, 1998, p. 11)MUKAY, 1998, p. 11).. Já, no conceito de

Já, no conceito de MukayMukay (1998, p. 11), o Direito Ambiental possui (1998, p. 11), o Direito Ambiental possui uma natureza interdisciplinar, havendo uma miscelânia de normas jurídicas e uma natureza interdisciplinar, havendo uma miscelânia de normas jurídicas e

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institutos de direito civil, direito penal, direito internacional privado, bem como institutos de direito civil, direito penal, direito internacional privado, bem como boa parte do direito administrativo, devido à existência de normas de polícia e ao boa parte do direito administrativo, devido à existência de normas de polícia e ao papel desenvolvido pelo Estado na defesa do meio ambiente.

papel desenvolvido pelo Estado na defesa do meio ambiente.

No entanto, o direito ambiental não está concebido em um ramo específi co No entanto, o direito ambiental não está concebido em um ramo específi co do direito, tratando-se de um conjunto de normas e institutos jurídicos, de do direito, tratando-se de um conjunto de normas e institutos jurídicos, de diferentes espécies, que visam regulamentar a utilização do meio ambiente pelo diferentes espécies, que visam regulamentar a utilização do meio ambiente pelo ser humano, de forma a defender os interesses sociais.

ser humano, de forma a defender os interesses sociais.

Assim, o Direito Ambiental pode ser defi nido como o conjunto de normas Assim, o Direito Ambiental pode ser defi nido como o conjunto de normas e institutos de diferentes ramos jurídicos, que buscam regulamentar, de forma e institutos de diferentes ramos jurídicos, que buscam regulamentar, de forma harmônica, a relação entre homem e meio ambiente, de maneira a manter uma harmônica, a relação entre homem e meio ambiente, de maneira a manter uma relação sadia, com vistas à melhor qualidade de vida humana, preservando-se o relação sadia, com vistas à melhor qualidade de vida humana, preservando-se o meio ambiente para as populações presentes e futuras.

meio ambiente para as populações presentes e futuras. 2. O que são princípios?

2. O que são princípios?

Um edifício deve ser erguido sobre uma base, que consiga sustentar toda a Um edifício deve ser erguido sobre uma base, que consiga sustentar toda a sua envergadura, sob pena de ruir. Esta base, por sua vez, deve ser alicerçada em sua envergadura, sob pena de ruir. Esta base, por sua vez, deve ser alicerçada em fortes vigas mestras, de forma que não só aparentemente, mas substancialmente, fortes vigas mestras, de forma que não só aparentemente, mas substancialmente, esteja tal obra resguardada das intempéries e das tempestades.

esteja tal obra resguardada das intempéries e das tempestades.

No plano sistêmico de uma ciência jurídica, os princípios são as No plano sistêmico de uma ciência jurídica, os princípios são as guias norteadoras e fundamentam toda a elaboração de normas positivadas, guias norteadoras e fundamentam toda a elaboração de normas positivadas, estabelecendo um ponto de partida de onde todas estas normas deverão surgir. estabelecendo um ponto de partida de onde todas estas normas deverão surgir. São o ponto inicial. Particularmente, os princípios são mais que simples São o ponto inicial. Particularmente, os princípios são mais que simples normas; são o início de todo um ordenamento, de uma ciência, de um campo de normas; são o início de todo um ordenamento, de uma ciência, de um campo de conhecimento.

conhecimento.

Em diversas oportunidades, os juristas se socorrem dos princípios gerais, Em diversas oportunidades, os juristas se socorrem dos princípios gerais, para salvaguardar a aplicação da justiça em situações não previstas em lei. A para salvaguardar a aplicação da justiça em situações não previstas em lei. A norma legislativa, na família romano-germânica, da qual faz parte o sistema norma legislativa, na família romano-germânica, da qual faz parte o sistema jurídico brasileiro, não prevê todas as hipóteses reguláveis, necessárias à jurídico brasileiro, não prevê todas as hipóteses reguláveis, necessárias à aplicação da Justiça, sendo que, por diversas vezes, o legislador abdica de sua aplicação da Justiça, sendo que, por diversas vezes, o legislador abdica de sua função e remete-a para o julgador, devendo este aplicar a eqüidade, os usos e função e remete-a para o julgador, devendo este aplicar a eqüidade, os usos e costumes, o direito natural ou os princípios gerais do direito. No entanto, em costumes, o direito natural ou os princípios gerais do direito. No entanto, em outras vezes, mesmo o legislador se abstendo em conferir aos juristas este poder, outras vezes, mesmo o legislador se abstendo em conferir aos juristas este poder, estes se consideram detentores inatos, pela própria função que exercem (DAVID, estes se consideram detentores inatos, pela própria função que exercem (DAVID, 1998, P. 135).

1998, P. 135).

Norberto BOBBIO (1995, p. 210), lecionando sobre o movimento do Norberto BOBBIO (1995, p. 210), lecionando sobre o movimento do positivismo jurídico, quando questionado acerca da existência de lacunas na lei, positivismo jurídico, quando questionado acerca da existência de lacunas na lei, coloca os princípios do Direito, bem como a analogia, como o recurso utilizado coloca os princípios do Direito, bem como a analogia, como o recurso utilizado para evitar situações não versadas em lei. Atesta que os princípios do Direito e para evitar situações não versadas em lei. Atesta que os princípios do Direito e a analogia também fazem parte do sistema jurídico positivado, negando, desta a analogia também fazem parte do sistema jurídico positivado, negando, desta

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forma, a possibilidade de existência de lacunas no Direito. forma, a possibilidade de existência de lacunas no Direito.

No direito pátrio, a autorização para os juristas se socorrerem dos No direito pátrio, a autorização para os juristas se socorrerem dos princípios, para colmatação das lacunas, é prevista expressamente no art. 4.º princípios, para colmatação das lacunas, é prevista expressamente no art. 4.º da Lei de Introdução ao Código Civil, no art. 8.º da Consolidação das Leis do da Lei de Introdução ao Código Civil, no art. 8.º da Consolidação das Leis do Trabalho e no art. 26 do Código de Processo Civil.

Trabalho e no art. 26 do Código de Processo Civil.

Assim, o Direito não pode residir somente em regras estabelecidas. Cada Assim, o Direito não pode residir somente em regras estabelecidas. Cada sistema jurídico deve originar-se e utilizar-se de princípios norteadores, que se sistema jurídico deve originar-se e utilizar-se de princípios norteadores, que se estendem a todos os ordenamentos, e de outros que lhe são próprios e específi cos, estendem a todos os ordenamentos, e de outros que lhe são próprios e específi cos, almejando abranger todas as situações colocadas ao seu crivo.

almejando abranger todas as situações colocadas ao seu crivo.

Eis a essência dos princípios: verdadeiras vigas de sustentação na Eis a essência dos princípios: verdadeiras vigas de sustentação na delicada operação do processo de exegese das normas a serem aplicadas ao caso delicada operação do processo de exegese das normas a serem aplicadas ao caso concreto.

concreto.

Outrossim, é importante salientar, que em sendo da essência do Outrossim, é importante salientar, que em sendo da essência do ordenamento jurídico o elemento coerência

ordenamento jurídico o elemento coerência (BOBBIO, 1999) (BOBBIO, 1999), não se concebe , não se concebe que os princípios destoem do sistema, tal como ocorre em uma orquestra, em que os princípios destoem do sistema, tal como ocorre em uma orquestra, em que todos os instrumentos devem estar deveras afi nados, e os músicos atentos que todos os instrumentos devem estar deveras afi nados, e os músicos atentos aos comandos do maestro, para que a musicalidade não machuque os ouvidos aos comandos do maestro, para que a musicalidade não machuque os ouvidos da platéia.

da platéia.

Ímpar, então, que os princípios sejam interpretados e aplicados sob a Ímpar, então, que os princípios sejam interpretados e aplicados sob a inspiração que emana do sistema onde estão inseridos, concedendo efetivo inspiração que emana do sistema onde estão inseridos, concedendo efetivo poder jurígeno aos magistrados na aplicação da norma ao caso concreto (NERY poder jurígeno aos magistrados na aplicação da norma ao caso concreto (NERY JUNIOR, 2002).

JUNIOR, 2002).

Acerca de princípios, Del Vecchio (2003, p. 19) leciona que: Acerca de princípios, Del Vecchio (2003, p. 19) leciona que:

Uma exigência única, se bem repararmos, estabeleceu o legislador a respeito da Uma exigência única, se bem repararmos, estabeleceu o legislador a respeito da relação que deve existir entre os princípios gerais e as normas particulares do relação que deve existir entre os princípios gerais e as normas particulares do direito: que entre uns e outras não haja qualquer desarmonia ou incongruência. [...] direito: que entre uns e outras não haja qualquer desarmonia ou incongruência. [...] A congruência intrínseca das várias partes componentes do sistema deve resultar e A congruência intrínseca das várias partes componentes do sistema deve resultar e confi rmar-se, a todo momento, confrontando normas singulares entre si a respeito confi rmar-se, a todo momento, confrontando normas singulares entre si a respeito dos princípios gerais com que se relacionam; somente por esse modo consegue o dos princípios gerais com que se relacionam; somente por esse modo consegue o jurista colher o espírito íntimo do sistema e segui-lo nas aplicações particulares, jurista colher o espírito íntimo do sistema e segui-lo nas aplicações particulares, evitando os erros que, facilmente, derivariam da consideração abstrata desta ou evitando os erros que, facilmente, derivariam da consideração abstrata desta ou daquela norma.

daquela norma.

Por conseqüência, pode-se afi rmar que diante desta idéia, os princípios Por conseqüência, pode-se afi rmar que diante desta idéia, os princípios nada mais são que, “normas com um grau de abstração relativamente elevado”, que nada mais são que, “normas com um grau de abstração relativamente elevado”, que ante sua vagueza e indeterminação, que “carecem de mediações concretizadoras ante sua vagueza e indeterminação, que “carecem de mediações concretizadoras [...]

[...] standardsstandards juridicamente vinculantes radicados nas exigências de justiça com juridicamente vinculantes radicados nas exigências de justiça com função normogenética” (CANOTILHO, 1999,

função normogenética” (CANOTILHO, 1999, p. 1086-87).p. 1086-87).

O Autor, em outra obra científi ca, já teve oportunidade de asseverar que: O Autor, em outra obra científi ca, já teve oportunidade de asseverar que:

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No plano sistêmico de uma ciência jurídica, os princípios são as guias norteadoras No plano sistêmico de uma ciência jurídica, os princípios são as guias norteadoras e fundamentam toda a elaboração de normas positivadas, estabelecendo um ponto e fundamentam toda a elaboração de normas positivadas, estabelecendo um ponto de partida de onde todas estas normas deverão surgir. [...] Particularmente, os de partida de onde todas estas normas deverão surgir. [...] Particularmente, os princípios são mais que simples normas, são o início de todo um ordenamento, de princípios são mais que simples normas, são o início de todo um ordenamento, de uma ciência, de um campo de conhecimento (FRANCO, 2003, p. 59).

uma ciência, de um campo de conhecimento (FRANCO, 2003, p. 59).

Obtida a noção da importância dos princípios à ordem jurídica, frise-se Obtida a noção da importância dos princípios à ordem jurídica, frise-se que no transcorrer da longa estrada do tempo, alguns princípios se entrelaçaram que no transcorrer da longa estrada do tempo, alguns princípios se entrelaçaram com tamanha intensidade à questão ambiental, que é praticamente impossível com tamanha intensidade à questão ambiental, que é praticamente impossível imaginar este ramo do direito na ausência destes verdadeiros bastiões na imaginar este ramo do direito na ausência destes verdadeiros bastiões na salvaguarda da aplicação das leis, posto que auxiliam a interpretação e a aplicação salvaguarda da aplicação das leis, posto que auxiliam a interpretação e a aplicação da norma abstrata aos casos concretos, sintetizados como

da norma abstrata aos casos concretos, sintetizados como “ “verdades fundantes verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas” (

terem sido comprovadas” (REALE, 19REALE, 197777, p. 299)., p. 299).

Dada a sua idéia geral, enquanto espécie do gênero norma, ressalte-se que Dada a sua idéia geral, enquanto espécie do gênero norma, ressalte-se que muitas vezes as regras têm àqueles, como ente que lhes dão essência e que lhes muitas vezes as regras têm àqueles, como ente que lhes dão essência e que lhes transmite o material genético a alcançar a adequada maturidade para sua justa transmite o material genético a alcançar a adequada maturidade para sua justa aplicação, diante do caso prático aplicável surgido no mundo concreto.

aplicação, diante do caso prático aplicável surgido no mundo concreto.

E no que pertine as questões ligadas ao Direito Ambiental não se pode E no que pertine as questões ligadas ao Direito Ambiental não se pode esquecer que cada homem não passa de um usufrutuário de uma pequenina parcela esquecer que cada homem não passa de um usufrutuário de uma pequenina parcela do planeta e que por conseqüência tem o dever de protegê-la e de conservá-la do planeta e que por conseqüência tem o dever de protegê-la e de conservá-la para as gerações vindouras, posto que estas não possuem apenas uma expectativa para as gerações vindouras, posto que estas não possuem apenas uma expectativa do direito de receberem o planeta, mas sim um inquestionável e absoluto direito do direito de receberem o planeta, mas sim um inquestionável e absoluto direito a um meio ambiente equilibrado em razão do dever dos atuais ocupantes em a um meio ambiente equilibrado em razão do dever dos atuais ocupantes em promover a perpetuação das espécies (RODRIGUEIRO, 2000, p. 387).

promover a perpetuação das espécies (RODRIGUEIRO, 2000, p. 387). 3. Princípios do direito ambiental

3. Princípios do direito ambiental

As peculiaridades do Direito Ambiental implicam em reconhecer que ele é As peculiaridades do Direito Ambiental implicam em reconhecer que ele é dotado de princípios diversos dos que usualmente são aplicáveis aos outros ramos dotado de princípios diversos dos que usualmente são aplicáveis aos outros ramos do direito. Os princípios do Direito ambiental estão voltados à sua fi nalidade do direito. Os princípios do Direito ambiental estão voltados à sua fi nalidade básica e primordial de proteger a vida, em qualquer forma que se apresente, básica e primordial de proteger a vida, em qualquer forma que se apresente, garantindo um padrão de vida saudável a todos os seres humanos e suas futuras garantindo um padrão de vida saudável a todos os seres humanos e suas futuras gerações.

gerações.

Mas nem sempre foi assim. Inicialmente, o Direito Ambiental estava Mas nem sempre foi assim. Inicialmente, o Direito Ambiental estava relegada a um plano secundário, vez que não podia ser identifi cado quais os relegada a um plano secundário, vez que não podia ser identifi cado quais os princípios aplicáveis de forma que pudesse se impor aos demais ramos do Direito, princípios aplicáveis de forma que pudesse se impor aos demais ramos do Direito, de forma autônoma e auto-aplicável.

de forma autônoma e auto-aplicável.

A doutrina de Antunes (2002, p. 29), uma das principais obras no assunto, A doutrina de Antunes (2002, p. 29), uma das principais obras no assunto, atestou que:

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Em momentos anteriores, escrevi: ‘Em conclusão, parece-me razoável afi rmar Em momentos anteriores, escrevi: ‘Em conclusão, parece-me razoável afi rmar que ainda não existe um Direito Ambiental. Isto deriva da constatação de que os que ainda não existe um Direito Ambiental. Isto deriva da constatação de que os princípios relativos à tutela ambiental não estão sufi cientemente amadurecidos para princípios relativos à tutela ambiental não estão sufi cientemente amadurecidos para que possam se impor sobre os outros ramos do Direito.’

que possam se impor sobre os outros ramos do Direito.’

Atualmente, a minha compreensão da matéria é inteiramente divers Atualmente, a minha compreensão da matéria é inteiramente diversa [a [...]...]..

Desta forma, a evolução do Direito Ambiental para incorporar-se como Desta forma, a evolução do Direito Ambiental para incorporar-se como um novo ramo de direito, neste momento, é inquestionável. A preocupação um novo ramo de direito, neste momento, é inquestionável. A preocupação ambiental tomou o rumo correto, de forma a exigir uma regulamentação que ambiental tomou o rumo correto, de forma a exigir uma regulamentação que consiga disciplinar e implementar novas regras e condutas para instauração de consiga disciplinar e implementar novas regras e condutas para instauração de um convívio sadio e sustentável para todos os seres vivos, inclusive as futuras um convívio sadio e sustentável para todos os seres vivos, inclusive as futuras gerações. É a modifi cação da preocupação individual para o social.

gerações. É a modifi cação da preocupação individual para o social.

Após a Conferência do Rio, em 1992, experimentou-se uma grande Após a Conferência do Rio, em 1992, experimentou-se uma grande explosão do Direito Internacional do Meio Ambiente, proporcionando-se um explosão do Direito Internacional do Meio Ambiente, proporcionando-se um grande avanço na cultura jurídica. Os princípios do direito ambiental, por sua grande avanço na cultura jurídica. Os princípios do direito ambiental, por sua vez, emergiram da Declaração de Estocolmo, estruturando-se, após 1992, em vez, emergiram da Declaração de Estocolmo, estruturando-se, após 1992, em formulações mais precisas e detalhadas (SAMP

formulações mais precisas e detalhadas (SAMPAIO; WORL; NAAIO; WORL; NARDY, 2003, p. RDY, 2003, p. 8)

8)..

Por isso, não obstante haverem diversos princípios que regulamentem a Por isso, não obstante haverem diversos princípios que regulamentem a atividade de conservação e preocupação ambiental, servindo de espeque para atividade de conservação e preocupação ambiental, servindo de espeque para o nascedouro de moderna legislação, necessário o tratamento de alguns que se o nascedouro de moderna legislação, necessário o tratamento de alguns que se denotam maior importância.

denotam maior importância.

3.1 Princípio da prevenção ou da precaução 3.1 Princípio da prevenção ou da precaução

A convivência entre os seres humanos manifesta uma inequívoca A convivência entre os seres humanos manifesta uma inequívoca preocupação de evitar atos desfavoráveis ao bem comum, prevenindo-se de preocupação de evitar atos desfavoráveis ao bem comum, prevenindo-se de qualquer mal que possa alterar o quadro de sadia convivência entre as pessoas e qualquer mal que possa alterar o quadro de sadia convivência entre as pessoas e o meio ambiente.

o meio ambiente.

Então, considerando que o ser humano necessita do meio para sobreviver, Então, considerando que o ser humano necessita do meio para sobreviver, é bastante racional afi rmar acerca da necessidade de uma atuação preventiva, é bastante racional afi rmar acerca da necessidade de uma atuação preventiva, com informações e conscientização, no combate às atividades nocivas à saúde e com informações e conscientização, no combate às atividades nocivas à saúde e ao meio-ambiente.

ao meio-ambiente.

É imperioso destacar que a idéia de precaução é mais ampla que a de É imperioso destacar que a idéia de precaução é mais ampla que a de prevenção, posto que “exige uma atuação racional, para com os bens ambientais prevenção, posto que “exige uma atuação racional, para com os bens ambientais e com a mais cuidadosa apreensão dos recursos naturais, que vai além de simples e com a mais cuidadosa apreensão dos recursos naturais, que vai além de simples medidas para afastar o perigo” (PACHECO FILHO, 2000, p. 35).

medidas para afastar o perigo” (PACHECO FILHO, 2000, p. 35). A doutrina de Pacheco Filho (2000, p. 35) ensina que: A doutrina de Pacheco Filho (2000, p. 35) ensina que:

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A prevenção é preceito fundamental, uma vez que os danos ambientais, na maioria A prevenção é preceito fundamental, uma vez que os danos ambientais, na maioria das vezes, são irreversíveis e irreparáveis [...] Diante da impotência do sistema das vezes, são irreversíveis e irreparáveis [...] Diante da impotência do sistema jurídico, incapaz de restabelecer, em igualdade de condições, uma situação jurídico, incapaz de restabelecer, em igualdade de condições, uma situação idêntica anterior, adota-se o princípio da prevenção do dano ao meio ambiente idêntica anterior, adota-se o princípio da prevenção do dano ao meio ambiente como sustentáculo do direito ambiental, consubstanciando-se como seu objetivo como sustentáculo do direito ambiental, consubstanciando-se como seu objetivo fundamental.

fundamental.

O princípio versado, em síntese, se traduz na idéia de que, em caso de risco O princípio versado, em síntese, se traduz na idéia de que, em caso de risco de danos graves ou irreversíveis ao meio ambiente, ou mesmo a determinado de danos graves ou irreversíveis ao meio ambiente, ou mesmo a determinado ecossistema, a ausência de certeza científi ca absoluta não deve servir de pretexto ecossistema, a ausência de certeza científi ca absoluta não deve servir de pretexto para procrastinar a adoção de medidas efetivas visando prevenir a degradação do para procrastinar a adoção de medidas efetivas visando prevenir a degradação do meio ambiente.

meio ambiente.

Desta feita, com amparo no princípio da precaução, caso exista a Desta feita, com amparo no princípio da precaução, caso exista a possibilidade da ocorrência de dano irreversível, a falta de estudos sólidos sobre possibilidade da ocorrência de dano irreversível, a falta de estudos sólidos sobre a potencialidade do dano, não poderá e não deverá ser utilizada como razão para a potencialidade do dano, não poderá e não deverá ser utilizada como razão para que não se impeça a degradação do ambiente (LEITE, 2000, p. 47).

que não se impeça a degradação do ambiente (LEITE, 2000, p. 47).

Assim, não mais se poderá admitir que a ausência de tecnologia justifi que Assim, não mais se poderá admitir que a ausência de tecnologia justifi que a não tomada de providências, podendo ocasionar danos ao meio-ambiente. a não tomada de providências, podendo ocasionar danos ao meio-ambiente. Por isso, na dúvida, não se justifi ca a execução de projeto que possivelmente Por isso, na dúvida, não se justifi ca a execução de projeto que possivelmente causararia danos ambientais.

causararia danos ambientais.

Diversas razões justifi cam a observância do princípio da precaução, entre Diversas razões justifi cam a observância do princípio da precaução, entre eles a questão da impossibilidade de retorno ao

eles a questão da impossibilidade de retorno ao stato quo antestato quo ante, o que ocorre , o que ocorre em diversas situações, como na hipótese concreta da atividade lesiva ocasionar em diversas situações, como na hipótese concreta da atividade lesiva ocasionar até mesmo a extinção de uma espécie da fauna ou fl ora, sendo tamanha a sua até mesmo a extinção de uma espécie da fauna ou fl ora, sendo tamanha a sua importância, a ponto de o mesmo ser invocado como a “regra de ouro do direito importância, a ponto de o mesmo ser invocado como a “regra de ouro do direito ambiental” (LANFREDI, 2002, p. 18).

ambiental” (LANFREDI, 2002, p. 18).

Reportando-se ao tema, preleciona Antunes(1992, p. 132): Reportando-se ao tema, preleciona Antunes(1992, p. 132):

O problema é grave, pois o dano ecológico nem sempre pode ser convertido em O problema é grave, pois o dano ecológico nem sempre pode ser convertido em pecúnia, sendo certo que a conversão em valor não resolve o problema criado. pecúnia, sendo certo que a conversão em valor não resolve o problema criado. Ademais, o que é realmente grave, em muitos casos, não há possibilidade Ademais, o que é realmente grave, em muitos casos, não há possibilidade tecnológica e científi ca da reparação ou reconstituição das áreas atingidas. tecnológica e científi ca da reparação ou reconstituição das áreas atingidas.

O foco da questão deixa, então, de estar ligado à reparação do dano e O foco da questão deixa, então, de estar ligado à reparação do dano e transmuta-se à profi laxia dos possíveis problemas, que deverão ser evitados, transmuta-se à profi laxia dos possíveis problemas, que deverão ser evitados, utilizando-se da sanção reparatória apenas quando não for possível a prevenção, utilizando-se da sanção reparatória apenas quando não for possível a prevenção, o que acaba por evitar inúmeros inconvenientes, além de despesas desnecessárias o que acaba por evitar inúmeros inconvenientes, além de despesas desnecessárias e danos irrevercíveis.

e danos irrevercíveis.

Assim, a adoção, a adequada observância e o respeito ao princípio da Assim, a adoção, a adequada observância e o respeito ao princípio da prevenção justifi cam uma postura preventiva, de forma a evitar riscos ao meio prevenção justifi cam uma postura preventiva, de forma a evitar riscos ao meio ambiente e à saúde pública, tanto na esfera administrativa quanto jurisdicional. ambiente e à saúde pública, tanto na esfera administrativa quanto jurisdicional.

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Deve ser levada em conta, ainda, que o princípio da precaução deverá ser Deve ser levada em conta, ainda, que o princípio da precaução deverá ser aplicado como vedação para não ocorrência de novo dano. Não se justifi ca que aplicado como vedação para não ocorrência de novo dano. Não se justifi ca que eventual dano já experimentado permaneça com risco de continuidade. Assim, eventual dano já experimentado permaneça com risco de continuidade. Assim, o princípio da precaução deve ser aplicado para impossibilitar está continuidade o princípio da precaução deve ser aplicado para impossibilitar está continuidade lesiva, suspendendo atividade, mesmo lícita, que esteja degradando o meio lesiva, suspendendo atividade, mesmo lícita, que esteja degradando o meio ambiente e superem os estudos e permissões legais.

ambiente e superem os estudos e permissões legais.

Deste modo, resta evidenciada a importância da participação da sociedade Deste modo, resta evidenciada a importância da participação da sociedade no processo evolutivo e preventivo, pois, em seu plano dinâmico, é ela que irá no processo evolutivo e preventivo, pois, em seu plano dinâmico, é ela que irá defi nir quais os limites do tolerável, possibilitando aferirmos, proporcionalmente, defi nir quais os limites do tolerável, possibilitando aferirmos, proporcionalmente, qual o valor de maior importância para a sociedade.

qual o valor de maior importância para a sociedade. 3.2 Princípio democrático ou da participação 3.2 Princípio democrático ou da participação

O princípio democrático impõe a participação popular nas políticas O princípio democrático impõe a participação popular nas políticas públicas ambientais, devendo ser admitida aos cidadãos, a efetiva participação públicas ambientais, devendo ser admitida aos cidadãos, a efetiva participação na esfera legislativa, administrativa e judicial.

na esfera legislativa, administrativa e judicial.

No plano administrativo, é concedido aos cidadãos tanto o direito a No plano administrativo, é concedido aos cidadãos tanto o direito a informação

informação ((CF, ACF, Art. 5º, rt. 5º, inc. XXXIII)inc. XXXIII) como o direito de petição como o direito de petição ((CF, ACF, Art. 5º, rt. 5º, inc. inc.

XXXIV)

XXXIV) e ainda a possibilidade de manifestação nas audiências públicas a serem e ainda a possibilidade de manifestação nas audiências públicas a serem designadas quando da realização do Estudo de Impacto Ambiental – EIA designadas quando da realização do Estudo de Impacto Ambiental – EIA (CF, (CF, Art. 225, inc. IV)

Art. 225, inc. IV)..

No Direito Ambiental, a informação ultrapassa a esfera pessoal de quem a No Direito Ambiental, a informação ultrapassa a esfera pessoal de quem a recebeu, devendo ser disponibilizada à todos, sob pena de grave ofensa a preceitos recebeu, devendo ser disponibilizada à todos, sob pena de grave ofensa a preceitos éticos e sociais e até mesmo podendo caracterizar-se como ato ilícito, ante a éticos e sociais e até mesmo podendo caracterizar-se como ato ilícito, ante a sonegação de dados que pertencem à coletividade (RODRIGUES, p. 259). sonegação de dados que pertencem à coletividade (RODRIGUES, p. 259).

Já, no plano processual, poderá o cidadão, ante a natureza difusa Já, no plano processual, poderá o cidadão, ante a natureza difusa dos interesses em questão, utilizar-se de diversas ações, criadas sob o manto dos interesses em questão, utilizar-se de diversas ações, criadas sob o manto constitucional para proteger estes interesses sociais, sejam elas visando a constitucional para proteger estes interesses sociais, sejam elas visando a prevenção de danos em potência ou a reparação integral dos prejuízos causados prevenção de danos em potência ou a reparação integral dos prejuízos causados à coletividade.

à coletividade.

Desta forma, depreende-se que o Princípio da Participação permite aos Desta forma, depreende-se que o Princípio da Participação permite aos interessados veicular de forma concreta diversos fatores que contribuam para interessados veicular de forma concreta diversos fatores que contribuam para um melhor desenvolvimento social, de maneira a criar-se políticas protetivas, um melhor desenvolvimento social, de maneira a criar-se políticas protetivas, direcionadas à proteção do meio ambiente.

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3.3 Princípio do poluidor-pagador 3.3 Princípio do poluidor-pagador

Denota-se na sociedade contemporânea uma evidente busca pelo lucro. Denota-se na sociedade contemporânea uma evidente busca pelo lucro. Deste modelo capitalista decorre, pelo individualista que lhe é inerente, a grande Deste modelo capitalista decorre, pelo individualista que lhe é inerente, a grande possibilidade de agressão ao meio ambiente

possibilidade de agressão ao meio ambiente (LEITE, 2000, p. 22)(LEITE, 2000, p. 22), de forma que , de forma que os indivíduos utilizam-se dos recursos naturais, quase que exclusivamente, para os indivíduos utilizam-se dos recursos naturais, quase que exclusivamente, para a sua satisfação pessoal.

a sua satisfação pessoal.

Assim, em um raciocínio axiológico, é necessário que as pessoas assumam Assim, em um raciocínio axiológico, é necessário que as pessoas assumam os riscos que criam, bem como que reparem os danos eventualmente causados, de os riscos que criam, bem como que reparem os danos eventualmente causados, de modo a recompor a realidade fática, ou ao menos, caso haja agressão, se obrigue modo a recompor a realidade fática, ou ao menos, caso haja agressão, se obrigue a fazer com que esta realidade abalada retorne rapidamente ao mais próximo a fazer com que esta realidade abalada retorne rapidamente ao mais próximo possível do que era antes.

possível do que era antes.

Este princípio propõe a responsabilização do dano de forma individual e Este princípio propõe a responsabilização do dano de forma individual e não social; impõe que aqueles que utilizam os recursos naturais visando lucro, não social; impõe que aqueles que utilizam os recursos naturais visando lucro, devam responder por sua recuperação perante a comunidade.Entretanto, cumpre devam responder por sua recuperação perante a comunidade.Entretanto, cumpre destacar que não se pode interpretar o referido princípio com a idéia de que destacar que não se pode interpretar o referido princípio com a idéia de que as atividades nocivas ao meio ambiente são permitidas desde que o poluidor as atividades nocivas ao meio ambiente são permitidas desde que o poluidor indenize os danos que cause ao ecossistema.

indenize os danos que cause ao ecossistema.

Sobre o tema, a doutrina de Sampaio; Worl; Nardy (2003, p. 8) assevera que Sobre o tema, a doutrina de Sampaio; Worl; Nardy (2003, p. 8) assevera que “o princípio do poluidor pagador pode ser compreendido como um mecanismo “o princípio do poluidor pagador pode ser compreendido como um mecanismo de alocação da responsabilidade pelos custos ambientais associados à atividade de alocação da responsabilidade pelos custos ambientais associados à atividade econômica.”

econômica.”

Outro corolário do aludido princípio é a teoria do risco integral, que dispõe Outro corolário do aludido princípio é a teoria do risco integral, que dispõe que os danos causados na esfera ambiental serão indenizados independentemente que os danos causados na esfera ambiental serão indenizados independentemente da existência de culpa dos agentes e ainda não sendo lícito invocar as tradicionais da existência de culpa dos agentes e ainda não sendo lícito invocar as tradicionais excludentes de responsabilidade. Salvo melhor juízo, a única excludente a ser excludentes de responsabilidade. Salvo melhor juízo, a única excludente a ser invo

invocada seria o fato exccada seria o fato exclusivo da vítima no tocante alusivo da vítima no tocante aos danos a ela causados.os danos a ela causados.

Reportando-se ao tema, preleciona o Prof. Castro (2000, p. 112) que: Reportando-se ao tema, preleciona o Prof. Castro (2000, p. 112) que:

(...) a imputação independe de falta, e a conduta atacada pode ser lícita, pode estar (...) a imputação independe de falta, e a conduta atacada pode ser lícita, pode estar atendendo aos padrões administrativos existentes, e pode até seguir as modernas atendendo aos padrões administrativos existentes, e pode até seguir as modernas técnicas existentes para o setor – nada disso, por si, exime a responsabilidade pela técnicas existentes para o setor – nada disso, por si, exime a responsabilidade pela deterioração nociva do meio ambiente.

deterioração nociva do meio ambiente.

Do mesmo princípio, extrai-se, assim, a conseqüência de que em havendo Do mesmo princípio, extrai-se, assim, a conseqüência de que em havendo dano, este há que ser reparado de forma integral, compensando-se de forma dano, este há que ser reparado de forma integral, compensando-se de forma ampla e completa a lesão sofrida (LEITE, 2000, p. 220).

ampla e completa a lesão sofrida (LEITE, 2000, p. 220). Reportando-se ao assunto, Venosa (2003, p. 153)

Reportando-se ao assunto, Venosa (2003, p. 153) assevera que:assevera que:

A legislação e a punição do poluidor devem ser rigorosas nos três níveis: A legislação e a punição do poluidor devem ser rigorosas nos três níveis: administrativo, penal e civil. Talvez tenhamos acordado tarde demais para proteger administrativo, penal e civil. Talvez tenhamos acordado tarde demais para proteger

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o meio em que vivemos. Que consigamos, ao menos, preservar o que temos. A o meio em que vivemos. Que consigamos, ao menos, preservar o que temos. A luta, no entanto, apenas começou e deve ser contínua, para que as futuras gerações luta, no entanto, apenas começou e deve ser contínua, para que as futuras gerações também possam fazer parte da História.

também possam fazer parte da História.

Desta forma, o princípio prefalado é de vital importância para o Desta forma, o princípio prefalado é de vital importância para o direito ambiental. O causador do dano ambiental deve ser responsabilizado direito ambiental. O causador do dano ambiental deve ser responsabilizado independentemente da existência de culpa na sua conduta, considerando os independentemente da existência de culpa na sua conduta, considerando os interesses envolvidos e salvaguardando o maior deles que é o interesse social interesses envolvidos e salvaguardando o maior deles que é o interesse social de um meio ambiente saudável, tanto para os seres vivos presentes como para as de um meio ambiente saudável, tanto para os seres vivos presentes como para as gerações futuras.

gerações futuras.

3.4 Princípio do desenvolvimento sustentável 3.4 Princípio do desenvolvimento sustentável

A sociedade clama por melhores condições de vida, e tal comportamento A sociedade clama por melhores condições de vida, e tal comportamento é da essência do ser humano, que sempre está a procura de seu bem estar. Esta é da essência do ser humano, que sempre está a procura de seu bem estar. Esta melhora implica na criação de um meio ambiente saudável para as gerações melhora implica na criação de um meio ambiente saudável para as gerações presentes e para as vindouras.

presentes e para as vindouras.

Os recursos naturais, ao contrário do que históricamente se pensava, Os recursos naturais, ao contrário do que históricamente se pensava, não são inesgotáveis, devendo, portanto, ser observado que as atividades sejam não são inesgotáveis, devendo, portanto, ser observado que as atividades sejam planejadas e reguladas de modo a possibilitar a coexistência harmônica, entre o planejadas e reguladas de modo a possibilitar a coexistência harmônica, entre o homem e o meio onde este está inserido.

homem e o meio onde este está inserido.

O legislador constituinte preocupou-se em inserir no texto da Constituição O legislador constituinte preocupou-se em inserir no texto da Constituição Federal, que o desenvolvimento das atividades econômicas deverão respeitar a Federal, que o desenvolvimento das atividades econômicas deverão respeitar a algumas diretrizes, inclusive a que impõe a preservação do meio ambiente. algumas diretrizes, inclusive a que impõe a preservação do meio ambiente.

Devemos lembrar que a idéia principal é assegurar existência digna, através de uma Devemos lembrar que a idéia principal é assegurar existência digna, através de uma vida com qualidade. Com isso, o princípio não objetiva impedir o desenvolvimento vida com qualidade. Com isso, o princípio não objetiva impedir o desenvolvimento econômico. Sabemos que a atividade econômica, na maioria das vezes, representa econômico. Sabemos que a atividade econômica, na maioria das vezes, representa alguma degradação ambiental. Todavia, o que se procura é minimizá-la, pois pensar alguma degradação ambiental. Todavia, o que se procura é minimizá-la, pois pensar de forma contrária signifi ca dizer que nenhuma indústria que venha a deteriorar o de forma contrária signifi ca dizer que nenhuma indústria que venha a deteriorar o meio ambiente poderá ser instalada, e não é essa a compreensão apreendida do meio ambiente poderá ser instalada, e não é essa a compreensão apreendida do texto. O correto é que as atividades sejam desenvolvidas lançando-se mão dos texto. O correto é que as atividades sejam desenvolvidas lançando-se mão dos instrumentos existentes adequados para a menor degradação possível (FIORILLO, instrumentos existentes adequados para a menor degradação possível (FIORILLO, 2000, p. 26).

2000, p. 26).

A aplicação do princípio do desenvolvimento sustentável justifi ca posturas A aplicação do princípio do desenvolvimento sustentável justifi ca posturas que tendem a evitar a produção de bens supérfl uos e agressivos ao ecossistema; que tendem a evitar a produção de bens supérfl uos e agressivos ao ecossistema; buscam convencer os consumidores sobre a necessidade de afastar de si produtos buscam convencer os consumidores sobre a necessidade de afastar de si produtos que sejam inimigos do meio ambiente, e ainda estimulando o uso de tecnologias que sejam inimigos do meio ambiente, e ainda estimulando o uso de tecnologias limpas

limpas3131, reduzindo a emissão de poluentes ou com a aquisição de reservas de , reduzindo a emissão de poluentes ou com a aquisição de reservas de

carbono pelos poluidores. carbono pelos poluidores.

Por isso, foram adotadas as diretrizes emanadas pelo

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poluição e conservar um meio ambiente saudável para outras gerações presentes poluição e conservar um meio ambiente saudável para outras gerações presentes e vindouras.

e vindouras.

3.5 Princípio da cooperação 3.5 Princípio da cooperação

Por cooperação, deve entender-se a atividade conjunta e solidária dos Por cooperação, deve entender-se a atividade conjunta e solidária dos diversos Estados em prol da preservação do meio ambiente o que implica de diversos Estados em prol da preservação do meio ambiente o que implica de certo modo na renúncia de parte da soberania de cada um, buscando o combate certo modo na renúncia de parte da soberania de cada um, buscando o combate efi caz aos efeitos devastadores de atividades nocivas (LEITE, 2000, p. 54). efi caz aos efeitos devastadores de atividades nocivas (LEITE, 2000, p. 54).

O que há de se considerar é que os problemas ambientais, difi cilmente se O que há de se considerar é que os problemas ambientais, difi cilmente se concentram em uma extensão geográfi ca insignifi cante, elém de causar prejuízos concentram em uma extensão geográfi ca insignifi cante, elém de causar prejuízos de forma descontínua e extensa, e por conseqüência, somente a ação conjunta de forma descontínua e extensa, e por conseqüência, somente a ação conjunta será capaz de combater efetivamente os transtornos causados pela poluição. será capaz de combater efetivamente os transtornos causados pela poluição.

[...] é bem complexo o raciocínio que leva a mensurar os prejuízos e o responsável. [...] é bem complexo o raciocínio que leva a mensurar os prejuízos e o responsável. imaginem diversas empresas utilizando o rio como canal para escoamento dos seus imaginem diversas empresas utilizando o rio como canal para escoamento dos seus efl uentes e ao fi nal a combinação destes elementos se torna tóxica, o mercúrio ou o efl uentes e ao fi nal a combinação destes elementos se torna tóxica, o mercúrio ou o amianto se acumulando no organismo ou ainda o processo de acúmulo de resíduos amianto se acumulando no organismo ou ainda o processo de acúmulo de resíduos oriundos das chaminés das fabricas e que a longo tempo atrofi a os pulmões dos oriundos das chaminés das fabricas e que a longo tempo atrofi a os pulmões dos cidadãos daquela região [...] (CATALAN, 2002).

cidadãos daquela região [...] (CATALAN, 2002).

Assim, diversas questões ratifi cam a importância da cooperação entre os Assim, diversas questões ratifi cam a importância da cooperação entre os povos, como se vê das estipulações para controle do efeito estufa. Entretanto, povos, como se vê das estipulações para controle do efeito estufa. Entretanto, para encontramos uma maior efi cácia, não se pode restringir esta cooperação para encontramos uma maior efi cácia, não se pode restringir esta cooperação somente a parcerias entre países, mas sim, num entrelaçar de mãos entre todos os somente a parcerias entre países, mas sim, num entrelaçar de mãos entre todos os habitantes e povos do planeta, para que cada um desempenhe o seu papel. habitantes e povos do planeta, para que cada um desempenhe o seu papel. 3.6 Princípio da ubiqüidade

3.6 Princípio da ubiqüidade

A ubiqüidade está diretamente ligada ao fator de importância do homem A ubiqüidade está diretamente ligada ao fator de importância do homem para a sociedade. No entanto, esta preocupação com o individual deverá existir para a sociedade. No entanto, esta preocupação com o individual deverá existir dentro de um contexto social, não podendo superar este interesse coletivo. dentro de um contexto social, não podendo superar este interesse coletivo.

O Professor Nunes (2002, p. 45) ensina que: O Professor Nunes (2002, p. 45) ensina que:

É ela, a dignidade, o primeiro fundamento de todo o sistema constitucional posto É ela, a dignidade, o primeiro fundamento de todo o sistema constitucional posto e o último arcabouço da guarida dos direitos individuais. A isonomia serve, é e o último arcabouço da guarida dos direitos individuais. A isonomia serve, é verdade, para gerar equilíbrio real, porém visando concretizar o direito à dignidade. verdade, para gerar equilíbrio real, porém visando concretizar o direito à dignidade. É a dignidade que dá a direção, o comando a ser considerado primeiramente pelo É a dignidade que dá a direção, o comando a ser considerado primeiramente pelo intérprete.

intérprete.

No entanto, não se pode falar no prevalecimento de um ser humano sobre No entanto, não se pode falar no prevalecimento de um ser humano sobre

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o outro, mas de todos os seres humanos sobre os outros seres:

o outro, mas de todos os seres humanos sobre os outros seres: (P (PEREZ, 1968, EREZ, 1968, p. 25).

p. 25).

Não há que se falar em escala humana, pois cada homem é dotado de Não há que se falar em escala humana, pois cada homem é dotado de humanidade, toda sua, que o dignifi ca enquanto indivíduo, mas que não pode humanidade, toda sua, que o dignifi ca enquanto indivíduo, mas que não pode sobrepô-lo aos demais nem lhe concede direito sobre a natureza. Isso vale para a sobrepô-lo aos demais nem lhe concede direito sobre a natureza. Isso vale para a produção do conhecimento, tanto quanto para o uso que dele se faz (COELHO, produção do conhecimento, tanto quanto para o uso que dele se faz (COELHO, 2003, p. 30).

2003, p. 30).

Embasado na idéia da supremacia do homem sobre as demais espécies, o Embasado na idéia da supremacia do homem sobre as demais espécies, o princípio da ubiqüidade ensina que o patrimônio ambiental há que ser respeitado princípio da ubiqüidade ensina que o patrimônio ambiental há que ser respeitado em razão de uma premissa essencial: a sobrevivência da espécie humana. em razão de uma premissa essencial: a sobrevivência da espécie humana. 3.7 Princípio do limite

3.7 Princípio do limite

O princípio do limite relaciona-se ao meio ambiente prevendo o O princípio do limite relaciona-se ao meio ambiente prevendo o marco admissível de qualquer prejuízo ambiental. Assim, mesmo que este marco admissível de qualquer prejuízo ambiental. Assim, mesmo que este ponto seja tolerável, considerando-se aspectos econômicos, deve ponto seja tolerável, considerando-se aspectos econômicos, deve buscar-se meios alternativos que possam suprir este prejuízo por intermédio de um se meios alternativos que possam suprir este prejuízo por intermédio de um desenvolvimento sustentável e de forma compensatória.

desenvolvimento sustentável e de forma compensatória.

Enquanto os bens ambientais são fi nitos, o apetite do homem pelo lucro Enquanto os bens ambientais são fi nitos, o apetite do homem pelo lucro é insaciável, possuindo o legislador o dever inafastável de restringir e evitar as é insaciável, possuindo o legislador o dever inafastável de restringir e evitar as atividades poluentes, a fi m de resguardar o direito das gerações vindouras. atividades poluentes, a fi m de resguardar o direito das gerações vindouras.

A doutrina de Rodrigueiro (2002, p. 372) leciona que: A doutrina de Rodrigueiro (2002, p. 372) leciona que:

Não somos e não seremos a última das gerações deste planeta, somos inquilinos Não somos e não seremos a última das gerações deste planeta, somos inquilinos e, como tal, devemos cuidar de algo que detemos mas que efetivamente não nos e, como tal, devemos cuidar de algo que detemos mas que efetivamente não nos pertence. Esta deve permanecer habitável, mas não apenas passível de abrigar do pertence. Esta deve permanecer habitável, mas não apenas passível de abrigar do sol e da chuva, [das] intempéries da natureza: esta casa deve permanecer limpa, sol e da chuva, [das] intempéries da natureza: esta casa deve permanecer limpa, linda, digna de receber nossas futuras gerações!

linda, digna de receber nossas futuras gerações!

Por isso, dentro da idéia de desenvolvimento sustentável, não é lícito Por isso, dentro da idéia de desenvolvimento sustentável, não é lícito impedir a atividade econômica, desde que esta, à luz do atual estágio de impedir a atividade econômica, desde que esta, à luz do atual estágio de desenvolvimento tecnológico, se proponha a adequar suas atividades aos limites desenvolvimento tecnológico, se proponha a adequar suas atividades aos limites permitidos pelo legislador e tolerados pela população e pelo meio ambiente. permitidos pelo legislador e tolerados pela população e pelo meio ambiente. 4. Conclusão

4. Conclusão

Dos estudos efetivados, acerca dos princípios do direito ambiental, Dos estudos efetivados, acerca dos princípios do direito ambiental, conclui-se que:

conclui-se que:

1 – O direito ambiental não está concebido em um ramo específi co do direito, 1 – O direito ambiental não está concebido em um ramo específi co do direito, tratando-se de um conjunto de normas e institutos jurídicos, de diferentes espécies, tratando-se de um conjunto de normas e institutos jurídicos, de diferentes espécies,

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2

2 –– Os princípios são as vigas mestras que servem de sustentação ao direito, Os princípios são as vigas mestras que servem de sustentação ao direito, suplantando inclusive a própria norma.

suplantando inclusive a própria norma.

3 – Os princípios do Direito ambiental estão voltados à sua fi nalidade básica e 3 – Os princípios do Direito ambiental estão voltados à sua fi nalidade básica e primordial de proteger a vida, em qualquer forma que se apresente, garantindo primordial de proteger a vida, em qualquer forma que se apresente, garantindo um padrão de vida saudável a todos os seres humanos e suas futuras gerações. um padrão de vida saudável a todos os seres humanos e suas futuras gerações. 4 – O princípio da prevenção ou precaução aduz que, em caso de risco de danos 4 – O princípio da prevenção ou precaução aduz que, em caso de risco de danos graves ou irreversíveis ao meio ambiente, ou mesmo a determinado ecossistema, graves ou irreversíveis ao meio ambiente, ou mesmo a determinado ecossistema, a ausência de certeza científi ca absoluta não deve servir de pretexto para a ausência de certeza científi ca absoluta não deve servir de pretexto para procrastinar a adoção de medidas efetivas visando prevenir a degradação do procrastinar a adoção de medidas efetivas visando prevenir a degradação do meio ambiente.

meio ambiente.

5 – O princípio democrático impõe a participação popular nas políticas públicas 5 – O princípio democrático impõe a participação popular nas políticas públicas ambientais; sendo que tal possibilidade é conferida aos cidadãos na esfera ambientais; sendo que tal possibilidade é conferida aos cidadãos na esfera legislativa, administrativa e judicial. Criam-se meios para possibilitar tal legislativa, administrativa e judicial. Criam-se meios para possibilitar tal participação.

participação.

6 – O princípio do poluidor-pagador atesta que o causador do dano ambiental 6 – O princípio do poluidor-pagador atesta que o causador do dano ambiental deve ser responsabilizado independentemente da existência de culpa na sua deve ser responsabilizado independentemente da existência de culpa na sua conduta, considerando os interesses envolvidos e salvaguardando o maior deles conduta, considerando os interesses envolvidos e salvaguardando o maior deles que é o interesse social de um meio ambiente saudável.

que é o interesse social de um meio ambiente saudável.

7 – A aplicação do princípio do desenvolvimento sustentável justifi ca posturas 7 – A aplicação do princípio do desenvolvimento sustentável justifi ca posturas que tendem a evitar a produção de bens supérfl uos e agressivos ao ecossistema; que tendem a evitar a produção de bens supérfl uos e agressivos ao ecossistema; buscam convencer os consumidores sobre a necessidade de afastar de si produtos buscam convencer os consumidores sobre a necessidade de afastar de si produtos que sejam inimigos do meio ambiente. É a busca do desenvolvimento sem afastar que sejam inimigos do meio ambiente. É a busca do desenvolvimento sem afastar a preocupação com a preservação do meio ambiente e da vida.

a preocupação com a preservação do meio ambiente e da vida.

8 – O princípio da cooperação apregoa a preocupação de se desenvolver 8 – O princípio da cooperação apregoa a preocupação de se desenvolver atividades conjuntas e solidárias dos diversos Estados em prol da preservação do atividades conjuntas e solidárias dos diversos Estados em prol da preservação do meio ambiente o que implica de certo modo na renúncia de parte da soberania meio ambiente o que implica de certo modo na renúncia de parte da soberania de cada um, buscando o combate efi caz aos efeitos devastadores de atividades de cada um, buscando o combate efi caz aos efeitos devastadores de atividades nocivas.

nocivas.

9 – O princípio da ubiqüidade ensina que o patrimônio ambiental há que ser 9 – O princípio da ubiqüidade ensina que o patrimônio ambiental há que ser respeitado em razão de uma premissa essencial: a sobrevivência da espécie respeitado em razão de uma premissa essencial: a sobrevivência da espécie humana.

humana.

10 – O princípio do limite visa estabelecer determinadas tolerâncias efetivadas 10 – O princípio do limite visa estabelecer determinadas tolerâncias efetivadas em prejuízo ao meio ambiente, atendendo o atual estágio de desenvolvimento em prejuízo ao meio ambiente, atendendo o atual estágio de desenvolvimento tecnológico e adequando estas atividades aos limites permitidos pelo legislador tecnológico e adequando estas atividades aos limites permitidos pelo legislador 5.Refer

5.Referênciasências

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ambiental:

ambiental: na dimensão internacional e comparadana dimensão internacional e comparada.. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.Belo Horizonte: Del Rey, 2003.

Principles Of Environmental Law ABSTRACT

ABSTRACT: : ““Tell that the Law cannot remain stanches considering the new Tell that the Law cannot remain stanches considering the new social trends, with sights, still, to the concern of improvement of the conditions social trends, with sights, still, to the concern of improvement of the conditions of life of the population. It analyzes the principles of the environmental law of life of the population. It analyzes the principles of the environmental law as starting point for an application of the right to the lawsuits of the society, as starting point for an application of the right to the lawsuits of the society,

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generations generations””.. KEY WORDS:

KEY WORDS: environmental law; environmental law; principles.principles.

Artigo recebido para publicação em: 28/11/2004 Received for publication on 28 November 2004 Artigo aceito para publicação em: 20/12/2004 Acepted for publication on 20 December 2004

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References