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ESTUDO DOS FATORES QUE LEVAM A MORTALIDADE DE PEIXES DE ÁGUA DOCE

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Academic year: 2020

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ESTUDO DOS FATORES QUE LEVAM A MORTALIDADE DE

PEIXES DE ÁGUA DOCE

Curso de Ciências Biológicas

Belo Horizonte – MG

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ESTUDO DOS FATORES QUE LEVAM A MORTALIDADE DE

PEIXES DE ÁGUA DOCE

Carlos Felipe Eiras Gherardi Orientadora: Maria Esther Macedo

Belo Horizonte – MG

2010

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Agradecimentos

À minha orientadora Maria Esther Macedo, pela dedicação, paciência e esclarecimentos, e ao mestre Fábio Augusto Rodrigues e Silva pela grande ajuda no princípio deste trabalho.

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Resumo... 4 Introdução... 5 Objetivos... 7 Justificativa... 8 Desenvolvimento... 9 Substâncias tóxicas... 9 Barragens... 10 Causas naturais... 10 Falta de oxigênio... 11 Ação antrópica... 12

Bloom de algas tóxicas... 12

Distúrbios do tempo... 13 Patógenos... 13 Bactérias... 14 Fungos... 14 Vírus... 15 Parasitos... 15 Conclusão... 16 Metodologia... 17 Referências bibliográficas... 18

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Resumo

A Mortandade de peixes mostra sérios problemas ambientais em rios ou em lagos. Problemas esses que podem ameaçar a saúde humana quando a morte é relacionada à presença de substâncias químicas tóxicas e também a danos graves ao ecossistema e recursos pesqueiros. Seja qual for à causa da morte dos peixes, sempre terá ramificações ambientais e econômicas envolvidas. Se a morte é relacionada a atividades humanas e corporativas, haverá recursos na justiça e custo para realizar o projeto de limpeza e restauração do rio ou lago.

Os corpos aquáticos no Brasil sofrem com a perda de sua diversidade ictiofaunística devido a mudanças de suas características naturais, principalmente em decorrência do represamento de rios, do desmatamento ciliar e da crescente contaminação das águas (Mercante, 2008).

As Agências ambientais, federais e estaduais têm manifestado a necessidade de estudos de técnicas e métodos para investigação completa de mortes de peixes.

Infelizmente, o alerta para a população e para órgãos públicos de que os níveis de poluição estão críticos é feito, de modo geral, apenas quando se visualiza peixes mortos na superfície (Mercante, 2008). Porém, é importante saber que essas situações são sempre evitáveis. Para isso se torna necessário considerar os rios e lagos como locais onde existe vida manifestada das mais variadas formas, que nem sempre são observáveis a olho nu. Algas, zooplânctons, bactérias, fungos, fitoplânctons, além de fauna de insetos aquáticos e os milhares de nutrientes dispersos na água.

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Introdução

Quando há mortandade de peixes, mesmo que o motivo seja de causas naturais, já há uma interpretação de que tais mortes estejam relacionadas com um perigo potencial de algum sério problema ambiental e com isso, morte de peixes vão sempre chamar atenção de muitas pessoas, personalidades, empresas e mídia.

Peixe é uma fonte primária de proteína para humanos em muitas regiões, principalmente em países em desenvolvimento. A indústria pesqueira tem declinado significativamente, e este declínio é devido a uma série de fatores, os quais incluem a pesca predatória, destruição dos habitats e poluição ambiental (Siqueira, 2004).

A população e principalmente a mídia acredita que a principal causa de mortes de peixes são substâncias tóxicas, essa visão está bastante equivocada, pois muitos outros fatores podem levar a esse evento, fatores como doenças infecciosas, parasitas e outras causas naturais também podem levar a perdas de grande escala. Cada causa de morte de peixes é acompanhada de por uma série de características peculiares e é responsabilidade completa do investigador fazer avaliação no local do fenômeno, identificar e eliminar os prováveis fatores de serem a causa da mortandade.

Na maioria dos casos, a causa da morte dos peixes é clara e essa evidência é de fácil identificação na chegada do investigador no local da mortandade, mas em outros casos é bastante complicado interpretar o motivo das mortes, e a investigação deve ser conduzida como se fosse forense, o grande problema é descrever, documentar a situação, coletar evidências, chegar a uma conclusão e se for o caso, fazer uma acusação formal, pois nesses casos, os peixes mortos são observados depois do fato, seja ele criminoso ou acidental (Meyer e Barclay, 1991).

Muitas podem ser as causas de morte de peixes, a depleção de oxigênio é de fato a principal causa de morte de peixes, pois seja por fatores ambientais, ou substâncias tóxicas na água, causa uma diminuição do oxigênio dissolvido, porém é importante estudar aprofundadamente o que ocasionou tal mortandade. O aumento da temperatura da água, blooms de algas tóxicas, infecções bacterianas, viróticas e parasitárias também tem potencial de provocar grandes moralidades de peixes num ecossistema (Meyer e Barclay, 1991).

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Existe uma classificação para mortandade de peixes, se estiver menos de 100 peixes mortos, a mortandade é considerada pequena, se tiver entre 100 e 1000 peixes mortos em uma extensão de 1,6km de rio ou equivalente área de lago, a mortandade é considerada moderada e se houver mais de 1000 peixes mortos em uma área de 1,6km de rio ou área equivalente de lago, a mortandade é considerada grande. É necessário fazer a avaliação da quantidade de peixes mortos para estabelecer sua magnitude e seu significado está relacionado com fatores econômicos, local, geográficos, políticos e ambientais.

Muitas vezes uma perda de menos de 100 indivíduos em um rio da águas límpidas tem mais repercussão pública do que centenas de milhares de peixes mortos em outra situação (Meyer e Barclay, 1991).

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Objetivos

Objetivos gerais

Realizar uma revisão bibliográfica sobre as causas de mortes de peixes em água doce. Demonstrar e discutir as causas de morte de peixes, seu impacto ambiental, como proceder sobre determinado caso, seja por intoxicação química ou outro fator, como se devem conduzir as investigações e principalmente refletir sobre essas mortandades de peixes que servem para demonstrar diversos problemas para o ecossistema, na qual praticamente em todos os casos, homem tem influência direta nesse desequilíbrio ecológico.

Objetivos específicos

Com base nesses dados o trabalho terá como foco principal a discussão sobre as causas de mortes de peixes, a importância de o pesquisador saber qual exatamente é a causa da mortandade, como proceder em cada tipo de causa de morte e com isso avaliar seu impacto ambiental.

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Justificativa

O conhecimento das causas de morte de peixes e o seu efeito são fundamentais para uma gestão ambiental e ecológica sustentável do meio ambiente que sofrem impacto das atividades humanas, visando à manutenção da vida não só nos rios e lagos, mas em qualquer outro espaço da natureza.

Peixes são de uma importância muito grande tanto em nossa economia, quanto de indicador ambiental do rio em que se encontra, estudar e aprofundar nos motivos de sua morte se torna extremamente importante tanto para preservação quanto para o desenvolvimento do turismo, mercado pesqueiro e pesca esportiva.

Toda morte de peixe tem um motivo, e sua causa deve ser investigada e uma ação corretiva e preventiva deve ser tomadas para evitar futuras mortandades. Uma grande variedade de fatores pode causar morte de peixes, e deve ter bastante cuidado e perícia para não tirar conclusões precipitadas.

Muitas mortes de peixes podem levar a litígio ou a justiça, portanto, pelas leis ambientais é fundamental a pesquisa e investigação correta de onde aconteceu o acidente, causa, motivo e qual medida deverá ser tomada para corrigir o que ocasionou o desequilíbrio e prevenção para evitar futuros acidentes (Meyer e Barclay, 1991). Acidentes que causas mortes de peixes, podem ocasionar até mesmo fechamento de indústrias por crime ambiental grave.

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Desenvolvimento

Os peixes são animais que usam a estratégia de sobrevivência de postura de muitos ovos, portanto a sua reprodução geralmente é forte. Por esses motivos, eles geralmente são capazes de recuperação bem sucedida quando há mortandade.

Distúrbios funcionais que ocorrem no peixe, além de influenciar as suas características biológicas e aumentar a suscetibilidade para fatores ambientais desfavoráveis, também prejudicam o próprio mecanismo de defesa do peixe, abrindo caminhos para a ação de fatores secundários tais como doenças causadas por parasitas ou agentes infecciosos (Mitrovic, 1970; in apud Langer e Vargas 2007).

Substâncias tóxicas

As mortes causadas por substâncias tóxicas são aquelas que mais agridem o equilíbrio ambiental. Peixes mortos intoxicados por substâncias químicas enquadram-se em muitas categorias, cada uma acompanhada de uma evidência ambiental. Substâncias tóxicas agem rapidamente e causam mortandades extensas. Mortes associadas com substâncias químicas podem ser abruptas, progressivas ou prolongadas, e podem disparar uma cadeia de mudanças ambientais (Meyer e Barclay, 1991).

É de fundamental importância saber se a causa está relacionada com substâncias químicas e qual exatamente ela é, pois dessa forma o pesquisador saberá quis providências deverão ser tomadas para desintoxicar aquele corpo d’água e qual a fonte de contaminação. Dependendo do composto químico que contaminou a água, agride apenas o substrato, ou o fito plâncton, ou o zooplâncton, outras espécies de animais como os anfíbios e diferentes espécies de peixes e tamanhos, mas de toda forma irá afetar todos os níveis tróficos da cadeia alimentar.

Em alguns casos, a substância derramada pode nem sequer ser tóxica, mas sua ação prejudica de outras formas, como causando uma mudança drástica de temperatura ou uma mudança de pH (Floyd e Riggs, 2003).

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Barragens

Construções de barragens também é uma causa conhecida de mortes de peixes. A ocorrência de super saturação de gases na água evertida, a qual, acima de certos níveis e dependendo de fatores como exposição ou temperatura do sistema pode causar embolia nos peixes (Carvalho, 2002). Acontece o aumento da predação nas proximidades das barragens, onde estão concentrados grandes quantidades de peixes praticamente sem condição de fuga e a passagem acidental dos peixes pelas turbinas também é um fato que causa sua morte. A diminuição ou mesmo o impedimento da periodicidade das cheias que atingem as planícies, afetam o recrutamento e a desova dos peixes (Carvalho, 2002).

Causas Naturais

A mortalidade de peixes devida a causas naturais é a maior causa de indivíduos em uma população (Mercante 2008). Depleção de oxigênio, é a causa de morte mais comum, blooms (crescimento acelerado) de algas tóxicas, envenenamento por gás sulfídrico, isotermia, supersaturação de gás na água e outros fatores ambientais de estresse são outros fatores naturais de mortandade. Quando a morte não é causada por qualquer substância química, se torna mais difícil para o investigador chegar a um diagnóstico. Portanto, se há mortandade de peixes dessa forma, o investigador têm que ter a sensibilidade para perceber qual o desequilíbrio ambiental que está ocasionando a mortandade, o que torna o estudo ainda mais importante para preservação e gestão ambiental eficaz.

Uma combinação de céu nublado e clima quente pode ser particularmente mortal para os peixes, com a diminuição da luz solar, torna difícil para as algas, microorganismos e plantas fotossintetizantes (Floyd e Riggs, 2003).

A redução da taxa de fotossíntese causa uma diminuição do oxigênio que está sendo liberado na coluna de água. Se o céu nublado persistir por vários dias, os níveis de oxigênio pode se tornar gravemente baixas para os peixes, causando assim mortandade.

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Falta de oxigênio

Para uma boa saúde, peixes de água doce geralmente requerem de 5miligramas por litro ou 5mg/L de oxigênio dissolvido na água (Floyd e Riggs, 2003).

A falta de oxigênio dissolvida na água é a mais comum causa de morte de peixes. Depleção de oxigênio pode ocorrer por vários motivos. Ocorre quando há uma total demanda de oxigênio por processos biológicos e químicos, excedendo a entrada de oxigênio por aeração e fotossíntese, quando a água está incapaz de manter o oxigênio dissolvido para suprir as necessidades da vida aquática à noite (Meyer e Barclay, 1991). Pelo motivo das plantas só realizarem fotossíntese durante o dia, a noite toda a fauna aquática também está consumindo tal oxigênio, que também atravessa a superfície da água e vai para o ar. Por esse último motivo em algumas estações do ano onde os vegetais diminuem seu metabolismo, durante a noite acontece a falta de oxigênio dissolvido na água.

Toda morte de peixe tem um motivo, e sua causa deve ser investigada e uma ação corretiva e preventiva deve ser tomadas para evitar futuras mortandades. Uma grande variedade de fatores pode causar morte de peixes, e deve ter bastante cuidado e perícia para não tirar conclusões precipitadas.

Decomposição de plantas aquáticas ou algas podem resultar na perda de oxigênio em um corpo d’água, pois a atividade de decomposição realizada por microorganismos resulta numa maior atividade dos mesmos e com isso em um maior consumo de oxigênio, faltando assim para os peixes.

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Ação antrópica

A ação antrópica é a principal causa da falta de oxigênio nas águas, o processo chamado de eutrofização (grande liberação de nutrientes orgânicos na água). Conhecer quais desses poluentes produzidos pelo homem agride a meio ambiente causando não apenas morte de peixes, mas também contaminação de diversos níveis tróficos, se torna extremamente importante para melhor avaliar o impacto de sua ação na natureza, assim como tentar evitar ao máximo cometer os mesmos erros. O homem lança matéria orgânica na água, com isso haverá proliferação de bactérias aeróbias, pois não haverá disputa, uma vez que há excesso de alimento, com essa proliferação descontrolada, as bactérias consomem muito oxigênio dissolvido na água, faltando assim para os peixes, que morrem.

Bloom de algas tóxicas

Blooms de algas tóxicas também é uma causa comum de mortes de peixes. Em algumas situações especiais, uma espécie de alga tóxica pode se tornar dominante na flora do rio, alguns dinoflagelados e algas azuis liberam toxinas que matam ou inibem outras espécies de algas. Portanto quando a competição por nutrientes se torna intensa, essas algas aumentam a liberação de toxinas em uma tentativa de ganhar essa competição. Com o nível muito elevado de toxinas dispersos na água, se torna tóxico também para o zooplâncton, insetos, peixes, anfíbios e os animais que beberem essa água ou se alimentarem desses animais (Meyer e Barclay, 1991).

Distúrbios na estratificação térmica sempre liberam grande quantidade de gás sulfídrico (H2S) (Meyer e Barclay, 1991). O gás sulfídrico reduz drasticamente a habilidade do sangue em transportar oxigênio, pois atacam as hemoglobinas do sangue do peixe. Essa condição é conhecida como a morte do “sangue marrom”.

A alga Botryococcus, produz um óleo de aspecto brilhante e essa substância é observada na superfície da água.

Devido essa coloração alaranjada, as algas mudam temporariamente a cor de um lago para avermelhado e em alguns casos se parece muito com um derrame de gasolina ou mancha de óleo (Franco e Druck, 1999).

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Distúrbios do tempo

Ocasionalmente, distúrbios provocados ao tempo como tempestades, um tempo de longa seca, ventos de alta velocidade, mudança de curso de um rio, provocam mortes de peixes. Esse fenômeno é chamado de isotermia, que é a mudança drástica de temperatura da água. Eventualmente, por causa da estratificação térmica, em áreas onde o manganês é abundante nos solos de bacia de drenagem, óxido de alumínio pode se acumular no hipolímnio anóxico e ácido para níveis que são tóxicos parta os peixes (Meyer e Barclay, 1991). Essa isotermia desencadeia liberação desses metais tóxicos na água provocando grande mortandade de peixes.

Patógenos

Infecções bacterianas, fúngicas, viróticas e parasitárias, esses agentes infecciosos, são considerados a fatores naturais de morte de peixes. Os surtos de doenças bacterianas raramente resultam de um único fator, em toda situação potencial de doenças, três fatores estão envolvidos: Hospedeiro susceptível, organismo patogênico e condições ambientais propícias (Meyer e Barclay, 1991). Conhecer qual desses patógenos seria a causa da mortandade dos peixes é fundamental para uma análise eficaz do que causou o desequilíbrio que culminou na infestação e tratamento conveniente para regularizar a situação. É necessário que os três estejam presentes para haver uma epizootia.

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Bactérias

A bactéria Aeromonas hydrophilas causa muita mortandade de peixes. A morte se dá pelas alterações nos órgãos internos e pela perda da capacidade de osmorregulação devido às lesões ulceradas (Barcellos, 2007). A bactéria A. hydrophilas produz uma toxina, a acetilcolinestarase, que em grande quantidade é letal (Sousa, 2009).

As bactérias são normalmente oportunistas e as doenças causadas por elas manifestam quando os peixes estão submetidos a elevadas temperaturas da água, a alta densidade de estocagem e o manejo não é adequado.

A maioria das doenças de peixes causadas por bactérias estão relacionadas com estresse, isso significa que a mortandade de peixes relacionada com patógenos bacterianos acha-se associada com uma situação de alteração ambiental importante (Meyer e Barclay, 1991). Essa alteração causa uma queda na resistência dos peixes aos patógenos.

Fungos

Os fungos raramente são causadores significativos de mortandade de peixes na natureza. Quando peixes sofrem algum tipo de ferimento, os fungos rapidamente invadem as lesões ou a carcaça, os fungos são invasores secundários, oportunistas de algum outro tipo de infecção ou lesão, bacteriana ou parasitária. Portanto, peixes feridos, morinbundos, freqüentemente desenvolvem essas doenças secundárias, porém é raro os fungos causarem grande mortandade de peixes.

A branquiomicose, uma doença nas brânquias causada por fungos do gênero

Branchiomyces, pode causar a morte de grande quantidade de peixes (Meyer e Barclay,

1991). A transmissão de fungos ocorre através dos esporos presentes na água. Essa transmissão é muitas vezes facilitada pela má qualidade da água, temperatura, práticas de manejo inadequadas, entre outros (Pavanelli, Eiras & Takemoto, 2002; in apud Greco e Coelho, 2007).

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Vírus

Os Agentes viróticos causam grande mortandade de peixes na natureza.

Na maioria das vezes, os vírus infectam peixes nos primeiros estágios de vida, podendo ocorrer grandes perdas de peixes jovens, sem qualquer evidência visível (Meyer e Barclay, 1991).

Parasitos

Os parasitos, de modo geral, não são causa de grande mortandade de peixes em águas naturais, seu efeito primário é o de agir como agente estressante, porém, podem tornar os peixes vulneráveis às infecções secundárias ou diminuir sua tolerância a alterações ambientais (Meyer e Barclay, 1991).

O Ichthyophthirius multifiliis é um parasito de peixes encontrado praticamente em todo mundo, é uma espécie cosmopolita, e por ser muito comum está sempre infectando peixes de água doce, não possui especificidade de hospedeiro e é de difícil tratamento.

O protozoário Aurantiactinomyxon ictaluri é conhecido por causar a temida doença “Hamburger gill”, em alguns casos ele já matou até 100% do pescado em um lago contaminado (Floyd e Riggs, 2003). Peixes com esse problema em particular pode apresentar uma redução nos hábitos alimentares e são vistos nadando letargicaente (Franco e Druck, 1999). Essa doença se caracteriza pelo peixe apresentar as brânquias inchadas e manchadas com as cores vermelha e branco.

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Conclusão

O desenvolvimento tecnológico e as novas técnicas de investigação permitem um diagnóstico seguro sobre a causa da mortalidade, no passado isso era difícil, pois a falta de cuidado, profissionalismo, informações e outras séries de falhas dificultavam a descoberta do real motivo. Antes de tentar explicar a causa da morte de peixes é fundamental estudar com detalhes o quadro do ambiente inteiro.

Quando há mortandade de peixes, o prejuízo é muito grande, seja ambientalmente ou economicamente. Todo um ecossistema pode entrar em colapso se uma determinada espécie de peixe desaparecer, isso prejudicaria todos os níveis tróficos e conseqüentemente o homem. Preservar e proteger se torna fundamental para os seres humanos.

O estudo para identificar a causa da morte de peixes é essencial para que se realizem trabalhos de remediação do ambiente.

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Metodologia

Revisão Bibliográfica

• Leitura de artigos relacionados ao tema

• Publicações em revistas e pesquisas na Internet – Sites: www.scielo.org e http://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR

• Pesquisa em livros de ictiologia, limnologia, meio ambiente, poluentes e recursos hídricos.

• Revisão bibliográfica levará em conta o período entre 1990 – 2010.

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Referências bibliográficas

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CARVALHO, Adriana Rosa. Conhecimento ecológico no varjão do alto do rio Paraná. Laboratório de biodiversidade do cerrado, Universidade Estadual de Goiás. Alterações antropogênicas expressas na linguagem dos pescadores, 2002. Disponível em: www.periodicos.uem.br/ojs

FRANCO, Tânia; DRUCK, Graça. Padrões de industrialização, riscos e meio ambiente. Centro de Recursos Humanos, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia - CRH/ FFCH/UFBA. Rua Caetano Moura, 1999. Disponível em: www.Scielosp.org

FLOYD, Ruth Francis; RIGGS, Allen. Understanding fish kills in Florida fresh water systems. A Beginner’s Guide to Water Management. Universidade da Flórida – US. 2003. Disponível em: http://lakewatch.ifas.ufl.edu/

GRECO, Magda Barcelos; COELHO; Ricardo Motta Pinto. Estudo Técnico-Científico visando à delimitação de parques aquícolas nos lagos das usinas hidroelétricas de Furnas e Três Marias. Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMG – FUNDEP. 2007. Disponível em: www.ecologia.icb.ufmg.br

LANGER, Sérgio Luiz; VARGAS, Vera Maria Ferrão. Amônia e a Possível ação de bactérias em Mugil platanus (Mugilidade), no rio Tramandaí-RS-Brasil. 2007. Disponível em: www.scielo.org

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MERCANTE, Cacilda Thais Janson. Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos Hídricos - Instituto de Pesca. 2008 Disponível em: www.pesca.tur.br/artigos

MEYER, Fred; BARCLAY, Lee. Manual de Campo para Investigação de Morte de Peixes. Tradução: ROLLA, Maria Edith; ALVES, Carlos Bernardo Mascarenhas; BARBOSA, Norma Dulce de Campos. Editora Sigma 2009, 130 p.

SOUSA, Luciana da Silva. Pesquisadora, Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA). 2009.

Referências

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