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DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM EFICIENTES

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DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES

DE APRENDIZAGEM EFICIENTES

Para citar este texto:

ALVES, Carina Maria Terra. Desenvolvimento de atividades de aprendizagem eficientes. Departamento de Extensão e

Pós-Graduação. Valinhos, SP: Anhanguera Educacional, 2011.

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Publicação: Novembro de 2011

© DIREITOS RESERVADOS - Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.

DIRETORIA DE EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Silvio Cecchi

Correspondência/Contato

Alameda Maria Tereza, 2000, Valinhos,

São Paulo, CEP. 13.278-181. PREPARAÇÃO GRÁFICA

Lusana Veríssimo

Renata Galdino

Felipe Maia

PARECER TÉCNICO

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1. OBJETIVOS

O objetivo desta aula é elucidar com a concepção e o processo de construção do material didático para a Educação a Distância (EAD). Com base nas diretrizes de qualidade para educação superior a distância, segundo o Ministério da Educação, descreveremos os princípios teórico e metodológicos que contribuem para elaboração de materiais didáticos hipertextuais (impresso e eletrônico) capazes de motivar e conduzir o aluno no seu processo de ensino e aprendizagem.

2. INTRODUÇÃO

Possari (2003), nos trás que o material didático na educação a distância constitui-se no curso de EAD, pois é a condução da construção de conhecimento. Podemos estabelecer uma relação dizendo que, entre o professor (autor) e o aluno, o elemento palpável da EAD é o material didático. Pois é através deste que ocorre também a interação entre autor e leitor na condução do processo de ensino e aprendizagem.

Levantando um paralelo com a educação presencial, a presença física do professor o torna um mediador do texto de outros autores para os alunos. Na educação a distância, o texto, em vários momentos é o condutor da presença do professor para o aluno. Contudo nesta vertente precisamos diferenciar quando o uso do material é um recurso ou quando o meio se constitui em processo de construção de conhecimento.

Ao produzirmos material para a EAD, devemos ter presente às condições de qualquer produção textual. Produzir um texto depende do estabelecimento de relações entre as condições de produção que são:

 busca e definição de temas relevantes, levantamento e formulação das questões e dos objetivos da pesquisa;

 construção do referencial teórico-metodológico;

 situação de produção dos textos acadêmico/científicos: o papel social do autor e do destinatário;

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 o planejamento da produção dos textos acadêmico/científicos;

 regras de formatação, citações e referências bibliográficas;

 além é claro da ligação com a historicidade, a intertextualidade e a memória discursiva.

Isso significa que, ao produzir um texto, não se inicia nada ou engendra-se novos texto, mas sim uma produção com novos significados, a partir de correntes e concepções teóricas já existentes.

Nesta aula você conhecerá vários aspectos importantes envolvidos na produção de um material didático que o designer instrucional precisa estar atento: linguagem, organização do conteúdo e profissionais com os quais interage.

3. A PRODUÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO

Segundo Sartori e Roesler (2005), produzir material didático para EAD é, antes de tudo, um exercício da arte de escrever que, como toda arte, exige dedicação e método de trabalho, nesta perspectiva é o que trabalharemos neste capítulo.

Falando em produção de material didático é importante definir várias questões referentes ao curso antes de efetivamente iniciarmos a operação, contudo essas questões vêm desde a definição do curso, quando da definição do tipo de mídias a serem utilizadas na entrega dos conteúdos didáticos, perfil do público-alvo, entre outros.

Para Bittencourt e Orofino (2006), no âmbito das teorias pedagógicas, em destaque as construtivistas, é comum

localizar o conceito de aluno como o sujeito da aprendizagem e agente no processo de construção de seu próprio conhecimento. (grifo nosso). Quando baseamos na abordagem construtivista para a concepção de um curso na educação a distancia também buscamos estas referencias para Quer conhecer mais sobre

material didático e mediação pedagógica?

Leia o artigo de Mary Valda Souza Sales e Emanuel do Rosário Santos Nonato sobre o assunto!

Acesse:

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fundamentar suas atividades de ensino e aprendizagem.

Nos princípios básicos do construtivismo, a premissa essencial é a de que o indivíduo é agente ativo de seu próprio conhecimento, isto é, ele constrói significados e define sentidos de acordo com a representação que tem da realidade, a partir de suas experiências e vivências em diferentes contextos, estas representações sobre a realidade, entretanto, estão constantemente abertas as transformações e suas estruturas formam as bases sobre as quais novos conhecimentos são construídos.

Esse pressuposto assume a perspectiva de que o processo de formação deve ter como eixo central o pensamento crítico e produtivo, e parte do conceito de atividade consciente, onde a ação intencional do aluno, na ação do mundo real, em especial seus estudos, sobre várias instâncias, como: técnica, interpessoal, política, social e científica, é construída a partir de uma enorme gama de conhecimentos e metodologias que ele articula, mobiliza e usa, quando se depara com um problema que precisa ser resolvido no exercício de suas atividades enquanto aluno. Deste modo, mais importante que ofertar todos os conteúdos de um curso em seu material didático, é necessário utilizar-se deste para oferecer aportes teóricos e estratégias metodológicas, através de uma perspectiva interativa, que motive o aluno à busca de conhecimentos e o estimule a resolver as estratégias pedagógicas, possibilitando, assim, o desenvolvimento de competências acadêmicas necessárias.

Desta forma, podemos afirmar que o sucesso de um curso a distância, na formação de seus alunos é diretamente proporcional à sua qualidade pedagógica. E no caso específico dos materiais didáticos, temos que a qualidade pedagógica não esta somente no sentido da forma, do conteúdo e do alcance dos objetivos, mas, fundamentalmente, na possibilidade de utilização de materiais interativos, estimulantes, compreensíveis e atraentes que conduza o aluno a autonomia no estudo que torna-se possível através das ferramentas tecnológicas.

No campo da Educação, a conexão promovida por essas tecnologias, entre os diversos sistemas sociais, econômicos, políticos e culturais nos impulsiona a superar as barreiras disciplinares tradicionais, integrando diversas perspectivas teóricas, ferramentas metodológicas na formação do estudante. A análise do uso dessas tecnologias, nos diversos âmbitos, e as transformações profundas que elas imprimem é a chave para compreender as características marcantes da sociedade atual e para desenvolver, de forma competente, qualquer atividade acadêmica na EAD.

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 a impressa - por palavras e figuras;

 o som - por voz e musica;

 o vídeo - por figuras, som e animação.

Cada meio elencado possui diferentes características, que também podem variar de acordo com a tecnologia de entrega e disponibilização ao aluno. Por isso, é importante distinguir o tipo de código de significação que será atribuído. Identificar tais códigos está diretamente ligado ao trabalho do design instrucional quando da decisão do material a ser construído.

Os códigos de significação determinam o tipo semiótico de relação, considerando as variáveis em questão: um emissor, um receptor, um canal (ou vários), um contexto e códigos que tornam as mensagens decifráveis. Através dos canais, os signos emitidos pelo emissor alcançam o receptor, que poderá significá-los, em virtude de determinados códigos. Os signos se referem a certo contexto, ou pensamento, que representa o objetivo da comunicação.

Bittencourt e Orofino (2006), considerando três diferentes códigos de significação:

Código verbal/texto: trata-se do código lingüístico, ou seja, o uso dapalavra. Os signos, também chamados de símbolos, são palavras que substitui o objeto real que ela representa. Na linguagem audiovisual ou em hipertextos em geral, o código linguístico pode assumir as formas oral ou escrita.

Código icônico/imagem. O código icônico reporta a percepção visual, ícone é um tipo de signo cuja representação se assemelha ao fato representado. Por exemplo, a fotografia. O código icônico diz respeito à imagem e a todas as dimensões de composição do quadro imagético como planos de enquadramento, tomadas, efeitos gráficos, iluminação, ilustrações, desenhos, cenografia, figurino, maquiagem, interpretação, angulação de câmera, movimentos ópticos; entre outros. A didática gráfica consiste no emprego dos procedimentos da imagem, do desenho, dos croquis ou do esquema, para ajudar os homens a pensar a partir de informações pertinentes.

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pinturas vão desde o realismo de Rubens e Van Dyck, passando pelas formas intermediárias do impressionismo, até o cubismo e Surrealismo de Picasso e Miró (BORNENAVE, 1987)

Código sonoro/som formado por signos indiciais, nos indicam, ou sugerem alguma informação. Por exemplo, um determinado ritmo pode sugerir suspense, ou alegria. São elementos coadjuvantes na construção das emoções, efeitos como os ruídos e onomatopeias também compõem este código.

Os códigos vão compor o mapa conceitual que norteará a produção.

Mapa Conceitual

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Mediante as variáveis acima referentes aos códigos de comunicação, cabe ao gestor da equipe de produção discutir com os demais membros da equipe que estratégias de uso de mídias são mais apropriadas para cada situação educacional em particular. É preciso também ter clareza quanto ao processo de comunicação, e ter clareza da necessidade do uso de várias formas de endereçamento própria para cada tipo de receptor. Diversos fatores estão envolvidos, indo além do planejamento e esses fatores constituem a essência do trabalho que culminará na entrega do material finalizado e pronto para ser disponibilizado aos alunos.

Mediante o envolvimento de diferentes mídias, torna-se necessário a integração equipes de diversas áreas, uma vez que será necessário diversos

conhecimentos específicos.

Exemplo:

Conteúdo impresso:

 Sondagem inicial

1. O conteúdo precisará de animação?

2. A criação de um clipe de vídeo ilustraria melhor determinado conceito? 3. Necessita de simulação para ensinar determinado aspecto?

4. Como será o ambiente?

5. Como será a navegabilidade e os recursos para manter a atenção do aluno?

Questões como essas e muitas outras serão definidas no projeto pedagógico e este é o documento que norteará o desenvolvimento de todo o processo. Após o alinhamento do projeto pedagógico, a equipe de produção deverá atentar-se para a seleção dos conteúdos que serão utilizados, definindo os assuntos e profundidades a serem dadas ao conteúdo. A produção cuidará para apresentação clara, organizada e articulada dos conceitos nas diversas mídias a serem empregadas.

O autor do material, neste momento, precisa trabalhar intensamente tendo a ementa de sua disciplina, o projeto do curso e os conteúdos programáticos orientando sua produção.

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conhecimento, e que possibilite as conexões necessárias entre os conhecimentos adquiridos e a formação que se deseja. (SARTORI e ROESLER, 2005, p. 74)

Segundo Coscarelli (2006) um primeiro ponto muito interessante no sentido da necessidade de organizar o texto em termos de relevância é que aparentemente o

texto pode se apresentar de forma linear, entretanto ele “apresenta uma hierarquia

entre seus elementos constituintes que o torna uma

entidade hierarquicamente construída”. Para a autora vários estudos mostram que, as

lembranças de leituras são mais freqüentes quando as informações com mais status aparecem em macroproposições de um texto e isso contribui para ser mais lembradas que os detalhes dela.

Utilizando uma estrutura hierárquica, organizada em tópicos, auxilia o aluno a construir sua representação do texto, separando o que é informação relevante para os seus propósitos e construindo uma hierarquia dos significado, assim ele será capaz de perceber a ideia central.

4. ASPECTOS DA LINGUAGEM PARA MATERIAIS

EDUCACIONAIS MEDIATIZADOS

É interessante, refletirmos sobre a produção de material didático, pensando nos tipos de texto, associados à natureza das linguagens utilizadas, podendo ser verbal: oral ou escrita; e não verbal: todas as formas (signos) olhares, gestos, expressões faciais, cores, luzes, ruídos, desenho, fotos, pintura, sons etc. Igualmente também as mídias de que dispomos para veiculá-los.

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NEDER, Maria Lúcia Cavalli. Material Didático para a EaD: Processo de Produção; PLANEJANDO O TEXTO DIDÁTICO ESPECÍFICO OU O GUIA DIDÁTICO PARA A EAD. 2009, pág. 21

A linguagem utilizada para a construção dos materiais didáticos precisa garantir que a recepção da mensagem seja efetiva pelos alunos. Assim é importante que o autor, além do amplo mapa conceitual conheça também sobre a linguagem a ser empregada, desta forma elencaremos as conceituações linguística da EAD:

Linguagem dialogada: a linguagem deve ser acessível ao aluno e abordando os conteúdosde maneira clara e pontual. Segundo Sartori e Roesler (2005, p.

78), a redação do texto deve estabelecer o exercício de um “suposto diálogo

entre autor e os leitores reativos, que interpretam, questionam, sugerem e criam a partir das discussões que ele provoca”.

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o tratamento de conteúdos e das formas de expressão dos diferentes temas, a fim de tornar possível o ato educativo dentro do horizonte de uma educação concebida como participação, criatividade, expressividade e relacionalidade (1994,p. 62).

A mediação pedagógica, ou seja, a linguagem dialogada, está organizada em três fases: tratamento baseado no tema, na aprendizagem e na forma.

tratamento baseado no tema: passa uma visão geral do conteúdo ao aluno permitindo lhe se situar no processo, entendendo também as partes e subtemas que surgirem nesta estrutura. Neste processo deve-se ter um caminho lógico na apresentação do conteúdo, existindo textos de entrada, desenvolvimento e encerramento.

tratamento baseado na aprendizagem: são procedimentos realizados no material para que a aprendizagem se converta no ato educativo. Trata-se de atividades que enriquecem o texto com referências à experiência e ao contexto do educando.

tratamento baseado na forma: refere-se ao momento-chave da mediação, pois basea-se na estética e a intensificação do significado para sua apropriação por parte do interlocutor; tudo dentro da tarefa de partilhar e criar sentido.

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NEDER, Maria Lúcia Cavalli. Material Didático para a EaD: Processo de Produção; PLANEJANDO O TEXTO DIDÁTICO ESPECÍFICO OU O GUIA DIDÁTICO PARA A EAD. 2009, pág. 33

5. VAMOS PENSAR?

Produzir material didático envolve muitas variáveis que devem ser consideradas no trabalho de capacitação dos autores, acesse o link abaixo e reflita sobre as necessidades que devemos suprir nesta formação do professor autor.

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6. PONTUANDO

A produção de material didático envolve algumas concepções teóricas.

Na produção do material para EAD é importante conhecer os códigos de significações. A produção baseia-se nas mídias que serão disponibilizadas.

O mapa conceitual de linguagens contribui para visualização do processo.

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7. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

FILATRO, Andréa. Design instrucional contextualizado: educação e tecnologia.

São Paulo: Editora SENAC, 2004.

BORDENAVE, Juan E. D. Teleducação ou Educação a Distância: fundamentos e métodos. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1987

MAIA, Rousiley. Redes cívicas e internet: efeitos democráticos do associativismo,

Logos, n.27, 2007, p.43-62.

Classics in the History of Psychology, An internet resource developed by Christopher D. Green, York University, Toronto, Ontariohttp://psychclassics.yorku.ca/Watson/intro.htm POSSARI, Lucia Helena VENDRÚSCULO. Material Didático para a EaD: Processo de Produção./ Lucia Helena Vendrúsculo Possari; Maria Lucia Cavalli Neder. Cuiabá. 2009

BELHOT, R. V.; FREITAS, A. A.; VASCONCELLOS D. D. Requisitos profissionais do estudante de engenharia de produção: uma visão através dos estilos de aprendizagem. Revista Gestão da Produção e Sistemas, v. 1, n. 2, p. 125-135, 2006.

Referências

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