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Determinação de risco de incêndio em zonas urbanas utilizando a análise multi-critério

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Academic year: 2021

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(1)UNIVESIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA GEOGRÁFICA, GEOFÍSICA E ENERGIA. Determinação de Risco de Incêndio em Zonas Urbanas utilizando a Análise Multi-Critério. Rui Pedro Marques Costa. Mestrado em Engenharia Geográfica 2009.

(2) UNIVESIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA GEOGRÁFICA, GEOFÍSICA E ENERGIA. Determinação de Risco de Incêndio em Zonas Urbanas utilizando a Análise Multi-Critério Rui Pedro Marques Costa Trabalho de Projecto orientado por: Na CML-DMPCST-DPC: Dr.ª Maria João Telhado Na FCUL: Prof. Dr.ª Cristina Catita Mestrado em Engenharia Geográfica 2009.

(3) Agradecimentos Os meus agradecimentos são para todos que de forma directa ou indirecta contribuíram para a realização deste trabalho, no entanto, gostaria de agradecer de uma forma muito especial às seguintes pessoas e entidades: À professora Cristina Catita pela orientação inicial, encorajamento e discussões que deram origem a este trabalho. Agradeço, ainda, a leitura atenta e sugestões realizadas na revisão do texto final.. A todos os colegas do Gabinete de Análise de Riscos da Protecção Civil de Lisboa, na pessoa da doutora João Telhado, pela sua orientação, encorajamento, amizade e discussões que resultaram no trabalho desenvolvido e apresentado. Agradeço, também, a leitura atenta e sugestões realizadas na revisão do texto final. À doutora Maria Antónia Valente, do Instituto Geofísico do Infante D. Luís, pela sua prontidão na disponibilização de dados para a execução deste trabalho. Quero também agradecer a todos os amigos e colegas de faculdade pelo apoio dado durante o tempo que frequentei o Curso de Engenharia Geográfica, em especial ao Rodrigo Dourado pela disponibilidade e amizade que sempre demonstrou. As últimas palavras são de agradecimento aos meus pais, ao meu irmão e à minha namorada Ana que, mais do que ninguém, acreditaram em mim e me apoiaram em todos os momentos ao longo deste percurso..

(4) Resumo Neste estudo pretende-se definir uma metodologia para a determinação do risco de incêndio em zonas urbanas, utilizando a análise multi-critério. Como área de estudo definiu-se a Baixa Pombalina da cidade de Lisboa pela sua importância e significado histórico-urbanístico tanto a nível local como nacional. A metodologia utilizada baseou-se no modelo recomendado pela Direcção Geral dos Recursos Florestais no Guia Técnico para a elaboração do Plano Operacional Municipal de 2008, na determinação do risco de incêndio florestal, e no Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de Novembro que engloba as actuais disposições regulamentares de segurança contra incêndio aplicáveis a todos os edifícios e recintos. Foram utilizados dois métodos de análise multi-critério, a Combinação Linear Ponderada e a Média Ponderada Ordenada, para o cruzamento das variáveis, sendo que os pesos foram determinados através da Análise Hierárquica de Processos, por meio de uma matriz de comparação par a par de variáveis. Por fim, foi utilizado o modelo autoregressivo Conditional AutoRegressive de modo a validar a metodologia utilizada.. Palavras-chave: Análise multi-critério, Combinação Linear Ponderada, Média Ponderada Ordenada, Análise Hierárquica de Processos, Risco Incêndio Urbano. _____________________________________________________________________ I.

(5) Abstract In this study i intend to define a methodology for determination of urban zones fire risk, using multi-criteria analysis. Lisbon downtown was defined as study area for its urbanistic-historical meaning such as local as national level. The used methodology it was based on the recommended model by Forestall Resources General Direction on the Technical Guide for elaboration of 2008's Municipal Operational Plan, in forestall fire risk determination, and in November 12 Law-Decret number 220/2008 which contains the actual regulamentary against fire safety displays aplyable to all buildings and theatres. It was been used two multicriteria analysis methods: the Weighed Linear Combination and the Ordered Weighed Average for the variable's crossing, in which the weights had been determined through the Analytic Hierarchy Process, by means of a comparison matrix pair along with the variables. Finally it was used the Conditional AutoRegressive model in way to validate the used methodology.. Keywords: Multicritério Analysis, Weighed Linear Combination, Ordered Weighed Average, Analytic Hierarchy Process, Urban Fire Risk. _____________________________________________________________________ II.

(6) Índice Resumo .............................................................................................................................. I  Abstract............................................................................................................................. II  Índice .............................................................................................................................. III  Acrónimos ...................................................................................................................... IX  Glossário ........................................................................................................................... 1  1 Introdução ...................................................................................................................... 1  1.1 Questões sob investigação ...................................................................................... 3  1.2 Caracterização da área de estudo ............................................................................ 4  1.3 Contribuição do trabalho ........................................................................................ 6  1.4 Estrutura da Tese .................................................................................................... 8  2. Enquadramento ............................................................................................................. 9  2.1 Introdução ............................................................................................................... 9  2.2 Terminologia........................................................................................................... 9  2.3 Revisão bibliográfica ............................................................................................ 11  2.3.1 Contribuições Científicas ............................................................................... 11  2.3.2 Resumo Analítico dos estudos referidos ........................................................ 19  2.4 Tipo de dados e Software utilizado....................................................................... 21  2.5 Análise Multi-Critério .......................................................................................... 22  2.5.1 Método da Combinação Linear Ponderada .................................................... 23  2.5.2 Método da Média Ponderada Ordenada ......................................................... 24  2.5.3 Definição de Pesos ......................................................................................... 26  3. Metodologia ................................................................................................................ 29  3.1 Introdução ............................................................................................................. 29  3.2 Definição das variáveis ......................................................................................... 31  3.3 Perigosidade .......................................................................................................... 32  3.3.1 Carta de Probabilidade ................................................................................... 33  3.3.2 Variáveis da Susceptibilidade ........................................................................ 35  3.3.3 Cálculo dos Pesos da Susceptibilidade .......................................................... 44  3.3.4 Carta de Susceptibilidade obtida através da CLP .......................................... 46  3.3.5 Carta de Susceptibilidade obtida através da MPO ......................................... 46  3.3.5 Carta de Perigosidade ..................................................................................... 49  _____________________________________________________________________ III.

(7) 3.4 Dano Potencial ...................................................................................................... 50  3.4.1 Carta de Valor Económico ............................................................................. 51  3.4.2 Variáveis da Vulnerabilidade ......................................................................... 56  3.4.3 Cálculo dos Pesos da Vulnerabilidade ........................................................... 70  3.4.4 Carta de Vulnerabilidade obtida através da CLP ........................................... 72  3.4.4 Carta de Vulnerabilidade obtida através da MPO .......................................... 73  3.4.5 Carta de Dano Potencial ................................................................................. 76  3.5 Carta de Risco obtida pela Combinação Linear Ponderada.................................. 77  3.5 Carta de Risco obtida pela Média Ponderada Ordenada....................................... 77  4. Análise de Resultados................................................................................................. 81  5. Conclusão ................................................................................................................... 87  5.1 Síntese Conclusiva ................................................................................................ 87  5.2 Sugestões para trabalhos futuros........................................................................... 88  Referências ..................................................................................................................... 91  Bibliografia ..................................................................................................................... 93  Anexos ............................................................................................................................ 96  Anexo A – Decreto-Lei nº 220/2008 de 12 de Novembro ............................................ a  Anexo B – Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro ................................................ b  Anexo C – Aplicação AHP ............................................................................................ c  Anexo D – Aplicação MPO ........................................................................................... e  Anexo E – Decreto-Lei nº 287/2003 de 12 Novembro .................................................. i  Anexo F – Portaria n.º 1240/2008 de 31 de Outubro..................................................... j  Anexo G – Despacho n.º 2074/2009 ............................................................................. k  Anexo H – Decreto Regulamentar n.º 1/92, de 18 de Fevereiro ................................... l .

(8) Lista de Figuras Figura 1 - Área de estudo ................................................................................................. 4  Figura 2 – Baixa Pombalina antes do terramoto de 1755, com os projectos dos novos arruamentos (Circa 1760) ................................................................................................. 5  Figura 3 - Organograma da DMPCST.............................................................................. 7  Figura 4 - Classes de risco da variável estrutura dos edifícios na Baía de São Francisco ........................................................................................................................................ 12  Figura 5 - Classes de risco da variável tipo de Vegetação na Baía de São Francisco .... 12  Figura 6 - Modelo de risco de incêndio na cidade de Hornsby Shire............................. 13  Figura 7 - Modelo de risco de incêndio da cidade de Kohima, Índia ............................. 14  Figura 8 Aplicação simulação risco de incêndio desenvolvida para Anchorage, Alaska ........................................................................................................................................ 17  Figura 9 – Carta de risco de incêndio no centro histórico de Évora ............................... 19  Figura 10 – Espaço de decisão Estratégica ..................................................................... 25  Figura 11 - Escala de comparação critérios .................................................................... 28  Figura 12 - Modelo de Risco Adoptado ......................................................................... 30  Figura 13 - Modelo de risco utilizado ............................................................................ 31  Figura 14 – Modelo de cálculo da componente Perigosidade ........................................ 33  Figura 15 – Carta de probabilidade de risco de incêndio para a Baixa Pombalina ........ 35  Figura 16 - Exposições solares em formato vectorial tipo ponto ................................... 36  Figura 17 - Exposições solares reclassificadas ............................................................... 38  Figura 18 - Declives em formato vectorial tipo ponto ................................................... 39  Figura 19 - Declive reclassificado .................................................................................. 40  Figura 20 – Ocupação do solo reclassificado ................................................................. 43  Figura 21 – Aplicação AHP - Matriz comparação das variáveis da susceptibilidade .... 45  Figura 22 - Resultado do cálculo dos pesos da susceptibilidade .................................... 45  _____________________________________________________________________ V.

(9) Figura 23 - Carta de susceptibilidade ............................................................................. 46  Figura 24 - Carta susceptibilidade obtida através da MPO - espaço estratégico de decisão risco médio/baixo .............................................................................................. 47  Figura 25 - Carta susceptibilidade obtida através da MPO - espaço estratégico de decisão risco médio ........................................................................................................ 48  Figura 26 - Carta susceptibilidade obtida através da MPO - espaço estratégico de decisão risco médio/alto ................................................................................................. 48  Figura 27 - Carta de perigosidade................................................................................... 49  Figura 28 - Modelo dano potencial ................................................................................ 50  Figura 29 - Valor patrimonial do edificado .................................................................... 55  Figura 30 - Valor patrimonial normalizado .................................................................... 56  Figura 31 – Vulnerabilidade do edificado segundo Decreto-Lei nº 220/2008 ............... 59  Figura 32 - Vulnerabilidade época de construção .......................................................... 61  Figura 33 - Vulnerabilidade risco estado de conservação .............................................. 63  Figura 34 - Rede gás reclassificada ................................................................................ 65  Figura 35 - Vulnerabilidade da rede eléctrica normalizada............................................ 68  Figura 36 – Vulnerabilidade da rede água normalizada ................................................. 70  Figura 37 - Matriz de comparação par a par................................................................... 71  Figura 38 - Pesos Considerados na Vulnerabilidade ...................................................... 71  Figura 39 - Carta de vulnerabilidade .............................................................................. 73  Figura 40 – Carta de Vulnerabilidade obtida através da MPO - espaço estratégico de decisão risco Médio/Baixo ............................................................................................. 74  Figura 41 - Carta de vulnerabilidade obtida através da MPO - espaço estratégico de decisão risco Médio ........................................................................................................ 75  Figura 42 - Carta de vulnerabilidade obtida pela MPO - espaço estratégico de decisão risco médio/alto .............................................................................................................. 75  Figura 43 - Carta de dano potencial ............................................................................... 76  Figura 44 - Carta de risco ............................................................................................... 77 .

(10) Figura 45 - Carta de risco obtida pela MPO - espaço estratégico de decisão risco médio/baixo .................................................................................................................... 78  Figura 46 - Carta de risco obtida pela MPO - espaço estratégico de decisão risco médio ........................................................................................................................................ 78  Figura 47 - Carta de risco obtida pela MPO - espaço estratégico de decisão risco médio/alto ....................................................................................................................... 79  Figura 48 - Exemplo do resultado obtido através do Índice de Moran .......................... 83  Figura 49 - Cartas de Risco geradas pela MPO .............................................................. 84  Figura 50 - Histogramas de distribuição dos resíduos.................................................... 85  Figura 51 - Índice de Moran dos resíduos obtidos através da CLP ................................ 85 .

(11) Lista de Tabelas Tabela 1 – Quadro resumo de autores ............................................................................ 21  Tabela 2 - Escala de comparação critérios ..................................................................... 27  Tabela 3 - Reclassificação das exposições solares ......................................................... 37  Tabela 4 – Reclassificação dos declives ......................................................................... 39  Tabela 5 - Características das vias.................................................................................. 41  Tabela 6 – Reclassificação da ocupação do solo ............................................................ 42  Tabela 7 - Pesos de ordenação para a susceptibilidade .................................................. 47  Tabela 8 - Coeficientes de Afectação ............................................................................. 52  Tabela 9 - Coeficientes de Afectação Considerados ...................................................... 54  Tabela 10 – Utilizações-tipo e variáveis de avaliação de categoria de risco .................. 57  Tabela 11 - Reclassificação da época de construção ...................................................... 61  Tabela 12 - Reclassificação do estado de conservação .................................................. 63  Tabela 13 - Reclassificação rede gás .............................................................................. 65  Tabela 14 - Pesos de Ordenação para a Vulnerabilidade ............................................... 74  Tabela 15 - Classificação do número de edifícios gerados pela MPO e CLP para Carta de Risco na Baixa Pombalina em Lisboa ....................................................................... 84 . _____________________________________________________________________ VIII.

(12) Acrónimos AHP – Análise Hierárquica Par a Par AMC – Análise Multi-Critério CAR - Conditional AutoRegressive CIMI – Código do Imposto Municipal sobre Imóveis CIMT – Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis CLP – Combinação Linear Ponderada CML – Câmara Municipal de Lisboa DIGC – Departamento de Informação Geográfica e Cadastral DPC – Departamento de Protecção Civil ESRI – Environmental Systems Research Institute IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis MPO – Média Ponderada Ordenada POM – Plano Operacional Municipal SIG – Sistemas de Informação Geográfica SIGIMI - Sistema de Informação Geográfica do Imposto Municipal sobre Imóveis TC- Taxa de Consistência OLS – Ordinary Least Squares. _____________________________________________________________________ IX.

(13) Glossário ArcToolbox – Conjunto de ferramentas para conversão de dados e análise espacial. Carga de Incêndio – Quantidade de calor susceptível de ser libertada pela combustão completa da totalidade de elementos contido num espaço, incluindo o revestimento das paredes, divisórias, pavimentos e tectos. Categorias de Risco – Classificação em quatro níveis de risco de incêndio de qualquer utilização-tipo de um edifício e recinto, atendendo a diversos factores de risco como a sua altura, o efectivo, o efectivo em locais de risco, a carga de incêndio e a existência de pisos abaixo do plano de referência. Edifícios – Toda e qualquer edificação destinada à utilização humana que disponha, na totalidade ou em parte, de um espaço interior utilizável. Efectivo – Número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um edifício ou recinto. Efectivo de Público – Número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um edifício ou recinto que recebe público, excluindo o número de funcionários e quaisquer outras pessoas afectas ao seu funcionamento. Local de Risco – Classificação de qualquer área de um edifício ou recinto, em função da natureza do risco de incêndio, com excepção dos espaços interiores de cada fogo e das vias horizontais e verticais de evacuação. Plano de Referência – Plano de nível, à cota de pavimento do acesso destinado às viaturas de socorro, medida na perpendicular a um vão de saída directa para o exterior do edifício. Recintos – Espaços delimitados ao ar livre destinados a diversos usos. Utilização-Tipo – Classificação do uso dominante de qualquer edifício ou recinto. Fogo - Resulta de uma reacção química (combustão), entre um combustível e um comburente (o oxigénio), que se inicia caso exista energia suficiente (energia de activação) para desencadear essa reacção. A estes três elementos (combustível, comburente e energia de activação), que constituem o triângulo do fogo e que são os elementos necessários para existir combustão, junta-se um quarto, designado por _____________________________________________________________________ 1.

(14) reacção em cadeia, que permite o desenvolvimento e a manutenção da combustão com presença de chama [Castro, 2005]. Incêndio Urbano - Combustão, sem controlo no espaço e no tempo, dos materiais combustíveis existentes em edifícios, incluindo os materiais de construção e de revestimento [Castro, 2005].. _____________________________________________________________________ 2.

(15) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________. 1 Introdução O primeiro contacto do homem com o fogo terá ocorrido, através da observação das árvores serem atingidas por raios, eclosões de fogo em jazidas de petróleo, ou proveniente de actividades vulcânicas. Destes encontros casuais, o homem aprendeu quais as propriedades inerentes ao fogo, como o calor, a luz e a possibilidade de vários materiais se incendiarem. Com a descoberta da possibilidade de transportar o fogo, por meio de tochas, até às suas cavernas, o homem verificou que estas se tornavam casas melhores, pois tinham luz, calor e tornavam-se mais seguras, mantendo afastados os animais perigosos. Mais tarde o Homo Erectus descobriu como produzir faíscas, por meio de fricção de pedras ou de pedaços de madeira. O homem finalmente tinha como originar o fogo. Na verdade, a história da humanidade está directamente ligada ao domínio do fogo. Desde os primórdios, à medida que os homens se espalhavam pelo mundo, o fogo tornava-se vital como fonte de luz e aquecimento. De facto, o fogo foi um factor preponderante para o desenvolvimento de toda a civilização humana até aos nossos dias. No entanto, é também um dos seus maiores inimigos em potencial, podendo ser um dos principais causadores de elevados prejuízos materiais e humanos. Devido à facilidade com que hoje se obtém o fogo, tanto por meio de fósforos, isqueiros, etc., assistimos a uma crescente preocupação, não tanto na forma como este se obtém, mas sim, no seu controle, extinção e prevenção de eclosão de grandes incêndios, tanto florestais como urbanos, que possam ser causadores de prejuízos. Os incêndios urbanos apresentam-se como uma das ameaças à segurança da população das grandes cidades, que têm vindo a receber grande parte da população mundial. Segundo os dados da Divisão da População do Departamento de Assuntos Sociais e Económicos das Nações Unidas, em 2050 viverão nas cidades 6.400 milhões de pessoas, perto de 70% da população mundial. De acordo com os dados do Relatório bianual “O Estado as Cidades 2008/2009”, do programa Habitat, as cidades dos países em desenvolvimento receberam, nas últimas duas décadas, uma média de três milhões de habitantes por semana.. _____________________________________________________________________ 1.

(16) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________ Tendo em conta que os acidentes naturais são cada vez mais frequentes e ferozes, as Nações Unidas referem no relatório World Economic and Social Survey 2008; Overcoming Economic Insecurity, que “entre 2000 e 2006 os desastres foram quatro vezes mais numerosos que durante a década de 1970. Os custos dos danos para uma média anual de 83 000 milhões de dólares, são sete vezes superiores”. Refere ainda o mesmo relatório que “ Segundo algumas estimativas, na próxima década, num ano com registo superior de desastres naturais, estes poderão causar danos superiores a um bilião de dólares, podendo comprometer a relação custo/eficácia de medidas de prevenção, combate e socorro.” “Nós não conseguimos parar as forças da natureza, mas devemos preveni-las de modo a diminuir os danos económicos e sociais” [Annan, 1999]. O aumento de desastres naturais, aliado ao progressivo aumento da população nas grandes cidades, tem impactos na própria economia e ambiente dos países e das cidades afectadas, causando elevados danos materiais e atingindo milhares de pessoas, que ficam desalojadas, devido à destruição dos seus bens. A ocorrência de incêndios nos grandes centros urbanos, devido ao número de pessoas afectadas e aos prejuízos materiais que daí advêm é um dos principais causadores de insegurança e preocupação junto da população que aí reside. Os incêndios urbanos passam despercebidos a grande parte da população, quando comparados com os incêndios florestais, devido ao seu menor número de ocorrências e menor visibilidade. No entanto, estes são os maiores responsáveis por mortes civis. Só em 2008 causaram a morte a 32 pessoas, e em 2007 este número foi ainda superior com um registo de 37 mortes em Portugal, segundo o diário iol citando fonte da Autoridade Nacional da Protecção Civil. A adopção de medidas de prevenção e de caracterização de zonas susceptíveis de serem afectadas poderão nestes casos ajudar a minimizar os danos, tanto materiais como humanos, uma vez que permite tomar medidas de prevenção de combate aos diferentes tipos de desastres. Neste sentido, têm vindo a ser desenvolvidos vários estudos com o intuito de definir zonas de risco, sendo os incêndios urbanos, uma das principais preocupações.. _____________________________________________________________________ 2.

(17) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________. 1.1 Questões sob investigação A impossibilidade de eliminar o risco de incêndio, quer este se deva a causas naturais, ou não, é um facto incontroverso [Coelho, 2000]. De facto, a total eliminação do risco de incêndio é uma situação utópica. No entanto, a sua prevenção e determinação de áreas mais susceptíveis de ocorrência deve ser um dos aspectos a ter em conta no planeamento e desenvolvimento de zonas urbanas. Surge então a necessidade de definir quais os aspectos a ter em conta para a determinação de risco de incêndio. Qual a probabilidade de ocorrência de um incêndio num determinado local? Quais as componentes que têm influência na eclosão de um incêndio? Existirão locais com mais propensão à ocorrência e propagação de incêndios do que outros? Todos os incêndios têm origem pela mão do homem? Ou existirão determinados factores que actuando em simultâneo poderão levar à sua ocorrência? Todas estas questões e muitas mais serão legítimas na hora de definir quais as variáveis a ter em conta na determinação do risco de incêndio em zonas urbanas. Posto isto, este trabalho tem como principais objectivos: 9 Definição de um modelo de risco de incêndio urbano 9 Definição das variáveis a utilizar no modelo 9 Determinação dos pesos a atribuir às diferentes variáveis 9 Aplicação de 2 métodos multi-critério no cruzamento das variáveis 9 Obtenção da Carta de Risco Incêndio Urbano para a área de estudo 9 Validação dos modelos obtidos Após a definição das variáveis que vão ser utilizadas, torna-se necessário definir a metodologia que melhor se adapta ao objectivo final proposto. A atribuição de diferentes pesos às variáveis, em função da sua importância e “contribuição” no modelo, para a ocorrência de incêndios, bem como o posterior cruzamento de todas as variáveis, são um dos principais desafios deste estudo. Após a definição da metodologia a ser empregue, pretende-se criar um mapa, que represente as zonas de maior e menor risco de ocorrência de incêndios urbanos.. _____________________________________________________________________ 3.

(18) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________. 1.2 Caracterização da área de estudo A área de estudo situa-se no concelho de Lisboa e corresponde à zona tradicionalmente designada por “Baixa Pombalina”, conforme ilustra a figura seguinte.. ®. ®. Viana do Castelo Vila Real Braga Braganca Porto. Aeroporto. Viseu. Aveiro. Guarda Parque Nações. Coimbra Benfica. Castelo Branco Leiria Santarem Portalegre. Lisboa. Monsanto. Marquês de Pombal. Evora Setubal. Santa Apolónia Beja. Baixa Pombalina. Concelho Lisboa. Faro 0. -88000 ,000000. Belém. Limite Concelho. Limite Distrito. 50. -87800 ,000000. 0. 100 km. -87600,000000. -87400 ,000000. -87200,000000. -87000 ,000000. 1. 2 km. -86800 ,000000. ®. -105400,000000. Pena Socorro. São Cristovão e São Lourenço. Castelo. Sacramento. -106000,000000. Mártires. São Nicolau Sé. São Paulo. -88000 ,000000. Baixa Pombalina Limite freguesia. 0. -87800 ,000000. -87600,000000. -87400 ,000000. -87200,000000. -87000 ,000000. 100. 200 m. -106400,000000. -106200,000000. Madalena. -106400,000000. -106200,000000. -106000,000000. -105800,000000. Santiago. -105800,000000. Encarnação. -105600,000000. Santa Justa. -105600,000000. -105400,000000. Socorro. -86800 ,000000 Sistema de Projecção Hayford-Gauss Sistema de Coordenadas Datum 73. Figura 1 - Área de estudo. _____________________________________________________________________ 4.

(19) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________ Apesar da área da Baixa integrar as freguesias de São Nicolau, Mártires, Santa Justa, Madalena, Encarnação, Sacramento e São Paulo, para este estudo apenas foram analisadas as freguesias de São Nicolau, Mártires, Madalena, Sacramento e parte de Santa Justa, por serem estas as que integram a zona do Plano de Pormenor da Baixa. Pretende-se assim, delimitar a zona de estudo de acordo com a área deste instrumento, adicionando as freguesias de Mártires e Sacramento, de modo a obter uma área de estudo mais diversificada em termos morfológicos e quanto às características do parque edificado, sem no entanto comprometer a exequibilidade do projecto em termos de tempo e de volume de informação a processar. A Baixa Pombalina foi edificada por ordem do Marquês de Pombal, então primeiroministro do Rei D. José I e mantém ainda hoje as características da arquitectura implementada na sua reconstrução após o grande terramoto de 1755. A figura seguinte ilustra o projecto de reconstrução de novos arruamentos sobre a baixa pombalina antes do terramoto.. Figura 2 – Baixa Pombalina antes do terramoto de 1755, com os projectos dos novos arruamentos (Circa 1760) Fonte IGEO. _____________________________________________________________________ 5.

(20) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________ É formada por um conjunto de ruas rectas perpendiculares entre si, organizadas para ambos os lados de um eixo central constituído pela Rua Augusta, tornando-se hoje uma das mais importantes e emblemáticas zonas históricas do país. Em 1988, ocorreu nesta zona, um dos maiores incêndios de que há memória, causando dois mortos, milhares de desempregados, destruindo várias lojas, escritórios e edifícios do século XVIII, que foram posteriormente reconstruídos mantendo as suas fachadas originais. O rés-do-chão dos edifícios é por norma utilizado para comércio, sendo os pisos superiores utilizados para habitação e escritórios. Nesta zona situam-se hoje alguns dos actuais ministérios, centralizados na Praça da Figueira, bem como na Praça do Município, pelo que esta área se revela de grande importância não só no contexto da cidade mas também no próprio contexto nacional. A área de estudo é constituída por um conjunto de 809 edifícios com grande parte a apresentar uma construção concretizada pelo sistema de gaiola, em madeira, de modo a resolver as situações mais graves verificadas durante o desastre de 1755, como a derrocada de edifícios e a propagação de incêndios. No entanto, hoje em dia alguns edifícios da baixa encontram-se bastante fragilizados com as alterações a que os mesmos foram sujeitos, a ausência de cuidados nas construções clandestinas, bem como o uso de materiais de construção pré-fabricados, desvirtuam a estrutura pombalina.. 1.3 Contribuição do trabalho Face à possibilidade de desenvolver um estudo de investigação com interesse para uma instituição pública, pretende-se desenvolver uma aplicação com uma metodologia específica e utilizar informação geográfica referente a um caso de estudo. O serviço em questão é o Departamento Protecção Civil (DPC), que se encontra integrado na Direcção Municipal protecção Civil Segurança e Tráfego (DMPCST) da Câmara Municipal de Lisboa (CML).. _____________________________________________________________________ 6.

(21) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________. Figura 3 - Organograma da DMPCST. Deste modo, pretende-se que este estudo possa contribuir para a análise de situações de risco de incêndio. De acordo com as atribuições do (DPC), que tem como principal missão prevenir e minimizar riscos e de atenuar os efeitos da ocorrência de acidentes graves, catástrofes e calamidades, e com os estudos previstos para o ano de 2009/10 do Gabinete de Análise de Riscos deste serviço, foi possível constatar a necessidade da criação de uma metodologia para obtenção de uma carta de Risco de Incêndio Urbano, direccionada para o município de Lisboa, área de jurisdição desta autarquia. A urgente necessidade de avaliação deste risco concelhio vem colmatar um vazio existente neste domínio e simultaneamente integrar um conjunto diversificado de outros riscos já avaliados para o espaço em questão, como sejam o risco sísmico, a inundação por temporal, o acidente com aeronaves e o transporte fluvial/marítimo, o transporte e/ou armazenamento de mercadorias perigosas e o incêndio florestal. Pretende-se assim, com este projecto, colmatar a falta a nível nacional de estudos robustos sobre esta temática. Sendo este projecto aplicado concretamente à área da Baixa Pombalina, pretende-se no entanto que, tanto as variáveis utilizadas, como a metodologia empregue e a flexibilidade do modelo possam permitir o alargamento da análise de risco a todo o concelho de Lisboa, podendo ainda ser aplicado a diferentes zonas do país.. _____________________________________________________________________ 7.

(22) Capítulo 1 – Introdução ______________________________________________________________________ Utilizando uma análise multi-critério, para cruzamento das diferentes variáveis que integram o modelo, e aplicando uma atribuição de pesos a cada uma delas, tendo em conta a sua importância no modelo de risco, este projecto pretende relacionar uma componente científica de avaliação das variáveis com as potencialidades facultadas pelas ferramentas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para apresentação de cartas de risco.. 1.4 Estrutura da Tese O presente trabalho encontra-se dividido em 4 capítulos, correspondendo cada um deles, a diferentes temas. Após uma breve introdução o Capítulo 2, Enquadramento, disserta sobre a terminologia utilizada ao longo do estudo, uma vez que esta não é consensual entre a comunidade científica. É efectuado uma revisão bibliográfica de trabalhos já existentes, referindo de seguida as suas principais contribuições no desenvolvimento deste projecto. Ainda neste capítulo, é apresentada a técnica de análise multi-critério, tendo em conta os dois métodos que se pretendem utilizar, bem como o método de atribuição de pesos aplicado às diferentes variáveis. O Capítulo 3, Metodologia, apresenta o modelo proposto para a obtenção da carta de risco, definindo as variáveis que irão ser utilizadas juntamente com o tratamento efectuado. O Capítulo 4, Análise de Resultados, apresenta a discussão sobre a metodologia usada, as variáveis consideradas, bem como os métodos de análise multi-critério utilizados e o método de atribuição de pesos às variáveis. Ainda neste capítulo é discutido o método de validação dos resultados obtidos. Concluindo esta pesquisa, o Capítulo 5, intitulado Considerações finais, apresenta os pontos mais significativos da investigação, as suas conclusões e sugestões para continuidade da pesquisa e de aplicação prática.. _____________________________________________________________________ 8.

(23) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________. 2. Enquadramento 2.1 Introdução Este capítulo visa definir a terminologia utilizada durante este trabalho, abordando de seguida alguns estudos similares já efectuados em termos de metodologia. De modo a melhor definir o modelo a adoptar e os conceitos que lhe servem de base, torna-se necessário clarificar a terminologia utilizada. De facto, não é fácil conseguir consensos quanto à terminologia dos modelos de risco, uma vez que existem diferentes tipos e significados para o conceito de risco, alguns dos quais também definidos por vulnerabilidade, susceptibilidade, probabilidade, severidade entre outros. Dependendo da área a que se refere esse risco, a sua definição será com certeza diferente, tendo em conta a sua especificidade. É de referir desde já, que a tradicional classificação das situações de risco natural e tecnológico encontra-se desactualizada, uma vez que só existem situações de risco, desde que o espaço esteja “humanizado”, caso contrário haverá desconhecimento do seu registo e como tal não se poderá falar em tal acontecimento. Ao abordar estudos similares, pretende-se verificar se já existem respostas publicadas para algumas das questões iniciais deste projecto, bem como saber, quais os métodos utilizados em investigações similares, de modo a servirem de apoio à decisão de qual o melhor método a utilizar para a determinação de susceptibilidade de ocorrência de incêndios urbanos.. 2.2 Terminologia Em termos financeiros, o risco poderá ser definido, por exemplo, como a tentativa de se medir o grau de incerteza na obtenção de retorno esperado para um determinado investimento ou aplicação financeira. Já em termos de risco de crédito, este poderá ser definido como a possível incapacidade da instituição financeira em cumprir os seus compromissos, assumidos com investidores. O próprio Decreto-Lei nº 220/2008 de 12 Novembro (anexo A) que estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios atribui uma classificação ao. _____________________________________________________________________ 9.

(24) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ edificado em categorias e factores de risco sem no entanto definir, o conceito de risco de incêndio em concreto. Se no domínio comum, a utilização de termos como risco, perigosidade, entre outros, não carece de uma definição rigorosa, já em termos científicos, estes devem ser cuidadosamente definidos. Já Bachmann e Allgöwer [1999] alertam para a necessidade da correcta definição dos termos associados aos modelos de risco, de modo a não ocorrerem enganos nas suas interpretações e análises. No entanto, os modelos de risco devem ser sempre considerados meios de suporte e ajuda à decisão e não como meios, a partir dos quais se tomam decisões. Torna-se portanto necessário a correcta definição de termos como perigosidade, vulnerabilidade, susceptibilidade ou risco. Para este trabalho, os termos referidos são entendidos como: Susceptibilidade – propensão de uma dada área ou unidade territorial para ser afectada pelo fenómeno estudado, avaliada a partir das propriedades que lhe são intrínsecas [Verde et al., 2007] Perigosidade – a probabilidade de ocorrência de fenómenos potencialmente destruidores num determinado intervalo de tempo e numa dada área, Idem, p. Vulnerabilidade – grau de perda a que um determinado elemento está sujeito em face da ocorrência do fenómeno tratado, Idem, p. Probabilidade – razão entre o número de casos favoráveis à ocorrência de um evento e o número total de casos possíveis. Dano Potencial - O dano potencial é o produto entre a vulnerabilidade e o valor económico do elemento em risco. Risco – é a probabilidade de um incêndio ocorrer num local específico, sob determinadas circunstâncias, e as suas consequências esperadas, caracterizadas pelos impactos nos objectos afectados [Bachmann et al., 1999].. _____________________________________________________________________ 10.

(25) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________. 2.3 Revisão bibliográfica 2.3.1 Contribuições Científicas Vários estudos têm sido efectuados no sentido de determinar a perigosidade de ocorrência de incêndios em grandes centros urbanos, a fim de prevenir e eliminar danos materiais e humanos que possam vir a ocorrer. “Uma cidade Utópica, onde não exista qualquer tipo de risco, não é possível de encontrar no planeta terra” [Khatsü, 2005]. São referidos de seguida alguns dos trabalhos efectuados no domínio deste estudo, e que servem de referência a esta pesquisa. Sendo eles, o estudo efectuado por Radke (1995), em São Francisco Califórnia, Bhaskaran et al (2001) em Bathurst Austrália, Petevilei (2005) em Kohima India, Banwell et al (2005) em Anchorage Alaska, Jing Rong em Hebei, China e Calmeiro (2007) que desenvolveu uma carta de risco de incêndio urbano para o centro histórico de Évora. A terminologia utilizada para descrever os diferentes estudos é a utilizada pelos autores, de modo a manter a maior integridade possível da obra citada. Conforme referido anteriormente, estes conceitos poderão diferir de autor para autor, existindo sempre que necessário uma tentativa de correspondência com os termos que nos propomos aqui utilizar. Na Califórnia foi efectuado um estudo na baía de São Francisco por Radke (1995), onde o objectivo era criar um modelo de cálculo de risco de incêndio sobre uma zona heterogénea em termos de tipo de utilização de solo. Para tal, foram criados dois modelos em formato vectorial, um para os fogos florestais e outro para os fogos urbanos, de modo a posteriormente serem utilizados em conjunto com o objectivo de criar um mapa multi-riscos de incêndio. O autor definiu diferentes variáveis para cada modelo, não sendo estas correlacionadas. O modelo de incêndios urbanos foi suportado por duas variáveis, a estrutura dos edifícios (materiais e tipo de construção) representada na fig.4 e a vegetação envolvente fig.5. Estas variáveis são constituídas por diferentes critérios aos quais foram atribuídos ponderadores que variam entre um e quatro, sendo o valor máximo correspondente aos valores de maior risco. Para a classe dos materiais de construção foi considerado o tipo de material utilizado no telhado, (se é _____________________________________________________________________ 11.

(26) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ mais ou menos combustível) e o tipo de protecção contra incêndio que as habitações dispõem. Para a classe de tipo de vegetação, foi tido em consideração, o tamanho das árvores, densidade de combustível, o seu grau de ignição, entre outros. A cada classe foi atribuída uma percentagem, com objectivo de atribuir pesos às variáveis, sendo esta multiplicada pelos ponderadores anteriormente atribuídos. O modelo de risco de incêndio urbano foi dividido em 3 categorias: baixo, moderado e alto conforme é apresentado nas figuras anteriormente referidas O autor alerta para a necessidade de, em trabalhos futuros, incorporar como factores de risco, as infra-estruturas existentes de combate a incêndio e a sua capacidade de resposta em caso de emergência [Radke, 1995].. Figura 4 - Classes de risco da variável estrutura dos edifícios na Baía de São Francisco Fonte: Radke (1995). Figura 5 - Classes de risco da variável tipo de Vegetação na Baía de São Francisco Fonte: Radke (1995). Em Bathurst, uma cidade na Austrália Bhaskaran et al, [2001] desenvolveu um modelo de risco de incêndio urbano (em formato raster), que foi depois testado na cidade de Hornsby Shire, que tem maior densidade populacional e de edifícios quando comparada com Bathurst. O objectivo final deste estudo foi desenvolver um sistema multi-agente de distribuição de meios de combate a incêndio com base no mapa de risco _____________________________________________________________________ 12.

(27) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ anteriormente criado. Bhaskaran et al, [2001], determina o risco de incêndio utilizando diferentes variáveis como, o tipo de uso do solo, utilização e densidade dos edifícios e a densidade da população na área de estudo, entre outras, atribuindo diferentes pesos às variáveis e cruzando-as de seguida. Obtido o mapa de risco fig.6, do qual resultaram 4 classes, o autor utilizou-o para sobrepor as várias cooperações de bombeiros, verificando quais as que tinham a sua área de actuação em zonas maior ou menor risco. Sobre este mapa de risco, definiu-se o sistema multi-agente de distribuição de meios em caso de ocorrência de incêndio, identificado na figura atrás descrita. Este estudo reflecte uma das diversas potencialidades deste tipo de modelos de risco, a ajuda e suporte na tomada de decisão e distribuição de meios.. Figura 6 - Modelo de risco de incêndio na cidade de Hornsby Shire Fonte: Bhaskaran (2001). O trabalho que Petevilei Khatsü [2005] efectuou na cidade de Kohima, Índia, pressupõe a determinação de um mapa que reflicta vários tipos de perigo em simultâneo, como os perigos sísmicos, deslizamentos de terras ou incêndios urbanos. Apesar de estes acontecimentos poderem estar interligados, e a ocorrência de um poder originar outro, estes também podem acontecer isoladamente. O autor optou por determinar os mapas de risco correspondentes a cada tipo de perigosidade isoladamente para depois os conjugar _____________________________________________________________________ 13.

(28) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ de diferentes modos. Tendo em conta o estudo efectuado somente sobre os incêndios urbanos, verifica-se que o autor utilizou ponderadores para classificar as variáveis do modelo, consoante estas, na sua perspectiva, contribuíam com maior ou menor perigosidade para a ocorrência de incêndios urbanos. Para a área de estudo considerada, foi dada grande relevância aos materiais de construção utilizados, uma vez que grande parte das habitações é construída à base de madeira e bambu, que são de fácil combustão. Embora com menos peso, o modelo em estudo considerou também, o espaço entre os edifícios vizinhos, uma vez que este parâmetro conjugado com os materiais de construção se revela fulcral na propagação rápida das chamas entre edifícios. Adoptando os valores entre zero e dez, em que zero corresponde ao valor de menor perigosidade, o autor optou por atribuir ao espaço entre edifícios peso (6), à distância de um edifício à estrada (4), à distância a um quartel de bombeiros (2), ao material de construção (10) e à distância às estações de abastecimento combustíveis (3). Para determinar a perigosidade da zona de estudo, o peso de cada variável é multiplicado pelo valor do seu ponderador que varia entre zero e dez, e que é atribuído consoante as características da variável em questão e são somados posteriormente os valores obtidos em relação a cada variável. O autor utilizou o ArcGIS SQL vector operations para determinar os diferentes níveis de perigosidade dividindo-os nos níveis: bastante elevado, elevado, moderado e baixo como é apresentado na fig. 7.. Figura 7 - Modelo de risco de incêndio da cidade de Kohima, Índia Fonte: Petevilei Khatsü (2005). _____________________________________________________________________ 14.

(29) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ No município de Anchorage, Alaska, o trabalho desenvolvido por Barnwell et al, [2005] tinha como objectivo detectar qual o risco a que a cidade estava exposta devido à ocorrência de incêndios florestais, uma vez que nesta zona, grande parte deste tipo de incêndios se transformam em incêndios urbanos devido à proximidade das zonas habitacionais com as zonas florestais. O estudo desenvolvido utilizou um modelo composto por diferentes variáveis que compõem quatro classes principais: 9 Comportamento do incêndio, em função das condições do terreno e do tipo de vegetação, condições estas, que podem levar à deflagração de um incêndio ou que tenham influência na sua propagação; 9 Factores potenciadores de ignição, como por exemplo as estradas, as quais funcionam como factor potenciador de transporte de fontes de ignição, ou tipo de uso do solo; 9 Pessoas e bens que possam ser afectados, e que possam influenciar o risco, como a população afectada, os recursos naturais, etc. 9 Dispositivos de combate, como por exemplo, o tempo de resposta a uma emergência, a distância a pontos de água, entre outros. Estas quatro categorias foram calculadas individualmente, em função de ponderadores atribuídos às diferentes variáveis que as compõem. Para o comportamento do incêndio, as variáveis utilizadas foram: 9 O combustível, que foi reclassificado em termos do tamanho de chama que origina, 9 O declive que foi também reclassificado tendo em conta o tamanho de chama que a inclinação pode originar, utilizando um simulador de crescimento e efeitos do fogo. A perigosidade associada ao comportamento do incêndio, foi determinada multiplicando as diferentes variáveis. Como factores de risco de ignição, foram utilizadas as seguintes variáveis: o tipo de edifício (comercial, residencial, etc.), o tipo de estradas e a susceptibilidade de ignição da vegetação, quando em contacto com a chama. A estas variáveis foram atribuídos ponderadores entre zero e cinco, sendo zero o valor de menor risco, que depois foram somadas para determinar o risco associado aos factores de ignição. _____________________________________________________________________ 15.

(30) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ Na determinação dos valores de risco de bens e pessoas afectadas, foi utilizado o tipo de uso do edifício (privado, publico, recreativo), com ponderadores entre zero e quinze, com zero a corresponder ao menor risco dos edifícios, o número de pessoas afectadas, com ponderadores entre zero e cinco e a área ocupada pelos diferentes edifícios. Estas três variáveis foram convertidas em raster tendo-se posteriormente procedido a uma série de cálculos: a multiplicação do tipo de uso do edifício pela sua área ocupada, somando posteriormente o risco de edifícios em função do número de pessoas afectadas. A classe correspondente aos dispositivos de combate, foi determinado utilizando como variáveis, o tempo de resposta, a proximidade dos quartéis de bombeiros e dos postos de abastecimento de água. A estas variáveis foram atribuídos ponderadores entre zero e cinco, que depois foram somados para determinar o valor correspondente a esta classe. O modelo de risco final foi obtido, combinando os valores determinados anteriormente para as quatro classes principais, tendo-se atribuído diferentes pesos a cada classe de risco. Este modelo tem como principal objectivo, servir como base de suporte e ajuda à decisão no momento exacto das ocorrências, ou seja, pretende funcionar como um simulador, em que o utilizador comum, mudando somente algumas variáveis das características locais, obtém um modelo de risco da zona afectada. Deste modo, foi desenvolvido em simultâneo com a definição do modelo, uma aplicação que permita esse tipo utilização.. _____________________________________________________________________ 16.

(31) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________. Figura 8 Aplicação simulação risco de incêndio desenvolvida para Anchorage, Alaska Fonte: Barnwell et al (2005). Foi desenvolvido por Jing Rong um método de avaliação de risco de incêndio em zonas urbanas com o objectivo de servir de suporte ao planeamento e desenvolvimento de zonas residenciais em Hebei, China. Foram analisados os vários factores que podem influenciar os incêndios urbanos e estabelecer diferentes níveis de risco. O método de determinação de risco de incêndio que foi desenvolvido na China utiliza várias variáveis para a determinação de diferentes níveis. Neste modelo, o autor divide as variáveis em três níveis distintos, sendo que a conjugação de diferentes variáveis de nível três, origina uma variável de nível dois e a conjugação destas, origina variáveis de nível um, podendo no entanto existir variáveis de nível dois e um que não têm origem em variáveis de nível inferior e são determinadas directamente através de atribuição de pesos. Os ponderadores atribuídos às variáveis são determinados em função de intervalos de valores que estas podem tomar, aos quais é atribuído um valor de zero a dez, com zero a corresponder aos intervalos de menor risco. Depois de atribuído o ponderador a cada variável, é lhes atribuído uma determinada percentagem em função da sua importância, _____________________________________________________________________ 17.

(32) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ servindo como peso no calculo do modelo. Ou seja, o somatório das percentagens atribuídas a cada variável de um determinado nível corresponde a um total de 100%. Como variáveis de nível um, são considerados, os factores climáticos com peso de 5%, características dos edifícios (35%), capacidade de resposta dos meios de combate a incêndios (25%), fontes de água existentes na zona de estudo (15%) e densidade populacional (20%). À excepção da densidade populacional, o peso das restantes variáveis é determinado em função de variáveis de nível inferior. Na determinação do valor correspondente aos factores climáticos, o autor considera a humidade relativa com peso de (75%) e o vento (25%) como características importantes. No cálculo do valor correspondente às características dos edifícios, foi considerado, a densidade de edifícios com peso (25%), resistência ao fogo (10%), rede gás (10%), antiguidade circuito eléctrico (10%), tipo de edifícios (25%), estado de conservação dos equipamentos de protecção contra incêndios (10%) e acessibilidades (10%). Para as fontes de água teve em consideração, o número de fontes existentes (20%), o seu estado de conservação (50%) e a sua capacidade de abastecimento (30%). Na determinação da capacidade de resposta dos meios de combate, entra em consideração com o equipamento existente (30%), quartéis bombeiros (20%), corpo activo (30%) e preparação dos bombeiros no combate a incêndios (20%). O cálculo final do grau risco é determinado pelo somatório dos valores obtidos de cada variável de classe um. Em Portugal os estudos existentes neste âmbito não são muito extensos, sendo de destacar o estudo desenvolvido por Calmeiro [2007] para o centro histórico de Évora. A autora opta neste caso por aplicar o método de Gretener, que tem origem no nome do engenheiro Max Gretener que o idealizou. Deste modo foi efectuado uma identificação dos pontos perigosos e nevrálgicos, análise das infra-estruturas, análise individualizada de estabelecimentos e análise global do risco de incêndio. Assim, foi necessário proceder a uma recolha exaustiva de diferentes dados para a aplicação do referido método. Os dados recolhidos têm como objectivo principal a: 9 Determinação da carga de incêndio (natureza e quantidades dos materiais combustíveis); _____________________________________________________________________ 18.

(33) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ 9 Condições de desenvolvimentos do incêndio (dimensões dos compartimentos, ventilação, tipologia geral do edifício, numero de fogos por edifício, etc.); 9 Condições de propagação interna e externa do incêndio (resistência ao fogo de paredes, tectos e pisos, distribuição carga de incêndio, estado de degradação); 9 Determinação do risco de activação (população residente, processos desenvolvidos (habitação, comercio, industria, etc.), estado das instalações eléctricas, exame do estado das instalações de gás, etc.); 9 Medidas de protecção (equipamentos dos bombeiros, tempo de resposta dos bombeiros, disponibilidade de agua, meios de detecção e alarme, etc.). Figura 9 – Carta de risco de incêndio no centro histórico de Évora Fonte: Calmeiro (2007). 2.3.2 Resumo Analítico dos estudos referidos Dos estudos analisados, verifica-se que as variáveis utilizadas podem variar bastante em cada projecto. As escolhas efectuadas pelos autores das obras analisadas, em relação às variáveis a utilizar no modelo, tiveram em conta não só, o objectivo final do projecto, mas também as especificidades das diferentes áreas de estudo. Existem, no entanto, variáveis que pela sua importância na determinação da susceptibilidade de ocorrência de incêndios urbanos, são utilizadas em quase todos os modelos, como o tipo de uso do solo, de clima, ou a distância a uma corporação de bombeiros por exemplo.. _____________________________________________________________________ 19.

(34) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ Tendo em conta as variáveis utilizadas nos diferentes projectos, verificou-se que os pesos atribuídos variam consoante a sua importância no modelo, a qual reflecte a realidade local de cada área em estudo. Petevilei Khatsü, na Índia, por exemplo, deu grande importância aos materiais de construção dos edifícios, uma vez que grande parte são construídos em Bambu. Radke, na Califórnia, deu maior relevo ao material de construção do telhado, uma vez que tendo em conta o estudo efectuado, é um dos principais meios de propagação de incêndio. Já Jing Rong, na China, deu maior importância às características dos edifícios e à capacidade de resposta dos meios de combate. Em termos de metodologia, para a determinação dos mapas de susceptibilidade de incêndios urbanos, esta varia de autor para autor. Embora quase todos atribuam pesos às variáveis e as cruzem posteriormente, a ordem e a forma como o efectuam é que difere nas várias obras. Petevilei Khatsü, opta por multiplicar os pesos das variáveis, pelos ponderadores de perigosidade que atribuiu a cada variável. Jing Rong, na China, divide as variáveis em diferentes classes e atribui-lhes pesos percentuais, multiplicando esses valores pelos ponderadores de risco das variáveis, somando de seguida os valores obtidos para definir o valor final de risco de incêndio. Metodologia semelhante é também utilizada por Barnwell, no Alaska. No entanto, este não atribui pesos às variáveis em forma de percentagens, optando por dividir as variáveis em quatro classes, às quais são atribuídos pesos entre zero e cinco, com zero a corresponder ao valor de menor risco, sendo posteriormente multiplicado. Já Alice Calmeiro em Évora utilizou uma metodologia diferente dos outros autores, apoiando-se no método de Gretener que visava inicialmente atender às necessidades das companhias de seguro, tendo sido posteriormente proposto pela corporação de bombeiros Suíça como um método de avaliação dos meios de protecção contra incêndio das edificações, e servindo inclusive de base a várias normas internacionais de avaliação de risco de incêndio. Este método exige no entanto, uma vistoria exaustiva e detalhada a cada uma das edificações em avaliação, de modo a poder contar com todos os parâmetros necessários à sua aplicação.. _____________________________________________________________________ 20.

(35) Capítulo 2 – Enquadramento ______________________________________________________________________ De seguida, apresenta-se um quadro resumo com as principais variáveis e os pesos a si atribuídos por cada um dos autores anteriormente analisados. Autor. Principais Variáveis utilizadas. Radke. - Material de construção do telhado - Protecções exteriores dos edifícios. 75% 25%. Bhaskaran. - Tipo de uso do solo - Utilização e densidade do edificado - Densidade da populacional - Locais de Risco. Não especificado. Petevilei Khatsü. - Material de construção - Espaço entre edifícios - Proximidade à estrada - Distância a bombas gasolina - Proximidade Quartéis bombeiros. Peso atribuído. 10 6 4 3 2. Barnwell. - Comportamento do incêndio, - Factores potenciadores de ignição - Pessoas e bens que possam ser afectados - Dispositivos de combate. Jing Rong. - Características dos edifícios - Capacidade de resposta dos meios de combate a incêndios - Densidade populacional - Fontes de água existentes na zona de estudo - Factores climáticos. 35% 25% 20% 15% 5%. Calmeiro. - Densidade da Carga de incêndio - Condições Desenvolvimento do incêndio - Condições Propagação interna e externa do incêndio - Determinação do risco de activação - Medidas de Protecção. Não aplicável. Definidos pelo utilizador. Tabela 1 – Quadro resumo de autores. 2.4 Tipo de dados e Software utilizado Com o objectivo de se conhecer o zonamento da área em estudo face ao risco de incêndio urbano, recorreu-se às potencialidades dos SIG para cruzamento de dados georreferenciados ao nível do edifício. Apesar de esta ferramenta permitir utilizar estruturas de dados vectorial e/ou raster, neste trabalho optou-se pelo primeiro tipo, o _____________________________________________________________________ 21.

Imagem

Figura 3 - Organograma da DMPCST
Figura 5 - Classes de risco da variável tipo de Vegetação na Baía de São Francisco  Fonte: Radke (1995)
Figura 6 - Modelo de risco de incêndio na cidade de Hornsby Shire  Fonte: Bhaskaran (2001)
Figura 7 - Modelo de risco de incêndio da cidade de Kohima, Índia  Fonte: Petevilei Khatsü (2005)
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